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Aula 07 
Prof. Roberto Troncoso 

Aula 07
Direito Constitucional

Analista do TRE/PE

7 Organização dos poderes no Estado. 7.1 Mecanismos de freios e contrapesos. 7.2


Poder legislativo. 7.2.1 Estrutura, funcionamento e atribuições. 7.2.2 Fiscalização contábil,
financeira e orçamentária. 7.2.3 Tribunal de Contas da União (TCU). 7.2.5 Prerrogativas
parlamentares.
Professor: Roberto Troncoso

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7 Organização dos poderes no Estado. 7.1 Mecanismos de freios
e contrapesos. 7.2 Poder legislativo. 7.2.1 Estrutura,
funcionamento e atribuições. 7.2.2 Fiscalização contábil,
financeira e orçamentária. 7.2.3 Tribunal de Contas da União
(TCU). 7.2.5 Prerrogativas parlamentares. 

I.  A SEPARAÇÃO DOS PODERES ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 4 


II.  DO PODER LEGISLATIVO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 7 
III.  ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 27 
IV.  DAS REUNIÕES ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 57 
V.  ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 67 
VI.  DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 92 
VII.  QUESTÕES DA AULA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 119 
VIII. GABARITO ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 136 
IX.  BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 138 
 

Olá futuros Analistas do TRE/PE!

Prontos para o SEU salário de R$ 9.962,39? (Isso segundo o edital, mas


sabemos que é mais do que está lá )

Estão estudando como eu ensinei na aula inaugural? E os resultados? Tenho


certeza de que estão melhorando! E também estou certo de que eles serão
cada vez melhores!

Na aula de hoje, estudaremos o Poder Legislativo.

Como sempre, faremos muitos exercícios para que você treine muito e tenha
uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 130 questões
comentadas!

Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a


matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários,
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.

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Na aula de hoje, teremos APENAS 53 páginas de conteúdo (teoria). O
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e
agradável!

Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente


repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum.

Vamos então à nossa aula!

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I. A SEPARAÇÃO DOS PODERES

Meu caro Analista do TRE/PE, antes de estudarmos o Poder Legislativo,


devemos conhecer um assunto fundamental: a teoria da separação dos
poderes, trazida pelo artigo 2º da Constituição. Observe:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é


importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só
pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos.

Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.


Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder
sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta.

No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes,


sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências uns nos outros.
Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexívele cada um exerce, além de
suas funções típicas, funções atípicas:

 Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as


leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando
profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex:
quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).

 Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas


exerce, como funções a típicas, a jurisdição (ex: quando o Senado
Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e
II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto
administração pública, realiza licitações etc.).

 Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o


direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a
legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e
a administração (ex: quando atua enquanto administração pública,
realiza licitações etc.).

Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser
delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No
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entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita,
como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao
Poder Executivo a elaboração de uma lei.

Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de


SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks
and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes
entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder
deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo “fiscalizar e controlar” os
outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a
Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram
na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta.

ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a


independência (relativa) dos poderes.

 Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do


Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário.

 Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus


atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário.

 Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder


Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar
ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar
esses dois atos (se extrapolarem os limites).

 Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal


Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem
escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que
aprovar).Assim como essas, existem uma série de “interferências” de um
poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo.

Esquematizando:

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SEPARAÇÃO DE PODERES

 Montesquieu + Revolução Francesa


 Evita arbitrariedades e excessos
 Os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS
o Não pode haver subordinaçao/hierarquia de um poder sobre os outros
o Eles devem operar de forma conjunta
- Executivo - Função Típica: Administração
- Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)
 Poderes - Legislativo - Função Típica: Elaboração de leis e fiscalização
- Função Atípica - Atuar como Administração Pública
- Jurisdição (SF julga autoridades por crime de
responsabilidade – 52, I e II)
- Judiciário - Função Típica: Jurisdição
- Função Atípica - Atuar como Administração Pública
- Legislar (elaboração dos Regimentos Internos
dos Tribunais
 Princípio da indelegabilidade:
o Um poder não pode delegar suas atribuições a outro poder
o Há exceções: Ex. Lei delegada
 Sistema de freios e contrapesos (checks and balances): a separação de poderes não é
rígida e há algumas interferências entre os poderes previstas pela própria CF (separação
flexível de poderes)
o Não há independência absoluta
o Ex1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o
controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário
o Ex2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo
controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário
o Ex3: o Congresso Nacional pode (art. 48, V) - sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa. Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder
Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites)
o Ex4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria
absoluta do Senado Federal.

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II. DO PODER LEGISLATIVO

1. OBSERVAÇÕES GERAIS

O Poder Legislativo possui duas funções típicas: legislar e fiscalizar. Apesar


de haver casos, onde órgãos de outros poderes podem editar atos normativos
com força de lei, em regra, é o Poder Legislativo quem edita tais atos.

Outra função não menos importante do que a legislação é a fiscalização


exercida pelo Poder Legislativo. É ele quem realiza a fiscalização COFOP
(contábil, operacional, financeira, orçamentária e patrimonial) do Poder
Executivo, conforme os artigos 70 e 49, X (e outros)da Constituição Federal.

Essa fiscalização pode ser realizada diretamente pelo Congresso Nacional ou


por qualquer de suas Casase inclui tanto a administração direta quanto a
indireta. Outro exemplo do poder de fiscalização do Legislativo é o poder das
Comissões Parlamentares de Inquérito de investigar fatos predeterminados,
estudado mais a frente.

2. COMPOSIÇÃO DO PODER LEGISLATIVO

O Poder Legislativo federal é exercido pelo Congresso Nacional, composto pela


Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Assim, a União adota o
bicameralismo federativo: enquanto a Câmara dos Deputados
representa o povo, o Senado Federal representa os estados.

Já o Poder Legislativo dos estados, DF e municípios é unicameral, ou seja, é


composto de apenas uma câmara, denominada:

 Nos estados: Assembleia Legislativa


 Nos Municípios: Câmara dos Vereadores ou Câmara Municipal
 No Distrito Federal: Câmara Legislativa

Esquematizando:

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1. Observações Gerais

 Função típica do Legislativo: LEGISLAR E FISCALIZAR


o Fiscalização COFOP do Executivo (CF 70)
o Controle dos atos do Executivo (diretamente ou qualquerdas casas) – 49, X
 Inclui administração direta e indireta
o CPI: Investigar fato predeterminado

2. Composição - Congresso Nacional


- Senado Federal
- Câmara dos Deputados

 União: BICAMERAL
o CD: representantes do POVO
o SF: representantes dos ESTADOS

 Estados, DF e Municípios: UNICAMERAL


o DF: Câmara Legislativa
o Estados: Assembléia Legislativa
o Municípios: Câmara Municipal ou Câmara dos Vereadores

2.1. DO CONGRESSO NACIONAL (CN)

Observações gerais

O Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado


Federal e cabe a ele dispor sobre todas as matérias de competência da União.
Ele possui competências exclusivas, que NÃO dependem de sanção do
Presidente da República (art. 49) e também competências privativas, que
dependem de sanção do Presidente (art. 48).

Meus queridos Analistas do TRE/PE, vocês devem saber que existem vários
tipos de atos normativos (leis em sentido amplo). Exemplos dessas “leis” são
as leis ordinárias, leis complementares, decretos legislativos, resoluções,
medidas provisórias etc. Não se preocupe agora em saber o que é cada uma
dessas espécies, elas são estudadas no processo legislativo. Por enquanto,
você só precisa saber que as competências exclusivas do Congresso Nacional
são externadas através de um ato chamado de Decreto Legislativo. As
competências privativas, por outro lado, são externadas através de leis

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ordinárias ou leis complementares, a depender do caso previsto na própria
CF.

Ainda sobre esse tema, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Senado
Federal também possuem competências privativas, que também são
externadas através de Resolução.

LEIS NACIONAIS E FEDERAIS

O Congresso Nacional pode fazer leis que regulam a vida de todas as unidades
da federação, englobando a União, estados, DF e municípios. Essas leis são
chamadas de leis nacionais.

Por outro lado, a União pode também produzir leis que vinculam apenas a
União não afetando as demais unidades da federação. Essas leis são chamadas
de leis federais.

MAIORIA SIMPLES E ABSOLUTA

A Constituição estabelece que, salvo disposição constitucional em contrário, as


deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos
votos, presente a maioria absoluta de seus membros.Essa maioria referida
pela Constituição é a maioria relativa, ou maioria simples.

Devemos então saber diferenciar três conceitos: maioria simples, maioria


absoluta e quórum de instalação da sessão.

 Maioria absoluta:é o primeiro número inteiro superior à metade do


total de membros. Este valor não depende da quantidade de presentes
na sessão e é fixo. Olhando assim, parece complicado, mas não é.
Observe:

Número total
Maioria absoluta
de membros
50 ÷ 2 = 25. O primeiro número inteiro superior
50
a 25 é = 26
20 ÷ 2 = 10. O primeiro número inteiro superior
20
a 10 é = 11
35 ÷ 2 = 17,5. O primeiro número inteiro
35
superior a 17,5 é = 18
21 ÷ 2 = 10,5. O primeiro número inteiro
21
superior a10,5 é = 11

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 Maioria simples ou maioria relativa: é o primeiro número inteiro
superior à metade dos presentes na sessão. Esse número não depende
da quantidade total de membros e é variável.

Número total
Maioria relativa (ou maioria simples)
de Presentes

80 ÷ 2 = 40. O primeiro número inteiro superior


80
a 40 é = 41

30 ÷ 2 = 15. O primeiro número inteiro superior


30
a 15 é = 16

45 ÷ 2 = 22,5. O primeiro número inteiro


45
superior a 22,5 é = 23

51 ÷ 2 = 25,5. O primeiro número inteiro


51
superior a 25,5 é = 26

 Quórum de instalação de sessão: esse número não se refere ao


número de votos, mas sim, ao número de pessoas que precisam estar
presentes para que a votação comece. Em regra, sempre que um órgão
colegiado (que possui mais de um membro) for iniciar alguma sessão,
deve estar presente, pelo menos, a maioria absoluta dos seus
membros. Lembrando que esse número não se refere a nenhuma
votação. Ele simplesmente se refere ao número mínimo de pessoas que
devem estar presentes para que a sessão se inicie.

Vamos treinar? (observe que os valores das colunas “nº total de membros” e
“nº total de presentes” foram arbitrados por mim, não decorrendo de nenhum
cálculo). Os valores calculados estão em azul.

Quórum de
Nº total de Nº total de Maioria Maioria
instalação da
membros presentes absoluta simples
sessão
20 16 11 11 9

60 40 31 31 21

51 35 26 26 18

135 70 68 68 36

Esquematizando:

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2.1. Do Congresso Nacional
 Observações gerais:
o Cabe ao CN dispor sobre todas as matérias de competência da União
o O CN pode ter atribuições
 EXCLUSIVAS: das quais não depende sanção do PR
 Externadas por Decreto Legislativo
 art. 49
 PRIVATIVAS: atribuições que dependem de sanção do PR
 Externadas por leis ordinárias e leis complementares
 art. 48
o Competências Privativas - da CD -Resolução
- do SF - Resolução

o O CN pode fazer leis - Federais: vincula só a U


- Nacionais: vincula U, E, DF e Mun

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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 48)

Como dito, as competências privativas do Congresso Nacional são externadas


através de leis ordinárias ou complementares e passam pelo crivo do
Poder Executivo (sanção ou veto do Presidente da República).

Cabe ao Congresso Nacional dispor sobre (lembre-se que este rol é


exemplificativo):

Caro aluno, o estudo das competências do Congresso Nacional,


Senado Federal e da Câmara dos Deputados não é lá das tarefas mais
simples. Assim, eu as trouxe com uma série de observações e em
forma de esquemas para facilitar o seu estudo.
Força e persistência porque vale a pena!
Pense agora no seu salário de R$ 9.962,39 e fique firme!!

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;


II – PPA, LDO e LOA, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as
respectivas Assembleias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União
e dos Territórios e organização judiciária (administrativa não) e do Ministério Público do Distrito
Federal; (A Defensoria Pública do DF não é mais organizada e mantida pela União! EC69/2012)
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que
estabelece o art. 84, VI, b (quando vagos é pelo PR - Decreto Autônomo)
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária FEDERAL (dívida
mobiliária dos Estados, DF e Municípios é competência do SF).
XV - fixação do subsídio dos Ministros do STF (iniciativa do PSTF e sanção do PR)

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COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DO CONGRESSO NACIONAL (ART. 49)

As competências exclusivas do Congresso Nacional são disciplinadas por meio


de Decreto Legislativonão passam pela sanção ou veto do Presidente da
República. São elas:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos
ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
o Não só os que acarretem compromissos gravosos, mas todo e qualquer tratado
internacional
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os
casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender
qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa (Veto Legislativo);
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores
VIII fixar os subsídios do Presidente e Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado.
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios
sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
incluídos os da administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos
outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a
pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a 2500
hectares.

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2.2. DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (CD)

A Câmara dos Deputados é composta por representantes do povo: os


deputados federais. O mandato desses parlamentares é de quatro anos,
permitidas sucessivas reeleições.

Além disso, os deputados são eleitos pelo princípio da proporcionalidade,


ou seja, quanto maior for a população, maior será o número de deputados
federais. No entanto, a própria CF estabelece limites em relação à
proporcionalidade, regrando que o número de parlamentares não pode ser
inferior a 8 e nem superior a 70 por estado, sendo que o número exato de
deputados depende de Lei Complementar federal e será proporcional à
população (e não ao número de eleitores).

Os Territórios, caso sejam criados, também poderão eleger deputados federais,


no número fixo de quatro por Território.

São requisitos para que alguém seja eleito parlamentar federal:


o Ser brasileiro (nato ou naturalizado)
o Pleno exercício dos direitos políticos
o Alistamento eleitoral
o Filiação partidária
o Ter domicílio eleitoral na circunscrição
o Idade mínima 21 – Deputado Federal
35 – Senador

Esquematizando:
2.2. Câmara dos Deputados
 Composta por representantes do POVO
 Deputados Federais
o Mandato: 4 anos
 Com quantas reeleições quiser
o Eleitos pelo princípio da proporcionalidade (quanto maior a população, maior o
número de deputados federais)
 Mín 8 Por Estado
 Máx 70 Número depende de LC Federal e
é proporcional à POPULAÇÃO
(e não ao número de eleitores)
o Território: número fixo de 4 deputados federais

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COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (ART. 51)

As competências privativas da Câmara dos Deputados são disciplinadas por


Resolução e não têm sanção ou veto do Presidenteda República. São
elas:

I - autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado;
o No caso dos Ministros de Estado, a autorização da CD se restringe aos crimes
comuns e de responsabilidade conexos com os da mesma natureza imputados ao
Presidente da República(QCRQO 427/DF)
 Se não houver conexão, os Ministros de Estado são processados e julgados
pelo STF sem a necessidade de autorização da CD
o Crimes de Responsabilidade: se a CD autorizar, o SF é obrigado a julgar. Já o STF
pode arquivar se entender que não há elementos suficientes para a instauração do
processo
o As demais autoridades (PSTF, PGR, AGU, CNMP e CNJ), quando o SF julga, não
precisa de autorização da CD (vide art. 52, I e II)
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao CN
dentro de 60d após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República

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2.3. DO SENADO FEDERAL

O Senado Federal é composto por representantes dos estados e do


Distrito Federal. Observe que os senadores não representam o povo, por
isso, os Territórios (que pertencem à União) e os municípios (entes
federados anômalos) NÃO elegem senadores.

O número de senadores por estado é fixo: três. Assim, não importa o tamanho
da população ou o número de eleitores que o estado possua: o número de
senadores sempre será fixo. Como existem 26 estados e mais o DF, o número
total de senadores é de 81 (27x3=81). Além disso, cada senador é eleito com
dois suplentes.

O mandato dos senadores corresponde a um período de duas legislaturas, ou


oito anos e a renovação da Casa é feita de quatro em quatro anos,
alternadamente e na proporção de 1/3 e 2/3.

Exemplo: em uma legislatura é eleito um senador e os outros dois continuam


com seus mandatos. Na próxima legislatura, são eleitos dois senadores e um
continua com seu mandato.

Diferentemente dos deputados, que são eleitos pelo sistema proporcional, os


senadores são eleitos pelo sistema majoritário e em um único turno. Assim, o
candidato que obtiver mais votos, será o vencedor das eleições,
independentemente da diferença do número de votos.

Por fim, a vaga de suplente dos parlamentares (de deputados e senadores)


pertence à coligação partidária e não ao partido do titular (MS 30260 e
30272).

Esquematizando:

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2.3. Senado Federal
 Composto por representantes dos ESTADOS e DF
o Os senadores não são representantes do povo
o Território NÃO elege Senador
 Mas elege 4 Deputados Federais
o Municípios também não elegem Senadores: Ente federado Atípico / Anômalo
 Número de Senadores: 3 por estado
o Número fixo
o 81 senadores – total
o Suplentes:2 suplentes por senador
 Mandato:8 anos (2 legislaturas)
 Renovação: de 4 em 4 anos, alternadamente, na proporção 1/3 e 2/3
 Eleição pelo princípio Majoritário em 1 só turno
 Suplentes de parlamentares (dep e sen): a vaga é da coligação e não do partido

COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO SENADO FEDERAL (ART. 52)

As competências privativas do Senado Federal estão dispostas no artigo 52 da


Constituição Federal, são externadas por meio de Resolução e não sofrem
sanção ou veto do Presidente da República. São elas:

(Força! As competências já estão quase terminando! Pense no cargo


que você vai conquistar e nos SEU salário de R$ 9.962,39!)

 Competências Privativas do Senado Federal (art. 52)


o Não precisa de Sanção do PR
o Disciplinadas por Resolução

I - processar e julgar nos crimes - Presidente da República


de responsabilidade - Vice-Presidente da República
- Ministro do STF
- Procurador-Geral da República
- Advogado-Geral da União
- Conselho Nacional de Justiça
- Conselho Nacional do Ministério Público

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II – processar e julgar nos crimes de responsabilidade conexos com o Presidente da República e o
Vice-Presidente da República - Ministros de Estado
- Comandantes das Forças Armadas;
o OBS para I e II - Processo de impeachment
- O SF atua como tribunal político
- 1o a CD autoriza (somente para PR, VP e MinE)
- O Presidente da sessão é o PSTF
- Condenação por 2/3 dos votos
- Pena: perda do cargo + inabilitação de 8 anos para exercício de
função pública
- A renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, não
paralisa o processo de impeachment 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a escolha de:
a) Magistrados,
b) Ministros do TCU indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Territórios;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos chefes
de missão diplomática de caráter PERMANENTE;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do
DistritoFederal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida
consolidada daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades
controladas pelo PoderPúblico federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de
crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e
Municípios;
o A dívida mobiliária da União é competência do CN

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X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do STF (em controle DIFUSO de constitucionalidade);
o No controle concentrado, o SF não suspende lei (o STF é quem retira a norma do
ordenamento jurídico)
o Ato político / facultativo
o O SF não pode modificar, restringir ou ampliar a decisão do STF. Ele é livre para
sustar ou não, mas se sustar, tem que ser idêntico à decisão do STF.
o Alcança leis federais, estaduais e municipais (porque é controle difuso)
o Efeitos ex NUNC
o Suspensão é irreversível
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral
da República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva
remuneração, observada a LDO;
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
o Tanto a CD quanto o SF elegem membros do Conselho da República
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e
seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, Estados, DF e
Municípios.

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EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Em razão de regra constitucional


expressa, as deliberações da Câmara dos Deputados serão tomadas por dois
terços dos votos.

Passou longe! O art. Art. 47, salvo disposição constitucional em


contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão
tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus
membros.

Gabarito: Errado.

2. (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública) Caso um senador


federal assuma o cargo de ministro de Estado do Meio Ambiente, deverá ser
convocado para assumir seu cargo no Senado Federal suplente filiado a seu
partido, ainda que, à época das eleições, tal partido tenha participado de
coligação partidária.

A vaga de suplente dos parlamentares (de deputados e senadores)


pertence à coligação partidária e não ao partido do titular (MS 30260 e
30272).

Gabarito: Errado.

3. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O Senado Federal é composto por


senadores, representantes dos estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o
princípio majoritário.

Isso mesmo! Os senadores são os representantes dos estados e são


eleitos pelo princípio majoritário. Já os deputados são os
representantes do povo e são eleitos pelo sistema proporcional.

Gabarito: Certo

4. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O mandato de senador é de quatro


anos.

O mandato de senador é de 8 anos e o de deputado federal é de 4


anos.

Gabarito: Errado.

5. (CESPE - 2014 - ANATEL - Cargos 13, 14 e 15) Considere que uma agência
reguladora, ao editar um ato regulamentar, tenha criado uma obrigação não
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prevista em lei. Nessa situação, compete ao Senado Federal sustar o referido
ato.

Compete ao Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder


Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa (art. 49, V);

Gabarito: Errado.

6. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Compete privativamente ao


presidente da República conceder indulto e anistia.

O art. 84, XII estabelece como competência do Presidente da


República conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei. A concessão da anistia é
competência do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da
República (art. 48, VIII).

Gabarito: Errado.

7. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Os territórios não podem eleger


deputados.

Os deputados são representantes do povo e elegem 4 deputados. Já os


senadores são os representantes dos estados, por isso, os territórios
não elegem senadores.

Gabarito: Errado.

8. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Diferentemente do que ocorre com


os senadores, cada deputado federal será eleito com dois suplentes.

É o contrário! O correto é: diferentemente do que ocorre com os


deputados, cada senador é eleito com dois suplentes.

Gabarito: Errado.

9. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Os


comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são sempre julgados
pelo Senado Federal, no caso de crime de responsabilidade, e pelo STF, no
caso de crime comum.

Aí não! Os comandantes das forças armadas somente são julgados


pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade conexos com os
do Presidente da República e Vice-Presidente.
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Confira o art. 52, I: compete ao Senado Federal processar e julgar o
Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma
natureza (de responsabilidade) conexos com aqueles;

Por sua vez, o Supremo Tribunal Federal julga os comandantes das


forças armadas nos crimes comuns e nos de responsabilidade que não
sejam conexos com os do PR e do VP.

Gabarito: Errado.

10. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


exoneração, de ofício, realizada anteriormente ao término do mandato de
procurador-geral da República é de competência privativa do Senado Federal e
deve ser aprovada, em votação secreta, por maioria absoluta

Isso mesmo, conforme o art. 52, XI da Constituição Federal.

Gabarito: Certo.

11. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)


Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República,
apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio
e televisão, sendo essa atuação conjunta exemplo prático da aplicação da
doutrina dos freios e contrapesos.

Negativo! Essa é uma atribuição exclusiva do Congresso Nacional,


externada por decreto legislativo e que não tem sanção ou veto do
Presidente da República. Confira no art. 49, XII.

Gabarito: Errado.

12. (CESPE - 2014 - Polícia Federal - Nível Superior) Considere que o Congresso
Nacional, para evitar eventual compromisso gravoso ao patrimônio nacional,
resolva definitivamente acerca de um tratado internacional. Nessa situação, o
ato legislativo, por ser definitivo, deve ser sancionado pelo presidente da
República.

Negativo! Esta é uma competência exclusiva do Congresso Nacional


externada por Decreto Legislativo, não havendo sanção ou veto do
Presidente da República. Confira no art. 49, I.

Gabarito: Errado.

