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SÃO PAULO
2010
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SÃO PAULO
2010
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Profª. Drª. Gisleine Coelho de Campos
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Nome do professor da banca
Comentários:_________________________________________________________
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AGRADECIMENTOS
Á nossa família, pela compreensão e apoio para que pudéssemos alcançar nossos
objetivos.
RESUMO
A Engenharia Civil está sempre inovando para atender a escassez de áreas nobres
para construção e também a necessidade de proteger o meio ambiente. Isso implica
no aprimoramento das técnicas de tratamento de Solos Moles já existentes e na
busca por novas alternativas para possibilitar o uso do solo, nos locais onde há
presença deste tipo de solo. Neste trabalho, apresenta-se uma revisão bibliográfica
sobre as características dos Solos Moles e também sobre algumas técnicas já
conhecidas e utilizadas em tratamento de solos moles, dando ênfase à nova
metodologia STABTEC®, objeto do estudo de caso discutido. Uma análise
comparativa entre as técnicas descritas, como também análises e resultados do
sistema STABTEC® sua metodologia executiva, equipamentos e procedimentos são
também apresentadas.
ABSTRACT
Civil Engineering is always innovating to attend the shortage of building prime areas,
and also the need to protect the environment. This implies the improvement of the
existing treatment techniques for Soft Soils, and the investigation for new alternatives
to enable the use of soil, in that sites where this kind of soil exist. This work presents
a bibliographic review on the characteristics of Soft Soils and also some techniques
already known and used in the treatment of soft soils, emphasizing the new
methodology STABTEC®, the subject of the case study discussed. A comparative
analysis of the techniques described, as well as analysis and results of STABTEC®
system, its methodology, equipment and procedures are also presented.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
% Percentual
“ Polegadas
a.C. Antes de Cristo
a/c Água / cimento
cm Centímetro
cm²/g centímetro quadrado por grama
e Índice de vazio
fcd Resistência Característica de Projeto
h Hora
In situ No local
k Coeficiente de permeabilidade
kg Quilograma
kgf/cm² Quilograma força por centímetro quadrado
l Litro
m/s Metro por segundo
m³ Metro cúbico
min/m Minuto por metro
mm Milímetro
pH Potencial Hidrogênio-iônico
sc/m³ Saco por metro cúbico
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SUMÁRIO
p.
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 73
ANEXO A .................................................................................................................... 1
ANEXO B .................................................................................................................... 3
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1 INTRODUÇÃO
Muitas vezes essas áreas, estão situadas em regiões com solos de baixa
capacidade de suporte, exigindo assim que a engenheiros busque novas técnicas de
melhoramento que possibilitem a utilização desses solos.
Com o avanço da tecnologia nos últimos anos, essas áreas, antes consideradas
inadequadas para a construção passam a ser alternativas técnicas e econômicas
viáveis. Atualmente existem soluções de tratamento de solos, como as apresentadas
no capítulo 5 deste trabalho para a utilização dessas áreas, sem a necessidade de
recorrer à remoção da camada de solo mole.
Entre estas técnicas estão a aplicação de geodreno que atua como elemento
drenante, o solo cal, que pode ser aplicado em praticamente todos os tipos de solo,
o Jet Grouting que atua no melhoramento das características mecânicas do solo, a
injeção de consolidação que atua como impermeabilização ou consolidação e o
Sistema STABTEC®, objeto do estudo que consiste na mistura de aglomerantes em
pó com o solo mole com a finalidade de gerar estabilidade da massa.
Para a escolha da melhor alternativa para uma dada obra são considerados alguns
fatores como: tipo de solo, materiais disponíveis, acessibilidade, entre outros,
visando obter-se soluções mais econômicas e eficientes.
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2 OBJETIVOS
3 MÉTODO DE TRABALHO
4 JUSTIFICATIVA
Nos dias atuais, há também uma preocupação com a sustentabilidade das obras
civis; a legislação está mais exigente nas liberações de áreas para bota fora de
material orgânico, em alguns casos até contaminados, e nas liberações de áreas de
jazidas. Soma-se a isso o fato de que aterros aplicados sobre bolsões de solos
moles, caso não rompam durante a construção, tem uma elevada probabilidade de
apresentar patologias devido a recalques indesejados, comprometendo o
empreendimento futuro.
