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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

MARANHÃO – CAMPUS CODÓ


PLANO NACIONAL DE FORMÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA – PARFOR
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – DDE
DEPARTAMENTO DE ENSINO – DE
COORDENAÇÃO GERAL DOS CURSOS SUPERIORES – CGCS
CURSO: LICENCIATURA EM QUÍMICA

SUELENE CUNHA ALVIM

DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E BATERIAS):


contextualização no ensino de Química no Centro Educacional René Bayma
(Codó-MA)

CODÓ/MA
2017
SUELENE CUNHA ALVIM

DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E BATERIAS):


contextualização no ensino de Química no Centro Educacional René Bayma
(Codó-MA)

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura


Química, do Plano Nacional de formação de
Professores da Educação Básica – PARFOR, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão IFMA/Campus Codó,
como requisito para obtenção do título de
Licenciado em Química.

Orientadora: Profª Me. Eliane de Sousa Almeida

CODÓ/MA
2017
SUELENE CUNHA ALVIM

DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E BATERIAS):


contextualização no ensino de Química no Centro Educacional René Bayma
(Codó-MA)

Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura


Química do Plano Nacional de formação de
Professores da Educação Básica – PARFOR, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Maranhão IFMA/Campus Codó,
como requisito para obtenção do título de
Licenciado em Química.
Orientad
ora: Profª Me. Eliane de Sousa Almeida

APROVADA EM: 08/10/2017 NOTA: 10

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________
Professora Eliane de Sousa Almeida (Orientadora/Ifma)
Mestre em Políticas Públicas (UFPI)

_______________________________________________________________
Professor Marcos André Gomes dos Santos (1º Examinador)
Especialista em Metodologia do Ensino de Ciências e Matemática (IESF)

_____________________________________________________________
Professor Francisco da Silva Paiva (2º Examinador)
Especialista em Filosofia da Historia (FAEMN)

CODÓ/MA
2017
À Deus, por me proporcionar este momento único
em minha vida.
AGRADECIMETOS

Agradeço, em primeiro lugar, a meu bom DEUS por permanecer sempre em


minha vida me dando forças para continuar a cada dia e por ter me dado sabedoria
para concluir este curso.

À minha querida família, aos meus amados pais, Alteredo Alvim e Suely Alvim,
por sempre acreditarem em mim, pela educação que me ofereceram e
principalmente pelo amor que sempre me deram.

Aos meus irmãos Júnior, Suellen e Jean, pelo carinho e incentivo que sempre
me deram, às minhas sobrinhas Izabelly, Laura e Evellyn por tanto amor que tenho
por elas, e a minha vovó Nilza que sempre me incentivou a estudar e a minha
cunhada Renata que sempre foi um amor de pessoa.

Em especial à Maria Joseane pelo carinho e amor que sempre teve por mim,
principalmente por me dá força para estudar e pelas suas contribuições de
fundamental importância para construção deste trabalho.

E, in memoriam, a meu tio Francisco Carlos, por ter sido um homem


trabalhador e honesto e por ter sido um verdadeiro pai a todos nós e que sempre
nos incentivou nos estudos.

Às minhas colegas de turma, por estes quatros anos que passamos jutas,
caminhada que não foi muito fácil mas com a amizade conseguimos chegar até o
fim.

À minha orientadora Eliane de Sousa Almeida, por ter acreditado em mim e


por ter me possibilitado uma aprendizagem no aspecto profissional e pessoal.

Enfim, a todos que me acompanharam nessa caminhada.

Muito Obrigada!
RESUMO

O presente trabalho configura-se em um estudo sobre o descarte de resíduos sólidos urbanos,


delimitando-o para as pilhas e baterias, com vistas a investigar práticas educativas contextualizadoras
no ensino de Química, envolvendo alunos do 2º e 3º ano do Centro Educacional René Bayma, em
Codó, Estado do Maranhão. Tais práticas mitigam a relação homem e meio ambiente, voltadas para o
cotidiano e possibilitando diálogos entre teoria e prática. A pesquisa pautou-se, de início, em pesquisa
bibliográfica, seguida da pesquisa de campo, com visita in loco, momento em que foi feita observação
e, após, a realização de palestra sobre o descarte de resíduos sólidos urbanos: pilhas e baterias ,
seguida da aplicação de questionários semiabertos à 57 alunos e 10 professores de Química,
momento em que os interlocutores deram “vozes” às suas percepções sobre as aulas de Química e
os conhecimentos sobre práticas de descartes de pilhas e baterias. A abordagem dada no estudo foi
a quanti-qualitativa. A análise feita a partir dos dados obtidos apontou para a necessidade de aulas
contextualizadas, voltadas para as práticas do dia a dia dos alunos, o que implica na postura do
professor em adotar novas metodologias nas aulas de Química capazes de envolver o aluno, de
promover espaços de diálogos para o pensar/refletir sobre sua participação nos impactos ambientais
provocados pelas ações do homem, o que já direciona para a Educação Ambiental. A pesquisa
apontou que a maioria dos alunos se sentem desmotivados ao estudarem a disciplina Química, e
sentem a falta de aulas voltadas a experimentação mesmo que sejam realizadas na própria sala de
aula. É importante que a escola busque contemplar o que os alunos aprenderam sobre diferentes
conteúdos por meio de situações problemas que sejam contextuais, permitindo assim pensar nas
Ciências de modo interdisciplinar.

Palavras-chave: Ensino de Química. Contextualização do ensino. Educação Ambiental. Descarte


de pilhas e baterias.
ABSTRACT

The present work is part of a study on the disposal of urban solid waste, delimiting it to the cells and
batteries, with a view to investigating contextualizing educational practices in the teaching of
Chemistry, involving students of the 2nd and 3rd year of the Educational Center René Bayma , in
Codó, State of Maranhão. Such practices mitigate the relation between man and the environment,
focused on daily life and allowing dialogues between theory and practice. The research was initially
based on a bibliographical research, followed by the field research, with an on-site visit, at which time
an observation was made and afterwards a lecture on the disposal of solid urban waste: batteries and
batteries, followed by the application of semi-open questionnaires to 57 students and 10 professors of
Chemistry, at which time the speakers gave their voices to their perceptions about Chemistry classes
and the knowledge about practices of discarding of cells and batteries. The approach given in the
study was quanti-qualitative. The analysis made from the obtained data pointed to the need of
contextualized classes, focused on the day to day practices of the students, which implies in the
teacher's position in adopting new methodologies in the classes of Chemistry able to involve the
student, to promote spaces of dialogues to think about / reflect on their participation in the
environmental impacts caused by the actions of man, which already directs to Environmental
Education. The research found that most students feel unmotivated when studying chemistry, and feel
the lack of experimentation-oriented classes even in the classroom. It is important that the school
seeks to contemplate what the students have learned about different contents through situations that
are contextual problems, allowing to think in the Sciences in an interdisciplinary way.

Keywords: Chemistry Teaching. Contextualization of teaching. Environmental education. Disposal of


batteries.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 09

2 RESÍDUOS SÓLIDOS 12
2.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos: o que diz a Lei 12
2.2 Resíduos sólidos urbanos: pilhas e baterias 14
2.3 Doenças causadas pelos contaminantes presentes nas pilhas e bateria. 16

3 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO CONTEXTO DA SALA DE 18


AULA: lições necessárias
3.1 Ensino de Química: novos olhares 18
3.2 Educação Ambiental: preservar a vida 21
3.3 A contextualização dos resíduos sólidos urbanos (pilhas e baterias) no 22
contexto da disciplina Química: olhares

4 PERCURSO METODOLÓGICO 24
4.1 Local da pesquisa 24
4.2 Tipo de pesquisa 24
4.3 População e amostra 24
4.4 Instrumentos de coleta de dados 25
4.5 Análise de dados 25

5 DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E 26


BATERIAS): contextualização no ensino de Química no Centro
Educacional René Bayma (CODÓ-MA)
5.1 Caracterizando a pesquisa de campo 26
5.2 As vozes dos professores 28
5.3 As vozes dos alunos 32
5.4 A Química na sala aula: propostas de ações/estratégias didático- 38
metodológicas para o descarte correto de pilhas e baterias

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 43

REFERÊNCIAS 44

APÊNDICE
9

1 INTRODUÇÃO

A predominância de sociedades urbanizadas tem desencadeado debates


sobre o descarte dos resíduos sólidos urbanos, por apresentarem potenciais riscos
para a saúde do homem. A disposição inadequada de pilhas e baterias nas cidades
tem se transformando em grave problema ambiental. Muitos dos elementos
utilizados na fabricação destes produtos – mercúrio, chumbo, cobre, níquel, zinco,
cádmio e lítio – são tóxicos e podem contaminar o meio ambiente, caso não
recebam destinação final adequada, podendo assim causar danos ao homem.
Dentre os constituintes mais tóxicos estão os metais de ponto de ebulição baixo, que
quando queimados facilmente são inalados pelas pessoas produzindo efeitos nos
sistemas sanguíneo, neurológico e respiratório.

