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Amendoim Embrapa PDF
Amendoim Embrapa PDF
Embrapa Algodão
Rua Osvaldo Cruz, 1.143, Centenário
Caixa Postal 174
58428-095 Campina Grande, PB
Fone: (83) 3182-4300
Fax: (83) 3182-4367
sac@cnpa.embrapa.br
www.cnpa.embrapa.br
1ª edição
1ª impressão (2009): 3.000 exemplares
ISBN 978-85-7383-453-6
Gilvan Pio-Ribeiro
Engenheiro-agrônomo, pós-doutor em Fitopatologia, professor
da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Recife, PE
Renata Martins
Administradora de empresas, pesquisadora do Instituto
de Economia Agrícola (IEA), São Paulo, SP
Valdinei Sofiatti
Engenheiro-agrônomo, D.Sc. em Fitotecnia, pesquisador
da Embrapa Algodão, Campina Grande, PB
Introdução ..................................................................... 13
3 Doenças ........................................................................ 61
4 Insetos-Praga .................................................................. 75
16
Qual a relação entre população de plantas, produtividade
3
econômica e produtividade biológica?
17
Nessa fase, a planta é pouco suscetível ao déficit hídrico.
O ritmo de crescimento das raízes varia, sendo influenciado pelo
tipo de solo, temperatura e pelo potencial hídrico da atmosfera.
Em solos arenosos, há maior aprofundamento do sistema
radicular; nos argilosos, o crescimento das raízes é mais limitado e se
tiver argila de elevada atividade do tipo 2:1, do grupo das
montmorilonitas, pode haver grande perda de frutos na colheita,
devido à elevada aderência de vagens ao solo.
18
Quanto à distribuição das flores na planta, a presença de flores
no eixo central também é variável, característico da subespécie
fastigiata, enquanto a ausência das flores no eixo central identifica a
subespécie hypogaea.
19
Entre os macronutrientes, quais os mais importantes para
10
produção e qualidade do amendoim?
Todos os macronutrientes
são importantes na fisiologia de
crescimento e desenvolvimento
do amendoim e, junto com os
micronutrientes, funcionam em
harmonia na produção e na
qualidade dos frutos. Quanto aos
aspectos de qualidade e de
quantidade de frutos por planta,
os macronutrientes que melhor
respondem a essas necessidades são o fósforo (P) e o cálcio (Ca).
O fósforo é considerado como o principal fator de produtividade
da cultura, embora seja requerido em menores quantidades,
aumentando a eficiência reprodutiva e o enchimento dos frutos. Por
sua vez, o cálcio influencia tanto na reação do solo quanto na
fisiologia da planta.
Uma vez incorporado ao solo, o cálcio controla o pH,
prevenindo o acúmulo de alumínio (Al), promovendo ambiente
favorável para o desenvolvimento da microflora e aumentando a
disponibilidade de muitos elementos essenciais.
Na planta, o fornecimento de cálcio contribui para o
aprofundamento das raízes, resistência do ginóforo (alongamento do
eixo floral), tamanho das sementes, enchimento das vagens e redução
de incidências da doença podridão-das-vagens, causadas
principalmente por Pythium myriotylum, Rhizoctonia solani e
Fusarium spp.
Nota: há registro de elevação na produtividade da cultura, em função da
adubação fosfatada, entre 20% e 54% no Sudeste, e de 40% e 50% no Nordeste.
20
de erosão do solo. Devem-se preferir áreas de solo mais fértil, Arenoso
ou Franco-Arenoso, com pH próximo da neutralidade e com boa
drenagem, a fim de evitar encharcamento, que pode causar danos
ao crescimento do amendoinzeiro.
21
seca, para garantir a secagem da produção e evitar problemas de
doenças nas vagens.
Independentemente do manejo, o cultivo deve ser planejado,
para se evitar excesso de umidade nas vagens durante a colheita.
Nas condições do Estado de São Paulo, o plantio pode ser feito em
duas épocas: a primeira inicia-se em setembro/outubro ("safra das
águas") e, a segunda, do final de janeiro a fevereiro ("safra da seca").
Nas condições do Nordeste, onde predomina o amendoim de
porte ereto e de ciclo curto, o cultivo é feito no ciclo das águas,
ajustando-se o plantio ao curto período chuvoso da região.
No Centro-Oeste, o plantio é feito imediatamente após colheita
do milho e da soja, predominando as cultivares rasteiras.
22
Qual a recomendação de espaçamento para as cultivares
16
rasteiras?
23
A semeadura de amendoim pode ser feita com semeadora
19
tico-tico?
24
Para se evitar falhas no campo, é importante que o produtor
tenha conhecimento do lote da semente adquirida. Sementes velhas,
mal conservadas ou com odor rançoso, geralmente apresentam baixo
percentual de germinação.
Outro indício de baixo poder germinativo é a coloração opaca
da película que envolve a semente.
23 O que é amontoa?
25
No caso do amendoim, quando se faz adubação biológica,
25
é preciso usar outra fonte de nitrogênio (N)?
26
nas plantas de hábito de crescimento ereto vai da emergência até os
primeiros 40 dias.
Para as cultivares rasteiras, de ciclo mais longo, o período crítico
pode ser estendido até mais de 70 dias da emergência das plantas.
Caso não se proceda ao controle nessa fase, as plantas daninhas
podem reduzir significativamente a produtividade da cultura.
27
de plantas daninhas, de maneira harmônica e sincronizada. No caso
do amendoim, devem ser usados pelo menos os seguintes manejos:
• Espaçamentos estreitos: 30 cm entre as fileiras com 5 a 6
plantas por metro linear.
• Populações acima de 250 mil plantas/ha, que exercem
controle cultural e de custo muito baixo.
• Controle com algum herbicida ou misturas de herbicidas
aplicados em condição de pré-emergência, para controle
inicial das plantas daninhas.
• Com o espaçamento estreito, pode-se ter excelente nível
de controle cultural das plantas daninhas na cultura do
amendoim, desde que se adote uma cultivar recomendada
para a região de plantio.
Outros métodos de controle de plantas daninhas também
podem ser adotados, como cultivos mecânicos associados ao controle
cultural ou ao controle biológico, por meio de aleloquímicos vegetais,
desde que haja disponibilidade.
28
Quais os herbicidas mais indicados para a cultura do
31
amendoim?
29
aplicação, o solo deve ser bem preparado, sem torrões grandes e com
umidade suficiente para que o produto a ser aplicado seja ativado.
30
Assim, para se aplicar herbicida em 1 ha, serão necessários
12,5 pulverizadores de 20 L de capacidade cada. Considerando-se
que a dose é de 1,1 kg/ha do p.a. e 1,0 kg do produto comercial tem
0,8 kg do p.a., 1,1 kg do p.a. estará contido em 1,375 kg do produto
comercial.
