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Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Introdução ao Cálculo de Reatores I

Vinicius Vescovi

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CALENDÁRIO ACADÊMICO

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CALENDÁRIO ACADÊMICO

1ª avaliação: 13/12/2017

2ª avaliação: 22/01/2018

3ª avaliação: 05/03/2018

Substitutiva: 12/03/2018

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NOTAS

EXCELENTE: Para nota final 9,0 – 10,0

BOM: Para nota final 7,0 – 8,9

REGULAR: Para nota final 5,0 – 6,9

INSUFICIENTE: Para nota final 0,0 – 4,9

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 LEVENSPIEL, O. Engenharia das reações químicas, 3ª ed., São Paulo:


Edgard Blücher, 2000.

 FOGLER, H. S. Elementos de engenharia das reações químicas, 3ª


ed., Rio de Janeiro: LTC, 2002.

 SCHMAL, M. Cinética e reatores: Aplicação na Engenharia Química,


1ª ed., Rio de Janeiro: Synergia Editora, 2010.

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Processos Industriais

Figura 1: Etapas de processos químicos.

Tratamento Físico Tratamento Químico ou Bioquímico


 Filtração;  Cristalização;
 Envolve o estudo da engenharia das reações
 Secagem;  Destilação;
químicas.
 Evaporação  E outros.

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Processos Industriais

 O tratamento químico pode ser uma operação irrelevante


economicamente, talvez um simples tanque de mistura. No
entanto, é frequentemente a etapa de tratamento químico é o
coração de um processo, sendo responsável pelo seu sucesso ou
fracasso econômico.

 O tratamento químico ou bioquímico envolve o estudo da


engenharia das reações químicas, sendo de um modo geral o
coração de qualquer processo químico.
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Engenharia das reações químicas

Estudo da
Transformação Engenharia
engenharia das
reações Química

 A seleção de um sistema que opere de forma mais segura e eficiente é a


chave para o sucesso de uma planta.
 Projetar um reator se ele qual for não é uma tarefa de rotina.
 No projeto de um reator utilizamos conhecimento de diversas áreas, como:.
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Projeto de Reatores
Informações e conhecimentos
envolvidos no projeto de reatores:

 Termodinâmica;
 Cinética das reações;
 Mecânica dos fluidos;
 Transferência de massa e calor.
 Determinar a relação entre os processos pode ser um tarefa difícil, assim deve-se partir de
caso mais simples até os mais complexos. 9
Classificação dos Reatores
 Por reator deve-se entender o volume ocupado pelo sistema formado
pelos reagentes e produtos envolvidos no processo de transformação,
química ou biológica, bem como a forma de alimentação e retirada dos
componentes do sistema.

Reator Batelada ou Descontínuo

Reator Tubular de Fluxo Contínuo (PFR)

Reator Contínuo de Tanque Agitado (CSTR)


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Classificação dos Reatores
Reator Batelada ou Descontínuo
Principais caraterísticas

 Reator simples e de baixo custo;


 Não há entrada e nem saída de fluxo enquanto as reações
estão sendo processadas.
 Ideal para estudos cinéticos em escala experimental;
 Perfeitamente misturado, ou seja, não há variação na taxa
de reação ao longo do volume de reator. Isto significa que as
concentrações uniformes.
 Utilizado geralmente para processos de pequena escala, por
exemplo química fina;
 Permite altas conversões;
Figura 2: Reator batelada. 11
Classificação dos Reatores
Reator Batelada ou Descontínuo

Principais caraterísticas
 Variabilidade de produtos entre diferentes batelada;
 Dificuldade de produção em larga escala .
 Longo período de limpeza, carregamento e
descarregamento.

Figura 2: Reator batelada. 12


Classificação dos Reatores
Reator Tubular de Fluxo Contínuo (PFR)
Principais caraterísticas
 Aplicado em larga escala (funcionamento contínuo);
 Baixo custo de operação frente ao reator batelada;
 Qualidade do produto varia muito pouco;
 Normalmente operado em estado estacionário;
 Apresenta baixa queda de pressão;
 Alto custo inicial;
 Dificuldade de controle temperatura e composição;
 Exige controle contínuo e instrumentos de grande
precisão para o controle das variáveis (alto custo);
Figura 3: Reator PFR. 13
Fonte: http://en.bhdt.at/produkte/hochdrucksysteme/ldpe_anwendungen/rohrreaktoren_zwischenkuehler_produktkuehler
Classificação dos Reatores
Reator Contínuo de Tanque Agitado (CSTR)
Principais caraterísticas
 Empregado largamente pela indústria;
 Usado principalmente em reações líquidas;
 Oferece bom controle da velocidade de reação;
 Normalmente operado em estado estacionário;
 Exige controle contínuo e instrumentos de grande
precisão para o controle das variáveis (alto custo);
 Não pode apresentar caminho preferencial;
Figura 4: Reator CSTR.
 Sobrecargas ou entupimento s da tubulação pode
causar a imediata do reator.
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Projeto de Reatores

 No projeto de reatores, queremos obter informações como: qual o tempo


de reação para converte o produto, qual o tamanho do reator, qual tipo de
reator e que método de operação são os mais indicados.

 Assim o ponto de partida para um projeto é o balanço material, que pode


ser expresso para qualquer reagente ou produto. Esse balanço deve ser
realizado em um volume de sistema com suas fronteiras definidas

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Projeto de Reator
Balanço de Massa

Figura 5: Balanço no volume do sistema.

