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MADEIRAS
série MATERIAIS
Este texto resulta inicialmente do trabalho de aplicação realizado pelos alunos da disciplina de
Materiais de Construção I do curso de Engenharia Civil, sendo baseado no esforço daqueles que
frequentaram a disciplina no ano lectivo de 1999/2000, vindo a ser anualmente melhorado e
actualizado pelos cursos seguintes.
No final do processo de pesquisa e compilação, o presente documento acaba por ser, genericamente, o repositório da
Monografia do Eng.º JORGE ANTÓNIO RIBEIRO DA SILVA ARAÚJO que, partindo do trabalho acima
identificado, o reviu totalmente, reorganizando, contraindo e aumentando em função dos muitos acertos que o
mesmo carecia.
Esta sebenta insere-se num conjunto que perfaz o total do programa da disciplina, existindo uma por
cada um dos temas base do mesmo, ou seja:
I. Metais
II. Pedras naturais
III. Ligantes
IV. Argamassas
V. Betões
VI. Aglomerados
VII. Produtos cerâmicos
VIII. Madeiras
IX. Derivados de Madeira
X. Vidros
XI. Plásticos
XII. Tintas e vernizes
XIII. Colas e mastiques
Embora o texto tenha sido revisto, esta versão não é considerada definitiva, sendo de supor a
existência de erros e imprecisões. Conta-se não só com uma crítica atenta, como com todos os
contributos técnicos que possam ser endereçados. Ambos se aceitam e agradecem.
ÍNDICE GERAL
ÍNDICE GERAL................................................................................................................................................... 1
ÍNDICE DE FIGURAS......................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 6
CAPÍTULO I – NATUREZA, CLASSIFICAÇÃO, PROPRIEDADES, APLICAÇÕES E CONDIÇÕES
DE EMPREGO DA MADEIRA ........................................................................................................................ 12
1.1. CONCEITO DE MADEIRA ......................................................................................................................... 12
1.2. A NOMENCLATURA GENÉRICA ......................................................................................................... 15
A ÁRVORE É UMA PLANTA VIVAZ, ISTO É DURA MUITOS ANOS; E, NUNS ANOS, VAI PREPARANDO A VIDA PARA OS
SEGUINTES. ESQUEMATICAMENTE, A FORMA DA ÁRVORE PODE CONSIDERAR-SE (VER FIGURA SEGUINTE) UM
EIXO VERTICAL, EM QUE A PARTE SUPERIOR É A FLECHA (A) E A INFERIOR A RAIZ MESTRA (B); ESSE EIXO TEM
RAMIFICAÇÕES INSERIDAS A DIFERENTES ALTURAS: AS PERNADAS (C), SE FOREM ACIMA DO SOLO; AS RAÍZES
SECUNDÁRIAS (D), SE FOREM ABAIXO. .............................................................................................................. 21
1.3. ESTRUTURA DA MADEIRA.................................................................................................................. 23
1.4. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA............................................................................................. 38
1.5. IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA .......................................................................................................... 40
1.6. PROPRIEDADES DA MADEIRA ........................................................................................................... 41
1.6.1. PROPRIEDADES FÍSICAS ............................................................................................................... 41
1.6.1.1. HETEROGENEIDADE .............................................................................................................................. 42
1.6.1.2. ANISOTROPIA .......................................................................................................................................... 43
1.6.1.3. HIGROMETRICIDADE ............................................................................................................................. 44
1.6.1.4. HUMIDADE ............................................................................................................................................... 45
1.6.1.5. RETRACTIBILIDADE............................................................................................................................... 49
1.6.1.6. POROSIDADE............................................................................................................................................ 57
1.6.1.7. DUREZA..................................................................................................................................................... 57
1.6.1.8. TEXTURA, COR, BRILHO E ODOR ........................................................................................................ 57
1.6.1.9. DENSIDADE .............................................................................................................................................. 58
1.6.1.10. CONDUTIBILIDADE ELÉCTRICA........................................................................................................ 60
1.6.1.11. CONDUTIBILIDADE TÉRMICA............................................................................................................ 61
1.6.1.12. CONDUTIBILIDADE SONORA ............................................................................................................. 62
1.6.1.13. DURABILIDADE ..................................................................................................................................... 62
1.6.2. PROPRIEDADES MECÂNICAS ....................................................................................................... 64
1.6.2.1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO ............................................................................................................ 65
1.6.2.2. RESISTÊNCIA À TRACÇÃO.................................................................................................................... 68
1.6.2.3. RESISTÊNCIA À FLEXÃO ....................................................................................................................... 69
1.6.2.4. RESISTÊNCIA AO CHOQUE ................................................................................................................... 70
1.6.2.5. RESISTÊNCIA AO CORTE/CISALHAMENTO....................................................................................... 70
1.6.2.6. RESISTÊNCIA AO FENDILHAMENTO .................................................................................................. 71
1.6.2.7. ELASTICIDADE ........................................................................................................................................ 71
1.6.2.8. FLUÊNCIA E FADIGA .............................................................................................................................. 71
1.6.3. PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS ................................................................................................ 72
1.7. FACTORES MODIFICATIVOS DAS PROPRIEDADES (FÍSICAS E MECÂNICAS).......................... 73
1.8. REQUISITOS PARA MADEIRA DE BOA QUALIDADE...................................................................... 75
1.9. APLICAÇÕES E CONDIÇÕES DE EMPREGO DA MADEIRA ............................................................ 78
CAPÍTULO II – ABATE, SERRAGEM E SECAGEM .................................................................................. 81
2.1. ABATE DA ÁRVORE .............................................................................................................................. 81
2.2. A PERMANÊNCIA OU NÃO DA CASCA .............................................................................................. 82
2.3. TRANSFORMAÇÃO DA ÁRVORE........................................................................................................ 83
2.4. SECAGEM DE MADEIRAS .................................................................................................................... 84
2.4.1. SECAGEM NATURAL....................................................................................................................... 86
2.4.2. SECAGEM ARTIFICIAL ................................................................................................................... 88
CAPÍTULO III – PATOLOGIAS E DEFEITOS............................................................................................. 92
3.1. GENERALIDADES.................................................................................................................................. 92
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As Madeiras na Construção Civil
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ÍNDICE DE TABELAS
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ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1– NA FOTOGRAFIA DE SUPERIOR ILUSTRA-SE O AVANÇO DAS ZONAS DE PASTO SOBRE AS ARBORIZADAS
NO BRASIL, NAS A ESTA INFERIORES, PELO CONTRÁRIO, O RESULTADO DE UM CORRECTO PLANEAMENTO
FLORESTAL [12] ............................................................................................................................................. 8
FIGURA 2– FOTOGRAFIA DE ÁRVORE RESINOSA, COM FOLHA E FRUTO (IN “O MUNDO DA MADEIRA” 1987, P. 28)
..................................................................................................................................................................... 17
FIGURA 3 – PAISAGEM DA ALTERAÇÃO DE COLORAÇÃO DAS FOLHAS (IN “O MUNDO DA MADEIRA”, 1987, P. 108)
..................................................................................................................................................................... 17
FIGURA 4 – ÁRVORE DE FOLHA CADUCA, COM TRANSIÇÃO, FOLHA E FRUTO (IN “O MUNDO DA MADEIRA”, 1987,
P. 28) ............................................................................................................................................................ 18
FIGURA 5 – FOTOGRAFIA DE DIVERSOS TIPOS DE FOLHA (IN “ENCICLOPÉDIA LELLO UNIVERSAL”, P. 1029)....... 18
FIGURA 6 – FOTOGRAFIA DE UMA ENCOSTA COM VEGETAÇÃO VARIADA (IN “CABRAL E TELLES”, P. 50) ........... 19
FIGURA 7 - DIAGRAMA DE SECTOR CIRCULAR DO CAULE (CORTE TRANSVERSAL) COM OS ASPECTOS PRINCIPAIS
DA ESTRUTURA LENHOSA (IN “O MUNDO DA MADEIRA” , 1987, P. 48) ........................................................ 24
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INTRODUÇÃO
Sendo o Pinheiro a árvore dominante no nosso panorama arbóreo, esta espécie possui
uma relação densidade/resistência notável, embora tenha sérios problemas de durabilidade.
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Vários autores consideram que hoje em dia existe uma preocupação e um cuidado
técnico para o manuseamento e reflorestação das áreas arborizadas, além de informações
adequadas para identificar as condições nas quais o seu manuseamento terá êxito.
Invariavelmente, atribuem-se obstáculos do tipo político e socioeconómico para explicar a
falta de áreas sob domínio.
A Figura 1 mostra um fragmento de cerradão (área central da foto) cercado por cultura
canavieira, no município de Luiz Antônio, Brasil, como resultado da expansão agro-pastoril
na paisagem do Estado de São Paulo.
Neste contexto, áreas de florestas naturais do Brasil encontram-se cada vez mais
reduzidas a fragmentos florestais. A substituição da vegetação nativa por áreas de pasto,
monoculturas e culturas de subsistência implica na perda contínua e irreversível da
biodiversidade, seja directamente pela extinção de espécies, ou pela perda da variabilidade
genética das espécies ameaçadas de extinção.
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FIGURA 1– Na fotografia de superior ilustra-se o avanço das zonas de pasto sobre as arborizadas no
Brasil, nas a esta inferiores, pelo contrário, o resultado de um correcto planeamento florestal [12]
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pelas suas vantagens do ponto de vista social, económico e ambiental a curto e a longo prazo.
Comparado com os demais sistemas de utilização da Terra (como sejam a agricultura,
pecuária, etc.) o manuseamento florestal produz melhor qualidade e quantidade de serviços
ambientais de que se destacam a biodiversidade e a protecção dos recursos hídricos, não
esquecendo um dos grandes flagelos da actualidade, os incêndios, que com estudos adequados
tanto no campo da prevenção como na pratica de intervenção são fundamentais para o
desenvolvimento e reconstrução florestal.
O comércio utiliza hoje cerca de 250 espécies de madeira, tanto a nível local como
regional e nacional. No entanto, a maior parte do volume comercializado concentra-se em
poucas espécies destas 250. Das cerca de 2000 espécies que se conhecem só algumas dezenas
possuem mercado no Mundo. Isto torna necessário que se proceda à promoção nos mercados
mais diversos das espécies que mais se encontram aptas a serem utilizadas nas mais diversas
utilizações no sector da indústria transformadora. Estas espécies, pelo menos algumas delas,
não se comercializam devido ao facto de, infelizmente, ser desconhecido quer o seu potencial
económico quer as suas propriedades físicas e mecânicas.
Se existir um melhor conhecimento das florestas e suas castas, então também existirá
um melhor aproveitamento e um aumento de produtos para a sua transformação. Na maior
parte dos casos é reduzido o número de espécies cujas madeiras se aproveitam, o que tem
como consequência o excessivo custo de infra-estruturas e das operações de exploração das
florestas, devido ao baixo volume de madeira comercial disponível por unidade de área. As
florestas da América Latina não são excepção a esta regra. Ampliar os conhecimentos sobre
as madeiras, que actualmente são sub-utilizadas pelos mercados nacionais e internacionais,
contribui para o aproveitamento racional e sustentado destes recursos.
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As indústrias de base florestal têm dado a sua quota parte na contribuição nos
aspectos social e económico. No entanto, são necessários maiores investimentos em
tecnologia, visando aumentar o valor agregado dos produtos e o nível de utilização da
matéria-prima que é a madeira. Para tal, o primeiro passo seria fazer aperfeiçoar os
conhecimentos sobre as espécies de madeira existentes, com o objectivo da sua ulterior
utilização.
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esgotamento das suas reservas. Para tal há que reduzir a exploração selectiva e colocar nos
mercados quantidades adicionais de matéria-prima a preço mais competitivo e, enfim, reduzir
o desperdício de matéria-prima que é originária das diversas formas de exploração das
florestas.
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Ao longo deste capítulo, o nosso propósito é efectuar, desde logo, uma definição do
que se entende por madeira, assim como as suas características propriedades. Com efeito,
muito embora seja uma noção que todas as pessoas têm, impõe-se que, num trabalho obedeça
a regras científicas, se efectue uma definição formal que proceda à confirmação ou não da
noção pré-existente de senso comum.
Mas, mais importante do que isso, é obrigatório delimitar o campo objecto de análise
e que é realizado a partir de uma definição que precise o âmbito de análise que constitui o
ponto de partida.
A ideia é um pouco efectuar alguma caracterização do que se entende por tal para
que possa, desde este ponto inicial, ficar com uma ideia de alguns aspectos, principais e
também secundários, daquilo que entende por ela e de algumas referências que à mesma se
pode associar necessárias para definir os seus contornos.
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As Madeiras na Construção Civil
A madeira é constituída pelo conjunto dos tecidos que formam a massa dos troncos
da árvore, desprovidos de casca. É um material relativamente leve, resistente e fácil de
trabalhar, tendo, por isso mesmo, sido utilizada pelo homem desde os primórdios da cultura.
O crescimento deste “cilindro central” ocorre pelo apelidado “câmbio”, que consiste
numa zona que fica entre o “líber” (órgão vegetal constituído por um conjunto de vasos
condutores, crivosos, também denominado floema) e o “lenho” das plantas gimnospérmicas
(a sua divisão refere precisamente o facto das suas sementes e óvulos destas plantas se
encontrarem expostas sobre a superfície dos esporófilos ou estrutura análoga) e dicotiledóneas
(a sua divisão refere ao facto do sistema de reprodução sexuada em meio terrestre e em
presença de animais ou insectos através da polinização na flor, ou pela produção de frutos
carnudos e apetecíveis, permitindo à planta utilizar os animais como transportadores e
distribuidores das sementes nele depositado.
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raios medulares. Porém, acontece que o próprio “câmbio” de raiz pode originar madeira. No
entanto, aquela que se obtêm extraindo a partir do tronco das árvores é a que se revela mais
importante.
Estas formas, são variáveis não a partir da definição que a caracteriza, mas sim em
função do diâmetro que possui na árvore. Estas formas variam com o desenvolvimento e
idade da árvore, da sua localização, na capacidade de nutrição do solo e suas características. A
partir do abate, a produção de madeira, surge a partir do designado “eixo principal” da
árvore, também conhecido por “fuste”. Porém, esta produção circunscreve-se até ao diâmetro
de 0,20 m.