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13. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Constitui competência
exclusiva do Congresso Nacional a sustação dos atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

A questão praticamente copiou e colou o art. 49, V da CF, que nos traz
o famoso veto legislativo.

Gabarito: Certo.

14. (CESPE - 2014 - CBM-CE - Primeiro-Tenente) Após a invasão do quartel central


de uma corporação do corpo de bombeiros de determinado estado por um
grupo de bombeiros grevistas, o governador se manifestou, afirmando que a
greve é inconstitucional e que os grevistas estariam praticando o crime de
motim. Ao participar de um programa de rádio, um ex-bombeiro militar eleito
deputado federal pelo referido estado atacou a honra do governador, com o
objetivo de defender os bombeiros amotinados. Se ocorrer condenação pelo
crime de motim praticado na corporação do corpo de bombeiros, o Poder
Legislativo federal pode, em razão de competência legislativa exclusiva,
conceder anistia aos amotinados.

Questãozinha decoreba... A concessão de anistia é uma competência


privativa do Congresso Nacional (e não exclusiva) e deve ser exercida
por meio de lei, havendo sanção ou veto do Presidente da República
(art. 48, VIII).

Gabarito: Errado.

15. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


autorização de operações externas de natureza financeira de interesse do DF é
de competência privativa do Senado Federal, sem sanção presidencial.

Isso mesmo, conforme o art. 52, V da Constituição Federal. O estudo


das competências das Casas requer bastante atenção e dedicação!
Fique firme!

Gabarito: Certo.

16. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) Cabe ao Congresso


Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor sobre a
incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de áreas de territórios ou
estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas.

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Sabe por que tudo isso depende de sanção presidencial? Porque as
alterações nos Estados ou territórios depende de lei complementar!
Veja o art. 18, §3º e art. 48, VI.

Gabarito: Certo.

17. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador ) O Senado Federal e a Câmara dos


Deputados exercem individualmente competências privativas que lhes são
imanentes e que devem ser desempenhadas sem a interferência da outra casa.

As Casas do Congresso Nacional podem atuar em conjunto ou


separadamente. Assim, existem situações onde o Senado e a Câmara
exercerão competências que lhes são exclusivas, não havendo
interferência de uma Casa sobre a outra (arts. 51 e 52). O Senado, por
exemplo, julga uma porção de autoridades sem a participação da
Câmara dos Deputados. Já esta pode realizar a tomada de contas do
Presidente da República caso o mesmo não as apresente ao Congresso
Nacional no prazo determinado.

Gabarito: Certo.

18. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Compete ao Senado Federal


processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações
penais comuns.

O Senado processará e julgará o Presidente da República nos crimes


de responsabilidade. No caso da questão, a competência é do STF.

Gabarito: Errado.

19. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Compete privativamente ao


Senado Federal processar e julgar o procurador-geral da República e o
advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade.

As mais altas autoridades da União serão julgadas, nos crimes de


responsabilidade, pelo Senado Federal. O Procurador-Geral da
República e o AGU estão neste rol, ao lado de membros do STF,
Presidente e Vice-Presidente da República, entre outros.

Gabarito: Certo.

20. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) É do Senado Federal, em caráter privativo,


a competência para processar e julgar os ministros de Estado nos crimes de

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responsabilidade, sejam eles crimes autônomos, sejam conexos com crimes da
mesma natureza, praticados pelo presidente ou pelo vice-presidente da
República.

Os Ministros de Estado só serão julgados pelo Senado Federal na


segunda situação apresentada pela questão (crimes conexos com
crime de responsabilidade do Presidente da República ou seu Vice). No
caso de crime de responsabilidade autônomo, será julgado pelo STF.
Veja o art. 52, I e o art. 102, I, “c”.

Gabarito: Errado.

21. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) O Poder Legislativo é composto por
deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e por senadores, eleitos
pela maioria absoluta do total de eleitores de cada unidade da Federação.

Enquanto os deputados federais são eleitos pelo sistema proporcional,


os senadores são eleitos pelo sistema majoritário puro ou simples, que
é aquele onde o candidato vencedor da eleição será o que obtiver mais
votos em um só turno, independentemente da diferença de votos.
Dessa forma, não é necessária a maioria absoluta dos votos para
eleição de senador.

Gabarito: Errado.

22. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Compete privativamente ao Senado


Federal processar e julgar os ministros do STF e os membros do CNJ nos
crimes de responsabilidade.

Conforme art. 52, II: “Art. 52. Compete privativamente ao Senado


Federal: II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o
Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade.”

Gabarito: Certo.

23. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete ao Congresso Nacional, com a sanção


do presidente da República, aprovar o estado de defesa e a intervenção
federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas
medidas.

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Essa é uma competência exclusiva do Congresso Nacional,
exteriorizada por meio de Decreto Legislativo onde não há sanção
presidencial, conforme art. 49: “É da competência exclusiva do CN, IV
aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado
de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.”

Gabarito: Errado.

24. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete privativamente à Câmara dos


Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os
ministros de Estado.

É a literalidade do art. 51, I.

Gabarito: Certo.

25. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O advogado-geral da União e os ministros de Estado


são julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.
Conforme o art. 52, I e II, o AGU realmente é julgado pelo Senado
Federal nos crimes de responsabilidade. No entanto, os Ministros de
Estado somente são julgados pelo Senado Federal nos crimes de
responsabilidade CONEXOS COM O PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE.
Caso não haja conexão, os Ministros de Estado são julgados pelo STF.
Gabarito: Errado.
26. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os deputados federais e os
senadores, todos eles eleitos pelo sistema majoritário, representam o povo dos
seus respectivos estados.
Enquanto os senadores são eleitos pelo sistema majoritário, os
deputados são eleitos pelo proporcional. Além disso, os deputados
representam o povo e os senadores representam os estados.

Gabarito: Errado.

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III. ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS

As Casas legislativas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado


Federal) possuem órgãos internos. Estudaremos os três principais: Plenário,
Mesas Diretoras e Comissões Parlamentares.

3.1 PLENÁRIO

O Plenário é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é


composto por todos os parlamentares que a integram. Assim, o Plenário da
Câmara dos Deputados é composto por todos os seus 513 deputados e o
Plenário do Senado Federal é composto por todos os seus 81 senadores.

3.2 MESA DIRETORA

A Mesa Diretora é o órgão responsável pela condução dos trabalhos legislativos


e pelas funções administrativas de cada Casa. Dessa forma, existem a Mesa
Diretora da Câmara dos Deputados, a Mesa Diretora do Senado Federal e a
Mesa Diretora do Congresso Nacional.

A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do SENADO


FEDERAL, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e noSenado
Federal (art. 57, § 6º).

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são eleitas,


respectivamente, pelos Deputados e Senadores, devendo ser assegurada,
tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Observe que essa
representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares é obrigatória
na composição das Mesas e também das Comissões de cada Casa e só não
será respeitada se for matematicamente impossível.

Essa representação proporcional ocorre para garantir os direitos das minorias.


Imagine se a maioria fizesse uma “panelinha” e elegesse somente os seus
representantes. Quem não fosse desse grupo, não teria voz no Congresso
Nacional. Assim, a representação proporcional serve para proteger os direitos
dessas minorias e garantir que todos sejam ouvidos.

Os membros das Mesas Diretoras são eleitos para mandato de dois anos e
as eleições ocorrem no primeiro e no terceiro ano de cada legislatura. A
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legislatura é o período de quatro anos após o qual a composição das Casas se
renova. Ao fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a
legislatura seguinte.

Dessa forma, a primeira eleição da Mesa Diretora ocorre na sessão


preparatória, que se inicia no dia primeiro de fevereiro do primeiro ano da
legislatura (falaremos mais tarde sobre a sessão preparatória). Já a segunda
eleição ocorre no início do terceiro ano, em sessão anterior ao início dos
trabalhos.

Exemplo: legislatura de 2007 a 2010

Legislatura 

2007(1º ano) 2008(2º ano) 2009(3º ano) 2010(4º ano)

Eleição 1: a partir  Eleição  2:no  início  do  terceiro 


de 01/fev (sessão  ano, em  sessão  anterior  ao 
preparatória)   início dos trabalhos.

É vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente


subsequente. Recondução é o mesmo que reeleição. Assim, nada impede que
alguém seja eleito para a Mesa na eleição imediatamente subsequente, desde
que seja para cargo diferente.

Outra observação importante é que o termo “eleição imediatamente


subsequente” engloba apenas o período dentro de uma legislatura. Assim,
nada impede que alguém seja eleito para o mesmo cargo em uma legislatura
diferente.

Por fim, essas regras não são de reprodução obrigatória nas constituições
estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal e Lei Orgânica dos municípios.

Esquematizando:

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3. Órgãos das Casas legislativas - Plenário
- Mesas Diretoras
- Comissões Parlamentares

3.1. Plenário: é o órgão máximo de deliberação de cada Casa Legislativa e é composto por
todos os parlamentares que a integram

3.2. Mesa Diretora


 É o órgão responsável pela - Função administrativa
- Condução dos trabalhos legislativos
 Mesas - CD
- SF
- CN - PMesaCN é o PSF
- Demais cargos ocupados alternadamente pelos ocupantes de
cargos equivalentes no SF e CD

 As Mesas da CD e do SF são eleitas, respectivamente, pelos Deputados e Senadores,


devendo ser assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos
ou blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
o Obrigatório – só não respeita se for matematicamente impossível
o OBS: Nas Comissões também.

 Eleições
o Mandato: 2 anos
o Eleições para a Mesa no 1o e 3o ano de cada legislatura
 1a eleição: sessão preparatória (01/fev)
 2a eleição - Início do 3o ano
- Em sessão anterior ao início dos trabalhos
o Vedado recondução - Para o mesmo cargo – outro cargo pode
- Na eleição imediatamente subsequente (na mesma
legislatura) – em outra legislatura também pode
 Regra NÃO é de reprodução obrigatória nas CE, LOM e LODF.

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3.3 COMISSÕES PARLAMENTARES

Caro aluno, como vimos, a Câmara dos Deputados possui 513 parlamentares,
enquanto o Senado Federal possui 81. Imagine só se, sempre que as Casas do
Congresso Nacional quisessem tomar uma decisão, houvesse a necessidade de
se reunir todos esses parlamentares. Seria um caos, além de altamente
improdutivo!

Assim, para facilitar os trabalhos do Congresso Nacional, os parlamentares


se reúnem em comissões, que são órgãos colegiados (formados por mais de
um membro), compostos por um número restrito de membros, e que são
especializadas em um determinado assunto.

Exemplo: existe uma comissão de agricultura, que trata dos temas específicos
dessa área. Assim, qualquer projeto de lei que versar sobre algum tema afeto
a agricultura tem que passar pela referida comissão. O mesmo ocorre com
orçamento, direitos humanos etc. Para o estudo do Direito Constitucional, você
não precisará saber quais são essas comissões. Saiba apenas que elas existem
e suas características.

Quando as comissões são formadas, assim como nas Mesas Diretoras, é


assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.

A Constituição traz as atribuições das comissões parlamentares:

 Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)


I. Discutir e votar PL quandoo Plenário for dispensado pelo Regimento Interno
- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa

Esse inciso merece atenção: em regra, os Projetos de Lei (PLs)


devem ser votados no Plenário de cada Casa. No entanto, a
Constituição permite que o Regimento Interno de cada Casa
delegue algumas atribuições do Plenário para se discutir e votar
definitivamente os PLs no âmbito das comissões. Assim, um
Projeto de Lei pode ser aprovado na Câmara dos Deputados e no
Senado Federal sem nunca ter passado pelo Plenário de nenhuma
dessas Casas (caso tenha havido a delegação de ambos os
regimentos internos). Essa delegação se chama delegação
interna corporis.

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No entanto, a CF também regra que, caso haja recurso de 1/10
dos membros da Casa, o PL (que seria votado somente nas
comissões) deve ser levado a Plenário. Essa disposição também
protege o direito das minorias parlamentares.

II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;


III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a
suas atribuições;
IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI. Apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos nacionais, regionais e
setoriais de desenvolvimento.

Existem comissões da Câmara, do Senado e do Congresso Nacional. No último


caso, elas serão formadas por membros das duas Casas anteriores e serão
chamadas de comissões mistas (porque são formadas de deputados e
senadores ao mesmo tempo).

As comissões parlamentares ainda podem ser temporárias ou permanentes. As


permanentes são órgãos técnicos de caráter legislativo e duram enquanto
estiverem no Regimento Interno. Elas possuem funções legiferantes (discutir e
votar Projetos de Lei) e fiscalizatórias(acompanhar planos e programas do
Executivo e fiscalização orçamentária). Exemplos: Comissão de Defesa do
Consumidor (CDC), Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de
Direitos Humanos (CDH).

As comissões temporárias são formadas para tratar de matéria específica e


duram por prazo determinado: terminam com o fim da legislatura, quando
cumprida a finalidade ou quando expirado seu prazo de duração. Exemplo:
Comissão Mista Representativa do CN e Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI). Estudaremos essas duas últimas comissões daqui em diante.

Esquematizando:

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3.3. Comissões Parlamentares
 Para otimizar/facilitar o andamento dos trabalhos legislativos
 São órgãos colegiados compostos por número restrito de membros
 São especializadas em temas específicos
 Assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
 OBS: Nas Mesas Diretoras também.
 Atribuições das Comissões Parlamentares (CF 58, § 2o)
I. Discutir e votar PL quandoo Plenário for dispensado pelo Regimento Interno
- Salvo se houver recurso de 1/10 dos membros da Casa
II. Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III. Convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a
suas atribuições;
IV. Receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V. Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI. Apreciar e emitir parecer sobre programas de obras, planos nacionais, regionais e
setoriais de desenvolvimento.
- da CD, do SF ou Mistas
- Permanentes - Órgãos técnicos de caráter legislativo
- Duram enquanto estiverem no Regimento Interno
- Funções - Legiferante: Discutir e votar PLs
Comissões - Fiscalizatória: acompanhar planos e programas
Parlamentares  do Executivo e fiscalização orçamentária
- Ex: Comissão de Defesa do Consumidor, Comissão de
Constituição e Justiça e Comissão de Direitos Humanos

- Temporárias - Matéria específica


- Terminam com o fim da legislatura,quando cumprida a
finalidade ou quando expirado seu prazo de duração
- Ex: Comissão Mista Representativa do CN e CPI

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3.3.1 Comissões Mistas Representativas do Congresso Nacional

Durante o recesso parlamentar, fica funcionando uma comissão para


representar o Congresso Nacional e preservar suas competências. Essa
comissão não possui poder legislativo, ou seja, não pode fazer leis enquanto o
Congresso está de recesso. Ela possui apenas as duas funções citadas e as
demais definidas no Regimento Comum.

As Comissões Mistas Representativas do CN são eleitas por suas Casas na


última sessão ordinária de cada período legislativo, sempre assegurada, tanto
quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.

Esquematizando:

3.3.1. Comissões - Durante o recesso parlamentar


Mistas Representativas - Não tem poder legislativo
do CN - Funções - preservar as competências do CN
-representar o CN
- demais funções: definidas no Regimento Comum
- Eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período
legislativo
-Assegurada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da
representação partidária
- art. 58, § 4º

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3.3.2 Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs)

As Comissões Parlamentares de Inquérito são comissões temporárias e


podem ser constituídas pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal ou
pelo Congresso Nacional, neste caso, será uma comissão mista de deputados e
senadores.

A finalidade das CPIs é uma só: investigar fato determinado de interesse


público. Assim, a CPI desempenha uma das funções típicas do Poder
Legislativo: a função fiscalizatória. Dessa forma, as CPIs não possuem
função legislativa e são criadas para que o próprio Poder Legislativo
investigue algum fato (que poderia ser, por exemplo, investigado pela polícia
ou pelo Ministério Público).

São três os requisitos de criação das CPIs:

1. Requerimento de 1/3 dos membros da Casa

Justamente porque não se precisa da maioria de votos, esse instrumento


também protege as minorias, que necessitam de apenas 1/3 dos votos
para a criação da CPI.

2. O objeto deve ser a apuração de fato determinado. Dessa forma, não


pode haver uma CPI para apurar fatos indeterminados, como a
“corrupção no Brasil”.A CPI pode apurar vários fatos, desde que sejam
determinados.

Outra observação: suponha que, durante as investigações, sejam


descobertos fatos novos e conexos com o objeto da CPI. A comissão
poderá sim investigar esses novos fatos, basta incluir (aditar) no pedido
inicial da CPI.

3. Por fim, sendo ela um órgão temporário, a CPI deve possuir período
determinado de duração. Esse prazo pode ser prorrogado sucessivas
vezes, desde que dentro da mesma legislatura.

O Supremo Tribunal Federal entende que o modelo federal é norma de


reprodução obrigatória e deve ser seguido pelas CPIs estaduais, que não
podem criar outros requisitos que não estes (ADI 3.619/SP).

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Além disso, entende também o Tribunal Maior que as Casas podem fixar um
número máximo de CPIs simultâneas. A Câmara dos Deputados, por
exemplo, fixou em seu Regimento Interno que o número máximo de CPIs que
podem ser criadas simultaneamente é cinco, salvo mediante projeto de
Resolução. Perceba que as CPIs são comissões que demandam muito tempo e
trabalho dos parlamentares, assim, caso fossem criadas muitas comissões ao
mesmo tempo, os trabalhos legislativos poderiam ser comprometidos. Eis a
razão da vedação, que ainda evita que os parlamentares abram CPIs para
investigar fatos de menor importância.

As Comissões Parlamentares de Inquérito são órgãos independentes, podendo


existir CPI apurando o mesmo fato em mais de uma Casa do Congresso
Nacional ou apurando fato já investigado pela polícia ou pelo Ministério Público.

Por fim, o STF já decidiu que o Plenário não poderá obstar a criação de CPI,
que é um dos principais instrumentos de fiscalização da minoria (MS 26441).

Poderes de investigação

A Constituição Federal estabelece que as Comissões Parlamentares de


Inquérito possuem poderes investigativos próprios dasautoridades
JUDICIAIS. No entanto, os poderes das CPIs não são exatamente os mesmos
poderes dos juízes: existem competências que somente os membros do
Judiciário possuem (cláusula da reserva da jurisdição), como determinar
medidas cautelares ou interceptação telefônica (escuta telefônica).

Adicionalmente, as Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem


função jurisdicional ou legiferante. Assim, elas não processam, não julgam
e não aplicam penalidades a ninguém e, muito menos, podem fazer leis.

Observe esse vídeo que fala sobre os poderes da CPI. Ele possui menos de um
minuto. http://youtu.be/iPHzoK_9J9I

Em respeito ao pacto federativo, as CPIs federais (da CD, SF ou CN) não


podem apurar fatos ligados estritamente à competência dos estados,
DF ou municípios. Sendo que, para isso, devem ser criadas CPIs estaduais,
distritais ou municipais.

As referidas comissões possuem caráter inquisitório, ou seja, não existe


contraditório e ampla defesa em procedimento feito por CPI. Explicando
melhor: assim como os inquéritos policiais, as CPIs são procedimentos

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investigatórios que ainda não são uma acusação formal.Justamente por ser um
procedimento anterior à acusação, ela não precisa oferecer o contraditório e a
ampla defesa, sendo denominado procedimento inquisitório. Posteriormente,
caso a acusação seja formalizada pelo Ministério Público ou órgão competente,
aí sim serão oferecidos o contraditório e a ampla defesa aos (agora sim)
“acusados”.

Como veremos à frente, as CPIs podem ter acesso a vários documentos e


dados sigilosos, mas não podem dar publicidade indevida a eles sob pena de
responsabilidade (MS 23.452/RJ).

Por fim, o Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer
excessos ou abusos sendo que a competência originária para julgar Mandado
de Segurança e Habeas Corpus contra ato de CPI federal é o STF.
Competência originária significa que o processo “nasce” no Supremo Tribunal
Federal.

Esquematizando:

 Poderes de investigação:
o Possuem poderes investigativos próprios das autoridades JUDICIAIS
o Não são exatamente os mesmos poderes dos juízes: existem poderes que
somente os juízes possuem.
 Ex: determinar medidas cautelares ou interceptação telefônica.
o Não têm função jurisdicional ou legiferante
o As CPIs federais (da CD, SF ou CN) não podem apurar fatos ligados
estritamente à competência dos estados, DF ou municípios (respeito ao pacto
federativo)
o CPI tem caráter INQUISITÓRIO: não existe contraditório e ampla defesa em
CPI
o As CPIs podem ter acesso a vários documentos e dados sigilosos, mas não
podem dar publicidade indevida a eles sob pena de responsabilidade
(MS 23.452/RJ)
o O Poder Judiciário pode controlar os atos da CPI quando esta cometer excessos
 Competência originária para julgar MS e HC contra ato de CPI federal: STF

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Poderes da CPI

Como a Constituição não delimitou os poderes das CPIs, coube ao Poder


Judiciário abalizar o que ela pode ou não fazer, a partir de cada caso concreto.
Assim, observe o que a CPI PODE FAZER:

 A CPI pode determinar exames, perícias e diligências.

 A CPI pode determinar a busca e apreensão de documentos, desde


que não viole domicílio, uma vez que a busca e apreensão domiciliar é
exclusiva do Poder Judiciário (CF art. 5º, XI).

 A CPI pode determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e


telefônico (registros).

Atenção! Sigilo de “dados telefônicos” se refere aos registros (ex: conta


de telefone), enquanto a “interceptação” é o grampo / escuta telefônica.
Dessa forma, a CPI NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO
telefônica (escuta/grampo), mas pode determinar a quebra do sigilo
dos dados telefônicos.

Observe que as CPIs estaduais também podem quebrar o sigilo


bancário (ACO 730/RJ).

 A CPI pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares)


na condição de investigado ou de testemunha. Observe que as pessoas
são ouvidas na condição de “investigados” e não de “acusados”. Assim,
como não há acusação formal, não há o direito ao contraditório e ampla
defesa nos procedimentos das CPIs.

Importante ressaltar que a convocação deve seguir as regras do


processo penal: deve ser feita pessoalmente – não pode ser por correio
ou telefone (HC 71.421).

 A CPI pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e


sob pena de condução coercitiva. Em rapidíssimas palavras: a
condução coercitiva ocorre quando alguém deveria comparecer a um
julgamento e, injustificadamente, não vai. Assim, o Juiz (ou, no caso, a
CPI) emite ordem para que a pessoa seja levada para depor, mesmo
contra sua vontade (condução coercitiva).

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Assim, a CPI pode usar, inclusive, a Polícia Judiciária para localizar e
trazer testemunhas que estão em local incerto ou se recusam a
comparecer.

Observe que o poder de condução coercitiva não alcança o


convocado na condição de investigado, em respeito ao princípio da
não autoincriminação (HC 83.703/SP).

 A CPI, em regra, somente investiga fatos de interesse público. No


entanto, pode investigar fatos relacionados com negócios
particulares caso haja interesse público.

 A CPI pode ouvir ÍNDIO, desde que seja dentro da aldeia e acompanhado
de membro da Funai e Antropólogo (HC 80.240/RR).

IMPORTANTE: Todas as medidas que impliquem em restrição de direito


(ex: quebra de sigilo) somente são válidas se forem (MS 25.966):

o Pertinentes;
o Indispensáveis à investigação;
o Fundamentadas / motivadas;
o Tiverem um lapso temporal definido;
o Forem aprovadospela maioria absoluta dos membros da CPI.

