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Universidade Estadual De Santa Cruz | DCET

CURSO: Engenharia Civil DATA: 03/07/2017


DOCENTE: Stephanny C. F. E. Costa DISCIPLINA: Mec. dos Solos I
DISCENTE: Ruan Fontana Lima MATRÍCULA: 201120240

PRÉ-LAB | COMPACTAÇÃO

1 OBJETIVO
Determinar a relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente
seca de solos, quando compactados, de acordo com os procedimentos
especificados.

2 PARÂMETROS GEOTÉCNICOS OBTIDOS


Teor de umidade do solo; massa específica aparente seca do solo; umidade
ótima; curva de saturação; curva de compactação.

3 NORMA REGULAMENTADORA DO ENSAIO


 NBR 7182/2016 Solo – Ensaio de compactação.

Normas auxiliares:

 NBR 6457/2016 - Amostras de solo - Preparação para ensaio de


compactação e ensaios de caracterização.
 NBR 6458/2017 – Grãos de pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm
– Determinação da massa específica, da massa especifica aparente
e da absorção de água.
 NBR NM ISSO 3310-1/2010, Peneiras de ensaio – Requisitos
técnicos e verificação. Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de tecido
metálico.
 NBR NM ISSO 3310-2/2010, Peneiras de ensaio – Requisitos
técnicos e verificação. Parte 2: Peneiras de ensaio de chapa metálica
perfurada.
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4 APARELHAGEM NECESSÁRIA
a) Balança que permita pesar 10 kg e 200 g, com resoluções de 1 g e 0,01g,
respectivamente e com sensibilidades compatíveis;
b) Peneiras de 19 e 4,8mm;
c) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105ºC e 110ºC;
d) Cápsulas metálicas (com tampa, se necessário);
e) Bandejas metálicas (por exemplo 75 cm x 50 cm x 5 cm);
f) Régua de aço biselada;
g) Espátulas de lâmina flexível;
h) Cilindro metálico pequeno (cilindro de Proctor);
i) Cilindro metálico grande;
j) Soquete pequeno;
k) Soquete grande
l) Provetas de vidro com capacidade de 1000 cm³, 200 cm³ e 100 cm³ e com
graduações de 10 cm³, 2 cm³ e 1 cm³, respectivamente;
m) Desempenadeira de madeira;
n) Extrator de corpo de prova;
o) Conchas metálicas (por exemplo, com capacidade de 1000 cm³ e 500
cm³);
p) Base rígida, preferencialmente de concreto;
q) Papel filtro com diâmetro igual ao do molde empregado;
r) Sacos plásticos.

5 QUANTIDADE E PREPARAÇÃO DA AMOSTRA NECESSÁRIA


De acordo com a NBR 6457, a quantidade a ser tomada na para o
ensaio com secagem prévia até a umidade higroscópica e com a amostra
5% abaixo da umidade ótima presumível.

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Quantidade de
Amostra preparada Cilindro a ser
Ensaio de amostra (em
passa integralmente utilizado no
compactação massa seca) a
na peneira (mm) ensaio
ser tomada (kg)
Pequeno 3
Com reuso de 4,8
Grande 7
material
19,1 Grande 7
Pequeno 15
Sem reuso de 4,8
Grande 35
material*
19,1 Grande 35
*Em casos de ensaios com a amostra a 3% acima da umidade ótima
presumível, deve-se assumir os valores descritos para ensaio sem reuso
de material.

6 ENERGIAS DE COMPACTAÇÃO

Características Energia
inerentes a cada
Cilindro
energia de Normal Intermediária Modificada
compactação
Soquete Pequeno Grande Grande

Número de camadas 3 3 5
Pequeno
Número de golpes por 27
26 21
camada
Soquete Pequeno Grande Grande
Grande 5
Número de camadas 5 5
Número de golpes por 55
12 26
camada
Altura do disco 63,5
63,5 63,5
espaçador (mm)

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7 MÉTODOS
7.1 Ensaio com reuso de material, com amostras preparadas com secagem
prévia até a umidade higroscópica.

7.1.1 Fixar o molde cilíndrico à base, acoplar o cilindro complementar e apoiar


o conjunto em uma base rígida. Caso se utilize o cilindro grande, colocar
o disco espaçador;

7.1.2 Tomar a amostra preparada;

7.1.3 Na bandeja metálica, adicionar água destilada com auxílio da proveta de


vidro gradativamente, até obter um teor de umidade em torno de 5%
abaixo da umidade ótima presumível;

7.1.4 Após a homogeneização, proceder a compactação de acordo com o


soquete, número de camadas e número de golpes por camada
correspondentes à energia desejada.

7.1.5 Os golpes devem ser aplicados perpendicularmente e distribuídos


uniformemente sobre a superfície de cada camada.

7.1.6 Após a compactação da última camada, retirar o cilindro complementar


depois de escarificar o material em contato com a parede do mesmo, com
o auxílio da espátula. Deve haver um excesso de no máximo 10 mm de
solo compactado acima do molde, que deve ser removido e rasado com
auxílio de régua biselada.

7.1.7 Remover o molde cilíndrico de sua base e, no caso do pequeno, rasar


também a outra face.

7.1.8 Pesar o conjunto e obter, por subtração do peso do molde, o peso úmido
do solo compactado, Ph.

7.1.9 Retirar o corpo de prova do molde com o auxílio do extrator, e do centro


do mesmo, tomar uma amostra para a determinação da umidade h;

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7.1.10 Destorroar o material até que ele passe integralmente na peneira de 4,8
mm ou na de 19 mm, respectivamente, conforme a amostra, após
preparada, tenha ou não passado integralmente na peneira de 4,8 mm.

