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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA


CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

JANIELE DA SILVA SOUZA

O LADO DOCE DA QUÍMICA:


O mel como temática para o Ensino de Química

AMARGOSA – BA 2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

JANIELE DA SILVA SOUZA

O LADO DOCE DA QUÍMICA:


O mel como temática para o Ensino de Química

Projeto apresentado ao Programa de Graduação


em Licenciatura em Química no Centro de
Formação de Professores da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia – CFP/UFRB, como
requisito para a defesa do Trabalho de Conclusão
de Curso - TCC

Orientador: Prof. Dr. Gil Luciano Guedes dos Santos


Coorientadora: Profa. Dra. Michele Marcelo Silva Bortolai

AMARGOSA – BA 2020
Sumário

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................. 8

2.1 Contextualização e experimentação no ensino de Ciências...................................................8


2.2 Oficina temática no Ensino de Química .....................................................................................9
2.3 O mel de abelha como temática para o ensino de Química..................................................10
2.3.1 O mel ..........................................................................................................................................10
2.3.2 Composição do mel ..................................................................................................................11
2.3.3 Processo produtivo do mel ..................................................................................................... 12
2.4 Experimentação .......................................................................................................................... 13
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS ................................................................................................ 15

3.1 DEFINIÇÃO DA PESQUISA ......................................................................................................15


3.2 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ............................................................................................ 16
3.2.1 Oficina temática como estratégia pedagógica .................................................................... 16
3.2.2 Etapas da oficina temática ......................................................................................................16
3.2.3 Conteúdos químicos abordados ............................................................................................ 18
3.3 Questões éticas envolvendo seres humanos......................................................................... 18
3.4 Instrumentos para obtenção dos dados .................................................................................. 18
3.5 Análise dos dados ...................................................................................................................... 18
5 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 21
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1 INTRODUÇÃO

O ensino de química tem passado por momentos de intensa reflexão, devido


aos elevados índices de reprovação e evasão neste componente curricular. Na maioria
das vezes a disciplina de química é vista nas escolas de maneira distante da vida dos
alunos com muita memorização de fórmulas e conceitos, que acabam desmotivando
os alunos (AZEVEDO,2014).

Consequentemente, exige-se dos professores uma constante busca por


estratégias e metodologias que possam estimular o interesse nos alunos, para que
passem a interagir mais nas aulas conferindo a devida atenção e importância aos
conteúdos de química. Nesse sentido, entende-se que a contextualização é uma das
estratégias de ensino fundamental para a construção de significações das
experiências vivenciadas pelos alunos e o contexto social, em que os fenômenos que
envolvem os acontecimentos químicos se evidenciam. Conhecer os fenômenos que
ocorrem no contexto de um dado conhecimento facilita o processo de aprendizagem
(MACHADO, 2005).

A contextualização no ensino de Química vem se tornando realidade na vida


dos professores, pois possibilita assimilar os conteúdos escolares de aos
acontecimentos científicos, históricos, tecnológicos e sociais (SANTOS, 2007).

Nessa perspectiva de ensino em Ciências da Natureza vem expressa na Lei de


Diretrizes e Bases Nacionais (LDB) (BRASIL, 1996) e na Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) (BRASIL, 2019). Ambos os documentos salientam que as práticas
educacionais precisam evidenciar a importância de um ensino pautado na
interdisciplinaridade e na contextualização, além dos conhecimentos científicos e
tecnológicos. As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica
(DCN) determinam que, para ser contextualizado, o ensino deve desenvolver projetos
pautados na realidade dos alunos, promovendo uma aprendizagem significativa.
Desse modo, essa abordagem contribuirá para a formação de cidadãos críticos e
conscientes dos acontecimentos sociais, contribuindo para o aprendizado do aluno
(BRASIL, 2018).
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Uma das formas de relacionar os conteúdos de aprendizagem em Química e o


contexto social dos alunos, em atividades realizadas em sala de aula, é discutindo
temáticas relacionadas à comunidade na qual estão inseridos, utilizando por exemplo,
oficinas temáticas. As oficinas temáticas permitem que os estudantes tracem paralelos
entre conhecimentos de senso comum e o conhecimento científico, pois ressaltam a
importância dos conhecimentos prévios dos estudantes em suas atividades iniciais
(MARCONDES, 2008).

