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Manual de Ambiente, 
Segurança, Higiene e 
Saúde no Trabalho – 
Conceitos Básicos  
 

Concepção: José Manuel Henriques Fernandes 

Validação: 

       Abril de 2009 

   

 
 
Índice 
Principais resíduos e materiais perigosos ..................................................................................... 4 
Definições segundo o Decreto‐lei 239/97 de 9 de Setembro ....................................................... 4 
Tipo de águas residuais segundo o Decreto‐lei 236/98 ................................................................ 5 
Fontes de perigo de resíduos perigosos........................................................................................ 6 
Formas de contaminação dos resíduos ......................................................................................... 7 
Principais causas de perigos de resíduos sólidos urbanos ............................................................ 7 
Principais Características do Risco ................................................................................................ 8 
Principais efeitos de contaminação dos resíduos ....................................................................... 12 
Efluentes Líquidos ....................................................................................................................... 13 
Fontes de perigo dos efluentes ................................................................................................... 13 
Formas de perigo dos efluentes .................................................................................................. 14 
Substâncias perigosas ................................................................................................................. 15 
Principais Características do Risco .............................................................................................. 16 
Principais efeitos de contaminação dos EFLUENTES LÍQUIDOS .................................................. 19 
Principais causas de perigo dos efluentes gasosos ..................................................................... 21 
Fontes de perigo dos efluentes gasosos (D.L. 352/90) ............................................................... 21 
Perigos dos Efluentes .................................................................................................................. 22 
Tipos de poluentes atmosféricos ................................................................................................ 22 
Principais características de risco nos efluentes gasosos industriais .......................................... 23 
Gases de efeito de estufa ............................................................................................................ 23 
Aspectos Jurídicos da HST ........................................................................................................... 31 
Conceitos ..................................................................................................................................... 32 
Controlo dos Riscos ..................................................................................................................... 32 
Acidentes de Trabalho................................................................................................................. 33 
Custos dos Acidentes de Trabalho .............................................................................................. 33 
Pirâmide de Acidentes ................................................................................................................ 34 
Análise de Riscos ......................................................................................................................... 35 
Causas dos Acidentes de Trabalho .............................................................................................. 36 
EPI ‐ Equipamentos de Protecção Individual .............................................................................. 38 
Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança? .............................................................. 39 
Principais tipos de protecção individual ..................................................................................... 40 
Riscos Eléctricos .......................................................................................................................... 42 
Manutenção ................................................................................................................................ 44 


 
Cuidados a ter na Movimentação manual de cargas .................................................................. 46 
Higiene Industrial ........................................................................................................................ 47 
Valor Limite de Exposição (VLE) .................................................................................................. 48 
Higiene Industrial ........................................................................................................................ 50 
Ruído ........................................................................................................................................... 50 
Vibrações ..................................................................................................................................... 52 
Ambiente Térmico ....................................................................................................................... 53 
Iluminação ................................................................................................................................... 55 
Fundamentos de Ergonomia ....................................................................................................... 57 
Sinalização de Segurança ............................................................................................................ 61 
Riscos Psicossociais no Trabalho ................................................................................................. 66 
Plano de Emergência ................................................................................................................... 67 
Organização da Segurança .......................................................................................................... 68 
Instruções de Segurança ............................................................................................................. 69 
Suporte Básico de Vida ................................................................................................................ 70 
Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 71 
 

   


 
Principais resíduos e materiais perigosos 
 

Designação segundo o estado físico  

Definições segundo o Decreto‐lei 239/97 de 9 de Setembro 
Resíduo 

Quaisquer  substâncias  ou  objectos  de  que  o  detentor  se  desfaz  ou  tem  intenção  ou 
obrigação  de  se  desfazer,  nomeadamente  os  previstos  em  portaria  dos  Ministros  da 
Economia,  da  Saúde,  da  Agricultura,  do  Desenvolvimento  Rural  e  das  Pescas  e  do 
Ambiente, em conformidade com o Catálogo Europeu de Resíduos (CER), aprovado por 
decisão da Comissão Europeia. 

Resíduo Perigoso 

Os  resíduos  que  apresentem  características  de  perigosidade  para  a  saúde  ou  para  o 
ambiente,  nomeadamente  os  definidos  em  portaria  dos  Ministros  da  Economia,  da 
Saúde,  da  Agricultura,  do  Desenvolvimento  Rural  e  das  Pescas  e  do  Ambiente,  em 
conformidade com a Lista de Resíduos Perigosos, aprovada por decisão do Conselho da 
União Europeia. 

Tipo de resíduos segundo o Decreto‐lei 239/97 de 9 de Setembro 
Urbanos (RSU) 

Os resíduos domésticos ou outros resíduos semelhantes, em razão da 
sua  natureza  ou  composição,  nomeadamente  os  provenientes  do 
sector de serviços ou de estabelecimentos comerciais ou industriais e 
de  unidades  prestadoras  de  cuidados  de  saúde,  desde  que,  em 
qualquer  dos  casos,  a  produção  diária  não  exceda  1100  l  por 
produtor. 


 
Industriais 

 Os resíduos gerados em actividades industriais, bem como os que 
resultem  das  actividades  de  produção  e  distribuição  de 
electricidade, gás e água. 

Hospitalares 

Os  resíduos  produzidos  em  unidades  de  prestação  de  cuidados  de 
saúde,  incluindo  as  actividades  médicas  de  diagnóstico,  prevenção  e 
tratamento da doença, em seres humanos ou  em animais, e ainda as 
actividades de investigação relacionadas. 

Outros Tipos de Residuos 

Os  resíduos  não  considerados  como  industriais,  urbanos  ou 


hospitalares, como: 

• Sucata e entulhos 
• Pneus e óleos usados 
• Material eléctrico e electrónico 
• Pilhas e acumuladores 

Resíduos com legislação especial 

(1) OS RESÍDUOS RADIOACTIVOS;  

(2) AS ÁGUAS RESIDUAIS, com excepção dos resíduos em estado 
líquido;  

(3) OS EFLUENTES GASOSOS emitidos para a atmosfera. 

Tipo de águas residuais segundo o Decreto‐lei 236/98 
DOMÉSTICAS 

Produzidas  pelas  instalações  residenciais  e  serviços, 


provenientes  do  metabolismo  humano  e  actividades 
domésticas. 
INDUSTRIAIS 

Todas  as  águas  residuais  provenientes  de  qualquer  tipo  de 


actividade que não possam ser classificadas como domésticas ou 
pluviais. 


 
 
URBANAS 

Águas  domésticas  ou  a  mistura  destas  com  águas 


residuais industriais ou com águas pluviais. 
 

POLUENTES ATMOSFÉRICOS 

Substâncias  ou  energia  que  exerçam  uma  acção  nociva  na 


qualidade do ambiente e no equilíbrio ecológico susceptível de pôr 
em risco a saúde humana, de causar danos aos recursos biológicos 
e aos ecossistemas, e de deteriorar os bens materiais.  
 

Fontes de perigo de resíduos perigosos  

 
Fonte:  Ciclo  dos  produtos  (Joint  Industrial  Safety  Council, 
Sweden, 1996)  


 
Formas de contaminação dos resíduos 

 
 

Principais causas de perigos de resíduos sólidos urbanos 
Caracterização do perigo: Portaria 818/97  

As  características  que  conferem  perigosidade  aos  resíduos  foram  já  objecto  da 
Directiva n.º 91/689/CEE, do Conselho, de 12 de Dezembro de 1991, e da Decisão n.º 
94/904/CEE, do Conselho, de 22 de Dezembro, que, em conformidade, adoptou a lista 
europeia de resíduos perigosos. 

Caracterização do perigo: Decreto‐Lei Nº 310/95 de 20 de Novembro 

Os resíduos perigosos constantes do anexo II apresentam: 

9 Ponto de inflamação ≤ 55ºC; 

9 Uma ou mais substâncias classificadas de muito tóxicas numa concentração 
total ≥ 0,1%; 

9 Uma ou mais substâncias classificadas de tóxicas numa concentração total 
≥ 3 %; 

9 Uma ou mais substâncias classificadas de nocivas numa concentração total 
≥ 25 %; 


 
9 Uma  ou  mais  substâncias  corrosivas  com  a  classificação  R35  numa 
concentração total ≥ 1%; 

9 Uma  ou  mais  substâncias  corrosivas  com  a  classificação  R34  numa 


concentração total ≥ 5 %; 

9 Uma  ou  mais  substâncias  irritantes  com  a  classificação  R41  numa 


concentração total ≥ 10%; 

9 Uma  ou  mais  substâncias  irritantes  com  as  classificações  R36,  R37  e  R38 
numa concentração total ≥ 20 %; 

9 Uma ou mais substâncias conhecidas como carcinogénicas (categorias 1 ou 
2) numa concentração total ≥ 0,1 %.  

Principais Características do Risco 
Urbanos (RSU) 

1. Enormes quantidades produzidas 

¾ Uma cidade europeia de cerca de 1 milhão de habitantes gera 1.600 toneladas 
de lixo  

(Relatório DOBRIS‐1995)  

Nova Iorque produz dia 24 mil toneladas/dia de lixo e São Paulo produz 12 mil 
toneladas/dia. 

2. Não biodegradabilidade 

¾ Tempo que a natureza leva para absorver alguns tipos de detritos. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Industriais (RI) “lixo químico” 

3. Toxicidade 
¾ Produção:  

As  actividades  industriais  de  processamento  de  alimentos,  minério,  produção 


petroquímica e de plástico, metais e produtos químicos, papel e celulose, e de bens de 
consumo são as principais responsáveis pela produção de lixo tóxico.  

Alguns  lixos  químicos  são  tão  tóxicos  que  são  necessárias  roupas  protectoras  e 
equipamento especial para lidar com eles 

¾ Eliminação:    

Por incineração ‐ Produção de cinzas contaminadas extremamente tóxicas  

ƒ Metais pesados (elevadas concentrações de chumbo e cádmio), 

ƒ  Produtos químicos de combustão incompleta  

ƒ  Compostos químicos inteiramente novos, formados durante o processo de 
queima como as dioxinas e os furanos. 

4. Corrosividade  
¾ São compostos muitas vezes produzidos no local de deposição do lixo químico 
industrial frequentemente pela reacção com as águas das chuvas. 

¾  Restos de solventes descartados pelas várias indústrias. 

5. Elevada persistência no ambiente 

¾ Principalmente  os  compostos  químicos  organoclorados  designados  por  POP  – 


Poluente Orgânico Persistente  

A  sua  persistência  resulta  pelo  facto  de  serem  BIOACUMULÁVEIS  (acumulação  nos 
tecidos gordos dos organismos devido à elevada liposolubilidade).  

Alguns  compostos  além  de  bio‐acumular,  têm tendência  para  bio‐magnificar,  ou  seja 
aumentam a sua concentração ao longo das cadeias tróficas. 

Os POP (Poluente Orgânico Persistente) podem ser divididos em: 

ƒ Pesticidas (ex. DDT, aldrina, toxafeno),  

ƒ  Policlorobifenilos  (PCBs)  e  hexaclorobenzeno  (Decreto‐Lei.  nº  277/99 


estabelece as regras para a destruição dos PCBs) 

ƒ  Dioxinas  

ƒ  Furanos (Um dos contaminantes principais dos PCBs) 


 
6. Bioacumulação  

¾ Principalmente  os  METAIS  PESADOS  que  são  elementos  químicos  altamente 


reactivos e bio‐acumulativos, ou seja, o organismo não é capaz de eliminá‐los. 

¾ Quando  lançados  como  resíduos  industriais,  na  água,  no  solo  ou  no  ar,  esses 
elementos  podem  ser  absorvidos  pelos  vegetais  e  animais  das  proximidades, 
ao longo da cadeia alimentar.  

