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Tarot PDF
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Pode ser entendida como nosso "guia" quando mergulhamos nos recessos mais
profundos de nosso psiquismo.
Da mesma forma, existem várias versões do Tarot e tenho estudado algumas delas ao longo
dos anos. Entretanto, tenho uma preferência muito especial pelas cartas do "Mythic Tarot" de
Juliet Sharman-Burke e Liz Greene, pois congregam duas grandes paixões: o Tarot e a
Mitologia Grega.
Origens do Tarot
O Tarot Mitológico
Os Arcanos Maiores
Os Arcanos Menores
Tipos de Leitura
Bibliografia
O TAROT
Origens
A Viagem
Origens
As origens das cartas do Tarot são muito vagas e obscuras, a despeito da vasta literatura a
respeito. Ninguém sabe dizer ao certo de onde vieram ou como chegaram até nós. Das
diferentes histórias que contam sobre sua criação, a mais difundida é a de que o Tarot remonta
ao Antigo Egito.
A Lenda do TAROT
Conta-se que em uma época que o tempo já esqueceu, uma gloriosa civilização do antigo Egito,
no ápice de seu desenvolvimento, enfrentou um perigo que culminaria em sua total destruição.
Iniciou-se dessa maneira um imenso debate envolvendo todos os sábios da civilização, que
durou dias e dias. Após muito discutir, um dos sábios deu a sua sugestão: que se inscrevesse
todo o conhecimento nas paredes de seus templos e edifícios, fazendo que, quando outros
povos encontrassem as cidades pudessem aprender com as inscrições.
Ouvindo isso os outros sábios salientaram que paredes podem ser derrubadas, e isso
acontecendo, tudo se perderia!
Após esse insucesso, continuou o debate quando outro sábio manifestou-se: recrutariam das
civilizações vizinhas os dez habitantes mais inteligentes e após longo e rigoroso treinamento
secreto, estariam prontos para transmitir toda a sabedoria aprendida a outros, independente da
morte dos magos a sua cultura estaria salva. Novamente os outros sábios apontaram que o ser
humano sempre subverte e adultera o que aprende, e que depois de algum tempo o
conhecimento estaria irremediavelmente perdido.
E assim o debate prosseguiu na busca desesperada de uma solução viável. Finalmente, o mais
velho e experiente entre eles, que ainda não havia se manifestado, perguntou aos demais qual
era a única faceta humana que nunca desapareceria da face da Terra.
Um bom tempo passou e, como ninguém se manifestou, ele próprio concluiu: "O vício é uma
vertente intrínseca ao homem e nunca sairá do nosso meio, portanto, façamos um livro que
contenha toda a essência universal e que tenha a forma de um jogo. Enquanto a humanidade
exercitar sua compulsão competitiva aprenderá intuitivamente os segredos da vida e,
conseqüentemente, desvendará os mistérios de sua existência!"
Assim, todos chegaram à conclusão de que a única maneira realmente eficaz de preservar
sabedoria através dos tempos, seria por intermédio do jogo de cartas. Desse modo, sintetizaram
todo o antigo conhecimento, em forma simbólica, nas lâminas dos Arcanos Maiores e Menores
do Tarot.
Essas cartas, contendo figuras humanas, de animais, cores e símbolos, ao serem estudadas por
pessoas sérias e envolvidas com as ciências ocultas, os chamados iniciados, permitiriam o resgate
da antiga sabedoria.
O Baralho do TAROT
A palavra Arcano, foi criada pelo médico e alquimista Paracelso. O termo em latim, Arcanum,
significa oculto ou misterioso, evocando a idéia de um conteúdo hermético que precisa ser
revelado.
Podemos entender o tarô como um alfabeto simbólico para orientar o homem em sua jornada.
A Viagem
Acredita-se que a seqüência de cartas descreve diferentes estágios de uma viagem. A viagem
arquetípica da vida, que na realidade é a nossa grande viagem interior. No Tarot, ela é
realizada pelo Louco, conforme sintetizamos abaixo:
Há muito tempo atrás, num reino distante, um bobo da corte fora deposto de seu cargo por ter
ofendido o Rei, num de seus números apresentados para a corte. Sem saber o que fazer de sua
vida dali por diante e muito confuso pegou seus pertences, amarrou numa pequena trouxa e
partiu. Caminhou muito tempo sem saber que rumo seguir, até que, exausto, parou à beira de
um precipício e começou a pensar..."O que fazer da minha vida?"...