Esquematizando:

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 Pode - Exames, perícias e diligências.
Determinar - Busca e apreensão de documentos (Desde que não viole
domicílio)
 A busca e apreensão domiciliar é exclusiva do Poder
Judiciário
- Quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico (registros)
 NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO
telefônica (escuta/grampo)
 CPIs estaduais podem quebrar o sigilo bancário
(ACO 730/RJ)
 Pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) na condição
de investigado ou de testemunha
 A convocação deve seguir as regras do processo penal: deve ser feita
pessoalmente – não pode ser por correio ou telefone (HC 71.421)

CPI PODE   Pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e sob pena de
condução coercitiva
 Pode usar a Polícia Judiciária para localizar e trazer testemunhas que
estão em local incerto ou se recusam a comparecer
 O poder de condução coercitiva não alcança o convocado na condição
de investigado, em respeito ao princípio da não autoincriminação (HC
83.703/SP)
 Pode investigar fatos relacionados com negócios particulares se houver
interesse público
 Pode ouvir ÍNDIO:
 Desde que seja dentro da aldeia
 Acompanhado de membro da Funai e Antropólogo
 HC 80.240/RR

 Todas as medidas que impliquem em restrição de direito (ex: quebra de


sigilo) somente são válidas se forem - Pertinentes
- Indispensáveis à investigação
- Fundamentadas / motivadas
- Lapso temporal definido
- Aprovado pela MA dos membros
- MS 25.966

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Vedações à CPI

Como dito, apesar das CPIs possuírem poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, pela cláusula de reserva de jurisdição, ficam vedadas
algumas atribuições às CPIs, sendo reservadas unicamente ao Poder Judiciário.
Dessa forma, UMA CPI NÃO PODE:

 Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém.


Podem apenas investigar e chegar a conclusões, quesão encaminhadas
ao Ministério Público ou à autoridade competente para que este sim
promova as medidas cabíveis. A referida autoridade tem 30dias para
tomar providências pertinentes e o procedimento derivado da CPI tem
prioridade sobre qualquer outro salvo Habeas Corpus,Habeas Data e
Mandado de Segurança.

 Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo.

 Não pode determinar busca e apreensão DOMICILIAR de


documentos. Lembre-se de que as CPIs podem determinar a busca e
apreensão de documentos, desde que não viole domicílio.

 Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito. As


Comissões Parlamentares de Inquérito não possuem poder para emitir
ordem de prisão. O que elas podem fazer é prender alguém em flagrante
delito, mais comumente, por falso testemunho. No entanto, essa
prerrogativa é dada a qualquer um do povo e não apenas às comissões.

 Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de


justiça).

 Não pode determinar interceptação telefônica (escuta). Lembre-se


de que a CPI pode sim determinar a quebra de sigilo fiscal, bancário e de
dados telefônicos (ex: conta de telefone). O que ela não pode é
determinar a escuta/grampo.

 Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados


entre particulares. Lembre-se de que a CPI somente pode investigar
fatos de interesse público. Assim, em regra, não investiga fatos e
negócios particulares. Como visto, excepcionalmente e se houver
interesse público, isso pode sim ser feito pela CPI.

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 Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto,
decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se
ausentar do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil.
Essas atribuições são privativas do Poder Judiciário.

 Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação


jurisdicional. As Comissões Parlamentares de Inquérito não podem
investigar atos de conteúdo jurisdicional, uma vez que o Supremo
entende que issofere a separação dos poderes. Assim, magistrados não
podem ser convocados à CPI para prestar informações sobre sua
atividade de jurisdição (enquanto julgador). No entanto, eles podem sim
ser chamados para falar sobre sua atuação como administrador
público.

 CPI federal não pode investigar fatos de competência dos Estados


e Municípios. As matérias de interesse exclusivo dos estados e
municípios devem ser investigadas por CPIs estaduais ou municipais, sob
pena de se ferir a autonomia dos entes federativos.

Esquematizando:

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 Não pode processar, julgar ou aplicar penalidades a ninguém. Apenas
investigar e chegar a conclusões.
 Conclusões são encaminhadas ao MP ou autoridade competente.
 30d para tomar providências
 Procedimento tem prioridade sobre qualquer outro salvo HC, HD e MS.
 Não pode determinar anulação de atos do Poder Executivo
 Não pode determinar busca e apreensãoDOMICILIAR de documentos
 Pode determinar busca e apreensão de documentos, desde que não
viole domicílio
 Não pode expedir ordem de prisão, salvo em flagrante delito
 Não pode determinar a quebra de sigilo judicial (segredo de justiça)
CPI  Não pode determinar interceptação telefônica (escuta)
NÃO PODE 
 Obs: quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados telefônicos PODE
 Não pode investigar fatos relacionados com negócios realizados entre
particulares
 Exceção: se houver interesse público - PODE
 Não pode determinar medidas cautelares, como sequestro, arresto,
decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca, proibição de se ausentar
do país ou comarca ou qualquer outra medida penal ou civil
 Não pode chamar magistrado para falar sobre sua prestação jurisdicional
 Fere a separação dos poderes
 Mas pode chamar para falar sobre sua atuação como administrador
público
 Não pode investigar fatos de competência dos Estados e Municípios
 Tem que ser por CPI Estadual ou municipal
 Senão fere a autonomia dos entes federativos

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Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPI

Como visto, as Comissões Parlamentares de Inquérito possuem o direito de


ouvir cidadãos ou autoridades, sob a condição de testemunhas ou
investigados. No entanto, os direitos dessas pessoas devem sempre ser
observados. Assim, as perguntas feitas pela CPI devem ter pertinência com o
fato para o qual a mesma foi criada.Além disso, tanto testemunha quanto
investigado têm direito de serem assistidos por um advogado em todas as
fases do procedimento da CPI.

Existem também algumas pessoas que devem manter sigilo em razão da


função, ministério ou profissão. Como exemplo: médicos, advogados,
padres etc. Essas pessoas podem ficar silentes diante de algumas perguntas
realizadas pela CPI, mas devem sempre comparecer à mesma.

Outra garantia constitucional relevante e que deve sempre ser respeitada é o


direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar
silentes, caso, a seu critério ou de seu advogado, as respostas lhe incriminem
(direito a não autoincriminação).

Por fim, cabe indenização por danos morais ou materiais se o interrogado for
injustamente atingido em sua honra ou imagem (HC 94.082).

Esquematizando:

o Testemunhas, investigados e direito ao silêncio em CPI


 Perguntas têm que ter pertinência com o fato para o qual foi criada a CPI
 Direito ao advogado: tanto testemunha quanto investigado têm direito de
ser assistido por um advogado
 Sigilo em razão da função, ministério ou profissão: pode ficar silente, mas
tem que comparecer à CPI
 Direito ao silêncio: tanto investigado quanto testemunha podem ficar
silentes, caso, a seu critério, as respostas lhe incriminem (direito a não
autoincriminação)
 Honra / imagem: cabe indenização por danos morais ou materiais se o
interrogado for injustamente atingido em sua honra ou
imagem(HC 94.082)

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3.4 Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado

A Constituição prevê que a Câmara dos Deputados, o Senado Federal ou


qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência
da República para prestarem informações:
 Pessoalmente
 Sobre assunto predeterminado
 Ausência injustificada implica em crime de Responsabilidade
Além disso, os Ministros de Estado,por sua iniciativa própria,podem ir ao
Senado Federal, Câmara dos Deputados ou Comissões para expor assunto de
relevância para seu Ministério, devendo ser acordado com a respectiva Mesa.
Observe que, neste ponto, a Constituição fala apenas dos Ministros de Estado e
não fala sobre os titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência
da República.

Por fim, as Mesas da Câmara dos Deputados edo Senado Federal poderão
encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da
República, que terão o prazo de 30 dias para responder. Além disso, será
crime de responsabilidade caso as autoridades acima não respondam,
respondam fora do prazo ou prestem informações falsas.
Esquematizando:
3.4. Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado
I – CD, SF, ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou
quaisquertitulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República paraprestarem
informações - Pessoalmente
- Sobre assunto predeterminado
- Ausência injustificada: Crime de Responsabilidade
II – Os Ministros de Estado (titulares de órgãos não) podem ir ao SF, CD ou Comissões para expor
assunto de relevância para seu Ministério - Por sua iniciativa
- Acordado com a respectiva Mesa
II – Mesas CD, SF poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
o Prazo para responder: 30d
o Crime de Responsabilidade - Não responder
- Responder fora do prazo
- Prestar informações falsas

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EXERCÍCIOS

27. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico) As comissões parlamentares de


inquérito regularmente criadas possuem poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais e policiais.

O termo “policiais” torna o item errado. O correto é: As comissões


parlamentares de inquérito regularmente criadas possuem poderes de
investigação próprios das autoridades judiciais.

Gabarito: Errado.

28. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) As CPIs podem ser criadas para a
apuração de fato determinado, ainda que sobre esses mesmos fatos já tenham
sido instaurados inquéritos policiais ou processos judiciais.

O Supremo Tribunal Federal já decidiu que as Comissões


Parlamentares de Inquérito são órgãos independentes, podendo existir
CPI apurando o mesmo fato em mais de uma Casa do Congresso
Nacional ou apurando fato já investigado pela polícia ou pelo
Ministério Público.

Gabarito: Certo.

29. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Segundo o Supremo Tribunal


Federal (STF), a comissão parlamentar de inquérito cuja criação haja sido
regularmente aprovada no âmbito do Poder Legislativo, a partir de
requerimento da minoria, não pode ter a sua instalação embaraçada pela falta
de indicação de membros pelos líderes partidários.

O item está de acordo com decisão do STF, que diz que o Plenário não
poderá obstar a criação de CPI, que é um dos principais instrumentos
de fiscalização da minoria (MS 26441).

Gabarito: Certo.

30. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) As comissões parlamentares


de inquérito são criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, devendo suas conclusões, se for o caso, ser encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

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Isso aí! As CPIs podem ser da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal ou mistas. Além disso, elas devem investigar fato certo e
determinado e devem possuir prazo certo, pois são comissões
temporárias. Além disso, a CPI não pune ou não julga ninguém. Ela
apenas investiga e encaminha as conclusões para o órgão competente.

Gabarito: Certo.

31. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção) Ofenderá a CF a decisão do plenário da Câmara dos Deputados que,
com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão parlamentar
de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de
um terço dos membros da referida casa legislativa.

A afirmativa está em consonância com o artigo 58, parágrafo 3º, da CF


quando afirma que as comissões parlamentares de inquérito serão
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de
seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério
Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

O STF já decidiu que o Plenário não poderá obstar a criação de CPI,


que é um dos principais instrumentos de fiscalização da minoria
(MS 26441).

Gabarito: Certo.

32. (CESPE - 2014 - MPE-AC) Dada a cláusula de reserva jurisdicional, é vedada à


comissão parlamentar de inquérito criada no âmbito de assembleia legislativa a
determinação de quebra de sigilo bancário.

O que as CPIs não podem determinar é a interceptação telefônica,


podendo realizar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico. Além
disso, as CPIs estaduais também podem realizar tal quebra
(ACO 730/RJ).

Gabarito: Errado.

33. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) A CF


conferiu às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal o direito de
requerer informações aos ministros de Estado, mas não o conferiu a
parlamentares individualmente.
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Isso mesmo. Confira no art. 50, § 2º da CF. Vamos revisar os pedidos
de informações e convocação de ministros de estado.

3.5. Convocação e pedidos de informação a Ministros de Estado


I – CD, SF, ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações - Pessoalmente
- Sobre assunto predeterminado
- Ausência injustificada: Crime de Responsabilidade
II – Os Ministros de Estado (titulares de órgãos não) podem ir ao SF, CD ou Comissões para expor
assunto de relevância para seu Ministério - Por sua iniciativa
- Acordado com a respectiva Mesa
II – Mesas CD, SF poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
o Prazo para responder: 30d
o Crime de Responsabilidade - Não responder
- Responder fora do prazo
- Prestar informações falsas
Gabarito: Certo.

34. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As comissões parlamentares de inquérito têm


poderes próprios das autoridades judiciais, razão pela qual podem determinar
a indisponibilidade de bens da pessoa investigada.

A questão tem dois erros: as CPIs têm poderes investigativos próprios


das autoridades judiciais e não podem determinar medidas cautelares,
como a indisponibilidade de bens.

Gabarito: Errado.

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35. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) Criadas para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, as CPIs devem, por ocasião da redação de
seu relatório final, promover a responsabilidade civil ou criminal daqueles que
forem considerados comprovadamente infratores.

Lembre-se de que a CPI não julga e nem processa ninguém (não


promove a responsabilização). Ela simplesmente chega a conclusões e
as encaminha para as autoridades competentes, se for o caso (art. 58,
§3º).

Gabarito: Errado.

36. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) As CPIs só poderão ser
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados e
(ou) senadores.

O erro está no quórum. Para a instauração de uma CPI, é necessária a


assinatura de 1/3 dos membros da respectiva Casa (art. 58, §3º).

Gabarito: Errado.

37. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) As CPIs só poderão ser
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados
e(ou) senadores.

O quórum correto é de 1/3 dos membros da Casa responsável


(art. 58, §3º).

Gabarito: Errado.

38. (CESPE - 2012 - TJ-RR – Analista) A CF conferiu às Mesas da Câmara dos


Deputados e do Senado Federal o direito de requerer informações aos
ministros de Estado; mas os parlamentares, individualmente, não dispõem
desse direito.

Existem três formas de interação do Congresso Nacional com os


Ministros de Estado. Veja que elas sempre envolvem órgãos colegiados
das Casas, nunca parlamentares individualmente. Isso vale um
esquema:

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I – CD, SF, ou qualquer de suas Comissões poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem
informações - Pessoalmente
- Sobre assunto predeterminado
- Ausência injustificada: Crime de Responsabilidade
II – Os Ministros de Estado (titulares de órgãos não) podem ir ao SF, CD ou Comissões para expor
assunto de relevância para seu Ministério - Por sua iniciativa
- Acordado com a respectiva Mesa
II – Mesas CD, SF poderão encaminhar pedidos escritos de informações aos Ministros de Estado ou
quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República
o Prazo para responder: 30d
o Crime de Responsabilidade - Não responder
- Responder fora do prazo
- Prestar informações falsas

Gabarito: Certo.

39. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) As comissões parlamentares de


inquérito podem pedir a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico e
determinar a busca e apreensão domiciliar com base nos poderes de
investigação que lhes foram conferidos pela CF.

A primeira parte está ok: a quebra dos sigilos (não é escuta


telefônica!) pode ser solicitada por CPI, devido aos seus poderes
investigativos. No entanto, a busca e apreensão domiciliar é uma
prerrogativa exclusiva das autoridades judiciais.

Gabarito: Errado.

40. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Embora a comissão parlamentar


de inquérito seja instituída por prazo certo, a prorrogação é admitida, se não
se ultrapassar a legislatura em que foi instalada.

Essa questão não está na Constituição Federal, mas sim na lei


específica das CPIs, a Lei 1.579/52. Segundo o art. 5º desta lei: “A
incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com a
sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da
respectiva Câmara, prorrogando-a dentro da Legislatura em curso”

Gabarito: Certo.

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41. (CESPE - 2012 - TJ-RR – Administrador) As comissões parlamentares de
inquérito não podem determinar a busca e a apreensão domiciliar de
investigado, visto que essas medidas sujeitam-se ao princípio constitucional da
reserva de jurisdição.

As CPIs possuem diversas prerrogativas das autoridades judiciais, no


entanto, algumas medidas permanecem reservadas ao Poder
Judiciário, como a interceptação telefônica, busca e apreensão
domiciliar e expedição de ordem de prisão (salvo em flagrante delito).

Gabarito: Certo.

42. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) Segundo posicionamento do STF, por


força do princípio da simetria, as CPIs estaduais têm poderes para quebrar
sigilo bancário de seus investigados, independentemente de ordem judicial.

Assim como as CPIs federais, por força do princípio da simetria, as


Comissões Parlamentares de Inquérito estaduais também podem
quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados telefônicos (ACO 730/RJ).
Lembre-se de que a CPI não pode determinar a interceptação das
comunicações telefônicas (escuta/grampo).

Gabarito: Certo.

43. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) O mandato dos membros das Mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal é de dois anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente,
regra, segundo o STF, de reprodução obrigatória para os estados- membros no
âmbito das respectivas assembleias legislativas.

Segundo o Supremo, essa regra não é de reprodução obrigatória nas


Constituições Estaduais, Lei Orgânica do Distrito Federal ou Leis
Orgânicas Municipais.

Gabarito: Errado.

44. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) A existência de procedimento penal


investigatório em trâmite no Poder Judiciário impede a realização de atividade
investigatória por CPI quando os objetos são correlatos, sob pena de ofensa ao
princípio da separação dos poderes.

As Comissões Parlamentares de Inquérito são órgãos independentes,


podendo existir CPI apurando o mesmo fato em mais de uma Casa do
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Congresso Nacional ou apurando fato já investigado pela polícia ou
pelo Ministério Público.

Gabarito: Errado.

45. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) O STF considera constitucional regra


estabelecida no âmbito da assembleia legislativa de estado que reconheça
como requisito para a instauração de CPI, além de um terço de assinaturas dos
membros, a aprovação do pedido pela maioria absoluta do plenário da
assembleia legislativa.

São três os requisitos de criação das CPIs:

1 - Requerimento de 1/3 dos membros da Casa

Justamente porque não se precisa da maioria de votos, esse


instrumento protege as minorias, que necessitam de apenas 1/3
dos votos para a criação da CPI.

2 - O objeto deve ser a apuração de fato determinado. Dessa


forma, não pode haver uma CPI para apurar fatos
indeterminados, como a “corrupção no Brasil”. A CPI pode apurar
vários fatos, desde que sejam determinados.

Outra observação: suponha que, durante as investigações, sejam


descobertos fatos novos e conexos com o objeto da CPI. A
comissão poderá sim investigar esses novos fatos também, basta
incluir (aditar) no pedido inicial da CPI.

3 - Por fim, sendo ela um órgão temporário, a CPI deve possuir


período determinado de duração. Esse prazo pode ser prorrogado
sucessivas vezes, desde que dentro da mesma legislatura.

O Supremo Tribunal Federal entende que o modelo federal é norma de


reprodução obrigatória e deve ser seguido pelas CPIs estaduais, que
não podem criar outros requisitos que não estes (ADI 3.619/SP).

Gabarito: Errado.

46. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Diferentemente das mesas do


Senado Federal e da Câmara dos Deputados, a mesa do Congresso Nacional
será presidida, alternadamente, pelo presidente do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados, com mandato de dois anos.

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Conforme art. 57: “§ 5º - A Mesa do Congresso Nacional será presidida
pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.”

Gabarito: Errado.

47. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal devem obediência ao princípio federativo,
razão pela qual não podem investigar questões relacionadas à gestão da coisa
pública estadual, distrital ou municipal.

As CPIs federais devem investigar os assuntos afetos à área federal e


não podem averiguar fatos de interesse exclusivo dos outros entes
federados sob pena de ferir o pacto federativo. Se a investigação for
de um ato relacionado a algum estado, ela deve ser feita por uma CPI
estadual. O mesmo ocorre para as CPIs municipais.

Gabarito: Certo.

48. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal podem anular atos do Poder Executivo
quando, no resultado das investigações, ficar evidente a ilegalidade do ato.

Não cabe à Comissão Parlamentar de Inquérito a determinação de


anulação de atos do Poder Executivo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Gabarito: Errado.

49. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal não podem determinar a quebra do sigilo
bancário ou dos registros telefônicos da pessoa que esteja sendo investigada,
dada a submissão de tais condutas à cláusula de reserva de jurisdição.

As CPIs podem sim determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal e de


dados telefônicos. Lembre-se que ela não pode determinar a
interceptação telefônica (escuta/grampo). Vamos recordar:

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 Pode - Exames, perícias e diligências.
Determinar - Busca e apreensão de documentos (Desde que não viole
domicílio)
 A busca e apreensão domiciliar é exclusiva do Poder
Judiciário
- Quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico (registros)
 NÃO pode determinar INTERCEPTAÇÃO
telefônica (escuta/grampo)
 CPIs estaduais podem quebrar o sigilo bancário
(ACO 730/RJ)
 Pode convocar e interrogar pessoas (públicas ou particulares) na condição
de investigado ou de testemunha
 A convocação deve seguir as regras do processo penal: deve ser feita
pessoalmente – não pode ser por correio ou telefone (HC 71.421)

CPI PODE   Pode ouvir testemunhas sob juramento de dizer a verdade e sob pena de
condução coercitiva
 Pode usar a Polícia Judiciária para localizar e trazer testemunhas que
estão em local incerto ou se recusam a comparecer
 O poder de condução coercitiva não alcança o convocado na condição
de investigado, em respeito ao princípio da não autoincriminação (HC
83.703/SP)
 Pode investigar fatos relacionados com negócios particulares se houver
interesse público
 Pode ouvir ÍNDIO:
 Desde que seja dentro da aldeia
 Acompanhado de membro da Funai e Antropólogo
 HC 80.240/RR

 Todas as medidas que impliquem em restrição de direito (ex: quebra de


sigilo) somente são válidas se forem - Pertinentes
- Indispensáveis à investigação
- Fundamentadas / motivadas
- Lapso temporal definido
- Aprovado pela MA dos membros
- MS 25.966

Gabarito: Errado.

50. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) Na constituição das


mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e na montagem das
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comissões permanentes e temporárias, há de se assegurar, obrigatoriamente,
a representação proporcional, de modo que nenhum partido ou bloco
parlamentar deixe de ser contemplado.

A Constituição estabelece que: “art. 58, § 1º - Na constituição das


Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível (e não
obrigatoriamente), a representação proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.” Observe
que essa representação somente não será seguida quando for
matematicamente impossível.

Gabarito: Errado.

51. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal têm a missão constitucional de investigar
autoridades públicas e de promover a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

Segundo a própria CF88, as CPIs são criadas para apurar fato


determinado (art. 58, § 3º). Além disso, as referidas comissões não
podem promover a responsabilidade dos investigados, ou seja, não
podem aplicar penalidades a ninguém, sendo que suas conclusões, se
for o caso, devem ser encaminhadas ao Ministério Público ou órgão
competente, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

Gabarito: Errado.

52. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) A Câmara


dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão
convidar ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à presidência da República para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado, desde que seja
agendada a data e a hora com as referidas autoridades.

Observe o texto da CF: “Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado


Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão CONVOCAR Ministro
de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados
à Presidência da República para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado, importando
crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.”
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Gabarito: Errado.

53. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo posicionamento do


STF, não macula o princípio da separação dos poderes dispositivo previsto em
constituição estadual que contemple a possibilidade de a assembleia legislativa
convocar o presidente do tribunal de justiça para prestar, pessoalmente,
informações acerca de assunto previamente determinado, considerando crime
de responsabilidade a ausência injustificada, por estar em estrita consonância
com o denominado sistema de freios e contrapesos.

O artigo 50 da CF versa que “A Câmara dos Deputados e o Senado


Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à
Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações
sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.”

Assim, as autoridades que podem ser convocadas pelo poder


legislativo são: Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos
diretamente subordinados à Presidência da República. A CF não prevê
a convocação de membros do poder judiciário. Dessa forma, pelo
princípio da simetria, o legislativo estadual também não poderá
convocar os membros do judiciário.

Gabarito: Errado.

54. (CESPE/TRE-MA/2009) O Poder Legislativo, no exercício de sua função


fiscalizadora, pode constituir comissões parlamentares de inquérito, as quais
têm poder para quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados e determinar a
indisponibilidade de bens da pessoa investigada.

