Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Jailson Santos
VOLTE SEMPRE QUE PRECISAR
Nossa home fica aberta 24h!
Conectese
MAIS LIDOS
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 1/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Analise do Livro “Memórias de um Sargento Estudos PowerPoint Discurso de Formatura JMC Colossense
de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida.
JAILSON SANTOS
BLOG
Jailson Santos
Contato: rev.jailsonsantos@gmail.com
SEGUIDORES
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 2/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
A SUPREMACIA DE CRISTO: Participar deste site
Cristo encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a esfera na qual Google Friend Connect
INTRODUÇÃO
O presente estudo exegético visa estudar o texto de Colossenses 1. 15 – 20, a partir de
uma análise históricogramaticalteológica, com o objetivo de entender e extrair o sentido
original proposto pelo autor. Para isso, procurarseá entender contexto dos seus leitores
originais, a fim de perceber os fatores que influenciaram a igreja de Colossos a trocar o
verdadeiro Evangelho por outro totalmente antagônico ao de Cristo. Partese do pressuposto
que um dos propósitos de Paulo é combater os hereses de Colossos, os quais não negavam a FORMULÁRIO DE CONTATO
Cristo, mas não lhe davam lugar supremo. Para isso, ele mostra na perícope aqui analisada
que: o Cristo encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a Nome
esfera na qual tudo subsite e o agente de Deus para trazer o cosmo em harmonia através da
reconciliação
Uma leitura atenta desta passagem nos conduz ainda para algumas questões, tais E-mail *
como: Qual é pano de fundo desta passagem? O que é a conhecida no meio acadêmico como
“heresia de Colossos”? O texto aqui estudado é um hino? Se o é, ele foi escrito pelo
Mensagem *
Apóstolo? Quais são as possíveis estruturas para este texto? Além disso, será buscado o
significado do termo πρωτότοκος (primogênito) que aparece tanto no verso 15 como no 18, a
fim de responder a seguinte questão: Apontaria ele para Jesus como o primeiro a ser criado?
Estas serão importantes perguntas a serem respondidas, mesmo de forma breve, no presente
trabalho.
Enviar
Para uma maior compreensão, procurarseá estudar o texto em sua língua original, a
fim de buscar uma tradução literal do mesmo, tentando respeitar ao máximo o sentido das
palavras. Também, será apresentada a mensagem do texto, para época da escrita, e a partir
dela, perceber o significado para todas as épocas. Darseá atenção ainda aos aspectos
teológicos e pastorais da passagem. De semelhante modo, será apresentado um esboço de PESQUISE OUTROS ASSUNTOS
sermão para uma possível pregação, já que o objetivo final deste trabalho é a pregação e
aplicação das verdades estudadas ao contexto atual da igreja. Todavia, por considerar à Pesquisar
profundidade dos aspectos exegéticos e teológicos da presente perícope, várias questões
permanecerão em aberto para futuras discussões e análises.
RECEBA ATUALIZAÇÕES EM SEU E-
MAIL
1. CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
Cadastre seu e-mail para receber
Para entender o texto de Colossenses 1. 15 – 20 fazse necessário determinar o autor atualizações
da carta, a data, o remetente e o ambiente religioso, histórico, cultural e social no qual a igreja
Email address...
se encontrava. Por esse motivo, se observará alguns aspectos que laçam luz ao mesmo.
Submit
1.1. AUTORIA
Segundo Daniel B. Wallace, a maioria dos estudiosos NT aceita a autenticidade de
Colossenses e considera a carta como sendo paulina.[1] Até o século XX parece que ninguém TWITTER
havia questionado seriamente a autoria paulina. No passado apenas uma minoria de
estudiosos levantou dúvidas sobre este assunto (como por exemplo: T. Mayerhoff (1838) e F.
C. Baur (1845) e a escola de Tübingen).[2] Entretanto, segundo Carson, “no século XX, no
período entre guerras, Bultmann e outros começaram a falar de Colossenses como um escrito
“deuteropaulino”, e essa tendência tem crescido desde 1945”. Todavia, há evidências
externas e internas que apontam para uma autoria paulina. Vejamonas mesmo que
resumidamente.
Wallace, apontando as evidências externas diz que Inácio faz várias menções de Paulo
como autor de colossenses. Policarpo e Barnabé também parecem fazer mesma
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 3/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
alusão. Alusões de outros pais (tais como Irineu, Clemente de Alexandria e Orígenes) da
Tweets Follow
igreja são mais fortes ainda, pois chamam colossenses explicitamente de “a carta de
Paulo”. [3] Jailson Santos 19 Sep 13
S. Lewis Johnson categoricamente assevera que não há evidência histórica de que a @jailsonsantos
Mackenzie Voluntário:
autoria paulina de Colossenses tenha sido suspeita na igreja primitiva. Segundo ele, Marcion UMP e UPA ensinando
(d.C. 150) reconheceu a epístola como uma carta autêntica de Paulo. Irineu ( d.C. 190) foi o para a vida
conexaojuventude.com/2013/09/macken
primeiro a usar a carta definitivamente. Além disso, não há nenhuma evidência textual que via @mocidadedasexta
esta carta circulou com o nome de qualquer outra pessoa. Se por um lado as evidências
disponíveis são um tanto escassa, o que possuímos argumenta a favor da autenticidade da
Jailson Santos 22 May 13
escrita.[4] Como corretamente assevera C. Vaughan, o testemunho externo da autoria Paulina
@jailsonsantos
é tão antigo e consistente que se deve evitar quaisquer dúvidas sobre sua autenticidade. [5] João Calvino 500 anos:
1.1.2. EVIDÊNCIAS INTERNAS. introdução ao seu
pensamento e obra. ~
Jailson Santos
As grandes dificuldades no que se refere à autoria paulina reside nas evidências jailsonipb.blogspot.com/2013/05/joao‐c
internas. Nos séculos XIX e XX, como dito supra, o consenso em torno da autoria paulina
começou a ser questionado, por vários motivos. Aqui por questão de tempo e espaço Tweet to @jailsonsantos
destacaremos apenas três: o vocabulário, a teologia e o relacionamento com Efésios.
1.1.2.1. VOCABULÁRIO
Os opositores da autoria paulina alegam que Colossenses traz um estilo diferente, e ASSUNTOS
um acervo de vocabulários (principalmente hapax legomena, isto é palavras às quais só
ocorrem uma vez) diferentes dos que são vistos nos livros indiscutivelmente paulinos. A igreja e a cultura
Todavia, como corretamente nos lembra D. A. Carson, “isso não constitui um argumento Aconselhamento
forte contra a autenticidade da epístola, pois o mesmo ocorre em todas as cartas de Paulo”.[6] Analise Crítica
Harrison demonstrou que nesse aspecto colossenses enquadrase bem dentro da média usual
Autor
de Paulo.[7] Além disso, Barclay obseva bem que “não podemos exigir que alguém escreva
biografias
sempre da mesma maneira e com o mesmo vocabulário. Em Colossenses bem podemos
pensar que Paulo tinha coisas novas que dizer e encontrou novos modos das expressar”.[8] Bíblia
Finalmente, Thompson tem razão ao sublinhar que, Chat
A ocorrência de novas palavras e frases pode ser um guia muito inseguro para conhecimento
decidir se uma obra é escrita por um autor particular [...] A gama de vocabulário de
cosmovisão
um escritor também pode ser estendido por sua experiência própria de ampliação, e
Cultura Geral
novas palavras podem ser levados para uso em novas situações.[9]
Cutura geral
século e não do primeiro. Assim, se for conectada a heresia colossenses com o gnosticismo, missões
então a Carta é necessariamente posterior a Paulo.[11] Entretanto, podemos concordar com Power Point
Barclay quando afirma que apesar do gnosticismo ser uma filosofia de formulação posterior, Pregação
seu embrião já se fizera presente anteriormente. Suas palavras são:
Psicologia
É verdade que os grandes sistemas gnósticos escritos são posteriores. Mas a ideia
pós-modernidade
de dois mundos, a ideia da matéria má e de que o corpo é uma tumba e que a carne
é mala já se encontravam profundamente impregnadas tanto no pensamento judeu Radio Blog.
como no grego. Nada há em Colossenses que não possa ser explicado por Resenhas
tendências gnósticas existentes durante muito tempo no pensamento antigo ainda sermão
que sua sistematização tenha vindo obviamente mais tarde.[12]
Sermão escrito
Teologia
1.1.2.3 - RELACIONAMENTO COM EFÉSIOS E FILEMON.
teologia contemporânea
É incontestável que Efésios e Colossenses estão intimamente relacionados entre si. Universidade
Por essa razão, alguns estudiosos sustentam que “uma única pessoa jamais elaboraria dois Vídeos
escritos tão semelhantes: as semelhanças significariam que o autor de uma dessas cartas
escreveu imitando o outro”.[13] Entretanto, segundo D. A. Carson, este argumento (que,
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 4/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
digase de passagem, é subjetivo) é contestável, pois: SERMÕES
A melhor maneira de entender as duas epístolas é como expressões de um só
escritor, que repete alguns ou quase alguns dos mesmos pensamentos em duas
ocasiões não muito distantes uma da outra. De qualquer forma, é estranho o
argumento de que não devemos aceitar um escrito como paulino devido a suas
semelhanças com outro escrito da obra paulina.
Em suma, as semelhanças e as ligações com a carta aos Efésios não sugerem
dependência de um sobre o outro, mas sim, que o mesmo autor escreveu para dois grupos
diferentes em condições semelhantes.
