Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
5 Ano Coletanea de Textos Lingua Portuguesa PDF
5 Ano Coletanea de Textos Lingua Portuguesa PDF
o
COLETÂNEA DE TEXTOS
LÍNGUA PORTUGUESA
5 ANO
o
COLETÂNEA DE TEXTOS
LÍNGUA PORTUGUESA
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice-Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
.......................................................................................................................................
Intituição Parceira:
Escola de Formação Permanente do Magistério- ESFAPEM
Ana Rosa de Andrade Parente - Direção
Cristiane Coelho Ferreira Gomes - Coordenação dos Programas de Formação
Artais Pinheiro de Andrade Cunha - Acompanhamento dos Programas de Formação
Samara Mesquita Lucas - Acompanhamento dos Programas de Formação
Maria Wanderliza Dias Angelim - Assistente Técnica
Wilson Linhares - Assistente técnico
Colaboradores:
Professores formadores de Língua Portuguesa:
- Ana Fábia Cruz Barbosa
- Francisca Elizabeth de Andrade Lima
- Francisco Jackson Moreira de Sampaio
- Francisca Lucélia Pereira Saldanha
- Iana Mamede Accioly
- Kátia Cristina Gomes Lino
- Luidmila Tomaz Sá
- Marieta Parente Sobreira
......................................................................................................................................
Design
Jozias Rodrigues
Ilustração
Alexandre de Souza, Cris Soares, LEOBDSS
Revisão
Escola de Formação Permanente do Magistério- ESFAPEM
Apresentação
Cara professora,
Caro professor,
Cordialmente,
SUMÁRIO
Texto 01 - Fábula............................................................................................................................... 9
Texto 02 - Na minha escola todo mundo é igual...................................................................10
Texto 03 - Trava-língua..................................................................................................................12
Texto 04 - História em quadrinhos.............................................................................................13
Texto 05 - Chapeuzinho vermelho..............................................................................................14
Texto 06 - Parlenda.........................................................................................................................15
Texto 07 - Ora bolas........................................................................................................................16
Texto 08 - A onça e o saci.............................................................................................................17
Texto 09 - Chuva pega-bobo........................................................................................................19
Texto 10 - O louco e o cachorro do louco................................................................................20
Texto 11 - Leonardo da Vinci........................................................................................................21
Texto 12 - Porque as zebras são listradas.................................................................................24
Texto 13 - Diárionda-feira............................................................................................................25
Texto 14 - O casalzinho................................................................................................................26
Texto 15 - Bolo formigueiro.........................................................................................................27
Texto 16 - Reportagem..................................................................................................................28
Texto 17 - Pet: pra quê te quero.................................................................................................29
Texto 18 - Como se fosse dinheiro.............................................................................................31
Texto 19 - Diário..............................................................................................................................33
Texto 20 - A bela e a fera..............................................................................................................34
Texto 21 - A assembleia dos ratos..............................................................................................35
Texto 22 - Pão de minuto..............................................................................................................36
Texto 23 - Barangandão arco-íris...............................................................................................37
Texto 24 - Biografia........................................................................................................................38
Texto 25 - Aladim e a lâmpada maravilhosa...........................................................................40
Texto 26 - A lua que eu te dei.....................................................................................................42
Texto 27 - Cuidado com o menino.............................................................................................43
Texto 28 - Pagaio congelado........................................................................................................48
Texto 29 - Um curumin, um pajé e a lenda do Ceará...........................................................49
Texto 30 - Poema do tamanho.....................................................................................................52
Texto 31 - Parlenda.........................................................................................................................53
Texto 32 - Cecília Meireles...........................................................................................................54
Texto 33 - Quem é vivo sempre aparece...................................................................................56
Texto 34 - Meu diário,....................................................................................................................57
Texto 35 - A nova imortal.............................................................................................................58
Texto 36 - A turma..........................................................................................................................60
Texto 37 - Adivinha.........................................................................................................................62
Texto 38 - Reportagem ................................................................................................................63
Texto 39 - Voz na linha..................................................................................................................64
Texto 40 - Resolução......................................................................................................................65
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
9
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 01
Fábula1
O GALO E A RAPOSA
Jean de La Fontaine
Um galo velho e sábio estava empoleirado nos ramos de uma árvore. Nisto, aproximou-se uma
raposa que lhe disse em tom meloso:
- Irmão, agora há paz no reino dos animais e, por isso, já não sou tua inimiga. Desce do ramo para
que possamos celebrar a nossa amizade com um beijo. Depressa, porque hoje tenho muito que fazer.
- Irmã raposa - replicou o galo - esperemos pelos dois galos que se aproximam. De certo que
também eles ficarão contentes com essa notícia e, assim, poderemos beijar-nos uns aos outros.
- Adeus! - respondeu a raposa. - Estou cheia de pressa. Celebraremos a nossa amizade noutro dia.
Dito isto, desatou a correr o mais depressa que pode, furiosa com o galo e cheia de medo dos cães.
Moral da história:
É mais fácil combater os malvados com as suas próprias artimanhas.
1 TEXTO 1 - Gênero: Fábula. Total de palavras para prática de fluência leitora: 151.
Retirado de: http://nonio.eses.pt/fabulas/
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
10
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 02
Tem gente que não tem braço Tem criança gorda, magra,
E que só joga no gol Alta, baixa, rica e pobre
Tem outro que não escuta Mas todos são importantes
Mas que dança rock-and-roll Como prata, ouro e cobre
Tem uns que não podem falar Tem gente que aprende depressa
Mas com gestos, caras e bocas Tem gente que demora um pouco
E com ajudinha da gente Mas isso não faz diferença
Até xavecam as garotas Porque um ensina para o outro
2 TEXTO 2 - Gênero: Poesia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 353.
Ramos, Rossana. Todo mundo é igual. São Paulo: Editora Cortez, 2008.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
11
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 03
Trava-língua3
MOLENGA
Maria-mole é molenga.
Se não é molenga
Não é maria-mole.
É coisa malemolente,
Nem mala, nem mola,
Nem maria, nem mole.