Trabalhar com oficinas temáticas em sala de aula, é uma forma de


aprendizagem que é desenvolvida como proposta para tratar os conhecimentos dos
alunos de forma contextualizada fazendo uma inter-relação das vivências do aluno
com o processo ativo de seu próprio conhecimento (MARCONDES, 2008).

As intenções iniciais presentes neste projeto surgiram da necessidade de


contribuir de alguma forma para o ensino de Química e para comunidades que tem a
apicultura como uma das principais fontes de renda. A apicultura é um trabalho que
traz diversas contribuições para a comunidade, além de gerar renda para as famílias.
De acordo com a Embrapa (2013), a apicultura também visa a conservação do
ecossistema, pois ao buscar seu alimento nas floradas as abelhas fazem a
polinização, gerando um aumento na produção da agricultura local e o
desenvolvimento da vegetação. Wolff (2008) também relata sobre os benefícios da
apicultura que:

A polinização dos vegetais é a maior contribuição ambiental e econômica das


abelhas melíferas, mas para os apicultores a maior receita provém do mel
colhido. É possível se obter remuneração complementar com a polinização
dirigida, prestando serviços de polinização pelas abelhas melíferas em
diversas culturas agrícolas, como frutíferas. Além disso, há a possibilidade de
se obter própolis e cera a partir das colmeias, que também poderão produzir
pólen (WOLFF, 2008, p. 13)

Acredita-se que o reconhecimento da apicultura como meio sensibilizador para


o ensino e a aprendizagem de conceitos químicos tem como benefício direto a
motivação dos alunos e, de forma indireta, a comunidade, influenciando a produção
da agricultura, a economia e a preservação do ecossistema da comunidade por meio
da criação de abelhas.

Propor um curso utilizando o mel de abelha como temática, pode contribuir para
que os discentes do 2° ano do Ensino Médio do Colégio Municipal do distrito de
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Tartaruga, na cidade de Milagres-BA, compreendam relações existentes entre a


Química, o mel em episódios recorrentes do seu dia a dia. Então, o tema escolhido
para esta pesquisa se envereda pela possibilidade de resgatar o interesse e a
curiosidade dos alunos pela aprendizagem de conceitos científico-escolares ao
relacionarem o conteúdo reações químicas com o mel de abelha. Nesse sentido, o
tema “mel de abelha” poderá ser utilizado em uma proposta contextualizada para o
ensino de Química.

O mel é um alimento produzido a partir do néctar das flores e de excreções das


plantas pelas abelhas. É muito apreciado pelo seu sabor, valor nutritivo e a riqueza de
elementos em sua composição que o faz ser um dos alimentos mais extraordinários
da natureza, devido a sua singularidade. Na composição do mel, encontramos uma
gama de substâncias, entre elas, açúcares, minerais etc:

O mel é constituído de diferentes açúcares,


predominando os monossacarídeos glicose e frutose. Apresenta também
teores de proteínas, vitaminas, aminoácidos, enzimas, ácidos orgânicos,
substâncias minerais, água, pólen, sacarose, maltose, malesitose e outros
oligossacarídeos, além de pequenas concentrações de fungos, algas,
leveduras e outras partículas sólidas resultantes do processo de obtenção do
mel (GOIS, 2013, p. 139).

O mel, geralmente, é vendido em mercearias, feiras populares, lojas de


produtos naturais e pelos próprios apicultores. Os consumidores, por sua vez,
compram o mel por conta do seu aspecto e não pelas informações que deveriam estar
contidas no rótulo do produto (VILCKAS, 2000). Então, é importante conhecer as
propriedades químicas e físicas dos alimentos, para não ser enganado durante sua
compra.