Foi quando viu uma borboleta voar perto de si e sorriu... pois nesse momento encheu-se de
energia e resolveu não mais saltar no precipício mas sim encontrar um meio de sobrevivência, e
mais do que isso, iria buscar seu próprio caminho! Se aquela pequena borboleta, colorida,
havia lhe ensinado uma lição, dessa mesma maneira reconstruiria tudo aprendendo com todos
aqueles que haviam passado por sua vida! E assim, começou a relembrar todas as suas lições:
O Mago lhe ensinara a começar tudo de cabeça erguida, com liderança e
força de vontade; ser um buscador e almejar realizações, tendo sempre à
mão todos os elementos necessários : o sentimento, a razão, o espírito e a
prática do que desejasse;
O Carro lhe mostrou que esse caminho escolhido pode ter obstáculos,
pode se bifurcar...mas nada disso importa, se quem o conduz está altivo,
ereto e seguro de que atingirá suas metas, sabendo que esses obstáculos
fazem parte da trilha escolhida;
A Justiça disse que para ser verdadeiramente justo é preciso ser imparcial,
saber usar das próprias armas e fazer uso de sua espada apenas para
defender-se. Para isso é preciso dosar muito bem seus próprios valores, a
fim de não se corromper nessa jornada;
O Eremita lhe falara que para caminhar nas noites escuras ele precisaria de
uma luz e que esse lume não precisaria ser forte, mas apenas clarear cada
passo que desse. Por isso, com um cajado (sua sabedoria) e uma lanterna
(sua personalidade , sua essência) iria até os confins do Mundo;
O Diabo mostrara que os Homens têm valores muitas vezes perigosos, que
o poder pode corromper, o materialismo e a vaidade podem ser armas
nas mãos de um indivíduo e por isso, deve-se usar a experiência para não
confundir crescimento com ganância;
A Torre demonstrou-lhe que tudo o que é construído em base fraca um
dia cairá ou romperá e que, com essas rupturas, se aprende a calcar
alicerces mais firmes na vida;
O Sol falara que não se caminha sem a criança interior, que nos ensina a
cair e levantar, a sorrir sem precisar de motivo e a viver com amor
incondicional dentro e fora do coração;
O Mago O Começo
A Sacerdotisa A Intuição
A Imperatriz O Intelecto
O Imperador O Poder
O Papa A Responsabilidade
Os Enamorados A Indecisão
O Carro O Domínio
A Justiça O Equilíbrio
O Eremita A Sabedoria
A Roda O Movimento
A Força A Vitória
O Enforcado A Acomodação
A Morte A Transformação
A Temperança A Moderação
O Diabo A Ambigüidade
A Torre A Ruptura
A Estrela A Esperança
A Lua A Ilusão
O Sol A Realização
O Julgamento O Renascimento
O Mundo A Recompensa
O Tarot Mitológico
No Tarot Mitológico as cartas são redesenhadas de acordo com os deuses
da mitologia grega. Amorais, embora paradoxalmente trazendo profundas
verdades morais, as divindades gregas antecederam e permearam quase
todos os símbolos religiosos da cultura judaico-cristã, assim como a arte e a
literatura de todo o Ocidente.
Os Arcanos Maiores
(Osho Tarot)
As 22 cartas dos Arcanos maiores compõem uma série de imagens que descreve
diferentes estágios de uma viagem.
Ao final da jornada, ele começa outra, pois a cada objetivo atingido, surge uma nova
meta, uma outra proposta a ser seguida, pois semre há um novo ideal, um novo
sonho pelo qual batalhar, um novo ciclo que prepara para algo ainda maior.