O TECELÃO
3 TEXTO 3 – Gênero: Trava-línguas. Total de palavras para prática de fluência leitora: 42.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
13
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 04
História em quadrinhos4
4 TEXTO 4 – Gênero: História em quadrinhos. Total de palavras para prática de fluência leitora: 85.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
14
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 05
Chapeuzinho vermelho5
Era uma vez uma linda menina que morava com sua mãe, perto da floresta. Ganhou da avó um ca-
puz vermelho que passou a usar sempre. Por isso, todos passaram a chamá-la de Chapeuzinho Vermelho.
Numa manhã, sua mãe mandou-a à casa da avó, que estava doente, levar bolo e manteiga.
Antes de sair, a mãe recomendou à filha que, durante a viagem, não parasse para conversar com
estranhos.
No caminho, a menina encontrou um enorme lobo. Como não conhecia as artimanhas do animal,
começou a conversar com ele. Muito esperto, o lobo convenceu a menina a ir por um caminho que
era o mais longo.
Com isso, o bicho chegou primeiro à casa da avó. Bateu na porta, imitando a voz de Chapeuzinho.
A avó disse:
- Entre, minha netinha.
Então, o lobo entrou, devorou a pobre vovó, vestiu a roupa dela e deitou-se na cama.
Finalmente, Chapeuzinho Vermelho chegou à casa da avó. Bateu na porta e o lobo, imitando a
voz da avó, respondeu:
- Entre, Chapeuzinho.
Sem se dar conta do perigo, a menina aproximou-se da cama e, estranhando a aparência da avó, exclamou:
- Nossa vovó, que olhos grandes a senhora tem!
- São para vê-la melhor, minha netinha – disse o lobo, afinando a voz.
- E que orelhas enormes!
- São para ouví-la melhor.
- E este nariz tão grande, vovó!
- É para cheirá-la melhor.
E esta boca gigante? Para que serve, vovó?
- Para devorá-la.
Dito isto, o lobo pulou da cama e engoliu a menina. Como estava com a barriga muito cheia,
acabou dormindo por ali mesmo.
Um caçador que passava pelo local ouviu um ronco muito alto e resolveu ver o que estava
acontecendo. Ao entrar, viu o lobo mau. Intrigado, o homem procurou pela dona da casa, mas não a
encontrou.
Percebendo que a barriga do lobo se mexia demais, o caçador desconfiou. Pegou uma faca que
carregava na cintura e começou abrir a barriga do malvado.
Para sua surpresa, saiu de dentro do lobo não só a vovó, mas também Chapeuzinho Vermelho.
Apesar do susto, a avó e a netinha estavam bem e Chapeuzinho pode voltar para casa.
5 TEXTO 5: Contos de fadas. Total de palavras para prática de fluência leitora: 397.
Cavéquia, Márcia Paganini.Alfabetização: a escola é nossa. São Paulo. Scipione, 2004, p.178, 179 e 180. (Obra dos Irmãos
Grimm adaptado pela autora)
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
15
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 06
Parlenda6
Da tradição popular
UM ELEFANTE
6 TEXTO 6 – Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fluência leitora: 60.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
16
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 07
Ora bolas7
Paulo Tatit e Edith Derdyk
7 TEXTO 7: Letra de canção. Total de palavras para prática de fluência leitora: 156.
Albuquerque, Amélia Maria Brito de, Carvalho, Célia Maria Bernardo e Accioly, Iana Mamede.Aprender Construindo: Letra-
mento e alfabetização linguística. Fortaleza: IMEPH, 2009, p.227.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
17
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 08
A onça e o saci8
Pedro Bandeira
8 TEXTO 8 - Gênero: Conto moderno. Total de palavras para prática de fluência leitora: 328.
Bandeira, Pedro. A onça e o saci. São Paulo: Editora Moderna, 2003.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
18
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 09
Chuva pega-bobo9
9 TEXTO 9 - Gênero: Poema. Total de palavras para prática de fluência leitora: 93.
Capparelli, Sérgio.111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2006, p.61.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
20
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 10
10 TEXTO 10 - Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fluência leitora: 164.
Azevedo, Ricardo. Se eu fosse aquilo. São Paulo: Editora Ática, 2002, p. 41 e 42.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
21
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 11
Leonardo da Vinci11
O senhor Antônio, avô de Leonardo, ficou tão orgulhoso no dia em que ele nasceu que escreveu
em seu diário: “Sábado, 15 de abril de 1452, às 10:30h da noite, nasceu meu neto Leonardo, filho de
Ser Piero, meu filho.”
Leonardo nasceu na Itália, em casa nos arredores de Vinci.
Sua família passou a usar o nome da cidade como seu próprio nome de família.
Os pais de Leonardo não se casaram e, mesmo tendo sido cuidado e amamentado por sua mãe nos
seus primeiros meses de vida, Leonardo foi morar com seus avós paternos, Antônio e Monna Lucia da Vinci.
- Como é bom ter um bebê em casa novamente! – suspirou MonnaLucia.
O pai de Leonardo, Ser Piero, era um advogado muito ocupado. Logo ele se casou, e sempre estava
fora de Vinci, pois tinha muitos trabalhos em Florença. Sua mãe morava perto e, mesmo depois que ela
se casou e teve outros filhos, Leonardo podia visitá-la quando quisesse.
Francesco, o tio de Leonardo, cuidava dos negócios da família. Sempre que podia, levava Leonar-
do com ele para ver as oliveiras e as vinhas e aprender a amar a natureza.
Quando Leonardo tinha apenas quatro anos, ele e seu tio viram uma forte ventania, que ia des-
truindo tudo por onde passava. Leonardo nunca se esqueceu daquela experiência e por toda sua vida
foi fascinado pela meteorologia e pelo poder da natureza.
Leonardo nasceu com dons maravilhosos. Sua mente estava sempre ocupada e ele se dispunha a
aprender muitas coisas, nunca parando entre um assunto e outro.