Radioactivos (RR) “lixo radioactivo” 

7. Radioactividade  

¾ Característica  própria  dos  ELEMENTOS  RADIOACTIVOS  que  são  perigosos  pela 


intensidade de radiação ou pelo tipo de radiação que emitem. 

¾ Eliminação:  Embora  toda  radioactividade  se  desintegre  com  o  tempo,  alguns 


materiais levam muitos milhões de anos para se desintegrarem.  

Normalmente  são  colocados  em  tambores  ou  tanques  de  aço  inox  envolvidos  por 
cimento e depositados no fundo do mar ou enterrados em armazéns subterrâneos. 

Ex: Urânio (U), Césio (Cs) ; Cobalto (Co) 

Agrícolas (RA) 

8. Excessiva utilização  

O aumento da população exige cada vez maiores áreas para produção de alimentos o 
que leva à prática de uma agricultura intensiva e abusiva em produtos agro‐químicos 
como: 

¾  ADUBOS  E FERTILIZANTES; 

¾ PESTICIDAS. 

9. Contaminação  

¾ Utilização  Agrícola  de  Lamas  de  Depuração  provenientes  de  tratamento  de 
águas residuais urbanas que revelaram ter uma considerada concentração em 
metais pesados.  

Decreto‐Lei  N.º 118/2006 de 21 de Junho (revoga o D. L. n.º 446/91, de 22 de 
Novembro) 

Aprova  o  regime  jurídico  a  que  fica  sujeita  a  utilização  agrícola  das  lamas  de 
depuração,  transpondo  para  a  ordem  jurídica  nacional  a  Directiva  n.º  86/278/CE,  do 
Conselho, de 12 de Junho, relativa à protecção do ambiente e em especial dos solos, 
na  utilização  agrícola  de  lamas  de  depuração,  de  modo  a  evitar  os  efeitos  nocivos 
sobre o homem, os solos, a vegetação, os animais e o ambiente. 

10 
 
Hospitalares (RH) 

9. Contaminação  

¾ Classificação dos RH segundo o Despacho nº 242/96  

Pela sua diversidade e tipo de contaminação, os resíduos hospitalares são objecto de 
um  processo  integrado  do  conjunto  das  operações  de  acondicionamento,  triagem, 
tratamento, eventual valorização e eliminação diferenciado consoante os grupos.  

Grupo I – equiparados a RU   
Considerado não 
Grupo IV ‐ resíduo hospitalar não perigoso  contaminado 

                  

Grupo III – resíduo hospitalar de risco biológico    Considerado 

Grupo IV ‐ resíduo hospitalar específico   contaminado 

Urbanos (RSU) 

10. Deposição não controlada e Outro tipo de resíduos 

Lixeiras:  

9 Poluição  do  solo,  dos  lençóis  de  água  subterrâneos  e  linhas    de  água 
superficiais  devido  aos  lixiviados  resultantes    do  processo  de  degradação  dos 
RSU; 

9  Produção de metano (CH4) pela decomposição dos resíduos; 

9  Ocupação e impermeabilização do solo; 

9  Problemas de saúde pública. 

Os parques de sucata não só ocupam desordenadamente o território como provocam 
a degradação da paisagem  

D.L. nº 268/98 visa regular a localização dos parques de sucata  

Pilhas e Acumuladores Usados 

D.L.  nº  62/2001  estabelece  as  normas  aplicáveis  à  gestão  da  eliminação  destes 
resíduos 

11. Eliminação não controlada 

Poluição atmosférica resultante da QUEIMA: 

‐ De RSU  

‐ De PNEUS USADOS  

11 
 
D.L. nº 111/2001 estabelece os princípios e normas aplicáveis à gestão de pneus e 
pneus usados. 

Poluição hídrica resultante da queima de óleos usados 

D.L. nº 88/91 regula a actividade de armazenagem, recolha e queima de óleos usados 

Principais efeitos de contaminação dos resíduos  
 

 
 
   

12 
 
Efluentes Líquidos 

Fontes de perigo dos efluentes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fontes de perigo 
Águas residuais
Actividade humana  domésticas e
  urbanas 

Actividade industrial 
Águas residuais
 
industriais 
Actividade agrícola 

 
Fossas e efluentes 
Actividade pecuária 

13 
 
Escorrências  ‐  Infiltração  dos  lixiviados  produzidos  nos  depósitos  de  resíduos  e  das 
“águas de lavagem” do solo urbano. 

Acidentes  e  Derrames  ‐  Fugas  e  derrames  que  ocorrem  no  decurso  da  produção, 
armazenamento, transporte e incorrecto manuseamento de matérias perigosas. 

Formas de perigo dos efluentes 
PONTUAL  

• Efluentes     
• Fossas 
• Águas de lixiviação 
 
 

Previsíveis 

DIFUSA 

• Escorrências 
• Acidentes 
• Fugas 
• Derrames  
 

Imprevisíveis 

Principais causas de perigo de contaminação de efluentes liquidos 

As causas de perigo dos efluentes estão classificadas nas 3 principais classes de 
contaminação: 

9 Orgânica de característica biodegradável; 
9 Inorgânica de característica não biodegradável; 
9 Microbiológica de característica infecciosa. 

Caracterização do perigo 

As  características  da  contaminação  que  conferem  perigosidade  aos  efluentes 


determinam‐se em grande parte pela afluência de substâncias ou grupo de substâncias 
tóxicas,  persistentes  e  susceptíveis  de  bio‐acumulação  ou  outras  que  suscitem 
preocupações da mesma ordem. 

14 
 
Substâncias perigosas 
As  características  da  contaminação  determinam‐se  em  grande  parte  pela  afluência 
das seguintes principais matérias e substâncias: 

_ Substâncias com influência desfavorável no balanço de oxigénio dissolvido (OD) 

_ Matérias em suspensão 

_ Metais e compostos inorgânicos 

_ Substâncias que contribuem para a eutrofização (nutrientes) 

_ Agentes patogénicos e toxinas 

_ Pesticidas e biocidas. 

Lista indicativa dos principais poluentes 

1.  Compostos  organo‐halogenados  e  substâncias  susceptíveis  de  formar  esses 


compostos no meio aquático. 

2. Compostos organofosforados. 

3. Compostos organoestanhosos. 

4.  Substâncias  e  preparações,  ou  os  seus  subprodutos,  com  propriedades 


comprovadamente  carcinogénicas  ou  mutagénicas  ou  com  propriedades  susceptíveis 
de  afectar  a  reprodução  ou  outras  funções  endócrinas  no  meio  aquático  ou  por 
intermédio deste. 

5.  Hidrocarbonetos  persistentes  e  substâncias  orgânicas  tóxicas  persistentes  e 


bioacumuláveis. 

6. Cianetos. 

7. Metais e respectivos compostos. 

8. Arsénio e respectivos compostos. 

9. Biocidas e produtos fitofarmacêuticos. 

10. Matérias em suspensão. 

11. Substâncias que contribuem para a eutrofização (em especial, nitratos e fosfatos). 

12. Substâncias com influência desfavorável no balanço de oxigénio (e que podem ser 
medidas através de técnicas como a CQO, a CBO, etc.). 

Caracterização das substâncias perigosas 

Estas  matérias  perigosas  são  caracterizadas  por  um  conjunto  de  parâmetros 
específicos  que  permitem  determinar  o  tipo  de  contaminação  do  efluente  e  servem 
para avaliar quer o seu grau qualitativo quer quantitativo. 

15 
 
Principais parâmetros: 

Físicos 

9 Cor, 
9 Turvação, 
9 Cheiro 
9 Temperatura 

Orgânicos 

9 CBO ‐ Carência Bioquímica de Oxigénio 
9 SST‐ Sólidos Suspensos Totais 
9 SD ‐ Sólidos Dissolvidos 

Inorgânicos 

9 pH – Alcalinidade ou acidez 
9 CQO – Carência Química de Oxigénio 
9 Dureza – Carbonatos, Alumínio, Ferro, Bário, Cloretos, Fenois, Manganês 
9 Nutrientes ‐ Nitratos, Fosfatos 
9 Metais pesados ‐ Cádmio, Chumbo, Mercúrio, Cobre, Cromo, Níquel e Zinco 

Microbiológicos 

9 Microorganismos ‐ Coliformes Fecais (E. Coli) Estreptococos Fecais 

Principais Características do Risco 
A.R.Domésticas 
1. Enormes quantidades produzidas 

Uma cidade europeia de cerca de 1 milhão de 
habitantes gera: 300.000 toneladas de águas 
residuais. 
(Relatório DOBRIS‐1995) 

2. Eliminação sem tratamento 

 Cerca  de  50  milhões  de  litros  de  esgoto  são 


lançados  diariamente  no  Oceano  Pacífico  por 
este  cano  no  Moa  Point  em  Wellington,  Nova 
Zelândia. 

16 
 
Águas Residuais Industriais 
3. Toxicidade 

Eliminação de lixo tóxico, chamado "lama amarela", nas costas do norte da França. 

Todos os dias, uma companhia francesa deita 2000 toneladas dessa lama no Canal.  

Biocidas  ‐  Estes  produtos  compreendem  uma  vasta  gama  de  substâncias  activas  e 
preparações  que  as  contêm,  com  benefícios  para  a  protecção  da  saúde  (humana  e 
animal) e para o ambiente, mas alguns deles comportam um risco potencial que teve 
de ser regulamentada por legislação específica: 

Dec‐Lei  121/2002,  de  16  de  Fevereiro,  que  transpõe  para  a  ordem  jurídica  interna  a 
Directiva 98/8/CE, de 16 de Fevereiro. 

4. Corrosividade 

A  água  pode  tornar‐se  mais  ácida  devido  à  acção  de  factores  como  a  descarga  de 
esgotos  industriais,  descargas  de  centrais  eléctricas,  ou  através  da  poluição  da 
atmosfera.  Os  compostos  de  enxofre  e  os  óxidos  de  azoto  são  dos  principais 
responsáveis pela acidificação. 

5. Bioacumulação 

Metais  Pesados  ‐  Os  metais  pesados  surgem  na  água  sobretudo  através  de  esgotos 
industriais  ou  de  explorações  mineiras.  Pela  sua  toxicidade  elevada  e  uma  grande 
persistência nos ecossistemas. Devido à bioacumulação são considerados substâncias 
prioritárias perigosas. 

Águas Residuais Agrícolas 

6. Persistência 

Pesticidas ‐ Os pesticidas usados na agricultura são altamente tóxicos e persistentes, 
sendo dificilmente degradados por bactérias. São por isso outro grupo de substâncias 
prioritárias perigosas. 

7. Contaminação orgânica 

9 Os grandes responsáveis por este tipo de contaminação são as explorações de 
pecuária,  com  destaque  para  as  suiniculturas  e  a  indústria,  especialmente  a 
industria alimentar. 
9 A  intensiva  criação  de  animais  em  recintos  fechados  produzem  muito  lixo 
armazenado em fossas que são vazadas nas ribeiras. 
9 A excessiva matéria orgânica promove um grande consumo de oxigénio na sua 
decomposição. 

 
 
 

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Agro‐pecuária e Efluentes urbanos 
 
8. Contaminação Biológica 
 
Matéria  Infecciosa  ‐  Esta  contaminação  geralmente  resulta  da  emissão  de  esgotos 
domésticos ou efluentes de pecuária não tratados e é normalmente identificada pela 
presença de agentes patogénicos do tipo coliforme fecal, que são bactérias presentes 
no intestino dos animais. 
A  presença  ou  elevada  concentração  de  estreptococus  e  salmonelas  são  outros 
indicadores deste tipo de poluição. 
 