Como serão gastos 12,5 pulverizadores/ha, em cada um deles
devem ser colocados 110 g (1,375/12,5) do produto comercial, para
cobrir uma área de 800 m².
31
Existem ainda bicos especiais os quais apresentam baixa deriva,
como os dos jatos planos de baixa deriva, das séries DG, LD e ADI,
que produzem gotas grandes, para reduzir os riscos de deriva.
32
Na cultura do amendoim, quais as plantas daninhas mais
39
comuns e como podem ser diferenciadas?
33
40 O que é controle cultural de plantas daninhas?
34
daninhas perenes e de difícil controle, como a tiririca (Cyperus
rotundus) que pode ter seu crescimento retardado com a inundação.
Contudo, essas práticas são pouco adotadas.
35
44 Em que consiste o plantio consorciado ou cultivo intercalar?
36
diversificação de matéria-prima para alimentação da família e para a
indústria.
Nota: embora consórcios com mamona e milho sejam bem conhecidos e
recomendados, não existe ainda informação suficiente para sua utilização com
segurança econômica.
37
• Plantar a mamona em solos mais férteis, com espaçamento
de 3 m x 1 m.
• Plantar o amendoim com três fileiras espaçadas entre si
de 0,5 m, com 5 a 7 plantas/metro por fileira, e espaçadas
de cada lado das fileiras de mamona em 1 m.
O semeio deve ser feito 20 dias após o plantio da mamona,
para reduzir ao máximo a capacidade competitiva do amendoim
com relação à mamona, que tem crescimento inicial muito lento e a
germinação pode demorar até 20 dias, com média de 12 dias.
As cultivares de mamona da Embrapa têm ciclo médio de 235
dias no primeiro ano e surgimento do primeiro cacho aos 50 dias da
emergência das plântulas.
Outro espaçamento para mamona é 4 m x 1 m, deixando-se
uma planta por cova. Nesse espaçamento, devem-se inserir quatro
fileiras de amendoim com espaçamento de 50 cm entre si, com 5 a 7
plantas/metro de fileira, com espaçamento de 1 m da mamona,
também plantada 20 dias após.
38
2 Irrigação e Drenagem
39
Na cultura do amendoim, é compensador para o agricultor
48
investir em irrigação?
40
Qual o sistema de irrigação mais indicado para a cultura do
51
amendoim?
41
Qual o objetivo do estudo da irrigação na cultura do
54
amendoim?
42
Quais os dados climáticos usados no cálculo da quantidade
57
de água a ser aplicada no solo na irrigação do amendoim?
43
VolN = ET0 x Kc x A
em que:
VolN = volume de água necessário à cultura (m3/dia)
ET0 = evapotranspiração de referência (mm/dia)
Kc = coeficiente da cultura (adimensional)
A = área disponível para a fileira irrigada (m2).
em que:
VolT = volume total a ser aplicado (L/fileira/dia)
Ea = eficiência de aplicação de água (em decimal)
VolN = volume de água necessário à cultura (L/fileira/dia).
44
Quais as características do solo usadas no cálculo da
60
quantidade de água de irrigação a ser aplicada?
1 0CC - 0 PMP . Ds . P . Fr
QAT = Fi
Ea 100
em que:
QAT = quantidade de água total a ser aplicada à cultura (mm)
Ea = eficiência de aplicação de água do sistema usado (em
decimal)
0CC = teor de água na capacidade de campo (%)
0PMP = teor de água no ponto de murcha permanente (%)
Ds = densidade do solo (g/cm3)
45
P = profundidade da camada de solo em que as raízes se
encontram (mm)
Fr = fator de reposição ou de disponibilidade de água (decimal <1)
Fi = frequência de irrigação (dia).
Ta = QAT/Pmm
em que:
Pmm = precipitação média medida no sistema (mm/h).
46
em que:
VolT = volume total a ser aplicado (L/fileira/dia)
Ea = eficiência de aplicação de água (em decimal)
VolN = volume de água necessário à cultura (L/fileira/dia).
47
e 398,9 (S + A)
0PMP =
1.308,1 + (S + A)
em que:
48
Quais os critérios para definir o intervalo ou a frequência
67
entre as irrigações?
49
Nesse caso, mesmo que o produtor aplique água, esta não
reverterá em turgidez. Ao contrário, pode até prejudicar a planta por
excesso de umidade e ainda resultar em gasto de energia e em
trabalhos desnecessários.
Por sua vez, o murchamento só acontece quando falta água
por muito tempo e a produtividade da lavoura já está comprometida.
Por isso, convém programar as irrigações em função da demanda
climatológica ou das características do solo.
50
• Excesso ou déficit hídrico.
• Queda no rendimento das culturas.
• Perdas de solo e nutrientes.
• Desperdício de energia e de mão de obra, entre outros
prejuízos.
Para tal, devem ser avaliados os seguintes parâmetros hi-
dráulicos:
• Coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD).
• Coeficiente de variação total (CVt).
• Coeficiente de variação hidráulico (CVh).
• Coeficiente de variação do emissor (CVe).
51
sistema de irrigação por superfície não deve ser empregado na cultura
do amendoim, por ser sensível ao encharcamento e pela deficiência
de oxigênio nas raízes.
74 O que é fertirrigação?
52
Quando a porosidade é ocupada por água e ar, a parte líquida
denomina-se umidade do solo. A região onde as raízes se
desenvolvem não deve estar saturada.
53
superfície, o produtor deve ficar em alerta e consultar um especialista
em drenagem de terras agrícolas.
54
afloramentos rochosos é um importante indicador de solos com
drenagem prejudicada, pois pode haver camadas de rocha que são
impermeáveis à água.
Pode-se também fazer um teste de condutividade hidráulica
saturada na área, para medir o risco de ocorrência de encharcamento.
Esses testes podem ser aplicados usando-se métodos específicos para
áreas com aquífero freático presente ou ausente.
55
86 Como recuperar um solo salinizado ou sodificado?
56
na fase líquida do solo e quando esse elemento atinge mais de 50%
na solução, ou 15% trocável, acontece a adsorção de Na+ pelas
partículas coloidais de argila, denominadas micelas.
Essa adsorção provoca a dispersão das partículas do solo,
desestruturação de sua estrutura física (aspecto de farinha), deixando-
o sem capacidade de infiltração de água.
57
como estruturação, armazenamento de água e facilidade de
penetração das raízes.
No entanto, ela não é capaz de reverter a salinização do solo
nem de compensar a diminuição de produtividade do amendoim.
58
• Condutividade hidráulica saturada.
• Porosidade drenável.
• Características fisiológicas da cultura do amendoim.
Essas características do solo são medidas diretamente no campo
ou por meio de análises de laboratório.
Uma vez de posse das informações obtidas, aplicam-se as
equações para o cálculo do espaçamento entre linhas de drenagem,
de acordo com o regime de fluxo da área em causa.
