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Texto Didático
2009
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 02
2. PROCEDIMENTOS BÁSICOS............................................................................. 03
3. PROCEDIMENTO DE INTERPOLAÇÃO.......................................................... 05
7. REFERÊNCIAS....................................................................................................... 19
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1. INTRODUÇÃO
Para um melhor resultado, antes de qualquer coisa usuário deve conhecer o tema a ser
pesquisado, pois obter um mapa com forte efeito estético é fácil usando estes recursos, porém,
o mais importante é poder verificar o significado do resultado obtido para que o mapa,
entendido como modelo, possa ser útil para a explicação e mesmo para a previsão.
Neste item são abordados alguns aspectos da confecção de mapas de variáveis usualmente
trabalhadas em ciência do solo. Para a elaboração dos mapas é apresentado o software
SURFER® (Golden Software, Inc.), que permite uma rápida visualização do comportamento
espacial da variável sob estudo.
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2. PROCEDIMENTOS BÁSICOS
A janela inicial do software (Figura 2) corresponde à tela de construção dos mapas, chamada
de Plot Document, a qual deve ser utilizada sempre que a interpolação já tenha sido realizada
ou quando se deseja editar um mapa já confeccionado.
Como o objetivo desse material é, didaticamente, facilitar o entendimento dos usuários quanto
à utilização das funções disponíveis do software, serão demonstrados procedimentos para
interpolação simples e também a utilização de mapas já interpolados.
Após a seleção, será aberta uma folha de trabalho semelhante a uma planilha do Microsoft
Excel® (Figura 4), o que facilita a relação entre o usuário e o software, bem como a sua
utilização.
Para alimentar a tabela, basta digitar os dados a serem trabalhados, ou simplesmente colá-los
na tabela, desde que já tenham sido digitados e estejam disponíveis para esse procedimento.
Vale ressaltar que é necessário que os dados possuam corrdenadas x e y, sejam elas
geográficas, topográficas ou mesmo coordenadas locais.
Neste caso específicos, será utilizado uma sequência de dados de uma malha irregular que
contém além das coordenadas geográficas, possui valores das cotas do terreno, bem como
valores para as frações granulométricas do solo na profundidade de 0 – 0,20m.
A escolha dessa sequência de dados baseou-se no fato desta permitir explorar de forma
significativa, diversas funções do software, as quais serão detalhadas no decorrer deste
material.
3. PROCEDIMENTO DE INTERPOLAÇÃO
Após colar os dados na tabela de trabalho do SURFER® 8.0, salvou-se a planilha (Figura 5),
selecionando a extensão .dat, que é a extensão de trabalho do software e consiste naquela que
permitirá as interpolações subseqüentes.
Na janela de opções de exportação de dados (GSI Data Export Options) que se abrirá,
seleciona-se a opção Tab, relativo a tabela, clicando-se em seguida em OK, conforme Figura
6.
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Realizados esses procedimentos, passa-se à janela de construção dos mapas para proceder as
interpolações. Para isso, basta selecionar o opção novo, clicando sobre Plot Documet.
Já na janela de construção dos mapas, navegue até a barra de ferramentas, clicando sobre
função Grid, e selecionando a opção Data (Figura 7).
Selecione o arquivo .dat criado anteriormente e abra-o utilizando a função básica de abertura
de arquivos oferecida pelo software (Figura 8).
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Na opção dados de grade (Grid Data) que se abrirá (Figura 9), selecione as colunas que deseja
interpolar, sempre se lembrando que para tal o software necessita das coordenadas dos pontos
amostrais para a geração do mapa.
Nessa janela ele oferece a opção de selecionar quais colunas da tabela de trabalho serão
utilizadas, especificando qual corresponde à coordenada X, Y e a variável Z. Além disse é
possível selecionar o método de interpolação a ser utilizado, bem como o nome é o diretório
onde será salvo o novo arquivo a ser criado pela interpolação. Vale ressaltar que esse arquivo
criado terá a extensão .grd, específica de trabalho do SURFER®.
Como o objetivo desse texto é mostrar a construção de mapas oriundos de interpolação por
krigagem e essa deve ser realizada com base em modelos e parâmetros de variogramas
geoestatísticos, não será efetuada a interpolação pelo SURFER®, uma vez que a análise
geoestatística (opção também oferecida pelo software) não será o objetivo desse texto. Para
tal serão utilizados arquivos já interpolados dos respectivos dados utilizando o GS+.