9. Contaminação por “nutrientes” 
 
Produtos azotados e fosfatados ‐ A contaminação resulta da utilização de quantidades 
significativas  de  fertilizantes  compostos  por  produtos  azotados  e  fosfatados  que 
facilmente se dissolvem na água. 
Fertilizantes,  insecticidas  e  herbicidas  são  agentes  químicos,  fortemente  tóxicos,  que 
por  infiltração  no  subsolo  ou  levados  pela  chuva  para  regatos  e  rios,  podem  vir  a 
contaminar os aquíferos de onde se extrai água para consumo humano. 
 
10. Eutrofização 

Nitratos  e  Fosfatos  ‐  Enriquecimento  das  águas 


superficiais por compostos nutrientes, em particular 
os  azotados  e  fosfatados,  que  levam  a  um  grande 
crescimento  de  algas  e  outras  espécies  vegetais 
aquáticas  provocando  um  grande  consumo  de 
oxigénio na sua decomposição. 

O excesso de matéria orgânica promove um grande 
consumo  de  oxigénio  na  sua  decomposição.  Em 
muitos casos esta é a causa do aparecimento de peixes mortos em grande quantidade 
em rios e albufeiras. 

Águas de escorrência urbana 
11. Contaminação por infiltração 

Tráfego  intenso  ‐  A  chuva  arrasta  das  estradas  óleo,  metais,  hidrocarbonetos 


aromáticos  e  outros  poluentes,  originados  pelos  veículos  e  postos  de  combustíveis. 
Além disso, também arrasta os poluentes atmosféricos provenientes das chaminés das 
fábricas, das unidades de aquecimento central e dos escapes dos veículos. 

 
Águas de escorrência florestal 
12. Esterilização e Erosão do solo 

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Incêndios  florestais  ‐  Após  um  incêndio  assiste‐se  a  uma  devastação  florestal  que 
provoca  esterilidade,  desertificação  e  erosão  do  solo  assim  como  a  destruição  do 
equilíbrio ecológico com possível extinção de espécies. 

O  arrastamento  das  cinzas  pela  água  vai  provocar  a  contaminação  química  dos 
aquíferos. 

Derrames 
13. Contaminação por hidrocarbonetos 

9 A  água  pode  ser  poluída  por  hidrocarbonetos  através  de  acidentes,  fugas  e 
lavagens  de  tanques  de  combustível  que  podem  causar  as  chamadas  marés 
negras. 
9 Basta  uma  pequena  quantidade  hidrocarbonetos  para  tornar  grandes 
quantidades  de  água  impróprias  para  consumo  bem  como  uma  ameaça 
ecológica. 
9 Os hidrocarbonetos são derivados do petróleo tais como o metano, o butano, 
o propano, o benzeno, a parafina e os alcatrões. 
 
Entre os hidrocarbonetos mais voláteis, que são também os mais tóxicos, encontra‐se 
Fugas de radioactividade  
a gasolina, o querosene e o gasóleo para automóveis. Estes são os hidrocarbonetos 
  que se evaporam e dispersam mais rapidamente. 
14. Contaminação radioactiva 
O diesel para navios, o fuelóleo leve e a maior parte dos crudes são moderadamente 
  pesados,  evaporando‐se  com  menos  facilidade.  São  também  bastante  tóxicos.  Os 
Matéria  radioactiva 
crudes  pesados  ‐  A 
e  os  contaminação 
óleos  radioactiva 
pesados  de  das 
lubrificação  águas 
por  pode 
serem  ser 
mais  causada 
pesados  pela 
não  se 
extracção  de  urânio,  por  descargas  de  centrais  nucleares  ou  de  processamento  de 
dispersam facilmente e são também menos tóxicos. 
combustível nuclear, ou ainda por acidentes. 
 
 

Principais efeitos de contaminação dos EFLUENTES LÍQUIDOS 
 

 
 
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Principais causas de perigo dos efluentes gasosos 
 

Fontes de perigo dos efluentes gasosos (D.L. 352/90) 

Poluentes Primários ‐ Fenómenos naturais, actividade e acidentes tecnológicos 

Emissões ou fugas instantâneas de gases e partículas.  

Poluentes Secundários ‐ Atmosfera 

Produção  de  compostos  que  resultam  de  reacções  químicas  e  transformações  de 
poluentes primários que ocorrem na atmosfera. 

Principais causas de perigo da contaminação de resíduos sólidos: Elevada produção; 
Deposição não controlada; Não biodegradabilidade; Toxicidade; Corrosividade; Elevada 
persistência  Bioacumulação;  Radioactividade;  Excessiva  utilização;  Contaminação; 
Deposição não controlada e Eliminação não controlada. 

21 
 
Perigos dos Efluentes 
As fontes de perigo de perigo são: Actividade humana (Águas residuais domésticas e 
urbanas);  Actividade  industrial  (Águas  residuais  industriais);  Actividade  agrícola  e 
Actividade pecuária (Fossas e efluentes). 

Escorrências:  Infiltração  dos  lixiviados  produzidos  nos  depósitos  de  resíduos  e  das 
“águas de lavagem” do solo urbano. 

Acidentes  e  Derrames:  Fugas  e  derrames  que  ocorrem  no  decurso  da  produção, 
armazenamento, transporte e incorrecto manuseamento de matérias perigosas. 

Formas  de  perigo  dos  efluentes:  Pontuais  (efluentes,  fossas  e  águas  de  lexiviação, 
estas  geralmente)  são  previsíveis  ocorrem  por  contaminação  superficial  e  Difusas 
(através de Escorrências, Acidentes, Fugas e derrames) são Imprevisíveis ocorrem por 
contaminação subterrânea.             

Tipos de poluentes atmosféricos 
Os poluentes primários são os emitidos directamente pelas fontes para a atmosfera, os 
poluentes  secundários  resultantes  de  reacções  químicas  que  ocorrem  na  atmosfera. 
Redução  da  capacidade  de  regeneração  da  atmosfera  devido  ao  crescimento 
exponencialmente  de  emissões  de  poluentes.  De  entre  os  inúmeros  poluentes  que 
actualmente contaminam a atmosfera iremos nos concentrar naqueles mais comuns, 
ou seja, aqueles que existem em grandes quantidades na atmosfera sendo gerados, na 
sua maioria, pelas actividades humanas industriais e pelos sistemas de transporte. 

Principais fontes de poluentes atmosféricos, poluentes Primários (CO ‐ monóxido de 
carbono, NOx ‐ óxidos de azoto como, NO monóxido de azoto, NO2 dióxido de azoto, 
SO2 ‐ dióxido de enxofre, COV ‐ Compostos Orgânicos Voláteis).Poluentes Secundários 
(O3  ‐  ozono  troposférico;  H2SO4  –  ác.  Sulfúrico;  HNO3  –  ác.  Nítrico;  Compostos 
oxidantes (CFC). 

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Principais características de risco nos efluentes gasosos industriais 
Partículas  Tóxicas  ‐  associadas  ao  tráfego  e  Industrias,  são  as  fontes  importantes  de 
emissões de partículas: as indústrias de minerais não metálicos, siderurgia, cimenteiras 
e pedreiras, áreas em construção. 
Gases  tóxicos  ‐  SO2  (dióxido  de  enxofre)‐  proviniente  de  centrais  centrais 
termoeléctricas. Indústria química e pasta de papel. 

Vapores  tóxicos  ‐  COV  (Compostos  Orgânicos  Voláteis)  resultantes  da  industria 


química pasta. 

Gases  tóxicos  ‐  NOx  e  CO  (óxidos  de  azoto  de  e  de  monóxido  de  carbono)  a  maior 
parte provém da emissão dos motores dos veículos. 

Dioxinas tipo TCDD e Furanos; 

Gases de efeito de estufa 
Desflorestação ‐ incêndios florestais de gases de combustão, praticas agrícolas através 
do  uso  de  fertilizantes  emissões  de  gases  CH4  metano;  NH3  amoníaco,  N2O  óxido 
azoto. 

Corrosividade  ‐  gases  corrosivos,  sendo  o  cloro  presente  nos  CFC`s,  embalagens 


plástico, responsável pela destruição da camada do azono. O cloro é capaz de quebrar 
a ligação entre os átomos de oxigénio do ozono, levando à formação de monóxido de 
cloro  (ClO)  e  oxigénio  (O2)  É  uma  reacção  catalítica  em  cadeia,  onde  cada  átomo  de 
cloro pode destruir 100 000 moléculas de ozono, antes de ser destruído. 
Os  óxidos  de  enxofre  e  de  azoto,  ao  combinarem‐se  com  o  vapor  de  água  da 
atmosfera e produzem soluções diluídas de ácido nítrico e sulfúrico que são os maiores 
responsáveis pela chuva ácida. 

Principais  efeitos  de  contaminação  dos  efluentes  gasosos  para  a  saúde  pública  são: 
maus cheiros; infecções do aparelho respiratório; intoxicações; doenças respiratórias e 
alguns tipos de cancro. Ambiente: diminuição da qualidade do ar; aumento do efeito 
de  estufa;  “buraco  do  ozono”;  chuva  ácida;  aumento  de  situações  meteorológicas 
extremas e alterações climatéricas. 

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Efeitos  da  contaminação  dos  efluentes  gasosos,  sobre  a  saúde  humana  a  poluição 
atmosférica  afecta  o  sistema  respiratório  podendo  agravar  ou  mesmo  provocar 
diversas  doenças  crónicas  tais  como:  a  asma,  bronquite  crónica,  infecções  nos 
pulmões, enfizema pulmonar, doenças do coração e cancro do pulmão. 

Efeito  do  ozono  na  saúde  –  o  ozono  pode  causar  danos  respiratórios  e  outros 
sintomas  como  irritações  no  tracto  respiratório  e  ao  nível  ocular,  bem  como  um 
decréscimo da capacidade imunológica. 

Efeito do ozono nos ecossistemas – o ozono pode causar efeitos nocivos nas colheitas 
traduzido  por  ataques  químicos  que  conduzem,  frequentemente,  ao  queimar  de 
folhas. 

A  “  Camada  do  Ozono”  ‐  esta  camada  desempenha  um  papel  de  filtro  protector 
absorvendo grande parte (mais de 95%) das radiações ultravioleta evitando assim que 
ela chegue até nós gerando problemas de pele, tais como cancros. Da radiação solar 
que atinge a superfície da Terra, 45% Corresponde ao espectro visível (luz visível), 45% 
A radiação infravermelha e 10% A radiação ultravioleta (UV). Uma maior intensidade 
de radiação UV, seria impossível a vida na Terra. 

Efeito do “ Buraco do Ozono” – está provado também que a exposição prolongada a 
radiação  ultravioleta  pode  afectar  as  defesas  imunológicas  do  Homem  e  de  outros 
animais,  permitindo  o  desenvolvimento  de  doenças  infecciosas.  Nos  ecossistemas 
aquáticos,  a  intensificação  das  radiações  ultravioleta  cria  também  problemas,  pois 
interfere no crescimento, na fotossíntese e na reprodução do plâncton. 

Ao  intervir  em  todas  as  escalas  dos  ecossistemas,  a  radiação  ultravioleta  afecta, 
igualmente, os ciclos biogeoquímicos, como o ciclo do carbono, do azoto e o ciclo dos 
nutrientes minerais, entre outros, lesando globalmente toda a biosfera do planeta. 

Efeito de Estufa – a camada protectora da Terra, constituída por vapor de água e gases 
de estufa como o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e principalmente o dióxido de 
carbono  (CO2),  reflecte  a  radiação  infravermelha  emitida  pela  superfície  da  terra 
impedindo que parte desta seja perdida para o espaço, tal como uma parede de vidro 
numa estufa. Como consequência dá‐se o aquecimento da superfície da troposfera.  