Além disso, as fortes ligações com Filemon (que é uma carta paulina indiscutível)
confirmam a autenticidade de colossenses. Wallace, citando Guthrie, resume as relações entre
ambas às cartas, sublinhado os seguintes aspectos:
1) Ambos contêm o nome de Timóteo com o de Paulo na saudação de abertura (Cl
1.01 ; Fm. 1 ). 2) Saudações são enviados em ambas as cartas de Aristarco, Marcos,
Epafras, Lucas e Demas, os quais estavam com Paulo na época (Cl. 4.1014 ; Fm.
2324 ). 3) Em Filemom 2 Arquipo é chamado de “companheiro de armas”, e
em colossenses 4.17 ele é direcionado para cumprir seu ministério. 4) Onésimo, o
escravo sobre quem a carta a Filemom é escrita, é mencionado em colossenses
4.9 como sendo enviado com Tíquico e é descrito como “um de vós”.
Em suma, não há nenhuma razão justificável para duvidar da autenticidade de
Colossenses. Justamente por isso, a maioria dos estudiosos NT aceita a autoria paulina como
verdadeira
A igreja em Colossos não foi fundada por Paulo (2:1), mas sim por Epafras, que
parece ter sido enviado pelo próprio Paulo (1:7). Vários anos depois de a igreja ter sido
estabelecida, por volta do ano 6162, Epafras viajou à Roma para visita Paulo durante sua
prisão domiciliar em Roma. Epafras trouxe algumas boas notícias sobre o estabelecimento da
igreja em Colossos (1:4, 8; 2:5), entretanto, parece que seu objetivo principal com a visita, foi
buscar ajuda a fim de combater os falsos ensinamentos que estavam adentrando a igreja. Foi
com o propósito de instruir os colossenses e combater estes falsos ensinos que Paulo escreveu
a carta aos irmãos da cidade de Colossos e do vale do rio Lico.[14] POSTS POPULARES
1.3. A CIDADE DE COLOSSOS.
MÉTODOS CIENTÍFICOS
Segundo William Hendriksen, não é possível saber com exatidão quando foi fundada MÉTODOS CIENTÍFICOS Resumo
feito a partir de: LAKATOS , Eva
a cidade de Colossos. Sabese que no tempo de Xerxes essa cidade já era uma comunidade
Maria ; MARCONI , Marina de
importante. Heródoto, considerado o pai da História, por volta do ano 480 a.C., a descreve Andrade. Metodologia cient...
como uma grande cidade.[15]
Exegese de Atos dos
A cidade de Colossos ficava ao leste do porto de Éfeso, a cerca de 10 quilômetros de
Apóstolos - 6. 1-7.
Laodicéia e 13 quilômetros de Hierápolis, no rio Lico (cf. 2:1, 4:13). Ela foi importante no
Exegese de Atos dos Apóstolos - 6. 1-
século V a.C.. Neste período, a cidade de Colossos estava situada em uma importante rota de 7. Por Jailson Santos Sumário
comércio entre Éfeso e o Oriente antigo. Entretanto, com o passar do tempo, devido à INTRODUÇÃO .. 2 Estudo Contextual 3 Contexto
Hi...
mudança no sistema de estradas, Colossos foi perdendo sua importância diante do
crescimento de Laodicéia e Hierápolis (Col.4.13), as quais se tornaram grandes centros
Analise do Livro “Memórias
comerciais.[16] de um Sargento de Milícias”,
Além disso, um forte e enorme terremoto da época do imperador romano Nero, por de Manuel Antônio de
volta de 60 d.C., deixou em ruínas as cidades de Colossos, Laodicéia e Hierápolis. Enquanto Almeida.
as duas últimas cidades foram reconstruídas, Colossos, por sua vez, não se recuperou mais Analise do Livro “Memórias de um Sargento de
Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida. DADOS
dessa catástrofe. Aos poucos, ela foi desaparecendo da história.[17] No começo da era cristã, BIOGRÁFICOS DO AUTOR. 1831 – No dia 17 de...
a cidade de Colossos era descrita como uma cidade pequena, assim como era provavelmente
a igreja. Quando Paulo escreveu esta carta, a importância comercial e social de Colossos já Estudos PowerPoint
estava em declínio. Atualmente o local onde ficava a cidade de Colossos não é habitado.[18] Curso PowerPoint - Jailson Santos
View more presentations or Upload
A população da cidade de Colossos era composta de vários povos, entre estes se your own. Educação Cristã em 3D
destacam os nativos da Frígia, colonizadores gregos e judeus.[19] É digno de nota, que a (Sa...
região vale do rio Lico foi densamente povoada pelos judeus. Cerca de duas mil famílias
Discurso de Formatura JMC
judias haviam sido deportadas da Babilônia e Mesopotâmia para essa região, por decreto de
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 5/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Antíoco, o Grande, no século quarto a.C. Esses judeus floresceram financeiramente nessa Meus colegas me concederam a
honra de representá-los na
região e cresceram em número.[20] William Barclay diz que nesse tempo deviam existir formatura do curso de bacharelado
cerca de cinquenta mil judeus nessa região.[21] em teologia do S eminário Teológico
no vale do Lico, elementos internos da epístola de Colossos sugerem que os membros da
Colossenses 1. 15-20 -
igreja foram principalmente gentílicos. Segundo ele, as seguintes evidências apontam para Estudo exegético
isso: (1) As passagens 1:12, 21, 24, 27. (2) Existe uma escassez de alusões Antigo A SUPREMACIA DE CRISTO: Cristo
Testamento. (3) Vícios que eram distintamente gentios são mencionados em 3:57. (4) Não encarnado é supremo sobre todas
as coisas, pois Ele é o criador universo, a...
há quase nenhuma referência para a reconciliação de judeus e gentios, que é encontrada em
Efésios (cartas “gêmeas”), embora se possa comparar 3:11 e 04:11.[22] RESENHA CRÍTICA
O fato é que a cidade de Colossos, devido a grande mistura étnica, era uma cidade INFORMATIVA
cosmopolita, na qual diversos elementos culturais e religiosos se encontravam e se LIDÓRIO, Ronaldo. Antropologia
misturavam. Esse é um ponto importante, tanto para o entendimento daquilo que no meio missionária. São Paulo: Instituto
Antropos, 2008. 287p. Mineiro, da cidade de
acadêmico é conhecida como “heresia de colossos”, como para compreensão da carta como Nanuque, Lidó...
um todo.
1.4. A IGREJA DE COLOSSOS Estudo Exegético - Salmo 96
INTRODUÇÃO A Soberania de Deus é
um dos principais pontos da teologia
Para o melhor entendimento do texto aqui analisado se faz necessário conhecer,
reformada. Esta verdade é
também, a igreja de Colossos, bem como a heresia que a ameaçava. O Evangelho foi encontrada em varias partes d...
introduzido em Colossos, provavelmente, durante o ministério de Paulo em Éfeso (At. 19.
10). A igreja foi possivelmente fundada por um dos colossenses, chamado Epafras (1.7, Síntese - Instrumentos nas mãos do
desenvolvimento da heresia dentro dela (1.8). A epístola aos colossenses foi enviada por
Análise: Crítica da razão pura - Kant
“Tíquico, irmão amado, fiel ministro e conservo no Senhor” (4.7).
QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR Immanuel
No que se refere aos ensinos falsos, uma das dificuldades na tentativa de conhecêlos
Kant foi filósofo alemão que nasceu viveu e morreu
a fundo, reside no fato que só temos a resposta de Paulo a eles. Ou seja, não temos um em Konisberg, uma cidade da Prússia Orien...
registro do relatório de Epafras sobre o que ensinavam os falsos mestres. Por isso, o que era e
o que ensinava a “heresia dos Colossos” é ainda fruto de grande debate na academia.
Entretanto uma análise, com um pouco mais de atenção do capítulo dois, lança luz sobre este
assunto.
Neste capítulo Paulo fala pelo menos quatro manifestações desta heresia: A filosofia
(2: 810), a qual falaremos mais a baixo; o legalismo (2: 1117), que tentava adicionar ou
aperfeiçoar o evangelho através do incentivo à igreja para aderir a um sistema jurídico e
ensinava que “somente um relacionamento pessoal, vital e pessoal com Cristo não era
suficiente para satisfazer a vontade de Deus”;[23] O misticismo (2:1819), o qual apregoava
que Deus estava muito longe e que só através de vários níveis de anjos era possível chegar à
Deus. Por isso, ensinavam que o povo tinha que adorar aos anjos progressivamente até
alcançar a Deus.[24] E por fim, o asceticismo (2:2023), o qual ensinavam que o caminho
para superar o corpo (que é o mal), era a autohumilhação e flagelação do mesmo.
À luz do capítulo segundo é possível perceber que a heresia de Colossos era altamente
sincrética. Nas palavras categóricas de Daniel Wallace, a “heresia dos Colossos” era uma
eclética mistura de legalismo judaico, especulação filosófica grega e misticismo oriental
combinados com um sabor cristão.[25] Usava a máscara do cristianismo, mas não tinha nada
de Cristo. Usou palavras e frases cristãs, mas com significados diferentes. Em outras
palavras, esta heresia era em sua essência uma combinação do judaísmo e do paganismo
filosófico, com o rótulo do cristianismo. Esta heresia negava a suficiência de Cristo na
redenção da alam e plenitude da vida, por isso resistiam em oferece a Jesus o lugar supremo
na igreja.