Como remate final, podemos então referir que a madeira, ou seja, a substância que é
extraída como matéria-prima, em bruto da natureza, pode ser definida segundo estas duas
perspectivas de auscultar a botânica e associar à silvicultura.
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Tal deve-se ao facto de a madeira ser uma matéria-prima que resulta de uma planta e
daí a acepção associada à botânica e, por outro lado, o facto de ser extraída de uma árvore
que vive em conjunto com um sem número de outras tantas iguais ou semelhantes e que se
estudam no domínio da silvicultura.
As árvores, a partir das quais se obtém, a madeira podem ser objecto de uma
classificação. Aquelas que o Homem se serve para especificamente proceder à extracção da
deste produto natural, podem ser agrupadas em dois grandes grupos: as árvores resinosas (ou
também conhecidas por árvores coníferas) e as árvores folhosas (ou conhecidas por folha
caduca).
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As Madeiras na Construção Civil
usada na construção e nos demais ramos da construção civil, sem esquecer da sua
utilização no sector do mobiliário e da construção naval (para a construção de
embarcações de pequena e média dimensão). O grupo das resinosas é constituído pelas
árvores com folhas em forma de agulhas ou escamas e, em geral, persistentes, tais como o
pinheiro, o cedro, o cipreste, etc.
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acompanhada ou não pelo mapa com a indicação das locais onde se pode encontrar esse tipo
de vegetação).
FIGURA 2– Fotografia de árvore resinosa, com folha e fruto (in “O Mundo da Madeira” 1987, p. 28)
FIGURA 3 – Paisagem da alteração de coloração das folhas (in “O Mundo da Madeira”, 1987, p. 108)
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FIGURA 4 – Árvore de folha caduca, com transição, folha e fruto (in “O Mundo da Madeira”, 1987, p. 28)
FIGURA 5 – Fotografia de diversos tipos de folha (in “Enciclopédia Lello Universal”, p. 1029)
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FIGURA 6 – Fotografia de uma encosta com vegetação variada (in “Cabral e Telles”, p. 50)
Ambos estes termos têm origem no grego. Para as “gimnospermas” vem do grego
“gimno” (que significa “nu”) e “sperma” (que significa “semente”) e significam “vegetais
com sementes «nuas»”. Para as “angiospermas” vem do grego “angio” (que significa
“cápsula”) e “sperma” e significam vegetais com sementes “encapsuladas”.
As “angiospermas” são vegetais que num modo geral produzem flores, constituem
um dos maiores grupos de plantas do mundo, sendo o que prevalece na flora terrestre. É
composto por cerca de 344 famílias e mais de 200.000 espécies.
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Para podermos situar as espécies arbóreas, de interesse para a construção civil, entre
os outros vegetais, vamos relembrar uma possível classificação:
RESINOSAS
LECOPODINEAS
PTERIDÓFITAS EQUISSETINEAS
(com raiz, caule e folhas)
FILICINEAS
HEPÁTICAS
BRIÓFITAS
(com rizóides, caulóide e
MUSGOS
filóides)
ALGAS
TALÓFITAS FUNGOS
(com o corpo reduzido a um
talo)
LIQUENES
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As Madeiras na Construção Civil
A árvore é uma planta vivaz, isto é dura muitos anos e, nuns anos, vai preparando a
vida para os seguintes. Esquematicamente, a forma da árvore pode considerar-se (ver figura
seguinte) um eixo vertical, em que a parte superior é a flecha (a) e a inferior a raiz mestra
(b); esse eixo tem ramificações inseridas a diferentes alturas: as pernadas (c), se forem acima
do solo; as raízes secundárias (d), se forem abaixo.
Toda a vida das árvores se passa entre as folhas e as radículas, por vezes situadas a
distâncias de 30 a040 metros. A árvore é um ser vivo; portanto, necessita de respirar, ou seja,
de absorver oxigénio e libertar anidrido carbónico. Nas plantas, ao contrário dos animais, as
trocas gasosas são geralmente directas dos tecidos para a atmosfera.
As plantas necessitam de ter ar suficiente, não somente nas folhas e ramos, mas
também nas raízes, morrendo por asfixia radicular quando o solo fica alagado. Alem das
trocas gasosas da respiração, é pelos estomas que se faz a absorção do anidrido carbónico do
ar, necessário para a fotossíntese. Já sabemos que é pela acção da luz solar sobre a clorofila,
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que se faz, nas folhas e partes verdes das plantas, a síntese da matéria orgânica, formando-se
os açucares, a partir do carbono do ar e da água absorvida pelas raízes.
São estes os componentes primários com que se formam todas as substâncias que
entram na constituição da planta.
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finas), a cor ser mais clara, ser menos pesada e as árvores encetarem o seu processo de
crescimento de forma mais célere no início desta estação.
FIGURA 7 - Diagrama de sector circular do caule (corte transversal) com os aspectos principais da
estrutura lenhosa (in “O Mundo da Madeira” , 1987, p. 48)
¾ O plano transversal;
¾ O plano radial;
¾ O plano tangencial.
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O cerne (7), zona interdita do lenho circundada pelo borne. É a parte mais
dura, mais escura e mais resistente do lenho
Tanto o cerne como o borne são constituídos por tecidos, dispostos por anéis, cada
qual corresponde ao crescimento anual da árvore; por isso estes anéis se chamam de anéis de
crescimento anual.
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• A medula (8), parte central, constituída por uma massa mole e esponjosa.
Nas resinosas temos os canais secretores que aparecem em massas mais ou menos
compactas, por vezes agrupados em torno dos diferentes canais e dispostos em zonas mais ou
menos importantes.
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As Madeiras na Construção Civil
O macroscópico;
O microscópico;
O electrónico.
A “direcção axial” que vai no sentido das fibras e no sentido longitudinal ao caule da
árvore.
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As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 11 - Diagrama de sector circular do caule (corte longitudinal) com os aspectos principais da
estrutura lenhosa (in “O Mundo da Madeira”, 1987 p. 48)
Este “cerne”, de um modo geral, é de cor escura e mais seco e duro que as restantes
camadas que se encontram em actividade do ponto de vista fisiológico.
O “alburno” é a parte externa e activa do tronco de uma árvore. Possui uma cor mais
clara, comparativamente com o “cerne”, sendo formado por células que se encontram em
estado perfeito de actividade, conferindo-lhe a pujança que lhe permite o seu crescimento.
Estas células possuem grandes quantidades de água e outras substâncias nutritivas, para além
de menor quantidade de impregnações que o tornam mais rijo.
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As Madeiras na Construção Civil
A função que é desempenhada pelo “alburno” é a de contribuir para que a árvore seja
resistente de um ponto de vista da sua estrutura de base que a liga ao solo, onde se encontra
plantada. Para além do mais, tem também por missão efectuar a condução da seiva bruta, por
via da ascensão capilar, no trajecto que vai das raízes da árvore até à copa.
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As Madeiras na Construção Civil
Por seu lado, a “medula” constitui outra camada que circunda o “cerne”. Sendo,
portanto e em conclusão, o alburno (ou borne) a zona que se estende desde a “casca” até à
medula do tronco da árvore. Em algumas espécies de árvores, como o pinheiro, estes raios
denotam uma feição mais vincada sendo mais salientes e visíveis do que nos demais tipos de
árvores em que é possível extrair “madeira2”.
No que diz respeito à estrutura celular, ou estrutura das fibras que compõem as
árvores a partir das quais se extraem os vários tipos de madeira, que também é, por vezes,
apelidada de direcção longitudinal, podemos referir que, após ser considerada madeira, esta
possui aquilo que se denomina de “veios”. O conhecimento destes “veios” reveste de toda a
importância na medida em que, as madeiras ao serem extraídas das árvores e serradas,
deverão ser de tal forma cortadas que seja acautelado que estes “veios” fiquem paralelos em
relação ao corte ou à operação de serrar a madeira.
Estes “veios”, essencialmente, são de dois tipos: os “veios” do tipo “aberto” e do tipo
“fechado” ou “cerrado”. Fundamentalmente a diferença entre os dois reside no facto de, no
primeiro, os poros da árvore cobrirem toda a superfície exposta (como ocorre no caso da
árvore do tipo “carvalho”) e, no segundo caso, os poros não cobrirem a superfície exposta,
para além de não serem visíveis a “olho nu” (é o caso na árvore do tipo “pinho”).
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Quer-se com isto significar parte de uma árvore aproveitável para empregar em actividades como a Construção
Civil, ou outras.
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As Madeiras na Construção Civil
a) Casca (morta); b) Entrecasca (viva): c) Câmbio; d) Alburno/Borne; e) Cerne; f) Eixo Longitudinal; g) Anéis.
FIGURA 13 - Representação da secção transversal do tronco de uma árvore (in “Morey”, 1978 p. 49)
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As Madeiras na Construção Civil
Conforme a divisão que fizemos das árvores em secção anterior, as árvores podiam
ser resinosas ou folhosas.
Podemos dividir o “lenho” de uma árvore resinosa, nas seguintes partes constitutivas:
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As Madeiras na Construção Civil
3. A “parênquima axial”, que se encontra disposta ao longo dos vasos e que tem
a função principal de proceder ao armazenamento de substâncias nutritivas;
O “lenho” pode ser de dois tipos: um “inicial” e outro e outro “tardio”. Basicamente,
a diferença reside no facto de que enquanto que o primeiro surge durante a fase inicial do
processo de crescimento da árvore, desde que é plantada, o segundo surge numa fase mais
adiantada deste mesmo processo de crescimento. Saliente-se, ainda mais, o facto de o “lenho”
das resinosas ser constituídos por “anéis resinosos” que visíveis a “olho nu” estão
normalmente impregnados de óleo e de resina (Figura 13).
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As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 14 - Partes de Lenho de uma folhosa nos três planos espaciais de observação
No que concerne ao “lenho” de uma árvore do tipo “folhoso” (ver Figura 14),
podemos apontar, como características mais vincadas, o facto de ela conter “vasos lenhosos”
(também conhecidos por “traqueias”) em número elevado e com poros circulares. Como se
pode ver, numa perspectiva transversal do lenho, os vasos possuem uma textura mais elevada
que os elementos de fibra. Estes vasos, possuem a função de efectuar a condução da seiva
bruta e demais líquidos constitutivos da árvore, ao longo dela.
Como se pode constatar, as árvores folhosas, possuem células fibrosas ou fibras, que
constituem grande parte do “lenho”. O seu diâmetro é menor do que nas árvores do tipo
“resinoso”. O seu comprimento é geralmente de dimensão variável, as extremidades são
fechadas e afiadas (em “bico”). Estas células são a base da “resistência” e da auto-sustentação
das árvores. Os seus raios medulares são mais grossos e desenvolvidos do que nas congéneres
resinosas (como, aliás, patenteia a Figura 14 comparativamente com a Figura 13).
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
De uma forma geral, tal como sucede com quaisquer seres vivos, as plantas (algumas
em particular) possuem algumas substâncias que constituem a sua composição química, sendo
as madeiras um bio-polímero tridimensional. Como sua composição, temos cé1ulas
elementares formadas por celulose, cheias de uma matéria incrustante variável com as
espécies.
No entanto, para além destas ainda temos (obviamente que noutras proporções)
outras substâncias de que a madeira é composta: os óleos, as resinas, os açúcares, os amidos,
os taninos, as substâncias nitrogenadas, os sais orgânicos e ainda os ácidos orgânicos.
Qualquer uma destas componentes encontra inclusa nas cavidades das células que
compõem a árvore de onde é extraída a madeira, na maior parte dos casos. Há, no entanto,
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As Madeiras na Construção Civil
circunstâncias em que estas substâncias são como que produzidas devido a alterações das
cavidades destas células.
Naquilo que designamos, até esta parte por “lenho”, a madeira, de um ponto de vista
químico, é composta por hidratos de carbono, de que fazem parte elementos como o oxigénio
(numa percentagem de cerca de 42%), o carbono (com um peso de 50%) e o hidrogénio (com
um peso de 6%). Residualmente, a “madeira ainda possui na sua composição os elementos
azoto (numa percentagem de 1%) e outros elementos naturais (com um peso de também 1%).
De entre os hidratos de carbono temos uns do tipo mais elementar, de que são
exemplos alguns açúcares e outros do tipo mais complexo, podendo-se mencionar a celulose
(cuja composição química é C6-H10-O5 e cuja estrutura molecular pode ser ilustrada conforme
a Figura 17).
Pode ser descrita como sendo longa e sem quaisquer ramificações, ao longo do seu
comprimento possui regiões que são cristalinas, porém, entrecortadas por regiões ou zonas
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As Madeiras na Construção Civil
que são amorfas (de um ponto de vista da sua ruptura sob o efeito de solicitações mecânicas
são consideradas descontinuidades do tipo frágil). A composição química da madeira é muito
importante, porque é a partir dela que se pode considerar como sendo mais ou menos durável
no tempo. Substâncias como a “resina” e o “tanino” constituem como que factores de
protecção da madeira.
Existem três tipos de celulose: a celulose alfa, a celulose beta e a celulose sigma. A
do primeiro tipo é a mais importante e constitui a base estrutural das paredes celulares.
Caracteriza-se por ser incolor, elástica, solúvel em ácido sulfúrico e insolúvel em soda
cáustica e em ácidos que sejam diluídos.
Por seu turno, a “lignina” é uma resina que reveste as células da madeira, sendo
também composta de oxigénio, o carbono e o hidrogénio encontrando-se também em estreita
ligação com a celulose. Possui as características de impermeabilidade, reduzida elasticidade,
elevada resistência do ponto de vista mecânico e insensibilidade à humidade bem como às
temperaturas.
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As Madeiras na Construção Civil
na simples observação, a olho nu, e nos conhecimentos que a cultura ou experiência dão a
quem a vai utilizar; podemos, sempre que seja necessário, recorrer à identificação botânica,
baseada nos conhecimentos dos especialistas; enfim, podemos ainda recorrer aos laboratórios
onde, na observação e no estudo, se poderão usar aparelhos especiais, inclusive o
microscópio.