Para abrir do arquivo .grd criado após interpolação, na janela de plotagem do SURFER®, na
barra de ferramentas, clica-se sobre Map, selecionando a opção Countor Map, New Countor
Map, navegando até o diretório onde se encontra o arquivo, conforme Figura 10.
Ao abrir o arquivo, ele virá apenas com as linhas referentes às diferenças de escala do atributo
(Figura 11).
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Para editar o mapa, basta dar dois cliques sobre o mesmo. Esse procedimento fará com que se
abra uma janela de edição (Figura 12), onde é possível inserir uma escala de cores além da
legenda do mapa. Nessa janela de edição é possível determinar o intervalo que aparecerá na
escala, bem como o número de cores que o mapa apresentará.
A B
Figura 12. Inserção de legenda e cores no mapa (A) e alterações no intervalo da escala e
número de cores do mapa (B).
Ainda é possível alterar a posição de exibição das coordenadas X e Y, bem como sua fonte e
tamanho da mesma. Para tal, basta clicar duas vezes sobre os eixos X e Y, abrindo-se a janela
de edição respectiva, conforme Figura 14.
Após a edição das coordenadas o mapa resultante ficará conforme Figura 15. Note que as
coordenadas estavam na posição perpendicular ao eixo Y e passaram para a posição paralela,
o que permite reduzir o espaço ocupado pelo mapa quando inserido em um documento
textual.
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Por se tratar de uma grade irregular, é necessário que o mapa da Figura 15 seja recordando de
forma a exibir apenas os limites correspondes à área mapeada, desconsiderando desse forma
as extrapolações realizadas durante os procedimentos de construção do mapa.
Para isso é necessário ter total conhecimento dos limites da área, para se construir a máscara
usada como recorte. Sugere-se criar um mapa de pontos que caracterize bem tais limites. Esse
mapa de pontos deve ser sobreposto ao mapa de contornos para evidenciar os limites e
proceder o mapeamento de forma mais coerente.
Para criar um mapa de pontos, basta clicar cobre a função Map na barra de feramentas da
janela de plotagem do SURFER® 8.0, selecionando a função Post Map, New Post Map,
conforme mostra a Figura 16.
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Em seguida, navega-se até o diretório onde se encontra o arquivo .dat criado anteriormente,
selecionando-o e abrindo-o. Será criado um mapa correspondente ao número e posição dos
pontos amostrais da área em estudo (Figura 17).
Para sobrepor os mapas (pontos e contorno), basta selecionar os dois através da função
Ctrl+A, ou clicando-se com o botão direito do mouse e selecionando a posição Sellect All.
Após a seleção, clica-se em Map, na barra de ferramentas, selecionando a função Overlay
Maps (Figura 18).
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Após a execução desse procedimento os mapas formarão uma única figura (Figura 19) que
pode ser dissolvida nas duas figuras anteriores sempre que for do interesse do usuário.
Agora é possível iniciar a digitalização para confecção da máscara. Vale lembrar que essa
digitalização poderia ter sido realizada apenas através de um dos dois mapas originais, no
entanto para obter um melhor resultado na construção dos limites é pertinente realizar tão
procedimento de sobreposição.
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Na barra de ferramentas, selecione a função Map, Digitize (Figura 20), para iniciar a
digitalização, a qual consiste no levantamento das coordenadas dos pontos de interesse
através do próprio mapa.
Início
Figura 22. Sentido da digitalização para formar o contorno da área (é necessário encerrar a
digitalização próximo de onde ela foi iniciada).
Note que durante a digitalização uma janela fica aberta, geralmente no canto superior
esquerdo da janela, onde vão aparecendo as coordenadas X e Y dos pontos digitalizados.
Após o término da digitalização, salve essas coordenadas clicando sobre a opção File, Save
As na barra de ferramentas dessa janela de digitalização. Nomeie o arquivo, selecione o
diretório onde o mesmo será salvo e o salve com as extensão .bln, conforme demonstrado na
Figura 23.