A partir do exposto, esta pesquisa tem como tema Descarte de Resíduos


Sólidos Urbanos (pilhas e baterias): contextualização no ensino de Química no
Centro Educacional René Bayma (CODÓ-MA).

As questões que emergiram e nortearam esta pesquisa refere-se às


inquietações sobre 1) como tem sido feito o descarte dos resíduos sólidos urbanos
(pilhas e baterias) na cidade de Codó-MA; 2) quais conhecimentos os alunos do
ensino médio têm sobre metais presentes nestes produtos e os problemas causam
ao homem e ao meio ambiente se o descarte for feito de forma inapropriada e, 3)
como o tema tem sido discutido nas aulas de Química, bem como as
ações/estratégias adotas pela Escola para minimizar os impactos deste produto.

Acredita-se no potencial da Escola, enquanto agente de (trans)formação,


como lócus privilegiado para discutir o assunto, formar e informar, tendo como ponte
aulas contextualizadas, conforme propõem os Parâmetros Curriculares Nacionais
(1998). Uma área-chave é a das Ciências da Natureza, com enfoque aqui para a
disciplina Química.

A definição pelo tema sobre descartes de resíduos sólidos – pilhas e baterias


– iniciou-se a partir da inquietação desta pesquisadora em investigar quais
conhecimento a comunidade escolar tem quando se trata de descartes, já que estes
resíduos são altamente contaminantes, por perceber que a sociedade não tem
preocupação de descarta os resíduos sólidos urbanos de uma forma correta, tendo
10

em vista que a escola por ser uma mediadora do conhecimento, fará seu papel de
transmitir as preocupações, as indagações de como o homem e o meio ambiente
tem tido relações de alto impacto negativo, por consequência do homem.

A pesquisa pautou-se em fontes bibliográficas e de campo. A primeira, por se


constituir em um processo formal, sistemático de desenvolvimento cientifico e, a
segunda é basicamente realizada por meio da observação direta das atividades do
grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e
interpretações do ocorrem naquela realidade (GIL, 2010).

Os objetivos que nortearam a pesquisa foram: Geral e Específicos. Quanto ao


objetivo geral deste trabalho foi Investigar sobre a contextualização no ensino de
Química que envolve o descarte de resíduos sólidos urbanos (pilhas e baterias), no
contexto do Centro Educacional René Bayma município de Codó-MA.

Seguindo dos objetivos específicos teve como base a pesquisa sobre o


descarte correto dos resíduos sólidos urbanos (pilhas e baterias), mostrou os
problemas que causam ao homem com a contaminação desses metais pesados lítio,
cadmio, chumbo, cobre, berílio e mercúrio no meio ambiente, Analisamos como o
tema resíduos sólidos urbanos, especificando como objeto deste estudo as pilhas e
baterias, são contextualizadas no ensino de Química, bem como as
discussões/debates em sala de aula sobre o descarte adequado desses resíduos e
sugerimos ações/estratégias metodológicas sobre o descarte correto no meio
ambiente.

O universo desta pesquisa teve como cenário o Centro Educacional René


Bayma no município de Codó, estado do Maranhão. As técnicas utilizadas nesta
pesquisa foram aplicações de questionários semiabertos junto aos alunos do 2º e 3º
ano do ensino médio no intuito de verificar quais conhecimentos que possuíam
sobre o funcionamento e a composição de pilhas e baterias, bem como sobre ao
descarte. Houve uma pequena palestra com o tema descartes de pilhas e baterias
na sala de aula, momento oportuno para que foi abordado sobre a conscientização
do uso correto de descartes de pilhas e baterias através de uma palestra sobre o
tema em questão, foram expostos alguns equipamentos que utilizam pilhas e
baterias.
11

A abordagem dada à esta pesquisa foi de cunho descritivo-explicativa, com


caráter qualitativo.

Esta monografia está organizada em 5 capítulos. No primeiro capítulo,


Introdução é feita a caracterização geral do estudo; o segundo capítulo fala sobre os
Resíduos Sólidos, Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos e doenças
causadas pelos contaminantes presentes nas pilhas e bateria. Já no terceiro capítulo
aborda sobre o contexto da sala de aula: lições necessárias, o ensino de Química:
novos olhares e a educação Ambiental: preservar a vida. O quarto capítulo trata do
ás o percurso metodológico adotado na pesquisa; no quinto capítulo trás o resultado
da pesquisa, em que é dado voz aos interlocutores do estudo: professores e alunos.
Em seguida, são feitas as considerações finais sobre o estudo.
12

2 RESÍDUOS SÓLIDOS

2.1 Política Nacional de Resíduos Sólidos Urbanos: o que diz a Lei

O crescimento populacional, a urbanização e a revolução tecnológica tem


alterado de forma substancial os estilos de vida e, consequentemente, o modo de
produção e consumo. Por esse motivo, os resíduos sólidos gerados no cotidiano
aumentam nos centros urbanos.

De fato, em função destas transformações, discussões sobre o meio ambiente


têm sido pauta frequente nas agendas governamentais e não governamentais e tem
preocupado diversas nações. A forma como tem sido tratado ao longo dos séculos
alerta para a necessidade da conservação e preservação da vida no planeta, já
refletia Capra nas décadas finais do século XX (CAPRA, 1989). Há de se encontrar
meios de compatibilizar crescimento econômico e sobrevivência da vida no planeta.

No enfrentamento dos desafios postos no que se refere às questões


ambientais, diversas leis têm sido criadas, a exemplo da Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), como forma de direcionar o manejo adequado dos
resíduos urbanos, constituindo-se numa importante estratégia de preservação do
meio ambiente e de promoção e proteção da saúde, afinal, quando resíduos sólidos
são “acondicionados em aterros a céu aberto comprometem a qualidade do solo, da
água e do ar, por serem fontes de compostos orgânicos voláteis, pesticidas,
solventes e metais pesados, entre outros” (FÁVARO, 2014, p. 17).

Seibert denomina resíduo como tudo aquilo que

Sobra de uma atividade qualquer. Ou seja, aquilo que popularmente é


chamado de ‘lixo’. No entanto, há que se compreender que nas atividades
humanas são gerados resíduos. Como resíduos, estes materiais possuem
valores sociais, econômicos e ambientais que podem ser preservados, a
partir do descarte e coleta seletivos e consequente envio para reciclagem,
ou até mesmo para geração de energia. Mas, se descartado de forma
comum os resíduos podem virar lixo (SEIBERT, 2014, p. 15).
13

Com embasamento nas situações decorrente pelo tamanho do problema


gerado teve como normativa a Lei nº 12.305/2010, que ressalta a preocupação com
o destino dos resíduos sólidos gerados nos municípios, fica instituído a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) considera como:

[...] instrumento essencial na busca de soluções para um dos mais graves


problemas ambientais do Brasil, o mal destino dado aos resíduos sólidos,
impondo a necessidade premente de substituir os lixões a céu aberto por
aterros sanitários como medida de proteção ambiental (PNRS, 2010, p. 58).

Ao depararem com problemas sequenciais sobre o descarte dos resíduos


sólidos urbanos em lixões e em consonância com a Lei nº 12.305/2010, a Câmara
de Vereadores do município de Codó iniciou, ainda em 2010, discussões com
representantes dos catadores de lixo da cidade, ano em que foi regulamentada a
PNRS. No entanto, até o momento não é possível visualizar avanços nos debates
sobre o problema. Vale dizer que esta Lei determina a obrigatoriedade de as cidades
implantarem aterros sanitários ou adotar condições seguras para o descarte dos
resíduos sólidos gerados pela população. Porém, a maioria dos municípios
brasileiros argumentam não terem recursos financeiros para fazer valer a Lei e,
assim, o prazo foi prorrogado para ser implementado até o ano de 2020.

A finalidade dos aterros sanitários é dar aos resíduos sólidos urbanos uma
forma de disposição final adequada e que possam utilizar como critérios de
segurança a engenharia que promove condições e normas operacionais específicas,
assim utilizando meios de confinamento dos resíduos sólidos mais “seguro” para fim
de evitar danos ou riscos à saúde pública e minimizando os impactos ambientais.
(PRNS, 2010)

O capítulo VI, art. 47, da PNRS alerta para as proibições das formas de
destinação/disposição de resíduos sólidos – os lançados em praias, no mar, e
àqueles lançados nos chamados lixões e provenientes da queima a céu aberto,
dentre outras formas vedadas pelo poder público, por trazer danos à saúde do
planeta (BRASIL, 2010).

Assim, as Leis que regulamentam o gerenciamento dos resíduos sólidos no


Brasil têm a preocupação de que a população possa preservar o meio ambiente, e
quando se trata da questão ambiental requer cuidado especial, pois trata de milhões
de pessoas que participam das práticas corretas e não corretas desses manejos.
14

2.2 Resíduos sólidos urbanos: pilhas e baterias

Grande parte dos objetos tecnológicos utilizados hoje requer geradores de


correntes para seu funcionamento, sendo as pilhas e as baterias os mais comuns.
Conforme Feltre, pilhas e baterias podem ser definidas como:

[...] geradores elétricos que compõem a classe de geradores químicos,


porque são capazes de transformar energia química em energia elétrica.
Além disso, também são dispositivos capazes de manter uma diferença de
potencial entre os pontos em estão ligados pelos polos positivos e negativos
(FELTRE, 2004, p. 280).