Dentro deste cenário, este trabalho visa apresentar alguns métodos de tratamento
de solo mole, dando ênfase ao STABTEC®.
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5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esta técnica é utilizada onde o terreno não apresenta suporte para a realização de
um aterro direto, caso típico de regiões que apresentam solo mole de grande
espessura. Nesses casos a remoção da camada ruim torna-se inviável, podendo ser
tratado o solo mole (Max Dren - S/D).
As fitas são cravadas com espaçamento entre 1,20m e 1,50m, podendo variar
conforme projeto, formando uma rede de alta densidade que drena o solo mole
aumentado sua estabilidade. Costuma-se usar uma distribuição triangular em planta,
que aumenta a eficiência de drenagem
O equipamento cravador de drenos verticais dispõe de uma torre onde está alojado
o pistão hidráulico que realiza a cravação da haste (Figura 5.5). Esta torre pode ser
movimentada para permitir sua verticalização antes da operação de cravação do
dreno (SOLOTRAT, 2009).
Os geodrenos são cravados no solo por equipamento especial cravador, que realiza
essa tarefa pressionando uma haste vazada através do terreno (Figura 5.7). A fita
drenante (geodreno), é instalada dentro da haste. Para impedir que a fita volte
quando a haste de cravação é retirada do terreno, em sua extremidade inferior é
colocada uma sapata metálica, que se agarra ao solo ancorando a fita no terreno
(Figuras 5.8 a 5.10).
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1
Uma das principais estradas da Antiga Roma.
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Inicialmente a estrada ligava Roma a Capua, posteriormente ampliada até Brindisi.
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muralha da China, datado de 228 a.C. A técnica foi reavivada nos anos 20 do século
passado e sua expressão pode ser medida pelo consumo de cal, em 1993, nos
Estados Unidos (1,2 x 106 t/ano) e no Japão (0,5 x 106 t/ano).
Assim, nessa ocasião, têm início às alterações das propriedades do solo, como o
aumento da capacidade de suporte, redução da expansão/contração, melhoria da
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Índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de um meio qualquer.
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Essas alterações provocadas no solo pela adição da cal são influenciadas por
fatores do meio ambiente, entre eles a temperatura, a composição do ar atmosférico
(principalmente a quantidade de oxigênio e anidrido carbônico), a ação das águas
emergentes do lençol freático e, finalmente, os esforços mecânicos realizados para
obter a estabilização.
Com as reações citadas, a adição da cal aos solos argilosos provoca mudanças
favoráveis quanto à plasticidade, granulometria e limites de Atterberg (limites de
plasticidade), e variações de volume e da resistência suporte. Isso também ocorre
quanto aos valores relativos à compactação, a densidade, ao teor de umidade ótimo,
à retenção de água e à acidez do solo (GUIMARÃES, 2002)..
5.3.2 Execução
Diversos manuais, entre eles o The National Lime Association (ARBA, 2003),
orientam a execução da estabilização de solos com cal, quanto aos equipamentos,
materiais (espécie e sua incorporação ao solo), camadas tratadas (base, sub-base e
camadas profundas), além de apontar as restrições relativas às condições climáticas
e às águas presentes em quantidades expressivas, que exigem drenagem para
possibilitar a mistura do solo com a cal. É preciso avaliar ainda a necessidade de
"capa" (camada de agregados ou selantes) sobre o solo, do controle da umidade,
intensidade da compactação, teores de sais sulfatados - e também a possibilidade
de correção de fendas e de pontos de desintegração, entre outros retoques.
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4
O sulfonato de lignina é um subproduto químico resultante do despolpamento da madeira.
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forma, colunas de diâmetros menores. Pode-se usar neste processo, haste dupla,
sem a utilização de ar.
• Método JSG (Jumbo Special Grout) ou JG (Jumbo Grout) - tubo duplo com
emprego de ar comprimido (NAKANISHI e YAHIRO, 1975).
Neste método se utilizam duas hastes coaxiais: numa delas (a interna) injeta-se
calda de cimento e na outra (envolvendo o jato de calda) o ar comprimido, obtendo-
se desta forma colunas de diâmetros maiores do que aquelas obtidas sem o
emprego de ar comprimido;
• Método CJG (Column Jet Grout) - tubo triplo, com emprego de ar comprimido
(YAHIRO, 1976).