Referências
DOORENBOS, J., KASSAM, A.H. Efeito da água no rendimento das culturas.
Campina Grande: UFPB, 1994. 306p. (Estudos FAO: Irrigação e Drenagem, 33).
59
3 Doenças
62
• Saber se as doenças que estão ocorrendo podem ser
controladas com defensivos.
• Investigar se nas condições em que as doenças estejam
acontecendo no campo, o controle pode ser eficiente e
econômico. Por exemplo, se for uma doença de parte aérea,
causada por fungos, o controle químico pode ser
considerado, dependendo das condições em que esteja
ocorrendo.
Caso as doenças sejam causadas por nematoides ou fungos
habitantes do solo, apesar de haver produtos que possam ser usados,
a aplicação de pesticida é muito mais restrita, não só pelo grau de
eficiência e riscos ambientais (quando usado em larga escala), mas
sobretudo pelo aspecto econômico.
63
Em culturas com fins comerciais, havendo manifestação de
doenças, é importante procurar um especialista a fim de obter-se uma
diagnose correta. É comum a ocorrência de doenças de importância
secundária misturadas com doenças de grande poder de destruição.
Dependendo do caso, devem-se adotar medidas na hora certa,
para evitar danos severos no plantio corrente e em plantios seguintes,
que podem comprometer a sustentabilidade da cultura na região.
64
Nota: a relação custo/benefício é que definirá a adoção da medida ou o conjunto
de medidas de controle. Muitas vezes, a aplicação de certas práticas pode até
controlar a doença, mas não aumenta o lucro e chega a causar prejuízos ao
produtor e ao meio ambiente.
65
103 Como diferenciar a mancha-castanha da pinta-preta?
66
A aplicação de fungicidas, no controle da mancha-castanha
106
e da pinta-preta, é economicamente viável?
67
• Oxicloreto de cobre.
• Clorotalonil.
• Óxido cuproso.
• Difenoconazol.
• Propiconazol.
• Mancozebe.
• Maneb.
68
Existe relação entre a ocorrência de tripes e a incidência de
110
verrugose em plantas de amendoim?
69
Existe alguma virose de amendoim comum em outra
114
leguminosa herbácea?
70
No caso das viroses do amendoim, que medidas devem ser
117
adotadas para seu controle?
71
Todos esses fatores estão relacionados, formando um sistema
complexo e mutável, e devem ser considerados em conjunto.
72
Por exemplo, a mistura carboxin + thiram 200 SC na dosagem
de 400 mL do produto comercial por 100 kg de sementes (que
corresponde a 80 mL de cada ingrediente ativo) controla satis-
fatoriamente os fungos associados às sementes de amendoim e reduz
o tombamento de plântulas provocado por fungos de solo, como
Rhizoctonia solani e espécies de Fusarium.
73
4 Insetos-Praga
76
Os tripes são insetos de pequeno porte, medindo aproxi-
madamente 1 mm de comprimento. As formas jovens apresentam
coloração branco-amarelada e são ápteras (desprovidas de asas).
Os adultos são dotados de asas franjadas, com duas faixas brancas,
de coloração escura.
Ao se alimentarem, os tripes raspam e sugam a seiva que exsuda
dos folíolos fechados, onde ficam abrigados. Com o ataque, os folíolos
apresentam estrias e aspecto deformado.
A lagarta-do-pescoço-vermelho é de coloração branco-
esverdeada e de cabeça preta, com os dois primeiros segmentos
toráxicos de coloração vermelha. Quando ela está completamente
desenvolvida, chega a medir cerca de 6 mm de comprimento.
Ao atacarem as brotações novas, as lagartas perfuram os folíolos
ainda fechados. Estes, quando se abrem, apresentam perfurações
simétricas.
77
Geralmente, a partir de que percentual de desfolhamento o
127 ataque por insetos mastigadores pode causar prejuízos
econômicos?
78
O ataque de insetos de solo na lavoura pode contribuir para
130
o aumento da contaminação por aflatoxinas?
79
Em relação ao tripes (Enneothrips flavens), as perdas na
produção de amendoim em casca podem atingir 23% no cultivo de
sequeiro e, em cultivo irrigado, essas perdas podem ser da ordem de
39%.
80
vegetais) só atacam plantas apropriadas para alimentação ou
oviposição e a resistência das plantas pode ser alterada por suas
condições fisiológicas.
A antibiose é verificada quando o inseto não é capaz de se
desenvolver ou de se reproduzir tão bem quanto numa variedade
suscetível. Este último tipo é considerado como a verdadeira
resistência.
81
O controle cultural deve ser visto como método profilático e
raramente deve ser empregado como principal tática. O baixo custo
requerido para sua implementação tem se constituído a principal
vantagem em sua adoção.
82
incidência de cigarrinha (Emproasca kraemeri) e de insetos do
complexo Spodoptera.
O consórcio entre amendoim e ervilha reduziu a infestação de
cigarrinha, quando comparado ao cultivo de ervilha isolada.
83
Essa medida pós-colheita consiste em amontoar os restos de
culturas após separação das vagens e das ramas. Em seguida, procede-
se, à destruição dos restos de cultura.
84
Na cultura do amendoim, que patógenos são citados como
146
agentes de controle biológico de insetos-praga?
85
Em relação ao produto, devem-se considerar eficiência, método
de aplicação, seletividade, toxicidade, poder residual, período de
carência, formulação e preço.
86
• Fazer a manutenção do equipamento logo após aplicação
do pesticida.
87
Na maioria dos grãos de amendoim armazenados são en-
contrados coleópteros ou sejam, besouros. Representam essa ordem
insetos do gênero Tribolium, cujas espécies são T. castaneum e T.
confusum.
Outros besouros são das espécies Lasioderma serricorne,
Oryzaephilus surinamensis, Laemophloeus minutus, Carpophilus sp.
e Alphitobus diaperinus. As espécies Plodia interpuctella e Corcyra
cephalonica são representantes da ordem Lepidóptera.
88
condições de campo ou após infestação no armazém – deve-se
empregar fumigação ou expurgo.
Nota: observar rigorosamente o período de carência do produto a ser adotado.
89
5 Colheita e Pós-Colheita
Valdinei Sofiatti
Vicente de Paula Queiroga
Odilon Reny Ribeiro Ferreira da Silva
157 Qual o momento certo para se colher o amendoim?
92
Após a recepção do amendoim em casca, qual a primeira
160
etapa do beneficiamento?
93
Qual a temperatura do ar e a umidade relativa recomendadas
163
para a secagem das vagens na "carreta secadora"?
94
Para o amendoim, quando a umidade relativa do ar for inferior
a 60%, a semente apresenta teor de água inferior a 8%, sendo ideal
para a conservação do seu poder germinativo.
95
168 Como é feito o controle das pragas dos grãos armazenados?
96
• Causa rápido aquecimento da semente.