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Consequências:  a  camada  de  gelo  do  Árctico  está  mais  fina,  investigação  recente 
revelou  que  nos  últimos  40  anos  a  espessura  média  do  gelo  Árctico  reduziu‐se  em 
cerca  de  40%.  Nos  últimos  150  anos,  a  temperatura  aumentou  cerca  de  1,8  graus 
centígrados  e  que  a  data  de  congelação  na  maioria  dos  rios  e  lagos  atrasou‐se  uma 
média de 8,7 dias, enquanto a descongelação adiantou‐se 9,8 dias. 

Planeamento  ambiental  ‐  os  desastres  são  expressão  de  uma  relação  inadequada 
entre  o  modelo  de  desenvolvimento  (modelo  de  organização  espacial)  e  o  ambiente 
que sustém esse modelo. Objectivo do planeamento ambiental é de adaptar o modelo 
de desenvolvimento às limitações e capacidades locais. 

Instrumentos  de  planeamento  ambiental,  que  devem  ser  do  conhecimento  geral  de 
um  agente  de  protecção  civil,  pois  apresentam  medidas  e  estratégias  de  controlo  e 
prevenção  da  contaminação  pelos  resíduos  perigosos  com  os  seguintes  objectivos: 
Controlar os riscos e Minimizar os efeitos 

A Política de Ordenamento do Território é concretizada através dos Instrumentos de 
Gestão Territorial que asseguram a harmonização dos vários interesses públicos, tendo 
em  conta  as  estratégias  de  desenvolvimento  económico  e  social,  bem  como  a 
sustentabilidade na ocupação e utilização do território. 

Planeamento  Preventivo  –  quando  adequado  contribui  para  um  controlo  do 


ordenamento  do  território  através  de:  normas  de  construções  devidamente 
caracterizadas;  desenvolvimento  preventivo  em  áreas  expostas;  trabalhos  de 
protecção em relação ao ambiente; projectos de reabilitação de ambientes frágeis. 

Identificação  dos  recursos  nos  instrumentos  de  gestão  territorial  áreas  afectas  à 
defesa  nacional,  segurança  e  protecção  civil  ‐  recursos  e  valores  naturais;  Áreas 
agrícolas  e  florestais;  Estrutura  ecológica;  Património  arquitectónico  e  arqueológico; 
Redes  de  acessibilidades;  Redes  de  infra‐estruturas  e  equipamentos  colectivos; 
Sistema urbano; Localização e distribuição das actividades económicas. 

Recursos e valores naturais identificados: Orla costeira e zonas ribeirinhas; Albufeiras 
de  águas  públicas;  Áreas  protegidas;  Rede  Hidrográfica;  Outros  recursos  territoriais 

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relevantes  para  a  conservação  da  natureza  e  da  biodiversidade  (zonas  de  protecção 
especial; sítios a integrar a Rede Natura 2000). 

O PNPOT, os PROT, os PIOT e os PSIT definem os princípios, as directrizes e as medidas 
que concretizam as orientações políticas relativas à protecção daqueles recursos. 

Resíduos  sólidos:  a  geração  de  resíduos  sólidos  (RS)  tem  vindo  a  aumentar  em 
quantidade  e  diversidade  nas  últimas  décadas  em  todo  o  mundo  tendo  surgido 
limitações  em  termos  energéticos,  de  matérias‐primas  e  do  espaço  para  deposição 
final  de  RS.  Desde  cedo  que  a  UE  se  preocupou  em  actuar  na  gestão  de  resíduos, 
através de convenções e directivas emanadas. 

Os principais tipos de tratamento/destino final a que os RS podem ser sujeitos são: 
reutilização,  reciclagem,  valorização  energética,  compostagem  e  aterro,  devendo 
apostar‐se também na diminuição e substituição dos materiais utilizados na produção 
por  materiais  recicláveis,  tendo  como  principio  uma  Política  de  Gestão  Integrada  de 
Resíduos. 

Política Gestão Integrada de resíduos: A complexidade e a gravidade dos  problemas 
relacionados  com  a  gestão  de  resíduos  revestem‐se  hoje  de  uma  tal  magnitude  que 
tornou‐se  uma  tarefa  fundamental  para  Estados,  estruturar  uma  consistente  política 
de  resíduos,  no  sentido  de  defender  a  natureza  e  o  ambiente,  ou  de  preservar  os 
recursos naturais. 

Sistema  de  gestão  de  resíduos:  Composto  pelas  operações  de:  recolha,  transporte, 
armazenagem,  tratamento,  valorização  e  eliminação  de  resíduos,  incluindo  a 
monitorização dos locais de descarga após o encerramento das respectivas instalações, 
bem como o planeamento dessas operações. 

Plano  Estratégico  dos  Resíduos  Sólidos  Urbanos  (PERSU):  A  quantificação  e  a 


caracterização dos resíduos urbanos, é fundamental para a correcta gestão integrada 
dos resíduos para se avaliar sobre as hipóteses de redução, valorização e tratamento 
mais adequadas. 

26 
 
O  PERSU  propõe  seis  bases  estratégicas  –  Prevenção,  Tratamento,  Educação, 
Reciclagem,  Gestão  e  Exploração  e  Monitorização  e  descreve  as  metas  qualitativas  e 
quantitativas  para  curto,  médio  e  longo  prazo,  relativas  à  recolha,  deposição  e 
tratamento de resíduos, tomando o ano de 1995 como referência. 

Ciclo da Gestão Integrada de Resíduos: Recolha – Transporte ‐ Separação dos resíduos 
–  Estação  de  Transferência  (Valorização;  Tratamento;  Eliminação)  –  Reciclagem  ‐ 
Reutilização – Produção de resíduos… 

R.S.Urbanos  –  A  matéria  orgânica  é  eliminação  (aterro,  incineração)  ou  Valorização 


(compostagem) ou processo de transformação biológica – Húmus. Matéria Inorgânica 
‐ Eliminação ou Valorização (reciclagem ‐ reutilização). 

Resíduos  industriais:  Plano  Estratégico  de  Gestão  de  Resíduos  Industriais  (PESGRI), 
com os seguintes objectivos: 

¾ Gestão  Sustentável:  prevenção  e  redução  da  produção  e  da  perigosidade, 


aumento  das  taxas  de  reutilização  e  de  reciclagem;  encerramento  de  lixeiras, 
adopção  da  co‐incineração  para  os  resíduos  perigosos  e  da  gestão  integrada 
para os banais e só em último caso a deposição em aterro sanitário;  

¾ Protecção e valorização ambiental do território: intervenção em áreas críticas 
(como solos contaminados); promoção de acções de sensibilização e educação 
ambiental.  

¾ Conservação  da  Natureza,  protecção  da  biodiversidade  e  da  paisagem: 


Integração  do  ambiente  nas  políticas  sectoriais  e  de  desenvolvimento  local  e 
regional. 

¾ PESGRI:  A  caracterização  dos  resíduos  industriais  é  fundamental  para  a 


correcta  gestão  integrada  dos  resíduos  para  se  avaliar  sobre  as  hipóteses  de 
redução, valorização e tratamento mais adequadas. 

¾ Redução  ‐  Mediante  acções  de  minimização  e  estratégias  de  prevenção 


inseridas nos processos industriais. 

¾ Reciclagem ‐ Directamente ligada aos processos industriais. 

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¾ Reutilização energética ‐ Com influência nas matérias‐primas, nos processos e 
nos produtos. 

¾ Tratamento ‐ Alternativa seleccionada para os resíduos perigosos (que não seja 
possível reutilizar ou reciclar) em instalações de co‐incineração. 

Resíduos Industriais: Banais – Eliminação em Aterro (junto com RSU) ou incineração;  
Banais  c/  Mat.  Org.  ‐  Pré‐Tratamento  ‐  Valorização  –  energética;  Perigosos  – 
Tratamento, pré‐tratamento ou co‐inceneração. 

Plano  Nacional  de  Prevenção  de  Resíduos  Industriais  (PNAPRI),  com  o  principal 
objectivo  de  reduzir  a  perigosidade  e  quantidade  dos  RI,  através  da  aplicação  de 
medidas e tecnologias de prevenção aos processos produtivos industriais e através da 
mudança de atitude dos agentes económicos e dos próprios consumidores. 

O Plano Estratégico de Resíduos Hospitalares (PERH): estabelece estratégias e metas 
para a resolução da problemática de RH, visando um sistema integrado definido como 
um  processo  através  do  qual  se  deve  fazer,  de  forma  correcta,  o  conjunto  das 
operações  de  acondicionamento,  triagem,  tratamento,  eventual  valorização  e 
eliminação.  

Os  resíduos  hospitalares  são  objecto  de  acondicionamento  e  tratamento  apropriado, 


diferenciado  consoante  os  grupos.  Gestão  de  Resíduos  não  Orgânicos  da  Actividade 
Agrícola (RNOA) entre estes grupos é de destacar: Resíduos de Filme Plástico Agrícola 
(RFPA) devido aos quantitativos envolvidos e dificuldades particulares de gestão e as 
Embalagens; Residuais de Agro‐Químicos devido à perigosidade associada. 

As  características  específicas  destes  dois  fluxos  de  RA  condicionam  de  forma 
determinante a definição das respectivas soluções de gestão. Esta situação reflecte de 
algum  modo  as  indefinições  da  estratégia  nacional  para  a  gestão  destes  resíduos, 
nomeadamente  no  que  respeita  ao  Plano  Estratégico  dos  Resíduos  Agrícolas 
(PERAGRI). A observação dos resultados e dificuldades sentidas na concretização dos 
objectivos  propostos  por  estas  iniciativas  tem  permitido  concluir  que  a  adopção,  por 
parte  dos  agricultores,  das  Boas  Práticas  de  Gestão  de  RA  ao  nível  da  exploração, 
(nomeadamente no que respeita ao manuseamento, triagem e acondicionamento dos 
resíduos),  assim  como  a  mobilização,  ao  nível  das  Associações,  de  técnicos 
28 
 
responsáveis pela operacionalização do sistema, são dois aspectos que determinam a 
viabilização e sucesso da iniciativa. 

O princípio da consciência ambiental a nível mundial: As sociedades deverão adaptar‐
se  à  escassez  e  à  perda  da  qualidade  da  água  potável,  impondo‐se  um  uso  cada  vez 
mais eficiente da existente, através da optimização da sua utilização (eficiência), sem 
pôr  em  causa  as  necessidades  vitais,  qualidade  de  vida  e  desenvolvimento 
socioeconómico  (eficácia).  O  esforço  de  aumento  de  eficiência  deverá  passar  pela 
utilização de novas tecnologias menos poluentes e com menores perdas na gestão da 
água bem como pelo uso mais racional deste recurso vital. 

Plano  Estratégico  de  Abastecimento  de  Água  e  Saneamento  de  Águas  Residuais 
(PEAASAR) ‐ Os níveis de tratamento estão relacionados com a dimensão e o tipo dos 
poluentes  a  tratar:  Pré‐tratamento;  Tratamento  primário;  Tratamento  secundário; 
Tratamento terciário. 

Processo  de  tratamento  de  água  para  consumo,  depende  da  qualidade  da  água 
captada.  Tratamento  Químico:  Remoção  de  matéria  inorgânica;  Tratamento  Físico: 
Remoção de matéria orgânica; Desinfecção: Remoção de microorganismos. 