Diante disso, grande parte dos comentaristas[26] tem dito que um dos propósitos de
Paulo ao escrever esta carta foi o de combater esta heresia presente na igreja, mostrando a
supremacia e suficiência de Cristo. Ao que parece, Paulo escreveu Colossenses 1: 15 – 20 a
fim de combater a parte filosófica desta heresia, isto é, o prégnosticismo (já que Gnosticismo
propriamente dito só ocorrerá no II ou III século).[27] Segundo Bruce, as ideias erradas que
estavam sendo ensinadas pelos falsos mestres prégnósticos, as quais foram refutadas por
Paulo, são:
“1. Acreditavam que a matéria é má, portanto diziam que Deus não pôde ter vindo a terra
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 6/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
como um ser humano verdadeiro. Paulo manifesta que Cristo é a imagem exata de Deus, é
Deus mesmo, e mesmo assim morreu na cruz como um ser humano. 2. Acreditavam que Deus
não tinha criado o mundo, porque O não pôde ter criado o mau. Paulo responde que Jesus
cristo, que também era Deus na carne, é o Criador tanto do céu como da tenra. 3. Diziam que
Cristo não foi o único Filho de Deus, a não ser um dos muitos intermediários entre Deus e o
povo. Paulo explica que Cristo existiu antes de algo e é o primogênito dos que ressuscitaram.
4. Rechaçavam ver em Cristo a fonte de salvação, insistindo em que a gente podia achar a
Deus por meio do conhecimento secreto e especial. Em contraste, Paulo afirma com
sinceridade que uma pessoa pode ser salva só por meio de Cristo”.[28]
Outra pergunta que precisa ser respondida é: Colossenses 1. 15 – 20 é um hino? Esta
pergunta não é simples de se responder. Com base em Mateus 26. 30 sabese que certas
porções de hinos do Antigo Testamento eram usadas como hinos cristãos. Além disso, deve
se observar também, que no próprio Novo Testamento há algumas menções de hinos, como
por exemplo, os cânticos de Maria e Zacarias. Podese encontrar também, vestígios de
prováveis hinos (Ef. 4. 5; 1 Tm. 3. 16; 2 Tm. 2. 1113; Ap. 5. 13, 14).[29] Segundo F. F.
Bruce, apesar de não reconhecermos aqui as formas estabelecidas da poesia hebraica ou
grega, percebese que o texto possui uma prosa ritmada com um arranjo estrófico, como é
encontrado em hinos no período apostólico. Outros autores, considerando elementos
literários, a estrutura do texto e o vocabulário, de igual modo, consideram esta perícope como
um provável “hino cristão”.[30]
Outro debate no meio acadêmico é sobre a autoria deste hino. As discussões oferecem
uma impressionante variedade de teorias. Tem sido frequentemente afirmado este hino seria
prépaulino, o qual fora incorporado pelo Apóstolo, a fim de ser usado como base da teologia
que seria desenvolvida nos capítulos seguintes.[31] Para outros, Paulo compôs o hino que
enuncia a teologia que ele vai usar para combater os falsos mestres.
Decidir entre estas opções, é difícil. Ambas as posições têm fortes argumentos ao seu
favor. Favorecendo a autoria paulina estar a improbabilidade de que ele iria encontrar um
hino pronto que se encaixou tão bem com a base teológica que ele precisava usar para
combater um ensino falso tão particular da igreja de Colossos. Por outro lado, alguns dos
conceitos do “hino”, tais como, “imagem de Deus”, “primogênito de criação”, “o princípio e
o primogênito dentre os mortos”, não são claramente retomados no resto da carta. Este tem
sido um argumento forte para os defensores da teoria prépaulina.
Uma terceira possibilidade (intermediaria entre ambas supracitadas), defendida por
muitos comentaristas (tais como D. A. Carson,[32] Douglas Moo,[33] O’Brien,[34] F.F.
Bruce,[35] Keathley[36] dentre outros), é a que considera uma autoria anterior com adições
paulinas de elementos particularmente relevantes que combatesse o ensino falso presente na
igreja.[37] D. A. Carson, sobre isso afirma: “grande número de estudiosos considera um
hino, adaptado pelo autor para expor ensinamentos importantes sobre Cristo e suas
funções”.[38] Essa posição tomada por muitos exegetas é a que, particularmente, eu tenho
sido ligeiramente motivado a acreditar. Mas, como muitos outros aspectos deste texto não há
consenso entre os comentaristas. Como certifica Carson, “há margem para mais debate sobre
o assunto”.[39]
O que é claro, e não resta dúvida, é que Paulo usa a linguagem e os conceitos do
provável “hino cristológico” como sua “munição” na luta contra os falsos mestres, a fim de
defender a divindade, supremacia e senhorio de Jesus sobre todas as coisas. Richard T.
France observa que, só o fato de Paulo usar o hino em si já aponta para a divindade de Cristo,
pois hinos são usados para “deuses” e não para mortais.[40]
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 7/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Daniel Wallace propõe uma excelente e atual divisão para a carta aos Colossenses,
composta por cinco partes. Tendo como base, sua estrutura, podese dividir a carta da
seguinte maneira:[41] 1. Introdução: Saudações (1. 13) e Ações de Graças (1. 38). 2.
Ortodoxia: a suficiência de Cristo afirmada (1.9 – 2:07). 3. Heterodoxia: a suficiência de
Cristo negada (2.08 – 3.04); 4. Ortopraxia: a suficiência de Cristo vivenciada (3.054.06); 5.
Saudações finais (4.718).
O apóstolo Paulo começa a carta com uma saudação aos santos de Colossos (1.12),
acompanhada de uma oração de ações de graças (1: 38). Paulo começa o corpo da carta com
uma nota positiva, na qual ele descreve a suficiência de Cristo (1.9– 2.07). Em seguida,
apresenta uma declaração negativa, na qual ele argumenta contra a opinião dos hereges de
Colossos (2.083.04). Por fim, ele traz uma convocação para viver a vida cristã à luz da
suficiência de Cristo (3.054.06) e termina com saudações finais (4:718).
A primeira parte da seção apresenta de maneira positiva a suficiência de Cristo. Após
orar para que os colossenses crescessem no conhecimento e na produtividade (1.914),[42]
sem um “amém” para a oração, Paulo continua com um provável hino cristão primitivo, o
qual ressalta a supremacia de Cristo (1. 1520). Segundo D. A. Carson, Paulo enfatiza nesta
poesia, a supremacia de Cristo, que é “a imagem do Deus invisível”, aquele que trouxe a
criação à existência, bem como a mantém unida. E junto com tudo isso, ele é “o cabeça do
corpo, a igreja”, aquele que fez a paz pelo sangue derramado na cruz.[43]
Em seguida há uma aplicação das verdades supracitadas a vida da igreja. (1.2123).
Finalmente, Paulo fala do seu ministério e seus sofrimentos e de sua luta em favor dos
crentes, como os de Colossos e Laodicéia, com os quais ele não teve contato pessoal. Paulo
ainda revela uma preocupação com os fiéis no Vale de Lico, e os exorta para que eles não
sejam enganados (2.4), pelos que negam a suficiência de Cristo (2.17).
2.2. CONTEXTO PRÓXIMO
A perícope, aqui estudada, faz parte da primeira seção da carta: Ortodoxia: a
suficiência de Cristo afirmada (1.9 – 2.07).[44] Segundo Hendriksen, os versos nove a
catorze do capítulo um, apesar da aparente divagação, são um bloco de pensamentos. Para
ele, o que temos aqui é uma “descrição comovente da oração de Paulo e seus assistentes em
favor dos colossenses”.[45] Nela Paulo ora para que os Colossenses cresçam no pleno
conhecimento de Deus e na produtividade (1:914). Essa oração é muito importante para o
entendimento da carta. Os temas nela contidos ecoam por toda a carta. Paulo apresenta aqui a
base para o contraste entre o verdadeiro conhecimento, o qual desemboca na práxis cristã e o
falso que nada produz, isto é, não frutifica. Nesse sentido, Wallace observa que, “os hereges
afirmavam ter um conhecimento superior, mas a sua filosofia muito sufocava qualquer
produtividade para Deus (cf. 2.2023)”.[46]
Em seguida, a supremacia de Cristo é exaltada, por meio do provável “hino” (1.15
20), no qual se encontra a base teológica que será desenvolvida ao longo da carta. A última
estrofe do hino termina com uma nota sobre Cristo como reconciliador de “todas as coisas”, a
qual serve como uma ponte para o próximo tema de Paulo: Cristo reconciliou os Colossenses
a Deus, um ministério de reconciliação que Paulo proclamou (1:21 23).[47]
2.3. ESTRUTURA DO CONTEXTO
A Carta de Paulo aos Colossenses tem sido dividida em cinco partes, como tido a
cima: 1. Introdução: Saudações e Ações de Graças (1: 18). 2. Ortodoxia: a suficiência de
Cristo afirmada (1:9 – 2:7). 3. Heterodoxia: a suficiência de Cristo negada (2:8 – 3:4); 4.
Ortopraxia: a suficiência de Cristo vivenciada (3:54:6); 5. Saudações finais (4:718).[48]
Tomando o corpo da carta (1:9 4:6), podemos estruturar o contexto da perícope, aqui
estudada, da seguinte maneira:
Cristo é sem dúvida o centro de toda Escritura. O Antigo Testamento anuncia sua
vinda, os Evangelhos o mostra entre nós e as cartas, juntamente com Atos e Apocalipse,
apresentam a esperança de seu retorno. Por isso, qualquer contexto canônico que apresente a
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 8/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Cristo é amplo. Por questão de espaço, será apresentado apenas às correlações principais dos
aspectos cristológicos presentes na perícope aqui analisada.
A ideia de Cristo como sendo o Deus eterno que se fez um de nós, se encontra,
também, no prólogo do quarto Evangelho (Jo. 1. – 14). No que se refere a Cristo como “à
imagem de Deus” essa verdade já fora afirmada pelo Apóstolo em 2 Cor. 4.4. Em ambos os
lugares, Cristo como “à imagem de Deus” aponta para a revelação da essência do Pai na
Pessoa do Filho. Ainda, com o uso da palavra “imagem”, Paulo está enfatizando que Jesus é a
manifestação perfeita de Deus. Como assevera o autor de Hebreus ele é “a expressão exata do
seu Ser” (Hb. 1. 3).