Leonardo levava cadernos com ele para todo lugar que ia e sempre fazia anotações. Tinha um
jeito curioso de escrever com a mão esquerda: ia da direita para esquerda e desenhava as letras de
trás para frente.
11 TEXTO 11 - Gênero: Biografia narrada. Total de palavras para prática de fluência leitora: 1176.
Hart, Tony e Hellard, Susan. Leonardo Da Vince – Coleção crianças famosas.São Paulo: Editora Callis, 1994.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
22
LÍNGUA PORTUGUESA
O único modo de ler facilmente suas anotações era com a ajuda de um espelho!
Leonardo tinha uma educação muito fraca em Vinci, mas seus talentos eram óbvios para seus
professores.
- Não posso te ensinar mais matemática, Leonardo – disse desconcertado o seu professor -, já te
ensinei tudo o que eu sei!
Ele teve aulas de música e aprendeu a tocar lira. Logo ele estava compondo suas próprias músicas.
- Nunca ouvi versos tão bonitos e um canto tão adorável! – disse seu professor de música.
Leonardo, além de escrever em seus cadernos, fazia desenhos maravilhosos para registrar seus
pensamentos e observações enquanto perambulava pelos lindos campos italianos.
Um dia, o pai de Leonardo, Ser Piero, percebeu que seus desenhos eram especiais, e levou alguns
deles para mostrar a um amigo, Andrea del Verrocchio, que dirigia um famoso ateliê em Florença.
- Você não acha que seria bom que Leonardo estudasse desenho? – perguntou Ser Piero.
Verrocchio ficou muito impressionado com os desenhos de Leonardo e insistiu para Ser Piero
trazer seu filho ao ateliê.
- Florença parecerá muito grande e estranha para mim, que nunca saí do vilarejo – disse Leonar-
do -, mas mal posso esperar para conhecê-la!
Então, aos doze anos de idade, Leonardo foi morar com seu pai em Florença, em uma casa de
onde se via os escritórios do governo em que Ser Piero trabalhava.
No ateliê de Verrocchio, Leonardo começou varrendo o chão e fazendo arrumações, mas logo
passou a esticar telas, a fazer pincéis e a pintar.
Todos no ateliê aprendiam a desenhar com modelos vivos. Leonardo logo chamou a atenção de
seu mestre: fez modelos em argila e cobriu as figuras com tecidos que tinham sido mergulhados em
gesso, que depois endureciam.
- Agora posso ter dobras que irão durar. Poderei desenhá-las como elas realmente são – explicou.
- Mas que boa idéia – disse Verrocchio.
- Precisamos aprender a desenhar o que vemos!
Se Leonardo visse o rosto de uma pessoa que quisesse desenhar, seguia aquela pessoa por todo o
dia, até que memorizasse completamente seu rosto, e então corria para casa desenhá-lo.
- Um artista deve ser como um espelho refletindo o que é colocado à sua frente – dizia Leonardo.
Leonardo adorava trabalhar no ateliê e achava Florença uma cidade maravilhosa para se viver.
No inverno de 1466 uma enchente inundou a cidade de Florença no meio da noite. Casas e igrejas
eram invadidas pela água. Cavalos morriam afogados nos estábulos.
Logo a água parou, mas o estrago que fez era horrível de se ver. Mais uma vez Leonardo se lem-
brava do poder das forças da natureza.
Naquela época uma epidemia de peste atingiu Florença. Lorenzo de Medici, o governador da
cidade, achou que seria bom alegrar o povo, e organizou festas e brincadeiras. O ateliê de Verrocchio
colaborou com muitas bandeiras e fantasias.
-Você pode desenhar um capacete para o duque de Milão, Leonardo? – Perguntou Vorrocchio.
Leonardo fez um lindo desenho para esse capacete.
Um dia o pai de Leonardo estava em Vinci e um camponês pediu-lhe um favor:
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
23
LÍNGUA PORTUGUESA
- Fiz um escudo com o tronco de uma figueira. Quando o senhor retornar a Florença poderia pedir
a alguém que pintasse para mim?
O camponês prometeu pagar em espécie, isto é, com peixe e caça, e Ser Piero concordou.
Quando viu o escudo, Leonardo disse:
- Não posso pintá-lo assim como está, tenho de melhorar sua forma e lustrá-lo primeiro.
Leonardo transformou o escudo em um lindo objeto.
E então pensou cuidadosamente no desenho que iria pintar sobre ele“Inventarei minha própria
criatura”, pensou. “Devo fazer estudos sobre lagartos, cobras e morcegos e colocá-los juntos para de-
senhar um monstro aterrorizante”.
Quando Ser Piero viu o escudo levou um belo susto, pois pensou que fosse um monstro de verdade.
- Bom! Consegui o que queria! – exclamou Leonardo.
– O escudo assustou você. Agora pode levá-lo.
Verrocchio convidou Leonardo para ajuda-lo em uma grande pintura para o mosteiro de San
Salvi. Ele pediu a Leonardo que pintasse o anjinho carregando o manto de Cristo.
Para alguém tão jovem, a pintura de Leonardo era excelente.
- Sua pintura é linda, Leonardo. Está melhor do que a minha. Nunca mais usarei as tintas – pro-
meteu Verrocchio.
Para a alegria de Leonardo e de Ser Piero, Verrocchio fez de Leonardo seu sócio.
Leonardo adorava animais e, aos vinte anos de idade, tornou-se vegetariano. Ele comprava pas-
sarinhos só para poder soltá-los. Leonardo adorava estudar e desenhar pássaros em pleno voo.
“Ah! Como gostaria de poder voar”, pensava, e assim desenhou máquinas voadoras, umas com
asas que batiam como as de um pássaro, e outras que pareciam helicópteros.
Leonardo era um grande inventor. Desenhou uma bicicleta trezentos anos antes que a primeira
bicicleta fosse construída.
Um dia ele escreveu ao Duque de Milão:
“Ilustríssimo Lorde, inventei trinta e seis maneiras de melhorar sua estrutura militar...”
Uma dessas maneiras era um tanque de guerra.