O Louco
O Mundo
Encontramos o herói de nossa jornada, Dionísio, o deus misterioso chamado
de O Que Nasceu Duas Vezes, filho de Zeus, deus dos deuses e da mortal
Sêmele, princesa de Tebas. Hera, esposa imortal de Zeus, enfurecida com sua
infidelidade disfarçou-se de ama-seca e foi ter com Semele, ainda grávida,
persuadindo-a a pedir a Zeus que se mostrasse em todo seu esplendor e glória
divina. Zeus que prometera nada negar a Semele, atendeu ao pedido e ela,
não suportando a visão do deus circundado de clarões, caiu fulminada. Zeus
apressou-se a retirar a criança que ela gerava e ordenou que Hermes, o
mensageiro dos deuses a costurasse em sua própria coxa. Assim, ao terminar a
gestação Dionísio nasceu perfeito. Hera recorreu aos Titãs, ordenando que
matassem a estranha criança de chifres. Zeus intercedeu novamente e colocou
seu coração que ainda batia em uma poção, dando-a de beber à Perséfone,
futura esposa de Hades, que engravidou e deu à luz novamente a Dionísio.
Arcanos Maiores
Estamos diante de Hermes, o fiel mensageiro dos deuses. Filho de Zeus e a
ninfa Maia, a mais jovem das plêiades, chamada também de Mãe Noite.
Hermes é filho da luz espiritual com as trevas primordiais, suas cores,
vermelho e branco, refletem a mistura das paixões terrenas com a clareza
espiritual. Hermes tinha o dom da adivinhação, dado por seu irmão Apolo,
quando ainda era jovem, o que o tornou mestre dos quatro elementos -
geomancia (adivinhação pela terra) - piromancia (adivinhação pelo fogo -
aeromancia (adivinhação pelo ar) - hidromancia (adivinhação pela água).
Estamos agora diante do grande ZEUS, deus dos deuses. Foi o filho mais novo
do Titã Cronos (tempo) e Réia. Contava a profecia a Cronos que um dia um
de seus filhos tomaria o seu lugar. Durante cinco anos seguidos, Réia deu à luz
a filhos e filhas, os quais Crono engolia tão logo nasciam. Réia não
suportando mais a idéia, ao saber que estava grávida de seu sexto filho, fugiu
para a Arcádia, onde deu à luz a Zeus, dentro de uma caverna. Mais tarde,
Zeus tomou o lugar de seu pai e estabeleceu o monte Olimpo, como morada
dos deuses.
Arcanos Maiores
Encontramos agora Quíron, rei dos centauros, autoridade espiritual e mestre
de todos os jovens heróis da mitologia. O centauro foi educado por Apolo e
Ártemis, e em virtude de sua sabedoria e profunda espiritualidade, foi sagrado
rei dos centauros e recebeu a incumbência de ensinar a todos os jovens
príncipes das famílias reais gregas, os valores espirituais e o respeito às leis
divinas, antes mesmo de serem iniciados nas artes marciais ou
governamentais.
Quíron morreu após receber a visita de Hércules, que acabara de matar a
Hidra de Lerna, ao acidentalmente se ferir com a flecha envenenada com o
sangue venenoso da Hidra.
Arcanos Maiores
Agora nos encontramos com Cronos, o deus antigo cujo nome significa
Tempo. Conta a mitologia que Urano, O Céu e Géia (a terra), se uniram e
produziram a primeira raça, os titãs. Como deus do Tempo, Crono governou
a passagem ordenada das estações, do nascimento e do crescimento, seguido
pela morte, pela gestação e renascimento. Contudo, Crono não conseguia
aceitar a própria lei que havia estabelecido. Quando lhe foi dito que seria
destronado da mesma maneira que havia destronado o pai, começou a
engolir os filhos para preservar o seu reinado. Assim iniciou-se a história de
Zeus.
No nível psicológico, Cronos, o Eremita, é a imagem da quarta e última lição
moral que o Louco deve aprender: a lição do tempo e das limitações da vida
mortal. Nada pode ir além do âmbito da própria vida e nada permanece
inalterado. Essa é uma faceta óbvia e simples da vida, cujo aprendizado nos
causa sofrimentoque a despeito da simplicidade e que só nos chega com a
idade e a experiência.