É necessário ressaltar que a maioria dos méis comercializados na região de


Milagres e algumas cidades vizinhas não possui nenhuma rotulagem, o que prejudica
o consumidor na hora da compra, pois informações como época da colheita,
propriedades físico-químicas, tempo de armazenamento e possíveis mudança de cor
decorrente do armazenamento do mel, poderiam ajudar o consumidor na identificação
de um mel de qualidade e não adulterado.

Portanto, este projeto será guiado pela seguinte pergunta norteadora: A oficina
temática “mel de abelhas” é uma estratégia de ensino mobilizadora de conhecimentos
para a compreensão de conceitos químicos?
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O objetivo geral desta pesquisa será a compreensão de conceitos químicos a


partir da oficina temática “mel de abelhas”. Assim, a partir desse objetivo geral,
surgiram alguns objetivos específicos, tais como:

a) Identificar se a oficina temática “mel de abelha” é uma estratégia facilitadora da


aprendizagem de conceitos que envolvem o conteúdo reações químicas;
b) Analisar a qualidade do mel de abelha por meio da experimentação e relacionar
com a aprendizagem de reações química;
c) Avaliar se houve uma mudança conceitual acerca do conteúdo “Reações
Químicas” após a intervenção.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão abordados quatro tópicos que apresentarão uma breve
revisão da literatura para subsidiar ao tema abordado e também para a análise e
interpretação dos dados coletados. Assim, iniciaremos este percurso sob a
perspectiva de alguns pilares teóricos fundamentais, sendo eles: contextualização no
ensino de Ciências; oficina temática no Ensino de Química; o mel de abelha como
temática para o ensino de Química; mel, sua composição e processo produtivo.

2.1 Contextualização no ensino de Ciências

É sabido que o ensino de Química em geral está atrelado a uma Ciência muito
abstrata, que não apresenta conceitos relacionados ao dia a dia dos alunos,
ocasionando obstáculos à sua aprendizagem. Então, entre os professores há uma
busca por estratégias que possam ajudar o aluno a refletir e interagir nas aulas,
trazendo metodologias, que possibilitem que o aluno compreenda que o conteúdo
científico que ele vê na aula, tem relação com o seu dia a dia, permitindo a interação
entre o ensino de química e a sua realidade (BRASIL, 2000).

Para poder promover uma educação que leve à compreensão dessa ciência no
dia a dia, os professores precisam superar os problemas relacionados às conexões
entre a realidade do aluno e os conteúdos químicos. De acordo com CHASSOT
(2003), a Ciência contribui para a compreensão do conhecimento possibilitando a
mediação entre os valores do homem e do ambiente. Além disso, CHASSOT relatou
que:

Entender a ciência nos facilita, também, contribuir para controlar e prever as


transformações que ocorrem na natureza. Assim, teremos condições de fazer
com que essas transformações sejam propostas, para que conduzam a uma
melhor qualidade de vida (p. 91).

Nesse sentido, acreditamos que o desenvolvimento do conhecimento cientifico


relacionado à realidade vivenciada pelos alunos, podem nortear uma educação
qualificada a partir de temáticas contextualizadas. A contextualização pode
apresentar-se como uma metodologia ou eixo norteador de ensino, de modo que o
aluno possa relacionar episódios do seu cotidiano à conteúdos estudados em sala de
aula (SILVA, 2007).
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A utilização da contextualização como metodologia de ensino, em salas de aula


pode proporcionar para os alunos o entendimento de conceitos científicos, suas
funcionalidades e implicações na comunidade, além do reconhecimento de aspectos
culturais, históricos, econômicos e ecológicos que estão relacionados ao conteúdo;
todas essas implicações quando estudados podem contribuir para uma formação
qualificada (BRASIL,2000). Silva e Marcondes (2010) apontaram que uma abordagem
de contextualização que privilegia o estudo dos contextos sociais com aspectos
econômicos e ambientais é fundamental para desenvolver um ensino que contribua
para a formação de um cidadão crítico.
2.2 Oficina temática no Ensino de Química