O talento de Leonardo e suas façanhas eram tão impressionantes que algumas pessoas acredita-
vam que ele fosse um deus.
Leonardo morreu quando tinha 67 anos, nos braços do Rei da França. Hoje, sua famosa Monalisa
é a pintura mais preciosa do mundo.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
24
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 12
12 TEXTO 12 – Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 391.
Revista Ciência Hoje das crianças - http://chc.cienciahoje.uol.com.br/por-que-as-zebras-sao-listradas/
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
25
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 13
Diário13nda-feira
13 TEXTO 13 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 281.
Kinney, Jeff. Diário de um banana: Rodrick é o cara.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2009, p. 1, 2 e 3.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
26
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 14
O casalzinho14
Na pré-escola o menininho e a menininha brincavam lá num canto, no recreio, debaixo da goia-
beira no parquinho, quando a professora ouviu seus gritinhos abafados (em pré-escola tudo é assim
pequenininho, menininho, gritinho e, geralmente a escola também é apertadinha numa casa onde os
quartos viraram salinhas de aula, a garagem virou bibliotequinha e o quintal, parquinho onde a crian-
çada brinca apertadinha).
Então a professora foi lá ver e eles estavam enganchados pela boca, pelos aparelhos ortodônticos,
os “ferrinhos”, como diz a criançada.
É sério: o menininho e menininha, os mais quietinhos da turma, os mais inocentes e fofinhos,
educados e meigos, estavam ali de gatinhas na areia, enganchados pela boa e olhando para a professora
como a suplicar ajuda, tia ajuda!
Aí alguém da turma viu e gritou:
- O Du e Dé tão se beijando!
Alvoroço é pouco, rebuliço também. Mas essas coisas são as tempestades, vem e vão, vão e vem,
não sem antes quebrar um monte coisas. Brinquedos, cadeiras, vasos, cabide, tudo foi de roldão atrás
duma professora levando a menininha, ainda enganchados – até que, na sala da diretora, esta senhora
arregalou os olhos e sentou estupefata enquanto as professoras deixavam o casalzinho, na falta de
lugar melhor, sobre a sua própria mesa!
Fecharam a porta deixando o tumulto lá fora. A menina chorava, o menininho gemia, de olhos
arregalados como a perguntar: vão me tirar disto ou vou ter de engolir as lágrimas dela?
Engancharam os ferrinhos, disse uma professora. Vamos chamar o dentista, disse outra. Aí a dire-
tora mostrou porque é diretora: abriu a gaveta, pegou uma bolsinha de couro, tirou um alicatinho de
manicure e se debruçou sobre o problema.
Quando conseguiu desenganchar os ferrinhos, esperou o casal de refazer, com água açucarada e
palavras doces, até que também docemente perguntou:
- Mas por que vocês se engancharam? Estavam se beijando?
O menininho fechou a cara, a menininha protestou, não estava beijando não. Aconteceu foi que
estavam brincando e...
- ... ele pediu metade do meu chiclete, e eu falei que ele podia pegar da minha boca, que eu tava
com a mão cheia de areia!
- E eu também – o menino confirmou – Então fui pegar coma boca, ué!
E abriu o sorriso de metal.
14 TEXTO 14 - Gênero: Crônica. Total de palavras para prática de fluência leitora: 402.
Pellegrini, Domingos. Ladrão que rouba ladrão. São Paulo. Ática, 2002, p. 63 e 64.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
27
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 15
Bolo formigueiro15
Massa:
• 3 xícaras de farinha de trigo
• 3 xícaras de açúcar
• 3 ovos
• 2 colheres de margarina
• 1 colher de sopa de fermento em pó
• 1 vidro de leite de coco
• 1 pacote de chocolate granulado
Cobertura:
• 4 colheres de sopa de chocolate em pó
• 4 colheres de sopa de açúcar
• 1 copo de leite
• Numa panela em fogo baixo, mexer tudo até ferver.
Junte os ingredientes da massa numa tigela menos o granulado, batendo bem. Por último, mis-
ture levemente o granulado com uma colher. Ligue o forno. Unte uma fôrma de furo com margarina,
enfarinhe, despeje a massa e leve ao forno médio, já aquecido. Deixe assar durante 45/50 minutos.
Espete com um palito; se sair seco, já está assado. Tire do forno com um pano, espere esfriar um pouco,
desenforme em cima de um prato grande e cubra com a calda de chocolate.
15 TEXTO 15 - Gênero: Receita culinária. Total de palavras para prática de fluência leitora: 178.
Azevedo, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais! São Paulo: Moderna, 2007, p.58 e 59.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
28
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 16
Reportagem16
TEXTO 17
17 TEXTO 17 - Gênero: Informativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 569.
Revista Ciência Hoje para Crianças -http://chc.cienciahoje.uol.com.br/pet-para-que-te-quero/
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
30
LÍNGUA PORTUGUESA
Por outro lado, há desvantagens. As matérias primas usadas na produção do PET são derivadas
do petróleo, sendo, por isso, consideradas matérias primas não renováveis. Além disso, as embalagens
descartadas no lixo geram um grande problema ambiental, uma vez que demoram mais de 100 anos
para decompor. Por isso, há um grande estímulo para a reciclagem deste material.
No Brasil, reciclamos 51% das garrafas utilizadas, o que nos coloca em segundo lugar entre os
países que mais reciclam este tipo de material, atrás apenas do Japão. O PET reciclado é usado princi-
palmente para a fabricação de cordas, fios de costura e cerdas de vassouras e escovas.
Sempre que você for descartar uma garrafa PET, lembre-se de jogá-la numa lixeira que faça co-
leta seletiva de lixo e encaminhe o material para reciclagem.
Se você quiser ajudar a aumentar ainda mais a reciclagem do PET, é fácil: procure cestos de coleta
seletiva de plásticos, geralmente na cor vermelha, e coloque suas garrafas vazias lá! O meio ambiente
agradece…
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
31
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 18
18 TEXTO 18 - Gênero: Conto moderno. Total de palavras para prática de fluência leitora: 574.
Rocha, Ruth. Como se fosse dinheiro. São Paulo: FTD, 2004.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
32
LÍNGUA PORTUGUESA
- Sabe, seu Lucas – ela falou -, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é. Até aí
o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro e muito menos chiclete.