1. Heterogeneidade;
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As Madeiras na Construção Civil
2. Anisotropia;
3. Higrometricidade;
4. Humidade;
5. Retractilidade;
6. Porosidade;
7. Dureza;
9. Densidade;
13. Durabilidade.
Por outro lado, não se tendo incluído a resistência nas propriedades aqui ditas de
físicas, não se trata de uma omissão. Na verdade, esta grandeza está sempre presente na
avaliação e verificação de qualquer material construtivo, sendo apresentada na secção
seguinte: propriedades mecânicas. Contudo, sempre que se mostrar pertinente com serão
efectuadas as observações necessárias para a relacionar esta importantíssima entidade com as
propriedades aqui abordadas.
1.6.1.1. HETEROGENEIDADE
42
As Madeiras na Construção Civil
existirem tecidos celulares das árvores que são diferentes. É o caso dos tecidos dos “anéis de
crescimento” na estação da Primavera e na estação do Outono, ou mesmo quando temos os
tecidos do “cerne” comparados com outros tecidos (do “alburne”, por exemplo).
FIGURA 20 - Exemplo de duas porções de madeira retiradas da mesma árvore (in “Valente” 1988 p. 33)
1.6.1.2. ANISOTROPIA
Está intimamente ligada e é uma consequência de ela ter crescido mais ou menos em
altura, qualquer que seja a árvore. Desta forma as fibras que a compõe tomam a disposição
desta condicionante (a Figura 19 apresenta o modo como esta característica se materializa na
madeira).
43
As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 21 – Os três eixos tem características diferentes (in “Valente” 1988 p. 33)
1.6.1.3. HIGROMETRICIDADE
O “empolamento” diz respeito ao maior corpo possuído pela madeira. Quando ela
absorve humidade, nota-se que com muita frequência ela aumenta de volume nas fases mais
44
As Madeiras na Construção Civil
1.6.1.4. HUMIDADE
Como todo o tecido vivo, a madeira contém, sempre, uma forte proporção de água.
Esta água pode ser:
b. Água de embebição, que satura as paredes das células e que, por isso,
também, pr vezes, se costuma chamar água de saturação;
Esta propriedade identifica-se com o facto de a água estar presente como um dos
elementos que a constituem e que é imprescindível ao seu processo evolutivo. Com efeito, a
água fazendo parte do “lenho” só é possível ser eliminada se efectuar a destruição da própria
madeira ou, melhor dizendo, da árvore da qual se extraiu.
De um ponto de vista técnico, quando somente existe a água que faz parte intrínseca
do “lenho”, então diz-se que o teor de humidade é nulo. Se a humidade for retida nas paredes
das suas fibras, diz-se que a humidade ou água é de “impregnação”. Se a humidade ou água
45
As Madeiras na Construção Civil
for referente às fibras (surge quando as paredes que constituem estas atingiram o ponto de
saturação) designa-se de água “livre”.
Como a madeira é constituída por celulose, a sua ligação com a água é de extrema
importância pois absorve muito desta e de forma célere. As dimensões que a madeira
consegue atingir estão intrinsecamente associadas com a capacidade de absorver água, os
valores extraídos podem atingir grandes magnitudes. Se as “madeiras” forem de peso mais
leve, de um modo geral, retêm mais água dos que as madeiras mais pesadas. A quantidade de
água que uma madeira pode absorver depende da sua espécie, podendo-se encontrar valores
que variam entre os 30% aos 400% do seu peso (números de referência).
Por outro lado, uma madeira uma humidade entre os 18 e 20% já se pode classificar
de comercialmente seca.
Contudo, uma madeira só se encontra nas condições ideais de aplicação quando a sua
humidade está de acordo com a do local de aplicação, o que no nosso país corresponde,
grosso modo, a 15 a 18% no Inverno e 12 a 15% do Verão. Caso não seja este o valor da
humidade no seio da madeira a colocar podem advir abertura de juntas (se esta estiver com
humidade a mais que irá perder para o ambiente, após aplicação), ou empolamentos (caso a
madeira esteja excessivamente seca face ao local de emprego, o que determinará que a mesma
vai receber futuramente humidade do ambiente).
46
As Madeiras na Construção Civil
Existe uma classificação das madeiras segundo a óptica do teor de água que possui.
Para tal socorremo-nos da classificação mencionada em Carvalho (1996, p. 40) disponível na
Internet em ficheiro em formato PDF3 e que é reproduzida na Tabela 2.
Como se pode observar, no seu estado mais jovem ela pode atingir um teor de
humidade de mais de 150% (como se pode ver na primeira linha dessa tabela).
De salientar ainda, por fim, que a humidade é afectada pelos métodos de serração da
madeira. Alguns métodos de serração são apresentados na Figura 20. A ideia será utilizar
3
Este ficheiro pode ser consultado no seguinte endereço da internet: <http://www.estv.ipv.pt/paginaspessoais/
jqomarcelo/Tim3/tim3_TP1_Na2.pdf>. Porém também se encontra nas referências bibliográficas.
47
As Madeiras na Construção Civil
aquele que, para os nossos objectivos (tipo de peças a obter), permite obter madeira de melhor
qualidade, com um mínimo de desperdício.
Além de ser uma propriedade física é também um factor que afecta muito a resistência
mecânica da madeira. A madeira "verde” tem uma resistência mínima relativamente te a todos
os tipos de solicitações com excepção do choque. A 1ei de variações da resistência da madeira
sendo ainda este valor relacionado com a situação ambiente em que a madeira se encontra.
48
As Madeiras na Construção Civil
SITUAÇÕES HUMIDADE EM DA
MADEIRA
OU
(%)
LOCAIS DE APLICAÇÃO DA MADEIRA
Fonte: Tomás J. E. Mateus, A Humidade da Madeira, Boletim do Instituto dos Produtos Florestais – Madeiras –
N.º 11, Junho de 1976.
1.6.1.5. RETRACTIBILIDADE
É a propriedade que se traduz no facto de a madeira conhecer uma alteração das suas
dimensões quando se modifica o teor de água que ela possui. Ao absorver água a madeira
aumenta de volume (incha) e ao libertar água perde volume (desincha).
Tal como acontece para a maior parte dos corpos sólidos, a madeira varia de
dimensões com a temperatura. No entanto, esta variação é pequena e, na prática, desprezável.
É que, deve notar-se, a cada aumento de temperatura que conduz a uma dilatação
correspondente, em geral, uma diminuição do grau de humidade e, portanto, uma retracção.
49
As Madeiras na Construção Civil
• Na direcção axial……………………………………0,05*10-4
Este fenómeno, traduzido nesta propriedade, pode ser quantificado pelo recurso a um
indicador conhecido por “coeficiente de retractilidade” (S). Ele mede a variação do volume
(V) induzida pela variação de 1% do teor de humidade (B). Matematicamente, traduz-se na
seguinte fórmula:
S=B/V
Podemos construir um quadro onde se exibem os valores que este coeficiente pode
tomar (veja-se a Tabela 4).
50
As Madeiras na Construção Civil
Não devemos empregar senão madeira relativamente seca, isto é, com um teor de
humidade relativamente baixo; assim ficaremos ao abrigo de futuras alterações por podridão
ou outras.
A madeira se for seca e for colocada num ambiente de carácter húmido, absorve água
o que provoca um aumento do seu volume, bem como do seu peso. Este fenómeno, designa-se
por “inchamento da madeira” tendo consequências (maléficas) no que diz respeito ao seu
tempo de duração.
Por outro lado, e tal como se pode ver na Figura 21, uma peça de madeira pode-se
caracterizar com dois cortes. Segundo o eixo radial, no corte tangencial, o “coeficiente de
51
As Madeiras na Construção Civil
retractilidade” ascende a uma ordem de grandeza de 0,1% e no eixo radial, no mesmo corte,
entre 10 a 20%.
Os efeitos da retractilidade podem ser atenuados, para tal existindo vários processos.
De entre destaque-se o mais simples: adoptar a utilização de “madeiras” que se encontrem no
estado bem seco e, após serem trabalhadas, envolvê-las de uma película que seja impermeável
à humidade e à água. A ideia, em geral, é impedir a penetração da humidade na peça.
Se o corte for radialmente consegue-se que a peça de madeira fique menos exposta a
este processo de erosão e desgaste. Estes efeitos, para além de afectarem a qualidade atingem
igualmente a resistência, em particular no que se refere às tensões que ela suporta sem causar
defeitos ou consequências na flexão paralela às fibras. A resistência da madeira à compressão
52
As Madeiras na Construção Civil
53
As Madeiras na Construção Civil
Tronco em corte
Transversal de
Longitudinal
Tronco em corte
Transversal de
Tronco em corte Longitudinal
Transversal
FIGURA 24 - Madeira em corte
54
As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
Podemos construir uma tabela que nos dê uma ideia da retractilidade da madeira do
ponto de vista volumétrico total (Tabela 5).
Ainda se pode analisar a retracção do ponto de vista da retracção linear. Para tal
atente-se na Tabela 6.
MÉDIA 7 a 11 4A7
56
As Madeiras na Construção Civil
1.6.1.6. POROSIDADE
É a propriedade que se traduz no facto de a madeira ser um material que deixa passar
determinados elementos de carácter fluído através da sua superfície e saliências. O “cerne” é
menos poroso do que o “borne”.
1.6.1.7. DUREZA
Já no que diz respeito à cor, propriamente dita, ela é variável de espécie para espécie
de árvore. Todavia, de um modo geral, o “cerne” é mais escuro do que o “borne”. As cores
vão desde a branca (no caso dos choupos, por exemplo), amarela (no caso do buxo), passando
pela castanha (no caso do carvalho e do castanho), mesmo avermelhada (é o caso da cerejeira)
e até preta (caso do pau preto).
Por seu turno, o odor é algo que provém das seivas. Muito embora não pareça,
sucede que este aspecto reveste de toda a importância, uma vez que é através dele que se
procede à identificação de algumas espécies de madeiras que possuem peculiaridades no que
57
As Madeiras na Construção Civil
1.6.1.9. DENSIDADE
A densidade é uma característica que se completa com o teor de humidade possuído pela
madeira. Um dos indicadores através do qual se pode efectuar a mediação desta característica
é por via da “massa específica aparente” (MEA), isto é, pelo peso que a madeira possui por
unidade de volume aparente (com base no teor de humidade).
A densidade pode ser calculada por via da seguinte e corrente fórmula de cálculo:
Dh = Ph / Vh (g / cm3)
O peso e o volume da madeira são alterados pela humidade, razão pela qual se deve
efectuar um ajustamento nesta fórmula de cálculo da “MEA”. Esta, então, deve levar em linha
de conta com o facto de se considerar um nível de humidade estabelecido como “normal”.
Um valor de referência aceite é o de entre 12 a 15% de humidade relativamente à sua
composição total, em conjunto com outras substâncias. Assim sendo, a fórmula em questão,
Dh, deverá então ser a seguinte:
D15 = Dh - d (h – 15)
D = dh [(1 - v) / 100]
58
As Madeiras na Construção Civil
ÁRVORES RESINOSAS
ÁRVORES FOLHOSAS
59
As Madeiras na Construção Civil
60
As Madeiras na Construção Civil
madeira, uma tabela com os valores da resistência desta no sentido transversal, uma vez
conhecido o valor de humidade possuída (na Tabela 8, em megaohms/cm).
7% 22.000
10% 600
15% 18
25% 0,5
Esta propriedade está relacionada com o facto de a madeira ser ou não um bom
condutor de calor. Uma vez que a sua estrutura celular retém algumas massas de ar, em maior
ou menor grau, não se pode afirmar que os valores da condutibilidade eléctrica sejam os
mesmos independentemente do tipo de madeira. Este facto prende-se essencialmente com o
facto de a celulose que a compõe ser um mau condutor térmico, pelo que a madeira é, em
geral, também um isolante térmico (embora não excelente, e desvanecendo-se essa
característica em função do aumento de densidade e o teor em humidade).
Graças à sua estrutura celular, que encerra uma multitude de minúsculos volumes de
ar, e à sua composição celulósica, a madeira é má condutora de calor. A sua condutibilidade
varia com a essência, o grau de humidade e a direcção da transmissão, sendo maior
paralelamente às fibras do que transversalmente.
Para dar ideia do interesse da madeira como isolante térmico, seguem-se valores do
coeficiente de condutibilidade térmica de alguns materiais:
61
As Madeiras na Construção Civil
1.6.1.13. DURABILIDADE
Esta qualidade sobe de importância quando o emprego da madeira se faz num meio
húmido, sem que se possa proteger ou abrigar. Tal é o caso, por exemplo, dos pilares de
madeira, assentes directamente no solo (escoramentos de minas, postes telegráficos ou
telefónicos, etc.) as travessas do caminho-de-ferro, etc. Nestes casos, a durabilidade da
madeira depende da presença, na sua estrutura, de materiais anti-sépticas, sejam naturais
62
As Madeiras na Construção Civil
como os taninos (castanheiro, carvalho, etc.), as resinas (pinho marítimo, cedro, etc.), as
oleorresinas (várias essências africanas e outras); sejam artificiais, tais como os sais anti-
sépticos, o creosote, etc.
Além disso, a madeira deve estar, o mais possível, isenta de substâncias nutritivas
para os insectos xilófagos ou para os fungos. Estas substâncias (amido, açúcares, etc.) estão,
geralmente, localizadas no alburno; assim este é muito mais vulnerável que o cerne.
Portanto, as madeiras mais duráveis são as que possuem um cerne distinto, bem
corado (entre as folhosas: o castanheiro, o carvalho, o ulmeiro, etc.; entre as resinosas: o
pinheiro, o cedro, o lárix. etc.).
Em geral, de duas essências, a mais durável será a que apresente maior densidade.
Há, no entanto, excepções por razões especiais. Por exemplo, a faia e o amieiro, relativamente
pesados, são pouco duráveis por causa do amido que contêm; o pinho, madeira leve, tem uma
certa durabilidade por causa da resina que contém.
Quanto mais forte for a textura do pinheiro e mais finos os seus anéis de
crescimento, mais lenhificada será a sua madeira, e portanto, mais durável.