A química está presente em todos os fenômenos que nos cercam no nosso dia
a dia, e esse deve ser um dos principais motivos para que o aluno seja elucidado sobre
a importância de compreender os conteúdos de química que estão presente no seu
dia a dia de forma indireta ou não. Assim, o aprendizado desse aluno deve ser
significativo, ou seja, deve fazer sentido para que estes possam realizar associações
com episódios da sua vida (SILVA, 2007).

A oficina temática está relacionada com a contextualização da realidade dos


discentes e com os conteúdos científicos, que contribuirão para uma aprendizagem
significativa. Oficinas temáticas podem ter como proposta tratar os conhecimentos dos
alunos de forma contextualizada fazendo uma inter-relação das vivências dos
discentes com o processo ativo do seu próprio conhecimento (MARCONDES, 2007).

A oficina temática pode trazer diversos benefícios para o ensino de Química;


com ela é possível trazer links de conteúdos químicos estudados em sala de aula com
a realidade dos alunos. Oficinas temáticas são formas de trazer para a realidade dos
alunos conteúdos de química, fazendo com que este aluno se interesse e seja
estimulado a assimilar os conteúdos químicos com sua realidade, e assim poder
aprimorar o seu conhecimento cientifico.

Nesse contexto, MARCONDES (2007), relatou que a oficina temática:

No sentido que se quer atribuir, pode representar um local de trabalho em que


buscam soluções para um problema a partir dos conhecimentos práticos e
teóricos. Tem-se um problema a resolver que requer competências, o
emprego de ferramentas adequadas e, às vezes de improvisações pensadas
na base de conhecimentos requer trabalho em equipe, ação e reflexão (p.68).
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Portanto, trabalhar com temáticas pode beneficiar tanto a escola quanto a


comunidade. A escola em relação a mediação entre teoria e a pratica e a comunidade
em relação a sensibilização dos alunos sobre a importância das abelhas na
conservação ambiental e sua influência na econômica e cultura local.
2.3 O mel de abelha como temática para o ensino de Química

O mel e seus derivados têm uma importância fundamental em todo o mundo,


além dos aspectos econômicos relacionados com a sua produção, distribuição,
comercialização, geração de emprego e o seu uso como alimento e medicamento. A
sua criação garante a preservação das áreas e plantas que são essenciais para as
abelhas poderem coletar seu alimento e realizarem a polinização.
Segundo WOLFF (2008):
A polinização das plantas, ou seja, o transporte de grãos de pólen de uma flor
para outra flor ou entre estruturas reprodutivas de uma mesma flor, quer seja
na mesma planta ou em plantas diferentes, é fundamental para as espécies
vegetais que necessitam da polinização cruzada. A intensidade e eficiência
da polinização, entretanto, é dependente de vários. Quando realizada pelas
abelhas melíferas, é decorrente da exigência nas colmeias de alimentos ricos
em energia, minerais, proteínas e vitaminas para a nutrição e saúde das
abelhas melíferas adultas e de suas larvas (p.22)

A utilização do mel de abelha como temática para aulas de Química é coerente,


pois durante toda a produção do mel os processos químicos e bioquímicos estão
presentes. O mel como temática pode auxiliar os alunos na compreensão e no
aprendizado de conceitos que explicam os fenômenos químicos estudados. O ensino
de Química nessa perspectiva pode viabilizar para o aluno, a organização e a
superação de explicações dos fenômenos naturais originados do senso comum,
auxiliando-os a utilizar o saber científico para argumentar a respeito dos
acontecimentos que os cercam.
2.3.1 O mel

O mel, por definição, é um produto natural de abelhas obtido a partir do néctar


das flores e, de secreções de partes vivas das plantas que se chama mel floral, o mel
pode ser obtido também a partir de excreções de insetos sugadores de partes vivas
das plantas que é conhecido como mel de melato (CAMPOS, 2000).