Cronos é um deus que encarna tanto o sentido do tempo como também se
rebela contra ele. E por isso é destronado e humilhado, devendo aprender
com a solidão e no silêncio da própria dor. A descoberta de que se está
realmente sozinho na vida constitui o dilema que todos os homens precisam
enfrentar.
A aceitação da própria condição é também, e de uma maneira misteriosa, a
separação real dos pais e da infância porque significa o sacrifício da fantasia
de que, em alguma época, alguém, num passe de mágica, transformará a
aridez da existência em aconchego perpétuo. Somente a aceitação dessa
passagem é que poderá trazer as recompensas da Era Dourada de Cronos.
A carta de Cronos, o Eremita, indica um período de solitude, de exílio
voluntário das coisas mundanas, da agitação da vida, de forma a obtermos
paciência e sabedoria.
Esse momento representa a grande oportunidade de erguer e fortalecer a
personalidade se estivermos dispostos a esperar.
Neste momento nos deparamos com as três deusas do Destino, a quem os
gregos chamam de Parcas. As três teciam o fio da vida dos homens na
escuridão da sua gruta e seu trabalho não poderia ser desfeito por nenhum
outro deus, nem mesmo o poderoso Zeus. A partir do momento que o
destino de um homem estivesse tecido, nada mais poderia altera-lo. São
protagonistas da lenda onde a vida era representada por um fio, onde suas
tesouras hábeis o cortavam, ocasionando a morte da pessoa.
Arcanos Maiores
E nesse momento, nos vemos diante do sombrio deus Hades, senhor das
trevas. Hades também era chamado de O Invisível e Plutão. Assim que Zeus
tomou o poder, deu a Hades o reino das trevas como parte de sua herança,
onde era senhor absoluto. Sempre que vinha à superfície, seu elmo o tornava
invisível, para que não pudesse ser visto por nenhum mortal. Suas leis eram
irrevogáveis, uma vez que a alma entrasse para o reino de Hades, nem
mesmo Zeus poderia tirá-la dali.
Arcanos Maiores
Arcanos Maiores
Os Arcanos Menores
Introdução
Cada naipe tem 14 lâminas, sendo que de Ás a 10, encontramos representados aspectos
do dia-a-dia, as preocupações e interesses do homem frente ao mundo moderno. Já as
4 figuras (Rei, Rainha, Cavaleiro e Pajem), apontam para tipos de personalidade ou
para o nível de excelência que adquirimos em cada nível, através das experiências.
O Naipe de Copas
O mito de Eros e Psiquê
Para as cartas numeradas do naipe de Copas, será abordado o mito de Eros e Psiquê, por ser uma
história de amor arquetípica cujo desenrolar compreende a maioria das experiências que encontramos
em nossos próprios relacionamentos.
Psiquê, que em grego significa "alma", foi uma princesa tão bela, que provocou ciúmes
em Afrodite e esta ordenou a Eros, seu filho, o deus do Amor, que se vingasse da pura
beleza da princesa.
Ao mesmo tempo, o oráculo exigiu que o pai de Psiquê amarrasse sua filha a um
rochedo, onde um monstro horrível a tomaria como esposa.
À noite, a princesa recebeu a visita de um ser misterioso, dizendo ser a pessoa que ela
estava destinada a casar-se. Psiquê não via seu rosto, mas seu toque era tão suave, sua
voz tão doce e suas palavras tão carregadas de ternura, que a princesa aceitou. E assim,
todos as noites celebravam o amor e perto do amanhecer, seu marido desaparecia,
obrigando-a a prometer que nunca tentaria ver seu rosto.
A princesa aceitou aquilo, porém suas irmãs, corroídas de inveja, lançaram dúvidas em
seu coração, dizendo que seu marido deveria ser horrível por não querer mostrar o
rosto.
Tanto as moças falaram, que uma noite Psiquê acendeu uma lâmpada à óleo, disposta
a ver o rosto do misterioso homem com quem dormia todas as noites. Ao iluminar seu
rosto, viu ao seu lado, um jovem com a beleza dos deuses, Psiquê ficou tão aturdida
com a beleza do rapaz, que deixou cair a lâmpada, acordando seu marido.