63
As Madeiras na Construção Civil
Na madeira existe uma direcção paralela às fibras, privilegiada para resistir a esforços
mecânicos. Como vimos, a cada ano de vida da árvore corresponde a formação de dois anéis,
aproximadamente concêntricos. Afirmamos que um destes é mais claro, o anel de Primavera,
e outro mais escuro, o anel de Outono ou tardio, cerca de 10 vezes mais resistente a esforços
mecânicos que o primeiro.
A existência ou formação anual deste duplo anel faz com que numa secção transversal
de um tronco se observe uma alternância de anéis claros e escuros. É esta alternância é uma
das razões que confere à madeira um carácter de heterogeneidade. Como à medida que
caminhamos em altura ao longo do tronco encontramos zonas sucessivamente mais novas,
64
As Madeiras na Construção Civil
consequentemente as secções superiores terão menor número de anéis, pelo que a madeira
dessas zonas e menos resistente.
1. Resistência compressão;
2. Resistência à tracção;
3. Resistência à flexão;
4. Resistência ao choque;
5. Resistência ao cisalhamento/corte;
6. Resistência ao fendilhamento;
7. Elasticidade;
8. Fluência e fadiga.
Individualmente, impõe-se que se efectue uma breve caracterização de cada uma destes
tipos.
65
As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 28 - Efeitos da direcção dos Anéis face à direcção da Compressão: 90º - Elevada resistência; 45ª -
Resistência mediana; 0º - Baixa resistência
Do ponto de vista da comparação dos vários tipos de madeira, pode-se afirmar que,
de um modo geral, a resistência da madeira à compressão do tipo “axial” é superior à
compressão do tipo “transversal”. Para ilustrar com exemplos as situações que provocam a
existência de compressões, temos o caso dos prumos de madeira (conhecidos, também por
escoras) como suporte de pavimentos, de coberturas, entre outros possíveis. A resistência à
compressão de um pedaço de madeira vê a sua capacidade diminuída em função do maior teor
de humidade que ele possui. Assim, citando Araújo (1997, p. 25), “em média o valor da
66
As Madeiras na Construção Civil
Segundo J. Campredon, podemos contar para uma madeira de densidade D, com uma
resistência à rotura da ordem dos 300D2. Para as madeiras leves (resinosas e folhosas moles)
de densidade D =~0.5 teríamos uma resistência à rotura da ordem dos 75Kg/cm2, se for nas
madeiras duras, de densidade D =~0.8 teríamos uma resistência à rotura da ordem dos
192Kg/cm2.
67
As Madeiras na Construção Civil
Estas forças são exercidas segundo o seu eixo (axial, transversal ou oblíquo).
68
As Madeiras na Construção Civil
que se refere, por exemplo, ao eixo transversal e na situação de tracção, como as fibras que a
constituem não se mantêm unidas a madeira exibe uma resistência aquém daquilo que seria
desejável. Ora, a compressão axial provoca tracções transversais (recorde-se o significado do
coeficiente de Poisson), dai que a resistência axial de compressão diminua em função da
menoridade da resistência transversal à tracção.
69
As Madeiras na Construção Civil
A propriedade da resistência ao choque pode ser vista como sendo aquela que se
observa quando a madeira se rompe, ou se danifica, em consequência de ela se ter exposto à
acção de cargas menores que não foram aplicadas gradualmente (ou seja, acções dinâmicas).
Em especial nas madeiras do tipo resinoso, constata-se que, por exemplo, o cedro,
exibe uma reduzida resistência a choques. Já o mesmo não sucede, por exemplo, com o pinho,
o freixo entre outros tipos de madeira. Para Araújo (1997, p. 27) se “as madeiras tiverem um
tratamento físico ou químico” a sua “secagem em estufas e hidrofugação” é, geralmente,
muito parca a resistência a choques e daí a fraca performance no que se refere a esta
propriedade.
70
As Madeiras na Construção Civil
O fendilhamento, tal como refere Araújo (1997, p. 28), consiste “no deslocamento ao
longo das fibras (da madeira) provocado por um esforço de tracção normal às mesmas e
exercido excentricamente em relação à direcção considerada”.
1.6.2.7. ELASTICIDADE
71
As Madeiras na Construção Civil
Claro que, por si só, a fenómenos de fluência podem estar associados perdas ou
diminuição da resistência, sem necessariamente se ter entrado em fadiga, propriamente dita
(situação que pode ocorrer com outros matérias).
1) Facilidade de laboração (de uma forma geral é verdade par quase todas as
espécies, exceptuando o caso de madeiras duras e, sobretudo, as extremamente
duras que exigem ferramentas especiais, como o “Pau-preto” e o “Pau-santo”.
Esta propriedade está fortemente relacionada com a densidade e a dureza da
madeira, com certas anomalias do tecido lenhoso, designadamente fio revessso,
fio torcido, inclusões, etc. Também a humidade representa um papel importante,
sendo o trabalho de serragem muito facilitado quando o seu valor se situa acima
da humidade de saturação das fibras.
2) Isenção da propensão para fendas e empenos (o que é uma quase uma utopia
para qualquer tipo de madeira que seja, mas depende muito da retractilidade da
madeira, da relação entre a retracção tangencial e radial, de certos aspectos da
estrutura lenhosa, etc).
72
As Madeiras na Construção Civil
Para que se possa utilizar a madeira para os diversos fins a que é possível dar-lhe
destino, é necessário conhecer qual o grau de “preparação” que ela possui.
73
As Madeiras na Construção Civil
Estes ensaios, devem, sempre, considerar quais são os factores que estão na base das
modificações das características da madeira. Como se disse, estes factores tanto podem ser de
índole natural, tecnológica, como tendo origem na própria natureza da madeira, ou até mesmo
decorrentes das técnicas de execução dos ensaios. De entre os factores de índole natural,
podemos mencionar os seguintes:
4
Ver a secção 1.5.1.9., para mais pormenores sobre este indicador.
74
As Madeiras na Construção Civil
Assim, como referimos quais são os factores que se encontram na base de alterações
das propriedades e performance, mínimas e adequadas, da madeira, também deveremos citar,
que não apenas por oposição aos defeitos, quais são os aspectos que a madeira, qualquer que
seja o seu tipo e qualquer que seja a árvore de onde foi extraída, deve ter.
75
As Madeiras na Construção Civil
1) Estar seca;
7) Não conter casca inclusa (crescimento para o interior do tronco) ou ser esta
anomalia discreta.
3) Ser seca;
4) Estar sã;
76
As Madeiras na Construção Civil
9) Em acréscimo deve encontrar-se de tal forma que não tenha defeitos do tipo
rachaduras, abaulamentos, arqueaduras, fibras reversas, carunchos, ardiduras,
apodrecimentos, quina morta ou esmoada, bolsas de resina, gretas ou ventos e
serragens de forma irregular.
77
As Madeiras na Construção Civil
Assim sendo e dentro deste espírito, se ela possuir muito nós, ou até mesmo
manchas, ela considera-se como que “refugo”, mas, em rigor, ela é-o se não possuir as
características da madeira de terceira ordem.
78
As Madeiras na Construção Civil
79
As Madeiras na Construção Civil
80
As Madeiras na Construção Civil
O corte das árvore destinadas a fornecer madeira só deve ser feito quando elas
tenham atingido o máximo crescimento.
Não existe um período exacto para o abate das árvores, mas haverá alturas mais
oportunas e recomendáveis, como é evidente quando se tratar de árvores de fruto, é justo que
esta seja abatida após a germinação do fruto, criado e amadurecido, e antes da próxima
florestação.
81
As Madeiras na Construção Civil
Em princípio quanto mais tarde a árvore for abatida (maior idade, portanto), mais o
cerne já se encontra bem diferenciado e ocupa uma área importante da secção do tronco, pelo
que as peças dele extraídas apresentarão uma durabilidade natural superior, com maior
resistência a insectos e fungos (isto porque, em regra, o cerne é mais resistente a estas pragas,
como também detém superior resistência mecânica face ao alburno).
Se os troncos permanecem longo tempo nas matas sem que lhes tenha sido retirada a
casca, o insecto perfeito – que aparece desde os fins da primavera até aos princípios do verão
– sentir-se-á atraído pelo cheiro activo dos produtos contidos no alburno desses troncos, que
cedo entrarão em fermentação, e depositará os seus ovos nos interstícios ca carrasca e em
82
As Madeiras na Construção Civil
possíveis fendas ou feridas existentes, esses ovos produzem larvas que começaram por ali o
seu trabalho destruidor.
- Vigas;
- Barrotes;
- Pranchas;
- Soalho ou solho;
- Vigamento;
- Tabuado;
- Tabuinha;
- Varas de rio;
- Meio fio;
- Ripa de telhado;
- Rodapé a 3 fios;
- Sarrafão;
- etc.
83
As Madeiras na Construção Civil
5
Como se frisou este trabalho não inclui o estudo de Derivados de Madeira.
84
As Madeiras na Construção Civil
5) A madeira para ser pintada ou envernizada tem de estar seca (sob pena de tal
não ser possível).
No que concerne à humidade nas madeiras ela subsiste, no interior do tecido lenhoso,
sob a forma de água de constituição, água de impregnação e água livre.
Podem ser subtraídas, por secagem, a água que existe livre nos vazios capilares e a
água de impregnação das paredes celulósicas das células.
Logo que árvore é abatida, a madeira principia a perder o seu conteúdo de água livre,
de forma mais ou menos rápida e sem sofrer qualquer tipo de retracção. A seguir, existindo
condições para tal, evapora a água de impregnação, de forma muito mais lenta e acompanhada
de contracções, até a madeira atingir um teor de humidade em equilíbrio com o ambiente onde
se encontra. A perda gradual dessas duas fracções de humidade tem um desenvolvimento e
uma dependência de factores internos e externos que devem ser levados em consideração em
qualquer processo de secagem.
85
As Madeiras na Construção Civil
Parte da água livre não é tão livre como se possa pensar: em algumas espécies, uma
fracção da mesma adere por absorção, sob forte tensão superficial, às paredes internas das
células. Noutras espécies, a água de impregnação está fortemente associada às fibras de
celulose que constituem as paredes das células onde se infiltrou, ou mantêm-se em suspensão
coloidal com as próprias substâncias da madeira.
86
As Madeiras na Construção Civil
9 As diversas pilhas devem ser afastadas umas das outras para que se possa
velar pela sua sanidade;
9 Devem-se retirar imediatamente das pilhas peças que já tenham sido atacadas.
87
As Madeiras na Construção Civil
Quando a secagem se faz a céu aberto, deve-se prever uma cobertura de zinco ou de
tábuas de refugo (costaneiras) para proteger as madeiras da chuva e do sol.
Uma vez alcançada esta humidade de equilíbrio no material, verificado pela retirada
de pequenas peças, modificam-se as condições para uma nova situação e assim por diante, até
se alcançar o teor de humidade pretendido.
88
As Madeiras na Construção Civil
89
As Madeiras na Construção Civil
90
As Madeiras na Construção Civil
sua massa. As zonas externas estão a uma temperatura mais baixa, pelo contacto
que têm com a atmosfera exterior, não aquecida. Daí resulta, por um lado, uma
evaporação mais intensa pelas camadas superficiais, por outro, uma migração mais
forte da humidade. Os tempos de3 secagem são muito inferiores aos que resultam
da secagem normal.
• Por vácuo – neste processo, as peças a secar são colocadas numa autoclave, onde
a temperatura é de 70 a 80ºC. quando a madeira já está quente, produz-se um
vácuo, de pequena duração, destinado a eliminar a humidade superficial sem que
se forme a “camada de cementação”. Depois, e durante algumas horas,
restabelece-se a pressão atmosférica, a fim de que a humidade interior possa
atingir a periferia. Faz-se novamente o vazio durante algum tempo, e assim
sucessivamente, até que a madeira atinja o estado higrométrico desejado.
91
As Madeiras na Construção Civil
3.1. GENERALIDADES
92
As Madeiras na Construção Civil
Defeito de exploração, que é resultante dum abate mal feito, por exemplo fissura
de abate, fenda de abate;
6
Carvalho, Albino – Madeiras Portuguesas, Pág.68.
93
As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 35 - Defeitos traumáticos ocorridos durante a vida da árvore e podridão da madeira (in
“Carvalho”, 1996, p. 113)
FIGURA 36 - Tipos de nós em peças serradas e desramação e qualidade da madeira (in “Carvalho”, 1970,
p. 111)
94
As Madeiras na Construção Civil
95
As Madeiras na Construção Civil
2) Defeitos de secagem – que são as que têm por base consequências da secagem
mal conduzida;
FIGURA 37 - Empolamentos (aumento de volume por absorção de água – lado esquerdo) e abertura de
juntas por perda de humidade (retracção – lado direito) [29]
96
As Madeiras na Construção Civil
anomalias que precisamos de ter em conta, a fim de rejeitarmos as madeiras impróprias para a
obra a executar.
3.2.1.2. NÓS
A inserção dos ramos nos troncos das árvores dá origem a nós. Quanto maior for o
ramo maior será o nó. Há toda a conveniência em eliminar os nós da madeira e para isso
teremos de eliminar os ramos.
Mas quando isso não ocorre, é o próprio Homem que corta os ramos a fim de
aproveitar a madeira para aquecimento ou para indústria, evitando assim a formação de nós de
grandes dimensões.
Depois de o ramo ter desaparecido, quer de forma natural quer por acção humana,
dá-se a cicatrização química da árvore.
97
As Madeiras na Construção Civil
NÓS VIVOS
São aqueles provenientes dos ramos que permanecem aderentes às árvores até estas
serem abatidas. Estão perfeitamente aderentes à madeira do tronco, acompanhando a sua
formação (figura 37).
NÓS MORTOS
Denominam-se de “nós mortos” aqueles que são originários dos ramos que
desaparecem durante o crescimento das árvores. O tecido morto do nó não acompanhou o
desenvolvimento do restante tecido da árvore. É, assim, como que um corpo estranho dentro
própria árvore (figura 38).
NÓS VICIOSOS
98
As Madeiras na Construção Civil
TIPOS DE NÓS
Podemos considerar a existência dos seguintes tipo de nós: nós pequenos, nós médios
e nós grandes, nós aderentes e soltadiços, nós isolados e agrupados, nós de face, de canto e de
aresta.