As CPIs não podem determinar medidas cautelares, como sequestro,


arresto, decretação de indisponibilidade de bens, hipoteca ou qualquer
outra medida. Quanto à quebra dos sigilos bancário, fiscal e de dados,
a CPI pode sim fazê-la, desde que a medida seja pertinente,
indispensável às investigações, motivada, tenham um lapso temporal
definido e sejam aprovadas pela maioria absoluta dos membros da
CPI.

Gabarito: Errado.

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55. (CESPE/ANAC/2009) Ofende o princípio constitucional da separação e da
independência dos poderes a intimação de magistrado para prestar
esclarecimentos perante comissão parlamentar de inquérito acerca dos atos de
natureza jurisdicional por ele praticados.
As CPIs não podem convocar magistrado para prestar esclarecimentos
acerca dos atos de natureza jurisdicional por ele praticados. No
entanto, o magistrado pode sim ser chamado para prestar
esclarecimentos acerca de sua conduta enquanto administrador
público.
Gabarito: Certo.
56. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) As comissões parlamentares de inquérito
possuem as mesmas prerrogativas e ônus que as demais autoridades
judiciárias, não se opondo a elas o sigilo imposto a processo sujeito a segredo
de justiça, razão pela qual poderão ter acesso a informações contidas nesses
processos judiciais, desde que assim seja decidido por meio de decisão
devidamente fundamentada.
As CPIs possuem os PODERES INVESTIGATIVOS próprios do poder
judiciário e somente isso. Elas não possuem as prerrogativas e ônus
das demais autoridades judiciárias. Além disso, as CPIs também não
podem quebrar o segredo de justiça.
Gabarito: Errado.
57. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O Congresso Nacional e suas casas terão
comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua
criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competência, discutir e
votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa.
As comissões podem ser permanentes ou temporárias. Além disso,
segundo o art. 58, § 2º, I: “às comissões, em razão da matéria de sua
competência, cabe discutir e votar projeto de lei que dispensar, na
forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver
recurso de um décimo dos membros da Casa”. Essa delegação de
competência do Plenário para as comissões se chama delegação
interna corporis. Assim, uma lei pode ser aprovada sem sequer ter
passado pelo plenário de qualquer das Casas do Congresso Nacional.
Gabarito: Certo.

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IV. DAS REUNIÕES

Meu caro aluno e futuro Analista do TRE/PE, neste ponto, aprenderemos


alguns conceitos bastante importantes para a sua prova de Direito
Constitucional. São eles: Sessão Legislativa Ordinária (SLO), Sessão
Legislativa Extraordinária (SLE), Sessão Conjunta e Sessão Preparatória.

4.1 Sessão Legislativa Ordinária (SLO)

O artigo 57 da CF estabelece que o Congresso Nacional reunir-se-á,


anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de
agosto a 22 de dezembro.Assim, essa é a Sessão Legislativa Ordinária: o
período onde o Congresso Nacional se reúne normalmente para exercer suas
atividades, que vai de 2 de fevereiro a 22 de dezembro.

Dessa forma, percebe-se que a SLO possui dois períodos:

 1º período da SLO: de 2 de fevereiro a 17 de julho


 2º período da SLO: de 1º de agosto a 22 de dezembro

O recesso parlamentar será então de dezoito a trinta e um de julho e de vinte


e três de dezembro a primeiro de fevereiro. Lembre-se que, durante o recesso
parlamentar, haverá uma Comissão Mista Representativa do Congresso
Nacional.

Lembre-se também do conceito de legislatura, estudado anteriormente: o


período de quatro anos após o qual a composição das Casas se renova. Ao
fim de cada legislatura, ocorrem as eleições populares para a seguinte. Assim,
cada legislatura possui quatro sessões legislativas ordinárias.

Podemos perceber então que, enquanto a legislatura está ligada à renovação


da composição da Casa, ao fim da qual, são eleitos novos deputados e
senadores (estes últimos renovados alternadamente entre 1/3 e 2/3), a
Sessão Legislativa Ordinária está ligada ao período de trabalho das Casas
Legislativas.

Uma observação bastante importante é que a Sessão Legislativa não será


interrompida antes de aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO). Explicando melhor: a LDO é uma lei que orienta a elaboração e
execução do orçamento anual e trata de vários outros temas, como alterações

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tributárias, gastos com pessoal, política fiscal e transferências da União. A
Constituição estabelece que ela deve ser aprovada até o final do 1º período da
sessão legislativa, ou seja, 17 de julho. Caso essa lei não seja aprovada até a
data mencionada, o Congresso Nacional não poderá entrar em recesso,
devendo funcionar até a sua aprovação.

Esquematizando:

4. Das Reuniões - Sessão Legislativa Ordinária (SLO)


- Sessão Legislativa Extraordinária (SLE)
- Sessão Conjunta
- Sessão Preparatória

4.1. Sessão Legislativa Ordinária (SLO) 2/fev a 17/jul Períodos


1/ago a 22/dez Legislativos

 Recesso parlamentar - 18 a 31/jul


- 23/dez a 01/fev
- Durante o recesso parlamentar, haverá uma
ComissãoRepresentativa do CN
 Legislatura - É composta de 4 sessões legislativas ordinárias
- Ligada à mudança de composição

 SLO - Composta de 2 períodos legislativos


- Ligada ao período de trabalho das Casas Legislativas
 A Sessão Legislativa não será interrompida antes de aprovada a LDO
o Se entrar até dia 01/ago fica sem recesso
o Ou seja: LDO tem que ser aprovada até o fim do 1o Período da SLO

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4.2 Sessão Legislativa Extraordinária – SLE

A Sessão Legislativa Extraordinária ocorre quando o Congresso Nacional legisla


em período diferente da SLO, ou seja, durante o recesso parlamentar.

A Constituição veda o pagamento de parcela indenizatória durante a


convocação extraordinária, dessa forma, os parlamentares não podem mais
receber nenhum pagamento por terem sido convocados extraordinariamente.

O Congresso Nacional pode ser convocado extraordinariamente por diferentes


pessoas e diferentes motivos. São eles:

1. Em caso de urgência ou interesse público relevante, e dependendo da


aprovação da maioria absoluta de ambas as Casas do Congresso
Nacional:

o Presidente da Câmara +Presidente do Senado


o Presidente da República
o Maioria (não é maioria absoluta) dos membros de ambas as Casas

2. Já o Presidente do Senado Federal, além da hipótese anterior, poderá


convocar extraordinariamente o Congresso Nacional,sem a
necessidade da aprovação da maioria absoluta, nos seguintes
casos:

o Decretação de Estado de Defesa ou Intervenção Federal;


o Pedido de autorização para decretação de Estado de Sítio;
o Compromisso e posse do Presidente da República e doVice-
Presidente da República.

Por fim, durante a convocação extraordinária, o Congresso Nacional somente


pode deliberar sobre dois temas: primeiro, obviamente, a matéria para o qual
foi convocado. Segundo, sobre as medidas provisórias, que serão
automaticamente incluídas na pauta da convocação extraordinária.

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4.3 Reuniões em Sessão Conjunta

Via de regra, as Casas do Congresso Nacional atuam separadamente e de


forma independente. Existe também um tipo de sessão onde as duas Casas
(Câmara e Senado) se reúnem ao mesmo tempo: a sessão conjunta. Note
que a sessão conjunta é bicameral, ou seja, apesar de as duas Casas estarem
reunidas ao mesmo tempo, os votos de cada uma delas são contados
separadamente. Assim, a Câmara dos Deputados atua enquanto Câmara e o
Senado Federal atua enquanto Senado.

A Constituição Federal prevê que as sessões conjuntas ocorrerão para:

I - Inaugurar a sessão legislativa;

II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços


comuns às duas Casas;

III - Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da


República;

IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar.

V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)

VI – Outros casos previstos na CF

Sessão conjunta e sessão unicameral

Além da sessão conjunta, existiuoutro tipo de sessão chamada sessão


unicameral. Nós vimos que, na sessão conjunta, as Casas atuam ao mesmo
tempo, mas as deliberações são em separado, ou seja, a Câmara atua
enquanto Câmara e o Senado atua enquanto Senado.

Já na sessão unicameral, todos os votos são contados juntos como se fosse


uma única Casa, sem distinção entre deputados e senadores.

Exemplificando: na sessão conjunta, as casas atuam ao mesmo tempo, mas os


votos dos senadores contarão apenas para o Senado, enquanto os votos dos
deputados contarão apenas para a Câmara dos Deputados. Na sessão
unicameral, é como se juntassem os 81 senadores com os 513 deputados e
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tivéssemos uma só Casa com 594 parlamentares. Perceberam a diferença? As
duas sessões são completamente diferentes!

Finalmente, a única hipótese do Congresso Nacional se reunir em sessão


unicameral está prevista no artigo 3º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) e se refere a um procedimento de modificação especial da
Constituição chamado revisão constitucional. Importantíssimo saber que
esse tipo de modificação da Constituição não pode mais ser feito, portanto, o
Congresso Nacional não pode mais se reunir em sessão unicameral.

Mas Roberto, para que então eu estudo a sessão unicameral e a revisão


constitucional, se elas não podem mais acontecer (já estão exauridas)?
Resposta: porque pode cair na sua prova!

4.4 Sessões Preparatórias

Por fim, a CF88 estabelece que no primeiro ano de cada legislatura, o


Congresso Nacional reunir-se-á em sessões preparatórias a partir do dia
1º de fevereiro, para a posse de seus membros e eleição das respectivas
Mesas.

Esquematizando:

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4.2. Sessão Legislativa Extraordinária – SLE (convocação extraordinária)
 Vedado pagamento de parcela indenizatória em razão de convocação extraordinária

 Pode ser •PCD+PSF - Em caso de urgência ou


feita pelo •Presidente da República interesse público relevante
•Maioria (não é MA) dos - Depende da aprovação da
MA de ambas as Casas
membrosdeambas as Casas

•Presidente do Senado - Decretação de Estado de Defesa


ou Intervenção Federal
- Pedido de decretação de Estado de Sítio
- Compromisso e posse do PR e VP
- Nesses casos, NÃO depende de
aprovação da MA de ambas as Casas

 Na SLE, o CN somente - Matéria para o qual foi convocado


delibera sobre - MPs – que serão automaticamente incluídas na pauta

4.3. Reuniões em Sessão Conjunta


 Em regra, cada Casa atua separadamente
 Sessão Conjunta - As Casas atuam ao mesmo tempo (CD + SF)
- É BICAMERAL: os votos de cada Casa são contados separadamente
 Para I - Inaugurar a sessão legislativa;
II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às
duas Casas;
III - Receber o compromisso do PR e do VP;
IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar;
V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)
VI - Outros

 Sessão conjunta e unicameral


o São coisas diferentes
o Sessão conjunta: as Casas atuam ao mesmo tempo, mas as deliberações são em separado
o Sessão unicameral - Todos os votos são contados juntos como se fosse uma
única Casa, sem distinção entre deputados e senadores
- Ex: Revisão Constitucional

4.4. Sessões Preparatórias


 No primeiro ano de cada legislatura
 A partir de 01/Fev
 Para posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas

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EXERCÍCIOS

58. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O Congresso Nacional


reunir-se-á, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1.º de agosto
a 15 de dezembro. Contudo, quando caírem em sábados, domingos ou
feriados, as reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o
primeiro dia útil subsequente.

Todas as datas estão erradas! Questão de graça! Vamos revisar (art.


57):

 1º período da SLO: de 2 de fevereiro a 17 de julho

 2º período da SLO: de 1º de agosto a 22 de dezembro

A informação a respeito do sábado, domingo ou feriado, entretanto é


correta (art. 57, §1º).

Gabarito: Errado.

59. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) Em caso de urgência ou interesse público


relevante, a convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá decorrer
de requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, hipótese em que
será dispensada a aprovação do pedido de convocação pelos membros do
Congresso Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá
solicitado.

Conforme o artigo 57 da CF: “§ 6º A convocação extraordinária do


Congresso Nacional far-se-á: II - pelo Presidente da República, pelos
Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
requerimento da maioria dos membros (aqui é a maioria simples) de
ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante,
em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria
ABSOLUTA de cada uma das Casas do Congresso Nacional.”

Gabarito: Errado.

60. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) Além de outros casos
previstos na CF, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão, em
sessão conjunta, para a apreciação de veto presidencial a projeto de lei e
sobre ele deliberar.

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A apreciação do veto presidencial é uma das hipóteses de sessão
conjunta do Congresso Nacional. Vamos revisar as demais:

I - Inaugurar a sessão legislativa;

II - Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços


comuns às duas Casas;

III - Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da


República;

IV - Conhecer do veto e sobre ele deliberar.

V - Votação da Lei Orçamentária (art. 166)

VI – Outros casos previstos na CF

Gabarito: Certo.

61. (CESPE/TRE-MA/2009) Embora o Senado e a Câmara dos Deputados tenham


os seus respectivos presidentes, em caso de urgência ou interesse público
relevante, pode o vice-presidente da República, no exercício da Presidência da
República, fazer a convocação do Congresso Nacional para sessão legislativa
extraordinária.

O Vice-Presidente da República no exercício da presidência é, na


verdade, o Presidente da República. Além disso, o CN pode ser
convocado extraordinariamente pelo Presidente da República, pelos
Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de
urgência ou interesse público relevante. Lembre-se que, nesses casos,
deve haver a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do
Congresso Nacional.

Gabarito: Certo.

62. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Os membros do Congresso


Nacional não têm direito ao recebimento de parcela indenizatória em
decorrência de convocação extraordinária.

A CF veda expressamente o pagamento de parcela indenizatória aos


parlamentares em caso de convocação extraordinária, conforme art.
57 § 7º: “Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional

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somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado,
ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de
parcela indenizatória, em razão da convocação.”

Gabarito: Certo.

63. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Na sessão legislativa extraordinária, o


Congresso Nacional delibera, além da matéria para a qual foi convocado e das
medidas provisórias em vigor na data da convocação, a respeito dos projetos
de lei complementar em regime de urgência.

Em convocação extraordinária, o Congresso Nacional somente


deliberará sobre a matéria para o qual foi convocado e sobre Medidas
Provisórias, que serão automaticamente incluídas na pauta. Assim, a
parte final da assertiva a torna errada. Confira o art. 57, §§7º e 8º da
CF.

§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará


sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo,
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.

§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do


Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.

Gabarito: Errado.

64. (CESPE/TRE-MA/2009) Por ser o segundo na linha de sucessão do presidente


da República, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados fazer a
convocação de sessão legislativa extraordinária do Congresso Nacional para o
compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da República.

Somente o Presidente do Senado Federal pode fazer a convocação do


Congresso Nacional para o compromisso e posse do Presidente e Vice-
Presidente da República. Além disso, somente ele pode convocar o
Congresso em caso de decretação de estado de defesa ou de
intervenção federal e de pedido de autorização para a decretação de
estado de sítio.

O Congresso Nacional ainda pode ser convocado extraordinariamente


pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público

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relevante, em todas essas hipóteses, com a aprovação da maioria
absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

Gabarito: Errado.

65. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) A convocação


extraordinária do Congresso Nacional pode ser feita pelos presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal e pelo presidente da República,
nos casos taxativamente previstos na CF. Os membros de ambas as casas não
têm competência para propor esse tipo de convocação.

Um dos legitimados para realizar a convocação extraordinária do


Congresso Nacional em caso de urgência ou interesse público
relevante é a maioria dos membros de ambas as Casas. Observe o
texto constitucional:

“Art. 57, § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-


se-á: II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos
membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.”

Gabarito: Errado.

66. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Conforme a Constituição Federal, as


sessões legislativas do Congresso Nacional devem ocorrer entre 15 de
fevereiro e 30 de junho e entre 1.º de agosto e 15 de dezembro.

O primeiro período da sessão legislativa ordinária vai de 2 de fevereiro


a 17 de julho e o segundo período vai de 1º de agosto a 22 de
dezembro.

Gabarito: Errado.

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V. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS

Meus caros Analistas do TRE/PE, a Constituição Federal estabelece um regime


diferenciado aos membros do Poder Legislativo. Trata-se de uma série de
imunidades, incompatibilidades, impedimentos e outras garantias que são
aplicadas aos parlamentares, não como benefícios desmedidos ou privilégios,
mas sim como prerrogativas e vedações para que possam atuar com
independência, liberdade e sem a interferência dos demais poderes.

Todas as imunidades parlamentares acabam ao final do mandato e são


irrenunciáveis, pois decorrem da função parlamentar e não da vontade dos
mesmos. Assim, mesmo que um deputado ou senador diga que renuncia às
suas imunidades, isso não será possível.

Vale lembrar que as imunidades e vedações não se aplicam aos suplentes dos
parlamentares, enquanto permanecerem na condição de suplentes
(Inq. 2.639/SP). Obviamente, se ele estiver substituindo o titular, aplicar-se-
ão todas as prerrogativas e impedimentos ao mesmo.

Observe a estrutura da matéria que iremos estudar a seguir, para que você se
guie durante o estudo. Sempre que quiser, volte para este esquema e visualize
exatamente onde você está:

- Imunidades - Formais
- Materiais
- Foro privilegiado
5. Estatuto dos congressistas - Outras garantias - Sigilo de fonte
- Incorporação às Forças Armadas
- Imunidades durante Estado de Sítio
- Situações onde não há perda do mandato
-Incompatibilidades e impedimentos
- Hipóteses de perda de mandato

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5.1 IMUNIDADES PARLAMENTARES

Como dito anteriormente, a Constituição garante aos membros do Poder


Legislativo uma série de imunidades, que podem ser de dois tipos: materiais
ou formais.

a) Imunidades materiais, substantivas ou reais

As imunidades materiais garantem que os parlamentares são invioláveis por


suas palavras, opiniões ou votos proferidos em razão da função
parlamentar, no exercício e relacionados ao mandato.

A imunidade material é causa de excludente de crime e garante que o


parlamentar seja totalmente inviolável por suas palavras, opiniões ou votos.
Assim, os deputados e senadores podem, em razão da função parlamentar,
dizer o que quiserem, atacar quem quiserem e até mesmo ofender quem
quiserem, sem que isso seja considerado crime e sem que eles sofram
qualquer tipo de punição. A irresponsabilidade é geral, mesmo depois de
extinto o mandato, lembrando que elas não se estendem aos suplentes.

A liberdade de manifestação do pensamento e da opinião é um dos pilares para


um Poder Legislativo independente. Entretanto, as imunidades materiais
não alcançam manifestações de cunho político-eleitoral ou sem relação
com o exercício do mandato.

O STF entende que, se o parlamentar estiver dentro do recinto do Congresso


Nacional, suas manifestações sempre terão relação com o exercício do
mandato, existindo uma presunção absoluta de pertinência à atividade
parlamentar. Observe que isso não impede que o mesmoseja punido com base
no Regimento Interno da Casa (Pet. 3.686/DF).

Por fim, o jornalista que divulgar o depoimento do parlamentar na íntegra ou


em extrato fiel também não poderá ser responsabilizado por eventuais danos
causados pelas palavras do deputado ou senador.

Esquematizando:

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5.1. Imunidades Parlamentares - Material, Substantiva ou Real
- Formal, Processual ou Adjetiva

 Inviolabilidade - Civil, penal ou administrativa


- Por opiniões, palavras e votos proferidos em razão da função
parlamentar
- No exercício e relacionado ao mandato
 É causa de excludente de crime
Imunidade Material,
Substancial ou Real 

 Irresponsabilidade GERAL, mesmo depois de extinto o mandato


 Não se estendem aos suplentes.
 Não alcança manifestações - de cunho político-eleitoral
- sem relação com o exercício do mandato
 Se estiver dentro do CN: sempre terá relação com o exercício do mandato
o Presunção absoluta de pertinência à atividade parlamentar
o Pode ser punido apenas em razão do Regimento Interno da Casa
o Pet 3.686/DF
 Jornalista: Também não responde se divulgar na íntegra ou em extrato fiel

b) Imunidades formais, processuais ou adjetivas

As imunidades formais não afastam a ilicitude da conduta do parlamentar,


como a imunidade material o faz. Elas apenas garantem regras especiais
acerca da a) prisão dos membros do Congresso Nacional; e b) da possibilidade
de suspensão dos processos criminais contra os mesmos.

a) Em relação à prisão

Existem apenas duas hipóteses em que os parlamentares podem ser


presos:

1. Em caso de flagrante de crime inafiançável. Em rápidas


palavras, a prisão em flagrante é aquela que ocorre logo após o
crime acontecer. O crime ainda está “queimando” (flagrante). Já
o crime inafiançável, também em rápidas palavras, é aquele
onde não é cabível a fiança para que o acusado responda o
processo em liberdade.

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Ocorrendo essa hipótese tem-se o prazo de 24 horas para que
seja enviado o processo para a respectiva Casa deliberar sobre a
prisão em votação aberta e por maioria absoluta dos votos
(inf. STF 28/96). Nesse caso, a aprovação da Casa é condição
para a manutenção da prisão.

2. Em virtude de decisão judicial transitada em julgado.


Apesar de não constar expressamente na Constituição, o
Supremo entende que os parlamentares podem ser presos por
sentença judicial transitada em julgado, independentemente de
deliberação da Casa, como explicado no item anterior.

Por essa hipótese, o parlamentar pode ser preso, mesmo não


tendo perdido o mandato por decisão da Casa a que pertence,
nos termos do art. 55, § 2º. Explicando: a Constituição traz
algumas hipóteses de perda de mandato pelos parlamentares
(serão estudadas mais a frente) e uma delas é a condenação
criminal em sentença transitada em julgado. No entanto, o
deputado ou senador somente perderá o mandato se a Casa
assim o decidir. Isso quer dizer que, ainda que ele seja
condenado por sentença criminal transitada em julgado, pode
ser que ele não perca o mandato.

Exemplo: um senador é condenado, em sentença transitada em


julgado, a um ano de prisão no primeiro ano do seu mandato.
Caso o Senado tenha decidido pela manutenção do mesmo, o
senador pode ser preso e retornar ao cargo após ter cumprido a
pena.

A proteção em relação à prisão é válida para crimes praticados antes


ou depois da diplomação e protege o parlamentar desde a
expedição do diploma, portanto desde antes da posse. Explicando: a
diplomação é um ato do Tribunal Superior Eleitoral atestando que o
parlamentar foi eleito regularmente e ocorre antes da posse. Ela é a
solenidade em que é entregue ao candidato eleito o documento oficial
que reconhece a validade de sua eleição.Já a posse ocorre quando a
pessoaé investida do cargo de deputado ou senador.

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b) Em relação ao processo

As imunidades em relação ao processo configuram a possibilidade da


Câmara dos Deputados ou do Senado Federal suspenderem o andamento
dos processos criminais que estão correndo contra os seus membros.
Nesse caso, é importante saber se o crime foi praticado antes ou depois
da diplomação.

1. Crimes praticados ANTES da diplomação

Diferentemente da imunidade em relação à prisão, a imunidade


em relação ao processo somente é válida para crimes cometidos
APÓS a diplomação. Assim, não há imunidade processual
para crimes praticados antes da diplomação, podendo o
parlamentar ser normalmente processado e julgado pelo STF.
Observe que a respectiva Casa não pode sustar o
andamento do processo dos crimes anteriores à
diplomação.