Seu Lucas se desculpava:
- É, mas quando eu não tiver troco?
- Aí, o senhor anota, e no outro dia paga.
Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo.
Naquele dia, nem houve mais aula. Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo
do caso.
E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais comprimidos de troco, seu Ângelo do mercado não
dá mais caixas de fósforo de troco... Nenhum comerciante dá mais mercadoria como se fosse dinheiro.
Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é?
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
33
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 19
Diário19
19 TEXTO 19 - Gênero: Diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 305.
Kinney, Jeff. Diário de um banana: Rodrick é o cara.São Paulo: Veragara & Riba Editoras, 2009, p. 160,161, 162 e 163.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
34
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 20
A bela e a fera20
Era uma vez um comerciante que tinha filha
muito linda; era tão linda que seu pai passou a
chamá-la de Bela.
Certa ocasião, quando o pai estava vol-
tando de viagem, ele acabou de perdendo. Foi
parar em frente a um castelo que parecia estar
abandonado. Como era tarde, acabou pernoi-
tando no castelo.
Na manhã seguinte, foi até o jardim do castelo
e cortou uma rosa para dar à filha bela. Apareceu então
uma fera furiosa, que foi logo dizendo:
- Como ousas roubar as rosas do meu jardim? Morrerás por causa disto!
- Desculpe! Estava apenas colhendo uma rosa para minha filha – disse o comercian-
te.
A fera não quis nem saber, estava muito furiosa e decidiu prendê-lo.
O comerciante muito triste rogou à fera:
- Eu lhe imploro, deixe-me ver minha filha querida mais uma vez; depois voltarei ao
castelo!
A fera concedeu-lhe o pedido. Voltou chorando à casa para contar à filha o acontecido.
Bela decidiu voltar com o seu pai para o castelo. Chegando ao castelo, ela pediu à
fera para ficar no lugar do pai. A fera concordou e o pai foi embora triste com medo
de que a filha pudesse morrer no lugar dele.
Apesar do medo de morrer, a Bela foi percebendo que a fera a tratava bem. Com o
passar dos dias, o monstro apaixonou-se pela bela, pedindo-a até em casamento. Bela
não aceitou, mas ofereceu sua amizade.
Alguns dias mais tarde Bela pediu permissão à Fera para que pudesse visitar o pai
dela. A Fera concordou. O seu pai estava muito triste pensando até que Bela tivesse
morrido. Ela já estava bastante idoso quando Bela o visitou. Ficou muito alegre.
Quando Bela retornou ao castelo, encontrou a Fera muito triste e doente. Estava
assim porque sentia muita falta de Bela. Neste momento a Bela beijou a Fera e houve
uma grande transformação. A Fera transformou-se num lindo príncipe. A Bela apaixo-
nou-se por ele.
O príncipe, então, contou sua história para Bela. Ambos se casaram e viveram fe-
lizes para sempre.
20 TEXTO 20 - Gênero: Conto de fadas. Total de palavras para prática de fluência leitora: 377.
Buck, W. A bela e a fera. Clássicos eternos. Editora M&W.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
35
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 21
Moral da história:
Falar é fácil, fazer é que é difícil.
21 TEXTO 21 — Gênero: Fábula. Total de palavras para prática de fluência leitora: 159.
ESOPO — Fabulista grego do século VI a.C.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
36
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 22
Pão de minuto22
INGREDIENTES
• 2 xícaras de chá de farinha de trigo peneirada
• 2 ovos
• 2 colheres de sopa de açúcar
• 1 colher de sopa de manteiga ou margarina
• 1 colher de sopa de fermento em pó
• 1 colher de chá de sal
MODO DE FAZER
Peneire a farinha de trigo numa tigela. Forme um buraco no centro da farinha e coloque os ovos,
o açúcar, a margarina, o fermento em pó e o sal. Misture os ingredientes e amasse-os suavemente até
a massa soltar das mãos. Faça bolinhas com a massa e coloque-as em assadeira untada com manteiga
ou margarina. Pincele gema de ovo nos pãezinhos, se quiser. Asse-os em temperatura média por mais
ou menos 15 minutos. Dica: Se quiser, antes de assar os pãezinhos, recheie cada um deles com um
pedacinho de queijo.
22 TEXTO 22: Gênero: Receita culinária. Total de palavras para prática de fluência leitora: 171.
Cereja, William Roberto e Magalhães, Thereza Cochar. Portugês Linguagens 3º ano. São Paulo. Atual, 2006, p.124 e 125.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
37
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 23
Barangandão arco-íris23
Material
• 1 folha de jornal
• Folhas de papel de cores diversas
• 1 pedaço de barbante de 60 centímetros
• Cola
Modo de fazer
• Dobre a folha de jornal várias vezes.
• Recorte tiras de papel colorido.
• Faça um tipo de sanduíche com o jornal.
• Cole as tiras dentro do jornal dobrado.
• Amarre bem forte o jornal com o barbante.
Como brincar
• Segure a ponta solta do barbante.
• Gire, jogue para cima, faça muitos movimentos.
23 TEXTO 23: Instruções. Total de palavras para prática de fluência leitora: 108.
Leite, Márcia, Morelli, Bia e Guimarães, Luciana.Promeiros Textos: alfabetização. São Paulo. FTD, 2001, p.112 e 113.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
38
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 24
Biografia24
CÂNDIDO PORTINARI
Cândido Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903,
numa fazenda de café, em Brodósqui, interior do Estado de
São Paulo. Filho de imigrantes italianos e de origem humil-
de, desde pequeno já manifesta sua vocação artística.
Em 1919, decidido a tornar-se pintor vai para o Rio de
Janeiro onde se matricula como aluno livre na Escola Nacional de Belas Artes.