Para Usberco e Salvador (2006), pilhas e baterias são dispositivos nos quais
uma reação espontânea de oxidorredução produzem corrente elétrica. Seu
funcionamento se baseia em transferência de elétrons de um metal que tem a
tendência de ceder elétrons para um que tem a tendência de ganhar elétrons, ou
seja, essa transferência é feita por meio de um fio condutor (Ver Figura 1):

FIGURA 1 – Reação espontânea de oxirredução.

FONTE: http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2006/Pilha_de_Daniel/pilha_de_Daniell.html

Segundo o que diz Urbesco e Salvador (2006), pilhas e baterias são


pequenos dispositivos que transforma a energia química em elétrica com
15

participação de um sistema apropriado que aproveitar o fluxo de elétrons


provenientes de transferência, que concede uma reação química denominada
oxirredução.

A pilha de Daniell é um exemplo deste sistema, pelo fato de adotar o


esquema que até hoje é utilizado para fabricação das pilhas. Foi construída em
1836, por John Frederick Daniell, que construiu uma pilha com eletrodos de cobre e
zinco. Cada eletrodo ficava em um recipiente individual, dessa forma, ocorria um
aumento de eficiência da pilha (AFONSO, 2003).

Para completar a trajetória entre um ponto e outro, havia um tubo que ligava
os dois recipientes, chamado de “ponte salina”. Essa pilha consiste em dois
eletrodos de metais diferentes (cobre e zinco) mergulhados em solução eletrolítica
(solução iônica, ou seja, contem íons) em recipientes separados ligados por uma
ponte salina. Nessa reação o zinco doa elétrons, então sofre oxidação, vai perdendo
massa, o cobre por sua vez, recebe os elétrons e sofre redução, ganha massa.
Quando o zinco for totalmente consumido a reação termina e a pilha deixa de
funcionar (AFONSO, 2003).

No eletrodo de cobre (Cu) (cátodo):

-
Cu²+(aq)+2e → Cu(s)

No cátodo ocorre a redução.

No eletrodo de zinco (Zn) (ânodo):

Zn(s) → Zn²+(aq) + 2e-

No ânodo ocorre a oxidação.

Por convenção internacional a reação de uma pilha está assim


esquematizada:
Zn0/ Zn²+ // Cu²+ / Cu0

As composições químicas existentes nas pilhas e baterias, quando


introduzidas de forma irregular durante o processo de fabricação, sem os devidos
cuidados técnicos, causam danos à saúde dos seres vivos e, consequentemente
ambiental, muitas vezes irreversíveis. Por consequência disso existem leis que
16

estabelecem limites durante o processo de fabricação, como a quantidade e a


qualidade dos elementos químicos utilizados nestes produtos, assim como o
descarte.

Sobre os cuidados com usos e descartes, esclarece Bochhi et al:

As pilhas e baterias em funcionamento não oferecem riscos, uma vez que o


perigo está contido no interior delas. O problema é quando elas são
descartadas incorretamente e passam por deformações na cápsula que as
envolvem: amassam, estouram, e deixam vazar o líquido tóxico de seus
interiores (BOCCHI et al, 2000, p. 6).

A Resolução do Conselho Nacional do Meio ambiente (CONAMA) – n°


401/2008, alterada pela Resolução nº 424, de 2010, estabelece “os limites máximos
de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território
nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente
adequado, e dá outras providências” (BRASIL, 2006, p. 512) e enfatiza:

[...] a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio


ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias tendo em vista
também a grande necessidade de se disciplinar o gerenciamento ambiental
de pilhas e baterias, em especial as que contenham em suas composições
chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, no que tange à coleta,
reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final (BRASIL, 2006, p.
512).

Conforme as leis vigentes que normatizam o descarte correto de pilhas e


baterias, fica estabelecido que após o seu esgotamento energético os dispositivos
geradores de energia (pilhas e baterias) deverão ser entregues pelos consumidores
aos estabelecimentos que as comercializam. No entanto, verifica-se que a maioria
dos usuários e dos próprios comerciantes, não recebem esclarecimentos suficientes
sobre esta normativa.

E, como já dito anteriormente, as pilhas e baterias quando descartadas na


forma incorreta são altamente perigosas, podendo ser oxidada produzindo chorume 1,
além de matéria orgânica, produtos tóxicos (chumbo, mercúrio).

1
¹ Também chamado por líquido percolado ou lixiviado, é o líquido poluente, de cor escura e odor
nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos
orgânicos.
17

2.3 Doenças causadas pelos contaminantes presentes nas pilhas e baterias

Dados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (apud BRUM, 2010), apontam


que 1% dos resíduos sólidos urbanos contém elementos tóxicos provenientes de
pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, dentre outros, lançados pela população
ao meio ambiente por não saberem os prejuízos à saúde e ao meio ambiente. Por
conterem elementos químicos (mercúrio, cádmio, chumbo, lítio, cobre, níquel), não
poderiam [ou deveriam] ser descartados ou acondicionados em lixo comum.

O Quadro 1 mostra os elementos químicos presentes em pilhas e baterias,


bem como a fonte de exposição.

Quadro 1 – Principais elementos químicos presentes em pilhas e baterias


Elemento Efeitos/Doenças Fonte de exposição
químico
 Mutações e distúrbios renais  Peixes contaminados
Mercúrio  Perda de memoria  Poluição do ar
 Deficiências nos órgãos sensoriais  Fumaças tóxicas

 Agente cancerígeno  Água contaminada


Cádmio  Edema pulmonar e osteoporose  Alimentos contaminados
 Fumaças tóxicas
 Perda de memória e depressão  Contaminação ambiental
Chumbo  Dor de cabeça e Irritabilidade  Ingestão de alimentos e
 Anemia, insônia e paralisia bebidas contaminadas
 Partículas suspensas no ar
Lítio  Tremor grosseiro, náusea e vômitos  Ingestão excessiva
 Irritabilidade Neuromuscular (Acidental ou deliberada)
 Convulsões, coma e morte

Níquel  Agente Cancerígeno  Ingestão de alimentos e


 Dermatite e má formação de fetos água potável contaminados.

Cobre  Afeta o cérebro e causa dermatite  Ingestão de água


contaminada
FONTE: Elaborado pela autora a partir de Legat e Brito (2010), Moreira (2010) e Fogaça (2011).

A contaminação do meio ambiente causados pelos elementos citados


anteriormente é um assunto sério que, dependendo da intensidade, pode provocar a
morte dos seres vivos e a extinção de espécies que viviam exclusivamente no local
18

afetado pelo poluente químico. Pela gravidade do assunto, contaminações


ambientais são consideradas crime; certas indústrias chegam a pagar altas multas,
com responsáveis podendo até mesmo cumprir pena pelo ato.

3 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO CONTEXTO DA SALA DE AULA: lições


necessárias

3.1 Ensino de Química: novos olhares

A ciência nas últimas décadas tem mostrado seu papel na escola, tendo em
vista professores e alunos terem a oportunidade de melhor qualificar-se e, assim,
potencializam o processo de ensinar e aprender, o que tem gerado novos olhares
para a ampliação do conhecimento.

O artigo 1° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº


9.394/96 descreve a educação da seguinte maneira:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida


familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.

De fato, os processos educativos são permeados por inúmeros fatores que


os influenciam das mais diferentes maneiras. Cada escola, cada aluno, possuem
realidades próprias e, nesse universo tão complexo, pode-se dizer até mesmo que
cada sala de aula possui sua realidade distinta (SANTOS, 2006). Cabe, portanto,
às instituições de ensino atrair os alunos, provocar curiosidade, inquietações pelo
gosto de aprender. E a disciplina Química tem potencial se sair tão somente das
aulas padrão das fórmulas e cálculos, que causam repulsa em grande parte dos
alunos por não verem relações com sua realidade.

Ao professor de Química da educação básica hoje cabe levar os alunos ao


prazer de aprender, com uma Química voltada também para aspectos do seu
cotidiano, trazendo mudanças para seu conhecimento e, através deste ensino
buscar conceitos relacionados ao seu cotidiano, a exemplo de colocar em
19

discussão os impactos ambientais, a questão da geração de resíduos sólidos


urbanos, tão presente no contexto atual.

Lugar-comum entre os alunos, as aulas de Química são “temidas” pelo fato


de trazer fórmulas, números e conceitos, muitas vezes de forma abstrata. Isso tem
levado à desmotivação dos alunos.

As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM, 2006) apontam


que no ensino de Química há extrema complexidade do mundo atual não mais
permite que que o ensino médio seja apenas preparatório para um exame de
seleção, em que o estudante é perito, por ter treinado em resolver questões. O
mundo atual exige que o estudante se posicione, julgue e tome decisões, e seja
responsabilizado por isso.

[...] a Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia


os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o
conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o
mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus
conceitos, métodos e linguagens próprios, e como construção histórica,
relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da
vida em sociedade (BRASIL, 2010, p. 109).