Na medida em que, a forma dos nós nas faces em que ocorrem pode dar uma ideia da
extensão de madeira por eles afectada, importa ainda classificá-la em nós elípticos e nós
deitados ou nós parabólicos. Assim, os nós que se apresentam como circulares são, em geral,
99
As Madeiras na Construção Civil
os que mais afectam a resistência das peças, por corresponderem a formações que,
normalmente, as atravessam em toda a espessura.
100
As Madeiras na Construção Civil
EXCENTRICIDADE DA MEDULA
Por acção dos ventos dominantes, do desenvolvimento anormal da copa das árvores,
ou ainda da raiz, o tronco das árvores fica sujeito a forças de compressão e tracção. E, se
___
observarmos um corte transversal, veremos que os anéis de crescimento são excêntricos
mais largos na zona de tracção, mais estreitos na zona de compressão.
Os tecidos na zona de tracção são menos resistentes e têm uma textura diferente da
dos tecidos na zona de compressão. Temos, portanto, na mesma árvore, madeiras com
diferentes características de resistência mecânica, de retractilidade e ainda com diferente
aspecto estético. Ao serrarmos um tronco, podemos retirar peças com características
totalmente diferentes (Figura 39).
101
As Madeiras na Construção Civil
FIBRAS TORCIDAS
A madeira com fibras torcidas é difícil de trabalhar, tem menor resistência mecânica
e não apresenta desenho uniforme. É de tolerar uma inclinação das fibras não superior a 5%,
quando pretendemos madeiras que suportem bem o trabalho à compressão ou flexão. Na
figura 43 podemos ver um exemplo.
102
As Madeiras na Construção Civil
FENDAS E FISSURAS
¾
FIGURA 46 – Fendas Anelares
103
As Madeiras na Construção Civil
De forma pouco visível, as fissuras internas são provocadas pelo vento, ou por
pancada da árvore no acto da queda, ou ainda por faíscas eléctricas, etc.. Nas árvores muito
velhas aparecem, por vezes, fissuras internas a partir da zona da medula (Figura 43).
• Madeira de compressão – possui uma cor mais escura do que a normal, tem uma
densidade maior, menos tenacidade e maior contracção longitudinal. Apresenta
redução de resistência;
3.2.1.3. BOLSAS
BOLSAS DE RESINA
104
As Madeiras na Construção Civil
São, geralmente, as bolsas que surgem nas inclusões de casca dentro da madeira.
BOLSAS DE GOMA
Estes defeitos consistem naqueles que têm origem numa ou mais arestas das peças,
afectando-as parcial ou completamente ao longo do seu comprimento, sendo devido à
presença da superfície arredondada do toro que não foi retirada pela serragem (Figura 45).
105
As Madeiras na Construção Civil
A madeira pode ser destruída por acção de parasitas, quer de origem vegetal quer de
origem animal ou ainda pelo fogo. Assim, na alimentação da planta a seiva bruta transforma-
se em seiva elaborada mediante uma série de reacções químicas. Dessas reacções resulta a
formação de açúcares, amidos e albuminóides, que constituem o alimento dos parasitas. Estes,
alimentam-se das substâncias, orgânicas que constituem a madeira, acabando por destrui-las
(Figura 46).
O ataque à madeira pode verificar-se com as árvores ainda vivas e continuar depois
desta colocada em obra. Os agentes destruidores podem ser de origem vegetal e animal.
106
As Madeiras na Construção Civil
Assim, estes defeitos podem ter origem em duas proveniências: de origem vegetal ou
de origem animal.
Porém, também é importante conhecer, além das categorias de riscos emergentes das
condições de exposição, as principais características das madeiras utilizadas do ponto de vista
da sua durabilidade natural e da sua impregnabilidade com incidência determinante na sua
conservação.
Naqueles que apenas existem nas árvores enquanto vivas, eles introduzem-se na
árvore através da raiz ou de quaisquer ferimentos incidentes sobre a casca. Os fungos que se
mantêm mesmo depois da árvore morta, requerem um certo grau de humidade e temperatura
para viverem.
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
De um modo geral, o insecto adulto põe os ovos nas fendas da casca das árvores e,
quando as larvas saem dos ovos, penetram na madeira. São larvas que escavam as galerias em
busca do amido, açúcares e albuminóides.
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As Madeiras na Construção Civil
Há, porém, insectos que se alimentam na celulose e lenhina da madeira já bem seca e
velha, as mais das vezes. Quando o insecto atingir a fase adulta, abandona a madeira.
Reconhece-se que a madeira está infecta pelo aparecimento de orifícios por onde os
insectos adultos saíram (Figura 50).
A suscept1bilidade da madeira, borne ou cerne, pode ser tomada face aos principais
agentes xilófagos, embora seja mais frequente a apresentação de classes de durabilidade.
110
As Madeiras na Construção Civil
Querendo efectuar uma diferenciação entre o lenho em borne e cerne, podemos dizer
que o primeiro mais fácil de impregnar do que o segundo, têm sido propostas várias escalas
de classificação.
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
113
As Madeiras na Construção Civil
Os defeitos de exploração são aqueles que são introduzidos pelo Homem, involuntária
ou intencionalmente, nomeadamente:
• Incorrecção no corte das peças (ex: má divisão nas peças extraídas do tronco);
114
As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
FIGURA 62- Podridão por insuficiente ventilação na secagem natural da madeira [29]
FIGURA 63- Empenamento exuberante por contacto prolongado com água [29]
116
As Madeiras na Construção Civil
117
As Madeiras na Construção Civil
Toda madeira em uso fica exposta ao ataque de fungos, insectos, moluscos e crustáceos
que se alimentam de seus componentes.
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As Madeiras na Construção Civil
A impregnação com pressão é o método mais efectivo para preservar madeira que será
usada em lugares com perigo de podridão e ataque persistente de insectos.
Um bom preservante deve ser tóxico ao ataque de agentes biológicos, mas não para
homens ou animais, uma vez introduzido na madeira.
Não deve perder sua efectividade por efeito de lixiviação e deve penetrar facilmente nas
estruturas celulares da madeira, para obter uma adequada distribuição até o interior das
mesmas.
Deve estar garantido por patentes industriais que resguardem sua qualidade e
demonstrem sua eficiência através de testes de campo ou de vida em serviço. Não deve
aumentar a combustibilidade da madeira tratada e deve proporcionar uma superfície limpa e
inodora.
119
As Madeiras na Construção Civil
120
As Madeiras na Construção Civil
121
As Madeiras na Construção Civil
preservador por aspersão intensa feita por bicos convenientemente localizados, assegurando-
se, assim, uma distribuição regular em todas as superfícies das peças.
122
As Madeiras na Construção Civil
Este método conhecido por "duplo vácuo" e aplica-se somente a madeiras preparadas
nas suas dimensões e formas finais.
Neste método a madeira é sujeita a um período de vácuo ainda sem preservador na
autoclave, o que facilita a absorção posterior do produto pela madeira. No final aplica-se de
novo vácuo para retirar da madeira o produto em excesso.
É mais recomendável para madeiras pouco permeáveis.
4.2.6. DIFUSÃO
Este método baseia-se na propriedade que certos produtos aquosos têm de se difundir
profundamente na madeira recentemente abatida e, portanto, com elevado teor em água.
De um modo geral, a madeira é primeiramente sujeita a uma aspersão em túnel, ou a
uma imersão total, em que uma certa quantidade de solução sob a forma de película fina adere
à superfície das peças ou penetra na camada superficial.
As soluções de tratamento, usua1mente compostos de boro em concentração elevada,
devem ser aquecidas para que haja completa dissolução.
O material tratado é a seguir armazenado durante várias semanas em pilha compacta,
fechada e coberta, numa atmosfera saturada de humidade, para difusão do preservador no
interior das peças. O tempo necessário varia com a espécie a tratar aumentando com a
espessura das peças de madeira.
O tratamento por difusão apresenta duas importantes vantagens:
1) Dispensar a primeira operação de secagem, por se aplicar a madeira no estado
verde;
2) Permitir uma completa penetração do lenho, mesmo nas madeiras mais resistentes
à impregnação, conseguida através de uma difusão lenta.
Este método consiste em substituir a seiva bruta e a água livre contidas no lenho por
uma solução aquosa, imediatamente a seguir ao abate das árvores.
123
As Madeiras na Construção Civil
4.3.2. OSMOSE
Os troncos das árvores, depois de descascados, são pintados com uma composição à
base de cloreto de sódio, cloreto de mercúrio ou de arsénio. Seguidamente, são empilhados e
cobertos com um impermeável. Ao fim de três meses descobrem-se para secarem.
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As Madeiras na Construção Civil
No caso das madeiras secas podemos tratá-las e preservá-las por impregnação ou por
carbonização.
4.4.1. IMPREGNAÇÃO
IMPREGNAÇÃO SUPERFICIAL
Consiste na protecção das madeiras através de uma película que tapa os poros e
fendas, impedindo a passagem da humidade, designada por imunização simples ou inductos
protectores. São utilizadas principalmente na construção civil como acção protectora e de
embelezamento das madeiras. Compreendem os esmaltes sintéticos, os vernizes, as pinturas a
óleo, lacas, etc., e ainda as pinturas a alcatrão e óleos pesados, destinadas, neste caso, a
madeiras com fins que não decorativos.
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As Madeiras na Construção Civil
IMPREGNAÇÃO PROFUNDA
São necessários meios algo complexos e industriais para atingir uma penetração
profunda e uniforme do preservativo, proporcionando urna protecção efectiva.
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
CONCLUSÕES
Tendo tido por objectivo a recolha de elementos básicos sobre a madeira na construção
civil, abordaram-se as áreas mais importantes que este tema encerra, embora a consciência
exista que longe se ficou de o ter esgotado ou, sequer, de o ter desenvolvimento de forma
minimamente completa.
De facto, quando mais se estudava este vasto assunto, mais se percebia que ele não tinha
um fim visível. Ao assemelhar-se como um campo simples, descobriu-se que, eventualmente,
será um dos mais alargados do âmbito dos Matérias de Construção.
Incluíram-se diversos anexos, que desde uma apresentação, ainda que ligeira, da riqueza
florestal que possuímos a nível nacional, se estendeu ao existente em alguns continentes,
nomeadamente o africano e o americano, mostrando-se algumas das mais significativas
aplicações da madeira, tanto na forma de ilustração como de quadro resumo.
128
As Madeiras na Construção Civil
Assim, e apesar do tema apresentado não se ter esgotado, de qualquer maneira, teve este
trabalho a intenção de mostrar que a madeira na construção civil tem um interminável
percurso, sendo um material por excelência que continuará a ser largamente utilizado.
129
As Madeiras na Construção Civil
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
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133
As Madeiras na Construção Civil
ANEXOS
134
As Madeiras na Construção Civil
135
As Madeiras na Construção Civil
Pinheiro-Manso
Nome botânico “Pinos Pinea” é um tipo de árvore que se caracteriza por ser constituída
por uma grande quantidade de ramificações o que origina, na extracção da sua madeira, que
seja constituída por muitos nódos (nodoso). A sua estrutura semelhante às da sua espécie, tem
uma copa semi–esférica e encontra-se muito bem implantada no nosso país, como se pode
constatar no mapa junto com a fotografia.
Tem muita boa adaptação à secura do solo e da atmosfera, grande resistência ao vento,
tem sementes comestíveis (o pinhão), a sua madeira utilizada a construção civil, marcenaria e
tanoaria, sendo uma árvore com folha persistente.
136
As Madeiras na Construção Civil
Pinheiro-Bravo
Nome botânico “Pinos Pinaster” é uma espécie muito comum nas nossas áreas
florestais, embora como se trata de uma árvore resinosa é uma das mais destruídas (a sua
resina é um forte combustível) quando afectada pelas calamidades do fogo. Trata-se de um
tipo de árvore de onde se pode obter madeira de pinho, que tipo de madeira muito utilizado na
execução de cofragem para as estruturas na construção civil. Juntamente com a sua figura
encontra-se um mapa onde se exemplifica as áreas onde se encontra esta espécie no nosso
país.
Tem muita boa adaptação a solos degradados, grande resistência ao vento, encontra-se
nas encostas e cumes dos montes, não resiste ao esforço mecânico da neve, é uma boa
madeira para a construção civil, é uma árvore com folha persistente.
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As Madeiras na Construção Civil
Pinheiro-de-Alepo
Nome botânico “Pinous Halepensis” é uma espécie comum nas nossas áreas florestais
da zona centro do país, também sendo uma das mais fustigadas pela calamidade do fogo,
trata-se de um tipo de árvore de onde se obtém madeira de pinho, que é, como se viu, um tipo
de madeira que seja muito utilizado na construção civil e na indústria de transformação de
madeiras e laminados.
Tem boa adaptação a solos calcários, grande resistência ao vento, é uma boa madeira
para a construção civil e indústria transformadora, é uma árvore com folha persistente.
“Pinheiro de Alepo”
Carvalho-Negral
138
As Madeiras na Construção Civil
delgados interrompidos, pendentes com uma flor na axila de cada bráctea”. Existem, segundo
esta mesma fonte por nós citada, aproximadamente 200 espécies de árvores com esta
designação.
Tem uma enorme resistência, boa adaptação à zona temperada húmida, é uma madeira
utilizada na construção civil, construção naval, marcenaria, tanoaria, indústria transformadora,
é uma árvore com folha caduca.
139
As Madeiras na Construção Civil
Castanheiro
Tem boa adaptação em solos ácidos, encontra-se em encostas e vales apertados das
zonas montanhosas, é uma madeira muito durável, de boa qualidade para a carpintaria e
marcenaria, sendo uma árvore com folha caduca. Usada na construção civil para estruturas,
caixilharias e estruturas.
140
As Madeiras na Construção Civil
Eucalipto
Nome botânico “Eucalyptus Globulus” é uma árvore com raízes profundas, tem
provocado problemas de erosão do solo e alteração do regime hídrico em algumas zonas do
país, principalmente Alentejo e Algarve. De um modo geral, este tipo de árvores caracteriza-
se por serem muito altas e de rápido crescimento, muito embora algumas delas apenas se
ficam pelo simples tamanho do arbusto. É uma das fontes para a indústria da celulose e pasta
de papel, também tendo sido e sendo muito aplicada na construção civil.