2. Crimes praticados APÓS a diplomação

Nos crimes praticados APÓS a diplomação, pode-se processar


e julgar os parlamentares, sem a necessidade de
autorização da respectiva Casa.Ou seja, caso um membro do
Congresso Nacional cometa um crime, ele poderá ser processado
e julgado por esse crime. No entanto, o STF dará ciência à
respectiva Casa, que poderá suspender o processo,
obedecendo aos seguintes requisitos:

1. Iniciativa de partido político representado na Casa. A


Câmara e o Senado não podem suspender o processo de
ofício, devendo ser provocados por partido político neles
representado.

2. A votação deverá ser aberta e por quórum de maioria


absoluta.

3. Lembrando que só é possível a suspensão do processo


para os crimes cometidos após a diplomação.

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Prescrição: Caso haja a suspensão do processo, a
prescrição do crime também será suspensa enquanto
durar o mandato.

Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui um


certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um
crime. Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19
anos de idade e nunca foi processado por isso. Não pode o
Estado querer fazê-lo quando o sujeito tiver 99 anos de idade.
Existe um tempo (que, aliás, é bastante razoável) para que o
Estado possa processar e julgar o criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim


para estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo,
todas as providências necessárias ao cumprimento da lei.

Chegamos ao ponto principal do raciocínio: caso o processo


criminal contra o parlamentar seja suspenso pela Casa, não seria
razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma
vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma
impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Assim, o
prazo de prescrição fica suspenso enquanto o processo também
estiver suspenso.

Prazos: o prazo para que o partido político solicite a


sustação do processo é até a decisão final do STF.
Exemplo: suponha queum deputado federal cometa um crime e
o STF inicie desde já um processo criminal contra ele. O
Supremo deve comunicar à Câmara, mas lembre-se que ela não
pode agir de ofício. Assim, pode ocorrer de o partido solicitar a
suspensão do processo somente algum tempo depois de sua
abertura. Como dito, o prazo para tal é até a decisão final do
STF.

Por outro lado, uma vez solicitada a suspensão do processo pelo


partido político, a Casa tem 45 dias para julgá-lo, contados do
recebimento do pedido pela Mesa Diretora.

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Atenção: não confunda o prazo para a Casa julgar o pedido de
sustação do processo (45 dias) com prazo para que ela decida
sobre a prisão em flagrante de parlamentar (24 horas).

Concurso de agentes: quando um crime foi praticado por duas


ou mais pessoas em conjunto, dizemos que houve concurso de
agentes. Assim, o que ocorre caso um crime tenha sido cometido
por um membro do Poder Legislativo em conjunto com outra
pessoa que não tenha foro privilegiado?

Em regra, tanto o parlamentar quanto o outro réu (corréu) serão


julgados juntos no STF. O processo não é desmembrado. No
entanto, caso o processo seja suspenso pela Casa, aí sim ele
será desmembrado: o corréu sem foro privilegiado será julgado
pela justiça competente e somente o processo do parlamentar
ficará suspenso.

Esquematizando:

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 Não afasta a ilicitude da conduta (como a imunidade material o faz)

Em relação à prisão  - Proteção válida desde a expedição do diploma (anterior à posse)


Imunidade Formal, Processual ou Adjetiva 

- Válida para crimes praticados antes ou depois da diplomação


- Parlamentares não podem ser presos salvo:
1 - Flagrante de crime inafiançável
o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão
o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)
o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado


o Não depende de deliberação da Casa
o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da
Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º
Em relação ao Processo 

1) Crimes praticados ANTES da diplomação:NÃO HÁ IMUNIDADE


PROCESSUAL. O parlamentar será processado normalmente (pelo STF)
o A CASA NÃO PODE SUSTAR O PROCESSO para crimes
praticados antes da diplomação.
2) Crimes praticados APÓS a diplomação:
o Pode-se processar e julgar o parlamentar federal – não precisa de
autorização da Casa para tal
o O STF dá ciência à respectiva Casa
o A Casa pode - Iniciativa de partido político representado na Casa
SUSPENDER • A Casa não pode suspender o processo de ofício.
o processo • Deve ser provocada pelo part. pol. com rep. na Casa
- Votação abertae quórum de MA
- Só para crimes após a diplomação
o Se suspender o processo – suspende também a prescrição enquanto durar o
mandato: Com o fim do mandato, as imunidades acabam e o exparlamentar
poderá ser processado normalmente
o Prazo - Para que o processo seja suspenso -até a decisão final do STF
- Para a Casa julgar o pedido de suspensão do processo -45d do
recebimento do pedido pela Mesa Diretora
 OBS: aqui o prazo é para julgar o pedido de suspensão do
PROCESSO – em caso de flagrante, o prazo é de 24h!!
o Concurso - Regra: NÃOdesmembra o processo se o outro réu
de Agentes (corréu) não tiver foro privilegiado. Julga tudo no STF
- Exceção:se o processo for suspenso, desmembra e julga em
separado (o processo somente pode ser suspenso para o
parlamentar)

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5.2 FORO PRIVILEGIADO

Os parlamentares possuem direito ao foro privilegiado ou foro especial por


prerrogativa de função:desde a diplomação, serão processados e julgados
pelo Supremo Tribunal Federal. Assim, deve tramitar no STF todo e qualquer
processo por crimes comuns onde deputados e senadores sejam réus, bem
como inquéritos policiais contra eles. Observe que o foro privilegiado não se
aplica nas ações civis, que correm na justiça comum. Já pelos crimes de
responsabilidade, os membros do Poder Legislativo são processados e julgados
pela respectiva Casa.

O direito ao foro privilegiado nasce com a diplomação, termina com o


fim do mandato e se aplica aos crimes cometidos antes ou depois da
expedição do diploma. Desse modo, se na data da diplomação o indivíduo
estiver respondendo a ações penais ou inquéritos policiais, haverá a remessa
dos autos ao STF. Por outro lado, se ao término do mandato,o parlamentar
estiver respondendo a alguma ação penal e esta ainda estiver em curso no
STF, os autos serão remetidos para a Justiça comum competente. A única
exceção ocorre caso o julgamento já tenha se iniciado. Nesse caso, continuará
no STF, não retornando para a Justiça comum (Inq. 2.295/MG).

Observe que a prerrogativa de foro é diferente da imunidade formal.


Enquanto esta é a possibilidade de suspensão do processo e prisão apenas em
casos especiais, aquela garante os membros do Poder Legislativo sejam
processados e julgados no STF.

Esquematizando:

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5.2. Foro privilegiado - Todo e qualquer processo por crimes comuns (se for RÉU): STF
- Inquéritos policiais contra parlamentares: STF
- Ações civis (autor ou réu): Justiça comum
- Crimes de responsabilidade: respectiva Casa

 O direito ao foro privilegiado - Nasce com a diplomação


- Termina com o fim do mandato
- Vale para crimes cometidos antes ou depois da
expedição do diploma
 Se na data da diplomação o indivíduo estiver respondendo a ações penais ou inquéritos
policiais: remessa dos autos ao STF
 Se ao término do mandato a ação ainda estiver em curso no STF, os autos serão
remetidos para a Justiça comum competente
o Exceção: Caso o julgamento já tenha se iniciado: continua no STF (não volta para a
Justiça comum (Inq. 2.295/MG)

 Prerrogativa de função/foro ≠ Imunidade formal

Julgamento no STF Possibilidade de suspensão do processo e prisão somente


em casos especiais

5.3 OUTRAS GARANTIAS

Além das imunidades, são conferidas outras garantias aos parlamentares. Elas
não são imunidades em sentido estrito, mas também se prestam a garantir a
atuação livre e independente do Poder Legislativo. São elas:

 Sigilo de fonte: Os Deputados e Senadores não serão obrigados a


testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do
exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles
receberam informações.

 Incorporação às Forças Armadas: só com prévia licença da Casa,


ainda que forem militares ou em tempo de guerra.

 Imunidades durante Estado de Sítio: em regra, as imunidades


parlamentares permanecem durante o estado de sítio. No entanto,
excepcionalmente, podem ser suspensas (nunca abolidas) por2/3 dos
votos da Casa respectiva e somente para atos praticados FORA do

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Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com a execução do
estado de sítio. Observe que nunca se poderá suspender as imunidades
para atos praticados dentro do Congresso Nacional.

 Hipóteses onde não haverá perda do mandato: a Constituição


assegura que não perderá o mandato o deputado ou senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de


Território, Secretário de Estado, do DistritoFederal, de Território,
de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática
temporária.

Observe que, nesses casos, as imunidades parlamentares ficarão


suspensas, uma vez que elas derivam da função parlamentar (que
não está sendo desempenhada, pois o sujeito está exercendo cargo
no Executivo). Por outro lado, não haverá perda do cargo e nem do
foro privilegiado.

Além disso, nas hipóteses do inciso I, o Deputado ou Senador


poderá optar pela remuneração do mandato.

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para


tratar, sem remuneração, de interesseparticular, desde que, neste
caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por
sessão legislativa.

Nesses casos, não há a possibilidade da opção pela remuneração,


uma vez que o parlamentar está afastado (e não exercendo outra
função). Observe também que o afastamento, que não pode
ultrapassar o prazo de 120 dias, é a licença para tratar de
interesses particulares (LTIP), uma vez que a licença para
tratamento de saúde não possui prazo definido.

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5.4 INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS DOS DEPUTADOS E
SENADORES (ART.54)

A Constituição estabelece, no artigo 54, uma série de incompatibilidades e


impedimentos aos deputados e senadores. São elas:

5.4. Incompatibilidades e impedimentos dos deputados e senadores (art.54)


 Desde a diplomação 1- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito
público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulasuniformes;
2- Aceitar ou exercer nessas entidades cargo, função ou
emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum” (de livre nomeação e exoneração)
 Desde a Posse a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de
favor decorrente de contrato compessoa jurídica de direito público, ou
nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades referidas no item 1 do caso anterior
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a
que se refere o item 1 do caso anterior
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

5.5 HIPÓTESES DE PERDA DE MANDATO

Continuando, em seu artigo 55, a Constituição traz várias hipóteses de perda


de mandato dos membros do Poder Legislativo. Segundo a CF, perderá o
mandato o deputado ou senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no item anterior


(Incompatibilidades e impedimentos dos deputados e senadores).

II- cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro


parlamentar.

o A Constituição prevê que “é incompatível com o decoro


parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o

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abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.”

o O Poder Judiciário não pode apreciar a infringência ao decoro


parlamentar. Este é um ato de apreciação exclusiva da Casa.

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

o O artigo 15, III da CF88 estabelece que a condenação criminal


transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos, é causa de
suspensão dos direitos políticos. Dessa forma, se alguém tem seus
direitos políticos suspensos, não pode exercer qualquer cargo
eletivo (art. 14,§ 3º, II). No entanto, excepcionalmente e por
previsão expressa da CF, os parlamentares criminalmente
condenados não perdem automaticamente seus mandatos: a
respectiva Casa irá decidir se ele perderá ou não seu mandato por
maioria absoluta (não é mais voto secreto! Vide EC
76/2013), mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido
político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla
defesa.

Observe que essa regra se aplica também aos deputados estaduais


e não se aplica aos vereadores e nem aos titulares de cargos no
Poder Executivo.

Nessas três primeiras hipóteses, a perda de mandato não será automática,


mas sim DECIDIDA pela respectiva Casa por maioria absoluta, mediante
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. Assim, pode ser que o
parlamentar perca o mandato ou não, a depender da decisão da respectiva
Casa.

Já nas próximas três hipóteses, a perda do mandato é DECLARADA pela Mesa


da Casa respectiva, não havendo juízo de conveniência e oportunidade, como
nos casos anteriores. A declaração é feita de ofício ou por provocação de
qualquer membro ou de Partido Político representado no CN, também
assegurada a ampla defesa. Observe:

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à TERÇA


parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou
missão por esta autorizada.
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IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos.

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na


Constituição.

Renúncia de cargo por parlamentar submetido a processo que implique


a perda do cargo

Caso um parlamentar esteja submetido a processo que implique a perda do


cargo e renuncie ao mesmo (ou seja, durante o processo), a renúncia será
válida, mas terá seus efeitos suspensos até o fim do processo. Caso o
parlamentar seja absolvido, a renúncia terá efeitos plenos.

No entanto, caso o parlamentar seja condenado, a renúncia não terá efeitos,


uma vez que o mesmo será condenado à perda do cargo (o que não adiantaem
nada, pois ele já tinha renunciado) mais à decretação de inelegibilidade pelo
prazo de oito anos, subsequentes ao término da legislatura em que deveria
findar o seu mandato. Uma pena bem mais severa do que a simples perda do
cargo.

Entenderam? O parlamentar que estava submetido a um processo que poderia


implicar a perda do cargo renunciava ao mandato para “escapar” da
inelegibilidade de 8 anos, o que não é mais possível pelas novas regras
constitucionais.

5.6 PARLAMENTARES ESTADUAIS, DISTRITAIS E VEREADORES

Aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais as mesmas regras do


âmbito federal, assim, eles possuem imunidade formal e material. Já os
vereadores possuem imunidade material somente dentro da circunscrição do
município e não possuem imunidade formal.

Esquematizando:

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5.5. Hipóteses de Perda de Mandato
I – Infringir qualquer das proibições do art. 54
II – Quebra de decoro parlamentar
• Abuso de prerrogativas ou percepção de vantagens - A perda do mandato não é
automática
indevidas
- Ela é DECIDIDA pelas
• Judiciário não pode apreciar infringência ao decoro
Casas: MA
parlamentar – Exclusivo da Casa - Para que a Casa decida,
VI – Condenação criminal transitada em julgado deve haver provocação da
• Não gera, por si só, a suspensão dos direitos políticos dos Mesa ou de Partido Político
com representação no CN
parlamentares
• Exceção ao art. 15, III + 14,§ 3º, II
• A Casa tem que decidir pela perda do mandato
- Regra se aplica aos deputados estaduais
- NÃO se aplica a - Vereadores
- Executivo
- A perda do mandato é
DECLARADA pela Mesa da Casa
III – Faltar a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão respectiva
- Declaração é feita de ofício ou por
IV – Perder ou tiver suspensos seus direitos políticos provocação de qualquer membro ou de
Partido Político representado no CN
V – Decretação da Justiça Eleitoral
- não há juízo de conveniência e
oportunidade, como nos casos
anteriores
Sempre assegurada Ampla Defesa

 Renúncia de cargo por parlamentar submetido a processo que implique a perda do cargo
(o processo está em curso):
 PODE. Mas terá seus efeitos suspensos até o fim do processo.
 Se declarada inocência: a renúncia vale
 Se declarado culpado: a renúncia NÃO vale

5.6. Parlamentares estaduais, distritais e vereadores


 Parlamentares Estaduais e distritais: aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais
as mesmas regras dos parlamentares federais
 Vereadores - Têm imunidade MATERIAL
- Somente dentro da circunscrição do município
- NÃO possuem imunidade FORMAL

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EXERCÍCIOS

67. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O


entendimento mais recente do STF é de que, havendo a suspensão dos direitos
políticos do parlamentar condenado criminalmente por decisão judicial
transitada em julgado, ocorre, como efeito do trânsito em julgado, a perda
automática do mandato do parlamentar.

Negativo! O Supremo entende que, havendo a condenação penal, o


mandato deve ser DECIDIDO pela Casa. Vamos revisar:

5.7. Hipóteses de Perda de Mandato


I – Infringir qualquer das proibições do art. 54
II – Quebra de decoro parlamentar
• Abuso de prerrogativas ou percepção de vantagens - A perda do mandato não é
automática
indevidas
- Ela é DECIDIDA pelas
• Judiciário não pode apreciar infringência ao decoro
Casas: MA
parlamentar – Exclusivo da Casa - Para que a Casa decida,
VI – Condenação criminal transitada em julgado deve haver provocação da
• Não gera, por si só, a suspensão dos direitos políticos dos Mesa ou de Partido Político
com representação no CN
parlamentares
• Exceção ao art. 15, III + 14,§ 3º, II
• A Casa tem que decidir pela perda do mandato
- Regra se aplica aos deputados estaduais
- NÃO se aplica a - Vereadores
- Executivo
- A perda do mandato é
DECLARADA pela Mesa da Casa
III – Faltar a 1/3 das SLO, salvo licença ou missão respectiva
- Declaração é feita de ofício ou por
IV – Perder ou tiver suspensos seus direitos políticos provocação de qualquer membro ou de
Partido Político representado no CN
V – Decretação da Justiça Eleitoral
- não há juízo de conveniência e
oportunidade, como nos casos
anteriores
Sempre assegurada Ampla Defesa

Gabarito: Errado.

68. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) Embora a imunidade material dos deputados e
senadores exclua a responsabilidade criminal, civil, disciplinar e política por

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suas opiniões, palavras e votos, tal imunidade é prerrogativa de ordem
subjetiva que pode ser objeto de renúncia pelo congressista.

Negativo! Ainda que o parlamentar renuncie às imunidades, eles ainda


as terão, conforme decisão do STF. Dizer isso, aliás, é uma ótima
publicidade para o parlamentar rsrsrs.

Gabarito: Errado.

69. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) Caso um parlamentar conceda


declarações à imprensa, ainda que fora do ambiente de trabalho, e tais
manifestações estejam vinculadas ao exercício do mandato, incidirá sobre essa
atuação a cláusula de inviolabilidade constitucional.

Isso mesmo. A Constituição não faz qualquer ressalva a manifestações


feitas fora do Congresso Nacional e, caso as palavras proferidas
tenham pertinência com o mandato, não haverá qualquer
responsabilização. Lembre-se de que, as imunidades materiais não
alcançam manifestações de cunho político-eleitoral ou sem relação
com o exercício do mandato.

Gabarito: Certo.

70. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Se um


deputado federal emitir sua opinião, fora do Congresso Nacional, e
determinado cidadão sentir-se ofendido por tal opinião, nada poderá ser feito,
no âmbito legal, em defesa do cidadão, pois, nesse caso, o deputado será
inviolável civil e penalmente pela sua opinião, por possuir imunidade
parlamentar material absoluta.

Foi quase... o deputado tem sim imunidade material, mas ela não é
absoluta. A imunidade não alcança declarações de cunho político-
eleitoral ou que não tenham pertinência com o mandato!

Gabarito: Errado.

71. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário) Desde a expedição do diploma, a


imunidade formal protege o parlamentar contra a prisão, inclusive a civil,
ressalvada a hipótese de flagrante de crime inafiançável.

Isso mesmo. A imunidade formal é válida desde a diplomação (e não a


posse). Além disso, desde esse momento, os parlamentares não
podem ser presos, salvo flagrante de crime inafiançável e decisão

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judicial transitada em julgado. Essa última hipótese não está escrita no
art. 53, § 2º da CF, sendo fruto de decisão do Supremo.
Em relação à prisão 
- Proteção válida desde a expedição do diploma (anterior à posse)
- Válida para crimes praticados antes ou depois da diplomação
- Parlamentares não podem ser presos salvo:
1 - Flagrante de crime inafiançável
o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão
o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)
o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado


o Não depende de deliberação da Casa
o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da
Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º
Gabarito: Certo.

72. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Em razão


da denominada imunidade formal, os membros do Congresso Nacional são
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos, desde que proferidos no exercício de suas funções parlamentares.

Essa é a imunidade material! A imunidade formal é aquela que protege


os parlamentares contra alguns tipos de prisões e também confere a
possibilidade de a Casa suspender o processo por decisão da maioria
absoluta de seus membros.

Gabarito: Errado.

73. (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública) Somente após o


voto da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados, o STF
poderá receber denúncia criminal contra deputado federal por crime ocorrido
após a diplomação.

Hoje em dia, a imunidade formal em relação ao processo funciona da


maneira demonstrada no esquema abaixo. Assim, para crime ocorrido
após a diplomação, a Casa poderá suspender o processo por maioria
absoluta. No entanto, o Supremo não precisa de licença da Casa para
receber a denúncia e iniciar o processo de julgamento.

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Em relação ao Processo 
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2) Crimes praticados ANTES da diplomação:NÃO HÁ IMUNIDADE
PROCESSUAL. O parlamentar será processado normalmente (pelo STF)
o A CASA NÃO PODE SUSTAR O PROCESSO para crimes
praticados antes da diplomação.
2) Crimes praticados APÓS a diplomação:
o Pode-se processar e julgar o parlamentar federal – não precisa de
autorização da Casa para tal
o O STF dá ciência à respectiva Casa
o A Casa pode - Iniciativa de partido político representado na Casa
SUSPENDER • A Casa não pode suspender o processo de ofício.
o processo • Deve ser provocada pelo part. pol. com rep. na Casa
- Votação abertae quórum de MA
- Só para crimes após a diplomação
Gabarito: Errado.

74. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) As imunidades parlamentares


são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da função parlamentar e
estendem-se aos suplentes, mesmo que estes não tenham assumido o cargo
ou não estejam em seu efetivo exercício.

As imunidades parlamentares só se aplicam a parlamentares no


exercício de suas funções, ou seja, só serão conferidas aos suplentes
se estes assumirem o cargo.

Gabarito: Errado.

75. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) As opiniões que forem manifestadas fora
do recinto legislativo pelo parlamentar federal estarão acobertadas pela
imunidade material, hipótese que não se estende aos deputados estaduais e
vereadores.

Os parlamentares federais gozam da imunidade material, que também


são aplicadas aos deputados estaduais e aos vereadores. No entanto,
com relação aos últimos, a CF limita a imunidade material às opiniões,
palavras e votos proferidos dentro da circunscrição do município.
Lembre-se de que os vereadores não possuem imunidades formais.

Gabarito: Errado.

76. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A imunidade material contempla eficácia


temporal absoluta no sentido de que, mesmo após o término do mandato, os

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deputados e senadores conservam a imunidade material sobre as opiniões ou
palavras proferidas no exercício deste.

A imunidade material faz com que as eventuais ofensas feitas pelos


parlamentares no exercício do seu mandato e em função deste não
sejam sequer consideradas crime. Assim, após o término do seu
mandato, o ex parlamentar não poderá ser responsabilizado pelas
opiniões ou palavras proferidas enquanto era parlamentar, pois não
são crimes. Observe que as imunidades materiais não abrangem atos
de cunho político-eleitoral ou que não tenham pertinência à função
parlamentar.

Gabarito: Certo.

77. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) No sistema brasileiro, a denominada


imunidade formal em relação à prisão do parlamentar é absoluta, já que, após
a diplomação, os deputados e senadores não poderão ser presos.

Existem duas hipóteses de prisão de parlamentar após a diplomação.


Vamos relembrar o esquema:

- Parlamentares não podem ser presos salvo:


1 - Flagrante de crime inafiançável
o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão
o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)
o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado


o Não depende de deliberação da Casa
o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da
Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º

Gabarito: Errado.

78. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A imunidade formal em relação ao


processo se estende aos crimes praticados antes da diplomação.

Não existe imunidade formal para crimes praticados antes da


diplomação. Dessa forma, a Casa somente pode suspender os
processos dos parlamentares caso tenham sido cometidos após a
diplomação. Lembrem-se também de que o STF não precisa de
autorização do Parlamento para processar e julgar os congressistas,

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contudo, uma vez instaurado o processo, este pode ser suspenso pela
respectiva Casa.

Gabarito: Errado.

79. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Na imunidade formal em relação ao


processo, o partido político pode provocar a respectiva casa legislativa para
que haja uma apreciação sobre a sustação da ação penal que esteja em
trâmite perante o STF, porém a deliberação no sentido da suspensão da ação
penal não suspenderá a prescrição.