Os novos olhares para o ensino de Química exigem diálogos para o melhor


entendimento, conforme o que foi explicitado nas orientações curriculares (OCEM,
2010); lá enfatiza a participação do aluno para que ele tenha capacidades mentais
de construir caminhos para que as interações sociais vivenciadas na escola
passam a fazer parte do seu cotidiano, e nas situações complexas possam exigir
novos olhares para uma participação mais efetiva durante o processo de ensino
aprendizagem.

O diálogo entre as disciplinas é favorecido quando os professores dos


diferentes componentes curriculares focam, como objeto de estudo, o
contexto real as situações de vivência dos alunos, os fenômenos naturais
e artificiais, e as aplicações tecnológicas. A complexidade desses objetos
exige análises multidimensionais, com a significação de conceitos de
diferentes sistemas conceituais, traduzidas nas disciplinas escolares
(BRASIL, 2010, p.102).

Dessa forma há uma grande necessidade de superar o atual ensino


praticado e assim visa proporcionar o acesso aos conhecimentos químicos que
permitam a construção de uma nova visão de um mundo mais articulado e menos
fragmentado, desse modo irá contribuir para que o indivíduo seja um pesquisador e
20

utilize experimentos para que ele seja dinâmico em adquirir novos conhecimentos
ou seja um participante de uma nova educação que está em constante
transformação.

A implementação de atividades procedimentais e experimentais, em


laboratórios ou mesmo na sala de aula tem sido utilizada por professores como
forma de fazer com que o aluno “apreenda” significativamente os conteúdos de
Química. Vale dizer que a experiência vivenciada pelo aluno constitui-se de
fundamental importância para interação dos conteúdos. A proposta é que o
professor faça uso de motivar o aluno para aprender Química. Desta forma, o
aprender Química deve ser sempre uma relação constante entre o fazer e o
pensar (MALDANER, 2003).

Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS (1997) também apontam


caminhos possíveis para que a Escola reflita sobre o processo de ensinar e
aprender. Enfatiza que o processo educacional não pode ser instrumento para a
imposição, mas de diálogos entre todos àqueles preocupados com educação de
qualidade (PCNS, 1997).

Enquanto processo, requer a vinculação escola, questões sociais e valores


democráticos, tanto no que se refere à seleção e aplicação dos conteúdos, como
também da própria organização escolar. Os valores dotados pelo professor regem
o processo pessoal dentro da Escola por serem determinantes para qualidade do
ensino e tendo possibilidade interferir de maneira significativa na formação dos
alunos.

Nesse sentido, o que se tem em vista é que “o aluno possa ser sujeito de
sua própria formação, em um complexo processo interativo em que também o
professor se veja como sujeito de conhecimento” (PCN,1997, p. 33).

Essa autonomia requer mobilizações de todos os envolvidos no processo:


gestores, professores, alunos, família. Assim o aluno poderá produzir novas
condições para seu próprio conhecimento durante o ensino e, com isso,
efetivando a transformação educacional pretendida pelos Paramentos
Curriculares (PCN’s, 2000), haja vista o contínuo aperfeiçoamento que deve ser
uma construção coletiva, em um amplo espaço de diálogo propiciado pela
comunidade escolar, e que deve ser promovido pelo sistema educacional como
21

um todo e com a efetiva participação da comunidade para que tenha interação


para ambas as partes (PCN, 2000).

Os chamados Temas Transversais do Currículo – Ética, Pluralidade


Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual, Trabalho e Consumo –
propõem-se a tratar de questões sociais de forma contínua, sistemática,
abrangente e integrada e não como áreas ou disciplinas autônomas, mas sim são
vistas como áreas que percorram todos os caminhos vivenciados pelos alunos.

Como proposta de alterar o status quo vigente na educação, os PCN´s


propôs discutir nos Temas Transversais, questões sociais de forma contínua e
sistematizada, trazendo eixos como Ética, Pluralidade cultural, Meio Ambiente,
dentre outros temas. Ressalta-se aqui a categoria Meio Ambiente, por ser o foco
desta pesquisa e estar ligado a questão da contextualização 2 no ensino de
Química com a atualidade.

Para essa questão de contextualização a escola precisa muito mais do que a


simples transmissão de conteúdo e o dito acúmulo de informações; já que é de
fundamental importância a exigência de experiências “concretas e diversificadas,
transpostas da vida cotidiana para as situações de aprendizagem”. Educar para a
vida requer a incorporação de experiências vivenciadas no dia a dia (FERREIRA,
1993).

3.2 Educação Ambiental: preservar a vida

A interação entre meio ambiente e educação assume papel cada vez mais
desafiador por ser vista como processo permanente de aprendizagem, capaz de
valorizar as diversas formas de conhecimento para que o cidadão tenha consciência
de seus atos.

A Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, Artigo 1º,


conceitua Educação Ambiental como:

2
“A contextualização, associada à interdisciplinaridade, tem sido [...] princípio curricular central dos
Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), capaz de produzir uma revolução no
ensino, possibilitando a formação de indivíduos que se realizem como pessoas, cidadãos e
profissionais” (PEREIRA apud SANTOS, 2002, p. 5).
22

[...] uma dimensão da educação, é atividade intencional da prática social,


que deve imprimir ao desenvolvimento individual um caráter social em sua
relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de
prática social e de ética ambiental (BRASIL, 2006, p. 10).

A Educação Ambiental exige que todos os docentes tenham formação


continuada para que assim tenham possibilidade de utilizar novos conteúdos para
que ações pedagógicas estejam de acordo com as normas. De acordo com os PCN
´s (BRASIL, 2010), os conteúdos de meio ambiente foram integrados com as áreas
afins de seu conhecimento, em uma relação de transversalidade onde cada
professor dentro de sua especificidade de sua área pode contribuir ao explicar sua
contextualização com sua área.

A Educação Ambiental é uma troca de valores que tem seus objetivos


específicos de como transformar ideias antigas em novos conhecimentos que
modificam as atividades humanas em relação ao meio ambiente.

3.3 A contextualização dos resíduos sólidos urbanos (pilhas e baterias) no


contexto da disciplina Química: olhares

A proposta da contextualização no ensino de Química caracteriza-se como de


fundamental importância no processo de apropriação do conhecimento, necessária
para que se entenda seus fundamentos e processos, favorecendo aos alunos
melhor entendimento naquilo que lhe está sendo ensinado (PCNS, 1997).

A Química, na perspectiva de um ensino contextualizado, possibilita condições


para que o aluno consiga ver nas ações do seu cotidiano aquilo que é ensinado em
sala de aluno e, assim, podem tornar-se donos de suas decisões decorrentes em
situações reais. Dessa forma, a Química estará contribuindo para o aperfeiçoamento
dos alunos como sujeito e cidadão.

Na abordagem entre a Química e o meio ambiente, ressalta-se a temática do


descarte de resíduos sólidos urbanos, no caso aqui específico, pilhas e baterias, na
perspectiva de verificar como o assunto tem sido abordado em sala de aula na
disciplina Química, quando é tratado o conteúdo Eletroquímica, comumente
abordado no 2º ano do ensino médio.
23

Ao discutir o conteúdo Eletroquímica, por exemplo, o professor é possível ao


professor abordar e enfatizar problemas relacionados ao descarte dos resíduos
sólidos urbanos, a exemplo das pilhas e baterias, e os problemas relacionados ao
meio ambiente e à saúde dos seres vivos. Essa relação conteúdo de Química
associado ao cotidiano dos alunos pode despertar maior interesse na disciplina,
trazendo o aluno de fato para a sala de aula e com mais entusiasmo no decorrer do
processo de ensino, sendo uma das possíveis formas, a participação destes em
aulas práticas, contextualizando o cotidiano ao conteúdo abordado.

Tendo em vista que a participação efetiva dos alunos, para entendimento que
o leve a ter concepção de que haja problemas ambientais causados pelo uso e
descartes incorretos de pilhas e baterias, a contextualização favorece o
conhecimento do aluno para uma possível ação conjunta com a sociedade para
minimizar os impactos causados pela ação do homem. Assim, é possível repassar
conhecimentos a outros de que um pequeno gerador de energia pode prejudicar o
ambiente e a saúde humana quando descartado de forma inapropriada, por
exemplo, quando lançados a céu aberto.

Temas como pilhas e baterias devem ser contextualizados nas mais diversas
áreas do conhecimento, possibilitando a chamada transversalidade de conteúdos
abordados diariamente na escola.

Segundo o que foi estabelecido nos PCN+ (BRASIL, 2002, p. 87),

[...] a Química pode ser um instrumento da formação humana que amplia os


horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o
conhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o
mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus
conceitos, métodos e linguagens próprios, e como construção histórica,
relacionada ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida
em sociedade.