Clima marítimo, solo profundo e argiloso, grande resistência ao vento, é uma madeira
com utilização na construção civil e aplicada na indústria transformadora, é uma árvore com
folha persistente com grande apetite de água.
“Eucalipto”
“Nogueira”
Nome botânico “Juglans Regia”, distribui-se por todo o país, é uma árvore de grande
copa e alta, de “casca acinzentada, folhas compostas com 7 a 9 “folíolos”, como refere a
GEPB (2000, p. 821). A madeira que se extrair desta árvore destina-se a ser utilizada em
marcenaria (embora também como soalho na Construção Civil).
A nogueira não é originária das nossas latitudes, mas adaptou-se a elas há muito tempo. É originária do
Sudoeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental e foram os Romanos que a introduziram na Europa. Apresenta diversas
141
As Madeiras na Construção Civil
variedades cultivadas, que geralmente se reproduzem por enxertia. As suas sementes, as nozes, de sabor agradável e
ricas em óleo, consomem-se directamente ou são espremidas para obter o óleo de nozes, que se utiliza como óleo
alimentar, como combustível ou como base de determinadas pinturas. Em anos de boa colheita, uma árvore de copa
grande pode produzir até 150 kg de nozes.
A madeira da nogueira é considerada uma das mais valiosas das diversas classes de
madeira existentes entre nós. É de uma dureza comparável à do carvalho, mas fácil de
trabalhar, e além disso é extraordinariamente decorativa pelos tons vivos e escuros. É uma
madeira utilizada sobretudo no fabrico de móveis e no revestimento interno das habitações,
sendo também muito requisitada para trabalhos de talha e para culatras de armas de fogo.
“Nogueira”
É uma árvore com uma copa largamente ramificada, sendo os ramos inferiores grandes e
sinuosos e os mais pequenos densos e retorcidos. Pode atingir os 30 metros de altura e é
reconhecível pelas suas folhas pinuladas, alternas, com os folíolos inteiros, que aumentam
142
As Madeiras na Construção Civil
claramente de tamanho do pecíolo até à ponta. As folhas, quando esmagadas, e a casca verde
dos frutos lançam um intenso e característico aroma.
A sua fixação é em solos férteis, árvore de fruto, é uma madeira utilizada na marcenaria
e indústria transformadora, é uma árvore com folha caduca e com uma madeira
particularmente bonita.
Sobreiro
Nome botânico “Quercus Suber”, é uma árvore de grande porte, considerada de folha
persistente, mas que a perde totalmente antes da floração, rebentando logo a seguir, ficando
despida no início da primavera e num período máximo de um mês. Uma das grandes
extracções do sobreiro é a cortiça, que tem inúmeras aplicações, desde a indústria de rolhas,
revestimentos e aglomerados.
“Sobreiro”
É visível por todo o país com maior incidência na zona do Alentejo, o seu fruto é a
bolota, a sua grande valorização é o aproveitamento da casca na indústria transformadora, é
considerada uma árvore com folha persistente.
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As Madeiras na Construção Civil
As folhas medem 2,5 a 10 cm por 1,2 a 6,5 cm, de cor verde escura e sem pelos. Têm
forma denticular, uma nervura principal algo sinuosa e 5 a 8 pares de nervuras secundárias.
Os frutos são secos, de cor castanho-amarelado e revestidos por uma cúpula com escamas
lanceoladas.
144
As Madeiras na Construção Civil
O choupo ou álamo negro, assim chamado pela cor verde escura da sua folhagem, é uma
das três espécies de choupos que crescem espontaneamente na Europa (as outras são o
choupo-branco e o choupo-tremedor). É uma árvore que também em Portugal cresce
espontaneamente, embora cada vez mais se proceda à plantação de outras variedades e
híbridos criados artificialmente, dado o seu interesse comercial. Esse interesse deriva do facto
de o choupo ser uma árvore que cresce rapidamente (comparados com as píceas, podem
produzir o dobro da madeira em apenas um terço do tempo) e exige pouco trabalho.
“Choupo-negro”
Normalmente facultam rendimentos apenas 10 anos após o seu plantio. A sua madeira,
leve, macia, branca e de pouca durabilidade, emprega-se no fabrico de fósforos, colheres de
pau e caixas.
Chega a atingir 35 metros de altura e pode durar 300 anos. Tem preferência por solos
húmidos, como por exemplo as margens de rios ou ribeiras. As suas folhas, triangulares e
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As Madeiras na Construção Civil
O freixo é uma das nossas folhosas mais importantes, tanto ecológica como
industrialmente. Cresce muito rapidamente se o terrenos for favorável (por exemplo a margem
de um rio), chegando a atingir os 40 m de altura. Pode cortar-se aos 70/80 anos e a sua idade
máxima ronda os 300 anos.
“Freixo”
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As Madeiras na Construção Civil
individualmente, uma vez que lhes falta o cálice e a corola. Aparecem na Primavera, antes das
folhas, e polinizam-se através do vento. As folhas são pinuladas, e medem entre 20 e 35 cm
de comprimento, com 9 a 15 folíolos lanceolados ou ovados, de 4 a 10 cm de comprimento,
finamente serrados nos bordos.
A oliveira é uma das plantas cultivadas mais antigas e tem actualmente um grande
interesse comercial. A sua forma silvestre (Olea eropaea ssp. Silvestris) é geralmente
arbustiva e tem folhas mais pequenas, frutos esféricos e ramos espinhosos.
“Oliveira”
147
As Madeiras na Construção Civil
Pode atingir os 1500 anos, sendo por isso a árvore europeia de maior longevidade.
Necessita de muita luz para se desenvolver e de solo de boa qualidade. As geadas costumam
afectar o seu crescimento e a maturação dos frutos, pelo que convém que o terreno esteja
protegido do frio. As folhas da oliveira são um pedúnculo curto, com 4 a 8 cm de
comprimento, com uma cor verde acizentada na página superior e prateada na página inferior,
devido à presença de inúmeras escamas apertadas em toda a superfície. As flores são
pequenas e brancas, e com um aroma agradável.
Salgueiro
Os salgueiros são um género de árvores que compreende cerca de 500 espécies, na sua maior
parte apenas com um desenvolvimento arbustivo. As espécies mais comuns em Trás-os-
Montes são o salgueiro-branco (Salix Alba L.) e o salgueiro-chorão (Salix babylonica L.). O
primeiro é comum nas margens dos rios e em outros terrenos húmidos, podendo atingir os 30
m de altura. Distingui-se pela sua folhagem cinzento-prateada, constituída por folhas
lanceoladas, com 5 a 10 cm e de margem serrada e um pedúnculo de 2 a 8 cm, piloso.
“Salgueiro-chorão”
148
As Madeiras na Construção Civil
O amieiro é uma árvore que atinge uma altura máxima de 35 m e raramente ultrapassa
os 120 anos de idade. As suas folhas são redondas/ovadas, com 4 a 10 cm de comprimento e 5
a 8 pares de nervuras laterais. Os seus frutos são uma espécie de pinha, com 1 a 2 cm de
comprimento. Os amieiros formam simbioses com os actinomicetos, que podem captar o
azoto do ar.
“Amieiro”
O lugar em que se produzem mais simbioses são as excrescências bolbosas das raízes,
que podem alcançar o tamanho de um punho. Daí que o solo situado sob os amieiros seja rico
em azoto. Em Trás-os-Montes são muito comuns na margem dos rios.
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As Madeiras na Construção Civil
Depois de praticamente dizimado pela doença que o afectou – um fungo que destrói os
vasos condutores de água da árvore – o negrilho parece estar agora a recuperar nos campos
transmontanos. Trata-se de uma árvore que pode atingir os 30 m de altura, com folhas
elípticas de 4 a 12 cm, lustrosas e serradas, e frutos constituídos por uma núclea plana rodeada
por asas membranosas.
“Ulmeiro ou negrilho”
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As Madeiras na Construção Civil
“Acácia-Mimosa”
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As Madeiras na Construção Civil
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As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS DA EUROPA
As madeiras que vamos apresentar são as mais utilizadas nas diversas indústrias de
transformação, são do tipo folhosas, mas duras, são geralmente de cor acentuada, com borne e
cerne distintos, de textura e desenho agradáveis, bom comportamento mecânico e boa
durabilidade natural.
Ácer ou Bordo: Madeira de cor branca, ligeiramente rosada, com brilho sedoso e de textura
fina, moderadamente, pesada e dura, excelente para tornear e folhear, recebendo um bom
acabamento. É utilizada em marcenaria, revestimentos de interiores, peças decorativas e
objectos utilitários;
Azinho: madeira de coloração castanho-escura, por vezes com reflexos prateados de bom
efeito decorativo, com desenho espelhado nas secções radiais devido à presença de raios
lenhosos muito longos e abundantes, de textura uniforme e orientação por vezes irregular dos
elementos fibrosos, muito compacta, pesada, de elevada dureza, difícil de trabalhar e com
tendência para empenar durante a secagem. Empregada, sobretudo, em parqueteria e
mobiliário;
Buxo: madeira de cor amarela, de textura fina, uniforme e muito compacta, dura, muito
pesada fácil de trabalhar, particularmente ao torno e muito agradável. Recebe bem qualquer
tipo de acabamento. Utilizada principalmente em embutidos e pequenas peças castanhas;
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As Madeiras na Construção Civil
Carvalho: madeira de coloração acastanhada, com raios lenhosos bem marcados de que
resulta desenho flor nos cortes radiais, de cerne distinto, desenho flor, poro em anel, textura
não uniforme, dura, moderadamente pesada e fácil de trabalhar. Muito apreciada desde longa
data em trabalhos de construção, carpintaria interior e exterior, mobiliário, revestimentos e
guarnições. A madeira de tons claros ou castanhos-amarelados é preferida à de cor mais
escura, pela sua textura mais fina e menor porosidade.
Castanho: madeira folhosa, pálida ou acastanhada de cerne distinto, poro em anel, com
desenho venado e, por vezes, ondulado, de textura grosseira e não uniforme, dura, leve, fácil
de trabalhar e com boa resistência mecânica Apreciável durabilidade natural, embora
susceptível ao ataque dos carunchos de pequenas dimensões. Aplicada em carpintaria de
interior, parquetaria e mobiliário.
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As Madeiras na Construção Civil
Eucalipto: madeira de cor pálida ou castanho-rosada e textura uniforme, dura, pesada e difícil
de trabalhar, com tendência para empenar e fender durante a secagem. Pode ser empregue na
construção civil, mobiliário e parquetaria;
Faia: madeira de cor clara, castanho-rosada, com desenho espelhado, de textura fina, e
uniforme, dura, moderadamente pesada, com boas características de estabilidade e de
conservação e fácil de trabalhar. Muito utilizada em mobiliário e revestimentos de interiores e
decoração.
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As Madeiras na Construção Civil
Freixo: madeira de cor amarelo-claro venado, por vezes com tons rosados junto aos raios, de
textura não uniforme, moderadamente dura, pesada, tenaz, flexível de trabalhar e de
envernizar. Aplicada em mobiliário e carpintaria interior, pavimentos e construção.
Nogueira: madeira de cor castanha com laivos escuros no cerne, podendo apresentar desenho
enrugado, ondulado ou acetinado, de textura fina, e uniforme, moderadamente dura e pesada
fácil, de trabalhar, de tingir e de envernizar. É uma madeiras mais apreciada para a decoração
de interiores e construção de mobiliário;
Oliveira: madeira de cor amarela com veios escuros, de textura fina e compacta, pode ser
trabalhada com facilidade d recebe bem o polimento. É muito utilizado em trabalhos
artesanais, principalmente, a zona da raiz;
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As Madeiras na Construção Civil
Plátano: madeira de cor pálida embora mais escura do que a faia, por vezes, com tons
esverdeados e desenho espelhado muito evidente, de textura uniforme, moderadamente dura,
pesada e retráctil. É utilizada em revestimentos e em marcenaria, sendo fácil de trabalhar ao
torno, de tingir e de envernizar;
Nas madeiras do tipo folhoso, mas brandas, elas de um modo geral são de cor
clara, textura e desenho uniforme e fáceis de trabalhar. Possuem reduzida resistência
mecânica e baixa durabilidade natural. De entre as várias existentes podemos mencionar as
seguintes:
Amieiro: madeira sem cerne distinto, de cor amarelo-alaranjada, de textura fina e uniforme,
áspera ao tacto, branda e moderadamente leve, pouco propensa a empenar e fácil de trabalhar.