Penicillium
• Mata o embrião e causa sua descoloração.
• Causa a formação de mofo e de conglomerado de sementes.
97
Quais as etapas empregadas nos processos de colheita e
173
beneficiamento do amendoim?
98
ajustadas, além de as sementes apresentarem aproximadamente 8%
de umidade.
99
O teste é conduzido no germinador nas temperaturas alteradas
20 C a 30 oC. Para isso, recomendam-se duas contagens: a primeira
o
100
permitindo que as sementes de amendoim atravessem sua
malha.
• Segunda peneira – Deve ter orifícios bem menores do que as
sementes, para que estas não atravessem sua malha, por onde
devem passar tão-somente as sujidades (impurezas).
• Terceira peneira – Deve apresentar orifícios um pouco maiores
que as sementes, para reter as impurezas maiores.
• Quarta e última peneira – A quarta e última peneira deve
apresentar perfurações um pouco menores do que a semente,
para que as impurezas menores – e as sementes quebradas –
atravessem sua malha e sejam separadas da semente inteira.
As impurezas que ficam retidas na peneira são descartadas na
sua extremidade, por movimento vibratório. Para isso, o diâmetro
dos orifícios deve ser escolhido de acordo com o tamanho das se-
mentes de amendoim que varia principalmente em função da culti-
var.
101
de vibração e ventiladores que insuflam ar e o fazem atravessar a
mesa perfurada.
A separação das sementes ocorre em duas etapas:
• Primeira etapa – Consiste na estratificação da massa de
sementes. Nessa etapa, as sementes são submetidas a uma
corrente de ar, sendo que as leves flutuam e as pesadas
permanecem em contato com a mesa.
• Segunda etapa – Consiste na separação das sementes, em
que as sementes pesadas movem-se para a parte mais alta da
mesa e as leves para a parte mais baixa.
Essa separação é possível, pois as sementes leves não estando
em contato com a mesa não sofrem o efeito da vibração, movendo-
se pela gravidade, sendo descarregadas na parte mais baixa,
enquanto as pesadas ficam em contato com a mesa e conduzidas
até a parte mais alta, pelo efeito da vibração.
102
As regulagens desses mecanismos devem ser feitas indivi-
dualmente, para que se obtenha um ajuste adequado da máquina.
A eficiência da regulagem pode ser verificada pela diferença de peso
de um mesmo volume de sementes coletadas nas partes alta e baixa
da mesa.
103
6 Mecanização
Na cultura do amendoim, em se
tratando de preparo tratorizado, o
preparo de solo mais adequado é a
aração com arado de discos ou aiveca,
seguido de gradagem com grade leve
ou niveladora. Em solos com camadas
subsuperficiais compactadas, é reco-
mendado o uso de subsolador antes ou
após a aração.
O preparo do solo deve revolver adequadamente o solo,
incorporando os restos culturais para favorecer a operação de plantio
e a emergência das plântulas. Em caso do uso da tração animal, o
arado mais recomendado é o arado de aiveca, que pode ser fixo ou
reversível, usando-se como fonte de tração, 1 ou 2 animais.
No Nordeste, em solos arenosos, é comum usar o cultivador
com cinco enxadas. Esse equipamento faz o preparo mínimo, com
pouco revolvimento do solo.
106
Pode-se também usar a semeadora a tração animal, a qual pode
possuir mecanismos para distribuição de sementes ou de sementes e
adubo, simultaneamente.
Para médios e grandes produtores, o plantio do amendoim é
feito com semeadoras adubadoras, geralmente usadas para outras
culturas. Nesse caso, é preciso usar discos específicos, em se tratando
de sementes de amendoim.
107
recomendado para a cultivar. Caso contrário, deve-se alterar a relação
de transmissão das engrenagens, movida e motora, que acionam os
discos dosadores.
Para reduzir o número de sementes a serem distribuídas por
metro linear, deve-se reduzir também o tamanho da engrenagem
motora ou aumentar o tamanho da engrenagem movida.
Nota: para aumentar o número de sementes distribuídas, deve-se proceder o
inverso.
108
alteração da relação de transmissão das engrenagens motora e
movida, à semelhança da regulagem da distribuição de sementes.
Nota: essas regulagens devem ser repetidas, sucessivamente, até se obter a
quantidade de adubo recomendada.
109
Como é feita a colheita manual em cultivos de pequena
191
escala?
110
• Primeira etapa – Nessa etapa, é feito o arranquio e o
enleiramento das plantas com um equipamento denominado
arrancador-enleirador, que é acoplado ao sistema de levante
hidráulico de três pontos do trator e acionado pela tomada
de potência (TDP).
• Segunda etapa – Após a secagem das vagens ao sol, é feita a
outra etapa da colheita, a qual é constituída de recolhimento
e batedura das plantas, com equipamento denominado
recolhedor-batedor, que separa as vagens da planta.
111
Após o enleiramento, qual o grau de umidade adequado
197
para a batedura ou despencamento das vagens?
112
Já a potência mínima necessária do trator, do equipamento de
recolhimento, do batimento e da limpeza é de aproximadamente
120 cv.
113
Esse equipamento manual começa com o abastecimento da
moega com as vagens de amendoim em quantidades uniformes e
contínuas, momento em que se efetua o movimento alternado da
alavanca.
Esse movimento imprime uma fricção da vagem sobre a tela
côncava, provocando a quebra da vagem, obtendo-se assim, os grãos
e fragmentos de cascas que fluem através das malhas dessa tela
côncava, caindo sobre uma lona de pano ou de plástico.
114
206 Como funciona essa máquina de descascamento?
115
7 Mercado e
Comercialização
118
mentos normais como plantadeira, arados, grades, etc., estima-se que
seja necessária uma área em torno de 100 ha.
Para justificar o investimento, apenas na colhetadeira e no
arrancador, o módulo mínimo seria 30 alqueires ou 72,6 ha.
119
melhor para o amendoim de qualidade, sendo a secagem artificial
uma das ferramentas que garantem a qualidade e o bom preço do
produto.
120
A escolha da matéria-prima (grão de amendoim) pode
217
comprometer a vida de prateleira dos produtos à base de
amendoim?
121
• Recebimento da produção com logística de pós-colheita
(serviços de secagem e armazenamento), que mantêm a
qualidade do produto.
• Processamento e fortalecimento da comercialização,
alcançando diferentes mercados.
O mais importante é que a cooperativa é do produtor, ou seja,
ele pode opinar quanto às melhorias e ter livre acesso aos
procedimentos e ao balanço periódico do seu negócio.
122
movimento teve início em 1999 – 2000, época em que os produtores
individualmente estavam bastante endividados e sem poder investir.
Naquela ocasião, as cooperativas instalaram um complexo de
secagem e armazenamento, com recursos do Programa de
Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop)
e financiamentos particulares, para atender aos produtores. Essas
cooperativas ainda prestam assistência técnica e financeira, apoio à
comercialização e garantia de pagamento.