Para Santos (2013), a aprendizagem contextualizada descrita pelos PCN’s


visa que o aluno aprenda a mobilizar competências para solucionar problemas com
contextos apropriados, de maneira a ser capaz de transferir essa capacidade de
resolução de problemas para os contextos do mundo social e, especialmente, do
mundo produtivo. A contextualização situa-se na perspectiva de formação de
performances que serão avaliadas nos exames centralizados e nos processos de
trabalho.
24

4 PERCURSO METODOLÓGICO

4.1 Local da pesquisa

O lócus deste estudo teve como cenário o Centro Educacional René Bayma,
escola da esfera estadual, localizada na cidade de Codó, estado do Maranhão. A
escola conta no corpo docente com 12 professores, todos com qualificação superior
com jornada de trabalho de 20 a 40 horas; possui 900 alunos matriculados nos três
períodos (matutino, vespertino e noturno).

A escolha das turmas para este estudo foi feita de forma intencional, enquanto
que o contato com o professor-regente se deu durante a disciplina de Estágio II.

4.2 Tipo de pesquisa

Ao pensar no caráter multimetodológico das pesquisas, este estudo


caracteriza-se, de início, de revisão da literatura, no intuito de buscar os
fundamentos teóricos sobre o objeto de estudo, seguida da pesquisa de campo, por
possibilitar ao pesquisador o contato direto com seu objeto de estudo (MARCONI;
LAKATOS, 2007).

A pesquisa qualifica-se ainda como de cunho descritivo-explicativa, que


possibilitou a descrição das características e a identificação dos fatores do objeto de
estudo com abordagem quanti-qualitativa (GIL, 2010).

4.3 População e amostra


25

A pesquisa de campo foi realizada no mês de julho de 2017. O primeiro


momento consistiu na observação in loco do objeto de estudo, o segundo momento
aconteceu nas turmas do 2º e 3º ano do ensino, do Centro Educacional René
Bayma, em que foi possível ter a participação de 57 alunos do período matutino. A
seleção destas turmas foi intencional, tendo em vista elas tiveram conteúdos
relacionados ao tema, a exemplo da Eletroquímica, conteúdo que estuda a
transferências de elétrons entre substâncias. Reação essa que é chamada de
oxirredução ou redox, é a reação que ocorre dentro de uma pilha ou bateria.

A abordagem deste tema nas duas turmas teve como objetivo identificar se os
alunos sabem do que trata o tema da pesquisa, quais relações com o meio ambiente
e qual participação a sociedade tem em relação aos descartes de pilhas e baterias.

4.4 Instrumentos de coleta de dados

A técnica utilizada para esta pesquisa foi o questionário semiestruturado junto


a alunos das turmas do 2º e 3º ano do ensino médio, e professores da área de
Química, no intuito de verificar os conhecimentos que possuem sobre o
funcionamento e a composição de pilhas e baterias, bem como sobre seu destino
após uso.

Ainda no processo de coleta e construção de dados para análise, houve uma


palestra sobre o tema desta pesquisa o uso correto e descarte de pilhas e baterias,
sendo exposto alguns equipamentos que utilizam pilhas e baterias através dos
slides.

4.5 Análise de dados

Como método de procedimento desta pesquisa optou-se pela análise de


conteúdo que, conforme Marconi e Lakatos (2007), permitiu a descrição sistemática,
objetiva, quantitativa e qualitativa do conteúdo presentes nas falas dos
interlocutores.
26

5 DESCARTES DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E BATERIAS):


contextualização no ensino de Química no Centro Educacional René Bayma
(CODÓ-MA)

5.1 Caracterizando a pesquisa de campo

O crescente aumento do aparato tecnológico, a exemplo dos produtos


eletroeletrônicos, expande a cada dia. Muitos desses produtos utilizam pilhas e
baterias, o que leva que utilização destas seja proporcional ao consumo de
aparelhos que as requerem para funcionar.

A falta de alternativas e de informações da população sobre o descarte


correto, leva os consumidores a descartarem pilhas e baterias em locais impróprio,
contribuindo para a ocorrência de sérios danos ao meio ambiente e a saúde
humana, por possuírem em sua composição metais pesados, altamente corrosivos
que podem contaminar solo, plantas, lençóis freáticos e também são potencialmente
tóxicos.

O momento da palestra foi oportuno para explicar a relação do tema da


pesquisa com o conteúdo eletroquímica e o meio ambiente, teve uma participação
efetiva dos alunos, envolvendo debates entre os participantes, momento esse que
foi de suma importância para construção de um novo olhar para problemas que
envolvem o meio ambiente e descartes de pilhas e baterias.

As figuras 1, 2, 3 e 4 mostram momentos de algumas atividades que foram


realizadas em sala de aula: palestra, aplicação de questionário.

Figura 1 – Fachada do C. E. René Bayma


27

FONTE: Arquivo pessoal da pesquisadora (2017)


Figura 2 - Palestra sobre descartes de resíduos sólidos (pilhas e baterias)

FONTE: Arquivo pessoal da pesquisadora (2017)

Após palestra foi aplicado questionário semiestruturado a alunos e


professores sobre o tema Descartes de Resíduos Sólidos Urbanos (Pilhas e
Baterias) e contextualização para o ensino de Química.

Figura 3 - Momento da aplicação do questionário


28

FONTE: Arquivo pessoal da pesquisadora (2017)

Figura 4 - Alunos respondendo o questionário

FONTE: Arquivo pessoal da pesquisadora (2017)

A palestra seria direcionada a partir de slides, no entanto não foi possível


realiza-la com aparelhos de data show pois o mesmo havia queimado e no momento
não havia outro equipamento, no entanto houve uma pequena palestra com duração
de 20 minutos com uma participação efetiva dos alunos envolvendo debates entre
eles.
29

5.2 As vozes dos professores

Para a análise de dados com os professores foram aplicados questionários


semiabertos a 6 docentes que atuam nos turnos matutino, vespertino e noturno do
C. E. René Bayma, e 4 professores de outras escolas da rede estadual de ensino.

No que se refere às aulas de Química com a contextualização do cotidiano e


suas dificuldades em relação a aprendizagem dos alunos, o Gráfico 1 mostra:

Gráfico 1 – Contextualização das aulas de Química com temas do cotidiano

24%

SIM NÃO 76%

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com os dados expressos no Gráfico 1, ficou explicitado que os 76%


dos professores abordam temas relacionados ao cotidiano na sala de aula,
sobretudo quando a aula de Química requer experimentos e que a escola não
oferece laboratórios equipados para isso e, 24% disseram que quase não abordam
temas do cotidiano.

Os dados podem ser considerados positivos, tendo em vista a perspectiva dos


estudos de Verceze e Silvino (2008), que afirmam que a educação escolar se
caracteriza pela mediação didática e pedagógica que se estabelece entre
conhecimentos teóricos e práticos. Os seus procedimentos e conteúdos devem
adequar-se tanto a situação especifica da escola e ao desenvolvimento do aluno
quanto aos diferentes saberes a que recorrem, principalmente a parte experimental
que na maioria das vezes não são executados por não terem laboratórios; no
30

entanto, cabe aos professores adequar-se à realidade da escola, utilizando recursos


didáticos alternativos.

Mediante as falas dos professores sobre aulas contextualizadas, buscou-se


conhecer sobre os principais recursos didáticos que costuma utilizar nas aulas de
Química.

Gráfico 2 – Recursos didáticos mais utilizados nas aulas de Química

Experimentos
14%

Quadro e pincel
29%

Resolução de exercícios
29%
Livros didático
29%

Quadro e pincel Livros didático


Resolução de exercícios Experimentos
FONT
E: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com o resultado da pesquisa, exposto no Gráfico 2, evidencia-se


que a experimentação é recurso pouco empregado, apresentando 14% como auxílio
na transmissão de conteúdos químicos, seguida de 29% com o livro didático, 28%
com o quadro e o pincel e 29% com resolução de exercícios.

Nas palavras de Mendes Sobrinho e Leal, o livro didático constitui-se em

Material importante e de grande aceitação porque, além de fornecer,


organizar e sistematizar os conteúdos explícitos inclui métodos de
aprendizagem da disciplina. Não é apenas livro de conteúdos de História,
Português, Geografia, Química [...], mas também um livro pedagógico que
está contido uma concepção de aprendizagem (MENDES SOBRINHO;
LEAL, 2012, p. 46).

Vale dizer que o uso do livro didático ainda é um dos recursos mais utilizados,
haja vista sua importância e lugar na formação crítico-cidadã. No entanto, é
31

necessário lembrar que ele constitui-se apenas em um recurso possível no contexto


educacional pelo fato de que a maioria das escolas do ensino médio não terem
laboratórios ou, aquelas que possuem, eles carecem de equipamentos e reagentes.

Em seguida foi perguntado aos professores quanto ao papel da


experimentação nas aulas contextualizadas no ensino de química.

Gráfico 3 – Qual o papel da experimentação no ensino de Química

100%

Sim Não

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017)

Conforme expresso no Gráfico 3, os professores foram unânimes – 100%


disseram que o papel da experimentação é de suma importância para o ensino de
Química. Esta dificuldade, segundo a pesquisa, é pelo fato de, após aula teórica,
não terem como mostrar na prática aquilo que foi ensinado, pela ausência de
laboratórios para análises experimentais, aliada a esta questão citam o desinteresse
do aluno pela disciplina.