Caso haja a suspensão do processo, a prescrição do crime também


será suspensa enquanto durar o mandato. Em razão da segurança
jurídica, o Estado possui um certo tempo para processar e julgar
alguém que cometeu um crime. Imagine só alguém que cometeu o
crime de furto com 19 anos de idade e nunca foi processado por isso.
Não pode o Estado querer fazê-lo quando o sujeito tiver 99 anos de
idade. Existe um tempo (que, aliás, é bastante razoável) para que o
Estado possa processar e julgar o criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para


estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as
providências necessárias ao cumprimento da lei.

Chegamos ao ponto principal do raciocínio: caso o processo criminal


contra o parlamentar seja suspenso pela Casa, não seria razoável que
o prazo prescricional continuasse correndo, uma vez que não há
inércia por parte do Estado, mas sim uma impossibilidade jurídica de
continuar com o processo. Assim, o prazo de prescrição fica suspenso
enquanto o processo também estiver suspenso.

Gabarito: Errado.

80. (CESPE/TJAA-TRE-BA/2010) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o


deputado federal que for investido em cargo de secretário de Estado,
independentemente da pasta que assumir, perderá seu mandato de deputado.

O art. Art. 56. Dispõe que: “Não perderá o mandato o Deputado ou


Senador:

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I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de
Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para


tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste
caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão
legislativa.”

Observe que, nas hipóteses do inciso I, as imunidades serão suspensas, mas


não haverá perda do cargo e nem do foro privilegiado.

Gabarito: Errado.

81. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os deputados federais e os


senadores não podem assumir cargo de confiança na direção de empresas
públicas ou sociedades de economia mista da União.

A Constituição estabelece, no artigo 54, uma série de


incompatibilidades e impedimentos aos deputados e senadores. São
elas:

 Desde a diplomação 1- firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito


público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia
mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
2- Aceitar ou exercer nessas entidades cargo, função ou
emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad
nutum” (de livre nomeação e exoneração)
 Desde a Posse a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou
nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas
entidades referidas no item 1 do caso anterior
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a
que se refere o item 1 do caso anterior
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Gabarito: Certo.

82. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Desde a expedição do


diploma, deputados federais e senadores estão sujeitos a julgamento perante o
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STF, o qual, ao receber a denúncia contra congressista, deverá solicitar
autorização à respectiva Casa para prosseguir com a ação penal.

A primeira parte da questão está correta: desde a expedição do


diploma, os deputados federais e senadores possuem foro privilegiado
e estão sujeitos a julgamento perante o STF. No entanto, o Supremo
não necessita de qualquer autorização para processar e julgá-los. O
que existe é a possibilidade da Casa suspender o andamento do
processo contra seus membros. Entenderam? Não existe a necessidade
de autorização para instauração do processo, mas, uma vez
instaurado, a Casa pode suspendê-lo.

Gabarito: Errado.

83. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal é assegurada imunidade formal, não
podendo eles sofrer persecução penal pela prática de delitos, sem prévia
licença da respectiva câmara municipal.

Aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais as mesmas regras


do âmbito federal. Já os vereadores possuem imunidade material
somente dentro da circunscrição do município e NÃO POSSUEM
IMUNIDADE FORMAL.

Gabarito: Errado.

84. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal não são asseguradas imunidades
formais nem materiais.

Aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais as mesmas regras


do âmbito federal. Já os vereadores possuem imunidade material
somente dentro da circunscrição do município e não possuem
imunidade formal.

Gabarito: Errado.

85. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) O deputado ou senador


licenciado para exercer o cargo de ministro de Estado, governador ou
secretário estadual, ou que estiver licenciado para tratar de interesse
particular, poderá optar pela remuneração do mandato, desde que, neste
último caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias.

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A questão misturou os dois incisos do artigo 56, que prevê que não
perderá o mandato o deputado ou senador:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território,


Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura
de Capital ou chefe de missão diplomática temporária.

Observe que, nesses casos, as imunidades parlamentares ficarão


suspensas, uma vez que elas derivam da função parlamentar (que não
está sendo desempenhada, pois o sujeito está exercendo cargo no
Executivo). Por outro lado, não haverá perda do cargo e nem do foro
privilegiado.

Além disso, somente nas hipóteses do inciso I, o Deputado ou Senador


poderá optar pela remuneração do mandato.

II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para


tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste
caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão
legislativa.

Nesses casos, não há a possibilidade da opção pela remuneração, uma


vez que o parlamentar está afastado (e não exercendo outra função).

Gabarito: Errado.

86. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal são asseguradas apenas as
imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviolabilidade por suas
opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do
município.

Aplicam-se aos parlamentares estaduais e distritais as mesmas regras


do âmbito federal. Já os vereadores possuem imunidade material
somente dentro da circunscrição do município e não possuem
imunidade formal.

Gabarito: Certo.

87. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal são asseguradas, em observância ao
princípio da simetria, as mesmas prerrogativas formais e materiais garantidas
aos membros do Poder Legislativo federal.
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Aplicam-se aos parlamentares ESTADUAIS E DISTRITAIS as mesmas
regras do âmbito federal. Já os vereadores possuem imunidade
material somente dentro da circunscrição do município e não possuem
imunidade formal.

Gabarito: Errado.

88. (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) A imunidade formal garante ao


parlamentar, desde a expedição do diploma, a impossibilidade de, em qualquer
caso ou circunstância, ser ou permanecer preso ou ser processado sem
autorização de sua respectiva Casa legislativa.

Existem duas hipóteses de prisão de parlamentar após a diplomação.


Vamos relembrar o esquema:

- Parlamentares não podem ser presos salvo:


1 - Flagrante de crime inafiançável
o 24hs para enviar o processo para a Casa deliberar sobre a prisão
o Votação ABERTA e por MA (inf. STF 28/96)
o Aprovação da Casa é condição para a manutenção da prisão

2 - Decisão judicial transitada em julgado


o Não depende de deliberação da Casa
o Pode ser preso, mesmo não tendo perdido o mandato por decisão da
Casa a que pertence, nos termos do art. 55, § 2º

Gabarito: Errado.

89. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A imunidade parlamentar de deputado


estadual não alcança as ofensas proferidas fora da casa legislativa, mesmo
quando estas possam ter conexão com a atividade parlamentar.

A imunidade “material” do parlamentar estadual também alcança as


ofensas proferidas fora da casa legislativa, desde que seja em razão do
exercício da função. Segundo o art. 27, § 1º “Será de quatro anos o
mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta
Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades,
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e
incorporação às Forças Armadas.”

Gabarito: Errado.

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VI. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA

DO CONTROLE INTERNO E EXTERNO

“Os Tribunais de Contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo e que o


auxiliam no controle externo da Administração Pública, sobretudo o controle
financeiro” (Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino).

Dessa forma, observe que a função de fiscalização da Administração Pública é


uma função típica do Poder Legislativo. Observe o que diz a Constituição
Federal:

Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da


União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize,arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos
ou pelos quais a União responda, ouque, em nome desta, assuma obrigações de
natureza pecuniária.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com
o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete(...)

Da leitura desses dispositivos constitucionais, é necessária a explicação de dois


termos: o primeiro é o controle interno, que nada mais é do que o controle
que cada Poder deve exercer sobre si mesmo. Assim, cada Poder deve ter
mecanismos para impedir que algum ato seja praticado fora da lei e também
para corrigi-lo, caso seja praticado.

A CF estabelece que os três poderes manterão, de forma integrada, sistema de


controle interno e que os responsáveis por ele, ao tomarem conhecimento de
irregularidades devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade
SOLIDÁRIA. Aliás, essa é uma questão bem batida em prova: caso o
responsável pelo controle interno saiba de alguma irregularidade e não tome
as medidas cabíveis, ele será responsabilizado solidariamente (não é
subsidiariamente).

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O segundo termo é o controle externo, que é o controle exercido pelo Poder
Legislativo e auxiliado pelo Tribunal de Contas da União. Esse controle engloba
a fiscalização COFOP (contábil, operacional, financeira, orçamentária e
patrimonial) da União e das entidades da administração direta e indireta.
Observe que os Tribunais de Contas (TCs) são órgãos vinculados (e não
subordinados) ao Poder Legislativo, assim, não existe nenhuma hierarquia
entre os TCs e o Legislativo.

Por fim, deverá prestar contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que GAGAU (guarde, arrecade, gerencie, administre ou utilize),
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ouque, em
nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, tem sede no


Distrito Federal e possui jurisdição em todo território nacional. Na
verdade, o termo jurisdição não foi aplicado pela CF de maneira técnica, uma
vez que o TCU não é um órgão do Poder Judiciário e não pode, em sentido
estrito, “dizer o direito”.

Dessa forma, os atos do TCU possuem natureza administrativa e suas decisões


podem ser anuladas pelo Poder Judiciário. Observe que se o Tribunal de
Contas julga uma conta regular, irregular ou regular com ressalvas, o
Judiciário não pode alterar o mérito desse julgamento (ex: mudar de
“regular” para “irregular”). O que o Poder Judiciário pode fazer é anular os atos
do TCU, em razão de algum vício ou ilegalidade por ele praticada.

Esquematizando:

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

 Função típica do Legislativo - Legislar


- Fiscalizar
 Controle interno:
o Inerente a todo poder
o Os 3 poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
o Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de irregularidades
devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA
 Controle Externo:
o Feito pelo Poder Legislativo (CN)
o Auxiliado pelo TCU
o Os Tribunais de Contas são órgãos VINCULADOS ao Legislativo
 Não são subordinados a ele
 Não há hierarquia entre o Legislativo e os TCs
o Fiscalização contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial COFOP da
União e Administração direta e indireta
 Exercida pelo CN
 Mediante controle externo
 Sem prejuízo do controle interno de cada Poder
 Auxiliado pelo TCU
o Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que guarde, arrecade,
gerencie, administre ou utilize (GAGAU) $, bens e valores públicos DEVEM
PRESTAR CONTAS
 Composição do TCU
o TCU - Composto por 9 ministros
- Sede: DF
- Jurisdição (*): em todo território nacional
 Jurisdição
o O TCU é órgão técnico
o Não exerce jurisdição no sentido estrito: seus atos têm natureza administrativa
o TCU não integra o Judiciário
o Quando o Tribunal de Contas julga uma conta regular, regular com ressalva ou
irregular, o judiciário NÃO PODE mudar o mérito desse julgamento.
 O Judiciário pode apreciar para ver se houve vícios formais/processuais no
julgamento das contas pelo TC, mas não pode mudar o mérito da decisão
do Tribunal de Contas.

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COMPOSIÇÃO DO TCU

O Tribunal de Contas da União é composto de nove ministros, que devem


possuir os seguintes requisitos:

 Ser brasileiro nato ou naturalizado;


 Ter entre 35 e 65 anos de idade;
 Possuir idoneidade moral e reputação ilibada;
 Ternotórios conhecimentos e mais de 10 anos de função que exija os
conhecimentos abaixo:
o Jurídicos ou
o Contábeis ou
o Econômicos ou
o Financeiros ou
o De Administração Pública

Dois terços dos ministros do TCU, ou seja, seis ministros, são escolhidos pelo
Congresso Nacional, enquanto o terço restante, ou seja três ministros, são
escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação pelo Senado
Federal em voto secreto e arguição pública. O CN escolhe seus ministros
livremente, porém, o Presidente deve nomear os três ministros obedecendo às
seguintes regras:

 Dois alternadamente dentre auditores (Ministros substitutos) e membros


do Ministério Público junto ao TCU, indicados em lista tríplice pelo
Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

 Um de livre escolha do Presidente da República.

Uma observação importante é que os ministros do TCU adquirem a


vitaliciedade com a posse e que a proporção da composição do Tribunal deve
ser sempre obedecida. Assim, à medida que forem abrindo vagas, as de
origem são preservadas. Exemplo: se uma vaga originária de um membro do
Ministério Público do TCU for aberta, deve entrar um membro do MPTCU.

Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias,


prerrogativas, impedimentos,vencimentos e vantagens dos Ministros do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e são aplicadas a eles as regras de
aposentadoria dos servidores públicos (art. 40 da CF).

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Já o auditor (o ministro substituto), quando em substituição a Ministro, terá
as mesmas garantias e impedimentos do titular e,quando no exercício das
demais atribuições da judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.

O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU (MPjTCU)

Junto ao Tribunal de Contas da União, atua um Ministério Público “especial”,


que integra a estrutura do próprio TCU. Assim, o MPjTCU não é parte do
Ministério Público da União, apesar de ter os mesmos direitos, vedações e
forma de investidura deste. Assim, sua Lei Orgânica deve ser de iniciativa do
TCU e não do Procurador-Geral da República.

Esquematizando:

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 Composição: 9 ministros
o Requisitos - Brasileironato ou naturalizado
- Idade:+ de 35 e - de 65anos
- Idoneidade moral e reputação ilibada
- Ter+ de 10 anos de função que exija os conhecimentos abaixo
- Notórios conhecimentos -Jurídicos
- Contábeis
- Econômicos
- Financeiros
- De Administração Pública

o Escolha • 2/3 (6) – escolhidos pelo CN


• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor do TCU Lista tríplice 
Com aprovação do SF • 1 membro do MP/TCU do TCU 
• 1 livre escolha do PR
o À medida que forem abrindo vagas, as de origem serão preservadas
 Ex: se sai membro do MP, entra outro membro do MP

o Nomeação: PR
o Garantias - Ministros doTCU – mesmas garantias, impedimentos, prerrogativas,
vencimentos e vantagens que os Ministros do STJ
- Auditores(ministros substitutos)–mesmas garantias, impedimentos,
prerrogativas, vencimentos e vantagens que os Juízes de TRF
(desembargador federal)
o Quando estiverem substituindo o titular: Ministros do STJ
 Vitaliciedade com a posse

 MP junto ao TCU
o NÃO é o MPU
o Mas tem os mesmos direitos, vedações e forma de investidura
o Sua Lei Orgânica é de iniciativa do TCU e não do PGR

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COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

A Constituição Federal estabelece uma série de competências ao TCU. Eu as


coloquei abaixo de uma forma mais esquematizada para facilitar o seu estudo.
Lembre-se do seu salário de R$ 9.962,39 e do seu cargo de Analista do
TRE/PE e vamos lá!

I - APRECIAR as contas do PR, mediante parecer prévio em 60 d a contar de seu recebimento;

II - JULGARas contas dos demais que mexeram em $ público

- Quem julga as contas do chefe do executivo é sempre o Poder Legislativo


- Os TCs apenas apreciam as contas do chefe do executivo
- Os TCs julgam as demais contas

 Observe que existem dois tipos de contas: as contas do Presidente da


República (chefe do executivo) e as “contas dos administradores”.

o As contas do Presidente da República sofrem um julgamento


político pelo Congresso Nacional, após apreciadas pelo TCU. Assim,
observe o raciocínio:

1. O Presidente presta contas ao Congresso Nacional até 60


dias do início da sessão legislativa;

2. O TCU APRECIA essas contas e emite um parecer prévio.


Assim, o TCU não “julga”e sim “aprecia” as contas do
Presidente e o Congresso Nacional não tem que
obedecer ao parecer prévio emitido pelo TCU.

3. O Congresso Nacional JULGA as contas do Presidente da


República.

o São JULGADAS pelo Tribunal de Contas da União as “contas


dos administradores” (administradores e demais responsáveis
por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas
pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa
a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao
erário público).

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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título,
na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o
fundamento legal do ato concessório;

IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

X - SUSTAR, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à Câmara


dos Deputados e ao Senado Federal;
- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.
- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as
medidas cabíveis
• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN
para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas
cabíveis
• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão
técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza (COFOP) contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União
participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;

VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estados, DF ou Município;

VII - prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas ou Comissões, sobre a
fiscalização COFOP e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VIII – aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as


sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;

XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

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OUTRAS OBSERVAÇÕES SOBRE O TCU

1. O TCU NÃO pode determinar a quebra do sigilo bancário de seus


jurisdicionados (MS 22.801) e também não pode alterar
determinações de decisão judicial transitada em julgado (inf. 561
STF).

2. São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no


TCU salvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de
aposentadoria, reforma e pensão (Súmula Vinculante 3).

3. O TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas


funções. Observe que a Corte de Contas somente pode fazer o controle
difuso/concreto de constitucionalidade e sempre pela maioria
absoluta dos votos, obedecendo a cláusula de reserva de plenário
prevista no artigo 97 da CF. lembre-se de que o TCU não faz controle
concentrado de constitucionalidade, sendo este, competência exclusiva
do STF.

4. O TCU pode determinar medidas cautelares para garantir a eficácia


de suas decisões. Exemplo: o TCU pode expedir uma cautelar para
suspender uma licitação que esteja sendo investigada pelo Tribunal.

5. As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de título


executivo EXTRA JUDUDICIAL, uma vez que não foi emitido por um
órgão do Poder Judiciário (lembrando que o TCU não pertence ao
Judiciário).

6. O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente e


anualmente.

7. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode


denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o TCU. No entanto,
este não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF).
Assim, caso haja uma denúncia ao Tribunal, este pode apreciar e manter
o sigilo do autor durante o processo. Mas, ao final do mesmo, o Tribunal
deve revelar o autor da denúncia.

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“TIPOS” DE TRIBUNAIS DE CONTAS

Existem vários “tipos” de Tribunais de Contas, cada um com a sua finalidade,


competência e jurisdição próprias. Assim, observe os quatro tipos de TCs
existentes (as siglas podem varia de acordo com o autor):

1. Tribunal de Contas da União (TCU):órgão da União estudado até


agora.

2. Tribunais de Contas Estaduais (TCEs): os TCEs julgam as contas


referentes ao respectivo Estado e, quando não houver Tribunais de
Contas dos Municípios, julgam também as contas dos seus municípios.
Dessa forma, ele é um órgão estadual (ou distrital) responsável pela
fiscalização financeira dos Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral,
dos municípios nele situados;

Os Tribunais de Contas Estaduais são compostos por 7 Conselheiros:


4 escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador
(1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livre
nomeação do governador).

Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais,
do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios.

3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M): para que o TCE não
fique sobrecarregado, opcionalmente, pode ser criado um órgão
ESTADUAL que julga as contas de todos os municípios do seu estado.
Assim, o TCE julga as contas do estado, enquanto o Tribunal de Contas
dos Municípios (órgão estadual) julga as contas municípios do estado.

Assim, os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás)


são órgãos estaduais competentes para a fiscalização financeira de todos
os municípios do Estado.

4. Tribunais de Contas Municipais (TCM): por fim, temos o TCM, que é


um órgão municipal competente para a fiscalização financeira do
município. A Constituição Federal veda a criação de novos TCMs
(órgãos municipais), mas manteve os que já existiam. Dessa forma,
existem apenas dois TCMs: de São Paulo e do Rio de Janeiro.

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Mas Roberto, se os municípios não possuem Tribunais de Contas, como é
então o controle externo em seu âmbito?

CONTROLE EXTERNO NOS MUNICÍPIOS (ART. 31)

A resposta já está acima, mas para ficar mais claro, vamos refrisar: o
Legislativo municipal exerce o controleexterno do município, auxiliado pelos
Tribunais de Contas Estaduais, Tribunais de Contas dos Municípios (órgão
estadual) ou pelos Tribunais de Contas Municipais (órgão municipal), onde
houver. Lembre-se que é vedada a criação de novos Tribunais, Conselhos ou
órgãos de Contas Municipais.

Deve ainda haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na


forma da lei e é a Câmara Municipal quem julga as contas do prefeito, após
emitido o parecer prévio do TCE / TC dos M / TCM. No entanto, existe uma
diferença quanto à obrigatoriedade do parecer prévio: como vimos, nas esferas
federal e estadual, o Poder Legislativo não é obrigado a obedecer o parecer
prévio emitido pela Corte de Contas competente. No entanto, na esfera
municipal, o parecer prévio só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da
Câmara Municipal.

Esquematizando:

 Outras observações:

o O TCU não pode - Determinar a quebra do sigilo bancário (MS 22.801)


- Alterar determinações de decisão judicial transitada em
julgado (inf. 561 STF)
o Súmula Vinculante nº 3 – contraditório e ampla defesa no TCU
 São assegurados contraditório e ampla defesa em todos os processos no
TCUsalvo na apreciação de legalidade da concessão INICIAL de
aposentadoria, reforma e pensão.
o Controle de constitucionalidade pelo TCU
 TCU pode apreciar a constitucionalidade das leis no exercício de suas funções
 Pode fazer controle constitucionalidade DIFUSO por MA dos votos
 Pode declarar lei inconstitucional, mas só no caso concreto
 Não pode fazer controle de constitucionalidade abstrato (só o STF o faz)
o Medidas cautelares: O TCU pode determinar medidas cautelares
o Eficácia das decisões:As decisões do TCU que imputarem débito ou multa têm eficácia de
título executivo (EXTRAJUDUDICIAL)

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o Relatório de atividades: O TCU encaminha relatório de suas atividades trimestralmente E
anualmente
o Denúncias:Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o TCU
 O TCU não pode manter o sigilo do autor da denúncia (MS 24.405/DF)

 Tipos de Tribunais de Contas

1. TCU
2. Tribunais de Contas Estaduais (TCE)
o Julgam as contas do Estado e, quando não houver TC dos M, dosseus municípios também.
o Ou seja, ele é órgão estadual (ou distrital) responsável pela fiscalização financeira dos
Estados (ou Distrito Federal) e, regra geral, dos Municípios nele situados;
o No que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais, do DFe dos Tribunais e
Conselhos de contas dos Municípios
o TCE: 7 Conselheiros - 4 escolhidos pela Assembleia Legislativa
- 3 Escolhidos pelo Gov - 1 auditor do TCE
- 1 MP do TCE
- 1 livre
3. Tribunais de Contas dos Municípios (TC dos M)
o Órgão ESTADUAL e que julga as contas de todos os municípios do seu estado (para que
o TCE não fique sobrecarregado)
o Os TC dos M (existentes em Estados como Ceará, Bahia e Goiás) são órgãosestaduais
competentes para a fiscalização financeira de todos os municípios do Estado
4. Tribunais de Contas Municipais (TCM):
o Órgão municipal competente para a fiscalização financeira do município.
o Vedado criação de novos TCMs (órgãos municipais)
 Os que existiam ficam (SP e RJ), mas não pode criar mais
(OBS as siglas podem variar dependendo do autor)

 Controle externo nos municípios (art. 31)

o O Legislativo municipal exerce o controle - TCE


externo do município, auxiliado pelos - TC dos M
- TCM, onde houver
o Deve haver sistemas de controle interno do Executivo Municipal, na forma da lei.
o É a Câmara Municipal que julga as contas do prefeito, após emitido o parecer prévio do TCE / TC
dos M / TCM. Mas este só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 da Câmara Municipal.
o É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.

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EXERCÍCIOS

90. (CESPE - 2014 - MPE-AC) Ao tribunal de contas estadual, órgão auxiliar


integrante do Poder Legislativo estadual, compete julgar as contas prestadas
anualmente pelo governador e pelos prefeitos, sendo vedada a criação de
tribunais de contas municipais.

Vamos bem devagar... Está correta a primeira parte: o tribunal de


contas estadual é órgão auxiliar integrante do Poder Legislativo
estadual (apesar de algumas divergências doutrinárias, adote esse
posicionamento para a prova, ok?).

O primeiro erro é que quem julga as contas do chefe do poder


executivo estadual (do governador) é o Poder Legislativo estadual (a
Assembleia Legislativa) e não o TCE.

O segundo erro é que quem julga as contas dos prefeitos é a Câmara


Municipal e não o TCE.