O Naipe de Paus
O mito de Jáson e o Velocino de Ouro
Para as cartas numeradas do naipe de Paus examinaremos o mito de Jáson e o Velocino de Ouro, por
ser arquetipicamente uma história de aventura, triunfo da criatividade e da intuição sobre as limitações
concretas. O desenrolar da história compreende a maioria das situações que encontramos ao nos
empenharmos na expansão de nossa própria criatividade.
Nessa época Pélias realizava festas em homenagem a Poseidon. Jáson que havia
retorndo a Tessália, compareceu à festa. Mas para chegar à cidade atravessou um rio
cuja correnteza levou-le uma das sandálias.
Assistindo às festas Pélias viu passa um estrangeiro estranhamente vestido com peles de
leopardo e calçado com um único pé de sandália. e lembrou-se da predição de um
oráculo que o mandara temer o estrangeiro do pé descalço. Pélias assustou-se ainda
mais quando o jovem veio reclamar o trono que por direito era seu. O rei,
reconhecendo-o, prometeu entregar-lhe o reino caso fosse à Colquida recuperar o
então famoso Velocino de Ouro, que na realidade pertencia ao santuário de Ares em
Iolco.
Após uma longa viagem cheia de aventuras e lendas fantásticas chegaram a Aia, onde
ficava guardado o Velocino de Ouro. Para sua sorte, a filha do rei Aietes, a feiticeira
Medéia se apaixonou por Jáson e o auxiliou a a eliminar o dragão que guardava o
precioso troféu. Aietes tentou impedir a fuga dos Argonautas, contudo eles
conseguiram escapar pois Medéia não hesitou em matar o irmão para impedir que o
pai atrapalhasse a fuga de seu amado. Aietes, completamente transtornado pela dor,
parou a perseguição e os Argonautas puderam escapar.
Na volta, Jáson trouxe Medéia consigo, e após uma viagem novamente cheia de riscos
e incidentes chega a Tessália, onde descobre que Pélias havia assassinado seu pai, na
certeza de que ele jamais retornaria de sua viagem impossível.
Com a ajuda mágica de Medéia Jáson vingou o pai e recuperou seu trono, reinando
sobre a Tessália até o fim de seus dias.
O Naipe de Espadas
O mito de Orestes e a maldição da Casa de Atreu
Para as cartas numeradas do naipe de Espadas, acompanharemos o mito de Orestes e a maldição da Casa
de Atreu, por ser uma história arquetípica dos usos e abusos da mente, dos conflitos, das brigas e
reconciliações. O desenrolar da história compreende a maioria dos conflitos que encontramos sempre
que temos de usar nosso código de ética e nossos princípios.
Sua base é o conflito entre duas forças poderosas, o direito materno e o paterno. Esta
lenda é usada para simbolizar o naipe de espadas, cheio de turbulência, brigas, batalhas
e também a criatividade. Este naipe irá lidar com a mente humana em sua forma mais
potente: a capacidade de criar o bem e o mal de acordo com a força da crença de cada
um, de suas convicções e de seus princípios.
A lenda começa com o crime de Tântalo, rei da Lídia, rico e poderoso, que gozava de
tanto prestígio que era às vezes admitido à mesa dos deuses. Em consequência, tornou-
se tão arrogante que em seus desvarios até zombava dos deuses. Certa vez, Tântalo
ofereceu-lhes um jantar no qual ofereceu pedaços de seu próprio filho, como iguaria
exótica. Por esse ato selvagem,
os deuses amaldiçoaram toda sua estirpe.
O oráculo da deusa, informou à Agamenon que ele deveria pedir perdão e oferecer
sua própria filha Ifigênia em sacrifício, para que a deusa ordenasse o fim da
tempestade.
Para Agamenon o sucesso e a glória, eram muito mais importantes que a filha.
Decidido, enganou a esposa Clitemnestra ao anunciar que Ifigênia se casaria com Áulis.
A moça foi então assassinada. Quando sua esposa descobriu o crime, Agamenon já
havia partido para Tróia. O exército grego venceu e Agamenon voltou como herói.