O título “Primogênito” talvez seja um eco da linguagem cristocêntrica do Salmo
89.27, onde Deus diz ao rei Davi: “Fáloei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre
os reis da terra”. Todavia, devese notar que este título pertence a Cristo não somente como o
Filho de Davi, mas também como a Sabedoria de Deus. Nesse sentido, como será visto, Paulo
em comum com outros escritores do NT (Jo. 1:4; Hb 1:3), identifica Cristo com a Sabedoria
de Deus e atribuindolhe certas atividades que são atribuídas à personificação da Sabedoria na
literatura Antiga Testamento, [49] como se observa em Provérbios 8: 22, 23, onde o sábio
diz: “O Senhor me criou [referindose a sabedoria] como o princípio (ִית
ראשׁ WLC e ἀρχὴν na
ֵ
LXX) de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade
[divindade da sabedoria], desde o princípio, (ִית
ראשׁ WLC e ἀρχῇ na LXX ) antes de existir a
ֵ
terra”.
No que se refere a sua supremacia apresentada no verso dezesseis, (o qual Paulo
afirma que Cristo é superior a todos os seres angélicos, inclusive dos mais sublimes) vemos o
autor de Hebreus dá a mesma ênfase. (cf. Hb. 1:114).
Finalmente, em relação à restauração cósmica: “reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”, é possível perceber a mesma ideia em Romanos
quando Paulo diz que “a ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de
Deus... na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8. 19 – 22). Este texto, por sua vez, não é
apenas uma correlação de ideias, mas acima de tudo lança luz, e até mesmo serve de base
explicativa, para o texto de Colossenses.
A presença ou ausência da segunda ocorrência dos termos δι αὐτοῦ (“através dele”) no
verso 20 é um problema de variante textual difícil de resolver. As evidências externas são
bastante divididas. Muitas testemunhas antigas não contemplam estes termos (B D* F G I
0278 81 1175 1739 1881 2464 ). Por outro lado, testemunhas igualmente importantes os
consideram (Ì46 א A C D1 Ψ 048vid 33 Ï). Sendo assim, ambas as leituras são possíveis.
Todavia, preferiuse aqui manter tais termos e colocálos em colchetes.[50]
VERSO 15
Grego Análise Tradução
ὅς Pronome relativo nominativo masc. Singular. O qual
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
εἰκὼν Substantivo nominativo feminino singular Imagem
τοῦ Artigo definido genitivo masc. Singular Do
θεοῦ Substantivo genitivo masc. Singular Deus
τοῦ Artigo definido genitivo masc. Singular Do
ἀοράτου Adjetivo pronominal genitivo masc. Singular Invisível
πρωτότοκος Adjetivo pronominal nominativo masc. Singular Primogênito
Πάσης Adjetivo genitivo feminino singular Toda
Κτίσεως Substantivo genitivo feminino singular Criação
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 9/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
15 ὅς ἐστιν εἰκὼν τοῦ θεοῦ τοῦ ἀοράτου πρωτότοκος πάσης κτίσεως
O qual é imagem de Deus o invisível, primogênito sobre toda a criação,
VERSO 16
Grego Análise Tradução
ὅτι Conjunção subordinativa Porque
ἐν Preposição locativo Em
αὐτῷ Pronome dativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἐκτίσθη Verbo indicativo aoristo passiva 3ª pes. Singular Foi criado
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo pronominal nominativo atributivo Todas
neutro plural
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἐν Preposição dativo Em
τοῖς Artigo definido masc. Plural Os
οὐρανοῖς Substantivo dativo masc. Plural Céus
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἐπὶ Preposição genitiva Sobre
τῆς Artigo definido feminino singular A
γῆς Substantivo genitivo feminino singular Terra
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ὁρατὰ Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Visíveis
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἀόρατα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Invisíveis
εἴτε Conjunção coordenativa alternativa Quer
θρόνοι Substantivo nominativo masculino singular Tronos
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
κυριότητες Substantivo nominativo feminino plural Domínios
εἴτε Conjunção coordenativa alternativa Quer
ἀρχαὶ Substantivo nominativo feminino plural Governos
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
ἐξουσίαι· Substantivo nominativo feminino plural Autoridades
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Todas
δι' Preposição genitivo Através
αὐτοῦ Pronome genitivo masc. 3ª pes. Singular Dele
καὶ Conjunção coordenativa E
εἰς Preposição acusativa Para
αὐτὸν Pronome acusativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἔκτισται· Verbo indicativo perfeito passivo 3ª pes. Foi criada
Singular
16 ὅτι ἐν αὐτῷ ἐκτίσθη τὰ πάντα τὰ ἐν τοῖς οὐρανοῖς καὶ τὰ ἐπὶ τῆς γῆς τὰ ὁρατὰ καὶ τὰ
ἀόρατα εἴτε θρόνοι εἴτε κυριότητες εἴτε ἀρχαὶ εἴτε ἐξουσίαι· τὰ πάντα δι' αὐτοῦ καὶ εἰς αὐτὸν
ἔκτισται·
Porque nele foi criada as coisas todas em os céus e as coisas sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, quer tronos, quer domínios, quer governos, quer autoridades. As coisas todas
através dele e para ele foram criadas e permanecem criadas.
VERSO 17
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
αὐτός Pronome nominativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
πρὸ Preposição genitiva Antes
πάντων Adjetivo pronominal genitivo neutro plural Tudo
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Todas
ἐν Preposição locativo Em
αὐτῷ Substantivo pronome dativo masc. 3ª pes. Singular Ele
Subsiste
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 10/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
συνέστηκεν Verbo indicativo perfeito ativo 3ª pes. Singular Subsiste
17 καὶ αὐτός ἐστιν πρὸ πάντων καὶ τὰ πάντα ἐν αὐτῷ συνέστηκεν
E ele é antes de tudo e as coisas todas nele foram postas juntas e permanecem juntas.
VERSO 18
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
αὐτός Pronome nominativo masc. 3a pés. Singular Ele
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
ἡ Artigo definido nominativo feminino singular A
κεφαλὴ Substantivo nominativo feminino singular Cabeça
τοῦ Artigo definido genitivo neutro singular Do
σώματος Substantivo genitivo neutro singular Corpo
τῆς Artigo definido genitivo feminino singular A
ἐκκλησίας· Substantivo genitivo feminino singular Igreja
ὅς Adjetivo pronominal relativo nominativo masc. O qual
Singular
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª singular É
ἀρχή Substantivo nominativo feminino singular Princípio
πρωτότοκος Adjetivo nominativo masc. Singular Primogênito
ἐκ Preposição genitivo Dentre
τῶν Artigo definido genitivo masc. Plural Os
νεκρῶν Adjetivo pronominal genitivo masc. Plural Mortos
ἵνα Conjunção subordinada Para que
γένηται Verbo Subjuntivo aoristo dativo 3a pes. Singular Venha
ἐν Preposição dativo Em
πᾶσιν Adjetivo pronominal demonstrativo neutro plural Todas
αὐτὸς Substantivo pronome nominativo masc. 3ª pes. Ele
Singular
πρωτεύων Verbo particípio presente ativo nominativo masc. O que tem a
Singular primazia
18 καὶ αὐτός ἐστιν ἡ κεφαλὴ τοῦ σώματος τῆς ἐκκλησίας· ὅς ἐστιν ἀρχή πρωτότοκος ἐκ τῶν
νεκρῶν ἵνα γένηται ἐν πᾶσιν αὐτὸς πρωτεύων
E ele é a cabeça do corpo, da igreja. O qual é princípio, primogênito dos mortos, para que
venha a ser em todas as coisas ele mesmo o que tem a primazia.
VERSO 19
Grego Análise Tradução
ὅτι Conjunção subordinativa Porque
ἐν Preposição – locativo Em
αὐτῷ Substantivo pronominal dativo masc. 3a pés. Singular Ele
εὐδόκησεν Verbo indicativo aoristo ativo 3ª pes. Singular Pareceu
πᾶν Adjetivo acusativo nominativo singular Toda
τὸ Artigo definido neutro singular A
Πλήρωμα Substantivo acusativo neutro singular Plenitude
κατοικῆσαι Verbo infinitivo aoristo acusativo Habitar
19 ὅτι ἐν αὐτῷ εὐδόκησεν πᾶν τὸ πλήρωμα κατοικῆσαι
Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar.
VERSO 20
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
δι' Preposição genitiva Através
αὐτοῦ Substantivo pronominal genitivo masc. 3a pés. Dele
Singular
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 11/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
ἀποκαταλλάξαι Verbo infinitivo aoristo acusativo Reconciliar
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
Πάντα Adjetivo acusativo nominativo plural Todas
εἰς Preposição acusativo Para
αὐτόν Pronome acusativo masc. 3ª pes. Singular Ele
εἰρηνοποιήσας Verbo particípio aoristo ativo nominativo masc. tendo feito paz
Singular
διὰ Preposição genitivo Através
τοῦ Artigo definido nominativo singular Do
αἵματος Substantivo genitivo neutro singular Sangue
τοῦ Artigo definido nominativo singular Da
σταυροῦ Substantivo genitivo masc. singular Cruz
αὐτοῦ Substantivo pronominal genitivo masc. 3ª pres. Dele
Singular
δι' Preposição genitivo [através]
αὐτοῦ Pronome genitivo masc. 3ª pes. Singular Dele
εἴτε Conjunção coordenada Quer
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
ἐπὶ Preposição genitivo Sobre
τῆς Artigo definido genitivo fem. Singular A
γῆς Substantivo genitivo feminino singular Terra
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
ἐν Preposição dativo Em
τοῖς Artigo definido dativo masc. Plural Os
οὐρανοῖς Substantivo dativo masc. Plural Céus
20 καὶ δι' αὐτοῦ ἀποκαταλλάξαι τὰ πάντα εἰς αὐτόν εἰρηνοποιήσας διὰ τοῦ αἵματος τοῦ
σταυροῦ αὐτοῦ δι' αὐτοῦ εἴτε τὰ ἐπὶ τῆς γῆς εἴτε τὰ ἐν τοῖς οὐρανοῖς
E através dele reconciliar todas as coisas para ele, tendo feito paz através do sangue da cruz
dele, [através dele], quer as coisas sobre a terra, quer as coisas sobre os céus.