Valadares atribuiu o “desinteresse” dos alunos com o componente curricular


Química à

[...] dificuldade do professor em construir pontes entre o conhecimento


escolar e o mundo cotidiano dos alunos e frequentemente, a ausência deste
vínculo é responsável por apatia e distanciamento entre conteúdos, alunos e
professores (VALADARES, 2001, p. 38).
32

Vale ressaltar que muitos conteúdos podem ser abordados utilizando


materiais didáticos alternativos na própria sala de aula. E a literatura sobre estes
materiais é vasta, a exemplo dos estudos de Bandeira (2009), Benite e Benite
(2009), Chrispino (2016).

No que se refere ao papel da experimentação no ensino de Ciências Naturais


os professores3 relataram:

Facilitar a compreensão, porque quando o aluno vai para o laboratório que


ele começa a ver de fato as coisas acontecendo, assimilação as partes de
fixação do conhecimento é muito mais fácil do que ele ouvindo uma história
que lá na hora da Cinética Química a velocidade acelera o processo da
reação, que a superfície de contato quanto maior mais rápido a reação.
Quando o aluno ouvi isso é uma coisa quando ele ver de fato as coisas
acontecendo a fixação é maior indiscutivelmente a parte pratica ela fixa
melhor que a teórica (Professor E.D).

Estabelecer a relação entre teoria e pratica de modo que o aluno possa


associar o conhecimento adquirido com situações do seu cotidiano
(Professor J.R).

O experimento nas aulas de Ciências ajuda o professor a despertar no


aluno o interesse na sua disciplina e melhorar a aprendizagem, uma vez
que a aula sairá do campo abstrato indo para o real. O grande problema dos
professores de ciências é a falta de estimulo dos alunos, então porque não
pensar, na combustão, oxidação, fermentação, mudança de cor, algo que
possa levar esse aluno a entender o real significado da disciplina e aplicar
no cotidiano (Professor M.A).

São clássicas as dificuldades citadas sobre o processo de ensino e


aprendizagem de Química. Muitos professores ainda estão presos ao ensino
tradicional; em contrapartida os alunos costumam ter aversão à disciplina. Muitos
estudos têm sido realizados, com o objetivo de encontrar alternativas que possam
melhorar o ensino de Química (WANDERLEY et. al., 2005).

É de conhecimento dos professores de Ciências o fato da experimentação


despertar forte interesse entre os alunos em diversos níveis de escolarização. Em
seus depoimentos, os alunos também costumam atribuir à experimentação um
caráter motivador, lúdico, essencialmente vinculado aos sentidos, o que é
corroborado por professores, quando afirmam que a experimentação aumenta a
capacidade de aprendizado, por funcionar como meio de envolver o aluno nos temas
que estão em pauta.

3
Os professores serão identificados pelas iniciais de seus nomes.
33

5.3 As vozes dos alunos

Após a realizada de uma pequena palestra sobre o tema “Descartes de


resíduos sólidos urbanos (pilhas e baterias) e a contextualização no ensino de
Química”, foi feita a aplicação do questionário para os alunos do 2º e 3º ano, do
ensino médio (57 alunos).

De início, a pesquisa teve como propósito conhecer a afinidade


(autoavaliação) dos alunos com a disciplina, conforme expresso no Gráfico 4.

Gráfico 4 – Autoavaliação na disciplina Química

11% 9%

32%

49%

EXCELENTE BOM REGULAR PÉSSIMO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com o Gráfico 4, observa-se que 49% considera-se “regular; 32%


classifica-se como “bom”; 10% “péssimo” e 9% consideram-se “excelentes”. Com
esse resultado foi possível identificar que alguns dos alunos têm dificuldades em
relação a disciplina. Os que se consideram regular disseram estar desmotivados
pelo fato de não se identificarem com números ou fórmulas, por não terem um bom
desempenho diante do domínio de conteúdos químicos.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio -


PCNEM, é necessário que o ensino de Química contribua para que o aluno tenha
uma visão mais abrangente sobre tal conhecimento, mas para que isso ocorra é
34

preciso romper com o atual modelo de ensino desenvolvido em muitas escolas


(BRASIL, 2000).

Os alunos, quando convidados a se posicionarem sobre a questão, disseram:

Considero-me regular pelo fato de morar na zona rural e não assistir todo o
conteúdo, pois tenho que sair mais cedo devido o ônibus escolar ter que
retornar a zona rural (Aluna 1 – 3º ano).

Porque nas aulas de Química não dá para observarmos os materiais


químicos só nos livros; se tivéssemos aulas práticas no laboratório ou
mesmo em sala de aula com materiais alternativos teríamos um melhor
desempenho (Aluno 2- 2º ano).

Me considero péssimo porque não me identifico com números, não sou


muito boa com fórmulas; eu não tive uma educação boa no ensino
fundamental daí tenho muitas dificuldades nas aulas de Química. (Aluna 3 –
2º ano).

Cabe ao professor estimular os alunos a aprender, possibilitando


questionamentos e diálogos; em outras palavras, significa dizer que os professores
não somente aprendam a trabalhar na perspectiva da contextualização, e
possibilitem participação efetiva dos estudantes, o que remeterá à novas práxis, a
novos olhares sobre os conteúdos químicos.

A relação Química e meio ambiente vai ao encontro com muitos temas


relacionados ao cotidiano do aluno; quando se fala em descartes de resíduos sólidos
muitos não sabem do que se trata. E quando se aborda sobre pilhas e baterias não
conhecem a forma correta dos descartes. É o que foi perguntado, e está expresso
graficamente.

Gráfico 5 – Destino das pilhas e baterias usadas em sua casa


35

25%

57%
18%

LIXO COMUM QUINTAL DE CASA LIXÃO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017)

Com a análise dos dados no Gráfico 5, ficou explicitado que a maioria dos
alunos (57%) jogam as pilhas e baterias usadas junto com outros tipos de lixo. Vale
ressaltar que o lixo doméstico é levado ao Lixão da cidade que, por sua vez, ainda
não possui aterro sanitário; 25% disseram que jogam as pilhas e baterias usadas no
lixão; e 18% jogam as pilhas e baterias usadas no quintal de casa.

O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), estabelece normas para


o destino correto e ambientalmente adequada destes resíduos sólidos (pilhas e
baterias) determinando procedimentos técnicos de coleta, recebimento, reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final de acordo com a legislação ambiental
vigente (CONAMA, 2010).

No que se refere ao conhecimento dos alunos sobre os problemas eco-


ambientais provocados pelo descarte incorreto de pilhas e baterias usadas quando
descartadas no lixo:

Gráfico 6 – Pilhas e baterias descartadas no lixo são considerados riscos ao meio


ambiente e a saúde humana
36

47%
53%

SIM NÃO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com os dados obtidos durante a pesquisa observou-se que a


maioria dos alunos tem pouco entendimento sobre o assunto mas que já começam a
ter participação favorável quanto ao descarte desses resíduos sólidos (Pilhas e
baterias), tendo em vista que 53% disse “sim” e 47% afirmou não saber do que se
trata.

Os alunos que responderam que conhecem os problemas que o descarte


incorreto pode causar ao homem e ao meio, disseram até então não saberem quais
elementos fazem parte de suas composições, quanto a saúde humana.

Temas como estes devem estar vinculados a realidade dos alunos sempre
presentes em aulas de Química, tendo prioridade em prepará-los para a vida. Para
Maia (2005), os professore devem buscar e tornar a aprendizagem do aluno
significativa assim promover interações entre os novos conhecimentos e os já
existentes.

Os Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino Médio – PCNEM


(BRASIL, 2012) ressaltam a ideia de que os conteúdos abordados durante as aulas
não são apenas conteúdos para serem decorados e sim usarem temas do cotidiano
afim dos aluno sentir-se motivados com seus interesses e vivências.

Foi perguntado aos alunos se em algum momento nas aulas de Química, foi
abordado o tema pilhas e baterias:

Gráfico 7 – Em alguma aula de Química foi abordado sobre pilhas e baterias


37

26%

74%

SIM NÃO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com os dados obtidos na pesquisa, o Gráfico 7, mostra que 74% a


temática já foi abordada em aulas de Química relacionadas com as pilhas e baterias;
26% disseram não ter visto o conteúdo, muito embora o tema ser tratado no assunto
Eletroquímica. Assim, parte significativa da amostra pesquisa sabem do que se trata
e o perigoso decorrente do descarte incorreto deste tipo de resíduo sólido urbano.

Ao se considerar a importância de que as impressões que os sujeitos dessa


pesquisa iriam imprimir, mediante suas respostas em se tratando do estudo sobre os
descartes de pilhas e baterias, foi perguntado sabem o que são resíduos sólidos
urbanos, conforme expresso no Gráfico 8.

Gráfico 8 – Conhecimento sobre o que são resíduos sólidos urbanos


38

39%

61%

SIM NÃO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

A pesquisa mostrou que 78% não sabem o que são resíduos sólidos urbanos.
Diante desses dados é perceptível que a maioria dos alunos não souberam
responder a pergunta em questão ou não se atentam para os problemas
relacionados ao meio ambiente.