Taxa de j0 que Taxa de j que Taxa de geração de j Taxa de


entra no sistema - entra no sistema + por reação química = acumulo de j
com o tempo com o tempo dentro do sistema no sistema

𝒅𝑵𝑱
𝑭𝒋𝟎 − 𝑭𝒋 + 𝑮𝒋 = (1)
𝒅𝒕 16
Classificação das Reações Químicas
Podem ser classificadas quanto:

Fase – Homogênea e Heterogênea

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Classificação das Reações Químicas
Sistema Homogêneo
S
P
S S
S
S S S SS S P
S S S S S
S S S
S S S S S
S S S S
S S S S
S S
S S S P S
S S S S
S S S S
S S
S S S S S
S S S P Figura 7: Sistema homogêneo.

S S S
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Cinética de Reações Químicas
Sistema Heterogêneo

• Reagentes e catalisadores em fases distintas

Sistema Heterogêneo A
Catalisador na superfície de um sólido

Sistema Heterogêneo B
Catalisador na superfície e no interior da
Figura 8: Sistema homogêneo.
partícula porosa
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Sistema Heterogêneo

1 – Transferência de massa via difusão dos reagentes da fase fluida para a superfície
externa do catalisador.
2 – Difusão do reagente a partir da entrada do poro, através dos poros do catalisador,
para a vizinhança da superfície interna.
3 – Adsorção do reagente A na superfície do sítio catalítico.
4 – Reação propriamente dita no catalisador (exemplo, AP).
5 – Dessorção dos produtos da superfície do catalisador.
6 – Difusão dos produtos para a entrada do poro da partícula porosa.
7 – Transferência de massa dos produtos da superfície externa para o interior da fase
fluída.
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Catalise Heterogênea SUPORTE POROSO

• Reação ocorre em todo o volume


S de suporte onde haja enzima
imobilizada

• Película de fluído em torno do


suporte  possível presença de
resistência externa ao transporte
que limite a velocidade de
consumo de S

• S difundir pelo interior do suporte


(onde o fluido que preenche os
Catalisador poros do catalisador também é
fluído estagnado)
Filme estagnado

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Catalise Heterogênea SUPORTE POROSO

• Reação ocorre em todo o volume


de suporte onde haja enzima
imobilizada

• Película de fluído em torno do


suporte  possível presença de
resistência externa ao transporte
P
que limite a velocidade de
consumo de S

• S difundir pelo interior do suporte


(onde o fluido que preenche os
Catalisador poros do catalisador também é
fluído estagnado)
Filme estagnado

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Classificação das Reações Químicas
Podem ser classificadas quanto:

Fase – Homogênea e Heterogênea

Equilíbrio – Irreversível e Reversível

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Classificação das Reações Químicas
Equilíbrio – Reação Irreversível

A + B P
-rA = k1CA1CB1 - Reação direta

Equilíbrio – Reação Reversível

A + B P
-rA = k1CA1CB1 - Reação direta
-rA = k1CA1CB1 - k2CP1 – Reação direta e inversa

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Classificação das Reações Químicas
Podem ser classificadas quanto:

Fase – Homogênea e Heterogênea

Equilíbrio – Irreversível e Reversível

Seletividade – Simples ou múltipla

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Classificação das Reações Químicas
Seletividade da Reação – Simples ou múltipla

Reação – Simples
A+B P

Reação – Paralela
Competitiva Paralela
P
OU A P
A
R B R

Reação – Série
APR 27
Classificação das Reações Químicas
Podem ser classificadas quanto:

Fase – Homogênea e Heterogênea

Equilíbrio – Irreversível e Reversível

Seletividade – Simples ou múltipla

Mecanismo de reação – Elementar e Não Elementar

Ordem da Reação

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Classificação das Reações Químicas
Mecanismo de reação – Elementar e Não Elementar
Reação elementar:

 Onde todos os reagentes estão envolvidos na etapa lenta da reação.

A + B ---> AB ---> Etapa lenta da reação

Reação não elementar:

 Reações cujo mecanismo ocorre sem a participação de todos os reagentes


na etapa lenta da reação.

---> Etapa lenta da reação A + B ---> AB ---> R


---> Etapa rápida da reação AB ---> R 29
Cinética das Reações Químicas
Ordem de Reação

Reação: + bB  pP -rA = kCAαCBβ α e β --> São coeficientes


aA
estequiométricos da reação.

 Primeira ordem: A  P -rA = kCA1

 Segunda ordem: A + B  P -rA = kCA1CB1

 Terceira ordem: A + 2B  pP -rA = kCA1CB2

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Classificação das Reações Químicas
Podem ser classificadas quanto:

Fase – Homogênea e Heterogênea

Equilíbrio – Irreversível e Reversível

Seletividade – Simples ou múltipla

Mecanismo de reação – Elementar e Não Elementar

Ordem da Reação

Efeito da temperatura – Isotérmica ou Não Isotérmica 31


Taxa de Reação
Definição:

Taxa de formação de produto ou de consumo de reagentes, por


unidade de volume, representando a variação do número de
moles formados ou desaparecidos.

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Taxa de Reação
Exemplo :
Um motor de foguete, queima uma mistura estequiométrica de combustível
(hidrogênio líquido) em oxidante (oxigênio líquido). A câmara de combustão é
cilíndrica, com 75 cm de comprimento e 60 cm de diâmetro. O processo de
combustão produz 108 kg/s de gases de exaustão. Se a combustão for completa,
encontre as taxas de reação do hidrogênio e do oxigênio.

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Taxa de Reação
Exemplo 1:

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