15 O qual é imagem de Deus o invisível, primogênito sobre toda a criação,
16 Porque nele foram criadas as coisas [51] todas em os céus e as coisas sobre a terra, as
visíveis e as invisíveis, quer tronos, quer domínios, quer governos, quer autoridades. As
coisas todas através dele e para ele foram criadas e permanecem criadas.
17 E ele é antes de tudo e as coisas todas nele foram postas juntas e permanecem juntas.
18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja. O qual é princípio, [52] primogênito dentre mortos,
para que venha a ser em todas as coisas ele mesmo o que tem a primazia.
19 Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar.
20 E através dele reconciliar todas as coisas para ele, tendo feito paz através do sangue da
cruz dele, [através dele][53], quer as coisas sobre a terra, quer as coisas sobre os céus.
Para compreendermos melhor cada parte do texto, compararemos as versões mais
tradicionais usadas pela igreja de modo geral, e em seguida veremos as principais
convergências e divergências entre as traduções e a feita neste presente trabalho.
Este é a imagem do Deus Ele é a imagem do Deus o qual é imagem do Deus O qual é imagem de Deus
invisível, o primogênito invisível, o primogênito invisível, o primogênito o invisível, primogênito
de toda a criação; de toda a criação, de toda a criação; sobre toda a criação,
pois, nele, foram criadas pois nele foram criadas porque nele foram criadas Porque nele foi criada as
todas as coisas, nos céus todas as coisas nos céus e todas as coisas que há nos coisas todas em os céus e
e sobre a terra, as visíveis na terra, as visíveis e as céus e na terra, visíveis e as coisas sobre a terra, as
e as invisíveis, sejam invisíveis, sejam tronos ou invisíveis, sejam tronos, visíveis e as invisíveis,
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 12/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
quer principados, quer autoridades; todas as principados, sejam domínios, quer governos,
potestades. Tudo foi coisas foram criadas por potestades; tudo foi criado quer autoridades. As
Ele é antes de todas as Ele é antes de todas as E ele é antes de todas as E ele é antes de tudo e as
coisas. Nele, tudo coisas, e nele tudo coisas, e todas as coisas coisas todas nele foram
Ele é a cabeça do corpo, Ele é a cabeça do corpo, E ele é a cabeça do corpo E ele é a cabeça do corpo,
de entre os mortos, para dentre os mortos, para que mortos, para que em tudo mortos, para que venha a
em todas as coisas ter a em tudo tenha a tenha a preeminência, ser em todas as coisas ele
porque aprouve a Deus Pois foi do agrado de Deus porque foi do agrado do Porque nele pareceu bem
que, nele, residisse toda que nele habitasse toda a Pai que toda a plenitude toda a plenitude habitar
e que, havendo feito a e por meio dele e que, havendo por ele E através dele reconciliar
paz pelo sangue da sua reconciliasse consigo feito a paz pelo sangue da todas as coisas para ele,
cruz, por meio dele, todas as coisas, tanto as sua cruz, por meio dele tendo feito paz através do
reconciliasse consigo que estão na terra quanto reconciliasse consigo sangue da cruz dele,
mesmo todas as coisas, as que estão no céu, mesmo todas as coisas, [através dele], quer as
quer sobre a terra, quer estabelecendo a paz pelo tanto as que estão na terra coisas sobre a terra, quer as
nos céus. seu sangue derramado na como as que estão nos coisas sobre os céus.
cruz. céus.
A comparação entre as versões e a nossa própria tradução revela que há poucas
diferenças entre elas. Aqui citaremos as mais importantes que convergem ou divergem das
versões mais tradicionais.
No verso 15 embora o genitivo τοῦ θεοῦ τοῦ ἀοράτου poderia expressar posse sobre
o εἰκὼν, é mais provável que τοῦ θεοῦ é um genitivo objetivo. É o Deus invisível que está a
ser “revelado” por Jesus.[54]
O termo grego πρωτότοκος pode se referir tanto a primeira na ordem do tempo, como
um primeiro filho, ou poderia se referir a alguém que é destaque na classificação. O
“primogênito” (Como traz a ARA, NVI e ACF) era filho mais velho de uma família ou uma
pessoa de posição preeminente. A LXX usa este termo para descrever o rei Davi no Salmo
88. 28. Aqui a ênfase parece esta sobre a prioridade de classificação de Jesus como acima e
além da criação.
Uma leitura superficial das palavras “de toda a criação” (como traduzem as versões
ARA, NVI e ACF) pode levar à conclusão de que Cristo é uma parte da criação, ou seja, o
primeiro dos seres criados por Deus. Tal leitura da frase, no entanto, não está em consonância
com o contexto, que distingue a maior forma de Cristo, desde a criação. Também não é esse o
entendimento da frase exigida pela gramática. κτίσεως (“criação”) poderia ser entendida tanto
como um ablativo de comparação (“antes da criação”) ou como um genitivo. Neste último
caso, pode ser um genitivo partitivo (Cristo como parte da criação), de referência (“com
referência à criação”) ou o que é mais provável genitivo de subordinação (“sobre a criação”),
como traduz o Rev. Paulo Sérgio. Nesse sentido, como obseva Wallace, “a criação esta
subordinada a Cristo”. “Primogênito”, neste texto, significa duas coisas: Ele precedeu toda a
Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[55]
No verso 16, a interpretação da frase ὅτι ἐν αὐτῷ (literalmente, “porque em ele”) tem
sido a razão de grande discussão no meio acadêmico. A tradução desta cláusula é incerta e a
ambiguidade da preposição grega ἐν (“em”) é a questão. Alguns veem a ἐν (“em”) no sentido
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 13/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
instrumental (“por meio de” como, por exemplo, as versões NIV, NET). Outros interpretam
esta preposição como um locativo (“nele”), desse modo Cristo é a esfera da criação, (como
em Ef 1:4). Finalmente, há aqueles que argumentam que ambos os sentidos pode ter sido
intencional. Manteremos a tradução “nele” (como traduz ARA, Século 21, ACF), pois a luz
do verso 17 parece ser a ideia mais correta. [56]
O verbo ἔκτισται está no perfeito, em contraste com a ἐκτίσθη aoristo na linha de
abertura. A mudança no tempo podia ser meramente estilístico como entendem alguns
intérpretes. Mas talvez seja mais provável que ele sinaliza uma maior ênfase na última parte
do versículo sobre o estado permanente da criação. Ou seja, o que foi criado permanece
criado, pois, o próprio Deus em Cristo sustenta a criação. [57]
Tanto no verso 17 como no verso 18 αὐτός ἐστιν (“Ele é”) é enfático. Possivelmente
envolvendo uma antítese com alguns erros da Igreja de Colossos. Paulo começa dizendo
novamente que ele (Jesus) e nenhum outro, ou mais ninguém é.
Ainda no verso 17 apesar de BDAG 973 s.v. συνίστημι B.3
sugeri: “continuar”, “resistir”, “existir”, “realizar em conjunto”. Entendemos que o verbo
συνέστηκεν (perfeito ativo indicativo), a luz de 2 Pe. 3:5, significa, neste contexto, “manter
juntos”, “coerentes”, como traduz o Rev. Waldyr Carvalho Luz.[58]
No verso 18 devese entender que a referência a Jesus como o “primogênito dentre os
mortos” parece estar defendendo uma prioridade cronológica, ou seja, Jesus foi o primeiro a
ressuscitar dentre os mortos.[59]
Ainda no verso 18 percebese que A NIV traduz incorretamente a este ponto. Para
enfatizar a clareza de pensamento, afirma: “he is the beginning and the firstborn from among
the dead” (destaques meus). Os tradutores inseriram a palavra “e” para “amarrar” essas duas
descrições juntas, como se fossem dois itens separados. O texto grego simplesmente coloca
lado a lado duas descrições.[60]
No verso 19 o substantivo “Deus” (ARA, VIVA e NVI) não aparece no texto grego,
mas uma vez que Deus é aquele que reconcilia o mundo a si mesmo (cf. 2 Cor 5,19), ele é
claramente o objeto de εὐδόκησεν. Todavia preferimos omite o substantivo para manter a
tradução mais literal possível.
Ainda no verso 19, observase que o verbo aoristo κατοικῆσαι poderia ser tomado
como um ingressivo, caso em que se refere à encarnação e pode ser traduzido como “começar
a viver, para ter a sua residência”. Todavia, talvez seja melhor entendêlo como um aoristo
constativo e simplesmente uma referência ao fato de que a plenitude de Deus habita em Jesus
Cristo. Além disso, devese atentar para o fato que esta é uma casa de habitação permanente,
e não temporária, como o tempo presente em 2.9 deixa claro.