A poluição do ar nas suas diversas dimensões: global, nacional, regional e local, com 
particular  importância  para  as  áreas  urbanas,  tem  sido  uma  das  principais 
preocupações  políticas  ambientais  europeias  desde  o  final  dos  anos  70,  de  forma  a 
melhorar a qualidade do ar e de vida dos cidadãos europeus. 

Nesse âmbito, a UE (União Europeia) tem actuado a vários níveis através da promoção 
da  investigação,  assinaturas  de  protocolos,  elaboração  de  legislação  comunitária, 
participação  em  acordos  internacionais  e  sectoriais  de  redução  da  poluição 
atmosférica  A  poluição  atmosférica  é  um  problema  ambiental  que  provoca  efeitos 
nocivos  a  curto  ou  longo  prazo,  constituindo  por  isso  preocupação  internacional. 
Existindo  assim  convenções  que  estabelecem  metas  e  legislação  que  estabelece  os 
valores limites nas emissões com vista a uma vigilância continua. 

Protocolo  de  Quioto:  Trinta  e  nove  países  industrializados,  comprometeram‐se  a 


limitar as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) sob três formas: comércio 
de  emissões,  implementação  conjunta  e  mecanismos  de  desenvolvimento  limpo.  O 

29 
 
princípio  é  apostar  numa  redução  que  seja  economicamente  vantajosa,  pois  desta 
forma será mais efectiva. As reduções acordadas incidiam sobre: dióxido de carbono; 
metano;  óxido  nitroso;  hidrofluorcarbonetos;  hidrocarbonetos  perfluorados; 
hexafluoreto de enxofre. 

Vigilância Contínua: A EuroAirnet, rede de monitorização europeia da qualidade do ar, 
que  está  a  ser  desenvolvida  pelos  países  europeus  e  coordenada  pela  EEA  (Agência 
Europeia  do  Ambiente)  cujo  objectivo  principal  é  o  de  melhorar  significativamente  a 
extensão espacial e temporal dos relatórios da qualidade do ar na Europa e a base de 
análise representativa desta. 

Com a finalidade de monitorizar a qualidade do ar têm sido instaladas em vários locais 
do  País  estações  de  monitorização  equipadas  com  analisadores  automáticos  que 
permitem  o  registo  contínuo  da  concentração  de  vários  poluentes.  As  estações  de 
monitorização equipadas com analisadores automáticos permitem detectar a presença 
de diferentes tipos de gases por sensores electroquímicos. 

   

30 
 
Aspectos Jurídicos da HST 
1971 – Organização Internacional do Trabalho (OIT) – Publica o regulamento da 
Segurança e Higiene nos estabelecimentos industriais. 

Com base neste é publicado em Portugal o Regulamento Geral de Segurança e Higiene 
do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais, aprovado pela Portaria 53/71 de 3 de 
Fevereiro. 

1985 – Dec.‐ Lei 18/85 de 15 de Janeiro ‐ Regulamento Geral de Segurança e Higiene 
nas minas e pedreiras. 

1986 – Dec.‐ Lei 243/86 de 20 Agosto – Regulamento Geral de Segurança e Higiene do 
Trabalho nos estabelecimentos comerciais, de escritório e serviços. 

1991 – Dec.‐ Lei 441/91 de 14 de Novembro (legislação criada como consequência da 
entrada de Portugal na EU). 

1994 – Portugal adopta as directivas europeias sobre HST (é criada legislação própria 
para alguns factores físicos de agressão ambiental: 

‐ Poeiras e gases na atmosfera; 

‐ Ruído; 

‐ …) 

2001 – Norma Portuguesa NP 4397 – Sistemas de Gestão da Segurança e da Saúde no 
Trabalho (elaborada com base na recomendação OHSAS 18001:1199 “Occupational 
Health and Safety Management System – Specification”) 

Evolução 

Sec. XVIII – Revolução Industrial 

Após  1850  –  2ª  revolução  Industria  (Invenção  do  aço  e  substituição  do  vapor  pela 
electricidade). 

‐ Trabalho em série. 

‐ Organização dos Recursos Humanos – Produtividade. 

1930 – Humanização do trabalho. 

‐ Psicologia do trabalho. 

‐ Sociologia. 

Década de 70 – É assumida a necessidade da Higiene e Segurança no Trabalho (HST). 

‐ São criadas medidas legislativas. 

‐ Aparecem instituições que defendem a melhoria das condições de trabalho. 

‐ A negociação colectiva assume as questões da HST. 

31 
 
‐ Investigação, formação e divulgação. 

Década de 80 – Novas formas de organização do trabalho (competitividade). 

‐ Maior participação dos trabalhadores. 

A  evolução  continua,  quer  com  iniciativas  legislativas,  quer  com  a  evolução  dos 
conceitos  organizacionais,  que  aproximam  cada  vez  mais  a  HST  aos  Sistemas  de 
Qualidade. 

Conceitos 
Segurança  do  Trabalho  ‐  técnica  da  prevenção  e  controle  dos  riscos  das  operações, 
riscos esses capazes de afectar a segurança, a saúde e o bem‐estar dos trabalhadores. 

Higiene do Trabalho ‐ trata dos riscos do ambiente, das condições inseguras relativas 
ao ambiente de trabalho e que podem potenciar doenças profissionais. 

Saúde  do  Trabalho  ‐  estende‐se  até  ao  controlo  dos  elementos  físicos,  químicos  e 
psicológicos ou mentais que possam afectar a saúde dos trabalhadores. 

“  Todos  os  trabalhadores,  sem  distinção  de  idade,  sexo, raça,  cidadania,  território de 
origem,  religião,  convicções  políticas  ou  ideológicas  têm  direito  à  prestação  do 
trabalho em condições de higiene e segurança”. 

Constituição da República, Art. 59 

A Higiene e Segurança tem como principal objectivo a Prevenção. 

¾ Identificação dos riscos; 
¾ Avaliação dos riscos; 
¾ Controlo dos riscos. 

Controlo dos Riscos 
Os riscos são potenciais fontes de acidentes. 

Há 4 processos genéricos de controlo dos riscos: 

Eliminar ou limitar o risco;  Medidas de Engenharia

Envolver o risco; 
Medidas Organizacionais
Afastar o Homem; 

Proteger o Homem.  Equipamentos 
Protecção Individual 
► Dar prioridade aos equipamentos de protecção colectiva. 

32 
 
Acidentes de Trabalho   
“Acidente  de  trabalho”  é  uma  ocorrência  instantânea  e  não  desejada,  que  altera  o 
desenvolvimento normal de uma actividade, provocando danos e lesões. 

► Situação em que um acidente deixa de ser considerado como tal: 

9 Negligência do trabalhador; 
9 Falta grave e indesculpável da vítima; 
9 Privação permanente ou acidental da razão; 
9 Situação de força maior. 

Custos dos Acidentes de Trabalho 
► Custos Directos 

9 Indemnizações; 
9 Assistência Médica e medicamentosa. 

► Custos Indirectos 

9 Salários; 
9 Tempo perdido p/o acidentado; 
9 Tempo e gastos com formação de um substituto; 
9 Perdas de produção; 
9 Perdas comerciais; 
9 Perdas com a imagem da empresa; 
9 Perdas por produtos defeituosos; 
9 Custos com equipamentos avariados; 
9 … 

33 
 
Pirâmide de Acidentes 

Lesão 
Incapacitante 

Lesões não 
Incapacitantes 

Acidentes sem 
lesão 

 
Isto significa que para uma lesão incapacitante há 29 lesões menores e 300 acidentes 
sem lesão, eventualmente com dano à propriedade. 
 

Custos da Sinistralidade – Caso 1 

Suponha  um  acidente  de  trabalho  em  10  de  Fevereiro  de  2008.  O  sinistrado  aufere 
uma retribuição mensal de 560 €, para além do direito a subsídio de férias e de Natal 
de igual montante. 

Verificou‐se uma incapacidade temporária absoluta (ITA) até 29 de Junho de 2000 e o 
regresso  ao  trabalho,  com  incapacidade  temporária  parcial  (ITP)  sucessivas  de  20  e 
10%  respectivamente,  de  30  de  Junho  a  31  de  Agosto  e  de  1  de  Setembro  a  30  de 
Outubro. 

A cura clínica ocorreu em 30 de Outubro de 2000. 

Com base nas informações anteriores, determine: 

a) A retribuição base. 

b)  O  montante  global  da  indemnização  por  Incapacidade  Temporária,  paga  pela 
Companhia Seguradora. 

34 
 
Custos da Sinistralidade – Caso 2 

Imediatamente após se ter iniciado o turno de trabalho do dia 07.02.2001 ocorreu um 
acidente de trabalho numa fiação industrial. Toda a secção de fiação (7 trabalhadores 
+ sinistrado) suspendeu a sua actividade durante essa manhã. Supondo que: 

►  Os  trabalhadores  da  fiação  em  questão  auferem  um  salário  mensal  de  650€ 
trabalhando  em  horário  normal,  das  8.00  às  17.00,  com  1  hora  para  almoço  das  12‐
13h; 

►  O  custo  da  recuperação  física  do  trabalhador,  em  ginástica  de  manutenção  e 
fisioterapia, é de 1260€; 

► O valor dos cuidados médicos e farmacêuticos prestados ao trabalhador é de 820€; 

► O valor estimado das perdas de imagem da empresa é de 2000€; 

► O valor das perdas de produção é de 3400€; 

►  Do  acidente  resultou  um  período  de  baixa  até  30.06.2001,  após  o  qual  o 
trabalhador  regressou  à  sua  actividade  com  Incapacidades  Temporárias  Parciais  (ITP) 
de  15  e  10%,  até  20.07.2007  e  01.08.2007,  respectivamente.  Tendo  sido  dado  como 
clinicamente curado. 

Determine: 

a)  O  montante  global  da  indemnização  por  Incapacidade  Temporária,  paga  pela 
Companhia 

Seguradora. 

b) A relação entre os custos segurados e não segurados do acidente. 

Análise de Riscos 
Tem  como  objectivo  o  levantamento  de  todos  os  factores  do  sistema  de  trabalho 
Homem/Máquina/Ambiente. 

Perigo – situação com potencial para dano em termos de lesões. 

Risco  –  combinação  da  probabilidade  e  das  consequências  de  um  determinado 


acontecimento perigoso. 

 
35 
 
Análise de Riscos 
► Directos (estabelecem‐se factores de risco 
antes da ocorrência do acidente); 

► Indirectos (são os acidentes que fornecem 
indicadores aos factores de risco). 

Causas dos Acidentes de Trabalho 
Todo o acidente tem pelo menos uma causa. 

Os 5 factores na sequência do acidente. 

A‐ A queda do primeiro dominó precipita 
a queda de toda a fila.  

B‐ A remoção do dominó central 
neutraliza a acção dos precedentes. 

Teoria do Dominó 
1 – Ascendência e ambiente social. 

2 – Falha humana (Ex: imprudência, temperamento violento). 

36 
 
3 – Acto inseguro ( Ex: estacionar sob cargas suspensas, não usar EPI’s) e/ou Condição 
perigosa (Ex: ruído excessivo). 

4 – Acidente. 

5 – Dano pessoal (ferimentos, contusões, fracturas, etc.). 

► Causas Humanas (80%) 

9 Maus hábitos de trabalho; 
9 Falta de experiência; 
9 Falta ou deficiente formação profissional; 
9 Cansaço; 
9 Stress. 

► Causas Materiais (20%) 

9 Materiais defeituosos; 
9 Equipamentos em más condições; 
9 Ambiente físico ou químico não adequado. 

 
 

37 
 
EPI ‐ Equipamentos de Protecção Individual 
Decreto‐Lei 441/91 

Este diploma indica qual a prioridade da protecção colectiva sobre a individual: 

9 Medidas de carácter construtivo; 
9 Medidas de carácter organizativo; 
9 Medidas de protecção individual. 

► Medidas de Carácter construtivo 

9 Eliminar o risco na origem, na fonte; 
9 Envolver o risco, isolamento do risco; 

► Medidas de carácter organizativo 
9 Afastar o homem da exposição ao risco; 
 
► Medidas de protecção individual 
9 Envolver o homem. 