O mel é considerado um dos alimentos mais puros da natureza e apresenta


uma riqueza de elementos em sua composição como bastante água, glicose, frutose,
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sacarose e maltose, sais minerais, vitaminas, enzimas, hormônios, proteínas, ácidos,


aminoácidos e fermento (BATISTA, 2004).
Por ser rico em elementos na sua composição seu preço é relativamente alto,
o que incentiva muitas vezes a sua adulteração. Há uma crescente preocupação dos
consumidos acerca da pureza do mel, e muitas vezes os consumidores acabam
relacionando o mel cristalizado ao mel de açúcar o chamado mel falso ou adulterado,
portanto deve-se haver uma melhor fiscalização em comércios que vendem este
produto.
A cristalização do mel ocorre devido á separação da glicose, formando hidrato
de glicose que é sólido. De modo geral, o mel cristaliza de 23 0C a 250C; acima de
480C, praticamente, não há granulações impedindo a cristalização. Portanto, não há
diferença nas composições dos méis líquidos e cristalizados, porque a cristalização é
uma prova da pureza do mel, pois méis adulterados em geral não cristalizam. A
adulteração do mel é feita com adição de xarope de açúcar e glicose, passando depois
a ser usado o açúcar invertido comercial (VIEIRA,1983).
Por questões de adulteração e qualidade do mel, alguns testes deveriam ser
apresentados para a população, para que fosse possível realizar os testes de
identificação de adulteração e degradação do mel e, assim, não serem enganados
durante a compra. Desta maneira, este projeto irá realizar testes de qualidade do mel
por meio de aulas práticas na Escola Municipal de Tartaruga, com a finalidade de que
os alunos possam conhecer melhor a composição do mel e também possam discutir
sobre a problemática das fraudes durante as aulas de Química utilizando a
experimentação, uma vez que a pureza do mel é um assunto bastante relevante na
comunidade.
2.3.2. Composição do mel

A composição do mel depende, do tipo de florada das quais ele é derivado, mas
também do solo, espécie da abelha, o estado fisiológico da colônia, o estado de
maturação do mel, e as condições meteorológicas na ocasião da colheita, entre outros
fatores (CAMPOS, 2003; PAMPLONA,1989). A composição exata de qualquer tipo de
mel varia bastante por conta dos fatores citados acima, por isso os méis nunca são
idênticos, porém existe uma média da composição que os méis devem apresentar,
conforme é apresentado na Tabela 1.
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Tabela 1 - Composição média do mel de abelha.


Elementos Média em % Limites em %

Água 17,7 12,7 - 27

Glicose 34,0 24,7 - 36,9

Levulose 40,5 40,2 – 48,6

Sacarose 1,9 0 – 10,1

Minerais (cinzas) 0,18 0,03 – 0,9


Fonte: VIEIRA, 1983, p. 40.

Além dos elementos citados na tabela acima, o mel ainda apresenta traços de
ferro, manganês, enxofre, cobre, sódio, potássio, bário, cálcio, cloro, cobalto,
magnésio, fosforo, prata, silício, níquel, zinco, vitaminas dentre outros (VIEIRA, 1983,
p.41).

O mel é um produto que apresenta uma composição que varia de acordo a


florada visitada pelas abelhas e das condições climáticas da região onde ele é
produzido. Portanto, estudos que definam o mel de variadas localidades que o
produzem, são importantes para a formação de um banco de dados que estabeleçam
padrões que sirvam de referência sobre os aspectos de qualidade do mel e desse
modo, proteger o consumidor contra produtos contaminados ou adulterados
(PEREIRA, 2010). Por isso, que é relevante se ter noção da composição do mel e sua
produção, ela é de total importância para fazer a leitura e compreensão tanto do teste
de adulteração quanto o de qualidade do mel.