No verso 20 o δι' αὐτοῦ (“através dele”) é enfático e aponta para Cristo como o único
agente de reconciliação. Além disso, notase que o verbo aqui utilizado, ἀποκαταλλάξαι (o
qual ocorre apenas duas vezes em outras partes do Novo Testamento v. 22; Ef 2.16),
diferente de outros termos que possibilita a reconciliação por meio da ação bilateral, ou seja,
duas pessoas que trabalham juntas em pro da reconciliação, o verbo usado por Paulo aponta
para uma reconciliação unilateral.
Os limites e a estrutura interna do texto apresentam algumas dificuldades, o que nos
leva a necessariamente justificálos. Na delimitação da perícope, as dificuldades são menores
e os elementos literários que apontam para uma unidade de pensamento nos versos 15 – 20
são evidentes.
A delimitação da perícope é clara, e é ponto pacífico entre a maioria dos exegetas. Os
versos anteriores (1214) falam, em forma de confissão de fé, do que Deus fez por seus
eleitos (subsentidos na primeira pessoa do plural – “ἡμᾶς” “nós”), enquanto o hino em si
não faz qualquer referência à comunidade confessando. Têmse ainda nos textos anteriores e
posteriores pronomes que se referem ao leitor e /ou o escritor (nove pronomes nos versos 38,
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 14/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
quatro nos versos 914, dois em vv. 2123) e verbos de primeira ou da segunda pessoa (seis
verbos nos versos v. 38; quatro nos versos v. 914; três nos versos 2123).
Nenhum destes recursos aparece nos versos 1520, o que temos é uma série de
predicados relativos à Cristo. Como obseva O’ Brien, “todas as referências pessoais estão
ausentes”.[61] Melick lembra ainda, que as características linguísticas, as quais incluem
palavras incomuns e distintas expressões teológicas, causam uma ruptura entre a passagem e
a seu contexto.[62] Douglas Moo, ressalta por sua vez, que nesses versículos há também, uma
estrutura hinológica que contém afirmações breves sobre Cristo.[63] De semelhante modo, o
pronome relativo “o qual”, aponta para uma nova ideia. [64] Sendo assim, ao invés de termos
uma confissão de fé (1314), temos em linguagem poética e exaltada, uma descrição da
supremacia de Cristo sobre tudo e todos.
Por fim, as palavras imediatamente a seguir (versos 2123), utilizam, como dito
acima, a linguagem do discurso direto, para aplicar alguns temas do hino, em especial o da
reconciliação, a comunidade de Colossos. É digno de nota (como já foi dito acima) que as
palavras o final do hino sobre Cristo como reconciliador de “todas as coisas”, servem como
uma ponte para o próximo tema de Paulo: Cristo reconciliou os Colossenses a Deus. Assim, a
grande pericope (verso 13 – 23) está dividida em três pericopes menores que falam sobre: O
que Deus fez pelos eleitos (13,14); a Supremacia Cristo (15 – 20) e a aplicação de ambas as
coisas a vida da Igreja (21 – 23).
4.2. DIVISÕES INTERNAS DO TEXTO.
A divisão interna do texto é sem dúvida a maior dificuldade desta passagem. Seu
maior problema é encaixar de forma coerente em uma estrutura literária a expressão: “καὶ
αὐτός ἐστιν ἡ κεφαλὴ τοῦ σώματος τῆς ἐκκλησίας·” (E ele é a cabeça do corpo, da igreja).
Sem está frase teríamos uma clara e perfeita divisão literária a partir do paralelo que existe
entre os pronomes ὅς (“o qual”) que aparecem nos versos 15 e 18. Kasemann acreditava que
este é um hino prépaulino e chega a postular que Paulo fez adições, tais como “da igreja”
(18a) e “pelo sangue da sua cruz” (20). Segundo ele, se estas são removidas há uma perfeição
na estrutura.[65] Como não podemos fazer como muitos críticos literários, os quais, a fim de
encontrar uma estrutura literária perfeita “riscam” tais partes da Bíblia, restanos buscar uma
solução para tal dificuldade.
De início devemos considerar que os hinos nos tempos antigos, (assim como os
contemporâneos), normalmente são divididos em estrofes ou versos. Como ao que parece,
Colossenses 1.1520 é um hino, então, devemos dividilo em estrofes. É neste ponto que
encontramos a maior divisão entre exegetas e comentaristas. As opções são variadas e
inúmeras, por essa razão analisaremos apenas as mais usadas no meio acadêmico.
Pelo menos quatro propostas merecem destaques. A primeira considera a mudança de
foco de “criação” (15 – 17) para “igreja” (18 – 20).[66] Neste caso têmse duas estrofes e
dois assuntos principais. O problema desta estrutura é que ela desconsidera muitos dos
elementos literários presente no texto, elege apenas dois assuntos dentre os muitos
importantes e consequentemente deixa de lado tantos outros de igual importância, tais como,
“a imagem de Deus”; “plenitude divina”, “reconciliador do cosmos”, dentre outros.
A segunda proposta aprecia os paralelos que existe nos versos 15 e 18b: “ὅς ἐστιν” (o
qual é) e “πρωτότοκος” (primogênito). Nesta proposta a divisão seria 1518a e 18b20.
Assim, existem duas ideias principais marcadas pelos pronomes ὅς (o qual). Essa divisão,
entretanto, tem sido rejeitada atualmente por muitos comentaristas por não trazer respostas
satisfatórias para a ligação existente entre a expressão: “καὶ αὐτός ἐστιν ἡ κεφαλὴ τοῦ
σώματος τῆς ἐκκλησίας·” (E ele é a cabeça do corpo, a igreja) e os demais assuntos da
primeira estrofe. Além disso, o interprete que a escolher, para ser coerente com ela, tem que
interpretar a palavra “corpo” (18a) como sendo o cosmos, o que segundo F. F. Bruce é
improvável.[67] Analisando os escritos paulinos é possível ver que, normalmente, a menção
de Cristo como cabeça do corpo, se refere a Cristo como estando ligado à igreja e não ao
cosmo como afirmava a filosofia prégnóstica. Um exemplo disso é a carta aos Efésios, a
qual, digase de passagem, é gêmea quase que “siameses”.
Uma terceira alternativa, que considera o contexto geral da carta e é defendida por
alguns comentaristas (tais Como Carson;[68] Constable;[69] Keathley;[70] Alexander
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 15/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
O FILHO DE DEUS
A primeira linha, deste provável hino, começa com uma contundente afirmação sobre
a divindade do Filho: ὅς ἐστιν εἰκὼν τοῦ θεοῦ τοῦ ἀοράτου (“O qual é imagem de Deus o
invisível”). Esse sem dúvida é um ponto importante neste texto, por isso, será dado atenção
devida a ele. A palavra traduzida por “imagem” (εἰκὼν substantivo nominativo feminino
singular) apesar de normalmente diferir de omoioma (que geralmente se refere a “mera
semelhança”) não traz em si mesma, base para sustentar qualquer doutrina sobre Cristo, pois
seu uso é amplo e variado. Por exemplo, ela é usada como: 1. Uma imagem de César sobre
uma moeda (Mt. 12. 16). 2. Uma representação da estátua de Nabucodonosor (Dn. 3.1). 3. O
homem, criado como uma representação visível de Deus (1Co.11. 7). Por essa razão,
Lightfoot acertadamente observa que a ideia de perfeição não está na palavra em si, mas tem
de ser encontrado em seu contexto.[76]
Por isso, para entendermos o que Paulo quer dizer com a ideia de imagem devemos
fazer três perguntas: A primeira deve ser: Como ela é usada por Paulo? Em seguida, como
ela é usada por Paulo em relação a Cristo? E finalmente, como ela é usada neste contexto?A
resposta à primeira é que a palavra εἰκών (“imagem”) é empregada por Paulo em várias
ocasiões não só com referência a Cristo como a imagem de Deus, mas também de forma
genérica, como citado supra.
No que se refere à segunda, observase que em ambos os textos onde Paulo afirma que
Cristo é a εἰκών (“imagem”) de Deus (aqui e em 2 Coríntios. 4:4), o foco está na revelação
de Cristo como sendo igual em essência a Deus. Vincent observa que neste verso a palavra
“imagem” implica em um arquétipo que incorpora a verdade essencial (ontológica) de seu
protótipo.[77] Raph P. Martin assevera que “no pensamento antigo acreditavase que eikon
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 16/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
não era apenas uma representação plástica dos objetos assim retratados, como também
pensavase que participava de alguma da substância do objeto que o simbolizava”.[78]
Sendo assim, se deve entender que, diferente do ser humano, Cristo é a imagem de Deus no
sentido ontológico (isto é, tem a mesma essência de Deus).
A terceira e última pergunta (Como ela é usada neste contexto?) lança luz sobre o
pensamento paulino. Segundo muitos estudiosos, a εἰκὼν τοῦ θεοῦ (“imagem de Deus”) aqui
pode apontar para um pano de fundo diferente, a saber, a sabedoria. No Antigo Testamento, e
principalmente em provérbios, parece haver uma identificação da “sabedoria” ou “a palavra”
com a “imagem de Deus”.
De fato parece haver uma ligação da linguagem de Col. 1. 1520 com a palavra ִית
ֵראשׁ
(principio, começo, cabeça), usada com referência à sabedoria em Provérbios 8. 22, 23: “O
Senhor me criou [referindose a sabedoria] como o princípio (ִית ראשׁ WLC e
ֵ ἀρχὴν na LXX)
de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade [divindade
da sabedoria], desde o princípio, (ִית
ראשׁ WLC e ἀρχῇ na LXX) antes de existir a terra”. O Dr.