De duas formas:
• Os produtores que simplificam o processamento na pós-
colheita (secador e máquina de limpeza do amendoim), para
ensacar e guardar no barracão, aguardam o melhor momento
para vender o produto aos cerealistas.
• Outros produtores fazem parcerias com indústrias de confeito,
as quais processam o amendoim, agregam valor ao produto
e o comercializam.
123
processo para se obter caminho de volta e, assim, identificar onde e
por que o problema foi gerado, permitindo que a ação corretiva seja
rápida e diminuindo o risco para produtores e consumidores.
Por exemplo, se um cliente detectar um problema em
determinado lote, poderá exigir a retirada da mercadoria das
prateleiras, mas apenas as mercadorias desse lote, acarretando
mínimo prejuízo para o comerciante e a indústria.
Da mesma forma, ao ser denunciado qualquer tipo de problema
com determinado lote do produto, é possível recorrer-se aos registros,
para provar que a qualidade foi comprometida só após a venda,
hipoteticamente por eventuais problemas no armazenamento.
124
e o armazenamento mais seguro, especialmente se houver controle
da umidade relativa e temperatura.
Os sistemas mecanizados de amostragem propiciam análises
corretas para separar os diferentes lotes com características específicas
como quantidade de grão em 25 kg de amendoim em casca,
contaminação por aflatoxinas e defeitos, que definem o tipo de
amendoim.
125
regulamentação do consumo de amendoim, criado pela indústria
confeiteira.
O Pró-Amendoim tem por objetivo melhorar a qualidade do
produto final à base de amendoim, visando atender às exigências do
consumidor e garantir um produto seguro (isento de aflatoxinas), além
de ações que buscam aumentar o mercado consumidor brasileiro
de produtos de amendoim. No entanto, a maior adesão ao Pró-
Amendoim ainda está concentrada na região Sudeste.
126
O controle das aflatoxinas é de fundamental importância
230 para o mercado consumidor de amendoim. Como são feitos
os testes para se detectar a presença das aflatoxinas?
127
• Castanha-de-caju.
• Pistache.
• Castanha-do-brasil.
128
Qual o impacto da política cambial na cultura do
235
amendoim?
129
Outros aspectos que dificultam a inserção dos doces no
mercado europeu são os altos impostos que a Europa cobra para
proteger os produtores europeus cuja formulação contenha açúcar
de beterraba.
130
feita na propriedade agrícola, com as seguintes vantagens: além de
dispensar qualquer aditivo ao amendoim torrado, eleva o poder de
conservação desse produto.
131
Existe um período mais propício para a venda do amendoim
243
em casca?
132
brasileira de alimentos, estimulado pela mudança nos hábitos
alimentares do consumidor (massas, bolachas, pães, pratos prontos,
etc.).
Referências
FAO. Sampling plants for aflatoxin analysis in peanuts and corn. Rome,
1993. (FAO. Food and Nutrition Paper, 55).
ANVISA. Resolução RDC n. 274, de 15 de outubro de 2002. Aprova o
"Regulamento Técnico Sobre Limites Máximos de Aflatoxinas Admissíveis no
Leite, no Amendoim, no Milho", constante do Anexo desta Resolução. Diário
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 out. 2002.
133
8 Transferência de Tecnologia
e Organização da Produção
Não existe uma regra geral para definição de uma área mínima
viável. Independentemente do perfil do produtor, seja ele de pequena
ou grande escala, deve conhecer seu empreendimento, mediante
136
um planejamento claro da tecnologia a ser empregada, con-
templando a logística de pessoal, máquinas e insumos necessários à
manutenção e à condução da lavoura, além do conhecimento do
mercado para a justa comercialização da safra.
137
cultivo do amendoim, nas suas diferentes fases, por meio de visitas
agendadas e sob a orientação permanente do técnico local.
Nesse período, o treinamento também visa promover a
organização e a socialização dos agricultores para seu fortalecimento,
enquanto grupo de interesse, buscando ocupar espaços no mercado,
por meio da qualidade, da quantidade e da constância de
fornecimento dos seus produtos.
138
254 Qual o tamanho ideal para a UTD-matriz e a UTD-filial?
139
A missão principal do ADR é gerenciar e liderar o grupo,
suprindo a ausência do técnico nas demandas e, quando necessário,
solicitar a presença desse técnico.
140
Qual a proposta básica de um seminário de safra para a
259
cadeia produtiva do amendoim?
141
• Introdução de cultivares superiores aos tipos locais.
• Produção por encomenda para atender a clientes específicos.
142
Quais os meios convencionais usados pela Embrapa Algodão,
266 para difundir as tecnologias geradas com a cultura do
amendoim?
143
Ficha para Aplicação do Diagnóstico Rápido
Nome do produtor: Idade: Cadastro:
Comunidade: Município:
Outros cultivos ha
Criação pecuária:
Religião da família
( ) Católica ( ) Evangélica ( ) Outra:
Transporte da família
( ) Carro próprio ( ) Moto ( ) Ônibus ( ) Charrete
Perfil socioeconômico
Escolaridade da família: ( ) Analfabeto ( ) Ensino fundamental ( ) Ensino médio
( ) Terceiro grau
Tipo de moradia
( ) Taipa ( ) Alvenaria ( ) Mista ( ) Outro:
Infraestrutura da casa
( ) Água encanada ( ) Energia ( ) Banheiro ( ) Fossa séptica
( ) TV ( ) Rádio ( ) Antena parabólica ( ) Telefone ( ) Fogão a gás
Equipamentos da propriedade
( ) Cultivador ( ) Pulverizador costal ( ) Arado de aiveca ( ) Animal de tração
( ) Trator ( ) Plantadeira ( ) Grade niveladora ( ) Outros:
Local: Data: / /
144
Quais as implicações do serviço de Ater no desenvolvimento
269
da cadeia produtiva do amendoim?
145
Qual a vantagem do modelo de Ater das UTDs-Escola de
272
Campo em relação ao modelo individualizado de Ater?
146
9 Melhoramento e
Cultivares Nacionais
147
Quais as empresas de pesquisa que desenvolvem cultivares
274
de amendoim no Brasil?
148
No entanto, para algumas características, como resistência a
doenças foliares e a nematoides, o uso de espécies silvestres mais
relacionadas ao amendoim tem sido mais promissor, sendo alvo de
estudos em várias instituições, nacionais e estrangeiras.
149
Em conjunto, esses atributos podem compor o genótipo de uma nova
cultivar, ou serem, alternativamente, encontrados em vários
genótipos, dependendo do interesse do programa, da região para
qual a cultivar será recomendada e do mercado consumidor.
150
O ciclo mais longo e a presença de dormência nas sementes
permitem períodos de produção das plantas também mais extensos,
sem perdas ocasionadas pela germinação das sementes antes da
colheita.