Os alunos, quando convidados a se posicionarem sobre a questão, disseram:

Eu acho que é o lixo que fica amontoado muito tempo e vira sólido, assim
pode prejudicar o meio ambiente e a população (Aluno 3 - 2º ano).

São excessos de lixo jogado a céu aberto sem nenhuma separação devida
(Aluna 4- 3º ano).

É lixo que fica muito tempo em um lugar e ele vira sólido (Aluna 5 – 3º ano).

Por esse motivo, a Educação Ambiental tem sua particularidade quanto se


trata de alunos e meio ambiente, pois a partir daí tem a responsabilidade de
integração entre ambas, pois ressalta a ideia da interação dos alunos com a questão
ambiental.

Os problemas causados pela ação do homem no meio ambiente, devem ser


tratados de forma que possibilite o aluno a interagir de forma participativa, que
envolva conteúdos abordados em sala de aula a fim de facilitar a concepção sobre
meio ambiente e homem.
39

No decorrer dos anos surgiram leis que normatizam a questão tanto da


Política dos Resíduos Sólidos, como o Conselho Nacional do Meio Ambiente. Assim,
procurou-se saber se já ouviram falar em CONAMA.

Gráfico 9 – Você já ouviu falar em Conselho Nacional do Meio Ambiente

17%

83%

SIM NÃO

FONTE: Pesquisa de campo, C.E René Bayma, Codó/MA (2017).

De acordo com os dados obtidos ficou evidenciado no Gráfico 9 que 83%


desconhecem leis referente ao Meio Ambiente; 17% disseram saber.

O Conama é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio


Ambiente – SISNAMA, instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política
Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. Em suas
atribuições estabelece, no Art. 1º, os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio
e os critérios e padrões para o gerenciamento ambientalmente adequado das pilhas
e baterias portáteis, das baterias chumbo-ácido, automotivas e industriais e das
pilhas e baterias dos sistemas eletroquímicos níquel-cádmio e óxido de mercúrio.

5.4 A Química na sala aula: propostas de ações/estratégias didático-


metodológicas para o descarte correto de pilhas e baterias

Ações voltadas para a temática são capazes de envolver escola e a


comunidade em geral, por exemplo a abordagem sobre a coleta seletiva de resíduos
urbanos, que pode ser adotada na própria escola, colocando coletores em diversos
40

locais para que os alunos e a própria comunidade na qual a escola está inserida,
deposite pilhas e baterias usadas.

Por sua vez, o professor pode abordar conteúdos relacionados à matriz


curricular de Química de uma forma que contextualize o tema descarte, bem como
conteúdo que abordam os elementos da tabela periódica, principalmente os
constituintes das pilhas, dos metais pesados, propriedades dos elementos, reações
e equações químicas, contextualizando com as questões do dia a dia e ambientais,
como por exemplo: os elementos das pilhas que podem oferecer riscos à saúde dos
seres vivos e relação com a contaminação dos solos e das águas, caso haja
descartes inadequados.

Outra estratégia/ação possível de ser adotada em aulas de Química, seria


trabalhar sobre: reciclagem, história, composição química, funcionamento das pilhas
e baterias, bem como sua importância na atualidade; e, ainda, fazer experimentos
com os elementos químicos utilizados na composição de uma pilha. Estes são
exemplos práticos de ações didáticas que podem contribuir para que o aluno
entenda a importância da preservação do meio ambiente.

Para Santomé (1998), o ensino baseado na interdisciplinaridade tem um


grande poder estruturador, à medida que possibilita uma maior contextualização dos
conteúdos e o estabelecimento de relações entre as disciplinas.

A interdisciplinaridade relaciona várias disciplinas com o objetivo de


enriquecer os temas transversais que são constituídos pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN's) que abrange várias áreas entre elas estão, a ética, o
meio ambiente, a saúde, o trabalho e o consumo, a orientação sexual e a pluralidade
cultural não são disciplinas autônomas, mas temas que permeiam todas as áreas do
conhecimento, e estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas
comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano (PCN´s,
2002).

Com a fusão de novo conhecimento, entre as mais diversas áreas e se


justifica pela necessidade de se reorganizar e reagrupar os âmbitos do saber para
não perder a relevância e a significação dos problemas a deter, pesquisar, intervir e
buscar soluções. Tendo em vista a importância de integrar os conteúdos
41

programáticos com a Educação Ambiental, tais como as áreas Química, Biologia,


História e português, dentre outras.

Ações didático-pedagógicas 1
1) Conteúdo: Eletroquímica – Pilhas e baterias e Produção Textual
 Áreas: Química, Português e História
 Objetivos:
 Promover a articulação entre teoria e prática, a partir da interdisciplinaridade entre
diversas áreas do conhecimento.
 Sugerir ao professor a utilização do texto introdutório “Descartes de Pilhas e
baterias”, para levantar questionamentos ou situações-problema;
 Abordar o tema eletroquímica relacionando-o com o cotidiano do aluno, na
perspectiva de mostrar o tema com aspectos do contexto social em que está
inserido, contextualizando com a coleta seletiva de pilhas e baterias, montagem
de uma pilha, possíveis reciclagem etc.
 Utilizar habilidades de manipulação do código linguístico apropriado para
produção de relatório científico na disciplina de Língua Portuguesa.
 No laboratório de informática o professor de Língua Portuguesa dará as
instruções necessárias para formatação do documento segundo as normas da
ABNT. Além de verificar as estrutura e escrita do relatório.
 A disciplina História poderia abordar sobre a pilha de Daniell, como foi construída,
quem foi John Frederic Daniell, como e quando foi descoberto os elementos
químicos que compõem uma pilha e bateria.

 Materiais:
 Pilhas e baterias usadas,
 Materiais alternativos, tais como: limão, laranja, tomate e batata, e eletrodos de
Zn e Cu.

 Metodologia:
 Os alunos serão divididos em grupos para desenvolver a pesquisa teórica e
posteriormente elaborar a apresentação do trabalho;
 Localização dos elementos químicos na tabela periódica;
 Coleta de pilhas e baterias na escola;
42

 Montar uma pilha com materiais alternativos trazidos de casa.

 Recursos:
 Matérias alternativos, Pilhas usadas;
 Fios condutores de eletricidade;
 Livros, lâmpadas, Becker ou outro tipo de recipiente
.
 Avaliação:
 Participação, pesquisa, relatórios, seminários e assiduidade.

 Referências:
 FELTRE, Ricardo. Química. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004.
 FONSECA, Martha Reis Marques da. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013.

Ações didático-pedagógicas 2

2) Conteúdo: Termoquímica (Balanço energético nos alimentos)


 Áreas: Química e Biologia
 Objetivos:
 Ensinar o conteúdo Termoquímica, através da disciplina de Química;
 Realizar experiência científica utilizando o cotidiano do aluno bem como os
alimentos calóricos.
 A química pode esta associando a obesidade a biologia, como a utilização do
paquímetro (aparelho que verifica a porcentagem do tecido adiposo em alguém).
 A Biologia poderia falar sobre questões de saúde, como os alimentos calóricos
que podem oferecer riscos à saúde, e o poder calórico dos alimentos e como
peso( Kg)
diagnosticar a obesidade através do IMC=
( altura )2( m2 )
 O professor da disciplina biologia poderia sugerir a montagem de um calorímetro
doméstico para medir a quantidade de energia contida em alimentos

 Materiais:
43

 Alimentos calóricos
 Lata de refrigerante vazia
 Termômetro
 Suporte universal com garras
 Clipe metálico
 Rolha de cortiça
 Amendoim sem casca
 Pedaço de arame
 Fósforos

 Metodologia:
 Os alunos irão calcular o índice de obesidade utilizando o paquímetro
 Explicar sobre a estrutura de um relatório científico, sua importância em um
trabalho de pesquisa científica.
 O professor de Língua Portuguesa exibirá slides com informações sobre como
fazer um relatório científico e sua importância.
 Logo após os alunos iniciarão a produção escrita do relatório contendo suas
impressões.

 Recursos:
 Livros
 Data show
 Computadores

 Avaliação:
 Os alunos serão avaliados durante a realização da experiência e através do
relatório entregue com os devidos registros de observação.

 Referencias

 MENDONÇA, V. L. Biologia: os seres vivos : volume 2 : ensino médio / Vivian L.


Mendonça. — 2. ed. — São Paulo : Editora AJS, 2013.
 PERUZZO, F.M.; CANTO, E.L Química na abordagem do cotidiano. v.2. ed.
Moderna.
 UBESCO, J; SALVADOR. E. Química 2: Físico-química. Volume único. 10. ed.
P.130, São Paulo: Saraiva, 2006.
44

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Questões relacionadas ao meio ambiente no contexto contemporâneo tem


trazido preocupações; de gestores à comunidade em geral, com algumas exceções,
o que se verifica é que não tem sido dada a atenção necessária ao tema.

A escola, porém, é a mediadora podendo ser uma grande aliada para a


transmissão desse conhecimento, ao desenvolver a educação ambiental (EA) estará
conscientizando os alunos a serem um agente multiplicadores de ações voltadas
para o meio ambiente e assim transmitindo conhecimento a sociedade para
minimizar os impactos causado pelo homem.