É, contudo, muito susceptível ao ataque de insectos. Utiliza-se em revestimento de interiores,
marcenaria e pequenas peças utilitárias;
Bétula: madeira de cor branco-rosada, de textura fina e de veio recto, branda, medianamente
leve e pouco retráctil. É fácil de trabalhar e permite obter um bom acabamento;
Choupo: madeira de cor branco-amarelado, de textura fina, branda, leve e pouco rectráctil. É
fácil de trabalhar ___ embora tenha tendência para fender ___ e muito pouco durável. Utilizada
em marcenaria, principalmente em interiores de móveis;
Tília: madeira de cor branco-rosada, textura fina e uniforme, sem cerne distinto, mas
comanéis de crescimento bem marcados e desenho finamente espelhado. De propriedades
157
As Madeiras na Construção Civil
semelhantes às do choupo, embora com maiores retracções, é um, madeira leve, utilizada em
marcenaria e revestimentos;
Abeto: madeira de cor branca ou branco-amarelado, de fio direito e rectilíneo, de anéis largos
e com nós escuros e muito duros, leve e muito pouco durável quando exposta aos agentes
atmosféricos do exterior. É utilizada em carpintaria e revestimentos;
Casquinha: madeira pálida, branda, leve, pouco retráctil muito fácil de ser trabalhada e de
receber acabamento. Proveniente, principalmente, da Escandinávia, é muito aplicada em
carpintarias, marcenaria e decoração;
Cipreste do Buçaco: madeira pálida, aromática, com textura fina e uniforme, moderadamente
dura, moderadamente pesada, muito fácil de trabalhar e muito durável. Permite um bom
acabamento e é utilizada, principalmente, em marcenaria e carpintaria;
158
As Madeiras na Construção Civil
159
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS DE ÁFRICA
Acajou
Afzélia
160
As Madeiras na Construção Civil
Ayous
Azobê: madeira de cor castanho-escura ou violácea, muito dura, muito retráctil, muito estável
depois de seca. Boa resistência mecânica, particularmente ao desgaste. Elevada durabilidade
natural, fácil de trabalhar e de envernizar. Aplicada, principalmente, em carpintaria e
parquetaria;
Badi
161
As Madeiras na Construção Civil
Bubinga
162
As Madeiras na Construção Civil
Freijó
163
As Madeiras na Construção Civil
Latandza
164
As Madeiras na Construção Civil
Mussibi: madeira de cor vermelha raiada de laivos mais escuros, de textura muito fina e de
fio revesso. Muito dura, pesada e pouco retráctil, possui bom comportamento mecânico,
particularmente, ao choque e ao desgaste. Recomendada para a construção civil, carpintaria e
parqueteria;
Mutene:
165
As Madeiras na Construção Civil
Pau Rosa
Sapele ou Sapelli
166
As Madeiras na Construção Civil
Sipo
Takula
Tali
167
As Madeiras na Construção Civil
Tiama
Tola Branca ou Tola: madeira amarelo-pálida, de textura fina e medianamente grosseira mas
uniforme, moderadamente dura, leve, pouco retráctil e fácil de trabalhar. Possui resistência
mecânica e permite obter bom acabamento das superfícies. Muito utilizada no fabrico de
contraplacado e aplicada frequentemente na construção, em carpintaria, mobiliário, e
revestimentos interiores. É um tipo de madeira característica da África Ocidental e África
Central.
168
As Madeiras na Construção Civil
Umbila: madeira castanha, por vezes com laivos avermelhados, de bom desenho, leve e
moderadamente pesada, fácil de trabalhar permitindo bom acabamento. Utilizada em
marcenaria, decoração e no fabrico de contraplacados;
Wengé (Panga-Panga)
169
As Madeiras na Construção Civil
Também se constituem num grupo muito vasto e diversificado nas suas características,
apresentando em geral cores exóticas, texturas e desenhos graciosos, boa resistência mecânica
e excelente durabilidade natural.
Andiroba
Jatobá
170
As Madeiras na Construção Civil
Sucupira
Tatajuba
171
As Madeiras na Construção Civil
Carvalho
Carvalho Vermelho
172
As Madeiras na Construção Civil
Cerejeira
173
As Madeiras na Construção Civil
174
As Madeiras na Construção Civil
Madeiras Africanas
175
As Madeiras na Construção Civil
176
As Madeiras na Construção Civil
177
As Madeiras na Construção Civil
TIPOS DE MADEIRA
178
As Madeiras na Construção Civil
179
As Madeiras na Construção Civil
180
As Madeiras na Construção Civil
Pontes
Casas
181
As Madeiras na Construção Civil
Pavilhões
Pavimentos
182
As Madeiras na Construção Civil
Coberturas
183
As Madeiras na Construção Civil
Cancelas
Currais
Entradas
Postes
184
As Madeiras na Construção Civil
Cercas
Alpendres
Escadas
Muros
185
As Madeiras na Construção Civil
MDF
OSB
186
As Madeiras na Construção Civil
i) Pasta de Algomerado
187
As Madeiras na Construção Civil
188
As Madeiras na Construção Civil
Folha de madeira
189
As Madeiras na Construção Civil
Estratificados em Fachadas
190
As Madeiras na Construção Civil
191
As Madeiras na Construção Civil
192
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS PORTUGUESAS
Quadro I
Número
Designação Designação Densidade
de Cor
Comercial Botânica (*)
Referência
193
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS PORTUGUESAS
Quadro II
Número
de Referência Densidade Dureza Retracção Resistência Mecânica
(*)
1 0,57 + + +
2 1,07 + + +
3 0,78 + + +
4 0,80 + + +
5 0,50 + +
6 0.58 + + +
7 0,47 + +
8 0,56 + +
9 0,27 + + +
10 0,80 + + +
11 0,66 + + + +
12 0,68 + + + +
13 0,53 + + + + +
14 0,58 + + + +
15 0,62 + + + +
16 0,72 + + + +
17 0,70 + + + +
(*) Ver Quadro I
194
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS PORTUGUESAS
CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS
Quadro III
Número
de Referência Laboração Propensão para fender Propensão para empenar Secagem Durabilidade natural Impregnação
(*)
Cerne Borne
Difícil Média Fácil Fraca Média Elevada Fraca Média Elevada Difícil Média Fácil Baixa Média Elevada
difícil fácil
1 + + + + + + +
2 + + + + + + +
3 + + + + + + +
4 + + + + + + +
5 + + + + + + +
6 + + + + + + +
7 + + + + + +
8 + + + + + +
9 + + + + + +
10 + + + + + +
11 + + + + + +
12 + + + + + + +
13 + + + + + + +
14 + + + + + + +
15 + + + + + + +
16 + + + + + +
17 + + + + +
( * ) Ver Quadro I
195
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS PORTUGUESAS
PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES
Quadro IV
contraplacado
Número Limpos da Construção Mobiliário
Embalagens
de Esteios
Folha
Referência Postes Trav Estac de Estrut
e
(*) essas aria minas uras Portas Portas Grades
Janel Guarniçõe Maciç Interiore Tornead
Tacos Solho Exterior Interiore interior
as s o s os
es s es
1 + + + + + + +
2 + +
3 + + + + + + + +
4 + + + + + + + + + +
5 + + + + + + + + + +
6 + + + + + + + + + + +
7 + + + + + + +
8 + + + + + + +
9 + + + + +
10 + + + + + + + + +
11 + + + + + + + +
12 + + + + + +
13 + + + + + + + + + + + + + + + +
14 + + + + + + + + + + + + + +
15 + + + + + + + + + + + + + +
16 + + + +
17 + + + + + + +
( * ) Ver Quadro I
196
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS AFRICANAS
Quadro V
Número
de Designação Designação Densidade Cor
Referência Comercial Botânica
197
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS AFRICANAS
Quadro VI
Número
de Densidade Dureza Retracção Resistência Mecânica
Referência
(*)
Baixa Média Elevada Baixa Média Elevada Baixa Média Elevada
1 0,73 + + + +
2 0,88 + + + + + +
3 0,85 + + +
4 0,88 + + +
5 0,50 + + + +
6 0,95 + + + + + +
7 0,90 + + +
8 0,90 + + + + +
9 0,76 + + + +
10 0,95 + + + +
11 0,83 + + +
12 0,83 + + + +
13 0,80 + + + + +
14 0,80 + + +
15 0,48 + + + +
16 0,65 + + +
17 0,55 + + + +
(*) Ver Quadro V
198
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS AFRICANAS
CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS
Quadro VII
Número
de Laboração Propensão para fender Propensão para empenar Secagem Durabilidade natural Impregnação
Referênci
a Difíci Cerne Borne
(*) Média Fácil Fraca Média Elevada Fraca Média Elevada Difícil Média Fácil Baixa Média Elevada
l difícil fácil
1 + + + + + + + +
2 + + + + + + +
3 + + + + + +
4 +
5 + + + + + +
6 + + + + +
7 + + + + + +
8 + + + +
9 + +
10 + + +
11 + + + + +
12
13 + + + +
14 + + + +
15 + + + + + + +
16 + + + + +
17 + + + + + +
( * ) Ver Quadro V
199
As Madeiras na Construção Civil
MADEIRAS AFRICANAS
PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES
Quadro VIII
contraplacado
Número Limpos da Construção Mobiliário
Embalagens
de Obra Const
Folha
Referênc Trav s rução Estru
e
ia essas port naval turas Portas Grades
Taco Degrau Portas Guarniçõ Maci Interior Torneado
(*) uária Exterior Janelas interiore Faixas
s s Interior es ço es s
s es s
es
1 + + + + + + +
2 + + + + + + + +
3 + + + + + + +
4 + + + + + +
5 + + + + + + + +
6 + + + + + +
7 + + + +
8 + + +
9 + + + + + +
10 + + +
11 + + + + + + + + + +
12
13 + + + +
14 + + + + + + + +
15 + + + + + + + + + + + +
16 + + + + + +
17 + + + + + + +
( * ) Ver Quadro V
200
As Madeiras na Construção Civil
201
As Madeiras na Construção Civil
NP 2080
ANEXO VII
QUADRO I
MEDIDAS A ADOPTAR NA CONSERVAÇÃO DE MADEIRAS
CONDIÇÕES DE TIPOS DE ELEMENTOS ATAQUES MAIS RISCO DE ATAQUE MEDIDAS A ADOPTAR
CLASSES
EXPOSIÇÃO FREQUENTES
Madeiras no exterior e em Estacas de fundação Fungos da podridão Máximo, podendo reflectir- Tratamento preventivo
contacto com o solo; no (colocadas acima do nível cúbica castanha nas se na segurança estrutural. obrigatório ou utilização de
interior em contacto com freático), soleiras, prumos, resinosas e da podridão Reparações geralmente madeira naturalmente
paredes húmidas ou em vigamentos, barrotes, fibrosa branca nas difíceis e onerosas. muito durável.
A
ambientes mal ventilados. Arcos de vãos, soleiras, roda- folhosas Térmitas. Grande, sem reflexo na Disposições construtivas
pés, etc.. segurança estrutural. adequadas.
Reparações em geral pouco
dispendiosas.
P Madeiras no exterior sem Caixilharias de janelas e de Fungos de podridões do Grande, se não forem Tratamento facultativo
contacto com o solo e em portas, portadas, persianas, mesmo tipo dos da classe respeitadas disposições desde que sejam tomadas
A condições de humidade etc.. ª Fungos causadores de construtivas adequadas, convenientes disposições
R elevada, sazonal ou manchas (bolores). nem dispensadas construtivas e de
A acidental. regularmente medidas de acabamento periodicamente
conservação. Reparações conservado.
E geralmente fáceis e
D localizadas.
I
F
Í
C
I B
O
S
Madeiras no interior em Estruturas de cobertura, Insectos do tipo Grande, podendo fazer Tratamento preventivo
ambientes secos e madres e outros elementos de caruncho (grandes ou perigar a segurança obrigatório ou utilização de
C desempenhando funções contraventamento, vigas, pequenos). Fungos nos estrutural. Reparações madeira de durabilidade
essencialmente estruturas de pisos madeiramentos em caso difíceis e onerosas. natural compatível.
estruturais. intermédios escadas, etc.. de infiltrações.
Madeiras no interior em Divisórias, lambris, parquetes Insectos do tipo Pequeno ou médio, aceitável Tratamento facultativo.
ambientes secos e e soalhos, roda-pés, aros de caruncho (grandes em em face do custo dos
D desempenhando funções vãos, etc.. borne de resinosas ou tratamentos.
essencialmente de pequenos em borne de Reparações fáceis e
revestimento ou de folhosas e de resinosas). localizadas em zonas
remate. acessíveis.
Madeiras no exterior e em Pontes, pavimentos e Fungos da podridão Máximo, podendo reflectir- Tratamento preventivo
contacto com o solo e plataformas; postes, esteios, cúbica castanha, da se na segurança estrutural. obrigatório ou utilização de
P A1 balastro; em contacto com vedações e tutores; travessas, podridão fibrosa branca Reparações geralmente madeira naturalmente
A água doce ou salgada ou estacaria, defensas e obras de e da podridão mole. difíceis e onerosas. muito durável.
R sob a acção de água hidráulica; torres de Térmitas. Xilófagos
A quente. refrigeração, etc.. marinhos.
Madeiras no exterior sem Pontes, pavimentos e Fungos de podridões do Grande, podendo reflectir- Tratamento preventivo
O contacto com o solo. plataformas; travessas de mesmo tipo dos da classe se na segurança estrutural. obrigatório sempre que o
U postes, esteios, vedações, etc.. A1. Reparações por vezes risco possa reflectir-se na
T Fungos causadores da difíceis e onerosas. segurança estrutural, ou
R manchas (bolores). utilização de madeiras
A naturalmente muito
S durável.
A
P
B1
L
I
C
A
Ç
Õ
E
S
202
As Madeiras na Construção Civil
NP 2080
QUADRO II
CARACTERÍSTICAS DE DURABILIDADE NATURAL E DE IMPREGNABILIDADE DAS
MADEIRAS MAIS UTILIZADAS EM PORTUGAL
DURABILIDADE NATURAL RELATIVAMENTE A
NOME NOME CARUNCHOS IMPREGNABILIDADE
M R VULGAR BOTÂNICO GRANDES
A E
D S FUNGOS TÉRMITAS
E I
PEQUENOS
I N
R O
A S
S A
S LICTOS OUTROS
D BORNE CERNE BORNE CERNE BORNE BORNE CERNE BORNE
A
E BORNE CERNE
U
R CASQUINHA Pinus silvestris • • Ø • Ø N S S
O CEDRO DO Cupressus • Ø • Ø N N N N
P BUÇACO lusitanica
A
CRIPTOMÉRIA Cryptomeria • • • • N N N N
Japonica
PINHO BRAVO Pinus Pinastar • • Ø • Ø N S N S
PINHO MANSO Pinus Pinea • • Ø • Ø N S N S
Pseudotsuga • • • • N S N S
Mansiesli
PSEUDOTSUGA
F ACÁCIA Acacia • Ø • • S S N
O melanoxylon
L AZINHO Quercus • • Ø • • S S S
H rotandifolia
O CARVALHO Quercus robur • Ø 0 • • S S
S
A CASTANHO Castanea Sativa • Ø 0 • • Ø S S N
S CHOUPO Populus app. • • • • N S N
EUCALIPTO Eucalyptus • • • • S S S
globulus
FAIA Fagus silvatica • • • • N S S
FREIXO Fraxinus exoslsior • • • • S S S
NOGUEIRA Juglans regia • Ø • • S S S
PLÁTANO Platanus acerifolia • • • • S S S
ULMO Ulmus acabra • Ø • • • • S S N
F CÂMBALA Chlorophora • Ø 0 0 S
O excelsea
L COTIBÊ Nesogordonia • Ø Ø 0 S
H leplasi
M
O CUNGULO Autponella Ø Ø Ø 0 S
A S congolensis
D A GULO-MAZA Nauclea diderrichii • Ø • 0 N
E S
I LIMBA Terminalia superba • • •
R LIVUITE Entandrophragma • Ø • • S
A sp.