Genótipos desse tipo botânico têm ciclo mais longo, entre 120
e 140 dias. A redução no ciclo pode ser feita por forte pressão de
seleção (processo mais lento) ou por hibridação com acessos
precoces do tipo Valência ou Spanish.
151
descritores morfológicos do grupo botânico A. hypogaea subsp.
hypogaea, como cor e formato da folha, ausência de inflorescência
na haste principal, dormência das sementes e geralmente maior
produtividade.
152
Qual a eficiência reprodutiva nas plantas eretas e nas
287
rasteiras?
153
Semente não certificada pode interferir na qualidade da
290
produção?
154
No Brasil, existe alguma cultivar com resistência completa
293
às cercosporioses?
155
Na Tailândia e no Senegal, os acessos PI 337394 F, PI 337409,
UP 71513 e J 11 têm sido frequentemente usados como doadores
resistentes em trabalhos de melhoramento.
A cultivar africana 55 437, um dos progenitores da cultivar
brasileira BRS 151 L7, também tem sido usada no Senegal, como
fonte de resistência.
298 Como pode ser obtida uma cultivar com resistência à seca?
156
Pela aparência da planta, é possível identificar uma
300 variedade tolerante à seca?
São as seguintes:
• Dimorfismo dos estômatos, que possibilita o movimento dos
folíolos, reduzindo a radiação solar e a perda transpiratória.
157
• Manutenção das funções das trocas gasosas (embora em
menor escala), realizando a fotossíntese.
• Redução da fotorrespiração.
158
Na condição de 100 mM de NaCl, esse acesso teve redução
de apenas 23% de sua matéria seca, enquanto em A. duranensis V.
14 167, a redução foi de 65%.
159
Quais as práticas biotecnológicas que podem ser usadas para
309
auxiliar o melhoramento genético convencional do
amendoim?
160
Já existe amendoim transgênico para comercialização?
312
Não. Contudo, existem várias linhagens avançadas sendo
estudadas por instituições estrangeiras, especialmente no International
Crop Research Institute for Semi-Arid Tropics (Icrisat), com uma
linhagem transgênica resistente ao Indian Peanut Clump Virus (IPCV),
já em testes de campo.
161
obtêm-se plantas geneticamente idênticas à planta-matriz, em número
elevado e em pouco tempo.
162
10 Avanços da
Biologia Molecular
163
319 O que é biologia molecular?
164
Como dessa maneira a variabilidade encontrada era frequen-
temente baixa, a procura de associação entre genótipo e fenótipo voltou-
se para a avaliação da variação nas sequências dos DNAs de indivíduos
que divergiam para características de interesse agronômico.
No início, foram usadas enzimas que cortavam os DNAs em
sequências específicas (enzimas de restrição) que são encontradas
em números variáveis entre indivíduos de uma mesma espécie.
Em 1988, com o surgimento da técnica de PCR (Polymerase
chain reaction), houve a possibilidade de se obter fragmentos
individuais de DNA que facilitavam a avaliação do polimorfismo
devido a diferenças tanto em tamanho, resultantes de inserções ou
deleções (variação de tamanho de fragmento), quanto de sequências
devido a mutações pontuais.
Atualmente, devido à grande disponibilidade de sequências
de DNAs e à maior facilidade de análise de locos individuais em
larga escala, os trabalhos de associação genótipo-fenótipo têm se
voltado para a avaliação de variações nas sequências ponto a ponto.
É oportuno lembrar que, o sucesso na aplicação de biotecno-
logia no melhoramento de uma cultura não depende apenas da
disponibilidade de técnicas de biologia molecular, mas também de
material vegetal adequado, isto é, material avaliado adequadamente,
gerando informações básicas importantes como número de genes
envolvidos e herdabilidade, além de populações que estejam
segregando para as características de interesse.
165
323 O que são marcadores moleculares?
166
A tecnologia de marcadores moleculares tem tido um
326
impacto grande no melhoramento genético de amendoim?
167
Como a tecnologia de marcadores moleculares poderia
328
contribuir no uso de plantas silvestres no melhoramento do
amendoim?
168
• Pilosidade das folhas (que pode estar associada a resistência
a doenças).
• Porte (rasteiro ou ereto).
• Cor de flor.
• Tamanho de fruto.
• Número de sementes por fruto.
• Tamanho do istmo, entre outras.
É necessário um laboratório
básico de biologia molecular e um
técnico especializado com treina-
mento em extração de DNA e ge-
notipagem. Isso é viável, em centros
de melhoramento genético. A maio-
ria dos centros de pesquisa e das
universidades brasileiras já dispõe
dessa estrutura.
169
Se existe pouca variabilidade molecular no amendoim
333
cultivado, como explicar tanta variabilidade morfológica?
170
Em quais características essas técnicas de expressão
336
poderiam ser usadas e por quê?
171
Como esses genes seriam usados no melhoramento do
338 amendoim?
172
da seção Arachis, os quais contêm espécies mais relacionadas ao
amendoim cultivado.
Já foram elaborados mapas genéticos para os genomas A e B
de Arachis, o que garantirá que boa amostragem do genoma será
feita, pois permitirá que marcadores de todos os cromossomos (grupos
de ligação) sejam usados no processo.
As espécies usadas para se obter poliploides sintéticos foram
selecionadas por possuírem características de grande interesse para
o melhoramento do amendoim, como resistência a manchas foliares
e ao estresse hídrico.
Em alguns estados do Nordeste, essas populações encontram-
se em ensaio de rede e têm sido direcionadas como recurso
forrageiro, devido à riqueza de sua matéria seca em proteína e em
minerais.
173
No Brasil, já existem alguns marcadores que parecem estar
ligados a essas doenças, conhecidas como cercosporioses.
Esse estudo foi feito numa população silvestre, devido à sua
maior variabilidade, mas precisa ser validado numa população
tetraploide dotada de genes de resistência a cercosporioses. Essa
população encontra-se em programas de melhoramento no Instituto
Agronômico de Campinas (IAC), SP, e na Embrapa Algodão, em
Campina Grande, PB.
Quando esses marcadores forem validados, será possível
transferir o(s) gene(s) ao(s) qual(is) os marcadores estão ligados com
maior eficiência, para linhagens ou cultivares. A transgenia é outra
alternativa que pode ser de grande auxílio para se obter plantas
resistentes.
174
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia está mapeando
marcadores associados à resistência a uma espécie de nematoide
das galhas, resistência esta que ocorre em quase todos os acessos
silvestres.
175
Quando expresso em altos níveis, além de reduzir o ataque
por lagartas de solo, indiretamente esse gene também reduziu o nível
de infecção de Aspergillus, o fungo produtor de aflatoxinas, e os níveis
de aflatoxinas.