Por outro lado, de fato, é vedada a criação de novos tribunais de


contas municipais. Os que já existiam na época da criação da CF
permanecem (RJ e SP).

Por fim, o órgão auxiliar do legislativo municipal será o Tribunal de


Contas Estadual ou o Tribunal de Contas dos Municípios (ambos órgãos
estaduais) ou ainda o Tribunal de Contas Municipal, conforme o caso.

Gabarito: Errado.

91. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) As competências


constitucionais dos tribunais de contas incluem a apreciação da legalidade dos
atos de admissão de pessoal, para fins de registro, e as nomeações para
cargos de provimento em comissão.

O art. 70, III nos diz que é competência do TCU: apreciar, para fins de
registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações
para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões
de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

Gabarito: Errado.

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92. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O TCU não
possui competência para sustar contratos administrativos, devendo tal conduta
ser adotada diretamente pelo Congresso Nacional. Entretanto, possui o TCU
competência para determinar à autoridade administrativa que promova a
anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou.

Isso mesmo! Quem susta contratos administrativos é o Congresso


Nacional, sendo que o TCU susta atos administrativos. Revisando:

- ATOS: o TCU só pode sustar ATOS ADMINISTRATIVOS.


- CONTRATOS: o CN é quem sustará o CONTRATO e solicitará ao Executivo as
medidas cabíveis
• Verificada irregularidade em CONTRATO adm, o TCU deve dar ciência ao CN
para que este determine a sustação do contrato e solicite ao Executivo as medidas
cabíveis
• Se o CN ou Executivo ficarem inertes: o TCU decidirá a respeito (90d)
Gabarito: Certo.

93. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) O


Tribunal de Contas da União tem a competência de apreciar e julgar
anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e por demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta da União.

Essa foi tranquila. Vamos relembrar duas competências do TCU:

I - APRECIAR as contas do PR, mediante parecer prévio em 60 d a contar de seu recebimento;

II - JULGARas contas dos demais que mexeram em $ público

- Quem julga as contas do chefe do executivo é sempre o Poder Legislativo


- Os TCs apenas apreciam as contas do chefe do executivo
- Os TCs julgam as demais contas
Gabarito: Errado.

94. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O TCDF, no exercício do


controle externo, não pode determinar a suspensão de benefícios garantidos
por decisão judicial transitada em julgado, ainda que o direito reconhecido pelo
judiciário esteja em desconformidade com jurisprudência dominante do STF.

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Isso mesmo! Os tribunais de contas não podem alterar decisões
transitadas em julgado por causa do princípio da segurança jurídica. E
isso permanece ainda que a jurisprudência dominante do STF seja
alterada: se transitou em julgado, acabou!

Gabarito: Certo.

95. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O TCDF possui


competência constitucional para determinar diretamente a quebra dos sigilos
bancário e fiscal, desde que tal medida esteja relacionada ao controle externo.

Negativo! Os tribunais de contas não podem determinar a quebra do


sigilo bancário, nem mesmo se a medida se relacionar ao controle
externo. Somente quem pode quebrar tal sigilo são as autoridades
judiciais e as CPIs.

Gabarito: Errado.

96. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)


Ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, os responsáveis pelo
controle interno dos três poderes da União devem comunicá-la ao TCU, sob
pena de responsabilização solidária com o infrator.

Perfeito! Além do controle externo, cada poder deve ter o seu controle
interno. Vamos relembrar:


Controle interno:
o Inerente a todo poder
o Os 3 poderes manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
o Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de irregularidades
devem dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA
Gabarito: Certo.

97. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista) É de competência exclusiva do Congresso


Nacional o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da
República, cabendo ao Tribunal de Contas da União emitir parecer prévio sobre
essas contas.

Perfeito! Quem julga as contas do Presidente da República é o titular


do controle externo (o Congresso Nacional). No entanto, antes desse
julgamento, o TCU emite um parecer prévio sobre essas contas.

Gabarito: Certo.

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98. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Caso constate
ilegalidade na execução de contrato administrativo, o tribunal de contas deverá
assinar prazo para a adoção das providências necessárias ao cumprimento da
lei, podendo sustar, se não atendido, a execução do referido contrato.

As bancas adoram cobrar essa informação! Quem susta o ato é o TCU.


Quem julga o contrato é o Congresso Nacional.

Gabarito: Errado.

99. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) Considerando que lei estadual, de


iniciativa parlamentar, viesse a revogar dispositivos da Lei Orgânica do TCE/PB
(LO-TCE/PB) que versem acerca da organização desse tribunal e considerando
que o TCE/PB é órgão auxiliar do Poder Legislativo, cabe a este a iniciativa de
lei que disponha sobre a LO-TCE/PB, razão por que a lei em consideração seria
constitucional.

Foi quase! Realmente, a iniciativa da lei de organização dos tribunais


de contas é do próprio TC. Assim, como a lei foi de iniciativa
parlamentar, ela é INconstitucional.

Gabarito: Errado.

100. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) O modelo federal de composição do tribunal de


contas previsto na CF é de observância obrigatória pelos estados, inclusive no
que se refere à proporção que deve ser observada entre as carreiras de auditor
ou de membro do MP na indicação dos conselheiros.

Isso mesmo! O modelo federal é que o Presidente da República escolhe


três ministros do TCU: um entre os auditores, um entre os membros do
MP junto ao TCU e outro de livre escolha. Assim, o governador, ao
escolher os membros do TCE, deve seguir o mesmo modelo.

Gabarito: Certo.

101. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O controle interno deve,
entre outras finalidades, comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, não apenas da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e nas entidades da administração federal, mas também
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Essa questão está todinha no art. 74, II. O controle interno avalia não
só a legalidade, mas o “mérito” da aplicação dos recursos (eficácia e

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eficiência). Esse controle também alcança recursos públicos aplicados
por entidades de direito privado.

Gabarito: Certo.

102. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O Tribunal de Contas da


União (TCU) poderá realizar — por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito —
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário.

Nada de errado aqui... Lembre-se sempre de que o controle do TCU


alcança os três poderes! Essa questão foi retirada do art. 71, IV.

Gabarito: Certo.

103. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade ou ilegalidade ocorrida no âmbito do Poder Executivo,
do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, os responsáveis pelo controle
interno dela devem dar ciência à Controladoria Geral da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

O artigo 74, estabelece que: “§ 1º - Os responsáveis pelo controle


interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO,
sob pena de responsabilidade SOLIDÁRIA.” Lembre-se também que a
responsabilidade, caso os responsáveis pelo controle interno não deem
ciência ao TCU é SOLIDÁRIA (e não subsidiária).

Gabarito: Errado.

104. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) As normas da CF que versam sobre o
TCU aplicam-se à organização e à fiscalização dos tribunais de contas dos
estados e do DF, cabendo às respectivas casas legislativas estabelecer o
número de conselheiros dessas cortes de contas e a sua forma de nomeação.

Enquanto o TCU é composto por 9 ministros, os Tribunais de Contas


Estaduais e do Distrito Federal são integrados por 7 Conselheiros: 4
escolhidos pela Assembleia Legislativa e 3 Escolhidos pelo Governador
(1 auditor do TCE, 1 membro do Ministério Público do TCE e 1 de livre
nomeação do Governador).

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Por fim, no que couber, as regras ao TCU se aplicam aos TCs Estaduais,
do DF e dos Tribunais e Conselhos de contas dos Municípios.

Gabarito: Errado.

105. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Quando o TCU detectar


irregularidades ou abusos na execução de contratos firmados pela
administração pública federal, o Senado Federal poderá determinar-lhes a
imediata sustação, além de poder imputar débito ou multa aos responsáveis.

No art. 71, §1º, temos disposto que, no caso de contratos, a sustação


será realizada pelo Congresso Nacional. Nos outros casos, o
responsável será o TCU, diretamente. O Senado Federal foi só para
tentar te confundir.

Gabarito: Errado.

106. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) A fiscalização exercida pelo


Congresso Nacional sobre a administração pública federal, no que diz respeito
aos aspectos financeiros, não alcança as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, que se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas
privadas.

A fiscalização exercida pelo Congresso Nacional com o auxílio do TCU


tem alcance máximo e afeta, sim, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista. Vamos ler o parágrafo único do art. 70:
“Prestará contas QUALQUER pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou
que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária”.

Gabarito: Errado.

107. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Compete ao TCU aplicar aos
responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário.

O art. 71 traz as competências do TCU. Entre elas, no inciso VIII,


temos exatamente o texto da questão. E quem disse que o CESPE não
cobra decoreba???

Gabarito: Certo.
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108. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) É competência exclusiva do
Congresso Nacional julgar as contas prestadas pelos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder
público federal

Temos que pensar na competência para julgar contas da seguinte


forma:

 Contas do Presidente – Congresso Nacional (parecer prévio do TCU);


 Administradores e demais responsáveis por dinheiros (União) – TCU.

Assim, essa competência é do TCU e não do Congresso Nacional.

Gabarito: Errado.

109. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Cabe à comissão mista de deputados
e senadores, com exclusividade, emitir parecer prévio sobre as contas
prestadas anualmente pelo presidente da República.

As contas do Presidente, antes do julgamento do Congresso Nacional,


são apreciadas e recebem parecer prévio do TCU. Veja no art. 71, I.

Gabarito: Errado.

110. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os auditores do TCU, quando em


substituição a ministro, possuem as mesmas garantias e impedimentos do
titular e, quando estiverem no exercício das demais atribuições da judicatura,
terão as prerrogativas conferidas aos ministros do STJ.

Houve uma mistura por parte da banca. A primeira parte está certinha:
os auditores em substituição a ministro possuem as mesmas garantias
e impedimentos do titular. Nas demais atribuições, suas prerrogativas
são as mesmas das dos juízes do TRF (art. 73, §4). Quem tem
prerrogativas iguais às dos Ministros do STJ são os nove Ministros
titulares do TCU.

Gabarito: Errado.

111. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) De acordo com a CF, os responsáveis


pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, devem comunicá-la ao tribunal de contas, sob pena de
responsabilidade subsidiária.

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Essa é uma pegadinha clássica neste assunto! A responsabilidade do
responsável pelo controle interno que tomar conhecimento de
irregularidade e não comunicá-la ao Tribunal de Contas da União é
SOLIDÁRIA.

Gabarito: Errado.

112. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A CF assegura aos ministros do TCU as


mesmas garantias e prerrogativas conferidas aos ministros do STF.

No art. 73, §3º, temos que os Ministros do TCU terão as mesmas


garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos
Ministros do STJ.

Gabarito: Errado.

113. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Cabe ao TCU apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, nos quais se incluem as nomeações para
cargos de provimento em comissão e para funções de confiança.

As nomeações para cargo de provimento em comissão, de livre


nomeação e exoneração, não são apreciadas pelo TCU, na forma do
art. 71, III.

Gabarito: Errado.

114. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) No auxílio ao controle externo exercido pelo
Congresso Nacional, compete ao TCU julgar as contas prestadas anualmente
pelo presidente da República, pelos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

O Tribunal de Contas da União não tem competência para julgar as


contas do Presidente da República, ficando esta tarefa a cargo do
Congresso Nacional. Em relação a essas contas, o papel do TCU é
apreciá-las e sobre elas emitir um parecer prévio. Em relação às
contas dos demais administradores de dinheiros de responsabilidade
da União, está correto, o TCU terá a competência de julgá-las.

Gabarito: Errado.

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115. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Após a criação do CNJ, o TCU
deixou de ter competência para zelar pela correta aplicação dos princípios
constitucionais no âmbito do Poder Judiciário

O artigo que organiza o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o 103-B.


No seu § 4º, II, está previsto que compete ao CNJ zelar pela
observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a
legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos
do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo
para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento
da lei, SEM PREJUÍZO da competência do Tribunal de Contas da União.

Gabarito: Errado.

116. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista) De acordo com o disposto na CF, compete
ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos
atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as nomeações para cargos de provimento em comissão.

Assunto bastante recorrente em provas! As nomeações para cargo de


provimento em comissão, de livre nomeação e exoneração, não são
apreciadas pelo TCU. Veja no art. 71, III.

Gabarito: Errado.

117. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de
Contas da União, órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza
administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União, é subordinado ao Poder Legislativo, do
qual é órgão auxiliar e de orientação.

Subordinado é um termo muito forte! Rs! Brincadeiras à parte,


utilizamos o termo VINCULADO, pois não há subordinação hierárquica
entre o TCU e o Poder Legislativo. Assim, o TCU é um órgão auxiliar do
Poder Legislativo mas não é subordinado a ele.

Gabarito: Errado.

118. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de
Contas da União é órgão auxiliar e de orientação do Poder Legislativo, e a este
Poder se subordinando, ao qual incumbe a prática de atos de natureza

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administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União.

Parece que as bancas não se cansam de cobrar isso! O TCU não é


subordinado ao Poder Legislativo.

Gabarito: Errado.

119. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) Compete ao
Congresso Nacional exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
patrimonial e operacional da União e das entidades da administração direta e
indireta.

São duas as funções típicas do Poder Legislativo: editar leis e exercer a


fiscalização de que trata o art. 70, trazida corretamente pela questão.

Gabarito: Certo.

120. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) É da competência
exclusiva do Senado Federal julgar anualmente as contas prestadas pelo
presidente da República e apreciar os relatórios acerca da execução dos planos
de governo.

Essa competência é do Congresso Nacional, conforme o art. 49, IX.

Gabarito: Errado.

121. (CESPE - 2010 - ABIN - Agente Técnico De Inteligência) É atribuição do


Tribunal de Contas da União fiscalizar o modo de aplicação de recursos
repassados pela União, a exemplo dos recursos repassados a município para a
construção de estação de tratamento de água.

Se o recurso foi repassado pela União, a competência de fiscalizar sua


guarda ou emprego será do TCU (art. 71, VI).

Gabarito: Certo.

122. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) As decisões


do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo judicial.

A Constituição Federal estabelece que: “Art. 71, § 3º - As decisões do


Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de

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título executivo.” No entanto, esse título executivo não foi emitido pelo
Poder Judiciário, sendo, portanto, um título executivo EXTRA JUDICIAL
e não judicial, como afirma a questão. Lembre-se de que o TCU não
pertence ao Poder Judiciário.

Gabarito: Errado.

123. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha


incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público
junto ao tribunal.

Dos 9 Ministros do TCU, 6 são escolhidos pelo Congresso Nacional. Os


3 restantes são escolhidos pelo Presidente, com aprovação do Senado
Federal, devendo ser separadas da seguinte forma:

 2 vagas entre os auditores do TCU e os membros do MP junto ao


TCU, alternadamente, indicados em lista tríplice pelo Tribunal,
segundo os critérios de antiguidade e merecimento
 1 vaga de livre escolha do Presidente da República, mediante
aprovação do Senado Federal. Veja o esquema:
o Escolha: • 2/3 (6) – escohidos pelo CN
• 1/3 (3) – escolhidos pelo PR • 1 auditor Lista tríplice 
• 1 membro do MP do TCU 
• 1 livre escolha do PR
Gabarito: Certo.

124. (CESPE/Técnico-TCU-2009) No exercício de suas competências constitucionais,


o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio
constitucional do contraditório e da ampla defesa.

A resposta da questão está na súmula vinculante nº 3, que foi editada


pelo STF especificamente para o TCU: “nos processos perante o TCU
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

Gabarito: Errado.

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125. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional lei estadual que estabeleça como
atribuição do respectivo tribunal de contas o exame prévio de validade de
contratos firmados com o poder público.

O controle dos Tribunais de Contas é em regra repressivo. A


Administração Pública celebra, diariamente, milhares de contratos
administrativos. Imagine só se cada um desses contratos tivesse que
ser apreciado pelos Tribunais de Contas antes de serem válidos, isso
seria extremamente improdutivo, além de antieconômico e de
desrespeitar a separação dos poderes.

Gabarito: Certo.

126. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Compete aos tribunais de contas dos estados o


controle de economicidade para verificar se cada órgão procedeu, na aplicação
da despesa pública, de modo mais econômico.

O art. 70 da CF estabelece que “A fiscalização contábil, financeira,


orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
ECONOMICIDADE, aplicação das subvenções e renúncia de receitas,
será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e
pelo sistema de controle interno de cada Poder.”

Assim, pela aplicação do princípio da simetria, os Tribunais de Contas


dos Estados também possuem essa atribuição.

Gabarito: Certo.

127. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as


contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse
tribunal competência para aplicar sanções aos responsáveis quando constatada
a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se
tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional.

O TCU pode, diretamente, aplicar sanções aos responsáveis quando for


constatada a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade
de contas (art. art. 71, VIII).

Gabarito: Errado.

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128. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Não compete ao TCU fiscalizar
a correta aplicação das receitas que os estados e municípios recebem pela
participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto
betuminoso e gás natural.

O STF decidiu que "Embora os recursos naturais da plataforma


continental e os recursos minerais sejam bens da União (CF, art.
20, V e IX), a participação ou compensação aos Estados, Distrito
Federal e Municípios no resultado da exploração de petróleo, xisto
betuminoso e gás natural são receitas originárias destes últimos entes
federativos (CF, art. 20, § 1º). É inaplicável, ao caso, o disposto no art.
71, VI da Carta Magna, que se refere, especificamente, ao repasse
efetuado pela União, mediante convênio, acordo ou ajuste – de
recursos originariamente federais." (MS 24.312, Rel. Min. Ellen Gracie,
julgamento em 19-2-2003, Plenário, DJ de 19-12-2003.)

Gabarito: Certo.

129. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato de


concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do
contraditório e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento.

A resposta da questão está na súmula vinculante nº 3, que foi editada


pelo STF especificamente para o TCU: “nos processos perante o TCU
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão
puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato
de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.”

Gabarito: Errado.

130. (CESPE/TJAA-STF/2008) O TCU, porque dotado de poderes jurisdicionais,


detém poder para determinar a quebra de sigilo bancário de dados constantes
em instituições bancárias acerca de pessoas que estejam sendo por ele
investigadas por irregularidade de contas.

Segundo o STF, "A LC 105, de 10-1-2001, não conferiu ao TCU poderes


para determinar a quebra do sigilo bancário de dados constantes do
Banco Central do Brasil. O legislador conferiu esses poderes ao Poder
Judiciário (art. 3º), ao Poder Legislativo Federal (art. 4º), bem como
às comissões parlamentares de inquérito, após prévia aprovação do
pedido pelo Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou
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do plenário de suas respectivas Comissões Parlamentares de Inquérito
(§ 1º e 2º do art. 4º). Embora as atividades do TCU, por sua natureza,
verificação de contas e até mesmo o julgamento das contas das
pessoas enumeradas no art. 71, II, da CF, justifiquem a eventual
quebra de sigilo, não houve essa determinação na lei específica que
tratou do tema, não cabendo a interpretação extensiva, mormente
porque há princípio constitucional que protege a intimidade e a vida
privada, art. 5º, X, da CF, no qual está inserida a garantia ao sigilo
bancário(...)” (MS 22.801, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em
17-12-2007, Plenário, DJE de 14-3-2008.)

Gabarito: Errado.

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Meus caros Analistas do TRE/PE, chegamos ao final de nossa aula de hoje.


Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o
espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que
A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da
Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.
(Henry Ford)

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VII. QUESTÕES DA AULA

DO PODER LEGISLATIVO

1. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Em razão de regra constitucional


expressa, as deliberações da Câmara dos Deputados serão tomadas por dois
terços dos votos.

2. (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública) Caso um senador


federal assuma o cargo de ministro de Estado do Meio Ambiente, deverá ser
convocado para assumir seu cargo no Senado Federal suplente filiado a seu
partido, ainda que, à época das eleições, tal partido tenha participado de
coligação partidária.

3. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O Senado Federal é composto por


senadores, representantes dos estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o
princípio majoritário.

4. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) O mandato de senador é de quatro


anos.

5. (CESPE - 2014 - ANATEL - Cargos 13, 14 e 15) Considere que uma agência
reguladora, ao editar um ato regulamentar, tenha criado uma obrigação não
prevista em lei. Nessa situação, compete ao Senado Federal sustar o referido
ato.

6. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Compete privativamente ao


presidente da República conceder indulto e anistia.

7. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Os territórios não podem eleger


deputados.

8. (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Diferentemente do que ocorre com


os senadores, cada deputado federal será eleito com dois suplentes.

9. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Os


comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são sempre julgados
pelo Senado Federal, no caso de crime de responsabilidade, e pelo STF, no
caso de crime comum.

10. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


exoneração, de ofício, realizada anteriormente ao término do mandato de

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procurador-geral da República é de competência privativa do Senado Federal e
deve ser aprovada, em votação secreta, por maioria absoluta

11. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)


Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República,
apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio
e televisão, sendo essa atuação conjunta exemplo prático da aplicação da
doutrina dos freios e contrapesos.

12. (CESPE - 2014 - Polícia Federal - Nível Superior) Considere que o Congresso
Nacional, para evitar eventual compromisso gravoso ao patrimônio nacional,
resolva definitivamente acerca de um tratado internacional. Nessa situação, o
ato legislativo, por ser definitivo, deve ser sancionado pelo presidente da
República.

13. (CESPE - 2014 - MDIC - Agente Administrativo) Constitui competência


exclusiva do Congresso Nacional a sustação dos atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

14. (CESPE - 2014 - CBM-CE - Primeiro-Tenente) Após a invasão do quartel central


de uma corporação do corpo de bombeiros de determinado estado por um
grupo de bombeiros grevistas, o governador se manifestou, afirmando que a
greve é inconstitucional e que os grevistas estariam praticando o crime de
motim. Ao participar de um programa de rádio, um ex-bombeiro militar eleito
deputado federal pelo referido estado atacou a honra do governador, com o
objetivo de defender os bombeiros amotinados. Se ocorrer condenação pelo
crime de motim praticado na corporação do corpo de bombeiros, o Poder
Legislativo federal pode, em razão de competência legislativa exclusiva,
conceder anistia aos amotinados.

15. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A


autorização de operações externas de natureza financeira de interesse do DF é
de competência privativa do Senado Federal, sem sanção presidencial.

16. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) Cabe ao Congresso


Nacional, com a sanção do presidente da República, dispor sobre a
incorporação, a subdivisão ou o desmembramento de áreas de territórios ou
estados, ouvidas as respectivas assembleias legislativas.

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17. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador ) O Senado Federal e a Câmara dos
Deputados exercem individualmente competências privativas que lhes são
imanentes e que devem ser desempenhadas sem a interferência da outra casa.

18. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Compete ao Senado Federal


processar e julgar originariamente o presidente da República nas infrações
penais comuns.

19. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) Compete privativamente ao


Senado Federal processar e julgar o procurador-geral da República e o
advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade.

20. (CESPE - 2012 - AGU – Advogado) É do Senado Federal, em caráter privativo,


a competência para processar e julgar os ministros de Estado nos crimes de
responsabilidade, sejam eles crimes autônomos, sejam conexos com crimes da
mesma natureza, praticados pelo presidente ou pelo vice-presidente da
República.

21. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) O Poder Legislativo é composto por
deputados federais, eleitos pelo sistema proporcional, e por senadores, eleitos
pela maioria absoluta do total de eleitores de cada unidade da Federação.

22. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Compete privativamente ao Senado


Federal processar e julgar os ministros do STF e os membros do CNJ nos
crimes de responsabilidade.

23. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete ao Congresso Nacional, com a sanção


do presidente da República, aprovar o estado de defesa e a intervenção
federal, autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas
medidas.

24. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) Compete privativamente à Câmara dos


Deputados autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de
processo contra o presidente e o vice-presidente da República e contra os
ministros de Estado.

25. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O advogado-geral da União e os ministros de Estado


são julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade.

26. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os deputados federais e os


senadores, todos eles eleitos pelo sistema majoritário, representam o povo dos
seus respectivos estados.

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ÓRGÃOS DAS CASAS LEGISLATIVAS

27. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico) As comissões parlamentares de


inquérito regularmente criadas possuem poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais e policiais.

28. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) As CPIs podem ser criadas para a
apuração de fato determinado, ainda que sobre esses mesmos fatos já tenham
sido instaurados inquéritos policiais ou processos judiciais.

29. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Analista Judiciário) Segundo o Supremo Tribunal


Federal (STF), a comissão parlamentar de inquérito cuja criação haja sido
regularmente aprovada no âmbito do Poder Legislativo, a partir de
requerimento da minoria, não pode ter a sua instalação embaraçada pela falta
de indicação de membros pelos líderes partidários.

30. (CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo) As comissões parlamentares


de inquérito são criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal,
em conjunto ou separadamente, para a apuração de fato determinado e por
prazo certo, devendo suas conclusões, se for o caso, ser encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

31. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros –


Remoção) Ofenderá a CF a decisão do plenário da Câmara dos Deputados que,
com base no princípio majoritário, rejeitar a criação de comissão parlamentar
de inquérito para apurar fato certo e determinado, objeto de requerimento de
um terço dos membros da referida casa legislativa.

32. (CESPE - 2014 - MPE-AC) Dada a cláusula de reserva jurisdicional, é vedada à


comissão parlamentar de inquérito criada no âmbito de assembleia legislativa a
determinação de quebra de sigilo bancário.

33. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Agente de Polícia Legislativa) A CF


conferiu às Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal o direito de
requerer informações aos ministros de Estado, mas não o conferiu a
parlamentares individualmente.

34. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) As comissões parlamentares de inquérito têm


poderes próprios das autoridades judiciais, razão pela qual podem determinar
a indisponibilidade de bens da pessoa investigada.

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35. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) Criadas para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, as CPIs devem, por ocasião da redação de
seu relatório final, promover a responsabilidade civil ou criminal daqueles que
forem considerados comprovadamente infratores.

36. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) As CPIs só poderão ser
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados e
(ou) senadores.

37. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) As CPIs só poderão ser
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou
separadamente, mediante requerimento da maioria absoluta dos deputados
e(ou) senadores.

38. (CESPE - 2012 - TJ-RR – Analista) A CF conferiu às Mesas da Câmara dos


Deputados e do Senado Federal o direito de requerer informações aos
ministros de Estado; mas os parlamentares, individualmente, não dispõem
desse direito.

39. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) As comissões parlamentares de


inquérito podem pedir a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico e
determinar a busca e apreensão domiciliar com base nos poderes de
investigação que lhes foram conferidos pela CF.

40. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Embora a comissão parlamentar


de inquérito seja instituída por prazo certo, a prorrogação é admitida, se não
se ultrapassar a legislatura em que foi instalada.

41. (CESPE - 2012 - TJ-RR – Administrador) As comissões parlamentares de


inquérito não podem determinar a busca e a apreensão domiciliar de
investigado, visto que essas medidas sujeitam-se ao princípio constitucional da
reserva de jurisdição.

42. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) Segundo posicionamento do STF, por


força do princípio da simetria, as CPIs estaduais têm poderes para quebrar
sigilo bancário de seus investigados, independentemente de ordem judicial.

43. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) O mandato dos membros das Mesas da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal é de dois anos, vedada a
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente,

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regra, segundo o STF, de reprodução obrigatória para os estados- membros no
âmbito das respectivas assembleias legislativas.

44. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) A existência de procedimento penal


investigatório em trâmite no Poder Judiciário impede a realização de atividade
investigatória por CPI quando os objetos são correlatos, sob pena de ofensa ao
princípio da separação dos poderes.

45. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) O STF considera constitucional regra


estabelecida no âmbito da assembleia legislativa de estado que reconheça
como requisito para a instauração de CPI, além de um terço de assinaturas dos
membros, a aprovação do pedido pela maioria absoluta do plenário da
assembleia legislativa.

46. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Diferentemente das mesas do


Senado Federal e da Câmara dos Deputados, a mesa do Congresso Nacional
será presidida, alternadamente, pelo presidente do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados, com mandato de dois anos.

47. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal devem obediência ao princípio federativo,
razão pela qual não podem investigar questões relacionadas à gestão da coisa
pública estadual, distrital ou municipal.

48. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal podem anular atos do Poder Executivo
quando, no resultado das investigações, ficar evidente a ilegalidade do ato.

49. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal não podem determinar a quebra do sigilo
bancário ou dos registros telefônicos da pessoa que esteja sendo investigada,
dada a submissão de tais condutas à cláusula de reserva de jurisdição.

50. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) Na constituição das


mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e na montagem das
comissões permanentes e temporárias, há de se assegurar, obrigatoriamente,
a representação proporcional, de modo que nenhum partido ou bloco
parlamentar deixe de ser contemplado.

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51. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) De acordo com a doutrina
e jurisprudência, as comissões parlamentares de inquérito instituídas no
âmbito do Poder Legislativo federal têm a missão constitucional de investigar
autoridades públicas e de promover a responsabilidade civil ou criminal dos
infratores.

52. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) A Câmara


dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão
convidar ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à presidência da República para prestarem, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado, desde que seja
agendada a data e a hora com as referidas autoridades.

53. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo posicionamento do


STF, não macula o princípio da separação dos poderes dispositivo previsto em
constituição estadual que contemple a possibilidade de a assembleia legislativa
convocar o presidente do tribunal de justiça para prestar, pessoalmente,
informações acerca de assunto previamente determinado, considerando crime
de responsabilidade a ausência injustificada, por estar em estrita consonância
com o denominado sistema de freios e contrapesos.

54. (CESPE/TRE-MA/2009) O Poder Legislativo, no exercício de sua função


fiscalizadora, pode constituir comissões parlamentares de inquérito, as quais
têm poder para quebrar o sigilo bancário, fiscal e de dados e determinar a
indisponibilidade de bens da pessoa investigada.

55. (CESPE/ANAC/2009) Ofende o princípio constitucional da separação e da


independência dos poderes a intimação de magistrado para prestar
esclarecimentos perante comissão parlamentar de inquérito acerca dos atos de
natureza jurisdicional por ele praticados.
56. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) As comissões parlamentares de inquérito
possuem as mesmas prerrogativas e ônus que as demais autoridades
judiciárias, não se opondo a elas o sigilo imposto a processo sujeito a segredo
de justiça, razão pela qual poderão ter acesso a informações contidas nesses
processos judiciais, desde que assim seja decidido por meio de decisão
devidamente fundamentada.
57. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O Congresso Nacional e suas casas terão
comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as
atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua
criação. Essas comissões poderão, em razão de sua competência, discutir e

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votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa.

DAS REUNIÕES

58. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O Congresso Nacional


reunir-se-á, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1.º de agosto
a 15 de dezembro. Contudo, quando caírem em sábados, domingos ou
feriados, as reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o
primeiro dia útil subsequente.

59. (CESPE - 2011 - AL-ES – Procurador) Em caso de urgência ou interesse público


relevante, a convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá decorrer
de requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, hipótese em que
será dispensada a aprovação do pedido de convocação pelos membros do
Congresso Nacional, já que a própria maioria dos referidos membros a terá
solicitado.

60. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) Além de outros casos
previstos na CF, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão, em
sessão conjunta, para a apreciação de veto presidencial a projeto de lei e
sobre ele deliberar.

61. (CESPE/TRE-MA/2009) Embora o Senado e a Câmara dos Deputados tenham


os seus respectivos presidentes, em caso de urgência ou interesse público
relevante, pode o vice-presidente da República, no exercício da Presidência da
República, fazer a convocação do Congresso Nacional para sessão legislativa
extraordinária.

62. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Os membros do Congresso


Nacional não têm direito ao recebimento de parcela indenizatória em
decorrência de convocação extraordinária.

63. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) Na sessão legislativa extraordinária, o


Congresso Nacional delibera, além da matéria para a qual foi convocado e das
medidas provisórias em vigor na data da convocação, a respeito dos projetos
de lei complementar em regime de urgência.

64. (CESPE/TRE-MA/2009) Por ser o segundo na linha de sucessão do presidente


da República, cabe ao presidente da Câmara dos Deputados fazer a

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convocação de sessão legislativa extraordinária do Congresso Nacional para o
compromisso e a posse do presidente e do vice-presidente da República.

65. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) A convocação


extraordinária do Congresso Nacional pode ser feita pelos presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal e pelo presidente da República,
nos casos taxativamente previstos na CF. Os membros de ambas as casas não
têm competência para propor esse tipo de convocação.

66. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) Conforme a Constituição Federal, as


sessões legislativas do Congresso Nacional devem ocorrer entre 15 de
fevereiro e 30 de junho e entre 1.º de agosto e 15 de dezembro.

ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS

67. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O


entendimento mais recente do STF é de que, havendo a suspensão dos direitos
políticos do parlamentar condenado criminalmente por decisão judicial
transitada em julgado, ocorre, como efeito do trânsito em julgado, a perda
automática do mandato do parlamentar.

68. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) Embora a imunidade material dos deputados e
senadores exclua a responsabilidade criminal, civil, disciplinar e política por
suas opiniões, palavras e votos, tal imunidade é prerrogativa de ordem
subjetiva que pode ser objeto de renúncia pelo congressista.

69. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) Caso um parlamentar conceda


declarações à imprensa, ainda que fora do ambiente de trabalho, e tais
manifestações estejam vinculadas ao exercício do mandato, incidirá sobre essa
atuação a cláusula de inviolabilidade constitucional.

70. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Se um


deputado federal emitir sua opinião, fora do Congresso Nacional, e
determinado cidadão sentir-se ofendido por tal opinião, nada poderá ser feito,
no âmbito legal, em defesa do cidadão, pois, nesse caso, o deputado será
inviolável civil e penalmente pela sua opinião, por possuir imunidade
parlamentar material absoluta.

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71. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário) Desde a expedição do diploma, a
imunidade formal protege o parlamentar contra a prisão, inclusive a civil,
ressalvada a hipótese de flagrante de crime inafiançável.

72. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Em razão


da denominada imunidade formal, os membros do Congresso Nacional são
invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e
votos, desde que proferidos no exercício de suas funções parlamentares.

73. (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública) Somente após o


voto da maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados, o STF
poderá receber denúncia criminal contra deputado federal por crime ocorrido
após a diplomação.

74. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) As imunidades parlamentares


são prerrogativas que decorrem do efetivo exercício da função parlamentar e
estendem-se aos suplentes, mesmo que estes não tenham assumido o cargo
ou não estejam em seu efetivo exercício.

75. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) As opiniões que forem manifestadas fora
do recinto legislativo pelo parlamentar federal estarão acobertadas pela
imunidade material, hipótese que não se estende aos deputados estaduais e
vereadores.

76. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A imunidade material contempla eficácia


temporal absoluta no sentido de que, mesmo após o término do mandato, os
deputados e senadores conservam a imunidade material sobre as opiniões ou
palavras proferidas no exercício deste.

77. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) No sistema brasileiro, a denominada


imunidade formal em relação à prisão do parlamentar é absoluta, já que, após
a diplomação, os deputados e senadores não poderão ser presos.

78. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A imunidade formal em relação ao


processo se estende aos crimes praticados antes da diplomação.

79. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Na imunidade formal em relação ao


processo, o partido político pode provocar a respectiva casa legislativa para
que haja uma apreciação sobre a sustação da ação penal que esteja em
trâmite perante o STF, porém a deliberação no sentido da suspensão da ação
penal não suspenderá a prescrição.

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80. (CESPE/TJAA-TRE-BA/2010) De acordo com a Constituição Federal de 1988, o
deputado federal que for investido em cargo de secretário de Estado,
independentemente da pasta que assumir, perderá seu mandato de deputado.

81. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os deputados federais e os


senadores não podem assumir cargo de confiança na direção de empresas
públicas ou sociedades de economia mista da União.

82. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Desde a expedição do


diploma, deputados federais e senadores estão sujeitos a julgamento perante o
STF, o qual, ao receber a denúncia contra congressista, deverá solicitar
autorização à respectiva Casa para prosseguir com a ação penal.

83. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal é assegurada imunidade formal, não
podendo eles sofrer persecução penal pela prática de delitos, sem prévia
licença da respectiva câmara municipal.

84. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal não são asseguradas imunidades
formais nem materiais.

85. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado – 2) O deputado ou senador


licenciado para exercer o cargo de ministro de Estado, governador ou
secretário estadual, ou que estiver licenciado para tratar de interesse
particular, poderá optar pela remuneração do mandato, desde que, neste
último caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias.

86. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal são asseguradas apenas as
imunidades materiais, visto que lhes é garantida a inviolabilidade por suas
opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do
município.

87. (CESPE - 2009 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Segundo a CF, aos
membros do Poder Legislativo municipal são asseguradas, em observância ao
princípio da simetria, as mesmas prerrogativas formais e materiais garantidas
aos membros do Poder Legislativo federal.

88. (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) A imunidade formal garante ao


parlamentar, desde a expedição do diploma, a impossibilidade de, em qualquer

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caso ou circunstância, ser ou permanecer preso ou ser processado sem
autorização de sua respectiva Casa legislativa.

89. (CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A imunidade parlamentar de deputado


estadual não alcança as ofensas proferidas fora da casa legislativa, mesmo
quando estas possam ter conexão com a atividade parlamentar.

DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

90. (CESPE - 2014 - MPE-AC) Ao tribunal de contas estadual, órgão auxiliar


integrante do Poder Legislativo estadual, compete julgar as contas prestadas
anualmente pelo governador e pelos prefeitos, sendo vedada a criação de
tribunais de contas municipais.

91. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) As competências


constitucionais dos tribunais de contas incluem a apreciação da legalidade dos
atos de admissão de pessoal, para fins de registro, e as nomeações para
cargos de provimento em comissão.

92. (CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) O TCU não
possui competência para sustar contratos administrativos, devendo tal conduta
ser adotada diretamente pelo Congresso Nacional. Entretanto, possui o TCU
competência para determinar à autoridade administrativa que promova a
anulação do contrato e, se for o caso, da licitação de que se originou.

93. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) O


Tribunal de Contas da União tem a competência de apreciar e julgar
anualmente as contas prestadas pelo presidente da República e por demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta da União.

94. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O TCDF, no exercício do


controle externo, não pode determinar a suspensão de benefícios garantidos
por decisão judicial transitada em julgado, ainda que o direito reconhecido pelo
judiciário esteja em desconformidade com jurisprudência dominante do STF.

95. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O TCDF possui


competência constitucional para determinar diretamente a quebra dos sigilos
bancário e fiscal, desde que tal medida esteja relacionada ao controle externo.

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96. (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública - Sistemas de TI)
Ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, os responsáveis pelo
controle interno dos três poderes da União devem comunicá-la ao TCU, sob
pena de responsabilização solidária com o infrator.

97. (CESPE - 2014 - MDIC - Analista) É de competência exclusiva do Congresso


Nacional o julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da
República, cabendo ao Tribunal de Contas da União emitir parecer prévio sobre
essas contas.

98. (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Caso constate


ilegalidade na execução de contrato administrativo, o tribunal de contas deverá
assinar prazo para a adoção das providências necessárias ao cumprimento da
lei, podendo sustar, se não atendido, a execução do referido contrato.

99. (CESPE - 2014 - TCE-PB - Procurador) Considerando que lei estadual, de


iniciativa parlamentar, viesse a revogar dispositivos da Lei Orgânica do TCE/PB
(LO-TCE/PB) que versem acerca da organização desse tribunal e considerando
que o TCE/PB é órgão auxiliar do Poder Legislativo, cabe a este a iniciativa de
lei que disponha sobre a LO-TCE/PB, razão por que a lei em consideração seria
constitucional.

100. (CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz) O modelo federal de composição do tribunal de


contas previsto na CF é de observância obrigatória pelos estados, inclusive no
que se refere à proporção que deve ser observada entre as carreiras de auditor
ou de membro do MP na indicação dos conselheiros.

101. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O controle interno deve,
entre outras finalidades, comprovar a legalidade e avaliar os resultados,
quanto à eficácia e eficiência, não apenas da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e nas entidades da administração federal, mas também
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

102. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista) O Tribunal de Contas da


União (TCU) poderá realizar — por iniciativa própria, da Câmara dos
Deputados, do Senado Federal, de comissão técnica ou de inquérito —
inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário.

103. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) Ao tomarem conhecimento de


qualquer irregularidade ou ilegalidade ocorrida no âmbito do Poder Executivo,
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do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, os responsáveis pelo controle
interno dela devem dar ciência à Controladoria Geral da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

104. (CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Juiz) As normas da CF que versam sobre o
TCU aplicam-se à organização e à fiscalização dos tribunais de contas dos
estados e do DF, cabendo às respectivas casas legislativas estabelecer o
número de conselheiros dessas cortes de contas e a sua forma de nomeação.

105. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Quando o TCU detectar


irregularidades ou abusos na execução de contratos firmados pela
administração pública federal, o Senado Federal poderá determinar-lhes a
imediata sustação, além de poder imputar débito ou multa aos responsáveis.

106. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) A fiscalização exercida pelo


Congresso Nacional sobre a administração pública federal, no que diz respeito
aos aspectos financeiros, não alcança as empresas públicas e as sociedades de
economia mista, que se sujeitam ao regime jurídico próprio das empresas
privadas.

107. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Compete ao TCU aplicar aos
responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas,
as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário.

108. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) É competência exclusiva do


Congresso Nacional julgar as contas prestadas pelos administradores e demais
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder
público federal

109. (CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz) Cabe à comissão mista de deputados
e senadores, com exclusividade, emitir parecer prévio sobre as contas
prestadas anualmente pelo presidente da República.

110. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) Os auditores do TCU, quando em


substituição a ministro, possuem as mesmas garantias e impedimentos do
titular e, quando estiverem no exercício das demais atribuições da judicatura,
terão as prerrogativas conferidas aos ministros do STJ.

111. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) De acordo com a CF, os responsáveis


pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou

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ilegalidade, devem comunicá-la ao tribunal de contas, sob pena de
responsabilidade subsidiária.

112. (CESPE - 2011 - AL-ES - Procurador) A CF assegura aos ministros do TCU as


mesmas garantias e prerrogativas conferidas aos ministros do STF.

113. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) Cabe ao TCU apreciar, para fins de registro, a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, nos quais se incluem as nomeações para
cargos de provimento em comissão e para funções de confiança.

114. (CESPE - 2011 - TJ-PB - Juiz) No auxílio ao controle externo exercido pelo
Congresso Nacional, compete ao TCU julgar as contas prestadas anualmente
pelo presidente da República, pelos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta.

115. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Após a criação do CNJ, o TCU
deixou de ter competência para zelar pela correta aplicação dos princípios
constitucionais no âmbito do Poder Judiciário

116. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista) De acordo com o disposto na CF, compete
ao Tribunal de Contas da União apreciar, para fins de registro, a legalidade dos
atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as nomeações para cargos de provimento em comissão.

117. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de
Contas da União, órgão ao qual incumbe a prática de atos de natureza
administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União, é subordinado ao Poder Legislativo, do
qual é órgão auxiliar e de orientação.

118. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) O Tribunal de
Contas da União é órgão auxiliar e de orientação do Poder Legislativo, e a este
Poder se subordinando, ao qual incumbe a prática de atos de natureza
administrativa concernentes à fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União.

119. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) Compete ao
Congresso Nacional exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
patrimonial e operacional da União e das entidades da administração direta e
indireta.

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120. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª Região (RN) - Analista Judiciário) É da competência
exclusiva do Senado Federal julgar anualmente as contas prestadas pelo
presidente da República e apreciar os relatórios acerca da execução dos planos
de governo.

121. (CESPE - 2010 - ABIN - Agente Técnico De Inteligência) É atribuição do


Tribunal de Contas da União fiscalizar o modo de aplicação de recursos
repassados pela União, a exemplo dos recursos repassados a município para a
construção de estação de tratamento de água.

122. (CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle Externo – Direito) As decisões


do Tribunal de Contas da União de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo judicial.

123. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha


incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público
junto ao tribunal.

124. (CESPE/Técnico-TCU-2009) No exercício de suas competências constitucionais,


o TCU deve observar, em todo e qualquer procedimento, o princípio
constitucional do contraditório e da ampla defesa.

125. (CESPE/Auditor-TCU/2009) É inconstitucional lei estadual que estabeleça como


atribuição do respectivo tribunal de contas o exame prévio de validade de
contratos firmados com o poder público.

126. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Compete aos tribunais de contas dos estados o


controle de economicidade para verificar se cada órgão procedeu, na aplicação
da despesa pública, de modo mais econômico.

127. (CESPE/Técnico-TCU/2009) A CF conferiu ao TCU a competência para julgar as


contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, porém não atribuiu a esse
tribunal competência para aplicar sanções aos responsáveis quando constatada
a ocorrência de ilegalidade de despesa ou de irregularidade de contas, por se
tratar de competência exclusiva do Congresso Nacional.

128. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Não compete ao TCU fiscalizar
a correta aplicação das receitas que os estados e municípios recebem pela
participação ou compensação no resultado da exploração de petróleo, xisto
betuminoso e gás natural.

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129. (CESPE/Procurador-BACEN/2009) O TCU, ao apreciar a legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, deve assegurar ao servidor o exercício do
contraditório e da ampla defesa, sob pena de nulidade do procedimento.

130. (CESPE/TJAA-STF/2008) O TCU, porque dotado de poderes jurisdicionais,


detém poder para determinar a quebra de sigilo bancário de dados constantes
em instituições bancárias acerca de pessoas que estejam sendo por ele
investigadas por irregularidade de contas.

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VIII. GABARITO

Poder Legislativo

1. E 2. E 3. C 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. E 10. C

11. E 12. E 13. C 14. E 15. C 16. C 17. C 18. E 19. C 20. E

       
21. E 22. C 23. E 24. C 25. E 26. E

Órgãos internos das Casas Legislativas

27. E 28. C 29. C 30. C 31. C 32. E 33. C 34. E 35. E 36. E

37. E 38. C 39. E 40. C 41. C 42. C 43. E 44. E 45. E 46. E

47. C 48. E 49. E 50. E 51. E 52. E 53. E 54. E 55. C 56. E

                 
57. C

Das reuniões

 
58. E 59. E 60. C 61. C 62. C 63. E 64. E 65. E 66. E

Estatuto dos congressistas

67. E 68. E 69. C 70. E 71. C 72. E 73. E 74. E 75. E 76. C

77. E 78. E 79. E 80. E 81. C 82. E 83. E 84. E 85. E 86. C

             
87. E 88. E 89. E

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Da Fiscalização COFOP

90.E 91.E 92.C 93.E 94.C 95.E 96.C 97.C 98.E 99.

100. C 101. C 102. C 103. E 104. E 105. E 106. E 107. C 108. E 109. E

110. E 111. E 112. E 113. E 114. E 115. E 116. E 117. E 118. E 119. C

120. E 121. C 122. E 123. C 124. E 125. C 126. C 127. E 128. C 129. E

                 
130. E

   

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IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br

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