7.1.11 Juntar o material assim obtido com o remanescente na bandeja e


adicionar água destilada, revolvendo o material, de forma a incrementar o
teor de umidade de aproximadamente 2%.

7.1.12 Repetir as operações até se obter 5 pontos, sendo dois no ramo seco, um
próximo à umidade ótima, preferencialmente no ramo seco e dois no ramo
úmido da curva de compactação.

7.2 Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas


com secagem prévia até a umidade higroscópica.

7.2.1 Tomar a amostra preparada para ensaio sem reuso de material e dividi-la
em cinco porções iguais;

7.2.2 A cada porção, repetir o passo os passos 7.1.1 e de 7.1.3 a 7.1.8, sendo
que a primeira porção deve estar com teor de umidade em torno de 5%
abaixo da umidade ótima presumível, a segunda com umidade 2%
superior à primeira e assim por diante;

7.2.3 As porções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cinco pontos obtidos
ao final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade
ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva
de compactação.

7.3 Ensaio realizado com reuso de material, sobre amostras preparadas a


5% abaixo da umidade ótima presumível.

7.3.1 Tomar a amostra preparada para ensaios com reuso de material;

7.3.2 Proceder como 7.1.1 e de 7.5.4 em diante.

7.4 Ensaio realizado sem reuso de matéria, sobre amostras preparadas a


5% abaixo da umidade ótima presumível.

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7.4.1 Tomar a amostra preparada para ensaio sem reuso de material e dividi-la
em cinco porções iguais;

7.4.2 Na primeira porção, proceder como descrito em 7.1.1 e de 7.1.4 a 7.1.8.


Para as outras porções, proceder como descrito em 7.1.1 e de 7.1.3 a
7.1.8, lembrando que a segunda porção deve estar com teor de umidade
2% superior à primeira e assim por diante.

7.4.3 As porções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cinco pontos obtidos
no final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à umidade
ótima, preferencialmente no ramo seco, e dois no ramo úmido da curva
de compactação.

7.5 Ensaio realizado sem reuso de material, sobre amostras preparadas a


3% acima da umidade ótima presumível.

7.5.1 Tomar a amostra preparada de acordo com a NBR 6457 e dividi-la em


cinco porções iguais;

7.5.2 Com a primeira porção, proceder como descrito em 7.1.1 e de 7.1.4 a


7.1.8. Para as demais porções, proceder da mesma forma, ressalvando-
se que a segunda porção deve estar com umidade 2% inferior à primeira,
e assim por diante. As condições de umidade preconizadas devem ser
obtidas por secagem das porções ao ar.

7.5.3 As porções ensaiadas devem ser desprezadas e dos cincos pontos


obtidos ao final do ensaio, dois devem estar no ramo seco, um próximo à
umidade ótima, preferencialmente no ramo seco e dois no ramo úmido da
curva de compactação.

8 CÁLCULOS
a) Determinar a massa específica aparente seca:

𝑀𝑢 × 100
𝜌𝑑 =
𝑉 (100 + 𝑤)

Onde:

𝜌d = massa específica aparente seca, em g/cm³;

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Mu = peso úmido do solo compactado, em g;

𝑉 = volume útil do molde cilíndrico, em cm³ e

w = teor de umidade do solo compactado, em %.

Recomenda-se determinar a curva de saturação (relação entre a massa


específica aparente seca e o teor de umidade, para grau de saturação do solo
igual a 100%), utilizando-se a expressão:

𝑆
𝜌𝑑 =
𝑤 𝑆
𝜌𝑤 + 𝜌𝑠

Onde:

𝜌d = massa específica aparente seca, em g/cm³;

S = grau de saturação, igual a 100%;

w = teor de umidade, arbitrado na faixa de interesse, em %;

𝜌s = massa específica dos grãos do solo, g/cm³ e

𝜌w = massa específica da água, em g/cm (considerar igual a 1 g/cm³).

9 RESULTADOS
9.1 Curva de compactação
Utilizando-se coordenadas cartesianas normais, traçar a curva de
compactação, marcando-se em abcissas os teores de umidade, h, e em
ordenadas as massas específicas aparentes secas correspondentes. A curva
resultante deve ter um formato aparentemente parabólico.

9.2 Massa específica aparente seca máxima


Valor correspondente à ordenada máxima da curva de compactação,
expresso com aproximação de 0,01 g/cm³

9.3 Umidade ótima


Valor da umidade correspondente, na curva de compactação, ao ponto de
massa especifica aparente seca máxima, expresso com aproximação de 0,1%

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9.4 Curva de saturação


Recomenda-se traçar a curva de saturação, no mesmo desenho da curva
de compactação

9.5 Características do ensaio


Indicar o processo de preparação da amostra, a energia e o cilindro de
compactação utilizados e o processo de execução do ensaio.

10 BIBLIOGRAFIA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7182/2016: Solo


– Ensaio de compactação. ABNT: Rio de Janeiro, 2016

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457/86:


Amostras de solo - Preparação para ensaio de compactação e ensaios de
caracterização. ABNT: Rio de Janeiro, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6458/2017:


Grãos de pedregulho retidos na peneira de 4,8 mm – Determinação da massa
específica, da massa especifica aparente e da absorção de água. ABNT: Rio de
Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM ISSO 3310-


1/2010: Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação. Parte 1: Peneiras
de ensaio com tela de tecido metálico. ABNT: Rio de Janeiro, 2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM ISSO 3310-


2/2010: Peneiras de ensaio – Requisitos técnicos e verificação. Parte 2: Peneiras
de ensaio de chapa metálica perfurada. ABNT: Rio de Janeiro, 2010.

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