Num manejo integrado, trabalhos desse nível são muito válidos
como uma peça em que boas práticas agrícolas e pós-colheita são o
fator mais importante para se minimizar a contaminação por
aflatoxinas.
176
ocorrer devido ao consumo de qualquer produto, seja de origem
animal, vegetal ou químico.
Até hoje, não há dados concretos que sugiram que plantas
transgênicas ofereçam maior risco à saúde humana do que uma
planta obtida por melhoramento tradicional.
Portanto, embora justificadas, as preocupações devem ser
colocadas num contexto maior, onde o que poderia oferecer risco
seria a proteína codificada pelo gene transferido e não o método de
transferência (por transgênia ou por melhoramento tradicional).
177
Características peculiares que dificultaram os estudos do
amendoim nessa área:
• Baixa variabilidade genética detectada por marcadores
moleculares.
• Tamanho exagerado de genoma.
• Abundância de elementos repetitivos, que "confundem" os
estudos, entre outras.
Felizmente, já se pode contar com maior conhecimento para
transferência de genes de espécies silvestres, fruto de melhor
compreensão do genoma do amendoim e de seus parentes silvestres,
além da disponibilidade de ferramentas moleculares, como os
marcadores e os mapas.
Todo esse conhecimento acumulado contribuiu para que, hoje,
a transferência de características de interesse presentes em espécies
silvestres seja possível.
178
Propriedades
11 Nutricionais e
Processamento
179
353 Qual o valor nutricional do amendoim?
Composição %
Umidade 7
Lipídio 45
Proteína 29
Cinza 3
Carboidratos 16
180
Qual o teor de proteína na torta-magra ou farinha desen-
355
gordurada?
181
358 Como é avaliado o teor de óleo?
182
Quais os ácidos graxos predominantes no óleo de
360
amendoim?
183
Óleos com teor de ácido oléico superior ao do linoleico e índice
de iodo mais baixo, têm maior estabilidade e vida de prateleira mais
longa.
A relação entre os ácidos graxos saturados e insaturados é o
fator mais importante na sua aceitação, pela indústria alimentícia.
184
Tabela 5. Teores médios de aminoácidos (AAs) essenciais de farinha
desengordurada de amendoim (FDA), da cultivar do tipo Valência.
AAs FDA Padrão Padrão
Essenciais (g/100 g) (Ovo) (FAO,1985)
ILE 3,15 5,44 2,80
LEU 6,56 8,64 4,40
LYS 3,60 7,04 4,40
PHE 5,89 - 2,20
PHE+TYR 10,77 9,29 -
MET+½CYS 2,90 5,68 2,20
THR 3,36 4,70 2,80
TRP 0,93 1,70 0,90
VAL 3,45 6,56 2,50
HIS 2,65 - 1,90
185
De que forma o consumo de amendoim pode reduzir a
366
desnutrição?
186
Quais os maiores alergênicos do amendoim e o que essas
369 substâncias podem causar?
187
372 O que as lectinas podem causar?
188
Qual a importância do magnésio (Mg) contido no amendoim,
375
para a saúde?
189
Qual a importância dos teores de fósforo (P), de potássio
378 (K) e de manganês (Mn) presentes no amendoim, para o
organismo?
190
O consumo de amendoim pode auxiliar na perda de massa
380
corporal?
191
383 Quais as formas de consumo do amendoim, no mercado?
192
Qual a composição química da pasta de amendoim (man-
386
teiga)?
193
Há algum tipo de alimento à base de amendoim que possa
389 ser processado a baixo custo, para posterior uso na merenda
escolar?
194
• Moagem.
• Cozimento.
• Prensagem e decantação ou filtração.
195
Eles reduzem os níveis de LDL e de colesterol total, aumentando
a relação HDL/LDL, um dos indicadores das doenças cardio-
vasculares.
196
Para comercialização, a umidade deve ficar em torno de 4% a
5%, pois abaixo de 4 ou acima de 5, pode desenvolver fungos,
tornando o produto impróprio para consumo.
197
Embora o cozimento melhore a qualidade nutricional das
leguminosas, o aquecimento prolongado resulta em decréscimo na
qualidade da proteína e na perda de vitaminas e de minerais.
Na realidade, um dos maiores benefícios do cozimento dos
grãos é a destruição dos inibidores de proteases, que interferem na
digestibilidade.
198
adicione farinha de milho (1 e ½ xícara das de chá). Geralmente, a
paçoca de amendoim é elaborada com amendoim torrado sem pele,
açúcar e sal, podendo-se adicionar ainda leite, para incrementar a
consistência do produto final.
Ingredientes
2 xícaras (das de chá) de amendoim torrado (sem pele)
1 xícara (das de chá) de açúcar
1 pitada de sal
4 a 5 colheres (das de sopa) de leite.
Como preparar
• Num pilão caseiro, socam-se os ingredientes secos, até obter
uma massa homogênea.
• Em seguida, numa vasilha de louça, adiciona-se o leite a essa
massa, misturando até obter consistência granulada.
• Depois, despeja-se a mistura em formas, pressionando-a para
torná-la mais compacta.
• Por último, corta-se a paçoca prensada no tamanho e no
formato desejados.
• Guarnecem-se os pedaços em papel-confete (tipo aman-
teigado), os quais já estão prontos para serem servidos.
Ingredientes
400 g de biscoitos de amido de milho triturados
2 colheres (das de sopa) de açúcar mascavo
1
/2 xícara (das de chá) de uvas passa
2 xícara (das de chá) de flocos de arroz
199
2 xícaras (das de chá) de aveia em flocos
1 xícara e meia (das de chá) de grão de amendoim torrado e
triturado
100 g de leite em pó desnatado
500 mL de glucose de milho (como aglutinante).
Como preparar
• Numa vasilha, misture todos os ingredientes.
• Numa forma, prense a mistura.
• Deixe descansar na forma por 12 horas.
• Depois, desenforme e corte em formato de barrinhas.
• Embrulhe cada barrinha em papel-celofane ou em filme
de PVC.
Referências
ANVISA. Portaria nº 398, de 30 de abril de 1999. Aprova o
regulamento técnico que estabelece as diretrizes básicas para
análise e comprovação de propriedades funcionais e ou de saúde
alegadas em rotulagem de alimentos. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília, DF, Poder Executivo, 3 maio 1999.
ANVISA. Resolução RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003.
Aprova Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de
Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF,
Poder Executivo, 26 dez. 2003.
FAO. Codex Standards for edible fast and oils. Roma: FAO: WHO, 1989.
(CAC. Division II).
FAO. Necesidades de energia y proteinas. Roma: FAO: OMS, 1985. (FAO/
OMS. Série Informes Técnicos, 724).
200
12
Propriedades
Bioquímicas
e Funcionais
201
407 O que são antioxidantes?
202
410 O que é resveratrol e onde se encontra no amendoim?
203
414 Qual o mecanismo de ação do resveratrol na artrite?
204
Estudos sugerem que o piceatanol associado com o resveratrol
induz à apoptose (morte celular) de linhagens de células can-
cerígenas.