Neste método se utilizam três hastes coaxiais, e dois bicos jateadores. No superior,
de menor diâmetro, injeta-se, a pressões elevadas, água envolvida por ar
comprimido e no inferior, de diâmetro menor, injeta-se calda de cimento a pressões
relativamente mais baixas, obtendo-se colunas de grande diâmetro (até 3m). Este
processo, pelo elevado custo da bomba, é raramente empregado no Brasil.
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Figura 5.21 - Bomba de alta pressão para Jet Grouting
Fonte: Bilfinger ( 2010)
Figura 5.22 - Perfuratriz para Jet Grouting
Fonte: Bilfinger ( 2010)
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A calda de cimento normalmente tem traço a/c = 1,0, ou seja, para cada saco de 50
kg de cimento, emprega-se 50 litros de água.
5.4.2 Produtividade
Para alcançar o objetivo da injeção introduz-se nos vazios do meio primitivo, através
de uma rede de perfuração adequadamente disposta e sob determinadas pressões,
um líquido ou suspensão mais ou menos viscoso, que depois vai se transformar em
sólido, quer por um processo de simples endurecimento (caldas de cimento), quer
por transformações químicas (caldas de produtos químicos), originando um novo
meio.
a) Execução de um furo com diâmetro mínimo de 3”, que atravessa a camada a ser
tratada (Figura 5.23);
Para minimizar os custos, devem ser utilizados os menores diâmetros dos furos e do
tubo de PVC, o que garante uma espessura mínima de bainha. Normalmente, a
tubulação de injeção tem diâmetro de 1/2” ou 3/4” (SOLOTRAT, 2003) .
A injeção de um determinado furo será feita após a calda da bainha ter alcançado
uma resistência mínima, que impeça seu retorno à superfície e, consequentemente,
o tratamento do solo adjacente. O tempo de espera para pega e endurecimento da
bainha é de até 24 horas.
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- O cimento deve ser do tipo Portland, apresentar espessura Blaine5 não inferior a
3.200 cm2/g. Os locais de armazenamento devem estar secos e ventilados, para
retardar a hidratação. Não é bom empilhar mais de 10 sacos e estas pilhas devem
estar apoiadas sobre tablado de madeira, para o cimento não ficar em contato direto
com o piso. Cimento já em início de processo de hidratação não pode ser
empregado em injeções.
- Os solos devem ser argilosos com teor de areia inferior a 20% e isentos de matéria
orgânica, com Limite de Liquidez (LL) mínimo de 50 e Limite de Plasticidade (LP)
mínimo de 20. Materiais naturais com estas características são encontrados com
facilidade.
5
É a finura do cimento em termos de superfície especifica em cm²/g, obtida através do permeabilimetro de Blaine. Consiste
em se fazer passar uma certa quantidade de ar através de uma camada de cimento de porosidade conhecida (e=050)
45
6
Aterro de ponta: material lançado sobre aterro tratado.
7
Aterro de conquista: material lançado sobre solo de baixa consistência para se garantir suporte de trabalho
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também pelo fato do cal ser mais o cal não reage, ora se torna
barato que o cimento. muito rígido, levando a trincas
em um determinado período.
Geralmente o solo cal tem
resistência menor que o solo
cimento.
É um sistema que permite atingir Não é recomendado para solos
distâncias horizontais maiores orgânicos, turfosos ou com
Jet Grouting
6 ESTUDO DE CASO
O estudo geológico foi realizado para obter informações para um projeto preliminar
para implantação de adutoras, no município de Itanhaém, localizado no litoral de
São Paulo.
Esta investigação deve ser feita para obter dados suficientes para um projeto
preliminar. Nesta etapa devem ser conhecidos os níveis dos limites de camada e os
tipos de subsolos.
a) In situ
- Sondagem à Percussão
Em laboratório proprio
- Teor de Umidade dos Solos;
- Análise Granulométrica Conjunta;
- Massa Específica Real dos Grãos;
- Limites de Atterberg.