EPI 
Esta última barreira contra a lesão é o Equipamento de Protecção Individual (EPI). 

O que é um equipamento de protecção individual? 

Qualquer  equipamento  destinado  a  ser  usado  ou  detido  pelo  trabalhador  para  a  sua 
protecção contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde 
no trabalho. 

É necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a proteger a 
saúde  e  a  segurança  do  trabalhador  no  trabalho,  excluindo  qualquer  outro  objectivo 
de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes. 

Um  EPI  deve  ser  concebido  e  executado  em  conformidade  com  as  disposições 
regulamentares  em  vigor.  A  entidade  patronal  fornece  gratuitamente  aos 
trabalhadores EPI em bom estado: 

¾ Adequados relativamente aos riscos a prevenir; 
¾ Que não sejam eles próprios geradores de novos riscos; 
¾ Que  tenham  em  conta  parâmetros  pessoais  associados  ao  utilizador  e  à 
natureza do seu trabalho.   

A  regra  é  um  equipamento  para  cada  pessoa  exposta!  Se  forem  fornecidos  a  um 
trabalhador vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si. 

38 
 
Se  um  só  EPI  servir  para  vários  trabalhadores,  será  necessário  velar  pelo  estrito 
respeito das regras de higiene. 

A  entidade  patronal  deve  velar  para  que  as  informações  necessárias  à  utilização  dos 
EPI se encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida 
pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas. 

Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as 
quais são recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador 
da natureza dos riscos contra os quais o referido EPI o protege. 

Convém  proceder  ao  estudo  das  partes  do  corpo  susceptíveis  de  serem  expostas  a 
riscos: 

¾ Riscos Físicos; 
¾ Riscos Químicos; 
¾ Riscos Biológicos. 

Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança? 
A selecção dos dispositivos (ou equipamentos) de protecção individual (EPI) deverá ter 
em conta: 

¾ Os riscos a que está exposto o trabalhador; 
¾ As condições em que trabalha; 
¾ A parte do corpo a proteger; 
¾ As características do próprio trabalhador. 

Ensaio de Dispositivos de Protecção Individual na Empresa 

Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível, escolher‐se trabalhadores com 
um critério objectivo de apreciação. 

É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de 
mais de um tipo de protecção. 

O  registo  de  elementos  como:  durabilidade,  efeito  de  protecção,  comodidade, 


possibilidade de limpeza, entre outros, é extremamente importante para uma solução 
definitiva. 

A  decisão  final  sobre  a  utilização  do  EPI  deve  ser  tomada  com  base  numa  análise 
cuidada  do  posto  de  trabalho,  análise  essa  em  que  devem  participar  chefias  e 
trabalhadores. 

39 
 
A co‐decisão conduz a uma maior motivação para o seu uso. 

Formação do Utilizador 

Os EPI's são simples? É fácil a utilização correcta de um dado EPI? Para muitos EPI's é 
necessária  uma  acção  de  demonstração,  quando  são  utilizados  pela  primeira  vez.  A 
transferência de informação deve estar associada à motivação. 

Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes: 

1) ‐ Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de protecção que ele garante? 

2) ‐ Qual o tipo de protecção que ele NÃO garante? 

3) ‐ Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a protecção esperada? 

4) ‐ Quando se devem substituir as peças de um dado EPI? 

Principais tipos de protecção individual 
Protecção da Cabeça 

A  cabeça  deve  ser 


adequadamente  protegida 
perante  o  risco  de  queda  de 
objectos  pesados,  pancadas 
violentas  ou  projecção  de 
partículas.  

A protecção da cabeça obtém‐se 
mediante  uso  de  capacete  de 
protecção, o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração. 

Protecção dos Olhos e do Rosto 

Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo 
onde os acidentes podem atingir a maior gravidade. 

As  lesões  nos  olhos,  ocasionadas  por  acidentes  de  trabalho, 


podem ser devidas a diferentes causas: 

¾ Acções  mecânicas,  através  de  poeiras,  partículas  ou 


aparas;  
¾ Acções  ópticas,  através  de  luz  visível  (natural  ou 
artificial),  invisível  (radiação  ultravioleta  ou 
infravermelha) ou ainda raios laser;  

40 
 
Os  olhos  e  também  o  rosto  protegem‐se  com  óculos  e  viseiras  apropriados,  cujos 
vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos: 

¾ Acções térmicas, devidas a temperaturas extremas. 
¾ Acções químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no 
estado sólido líquido ou gasoso. 

Protecção das Vias Respiratórias 

A atmosfera dos locais de trabalho encontra‐
se, muitas vezes, contaminada em virtude da 
existência  de  agentes  químicos  agressivos, 
tais  como  gases,  vapores,  neblinas,  fibras, 
poeiras. 

A  protecção  das  vias  respiratórias  é  feita 


através  dos  chamados  dispositivos  de 
protecção  respiratória  –  aparelhos  filtrantes 
(máscaras). 

Protecção dos Ouvidos 

Há  fundamentalmente,  dois  tipos  de  protectores  de 


ouvidos:  os  auriculares  (ou  tampões)  e  os 
auscultadores (ou protectores de tipo abafador). 

Os  auriculares  são  introduzidos  no  canal  auditivo 


externo e visam diminuir a intensidade das variações 
de pressão que alcançam o tímpano.  

Protecção do Tronco 

O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado em diferentes 
tecidos. 

O  vestuário  de  trabalho  deve  ser  cingido  ao  corpo  para  se  evitar  a  sua  prisão  pelos 
órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco. 

Protecção dos Pés e dos Membros Inferiores 

A protecção dos pés deve ser considerada quando há 
possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, 
térmicos,  químicos  ou  eléctricos.  Quando  há 

41 
 
possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos 
interiormente com biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho e no peito 
do pé. 

Em certos casos verifica‐se o risco de perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de 
construção civil) devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respectivo 
calçado.  

Protecção das Mãos e dos Membros Superiores 

Os  ferimentos  nas  mãos  constituem  o  tipo  de  lesão  mais  frequente  que  ocorre  na 
indústria. Daí a necessidade da sua protecção. 

O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo 
contudo de subestimar a sua protecção. 

Protecção contra Quedas 

Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar‐se o cinto de 
segurança,  que  poderá  ser  reforçado  com  suspensórios  fortes  e,  em  certos  casos 
associado a dispositivos mecânicos amortecedores de quedas. 

O cinto deve ser ligado a um cabo de boa resistência, que pela outra extremidade se 
fixará num ponto conveniente. O comprimento do cabo deve ser regulado segundo as 
circunstâncias, não devendo exceder 1,4 metros de comprimento. 

Riscos Eléctricos 
A electricidade é a forma de energia mais discreta que existe; por ter uma aparência 
passiva – não se vê, não se ouve, não tem cheiro – impõe que os procedimentos para 
evitar acidentes sejam muito rigorosos. 

Perigo eléctrico: 

Presença de electricidade. 

Risco eléctrico: 

Exposição X grau de electrização. 

Choque  Eléctrico  ‐  Acidente  resultante  da  passagem  da  corrente  eléctrica  no  corpo 
humano. 

Electrização  ‐  Termo  que  designa  o  conjunto  de  manifestações  fisiológicas  devias  à 


passagem da corrente eléctrica através do corpo humano. 

42 
 
Electrocussão ‐ Termo que designa a morte produzida pela passagem de uma corrente 
eléctrica no corpo humano. 

Consequências sobre o corpo humano 

Efeitos imediatos: 

• Efeitos excito‐motores (sobre os músculos); 

• Queimaduras electrotérmicas (passagem de corrente); 

• Queimaduras foto térmicas (efeito térmico do arco eléctrico). 

Efeitos secundários: 

• Complicações cardiovasculares; 

• Complicações neurológicas; 

• Sequelas sensoriais: vista (conjuntivite ou queimadura da córnea) e auditivas; 

• Sequelas cutâneas. 

Efeitos da corrente eléctrica sobre o corpo humano de adultos 

¾ Percepção; 
¾ Convulsão; 
¾ Paragem Respiratória; 
¾ Asfixia; 
¾ Queimaduras; 
¾ Fibrilação Ventricular. 

Actuação em caso de incidente ou acidente 

Se o acidentado ficou em contacto com o condutor ou a peça em tensão: 

O  1º  passo  é  separá‐lo  da  fonte  de  tensão,  tendo  em  atenção  que  uma  intervenção 
imprudente pode pôr em risco da pessoa que pretende salvar acidentado. 

Em baixa tensão 

¾ Colocar a instalação fora de tensão: 
¾ Manobrando o aparelho de corte; 
¾ Desligando a ficha da tomada de corrente; 
¾ Afastando o condutor da pessoa. 

Em alta tensão 

43 
 
¾ Colocar a instalação fora de tensão, operação que deve ser realizada por uma 
pessoa qualificada conhecedora da instalação; 
¾ O  socorrista  só  deverá  aproximar‐se  da  vítima  depois  da  instalação  estar 
comprovadamente sem tensão; 

Condutor  caído  por  terra  ‐  Evitar  aproximar‐se  do  condutor  e  impedir  que  outros  o 
façam. 

Riscos Eléctricos 

O que NÃO se deve fazer: 

 
 

Manutenção 
Elevação e transporte manual de cargas: 

¾ A elevação e o transporte manual sujeitam o corpo humano a um grande 
desgaste físico. 
¾ O transporte manual é quase sempre um trabalho pesado, mesmo que a carga 
não seja pesada. 
¾ Durante o esforço muscular os vasos sanguíneos são comprimidos e o fluxo de 
sangue diminuído. 

Riscos Associados: 

¾ Queda de objectos sobre os pés; 
¾ Ferimentos causados por marcha sobre, choque contra, ou pancada; 

44 
 
¾ Contusões provocadas por objectos contundentes. 

Parte destes riscos podem ser controlados pela utilização de EPI’s. 

Métodos de Elevação Manual de Cargas 

Métodos correctos: 

   

Métodos incorrectos: 

45 
 
Cuidados a ter na Movimentação manual de cargas 
 

¾ Limitar o máximo de peso a 20 kg; 
¾ M manter a carga vertical e próxima do corpo; 
¾ Manter os pés afastados; 
¾ Manter as costas direitas; 
¾ Evitar torções do corpo; 
¾ Não pegar as cargas com a ponta dos dedos; 
¾ Alternar posturas e movimentos; 
¾ Não levantar as cargas a partir dos solo…   

Cargas máximas permitidas ‐ Os valores limite dependem de: 

¾ Idade; 
¾ Sexo; 
¾ Duração da tarefa; 
¾ Frequência do movimento de elevação; 
¾ Capacidade física do trabalhador. 

Transporte de cargas 

Princípios a adoptar: 

¾ Mecanizar, sempre que possível; 
¾ Utilizar equipamentos de transporte 
¾ Utilização de aparelhos auxiliares. 

46 
 
 

Higiene Industrial 
Técnica de actuação sobre os contaminantes (poluentes) do ambiente com o objectivo 
de prevenir doenças profissionais. 

Os agentes agressivos são de 4 tipos: 

¾ Químicos; 
¾ Físicos; 
¾ Biológicos; 
¾ Ergonómicos. 

Contaminação Química 

Os agentes podem existir no estado sólido, líquido e gasoso 

Estado sólido: 

¾ Poeiras; 
¾ Fibras; 
¾ Fumos. 