A Química tem seu papel perante a sociedade por ser uma disciplina que
mostra sua relação com o homem, no entanto através de sua contextualização pode
ser trabalhada em sala de aula com o que o aluno vivência no seu dia a dia. No
ponto de vista pode-se mencionar a fusão dos conceitos químicos com o contexto
tecnológico e social assim contribuindo para uma efetiva participação dos alunos no
decorrer das aulas. Partindo assim de uma temática real parece ter mais benefícios
e uma melhor compreensão.

Outro aspecto relevante é que este estudo mostra que os alunos que são o
espelho da sociedade revela desconhecer os problemas relacionados ao meio
ambiente que também estão voltados ao descarte incorreto de pilhas e baterias, que
foi o foco desta pesquisa, juntamente com as leis que regem sobre esse impacto
atual.

Diante dos resultados adquiridos através da pesquisa de campo, podemos


concluir que os objetos propostos foram alcançados, porém há uma necessidade de
modificação nas metodologias de ensino atuais para uma aproximação do
conhecimento científico ao mundo real dos alunos. Como na construção interativas
na sala de aula de química.

A proposta é que este trabalho sirva de subsídios para novas reflexões sobre
as práticas adotadas ao descartarem pilhas e baterias e que em sala de aula o
45

professor deve atentar a esta problemática assim apontando outras dimensões,


posturas durante suas práticas com relação ao meio ambiente.

REFERÊNCIAS

AFONSO, J. C. et al. Processamento da pasta eletrônica de pilhas usadas.


Química Nova – Nota Técnica Vol. 26, N°. 4, 573-577, 2003. Instituto de Química,
Universidade Federal de Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ

BOCCHI, N; FERRACIN, L. C; BIAGGIO, S. R. Pilhas e baterias: funcionamento e


Impacto Ambiental. Publicado originalmente na revista Química Nova na Escola n.
11, 2000.

BENITE, A. C; BENITE, C. R. M. O laboratório didático no ensino de química:


uma experiência no ensino público brasileiro. Revista Ibero-americana de
Educación. Vol. 73 núm. 2, Rio de Janeiro, 2009.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio ambiente – Resolução N°. 257, de 30 de


Junho de 1999 –Lei N°. 6.938, de 31 de agosto de 1981 pelo Decreto N° 99.274,
de 6 de Junho de 1990, disposto em seu Regimento Interno, Considerando os
impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de
pilhas e bateias usadas.

CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos. 1.
ed. São Paulo: Editora Cultrix, 1999.

CHRISPINO, A. Ensinando Química experimental com metodologia


alternativa. Revista Química Nova, São Paulo: Editora Química Nova. 1986.

FÁVARO, B. L. Avaliação ambiental de propriedades químicas do solo em


lixão desativado do município de Rolândia-pr, 2014.

FERREIRA, N. T. Cidadania: uma questão para a educação. Rio de Janeiro: Nova


Fronteira, 1993.

FELTRE, Ricardo. Química. 6. ed. São Paulo: Moderna, 2004.

FOGAÇA, J. Pilhas e baterias de Lítio". Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilhas-baterias-litio.htm>. Acesso em 11 de
agosto de 2017.

FONSECA, M. R. M. Química. 1. ed. São Paulo: Ática, 2013.


GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. A. Metodologia Cientifica 5. ed. São Paulo: Atlas,


2007.
46

Mundo Educação. Pilha de Daniell. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/pilha-daniell.htm>. Acesso em 19 de
Setembro de 2017.

MENDES S.C; LEAL, L. O livro didático de Ciências Naturais: influências na


prática pedagógica. Disponível em
<http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol10/n3/v10 n3 a6.html>. Acesso em 01 de
Junho de /2017

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Baterias esgotadas: legislações e gestão na


internet Disponivel em <http://www.mma.gov.br>. Acesso em 16 de Junho. 2017

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de


Química. Rio Grande do Sul: Unijuí, 2003

____. Orientaçoes Curriculares para o Ensino Médio: Ciências da Natureza,


Matematica e suas Tecnologias. Vol. 2. Brasília: MEC/SEB, 2006
___. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEB,
2002.

MENDONÇA, V. L. Biologia: os seres vivos : volume 2 : ensino médio / Vivian L.


Mendonça. — 2. ed. — São Paulo : Editora AJS, 2013.

PERUZZO, F.M.; CANTO, E.L Química na abordagem do cotidiano. Vol 1, 4ª


Edição, São Paulo. 2010.

SANTOMÉ, J.T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto


Alegre: Artes Médicas Sul, 1998.

SANTOS, A. O. A Contextualização no Processo de Aprendizagem da


Matemática: desafios e possibilidades. São Paulo. 2013.

UBESCO, J; SALVADOR. E. Química 2: Físico-química. Volume único. 10. ed. São


Paulo: Saraiva, 2006.

UBESCO, J; SALVADOR. E. Química. Volume único. 5. ed. P.3, São Paulo:


Saraiva, 2006.

VALADARES, E. C. Propostas de experimentos de baixo custo centradas no


aluno e na comunidade. Química Nova Na Escola, V.13. Belo Horizonte, 2001.

VERCEZE, R; SILVINO, E. O livro didático e suas aplicações na pratica do


professor nas escolas públicas de Guajará Mirim. Rev. Teoria e Pratica da
Educação, v. 11, n. 3, p.338-347, Set/dez. 2008.

WANDERLEY, K. A; SOUZA, D; BARROS, L; SANTOS, A; SILVA, P.B; SOUZA, A.


M. Pra gostar de química: um estudo das motivações e interesses dos alunos da
8ª série do ensino fundamental sobre química. Resultados preliminares. Resumo
do I CNNQ: 2005.
47

APÊNDICE
48

APÊNDICE I – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS (2º E 3º ANO) DO


ENSINO MÉDIO DO CENTRO EDUCACIONAL RENÉ BAYMA – CODÓ/MA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO


MARANHÃO – IFMA CÂMPUS CODÓ
PLANO NACIONAL DE FORMÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA – PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMIICA
ACADÊMICO: SUELENE CUNHA ALVIM
ORIENTADORA: Profª Me. ELIANE DE SOUSA ALMEIDA

QUESTIONÁRIO – ALUNOS

Prezado (a) aluno(a),

Tendo em vista a concretização de Trabalho de Conclusão de Curso e nele discutir


o tema, O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E
BATERIAS) E A CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA, solicito sua
contribuição ao responder este questionário.

1) Como você se autoavaliação na disciplina de Química?


[ ] Excelente [ ] Bom [ ] Regular [ ] Péssimo
Justifique sua resposta

2) Quais aparelhos utilizam pilhas ou baterias em sua residência?

3) Qual o destino das pilhas e baterias usadas em sua casa?


[ ] Lixo comum [ ] Lixo seletivo [ ] Lojas especializadas
[ ] Lixão [ ] No quintal ou em alguma mata;
[ ] Outro:

4) Você conhece algum local em Codó que recebe pilhas e baterias para fazer o
descarte correto?
[ ] Sim [ ] Não
49

5) Você tem conhecimento de que as pilhas e baterias usadas quando


descartadas no lixo são consideradas um risco para o meio ambiente e para a
saúde do homem?

6) Você sabe o que são Resíduos Sólidos Urbanos?


[ ] Sim [ ] Não
8) Explique a sua compreensão sobre resíduos sólidos urbanos.

9) Em alguma aula de Química foi abordado sobre pilhas e baterias?


[ ] Sim [ ] Não
10) Na composição das pilhas e baterias são encontrados os elementos químicos:
[ ] Hidrogênio [ ] Oxigênio [ ] Cadmo
[ ] Mercúrio [ ] Chumbo [ ] Lítio

11) Quais problemas podem causar ao meio ambiente e ao homem se as pilhas e


baterias forem descartadas de forma inadequada?
12) Você já ouviu falar em CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente?
[ ] Sim [ ] Não
13) Você já ouviu falar na Política Nacional dos Resíduos Sólidos?
[ ] Sim [ ] Não
50

APÊNDICE II – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES DO ENSINO


MÉDIO DO CENTRO EDUCACIONAL RENÉ BAYMA – CODÓ/MA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO


MARANHÃO – IFMA CÂMPUS CODÓ
PLANO NACIONAL DE FORMÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO
BÁSICA – PARFOR
CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMIICA
ACADÊMICO: SUELENE CUNHA ALVIM
ORIENTADORA: Profª Me. ELIANE DE SOUSA ALMEIDA

QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSSORES

Prezado (a) professor(a),

Tendo em vista a concretização de Trabalho de Conclusão de Curso e nele discutir


o tema, O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (PILHAS E
BATERIAS) E A CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA, solicito sua
contribuição ao responder este questionário.

1) Em sua concepção, qual a importância sobre a discussão desse tema em sala


de aula?

2) Contextualização das aulas de Química com temas do cotidiano

3) Quais são os recursos didáticos mais utilizados nas aulas de Química.


[ ] Quadro e Pincel [ ] Resolução de exercícios
[ ] Livros didáticos [ ] Experimentos

4) Qual o papel da experimentação no ensino de Química?

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