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INTRODUÇÃO E REFERENCIAL TEÓRICO

Os processos químicos industriais são planejados para produzirem, de modo


econômico, um determinado produto a partir de uma variedade de materiais e através de
sucessivas etapas de tratamento. As matérias primas sofrem tratamentos físicos que as
colocam em condições de reagir quimicamente, passam ao reator e os produtos da
reação recebem tratamentos físicos – separações, purificações, etc. – para que se possa
obter o produto final nas condições planificadas (LEVENSPIEL, 1974).

O projeto do equipamento utilizado nas etapas do tratamento físico é um estudo de


operações unitárias. Economicamente, essa poderá ser uma etapa inconsequente se
tivermos um simples tanque de mistura. De um modo geral, entretanto, o estágio dos
tratamentos químicos é o coração do processo, responsável pelo fracasso ou sucesso
econômico do mesmo (LEVENSPIEL, 1974).

O projeto de um reator não é trabalho de rotina, podendo existir vários projetos para
um mesmo processo e, na escolha, nem sempre é o custo do reator que deve ser
minimizado. O projeto pode incluir um reator de baixo custo, mas exigir, para materiais
que deixam a unidade, tratamentos de custo bem superiores aos dos demais projetos.
Assim, devemos orientar a escolha encarando o processo como um todo (LEVENSPIEL,
1974).

O planejamento dos reatores químicos é provavelmente a função que mais justifica a


existência da engenharia química como um ramo distinto da engenharia
(LEVENSPIEL, 1974).

1.1. Reator batelada

Um reator em batelada é usado para operações em pequena escala, para testar novos
processos que não tenham sido desenvolvidos completamente, para a fabricação de
produtos caros e para processos que sejam difíceis de converter em operações continuas.
O reator pode ser carregado por meio de orifícios no topo. O reator em batelada tem a
vantagem de altas conversões que podem ser obtidas deixando o reagente no reator por
longos períodos de tempo; porém, ele tem desvantagens, tais como altos custos de

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operação, variabilidade de produtos em batelada a batelada e dificuldade de produção
em larga escala (FOGLER, 1991).

Um reator em batelada não tem entrada e nem saída de reagentes ou produtos


enquanto a reação está correndo (FOGLER, 1992).

Figura 2 – Esquema de um reator Batelada.

1.2. Reator PFR

O primeiro dos dois reatores de fluxo contínuo ideais é conhecido como de fluxo
pistonado (plug flow), fluxo tubular (tubular flow), fluxo em camadas (plug fow), ou
reator de fluxo contínuo sem retorno e sem mistura (unmixed flow reactor) e se
encontra esquematizado na Figura 3. Aqui, será tratado pelo nome de reator PFR.
Caracteriza-se por apresentar um escoamento ordenado dos elementos fluidos.

Consequentemente, nesse tipo de reator, não haverá difusão ao longo do


percurso e nem diferença de velocidade entre dois elementos quaisquer do fluido; tudo
se passa como se os reagentes caminhassem ao longo do reator numa única fila
ordenada. Na realidade, um reator PFR pode apresentar um misturador lateral, todavia não
deve haver qualquer mistura de fluidos ao longo de seu percurso. Uma condição necessária
e suficiente num reator tubular é a constância do tempo de permanência para qualquer
elemento fluido.

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Figura 3 – Esquema de um reator PFR.

1.3. Reator CSTR


O outro reator contínuo, reator de mistura (backmixed reactor, backmix reactor),
reator com agitação ou CSTR (constante flow stirred tank reactor), como seu próprio
nome indica, consta de um reator em que todo o conteúdo é agitado, mantendo-se
composição constante ao longo do reator. Assim sendo, a mistura na saída tem a mesma
composição da mistura na interior do tanque. Aqui, será tratado pelo nome de reator CSTR
(LEVENSPIEL, 1974).

Figura 4 – Esquema de uma reator CSTR.

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