ֵ
Daniel Santos, em um recente artigo sobre Calvino e a literatura sapiencial, assevera que o
exegeta genebrino também via uma íntima ligação entre a sabedoria e Cristo. Suas palavras
são: “Calvino parece não ter a menor dúvida de que o texto de Provérbios 8 esteja falando
realmente do Verbo de Deus...”[79]
Sendo assim, ao que parece, Paulo, em comum com outros escritores do AT (8. 22,
23) e NT (Jo. 1.4; Hb 1.3), identifica Cristo com a Sabedoria de Deus e atribuindolhe certas
atividades que são atribuídas à personificação da Sabedoria, como podem ser vista na
literatura Antiga Testamento e na tradição judaica.[80] Nas palavras de Douglas Moo, o hino
afirma que a imagem original (sabedoria personificada) pode ser encontrada na pessoa de
Jesus Cristo, Filho de Deus.[81] Esta σοφία (sabedoria) buscada pelos judeus e este
ἐπίγνωσις (conhecimento) buscado pelos gentios, segundo Bruce, é em Cristo uma pessoa
viva, aquele que alguns dos colossenses encontraram face a face.[82]
Finalmente, com o uso da palavra “imagem”, Paulo está enfatizando que Jesus é a
manifestação perfeita de Deus. Para vermos como é Deus devemos olhar para Jesus (cf. João
14.710; 1.1418; 12.45; Hebreus 1.3). Assim, a natureza e o caráter de Deus foram
perfeitamente revelados em Cristo, no qual o Deus invisível se tornou visível.[83]
Após falar de Cristo como manifestação do Pai, Paulo continua a louvar a pessoa de
Cristo, agora como o criador de todas as coisas. Dos versos 15b a 16, Paulo fala da
Supremacia e centralidade de Cristo em relação à criação, e mostra que o universo foi
criado no Filho (ἐν αὐτῷ a esfera da criação) por meio dele (ἐν αὐτῷ como o agente divino
da criação), para ele (εἰς αὐτόν como o objetivo ou alvo da criação). [84]
O termo πρωτότοκος (adjetivo pronominal nominativo masc. Singular –
“primogênito”) sintetiza o pensamento paulino sobre a Supremacia de Cristo. De início deve
se entender que, assim como εἰκὼν (imagem) o adjetivo πρωτότοκος não pode ser
interpretado ao pé da letra. Também, além dos aspectos gramaticais devese analisálo a luz
da teologia sistemática. A palavra πρωτότοκος (primogênito) não pode ser entendida como se
Cristo fosse o primeiro ser criado, como a primeira vista pode deixar a entender. O’ Brien
observa que o contexto deixa claro que o título não pode se referir a ele como o primeiro de
todos os seres criados, pois as palavras imediatamente a seguir, que fornecem um comentário
sobre o título, enfatizaram o ponto que ele é o único por quem a criação toda veio a existir.
[85]
O erro de muitos estudiosos ao longo da história (entre eles Ário) foi o de não
entender à luz do contexto, o genitivo κτίσεως (substantivo genitivo feminino singular –
“criação”). Este não pode ser entendido como “partitivo” (Cristo como parte da criação), mas
sim como genitivo de “subordinação” (a criação subordinada a Cristo ou Cristo sobre a
criação).[86] É digo de nota, também, que tanto Lightfoot, como F. F. Bruce, citam dois
textos rabínicos, o qual o termo “primogênito” é usado para Deus, o Pai. Nestes textos, não
há certamente como concluir que Deus seja parte da criação.[87] Assim, como corretamente
observa Keathley, “primogênito”, neste texto, significa duas coisas: Ele precedeu toda a
Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[88]
Após falar da supremacia de Cristo sobre a criação (verso 15), Paulo passa a descrever
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 17/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
a centralidade de Cristo na mesma. No verso 16, ele cita três formas específicas em que
Cristo e a criação são relacionados: “nEle foram criadas todas as coisas”... “Tudo foi criado
por meio dele” e finalmente “tudo foi criado para ele”.[89]
A interpretação da frase ἐν αὐτῷ ἐκτίσθη τὰ πάντα (literalmente, “em ele foram
criadas todas as coisas”) tem sido a razão de grande discussão no meio acadêmico. A
tradução desta cláusula é incerta, e a ambiguidade da preposição grega ἐν (“em”) é a questão.
Alguns veem a preposição ἐν (“em”) no sentido instrumental (“por meio de”), em que Cristo
é o instrumento de criação. Além dos textos bíblicos (tais como João 1.3; 1 Coríntios 8.6,
dentre outros), esta ideia tem como base da tradição judaica. Outros interpretam esta
preposição como um locativo (“nele”), onde Cristo é a esfera da criação. Finalmente, há
aqueles que argumentam que ambos os sentidos pode ter sido intencional. [90]
À luz do verso 17, entendemos que a preposição ἐν deve ser vista como um locativo.
Nesse sentido, ela aponta para Cristo como a “esfera” dentro da qual a obra da criação
ocorre. Segundo Haupt, a frase “nele” tem a mesma força como em Efésios 1.4, onde se ler:
“Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença” (NVI destaque nosso). Nesse sentido a criação de Deus,
como a sua eleição, ocorre ἐν (em) “Cristo” e não a parte dele.[91] Vaughan segue este
mesmo caminho e diz que a criação em relação a Cristo estava condicionada a sua causa, o
seu centro de origem, a sua localização espiritual. [92] Sendo assim, ἐν αὐτῷ deve ser
entendida como “em sua mente” ou “em sua esfera de influência e responsabilidade”.
Praticamente, isso significa que Jesus concebeu a criação e as suas complexidades.[93]
Hendriksen ilustrou esta verdade dizendo que Jesus é a pedra angular de todo o edifício que
leva a sua orientação e direção.[94]
Após falar sobre o criador, Paulo passa a tratar sobre a extensão da criação. De início
devese observar que as palavras “τὰ πάντα” (“todas as coisas”) são usadas por Paulo como
lema em várias partes do “hino”. Elas expressam uma universalidade e sugere um sentimento
coletivo, isto é, “o universo inteiro”.[95] Dentro deste mundo criado, Paulo destaca as coisas
invisíveis, e as lista em quatro classes de poderes angelicais: “tronos” (θρόνοι) e
“domínios”[96] (κυριότητες, cf. 1 Co. 8. 5.); “principados” (ἀρχαί) e “poderes”[97]
(ἐξουσίαι). Estes poderes provavelmente representavam na filosofia prégnóstica a maior
ordem do reino angelical. Do mais alto ao mais baixo. Para o pensamento filosófico da época,
os anjos deveriam receber veneração dependendo do seu suposto “rank”.[98] Assim, Paulo
afirmou que Cristo é superior a todos os seres angélicos, inclusive os mais sublimes (cf. Hb.
1:114). Bons ou ruins todos eles estão sujeitos a Cristo como Criador. Com a heresia de
Colossos em mente, o apóstolo insiste que qualquer outro ser criado é totalmente incapaz de
rivalizar com Cristo.[99]
Paulo enfatiza ainda que é Cristo quem mantém firme todas as coisas. É digno de
nota, a mudança de tempo do verbo “criar”. No início do verso, ele aparece no aoristo
(ἐκτίσθη) e chama a atenção para o fato histórico. No final é colocado no prefeito (ἔκτισται) e
focaliza a existência contínua e permanente da criação. Ele é sustentador permanente de todas
as coisas, como será dito no verso 17.
Por fim, o Apóstolo assevera que além de ser o início e o meio, Cristo é também o
τέλος (fim) da criação. Ele é a razão para a qual todas as coisas existem, a meta para a qual
todas as coisas tinham a intenção de se mover. Como corretamente observa Melick, toda
criação é destinada “para servir a Sua vontade, contribuir para a Sua glória”. [100]
Após falar da supremacia e centralidade de Cristo em relação à criação, Paulo passa a
exaltálo como sendo o Sustentador de todas as coisas e Senhor da igreja. 1718a. Bruce
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 18/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
assevera que o ensinamento da primeira estrofe é recapitulado, nesta estrofe de transição, em
uma dupla reafirmação da preexistência e do significado cósmico de Cristo:[101] “E ele é
antes de todas as coisas”, e, “as coisas todas nele se postaram juntas e permanecem juntas” (v.
17). Na primeira parte Paulo destaca a Primazia de Cristo. “E ele é antes de todas as coisas”
(v. 17a). A preposição πρὸ (“antes de”) pode designar tanto prioridade no tempo como
“prioridade na classificação”. Segundo Wallace, considerando o contexto, ela aponta para
ambas nuances (tempo e prioridade). Assim, Cristo tem prioridade sobre todas as coisas e está
antes delas.[102]
Em seguida, Paulo assevera que Ele é o sustentador de todas as coisas: “As coisas
todas nele se postaram juntas e permanecem juntas” (v. 17b). O verbo συνέστηκεν (verbo
indicativo perfeito ativo 3a pessoa singular) significa, neste contexto, “manter juntos”,
“coerentes”.[103] O tempo perfeito, aponta para o fato que, o universo teve e continua tendo
sua coerência contínua em Cristo. Calvino lembra que o Criador não esqueceu a criação. Ele
diariamente mantém o equilíbrio no universo.[104] Nas palavras de Lightfoot, Cristo é “o
princípio da coesão”, que faz o universo um cosmos em vez de um caos.[105] Sem ele, a
gravidade deixaria de funcionar, os planetas não permaneceriam em suas órbitas.