2.3.3. Processo produtivo do mel

O processo de produção do mel é muito complexo, e faz parte da natureza das


abelhas produzi-lo além de outros produtos; a produção do mel e um fenômeno no
qual a Química e Biologia está muito presente, desde coleta do néctar das flores até
a mesa de sua casa.

Segundo SANTOS (2002) a produção do mel se inicia quando as abelhas


operárias saem da colmeia para coletar néctar das plantas; enquanto em um
estômago uma parte dele é usada para dar energia ao inseto, no outro (pré-estomago)
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o néctar é armazenado, e quebrado em glicose e frutose, ou seja, no pré-estomago


das abelhas há a transformação do néctar em mel, que é feita pela adição de enzimas
(invertase/sacarase) que fragmentam a sacarose em frutose e glicose.
Resumindo, o néctar sofre no trajeto da boca ao papo (vesícula melífera) ação
definitiva das enzimas invertase, amilase e glicose-oxidase estando assim pronto para
ser regurgitado nos alvéolos do favo. Parte das reações nestes alvéolos ocorre à
maturação do mel e culminando com a operculação dos favos (CRANE,1996).
Quando o mel é depositado nos alvéolos contém entre os 30% e 40% de
humidade, posteriormente a eliminação do excesso é continua até à selagem dos
favos (operculação), altura em que a humidade do produto rondará os 20%, e estará
pronta para a colheita e após o consumo (PAN 2013; BOGDANOV, 2009).
Mesmo depois da colheita o mel continua sofrendo algumas modificações
físicas, químicas e organolépticas, o que gera a necessidade de produzi-lo dentro de
alguns níveis de qualidade, para que se possa controlar todas as etapas da sua
produção até a mesa do consumidor, afim de garantir um produto de qualidade.
Visando as possíveis adulterações e a qualidade dos méis consumidos pela
população, este projeto foi desenvolvido tendo com uma de suas finalidades avaliar a
qualidade de méis comercializados no distrito de Tartaruga.
2.4 Experimentação

É conhecido que a experimentação pode despertar um forte interesse dos


alunos durante as aulas de Ciências. Acredita-se que a experimentação pode facilitar
o aprendizado dos alunos, pois, promove um maior envolvimento dos alunos aos
conteúdos que estão sendo abordados nas aulas.
A experimentação quando relacionada com temáticas da vida do aluno pode
trazer ainda um maior incentivo durante as aulas experimentais, além disso, ela pode
surgir como motivação para solucionar problemas que estão presentes no contexto do
aluno. Guimarães (2009), apontou que esse “método pode ser uma estratégia eficiente
para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de
questionamentos de investigação” (GUIMARÃES, 2009, p.198).
Diante disso, pode-se perceber que a experimentação pode ser trabalhada
associada a contextualização para que o aluno consiga compreender os conceitos
químicos relacionando-os de forma mais clara. Segundo Ferreira (2010, p.101), “A
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experimentação no ensino de Química constitui um recurso pedagógico importante


que pode auxiliar na construção de conceitos”.

Como Santos (2009) afirmou:


No ensino de Química, a experimentação pode ser considerada uma
metodologia/ferramenta eficiente para criação de situações-problema que
busquem o questionamento dos alunos, onde eles possam relacionar o
conhecimento prévio com o conhecimento contextualizado (apud.
NASCIMENTO, 2013)

No caso deste projeto, a experimentação possibilita uma proposta para uma aula
experimental sobre reações químicas utilizando testes de adulteração e degradação
do mel. A escolha do mel de abelha como amostra foi pensada com o objetivo de
realizar uma abordagem contextualizada com reações químicas, pois a apicultura se
encontra presente na comunidade na qual os alunos da Escola Municipal de Tartaruga
fazem parte.

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

3.1 DEFINIÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa realizada neste projeto a ser desenvolvida será de caráter


qualitativo, que está relacionada com o estudo da compreensão de um grupo social
ou organização, e não com a quantificação e dados. Para Minayo (2001), a pesquisa
qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.