Estado líquido: 

¾ Aerossóis; 
¾ Neblinas. 

Estado gasoso: 

¾ Gases 
¾ Vapores 

Poeiras 

¾ Inertes 
¾ Fibrogénias 
¾ Sensibilizantes 
¾ Tóxicas 

47 
 
Gases e vapores  

¾ Irritantes 
¾ Asfixiantes 
¾ Narcóticos 
¾ Tóxicos 

Valor Limite de Exposição (VLE) 
Os VLE’s dizem respeito às concentrações no ar das várias substâncias e representam 
condições  para  as  quais  se  admite  quase  todos  os  trabalhadores  podem  estar 
expostos, dia após dia, sem efeitos adversos. 

Valor limite de exposição ‐ média ponderada (VLE‐MP) 

Média  ponderada  para  um  dia  de  trabalho  de  8  H  e  uma  semana  de  40  H  à  qual  se 
considera  que  praticamente  todos  os  trabalhadores  possam  estar  expostos,  dia  após 
dia, sem efeitos adversos para a saúde. 

Valor limite de exposição – curta duração (VLE‐CD)    

À  qual  se  considera  que  praticamente  todos  os  trabalhadores  possam  estar 
repetidamente expostos, por curtos períodos de tempo, desde que o valor de VLE‐MP 
não seja excedido e sem efeitos adversos, tais como: 

¾ Irritações; 
¾ Lesões crónicas ou irreversíveis dos tecidos. 
¾ Narcose. 

Valor limite de exposição – concentração máxima (VLE‐CM) 

Que nunca deve ser excedida durante qualquer período da exposição. 

Valores limite de exposição para misturas: 

48 
 
Caso 1 

A atmosfera de um local de trabalho contém: 

Acetona=400 ppm VLE=500 ppm 

Acetato de butilo=150 ppm VLE=200 ppm 

Metiletilcetona=100 ppm VLE=200 ppm 

Informação adicional: considere os efeitos aditivos da acetona, do acetato de etilo e do 
metiletilcetona. 

 
Caso 2 

Considere uma área de armazenamento de produtos químicos com temperatura 
média de 200C. Analise o risco de contaminação associado à exposição dos seguintes 
produtos e concentrações e conclua quanto à adequabilidade. 

Óxido de ferro=2mg/m3 VLE=5 mg/m3 

Acetona=200 ppm VLE=500 ppm 

Éter isopropílico=100 ppm VLE=250 ppm 

Acetato de etilo=1200 mg/m3 VLE=400 ppm=1440 mg/m3 (t= 250C) 

Informação adicional: considere os efeitos aditivos da acetona, do acetato de etilo e do 
éter isopropílico. 

Resolução:. 

49 
 
Higiene Industrial 
São quatro os ramos de actividade que dão corpo à Higiene Industrial: 

Higiene  Teórica  ‐  Estuda  a  relação  dose‐resposta  e  estabelece  valores  padrão  de 


referência. 

Higiene Analítica ‐ Realiza a identificação qualitativa e quantitativa dos contaminantes. 

Higiene Operativa ‐ Efectua os estudos tendentes a eliminar o risco higiénico. Propõe 
correcções  a  adoptar  de  modo  a  conseguir‐se  que  as  condições  ambientais 
permaneçam dentro dos limites não perigosos. 

Higiene  de  Campo  ‐  É  a  pedra  angular  de  toda  a  estrutura.  Recolhe  no  ambiente  de 
trabalho os dados para o estudo do problema. 

Dose ou quantidade de contaminante susceptível de acusar dano é independente dos 
factores extrínsecos, sendo expressa por: 

D= t X c 

t é o tempo de exposição (expresso em anos); 

c é a concentração média ponderada do contaminante (expressa em mg.m‐3 e referida 
a um turno de 8 H de trabalho). 

Ventilação Industrial 

Geral: 

É  aplicável  à  renovação  ou  fornecimento  de  ar  com  o  objectivo  de  proporcionar 
conforto. Tem 4 factores limitantes: 

9 A quantidade do contaminante não deve ser grande; 
9 Os trabalhadores devem estar afastados da produção do contaminante; 
9 A toxicidade deve ser baixa; 
9 A evolução do contaminante deve ser baixa. 

Ruído 
Não se morre de ruído. 

O ruído representa para a saúde o mesmo factor de risco que o tabaco ou o álcool. 

Cerca  de  20%  da  população  dos  países  industrializados  encontra‐se  mergulhada  em 
níveis de pressão muito intensos. 

Constitui  um  importante  factor  de  risco,  afectando  a  saúde  física  e  psicológica  dos 
trabalhadores. 
50 
 
Representa actualmente a maior perturbação do meio ambiente 

Definição  subjectiva:  Todo  o  som  que  produza  uma  sensação  auditiva  desagradável, 
incomodativa ou perigosa. 

Definição operacional: é um estímulo que não contém informações úteis à tarefa em 
execução. 

O  campo  de  audibilidade  do  Homem  engloba  valores  de  pressão  sonora  entre  o  do 
limiar audível de 2x10‐5 N/m2 e o limiar da dor de 200 N/m2, para sons de frequência 
1000 Hz. 

A  medida  da  pressão  sonora  numa  escala  linear  é  impraticável  porque  compreende 
cerca de 1 milhão de unidades. 

Consequências ou Efeitos do Ruído 

Acção sobre o aparelho auditivo 

¾ Perda de audição; 
¾ Fadiga auditiva; 
¾ Distorção dos sons. 

Efeitos fisiológicos 

¾ Surdez; 
¾ Distúrbios gastrointestinais; 
¾ Elevação da pressão arterial; 
¾ Vertigens; 
¾ Dores de cabeça; 
¾ Cansaço geral; 
¾ Contracção dos vasos sanguíneos; 
¾ Diminuição da pupila… 

Controlo do Ruído   

Medidas Organizacionais: 

9 Eliminação dos postos + ruidosos; 
9 Rotação do pessoal exposto; 
9 Aquisição de equipamentos menos ruidosos… 

Medidas Construtivas: 

9 Substituição/lubrificação das máquinas; 
9 Utilização de amortecedores; 
9 Cobertura das fontes de ruído; 

51 
 
9 Insonorização dos locais em relação ao exterior… 

Vibrações 
A  vibração  é  qualquer  movimento  que  o  corpo  executa  em  torno  de  um  ponto  de 
equilíbrio. 

Sob o ponto de vista físico, as vibrações podem classificar‐se em: 

‐ Vibrações Sinusoidais 

‐ Vibrações Periódicas 

‐ Vibrações Aleatórias 

RUÍDO desenvolve a sua acção fundamentalmente em relação a um órgão, O OUVIDO. 

As  VIBRAÇÕES  afectam  zonas  mais  extensas  do  corpo,  inclusivamente  A  SUA 
TOTALIDADE. 

As vibrações transmitem‐se ao organismo segundo três eixos espaciais (x, y, z). 

Caracterização: 

9 Intensidade; 
9 Modo de transmissão; 
9 Direcção; 
9 Frequência; 
9 Duração; 
9 Ponto de aplicação. 

Intensidade onde: 

Modo de transmissão ‐ Vibrações de corpo inteiro e vibrações do sistema mão‐braço. 

Direcção ‐ Longitudinais, Transversais, horizontais, verticais e diagonais. 

Efeitos das vibrações sobre o organismo: 

¾ Perturbações osteo‐articulares (<30 Hz) 
¾ Perturbações vasculares (40   125 Hz) 
¾ Formigueiro; 
¾ Entorpecimento; 
¾ Gangrena; 
¾ Picadas; 
¾ Doença de Raynaud (doença dos dedos brancos). 

Controlo das Vibrações 

52 
 
É conseguido através de 3 processos: 

¾ Redução das vibrações na origem; 
¾ Diminuição  da  transmissão  de  energia  mecânica  a  superfícies  potencialmente 
irradiantes; 
¾ Redução da amplitude de vibração das superfícies irradiantes atrás referidas. 

Ambiente Térmico 
Conjunto das variáveis térmicas do posto de trabalho que influenciam o organismo do 
trabalhador. 

Conforto Térmico 

Segundo a ISO 7730, “Um estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente 
que envolve uma pessoa (nem quente nem frio) ”. 

Depende de aspectos biológicos, físicos e emocionais dos ocupantes. 

Um  ambiente  confortável  é  um  ambiente  que  permite  que  a  produção  de  calor 
metabólico,  se  equilibre  com  as  trocas  de  calor  provenientes  do  ar  à  volta  do 
trabalhador. 

Fora desta situação de equilíbrio, podem existir situações adversas 

Stress Térmico

 
Índices: 

PMV: índice que estima o valor médio dos votos de um grupo de pessoas na escala se 
sensação térmica. 

PPD: percentagem de pessoas insatisfeitas com o conforto térmico do ambiente. 

Formas de Transferência de Calor entre Homem e Meio Ambiente 

Condução (K) ‐ contacto entre um corpo quente e um frio. 

Convecção (C) ‐ o movimento do ar. 

53 
 
Radiação  (R)  ‐  todas  as  substâncias  radiam  energia  térmica  sob  a  forma  de  ondas 
electromagnéticas. 

Evaporação (E) ‐ através da sudação. 

Factores que Influenciam a Sensação de Conforto Térmico 

Variáveis Individuais: 

¾ Tipo de actividade; 
¾ Vestuário; 
¾ Aclimatação 

Variáveis Ambientais 

¾ Temperatura do ar; 
¾ Humidade relativa do ar ou pressão parcial de vapor; 
¾ Temperatura média radiante das superfícies vizinhas; 
¾ Velocidade do ar. 

Avaliação do Ambiente Térmico 

¾ Temperatura do ar; 
¾ Humidade do ar; 
¾ Calor radiante; 
¾ Velocidade do ar; 
¾ Metabolismo; 
¾ Vestuário. 

Trabalho a temperaturas elevadas 

¾ Problemas para a saúde: 
¾ Insolação; 
¾ Prostração térmica; 
¾ Cãibras; 
¾ Cataratas e conjuntivites; 
¾ Dermatites. 

Algumas recomendações: 

¾ Isolamento das fontes de calor; 
¾ Roupas e óculos adequados; 
¾ Pausas para repouso; 
¾ Reposição  hídrica  adequada  ‐  beber  pequenas  quantidades  de  líquido  (0,25 
l/vez); 
¾ Ventilação natural. 

54 
 
Trabalho a baixas temperaturas 

Os efeitos sobre a saúde: 

¾ Enregelamento dos membros devido a má circulação do sangue; 
¾ Ulcerações decorrentes da necrose dos tecidos expostos; 
¾ Redução das habilidades motoras como a destreza e a força, da capacidade de 
pensar e julgar; 
¾ Tremores, alucinações e a inconsciência. 

Algumas recomendações: 

¾ Para os trabalhos externos e prolongados, recomenda‐se uma boa alimentação 
em calorias e roupas quentes; 
¾ Devem existir câmaras de transição para que se possam aquecer gradualmente 
até à temperatura ambiente. 

Iluminação 
Uma boa iluminação é fundamental no ambiente de trabalho. 

O  olho  humano  só  é  sensível  às  radiações  electromagnéticas  situadas  entre  os 
comprimentos de onda de 400 e 750 (nm). 

Esta faixa é designada de LUZ VISÍVEL. 

Boa iluminação 

¾ Aumenta a produtividade 
¾ Reduz os acidentes. 

UMA BOA ILUMINAÇÃO é aquela que se adequa ao tipo de tarefa a executar. 