Além disso, o resveratrol pode ser convertido no composto
anticancerígeno piceatanol, nas células de tumores humanos.
205
Inibidores de proteases, obtidos de algumas sementes
420
oleaginosas, têm sido citados como fonte de resistência a
alguns insetos de grãos armazenados. Existe algum inibidor
de proteases nas sementes de amendoim?
206
Essa pesquisa defende a hipótese de que a incorporação de
fitosteróis na dieta pode ajudar a prevenir a extensão do câncer de
mama.
207
426 O amendoim pode atuar também como agente antifúngico?
208
429 Onde podem ser encontradas as isoflavonas?
209
13
Potencial do Óleo
de Amendoim como
Fonte de Biodiesel
212
434 O óleo de soja é a melhor matéria-prima para o biodiesel?
213
Com base nesse conceito, como o óleo de amendoim se
437
diferencia do óleo de soja?
214
girassol. Por causa de seu aproveitamento alimentar em nutrição
humana, seu valor agregado se eleva ainda mais, o que impacta o
custo de produção do biodiesel.
215
O refino do óleo vegetal é também benéfico para o processo
443
de fabricação do biodiesel?
216
• Diferentes sistemas produtivos.
• Sazonalidade e adaptação territorial da planta, que deve ser
tão ampla quanto possível, atendendo a diferentes condições
edafoclimáticas.
217
Qual o poder calorífico do biodiesel de óleo de amendoim,
450
em comparação com o valor apresentado pelo diesel de
petróleo?
218
Entretanto, verifica-se um aumento no consumo específico do
combustível, pois o biodiesel tem menor poder calorífico do que o
diesel. De acordo com experimentos em motores, esse aumento é
da ordem de 10% a 13%.
219
menor segurança no manuseio do produto (o ponto de fulgor
expressa a temperatura na qual o combustível entra em combustão).
Além disso, o álcool em excesso pode provocar danos ao
sistema de injeção de combustível (bomba injetora). Outro efeito é o
abaixamento do número de cetano, o que pode influenciar na
emissão de óxidos de nitrogênio (Nox), causar ruídos no motor e
emissão de fumaça branca.
220
Qualidade e
14 Segurança de
Alimentos Derivados
do Amendoim
221
O que significa a expressão "Segurança Alimentar e
459
Nutricional"?
222
• Armazenamento adequado, para garantir a integridade do
produto, até que seja consumido.
223
465 Quais os tipos de aflatoxinas encontrados no amendoim?
224
467 Como produzir amendoim de qualidade e com segurança?
225
No entanto, na fase de cura, a aplicação de calor suplementar
deve ser feita com cuidado, pois o aquecimento excessivo acarreta
perda de sabor e desprendimento da película que envolve os grãos,
comprometendo a qualidade do produto final.
Após a cura, a umidade deve ser mantida em níveis inferiores a
8%, para impedir o crescimento de fungos como o Aspergillus.
226
Como a adoção da rotação de culturas contribui para
472
prevenir a contaminação por aflatoxinas?
227
de São Paulo, tem apresentado menor contaminação por aflatoxinas,
provavelmente, devido à sua característica de dormência das
sementes e resistência a doenças.
Cultivares resistentes a insetos também são desejáveis, prin-
cipalmente por reduzir danos mecânicos, especialmente nas vagens,
que favoreceriam a infecção e a proliferação de Aspergillus.
228
ser planejado, para coincidir com o ponto ótimo de maturação das
vagens, reconhecido quando a coloração branca da parte interna
destas apresenta sinais de escurecimento. Assim, procede-se ao
arranquio da seguinte maneira:
• As cultivares de porte ereto devem ser arrancadas quando
70% das vagens estiverem maduras.
• As cultivares de porte rasteiro devem ser arrancadas quando
60% de suas vagens alcançarem a maturidade.
Por sua vez, plantas que morreram devido ao ataque de insetos
ou doenças devem ser colhidas separadamente, pois possivelmente
suas vagens terão altos índices de aflatoxinas. Em áreas não irrigadas,
a colheita deve ser feita separadamente.
229
descarga deve ocorrer num prazo inferior a 48 horas, para evitar o
reumedecimento dos grãos dentro do veículo.
230
482 Como deve ser feito o armazenamento do amendoim?
231
Quais as principais pragas que atacam o amendoim
484
armazenado?
232
• Limpar resíduos e sujeiras de armazenamentos anteriores.
• Eliminar camas de animais, ninhos de passarinhos e de
roedores.
• Evitar focos de possíveis infestação e a mistura de colheitas
novas com velhas.
• Fazer a limpeza do depósito e arredores, diariamente.
233
O resultado é que, para avaliar a contaminação por aflatoxinas
a amostra deve ser formada por um número grande de pequenas
subamostras, distribuídas por todo o lote, formando uma amostra
grande, a qual pode alcançar de 7 kg a 30 kg, dependendo do
tamanho do lote de amendoim a ser avaliado.
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotam
como guia de recomendação um plano amostral com segurança igual
ou superior ao do Codex Alimentarius, da FAO.
Outros procedimentos de amostragem são adotados por
empresas, para controle de qualidade ou por exigência dos
compradores, em especial o exigido pela União Européia.
234
É proibido comercializar amendoim contaminado por
490
aflatoxinas?
235
A seleção de vagens contaminadas é eficiente na redução
493
da contaminação de lotes de amendoim?
236
496 O que é o PAS?
237
O Pró-Amendoim foi elaborado para responder às denúncias
extremamente negativas de amendoim contaminado, as quais
causavam redução no consumo e no valor dos produtos à base de
amendoim.
As indústrias promoviam ações isoladas, gerando resultados
ineficazes. Com isso, um grupo de empresários do setor entenderam
a necessidade de, juntos, organizarem-se e, em janeiro de 2001,
criaram o Pró-Amendoim.
Esse programa conta com o apoio da Anvisa, na esfera federal,
estadual e municipal, e do Ministério Público que, com a participação
de todos do ramo e associados, vem crescendo e garantindo a
qualidade dos produtos, transformando o amendoim em grande
riqueza do nosso País e resgatando a credibilidade dos consumidores
em geral.
238
A produção integrada de amendoim orientará esse setor de
maneira a obter a maior produtividade e a melhor qualidade, tendo
em vista a viabilidade econômica e a segurança, resultando na
obtenção de alimentos seguros, que serão reconhecidos pelo
consumidor, por meio de um selo de qualidade.
Referências
239
BRASIL. Ministério da Agricultura e Abastecimento. Portaria nº 7, de 09
de novembro de 1988. Estabelece os padrões mínimos das diversas
matérias-primas empregadas na alimentação animal, conforme
especificações em anexo. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 14 nov. 1988. Seção 1.
240
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