A modalidade de pesquisa a ser empregada será a de campo. A pesquisa de


campo é caracterizada por investigações da área, ela é realizada através de coleta de
dados a partir de pesquisas documentais e bibliográficas de um determinado grupo de
pessoas.

Segundo Gonçalves (2001):

A pesquisa de campo é o tipo de pesquisa que pretende buscar a informação


diretamente com a população pesquisada. Ela exige do pesquisador um
encontro mais direto. Nesse caso, o pesquisador precisa ir ao espaço onde o
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fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um conjunto de informações a serem


documentadas (p.67).

Quanto a natureza, a pesquisa será aplicada, e com base nos objetivos, ela
será explicativa. A pesquisa aplicada tem como objetivo a utilização de todas as
informações que está à disposição do pesquisador, para que estas informações sejam
utilizadas para coletar, selecionar e processar os dados (Gil, 2010).

A pesquisa explicativa é quando o pesquisador procura esclarecer como


determinados fenômenos ocorrem e suas causas por meio da análise, registros,
classificação e da interpretação desses fenômenos que estão sendo observados. Ela
visa identificar os fatores que determinam e contribuem para a ocorrência desses
fenômenos (Cervo, 2002).

Segundo Gil (2010), a pesquisa explicativa “aprofunda o conhecimento da


realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. ” (p.28). Portanto, ela busca
conectar as ideias e os fatores que foram identificados para compreender as causas
e efeitos de determinado fenômeno.

3.2. ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

Estratégias metodológicas são técnicas utilizadas pelos professores, que tem


como objetivo auxiliar os alunos durante a construção do conhecimento cientifico. Ao
utilizar essas estratégias o professor deve ter muito cuidado tanto no planejamento
quando na execução, pois nem sempre uma estratégia adequada para uma turma
serve para outra. Então ao escolher uma estratégia de ensino, deve-se analisar se ela
viável para o conteúdo e turma.

3.2.1. Oficina temática como estratégia pedagógica

A oficina temática quando empregada na área de Ciências da Natureza tem


uma base na contextualização e experimentação, ela representa uma proposta de
ensino-aprendizagem, onde se busca soluções para um problema a partir dos
conhecimentos práticos e teóricos MARCONDES (2008). Ainda sobre as oficinas
temáticas Marcondes (2008, p.68) relatou que:

As principais características pedagógicas de uma oficina temática podem


assim ser resumidas:
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• Utilização da vivência dos alunos e dos fatos do dia-a-dia para organizar o


conhecimento e promover aprendizagens.

• Abordagem de conteúdos da Química a partir de temas relevantes que


permitam a contextualização do conhecimento.

• Estabelecimento de ligações entre a Química e outros campos de


conhecimento necessários para se lidar com o tema em estudo.

• Participação ativa do estudante na elaboração de seu conhecimento.

Portanto, oficinas temáticas é uma forma de desenvolver aprendizagem em


ambientes educacionais que tem como proposta tratar os conhecimentos dos alunos
de forma contextualizada para o estabelecimento de uma inter-relação das vivências
do aluno com o processo ativo do seu próprio conhecimento (MARCONDES, 2007).

3.2.2. Etapas da oficina temática

A oficina temática que será desenvolvida nesse projeto ocorrerá em três


momentos distintos, na qual abordaremos as características do mel, composição e
sua produção, experimentos para identificação da qualidade do mel e características
sensoriais que diferenciam os diversos tipos de méis, os conceitos de reações
químicas envolvidos na experimentação para identificação da qualidade do mel e no
final, a transcendência para outros tipos de reações encontradas no dia a dia. Nesse
sentido, a oficina que terá o mel como tema, será executada em 6h. Como estratégia
metodológica será realizada uma oficina temática abordando o tema em estudo
dividido nas seguintes etapas.