Em 1928 recebe o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, da exposição Geral de Belas Artes, com o
“Retrato do Poeta Olegário Mariano”.
Em maio de 1929 faz sua primeira exposição individual, com 25 retratos, no Palace Hotel do Rio
de Janeiro. Neste mesmo ano vai para Paris, onde permanece até 1930. Lá conhece Maria Victoria
Martinelli, sua companheira de toda a vida. Retorna ao Brasil em 1931.
Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a segunda Menção Honrosa no Carne-
gie de Pittsburgh, Estados Unidos, com a tela “Café”, que retrata uma cena de colheita típica de sua
região de origem.
Aos poucos, sua inclinação muralista revela-se nos painéis executados para o Monumento Ro-
doviário, na Via Presidente Dutra, em 1936 e nos afrescos do recém construído edifício do Ministério
da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, realizados entre 1936 e 1944. Em 1939 executa três grandes
painéis para o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York e o Museu de Arte Moderna de Nova
York adquire sua tela “Morro do Rio”. Neste mesmo ano nasce João Cândido, único filho de Portinari
e Maria.
Em 1940, participa de uma mostra de arte latino-americana no Riverside Museum de Nova York
e expõe individualmente no Instituto de Artes de Detroit e no Museu de Arte Moderna de Nova York,
com grande sucesso de crítica, venda e público.
Em 1946, Portinari volta a Paris para realizar, na Galeria Charpentier, a primeira exposição em
solo europeu. Foi grande a repercussão, tendo sido agraciado, pelo governo francês, com a Legião de
Honra.
Em 1952, atendendo à encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática histó-
rica: A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia, e inicia os estudos para os painéis Guerra e Paz,
oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em
1956, os painéis, medindo cerca de 14 x 10m cada, os maiores pintados por Portinari, encontram-se
no hall de entrada dos delegados do edifício-sede da ONU, em Nova York.
24 TEXTO 24 — Gênero: Biografia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 566.
Retirado de: http://www.pinturabrasileira.com/artistas_bio.asp?cod=93&in=1
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
39
LÍNGUA PORTUGUESA
Em 1954, Portinari realiza, para o Banco Português do Brasil, o painel Descobrimento do Brasil.
Neste mesmo ano, tem os primeiros sintomas de intoxicação das tintas, que lhe será fatal. Em 1955
recebe a Medalha de Ouro, concedida pelo International Fine Arts Council de Nova York, como o me-
lhor pintor do ano.
No final da década de 50 Portinari realiza diversas exposições internacionais, expondo em Paris
e Munique em 1957. É o único artista brasileiro a participar da exposição “50 Anos de Arte Moderna”,
no Palais des Beaux Arts, em Bruxelas, em 1958, e expõe como convidado de honra, em sala especial,
na I Bienal de Artes Plásticas da Cidade do México.
Em 1961 o pintor têm diversas recaídas da doença que o atacara em 1954 — a intoxicação pelas
tintas —, entretanto, lança-se ao trabalho para preparar uma grande exposição, com cerca de 200
obras, a convite da Prefeitura de Milão.
Cândido Portinari falece no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que
utilizava.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
40
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 25
Aladim caminhava por uma viela estreita e escura quando um cálido brilho no chão chamou
sua atenção.
Aproximando-se, viu que era uma lâmpada.
Estava a olhá-la por vários ângulos quando viu sob a poeira algo que parecia ser algum escrito.
Passou a mão no local e subitamente uma grande luz branca começou a surgir do bico da
lâmpada.
Aladim assustou-se e deixou cair a lâmpada, enquanto uma grande forma humana masculina ia
se formando no espaço antes vazio.
Ao invés de terminar em pés, suas pernas se afunilavam na direção do bico da lâmpada.
A forma algo fantasmagórica flutuava envolta por uma aura oscilante.
Antes que Aladim pudesse sequer avaliar a situação, a forma disse com voz grave e firme:
— Sou o Gênio da Lâmpada, e você tem direito a um desejo.
Recobrando-se, Aladim compreendeu logo a situação e, sem questionar porque era um só desejo,
já ia dizendo algo quando o Gênio continuou:
— Mas há três condições.
Três condições? Onde já se viu gênio ter condições para atender desejos?
Aladim continuou ouvindo.
— Primeira condição: o que quer que você deseje, deve se realizar antes em sua mente.
Aladim já ia perguntar o que isto queria dizer, mas o Gênio não deixou:
— Segunda condição: o que quer que você deseje, deve desejar integralmente, sem conflitos.
Desta vez Aladim esperou.
— Terceira condição: o que quer que você deseje, deve ser capaz de continuar desejando para
continuar a ter.
Aladim, ansioso por dizer logo o que queria, fez o primeiro desejo assim que pôde falar:
— Eu quero um milhão de dólares!
— Já se imaginou tendo um milhão de dólares?
Aladim agora entendera o que queria dizer a primeira condição.
Na mesma hora vieram à sua mente imagens de si mesmo nadando em dinheiro, comprando
muitas coisas, mas ao se imaginar, questionou-se se teria que compartilhar parte do dinheiro com
pobres ou outras pessoas.
Aí entendeu a segunda condição, e percebeu que seu desejo não poderia ser atendido.
Aladim então buscou então algum desejo que poderia ter sem conflitos.
25 TEXTO 25 — Gênero: Conto maravilhoso. Total de palavras para prática de fluência leitora: 619.
Retirado de: http://www.contandohistorias.com.br/historias/2006100.php
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
41
LÍNGUA PORTUGUESA
Final 1
O Gênio estendeu uma das mãos e, projetando um jato de luz multicolorida em Aladim, transfor-
mou-o em um Gênio da Lâmpada.
Final 2
Algo inesperado aconteceu: o Gênio foi se soltando da lâmpada, formaram-se duas pernas com-
pletas no seu corpo e ele desceu devagar até finalmente apoiar-se no chão, em frente a Aladim, que
o olhava com um ar interrogador.
— Obrigado, disse o Gênio, sorridente.
Estava escrito que eu seria libertado quando alguém pedisse algo que já tivesse!