Após realizar todos os procedimentos descritos acima, salve o mapa que está sendo exibido na
janela de plotagem para eventuais necessidades. Após salvar, abra uma nova janela de
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plotagem para proceder o blanqueamento do mapa, ou seja, para fazer o recorte da figura
deixando em evidência apenas a área de interesse.
Para tal, clique sobre a opção Grid na barra de ferramentas da janela de plotagem e em
seguida selecione a opção Blank (Figura 24).
Figura 24. Opção para promover o recorte do mapa utilizando a máscara criada.
Após clicar sobre a opção Blank, abrirá uma janela comum de abertura de arquivos,
solicitando que seja aberto o arquivo .grd de interesse (Figura 25). Navegue até o diretório do
arquivo e proceda a sua abertura.
Após clicar em abrir, uma nova janela de abertura comum aparecerá (Figura 26), solicitando
que seja aberto o arquivo .bln criado. Esse arquivo .bln é a mascara que será utilizada para
recortar o mapa original.
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Figura 26. Abrindo o arquivo .bln – máscara para recortar o mapa original.
Após abrir a máscara (arquivo .bln), se abrirá uma janela de salvamento comum (Figura 27),
onde será escolhido o nome do novo arquivo .grd já excluído as partes indesejadas, bem como
o diretório onde este será salvo.
Para abrir o mapa basta seguir os procedimentos de abertura de um arquivo .grd especificados
anteriormente: Map, Countor Map, New Countor Map. O mapa final que se abrirá já
apresenta a exclusão das regiões que não são de interesse (Figura 29).
Agora esse mapa pode ser editado e utilizado da forma que o usuário julgar mais pertinente.
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Fazendo uso dos mesmos dados utilizados para gerar a tabela .dat criada no início desse
tutorial, criou-se um modelo digital de elevação (MDE) ou modelo digital do terreno (MDT).
Para criar tal mapa, basta navegar até a barra de ferramentas da janela de plotagem e clicar
sobre a opção Grid, Data abrindo-se a janela de interpolações. Nos campos para seleção das
colunas envolvidas na interpolação (ver Figura 9) utilize no campo correspondente ao X os
valores da coordenada x, no campo correspondente ao Y os valores da coordenada y e no
campo corresponde ao Z os valores das cotas ou altitudes. Assim é possível gerar um mapa
que evidencie o contorno do terreno quando visualizado em uma projeção tridimensional.
Ao efetuar a interpolação será gerada uma estatística da interpolação, a qual pode ser
descartada passando para a construção do MDE.
Clicando sobre está se abrirá uma janela de abertura comum de arquivos na qual deverá ser
selecionado o arquivo criado através da interpolação dos valores de x, y e z (cotas) para a área
em estudo.
O mapa que será formado trata-se do MDE. A partir da criação desse mapa podem ser feitas
apresentações de demais atributos através da sobreposição entre mapas (contornos e MDE).
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Para sobrepor um mapa de atributos em um modelo digital de elevação basta habilitar o mapa
de contornos através da função Map, Countor Map, New Countor Map, conforme descrito
anteriormente.
Nesse exemplo será aproveitado para sobreposição com o MDE o mapa resultante da
aplicação da ferramenta Blank, onde foi excluído as áreas que não correspondiam a porção
mapeada da área. Para tal habilitou-se o referido mapa e em seguida procedeu-se a operação
de sobreposição (Figura 31).
Para proceder a sobreposição basta selecionar os dois mapas utilizando Ctrl+A ou clicando
com o botão direito do mouse e selecionando a função Sellect All. Após a seleção navegue
com o cursor do mouse até a barra de ferramentas clicando sobre a função Map, selecionando
a opção Overlay Maps. Os mapas serão sobrepospos (Figura 32) e estão prontos para serem
devidamente editados de acordo com as necessidades do usuário.
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As edições no mapa devem ser feitas principalmente nos eixos X, Y e Z, mudando a posição
dos mesmos para facilitar sua visualização e também as fontes e tamanho das letras.
7. REFERÊNCIAS
LANDIN, P.M.B.; STURARO, J.R.; MONTEIRO, R.C. Krigagem ordinária para situações
com tendência regionalizada. Departamento de Geologia Aplicada – IGCE/UNESP –
Laboratório de Geomatemática – Texto Didático 07, 2002.