Etapa 1:

a) Orientações sobre como a oficina temática irá ocorrer na turma.

Nesse momento será explicado qual a finalidade da oficina e serão coletados os


conhecimentos prévios dos alunos acerca do mel por meio de um questionário
semiestruturado.

b) Problematização.

Explicar aos alunos sobre a importância da apicultura, no âmbito cultural, ambiental,


agrícola, econômico e principalmente local. A ideia é que nesse momento os
estudantes sejam capazes de selecionar problemáticas relacionadas a apicultura,
como uso de agrotóxicos, adulteração de méis e armazenamento por exemplo.
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Etapa 2:

a) Experimentos demonstrativos.

Será feita a experimentação a partir dos testes sensoriais, de reações para identificar
a adulteração e degradação do mel, de maneira que seja possível observar evidencias
de reações químicas, acerca dos fenômenos observados. Na sequência, será feito a
transcendência, na qual os alunos indicarão outros tipos de reações químicas que
ocorrem durante o dia deles.

b) Posteriormente, será feita uma exposição, mostrando o percurso das abelhas


para a produção do mel, as abelhas e os diversos produtos apícolas que podem ser
comercializados pela comunidade.

Etapa 3

a) Questões que surgirão durante a problematização e experimentação serão


selecionadas para discussão e associação dessas ao conteúdo de reações químicas
para a ocorrência da conceituação. Após essa etapa, será aplicado um questionário
final para os alunos, para observação e ressignificação conceitual.

3.2.3. Conteúdos químicos abordados

Durante as atividades que serão desenvolvidas será abordado o conteúdo


reações químicas. A abordagem deste conteúdo será realizada de forma explicativa,
na qual serão apresentadas as reações químicas que ocorrem durante os testes de
análise do mel.

3.3. Questões éticas envolvendo seres humanos.

Tendo em vista a aplicação de um questionário como etapa inicial e na etapa


final de investigação acerca do tema abordado, será necessária a assinatura do Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido ou do Termo Assentimento pelos pais ou
responsáveis, quando menores de 18 anos aos alunos que se voluntariaram a
participar da pesquisa.
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3.4. Instrumentos para obtenção dos dados

A obtenção de dados será realizada por meio da aplicação de questionários


semiestruturado. Minayo (2004, p. 108) afirmou que, o questionário semiestruturado
combina perguntas fechadas (ou estruturadas) e abertas, onde o entrevistado tem a
possibilidade de discorrer o tema proposto, sem respostas ou condições prefixadas
pelo pesquisador”.

Questionários semiestruturados favorecem a descrição e também a


compreensão dos fenômenos observados; além disso, ele possibilita uma medição
mais exata dos dados. Portanto, serão utilizados questionários semiestruturados para
a obtenção dos dados antes e após a intervenção.

3.5. Análise dos dados

A interpretação dos dados será por meio da Análise Textual Discursiva (ATD),
que é uma metodologia de análise de dados de natureza qualitativa para produção de
informações textuais e discursivas.

Moraes (2003), argumentou que a Análise Textual Discursiva:

Pode ser compreendida como um processo auto organizado de construção


de compreensão em que novos entendimentos emergem de uma sequência
recursiva de três componentes: desconstrução do corpus, a unitarização, o
estabelecimento de relações entre os elementos unitários, a categorização, e
o captar do novo emergente em que nova compreensão é comunicada e
validada (p. 192).

A partir da Análise Textual Discursiva, conseguir-se-á definir as categorias a


posteriori.
20

4 CRONOGRAMA
ATIVIDADE Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul
2019 2019 2019 2019 2020 2020 2020 2020 2020
2020 2020
Revisão X X X X X X X X X X X
Bibliográfica
Elaboração X X X
do Projeto

Elaboração X X
da oficina

Realização
da Oficina
X
Obtenção
dos Dados
X X
Análise dos
Dados
X X X X X X
Escrita do
TCC
X X X X X X X
Defesa do
TCC
X
21

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