S MERANTI Shora spp. • Ø • Ø S
MUSSIBI Guibourtia • Ø • Ø S
T Coleosperma
R
Guibourtia • Ø • Ø S
O
Arnoldiana
P
I
C MUTENE
A SUCUPIRA Boudichia • Ø • 0 S
I virgilioites
S
TALI Erythrophloeum • Ø • 0 N
TOLA BRANCA Gossveilerodendron • Ø • Ø S
balsamiferum
UNDIANUNO Karya Ivorensis • Ø • • S
LEGENDA:
• POUCO DURÁVEL FÁCILMENTE IMPREGNÁVEL
Ø MODERADAMENTE IMPREGNÁVEL
DURÁVEL
203
As Madeiras na Construção Civil
NP – 2080
QUADRO III
TRATAMENTO DA MADEIRA PARA EDIFÍCIOS
ELEMENTOS GERAIS DA ELEMENTOS CLASSES MÉTODOS DE TRATAMENTO (2) E PRODUTOS PRESERVADORES (3) OBSERVAÇÕES
CONSTRUÇÃO DIFERENCIADOS DA (1) PINCELAGEM IMERSÃO IMERSÃO IMPREGNAÇÃO IMPREGNAÇÃO DIFUSÃO
CONSTRUÇÃO ASPERSÃO A POR PRESSÃO POR VÁCUO
QUENTE-
(TEMPO) FRIO (RETENÇÃO)
SO SO AQ/SO CCB SO BO
CCA
COBERTURAS ASNAS C NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) SIM (a) Em madeira
MADRES (4 (6 de pinho a
FRECHAIS KG/M3) KG/M3) penetração do
RIPADOS C SIM SIM SIM borne deve ser
VAREDOS (10 MIN.) total como na
CONTRAVENAMENTOS impregnação por
GUARDA-PÓS D SIM SIM pressão.
ESTEIRAS (3 MIN.)
PAVIMENTOS TÉRREOS VIGAMENTOS E A NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) NÃO (a) Em madeira
TARUGOS SOBRE (4 (6 de pinho a
CAIXA DE AR KG/M3) KG/M3) penetração do
BARROTES SOBRE borne deve ser
MASSAME total como na
PARQUETES SOBRE A SIM SIM SIM SIM impregnação por
MASSAME (60 MIN.) pressão.
RODAPÉS (b) Quando
TÁBUAS DE SOLHO (b) D SIM SIM aplicadas sobre
(3 MIN.) massame ou
ELEVADOS VIGAMENTOS A NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) SIM sobre caixa de ar
TARUGOS C SIM SIM (4 (6 SIM mal ventilada
BARROTES SOBRE (10 MIN.) KG/M3) KG/M3) deve adoptar-se o
LAJE DE BETÃO tratamento
TÁBUAS DE SOLHO D SIM SIM preconizado para
PARQUETES (3 MIN.) as asnas (Classe
RODAPÉS C).
PARAMENTOS EXTERIORES SOLEIRAS A NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) NÃO (a) Em madeira
RESISTENTES QUADROS (6 (9 de pinho a
FORROS EXTERIORES KG/M3) KG/M3) penetração do
FORROS INTERIORES borne deve ser
(ZONAS HÚMIDAS) total como na
FORROS INTERIORES C SIM SIM SIM SIM SIM SIM impregnação por
(ZONAS SECAS) (10 MIN.) (4 (6 pressão.
KG/M3) KG/M3)
EXTERIORES SOLEIRAS B NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO
DE QUADROS (10 MIN.) (6 (9
ENCHIMENTO FORROS EXTERIORES KG/M3) KG/M3)
FORROS INTERIORES
INTERIORES SOLEIRAS A NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) NÃO
RESISTENTES QUADROS (4 (6
FORROS (ZONAS KG/M3) KG/M3)
HÚMIDAS)
FORROS (ZONAS C SIM SIM SIM SIM
SECAS) (10 MIN.)
INTERIORES SOLEIRAS A NÃO SIM SIM (a) SIM SIM SIM (a) SIM
NÃO FORROS (ZONAS (60 MIN.) (4 (6
RESISTENTES HÚMIDAS) KG/M3) KG/M3)
QUADROS B SIM SIM SIM SIM
FORROS (ZONAS (30 MIN.)
SECAS)
LAMBRIS
204
As Madeiras na Construção Civil
NP – 2080
QUADRO III (CONTINUAÇÃO)
TRATAMENTO DA MADEIRA PARA EDIFÍCIOS
ELEMENTOS GERAIS DA ELEMENTOS CLASSES MÉTODOS DE TRATAMENTO (2) E PRODUTOS PRESERVADORES (3) OBSERVAÇÕES
CONSTRUÇÃO DIFERENCIADOS (1)
DA
CONSTRUÇÃO PINCELAGEM IMERSÃO IMERSÃO IMPREGNAÇÃO IMPREGNAÇÃO DIFUSÃO
E ASPERSÃO (TEMPO) A POR PRESSÃ POR VÁCUO
QUENTE- (RETENÇÃO)
FRIO
SO SO AQ/SO CCA CCB SO BO
ESCADAS INTERIORES PERNAS C NÃO SIM (10 SIM SIM SIM SIM SIM
(ESTRUTURA DE DEGRAUS M.) (4 (6
MADEIRA) GUARDAS D SIM SIM (3 M.) KG/M3) KG/M3)
D SIM
INTERIORES DEGRAUS A NÃO SIM (3 M.) SIM SIM SIM SIM SIM
(ESTRUTURA DE GUARDAS (4 (6
BETÃO) KG/M3) KG/M3)
GUARDAS (ESTRUTURA PRUMOS B NÃO NÃO SIM (a) SIM SIM SIM (a) NÃO (a) Em madeira
DE COROAMENTOS (6 (9 de pinho a
VARANDA KG/M3) KG/M3) penetração do
DE GUARDA-SAIAS B NÃO SIM (60 borne deve ser
M.) total como na
MADEIRA) impregnação por
pressão.
ESTRUTURA CAPEAMENTOS B NÃO SIM (60 SIM (a) SIM SIM SIM (a) NÃO
METÁLICA DE GUARDAS M.) (6 (9
KG/M3) KG/M3)
JANELAS AROS MONTANTES B NÃO SIM (10 SIM SIM SIM SIM NÃO
VERGAS M.) (6 (9
PEITORIS A NÃO SIM (a) KG/M3) KG/M3)
FOLHAS QUADROS B NÃO SIM (10 SIM SIM SIM SIM (a)
PINÁZIOS M.) (6 (9
BORRACHAS A NÃO SIM (a) KG/M3) KG/M3)
PORTADAS EXTERIORES B NÃO SIM (10 SIM SIM SIM SIM NÃO (a) Em madeira
M.) (4 (6 de pinho a
KG/M3) KG/M3) penetração do
borne deve ser
total como na
impregnação por
INTERIORES D SIM SIM (3 M.) SIM SIM pressão.
DIVERSOS PERSIANAS B NÃO SIM (10 SIM SIM SIM SIM NÃO
ESTORES M.) (4 (6
CAIXAS DE D SIM SIM (3 M.) KG/M3) KG/M3)
ESTORES
205
As Madeiras na Construção Civil
NP – 2080
QUADRO III (CONTINUAÇÃO)
TRATAMENTO DA MADEIRA PARA EDIFÍCIOS
ELEMENTOS GERAIS DA ELEMENTOS CLASSES MÉTODOS DE TRATAMENTO (2) E PRODUTOS PRESERVADORES (3) OBSERVAÇÕES
CONSTRUÇÃO DIFERENCIADOS (1)
DA
CONSTRUÇÃO PINCELAGEM IMERSÃO IMERSÃO IMPREGNAÇÃO IMPREGNAÇÃO DIFUSÃO
E ASPERSÃO (TEMPO) A POR PRESSÃ POR VÁCUO
QUENTE- (RETENÇÃO)
FRIO
SO SO AQ/SO CCA CCB SO BO
PORTAS EXTERIORES AROS B NÃO SIM SIM SIM (6 SIM (9 SIM NÃO (a)Em madeira
FOLHAS (60 M.) KG/M3) KG/M3) de pinho a
penetração do
borne deve ser
total como na
impregnação por
pressão.
DE PATIM PRÉ-AROS A NÃO SIM SIM (a) SIM (4 SIM (6 SIM (a) SIM (c) Se não for
(60 M.) KG/M3) KG/M3) utilizado ,o pré-aro
a aduela deve
ADUELAS (c) D SIM SIM SIM SIM
receber o
FOLHAS (3 M.)
tratamento
INTERIORES PRÉ-AROS A NÃO SIM SIM (a) SIM (4 SIM (6 SIM (a) SIM preconizado para
(60 M.) KG/M3) KG/M3) a Classe ª
ADUELAS (c) D SIM SIM SIM SIM
FOLHAS (3 M.)
EQUIPAMENTO FIXO (d) ARMÁRIOS DE A NÃO SIM SIM SIM (4 SIM (6 SIM NÃO (d) Só aplicável a
COZINHA (60 M.) KG/M3) KG/M3) mobiliário de
INFERIORES madeira maciça
ARMÁRIOS DE D SIM SIM SIM SIM (4 SIM (6 SIM SIM
COZINHA (3 M.) KG/M3) KG/M3)
SUPERIORES
ARMÁRIOS-
ROUPEIROS
ORGÃOS DE FIXAÇÃO TACOS A NÃO SIM SIM (a) SIM (4 SIM (6 SIM (a) NÃO
EMBEBIDOS NAS (60 M.) KG/M3) KG/M3)
ALVENARIAS
(a) Em madeira
de pinho a
penetração do
borne deve ser
total como na
impregnação por
pressão.
NOTAS:
(1) – Veja-se quadro 1.
(2) – Tratamentos indicados para madeiras não ou pouco duráveis; no caso de se pretender utilizar madeiras sem tratamento, estas devem satisfazer as
seguintes condições de durabilidade:
Classe A ou B: madeiras muito duráveis;
Classe C: madeiras duravéis ou de classe superior;
Classe D: madeiras pouco duráveis ou de classe superior;
(3) Produtos preservadores:
SO – em solvente orgânico;
AQ – aquosos;
CCA – sais de cobre, crómio e arsénio;
CCB – sais de cobre, crómio e boro;
BO – compostos de boro;
206
As Madeiras na Construção Civil
QUADRO IV
TRATAMENTO DA MADEIRA PARA DIVERSAS APLICAÇÕES COM
EXCEPÇÃO DE EDIFÍCIOS
ESTRUTURAS SITUAÇÕES CLASSES MÉTODOS DE TRATAMENTO (2) E PRODUTOS PRESERVADORES (3) OBSERVAÇÕES
PINCELAGEM IMERSÃO IMPREGNAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO
E ASPERSÃO (TEMPO) PRESSÃO DA SEIVA
(RETENÇÃO)
CR/SO CR/AQ CR CCA CCB CCB
PONTES, EM A1 NÃO NÃO SIM SIM (12 NÃO NÃO (a) Quando
PAVIMENTOS, CONTACTO (160 KG/M3) se utilizam sias deve realizar-se
PLATAFORMAS, COM O KG/M3) em 2.º tratamento com
ETC.. SOLO creosote.
SEM B1 NÃO SIM (c) SIM SIM (10 SIM (18 NÃO (b) Em
CONTACTO (1000 KG/M3) KG/M3) madeiras de pinho a penetração
COM O KG/M3) do borne deve ser total como na
SOLO impregnação por pressão.
POSTES, EM A1 NÃO SIM (c) SIM SIM (12 SIM (21 SIM (c) Só admíssivel para
ESTEIOS, CONTACTO (1100 KG/M3) KG/M3) madeira redonda de pinho
VEDAÇÕES, COM O KG/M3) com diâmetro inferior a 10
TUTORES, ETC.. SOLO cm.
SEM B1 SIM (c) SIM (c) SIM SIM (10 SIM (18 SIM
CONTACTO (1000 KG/M3) KG/M3)
COM O KG/M3)
SOLO
TRAVESSAS DE EM A1 NÃO NÃO SIM SIM (10 NÃO NÃO (a) Quando se
CAMINHO DE CONTACTO (1000 KG/M3) utilizam sais
FERRO COM O KG/M3) deve realizar-se
BALASTRO um 2.º
TORRES DE SOB A A1 NÃO NÃO SIM SIM (24 NÃO NÃO tratamento
REFRIGERAÇÃO ACÇÃO DE (2000 KG/M3) com creosote.
ÁGUA KG/M3) (d)A concentraçãoda
QUENTE solução não deve ser
inferior a 5%.
ESTACARIA, EM A1 NÃO NÃO SIM SIM (24 NÃO NÃO
DEFENSAS, CONTACTO (4000 KG/M3)
OBRAS DE COM ÁGUA KG/M3)
HIDRÁULICA, SALGADA
ETC.. EM A1 NÃO NÃO SIM SIM (12 NÃO NÃO
CONTACTO (2000 KG/M3)
COM ÁGUA KG/M3)
DOCE
NOTAS:
(1) Veja-se quadro 1.
(2) Tratamentos indicados para madeiras não ou pouco duráveis; no caso de se pretender utilizar madeiras sem tratamento, estas devem
satisfazer as seguintes condições de durabilidade:
Classe A ou B: madeiras muito duráveis;
Classe C: madeiras duravéis ou de classe superior;
Classe D: madeiras pouco duráveis ou de classe superior;
(3) Produtos preservadores:
SO – em solvente orgânico;
AQ – aquosos;
CCA – sais de cobre, crómio e arsénio;
CCB – sais de cobre, crómio e boro;
BO – compostos de boro;
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NP 4305: 1995 - Madeira serrada de pinheiro bravo para estruturas - Classificação visual.
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