Em laboratório de Análises Quimicas
- Parâmetros especificados no EUROSOILSTAB (2002),
b) Solo
Primeiramente foram obtidas amostras de solo do local sob investigação, para que
fossem estudadas em laboratório as misturas com os teores de cimento pré-
definidos.
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Estabilizadores
Estabilizadores são materiais com propriedades hidráulicas, no caso em estudo foi
utilizado o cimento Portland do tipo CP-III-40 RS.
Misturador Planetário
De acordo com a EUROSOILSTAB, (2002), para ter uma mistura próxima à
adquirida em campo, as misturas devem ser realizadas com a ajuda de um
misturador do tipo planetário, de maneira metódica e tempo estimado em guia de
projeto.
Moldagem
Posterior a etapa de moldagem, foram moldados corpos de prova com as dimensões
de Φ 5 cm x 10 cm, para realização de ensaios de compressão simples em diversas
idades.
Esta fase de testes teve como principal objetivo a verificação do processo executivo,
analisando as possíveis dificuldades encontradas, bem como a verificação das
resistências atingidas em curto prazo (inferior a 7 dias de tratamento), com
diferentes consumos de aglomerante (cimento), em dosagens de 100 até 200 Kg/m³.
Como sugestão para a correção deste fator, sugeriu-se o tratamento com a máquina
posicionada paralela ao eixo da adutora (Anexo A – Desenho I), o que possibilitou o
tratamento das paredes e do fundo da vala em linhas, sem a necessidade de
constantes manobras do equipamento. Sendo assim, a alteração da seção da vala
estará na espessura das paredes laterais, que passarão de 0,80 para 1,60 m,
atendendo a geometria do misturador (0,80 x 1,60 m) (TECNOGEO, 2009).
Após a execução dos testes para esta primeira fase, no quarto dia após o
tratamento, foram realizadas escavações antecipadas. Nos trechos com consumo
de cimento inferior a 150 Kg/m³, a resistência apresentou-se insuficiente nas
paredes laterais após a escavação. Porém nos trechos de consumo equivalente a
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180 e 200 Kg/m³, foi possível escavar em até 2 metros de profundidade, com alguma
resistência nas paredes laterais.
Após a realização destes testes nesta primeira fase, observou-se que seriam
necessários novos testes para a verificação da resistência com idades superiores a
30 dias, com dosagens variando entre 80 e 200 Kg/m³.
Com 35 dias de tratamento, escavou-se uma vala nos trechos correspondentes aos
consumos de 150 e 200 Kg/m³ (Desenho I – planta II). Conforme observado nas
ilustrações (Figuras 6.4 a 6.11), obteve-se a verticalidade das paredes com 3,20 m
de escavação da vala em ambos os trechos. Estes resultados comprovam o ganho
de resistência ao longo de 30 dias, possibilitando as escavações com esta idade de
tratamento. O odor de cimento após a escavação comprova o fato de que, neste
período de 30 dias, o cimento ainda está sofrendo o processo de reação com o solo,
o que indica um ganho de resistência ainda maior após 30 dias. Se considerado uma
idade de tratamento maior do que 30 dias, possivelmente poderá trabalhar com
consumos entre 80 e 150 Kg/m³, dependendo do material encontrado ao longo do
eixo da adutora (TECNOGEO, 2009).
6.2 Resultados
6.2.2 Sondagens
Através dos ensaios apresentados no item 6.2.3, verificou-se que se trata de um solo
com algumas características diferentes.
Foi realizada também uma nova coleta mais próxima aos serviços, ou seja, mais
representativa para que fossem realizadas os ensaios em laboratório e uma
comparação dos resultados campo x laboratório.
Nas tabelas 6.8 a 6.10 são apresentados os resumos de todos os ensaios realizados
na nova amostra, que confirmaram a premissa de local com solo heterogêneo.
Porém, a justificativa para este caso, pode ser devido a areia lançada para formação
de uma passagem de veículos, material este encontrado próximo ao local onde fora
retirado o bloco de amostra indeformada, ou seja, esta areia pode ter sido carreada
e misturada ao perfil de solo antes do tratamento e, com isto, otimizado os
resultados quando o solo foi tratado.
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
ANEXO B
4
5
6
7
8
9