Clitemnestra tramou a morte de Agamenon e enviou seu filho Orestes para a Fócida de
forma que ele não soubesse do seu plano e também não pudesse vingar a morte do
pai.
Porém o deus Apolo apareceu diante de Orestes na Fócida e exigiu que Orestes se
vingasse da morte do pai. Orestes protestou, horrorizado, pois isso significaria ter que
matar a própria mãe. Apolo ameaçou-o com terríveis castigos, até mesmo com a
loucura caso se recussasse a cumprir suas determinações. Com o coração amargurado
Orestes cedeu e concordou em matar a mãe, embora isso o condenasse à loucura e à às
ameaças de morte pelas Fúrias, para as quais o assassinato da mãe era o pior dos
crimes, segundo sua lei matriarcal. Desse modo, Orestes aceitou seu destino e
empreendeu sua viagem de volta a Argos.
Ao completar sua vingança, tendo assimobedecido a Apolo, Orestes julgou estar livre,
mas não escapou da maldição das Fúrias, que assombraram-no tanto que o puseram
louco, com pesadelos medonhos e visões tenebrosas.
Atena convocou um tribunal composto por 12 juízes humanos para julgar o caso. Seis
deles votaram em favor de Apolo, concordando que o pai era a coisa mais importante
na vida. Os outros seis, ficaram do lado das Fúrias, determinando que a mãe era mais
importante.
Atena teve que interferir e deu seu voto a favor de Orestes, exatamente no momento
em que o rapaz estava para morrer. A deusa, então, fez as pazes com as Fúrias
oferecendo-lhes um santuário próprio e adoração por parte de todos. Assim, Orestes
foi libertado da antiga maldição da Casa de Atreu.
O Naipe de Ouros
O mito de Dédalo
Para as cartas numeradas do naipe de Ouros, vamos investigar o mito de Dédalo, por ser uma história
arquetípica sobre o destino do espírito encarnado no homem imperfeito. Seu desenrolar abrange o
desenvolvimento das aptidões e das habilidades do indivíduo no mundo das formas.
Dédalo pertencia à família real ateniense e ainda jovem tornou-se famoso por sua
ingenuidade e destreza. A fama, todavia, foi destruída pela sua própria ambição e falta
de caráter. Sentindo-se ameaçado pelo talento de um sobrinho de apenas 12 anos,
Dédalo, tomado de inveja, matou-o atirando-o do telhado do templo de Atena.
A essa mesma época a desgraça caiu sobre a cabeça de Minos, que ofende Poseidon ao
recusar-se a sacrificar um touro branco no altar do deus. Ofendido, Poseidon
amaldiçoou o rei fazendo com que sua mulher, Pasifae, se apaixonasse pelo touro. Esta,
dominada pela compulsão, suplicou a Dédalo que fabricasse às escondidas uma vaca de
madeira para que ela pudesse consumar sua paixão pelo animal.
Quando Teseu chegou a Creta para exterminar o Minotauro, Ariadne, filha de Minos
apaixonou-se por ele e recorreu a Dédalo para que Teseu pudesse entrar e sair do
Labirinto em segurança. Outra vez Dédalo traiu seu patrão, entregando a Ariadne um
novelo de fio de ouro, em cuja ponta a moça ficou segurando enquanto o jovem herói
entrou nos escuros corredores para matar o monstro e sair a salvo, granças à proteção
do brilho do fio dourado.
Tipos de Leituras
As cartas do Tarot não podem prever um futuro fixo e determinado. Elas
compõem uma série de imagens que descrevem o momento do indíviduo que
as está consultando.
A Cruz Céltica
A Mandala
O Jogo do Tabuleiro
Cruz Céltica
Existem vários métodos de leitura de tarô, podendo cada pessoa
desenvolver seu próprio método.
Posição Três ( Justiça ) - Carta de Cabeça - descreve o clima que paira sobre
o presente imediato do consulente. Reflete o que está na superfície e
imediatamente aparente na vida do consulente.