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
42
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 26
26 TEXTO 26 — Gênero: Letra de canção. Total de palavras para prática de fluência leitora: 166
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
43
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 27
SOPA DE MENINO
Ingredientes:
(para servir um lobo faminto)
27 TEXTO 27 — Gênero: Conto moderno. Total de palavras para prática de fluência leitora: 1161.
Blundell, Tony. Cuidado com o menino. São Paulo: Editora Moderna, 1999.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
44
LÍNGUA PORTUGUESA
Modo de fazer:
1. Primeiro, pegue o menino.
2. Lave-o bem, principalmente atrás das orelhas.
3. Coloque-o firmemente dentro do caldeirão de ferro.
4. Acrescente água, batatas, cebolas, rabanetes, cenouras e mais as balas de fruta para
temperar.
5. Sente-se no barril de tijolos e mexa bem, até quinta-feira, usando a colher de pedreiro.
PASTELÃO DE MENINO
Ingredientes:
(para servir um lobo faminto e mal humorado)
Modo de fazer:
1. Com a pá, misture bem a farinha, o leite e a banha para fazer a massa.
2. Deixe o menino, com todo o conforto, na fôrma de pastelão.
3. Recheie os bolsos dele com alho-poró, feijão e cubra com a massa.
4. Coloque o ioiô no chapéu e sente-se em cima.
5. Observe o pastelão de hora em hora, e depois todos os dias, até dourar.
BOLO DE MENINO
Ingredientes:
(para ser um lobo esfomeado e exausto)
Modo de fazer:
1. Deixe o menino vendo televisão num quarto quentinho.
2. Bata a manteiga, a farinha, o açúcar mascavo e os ovos dentro da banheira.
3. Misture nas portas de celeiro bananas, uvas passas e nozes.
4. Acrescente com cuidado a bicicleta, a areia e as flores.
5. Se chover, fique na casinha.
— Mas que lobo mais bobo! — disse ele, abanando a cabeça. — Você esqueceu o sal.
Ouviu-se um barulhão quando o lobo desmaiou.
Caiu o lobo.
Caiu a bicicleta.
Caiu a casinha.
TEXTO 28
Papagaio congelado28
28 TEXTO 28 — Gênero: Piada. Total de palavras para prática de fluência leitora: 337.
Azevedo, Ricardo. Se eu fosse aquilo. São Paulo: Editora Ática, 2002, p 18, 19 e 20.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
49
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 29
29 TEXTO 29 — Gênero: Lenda. Total de palavras para prática de fluência leitora: 660.
Rinaré, Rouxinol do. Um curumim, um pajé e a lenda do Ceará.Fortaleza: IMEPH, 2007.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
50
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 30
Poema do tamanho30
30 TEXTO 30 — Gênero: Poema. Total de palavras para prática de fluência leitora: 122.
Azevedo, Ricardo. Se eu fosse aquilo. São Paulo: Editora Ática, 2002, p. 66 e 67.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
53
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 31
Parlenda31
Da tradição popular
FUI À FEIRA
MEIO DIA
Meio dia,
Macaco assobia.
Panela no fogo,
Barriga vazia.
31 TEXTO 31 — Gênero: Parlenda. Total de palavras para prática de fluência leitora: 34.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
54
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 32
Cecília Meireles32
“...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda...”
(Romanceiro da Inconfidência)
32 TEXTO 32 — Gênero: Biografia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 456.
Retirado de: http://www.releituras.com/cmeireles_bio.asp
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
55
LÍNGUA PORTUGUESA
Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.
Publica, em 1939/1940, em Lisboa — Portugal, em capítulos, “Olhinhos de Gato” na revista
“Ocidente”.
Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA). Em 1942, torna-
se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).
Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e
redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).
Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências,
em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.
Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de
Arte, em 1962.
No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro “Poemas de
Israel”, concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens
públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
56
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 33
33 TEXTO 33: Gênero: Notícia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 429.
Revista Ciência Hoje das crianças — http://chc.cienciahoje.uol.com.br/quem-e-vivo-sempre-aparece-2/
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
57
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 34
Meu diário34,
Amanhã entro de férias e vou conhecer o mar. Como é o mar? Papai me disse que parece uma
montanha enorme. É uma paisagem que a gente não cansa de admirar. Fico imaginando uma monta-
nha mexendo, andando, indo e vindo. Mamãe falou para a gente levar só o essencial. Nada de muita
roupa. Na praia, só se usa short. Mas vou levar o vestido que a tia Lili me deu de aniversário. E, por
falar em aniversário, não posso deixar de contar como foi a minha última festa. De manhã não notei
nada, nem parabéns ganhei. Fui para a escola e quando voltei, nada. À noitinha mamãe me pediu
para ir ao supermercado com a Lia, minha irmã. Fui. Já tinha até esquecido o meu aniversário, mas,
quando cheguei em casa, levei um susto. A casa estava toda apagada e, quando acendi a luz da sala,
todos estavam lá. E foi tanto abraço, tanto presente que quase morri de alegria. E entre os mil abraços
e presentes lá estava o Branco de Neve, que, apesar do nome, era quase todo preto, apenas a cara
era branca. Branco de Neve é meu urso de pelúcia. Durmo com ele. Brinco o tempo todo com o meu
Branco. Faz parte da paisagem do meu quarto.
34 TEXTO 34: Gênero: diário. Total de palavras para prática de fluência leitora: 238.
CLAVER, Ronald. Dona palavra. São Paulo: FTD, 2002, p. 42,43).
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
58
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 35
A nova imortal35
ÉPUC — Quando você se senta para escrever, já vai com algum esqueleto da história?
Ana Maria Machado — Não, rarissimamente sei como uma história vai terminar. Em geral, escre-
vo muito espontaneamente, num impulso. Depois, num segundo momento, volto ao que escrevi com
um trabalho consciente de elaboração do texto.
Ana Maria — Enquanto estou escrevendo, não. Esse é um poder que não dou a ninguém. Mas
depois de pronto eu entrego o texto a pessoas muito próximas e ouço o que elas dizem. Aceito que me
apontem problemas, mas não soluções para o que escrevo.