Factores que contribuem para uma iluminação correcta: 

• Nível de iluminação 

• A luminância 

• A expressão das cores e dos relevos 

Processos de Iluminação 

Iluminação Natural 

55 
 
A melhor luz é sem dúvida a natural: é aquela a que o nosso sistema visual melhor se 
adapta, aumentando a estimulação sensorial, para além de outras vantagens. 

Encadeamento 

Deve  procurar‐se  eliminar  as  fontes  de  encandeamento, 


normalmente  lâmpadas  nuas  ou  superfícies  demasiado 
brilhantes. 

Pode  provocar  perturbação,  desconforto  e  perda  na 


visibilidade.  

Iluminação Adequada 

¾ Ao tipo de trabalho; 
¾ À idade dos trabalhadores; 
¾ À duração do trabalho; 
¾ Ao efeito psicológico a obter.  

Sistemas de Iluminação 

 
 

  Directa  Indirecta 

56 
 
Níveis de Iluminação 

 
 

Fundamentos de Ergonomia 
O que é a Ergonomia ? 

Adaptação  do  trabalho  ao  homem  ‐  O  trabalho  tem  todo  um  pano  de  fundo  de 
sofrimento: 

No sentido etimológico do termo ‐ Ergonomia significa o estudo das leis do trabalho. 

O  termo  ergonomia  foi  utilizado  pela  primeira  vez,  em  1857,  pelo  polaco  W. 
Jastrzebowski, que publicou um artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do 
trabalho baseada nas leis objectivas da ciência da natureza”. 

57 
 
Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel criou na 
Inglaterra  a  primeira  sociedade  nacional  de  ergonomia,  a  “Ergonomic  Research 
Society”. 

Posteriormente,  a  ergonomia  desenvolveu‐se  em  numerosos  países  industrializados, 


como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos. 

Evolução histórica: 

Não existe ainda uma história, propriamente dita, sobre ergonomia. 

Conjunto de conhecimentos referentes ao homem em actividade de trabalho permitiu 
o surgimento desta disciplina. 

Os primeiros estudos sobre o homem na sua actividade profissional foram realizados 
por engenheiros, médicos do trabalho e pesquisadores: 

Engenheiros que procuravam melhorar o desempenho do homem no trabalho, como 
por exemplo: De Vauban, Bélidor, Perronet, Vaucanson, Jacquard, Taylor e Ford. 

Médicos  do  trabalho  que  procuravam  estabelecer  uma  protecção  à  saúde  dos 
trabalhadores: Paracelse, Ramazzini, Tissot, Patissier e Villermé. 

Pesquisadores que tentavam compreender o funcionamento do homem em actividade 
de trabalho: De la Hire, Da Vinci, Lavoisier, Coulomb, Chauveau, Marey e J. Amar. 

O escritório é um local seguro, sem riscos? NÃO 

Os  escritórios  hoje  são  donos  de  70%  dos  casos  de  doenças  profissionais  e  ou 
ocupacionais como as LMERT. 

Existem  registos  de  doenças  profissionais  desde  1716  quando  Ramazzini,  o  pai  da 
medicina  do  trabalho,  descreve  como  “a  doenças  dos  escribas  e  dos  notários” 
caracterizados pela fadiga, dor e declínio acentuado do desempenho profissional. 

Durante  muito  tempo  a  segurança  do  trabalho  foi  vista  como  um  tema  que  se 
relacionava  apenas  ao  uso  de  capacetes,  botas,  cintos  de  segurança  e  uma  série  de 
outros equipamentos de protecção individual contra acidentes. 

Os computadores têm uma característica ímpar: 

Nunca  na  história  da  humanidade  uma  mesma  máquina  esteve  presente  na  vida 
profissional de um número tão grande e diversificado de trabalhadores. 

Riscos Ergonómicos 

Em relação ao uso dos computadores quais os riscos ergonómicos mais evidentes? 

58 
 
9 Exigência de postura inadequada; 
9 Utilização de mobiliário inadequado; 
9 Imposição de ritmo excessivo; 
9 Jornada de trabalho prolongada turno nocturno; 
9 Monotonia e repetitividade. 

Além destes riscos, as condições de avaliação do ambiente de trabalho fazem também 
parte da ergonomia: 

9 Nível de iluminação 
9 Temperatura 
9 Ruído 
9 Reflexos 
9 Stress físico e ou psíquico 

Regras básicas para os utilizadores de computadores: 

9 O monitor deve estar com sua parte superior ao nível dos olhos; 
9 A distância do monitor e o operador deve ser equivalente à extensão do braço; 
9 Ajustar o monitor de modo a evitar os reflexos da iluminação; 
9 Os pés devem estar apoiados no chão ou num suporte; 
9 Os pulsos devem estar relaxados porém sem estarem flexionados; 
9 Se há entrada de dados deve‐se usar suporte para os documentos; 
9 O utilizador deve fazer pausas regulares para descanso. 

Factores Ambientais do Trabalho 

9 Temperatura e cargas térmicas; 

59 
 
9 Ventilação e renovação do ar; 
9 Iluminação geral e localizada; 
9 Níveis de ruídos; 
9 Disposição de materiais e equipamentos; 
9 Gases, poeiras e vapores. 

Factores Físicos do Trabalho 

9 Movimentos, posturas e 
gestos que dão origem a 
LMERT; 
9 Dimensões dos 
equipamentos e 
instrumentos de trabalho.  

Factores de Carga Mental 

9 Quantidade e rapidez de informação; 
9 Nível de atenção requerido; 
9 Situação do trabalhador. 

Concepção do Espaço de 
Trabalho 

9 Altura  do  plano  de 


trabalho; 
9 Adaptação  do  assento 
às  características 
anatómicas; 
9 Espaço circundante; 
9 Disposição  dos 
instrumentos de trabalho.  

60 
 
Sinalização de Segurança   
Sinais de Proibição ‐ Fundo branco, símbolo a preto, coroa circular e banda oblíqua a 
vermelho 

 
 

61 
 
Sinais de Aviso – Fundo amarelo, símbolo a preto e contorno a preto. 

 
 

 
62 
 
Sinais de Obrigação ‐ Fundo azul, símbolo a branco 

 
 

63 
 
 

Salvamento ou de Emergência ‐ Fundo verde, símbolo a branco. 

 
 

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Sinalização de Material de Combate a Incêndios 

 
 

 
 

65 
 
Riscos Psicossociais no Trabalho 
Riscos Psicossociais no trabalho são os que resultam da interacção entre: 

9 O indivíduo 

9 As suas condições de vida 

9 As suas condições de trabalho  

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta para os seguintes riscos 
psicossociais: 

9 Sobrecarga Horária 

9 Sobrecarga de Trabalho Mental e Físico 

9 Monotonia 

9 Falta de Empowerment  

9 Burnout  

9 Assédio Moral e Violência 

9 Insegurança no emprego 

9 Stress (Individual e no Trabalho)  

Consequências dos Riscos Psicossociais no Trabalho 

9 Acidentes de trabalho 

9 Absentismo 

9 Doenças (esgotamento, ansiedade, depressão, stress, doenças fisiológicas…) 

9 Diminuição da produtividade e qualidade do trabalho 

9 Degradação do Ambiente de Trabalho  

   

66 
 
Plano de Emergência 
Conceitos e considerações iniciais 

Planeamento como processo contínuo e não como produção de um objecto acabado; 

Plano como instrumento de apoio e suporte e não como um fim em si mesmo: 

¾ Gestão intra e inter‐organizacional 

¾ Funções genéricas da emergência 

¾ Estrutura, missões e responsabilidades; 

¾ Definição de cenários de danos.  

Os bombeiros como estruturas operacionais de 1ª intervenção. Que papel no 
planeamento? 

¾ Vistorias e estudos de segurança; 

¾ Definição e localização dos meios de intervenção 

¾ Elaboração Plano(s) Prévio(s) Intervenção 

Plano de Emergência ‐ Instrumento de gestão operacional para resposta a eventuais 
acidentes graves ou catástrofes. 

Referência 

O  Plano  de  Emergência  descreve  a  actuação  do  sistema  de  protecção  civil 
relativamente às responsabilidades, organização e conceito de operações, em caso de 
resposta a uma emergência resultante da ocorrência de um acidente grave, catástrofe 
ou calamidade.  

9 Identifica e analisa os factores de risco e de vulnerabilidade; 

9 Recenseia e levanta os meios e recursos disponíveis; 

9 Organiza  a  estrutura  interna  de  apoio  à  gestão  de  emergência,  definindo 


responsabilidades e missões; 

Define  os  mecanismos  de  cooperação  e  coordenação  entre  os  serviços,  entidades  e 
organismos que concorrem para a gestão de emergência. 

Plano  de  Emergência  Interno  ‐  Preparação  e  organização  dos  meios  existentes  para 
garantir  a  salvaguarda  dos  ocupantes  de  uma  instalação,  em  caso  de  ocorrência  de 
uma situação perigosa. 

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Objectivos gerais  

9 Dotar a instituição de um nível de segurança eficaz; 

9 Limitar as consequências de um acidente; 

9 Sensibilizar para a necessidade de conhecer e rotinar procedimentos de auto‐
protecção a adoptar, por parte de todos. 

9 Corresponsabilizar  toda  a  população  no  cumprimento  das  normas  de 


segurança; 

9 Preparar e organizar os meios humanos e materiais existentes, para garantir a 
salvaguarda  de  pessoas  e  bens,  em  caso  de  ocorrência  de  uma  situação 
perigosa. 

Objectivos específicos  

9 Conhecimento  real  e  pormenorizado  das  condições  de  segurança  do 


estabelecimento escolar; 

9 Correcção  pelos  responsáveis  das  escolas,  das  carências  e  situações 


disfuncionais detectadas; 

9 Organização  dos  meios  humanos  internos,  tendo  em  vista  a  actuação  em 
situação de emergência; 

9 Maximização das possibilidades de resposta dos meios de 1ª intervenção; 

9 Elaboração  de  um  plano  de  evacuação  total  (ou  parcial)  das  instalações 
escolares; 

9 Elaboração do plano interno de intervenção. 

Organização da 
Segurança 
Estrutura  Interna 
de Segurança  

Constituída  por 
elementos internos 
ao 
Estabelecimento 
de  Ensino 

68 
 
(professores, funcionários) preparados para, em situação de emergência (iminência ou 
ocorrência)  coordenarem  as  acções  necessárias  à  implementação  do  Plano  de 
Emergência. 

Instruções de Segurança  
São normas e procedimentos a adoptar pelos ocupantes de uma instalação, face a uma 
situação de emergência, tendo em vista a minimização dos seus efeitos. 

69 
 
Suporte Básico de Vida 
 

 
 

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Referências Bibliográficas 
9 Castro, Carlos Ferreira de e Abrantes, J.M. Barreira (2005): Combate a Incêndios 
Urbanos e Industriais, Sintra, Escola Nacional de Bombeiros; 
9 Miguel,  Alberto  Sérgio  (2008):  Manual  de  Higiene  e  Segurança  do  Trabalho, 
Porto Editora; 
9 WorkShop da Área de Produtos Perigosos; 14 e 15 de Setembro de 2008; 
9 ADR  –  Acordo  Europeu  relativo  ao  Transporte  Internacional  de  Mercadorias 
Perigosas por Estrada; 
9 RPE  –  Regulamento  Nacional  do  Transporte  de  Mercadorias  Perigosas  por 
Estrada; 
9 REGIMENTO  DE  SAPADORES  BOMBEIROS  DE  LISBOA  –  Fichas  de  Intervenção 
em Matérias Perigosas, 2.ª edição, Maio de 2001; 
9 Baptista,  Nelson  Teixeira  (2008):  Manual  de  Primeiros  Socorros,  Sintra,  Escola 
Nacional de Bombeiros; 

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