Posição Dez ( Força ) - Resultado Final - A palavra "final" pode ser mal
interpretada aqui, pois nada é absolutamente final. Assim, a carta que
aparece nessa posição não serve para descrever uma situação permanente
ou definitiva, mas a conseqüencia natural da situação que o indivíduo
atravessa no momento. Esse resultado final abrange, no máximo, um
período de seis meses.
Mandala
10 - Status
em relação
ao
mundo/Hon
ra
Capricórnio
Pai
11 - 9 - Religião/
Futuro/ Dese Viagens
jos e Longas
Esperanças /Projetos
Consciência Aspiração
Social
Sagitário /3º
Aquário filho
8-
12 - Sexualidade
Obstáculos Perdas
Inconsciente
Regeneração
(Karma)
Escorpião
Peixes
7 - O Outro
1 - O EU
Cooperação
Identidade
Libra
Áries
2º filho
6-
Rotina/Saúd
0- e/
2 - Dinheiro
Tema: Ener
gia
Valores Trabalho
Dominante
Touro Dever
Virgem
3 - Ambiente
de Casa 5 - Diversão
Comunicaçã Leão
o
Criatividade
Percepção
1º filho
Gêmeos
4 - Base
Emocional
Segurança
Mãe
Câncer
Casa 1 – ÁRIES: representa o "eu" diante do tema central; como a pessoa está; a personalidade,
a aparência.
Casa 2 – TOURO: representa o " dinheiro do trabalho "; até a capacidade de ganhar o dinheiro;
bens materiais através do trabalho.
Casa 3 – GÊMEOS: representa pequenas viagens; comunicações; ambiente de casa (pessoas que
fazem parte do "cotidiano" da pessoa, irmãos / irmãs , ( até empregada). Obs: tios / tias são
representados a partir da casa da mãe 04(quatro).
Casa 4 – CÂNCER: lar, ambiente de casa; base emocional; bens de família; imóveis; (a mãe).
Casa 7 – LIBRA: casamento, associações; " o outro "; inimigos declarados; (2º filho).
Casa 11 – AQUÁRIO: amigos; futuro; desejos e esperanças; futebol; todas as atividades que são
coletivas.
O Jogo do Tabuleiro
0
O Louco
Casa da Vibração
da Alma
Energia de
Liberação
1
3
2 4 5 6
7
O Mago A Sacerdotiza O Imperador O Hierofante Enamorados
A Imperatriz O Carro
Casa da Ação Casa da Casa do Poder de Casa da Ética, Casa das Decisões e
Casa dos Casa das Conquistas,
Cotidiana Intuição Realização Moral e Dever Escolhas
Valores da Vitória
Iniciativas Livre Arbítrio
Energia em Energia Energia
Energia de Energia de Alcance
Energia Pura Repouso desenvolvimento Estabilizadora Verbalizadora Energia Dispersiva
Desinteressada
14
8 9 11 13
10 12 A Temperança
A Justiça O Eremita A Força A Morte
A Roda da Fortuna O Enforcado
Casa da Ação do
Casa da Ação e Casa do Auto- - Casa do Controle Casa da
Casa da Sorte Casa do Sacro Tempo
Reação Conhecimento das Ações Novidade
Ofício, da Equilíbrio
Instintivas
Energia de
Energia de Energia de Energia de
Movimento Energia de Doação Energia de
Ajustamento Recolhimento Energia de Esforço Transformação
Eternidade
15 16 17 19 21
18 20
O Diabo A Torre A Estrela O Sol O Mundo
A Lua O Julgamento
O segundo septenário mostra casas quase que independentes entre si. Aqui
encontramos a dinâmica do mundo emocional, ao qual estamos sujeitos
devido à nossa própria natureza. Cada casa revela uma faceta desse
mundo.
A CASA DA JUSTIÇA lembra a máxima "Aqui se faz aqui se paga" . Isso nos
desperta a atenção para as conseqüências de nossas atitudes reveladas no
MAGO acima. ESta casa mostra como está a nossa PERCEPÇÃO DA LEI DA
CAUSA E DO EFEITO.
A CASA DA LUA tem uma mulher com três rostos. É a fantasia que causa
medo, ilusão, romance ou mistério. É a casa que mostra onde nos
ILUDIMOS.