ÉPUC — Dada sua grande consagração como autora infantil, você já pensou em se dedicar um
pouco mais à literatura para adultos?
Ana Maria — Eu tenho vários livros para adultos, tanto ensaios quanto romances, mais do que
muitos autores considerados de literatura de adultos. No entanto, a mídia não toma muito conheci-
mento disso. Então, não adianta.
ÉPUC — Você concorda com a idéia de que «quem não aprendeu a gostar de ler até a adolescência
não aprenderá mais»?
Ana Maria — Na grande maioria dos casos, quem não teve a oportunidade na vida de descobrir
que é capaz de gostar de ler até a adolescência muito raramente vai se tornar um bom leitor depois.
35 TEXTO 35 — Gênero: Entrevista. Total de palavras para prática de fluência leitora: 472.
Revista Época — http://epoca.globo.com/especiais_online/2003/08/25_epuc/19ana.htm
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
59
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando um estudante de jornalismo me pergunta que livros deve ler, digo que deve começar por Cem
Anos de Solidão e O Velho e o Mar.
Ana Maria — A Academia é apenas mais uma instituição para a qual eu entro. Tem diferenças
porque, primeiro, é para a vida toda e, segundo, é a maior instituição cultural brasileira.
Ana Maria — Não sou uma pessoa que funcione muito por projetos. Não planejo etapas na minha
carreira, eu toco de ouvido, improviso (risos).
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
60
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 36
A turma36
Eu também já tive uma turma, ou melhor, fiz parte de turma e sei como é importante em certa
idade essa entidade, a turma.
A gente é um ser racional, menos quando em turma. Existe, por exemplo, alguma razão para um
grupo de pessoas sentar todo dia numa escada ou meio-fio e passar horas conversando?
Você pode falar a um filho, por exemplo, que refrigerantes engordam e chocolates dão mais
espinhas em quem já está na idade de espinhas. Ele nem ouvirá. Mas, se um dia a turma resolver, ele
passará a tomar só água com limão e pegará nojo de chocolate.
Você pode falar que cabelo tão comprido é incômodo, calorento, atrapalha, mas que nada, ele te
pedirá dinheiro para comprar mais xampu. Agora, se a turma resolver cortar careca, ele aparecerá de
repente careca no café de manhã e nem quererá falar do assunto — qual o problema em cortar careca?
Você pode dizer que bossa nova é bom, e mostar jornais e revistas, provar que só “Garota de
Ipanema” já recebeu centenas de gravações em todo o mundo, mas ele aumentará o volume do rock
pauleira ou da tecno-bost. Até o dia em que alguém da turma aparece com um CD de bossa nova e ele
troca Axel Rose por Tom Jobim de um dia para o outro.
36 TEXTO 36 — Gênero: Crônica. Total de palavras para prática de fluência leitora: 578.
Pellegrini, Domingos. Ladrão que rouba ladrão. São Paulo. Ática, 2002, p. 46, 47 e 48.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
61
LÍNGUA PORTUGUESA
A turma tem modas, como quando resolvem todos arregaçar as barras das calças, que usavam
arrastando pelo chão.
A turma tem traumas, como quando o namoradinho de uma se apaixona pela namoradinha de outro e...
A turma tem linguagem própria, uma variante local de um ramal regional da vertente adolescen-
te da língua.
A turma adora sentar na calçada e na praça e falar sobre o que viram em casa na televisão.
A turma tem duplas de amigos e amigas mais chegados, e trios, e quartetos, que num grande
minueto anarquista se misturam as festas de aniversário.
Ninguém da turma dança até que alguém da turma começa a dança, aí dançam todos trocando
de par até acabarem dançando todos juntos como turma que são.
Um da turma se tatua, todos da turma querem se tatuar.
Um bota uma argola no nariz, os outros, para variar, botam no lábio, na sobrancelha e na orelha e...
A turma é isso aí, cara, uma reunião diária de espinhas e inquietações, habilidades e tempera-
mentos, o baralho das personalidades se misturando, o jogo das informações e dos sentimento rolando
nas conversas sem fim, nas andanças sem cansaço, nas músicas compartilhadas, no refri com três
canudos e uma empadinha pra quatro.
Na turma pouco dá para todos, todo mundo divide, cada um contribui, a turma se une partilhan-
do e repartindo.
A turma ri como só na turma se ri.
A turma julga quando erramos.
A turma castiga com silêncios e ironias.
A turma te chama, te reprime, te liberta, te revela, te rebela, te maltrata, te orgulha, te ama, e te
envolve, te afasta e te atrai, mas a turma é assim porque a turma é turma.
Até o dia em que — disse a todos os meus filhos — cansamos de ter turma e passamos a ser gente.
E todos me disseram que sou um chato, mas o primogênito hoje já concorda: o tempo da turma passa.
Mas, aqui entre nós, como dá saudade!
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
62
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 37
Adivinha37
O que é, o que é:
Uma palavra de seis letras
Que tem mais de trinta assentos?
37 TEXTO 37 — Gênero: Adivinha. Total de palavras para prática de fluência leitora: 75.
Furnari, Eva. Adivinhe se puder. São Paulo: Editora Moderna, 2002, p.20, 21, 23.
Respostas: 1. Unha, 2. Canela, 3. Ônibus.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
63
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 38
Reportagem38
TEXTO 39
Voz na linha39
39 TEXTO 39 — Gênero: Informativo. Total de palavras para prática de fluência leitora: 241.
Tulchinski, Lúcia. Invenções geniais.São Paulo: Globo, 2004, p.72 e 73.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
65
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 40
Resolução40
40 TEXTO 40 — Gênero: Poesia. Total de palavras para prática de fluência leitora: 122.
Bandeira, Pedro. Cavalgando o arco-íris. São Paulo. Moderna, 2002.
COLETÂNEA DE TEXTOS - 5o ANO
66
LÍNGUA PORTUGUESA
Apoio
Realização