O SENHOR DA IGREJA
Após falar sobre o domínio de Cristo sobre todas as coisas ele agora fala de maneira
mais particular sobre seu senhorio na igreja. Com a menção de Cristo como o cabeça
(κεφαλή) da igreja, o hino, passa a partir de uma perspectiva cosmológica para uma
eclesiológica, soteriológica e escatológica.[106]
É digna de observação a repetição do pronome αὐτός (“Ele”). Em todo o hino, e
principalmente aqui, seu uso é enfático e possivelmente envolvendo uma antítese entre Cristo
e as demais poderes espirituais. Paulo começa dizendo novamente que, Ele e nenhum outro, é
a cabeça do corpo. A analogia feita por Paulo lança luz nesta ideia. O corpo (igreja) e a
cabeça (Cristo) formam um organismo vivo, composto por membros vital um para o outro.
Juntos, eles constituem uma unidade viva. Um sem o outro será incompleto. Os hereges
diziam que era possível viver plenamente sem Cristo. Paulo afirma veementemente que
somente Ele é a cabeça que dá vida ao corpo.
A grande dificuldade nesta estrofe reside no termo “σώματος” (substantivo genitivo
neutro singular “corpo”). Exegetas recentes, como Schlier e Käsemnn, influenciados pelo
mito gnóstico do redentor humano, entendem que as almas de todos os homens pertencem a
um só corpo cósmico pneumático. [107] Todavia, essa ideia tem sido rejeita, pois postula que
a base de Paulo foi fontes gnósticas e não as verdades do AT (o que é improvável e incomum
em Paulo) e não se relaciona com as demais referências de corpo, feitas pelo apóstolo nas
demais cartas por ele escritas. Sendo assim, ao que parece termo “σώματος” (“corpo”) é
usado aqui por Paulo no sentido tradicional, isto é, como a ἐκκλησίας (“igreja”) de Cristo,
como vemos na sequência do verso.
Além de definir o que é corpo fazse necessário entender o seu uso aqui. Alguns
intérpretes entendem que com essas palavras Paulo esta apresentando Cristo como “a fonte
da vida da igreja”. Todavia, esse não parece ser o seu significado principal. É verdade que
em outras cartas Paulo emprega o termo “σώματος” (“corpo”) para se referir às relações
mútuas e as obrigações dos membros da igreja. Neste sentido “cabeça” (κεφαλή) do corpo
não tem posição especial ou honra, é contado como um membro comum. Todavia, em
Colossenses e Efésios, há um avanço na linha de pensamento em relação à ideia da Igreja,
como corpo de Cristo. Como observa O’ Brien, a relação viva entre os membros é mantida,
(Cf. 1 Coríntios e Romanos), mas um elemento novo é acrescentado de forma mais clara, isto
é, Cristo como Senhor da igreja.[108] Ridderbos parece entender da mesma maneira. Sua
interpretação postula “Cristo como parte mais proeminente do corpo”.[109] Como
corretamente certifica Calvino, Cristo como cabeça da igreja, é o seu chefe, que a guia e rege.
Ele tem autoridade para governar a Igreja, a quem os fiéis devem olhar e seguir, e a quem a
unidade do corpo depende somente.[110]
A história parece testemunhar a favor desta ideia. No mundo antigo, a ideia de “a
cabeça”, foi concebida para ser o membro de direção da entidade, que ambas controladas e
entregaram a sua vida e sustento.[111] Nos escritos de Filo, encontramos essa ideia. Ele diz:
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 19/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
“O homem virtuoso, seja homem ou povo, será a cabeça [κεφαλή] da raça humana e todos os
outros serão como as partes do corpo que são animados pelos poderes da cabeça”.[112]
Em suma, Cristo é “a esfera na qual a igreja foi criada (v. 15,16), a fonte de sustento
(17) e a direção” (18). Contra as pessoas que estavam discutindo que a experiência espiritual
final tinha que ser encontrado em lugares além de Cristo, tais como filosofia (2: 810);
legalismo (2: 1117); misticismo (2:1819); asceticismo (2:2023); Paulo mostra que se Cristo é
o único Senhor da igreja. Tudo que precisamos reside Nele. O corpo (a igreja) depende dele
para tanto para a salvação como para a plenitude da vida.
CRISTO RESSURRETO
No verso 19, Paulo passa a dizer que o Filho do amor de Deus é a esfera da
reconciliação: “Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar” [117]. (V. 19.) A palavra
ὅτι (“porque”) é uma conjunção de subordinação causal, que introduz a razão pela qual o
Filho é supremo na igreja. Sua supremacia é encontrada não apenas em quem Ele é em sua
pessoa declarada em (1518a), mas também no propósito eterno de Deus de que unicamente
“nele” (note a posição enfática do ἐν αὐτῷ) “toda plenitude” habitasse.
Um pergunta a ser feita aqui é: “o que Paulo quer dizer com a palavra πλήρωμα
(‘plenitude’)?” Essa pergunta não é tão simples como parece. Há uma vasta discussão tanto
no que se refere ao seu pano de fundo (origem gnóstica ou não), como no seu significado.
Como não há aqui nem tempo nem espaço para tal discussão, apresentaremos apenas o seu
significado e a ideia principal.
A maioria dos exegetas entende πλήρωμα (“plenitude”) como paralelo com “plenitude
da divindade” (2.9). Nesse sentido o Filho encarnado era e é à plenitude de Deus, isto é,
possui todas as qualidades da essência divina. Os falsos mestres em Colossos estavam
convidando os cristãos para experimentar “plenitude” verdadeira, seguindo sua filosofia (2.8)
e regras humanas (cf. 2.1623), a que Paulo responde: a “plenitude” que você está procurando
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 20/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
só é encontrada em Cristo. O Apostolo reforça esta ideia com o uso da palavra pan (“todos”).
Uma leitura atenta revela uma “tautologia”,[118] pois como observa Douglas Moo,
“plenitude” em si indica totalidade.[119] O objetivo de Paulo com esse recurso literário é
enfatizar que Cristo era a única coisa que os cristãos de Colossos precisavam para receber a
redenção da alma e plenitude da vida.
Paulo fala ainda, que Cristo é a fonte permanente da plenitude. Ele é o “lugar,” no
qual o Pai em toda sua plenitude teve o prazer de fazer a sua residência, a qual é uma casa de
habitação permanente, e não temporária, como o tempo presente no verso nove do capítulo
dois deixa claro (κατοικεῖ habita em contraste com “παροικέω”, “peregrinar”).
No último verso do “hino” Paulo apresenta Cristo como o reconciliador de todas as
coisas: “E através dele reconciliar todas as coisas para ele, tendo feito paz através do
sangue dele, através dele, quer as coisas sobre a terra, quer as coisas no céu”. (v. 20)
“Através dele” é enfático e envolve mais uma vez uma antítese entre Cristo e os
demais poderes espirituais. Ele aponta para Cristo como o único agente de reconciliação. Os
falsos mestres estavam dizendo que os anjos e emanações poderiam de alguma forma
aproximar os homens a Deus. Em contrapartida, Paulo diz que, Jesus Cristo é o único meio
de reconciliação e sua morte na cruz o único método que Deus escolheu para usar. Mais uma
vez foi o Pai que soberanamente, quis reconciliar todas as coisas através (δι') do Filho.
É digno de nota que o verbo aqui utilizado para “reconciliação” (ἀποκαταλλάξαι)
ocorre apenas mais duas vezes no Novo Testamento (v. 22; Ef 2.16.). Seu uso neste texto
parece similar aos demais usados pelo Apóstolo e traz a ideia de “mudança de inimizade para
amizade”, “nova harmonia” e “nova paz”. (cf. Rm 5.10, 11; 2 Cor 5.1820;). Segundo
Vaughan, a maneira que ele foi colocado aqui, provavelmente tem a força intensiva: “para
mudar completamente”, ou, “mudar de modo a remover toda a inimizade”. [120]
Devese notar também que há outros verbos que Paulo usa na Bíblia (os quais também
são usados na literatura secular) que possibilita a reconciliação por meio da ação bilateral, ou
seja, duas pessoas que trabalham juntas em favor da reconciliação. Todavia, o verbo
ἀποκαταλλάξαι aponta para uma reconciliação unilateral. Em suma, a reconciliação é a obra
completa de Deus Pai por meio do Deus Filho, pelo qual o homem é levado da posição de
inimizade para a posição de harmonia e paz ele mesmo.
Paulo assevera ainda que, a cruz é o lugar, uma parte vital e necessário da
reconciliação. Isto é evidente nas palavras, “tendo feito paz através do sangue dele” (Col.
1:20 , cf. também Ef. 2:1418 ). É na cruz que Cristo se tornou o substituto do corpo que é a
igreja e pagou o preço pelos pecados de cada membro eleito. Essa mensagem da Cruz, que
para os filósofos era loucura, para os legalista era escândalo, é meio de reconciliação e
salvação para os que creem.
Finalmente, o apostolo assevera que este trabalho de reconciliação se estende a “todas
as coisas... na terra ou nos céus”. De início devese entender que este versículo não ensina o
universalismo ou a salvação universal. O universalismo é o ensino que todos os seres,
incluindo aqueles que rejeitaram a Jesus Cristo, um dia vão ser salvos. Não era isso que Paulo
acreditava. “Restauração universal” não era uma parte da teologia de Paulo, pois ele
certamente ensinava que os pecadores precisavam acreditar em Jesus Cristo para serem
salvos.[121] Além disso, todo e qualquer ensino de salvação universal é totalmente contrário
ao resto das Escrituras.
Então, o que as palavras “todas as coisas” e “quer as coisas sobre a terra, quer as
coisas no céu”, se referem? É verdade que os seres humanos caídos são os objetos principais
desta reconciliação. Isto fica claro a partir do Novo Testamento em geral e da continuação
deste texto (v. 2123). Mas seria um erro grave (nem sempre evitado) limitar este trabalho
“conciliação” para seres humanos.[122] Como corretamente observa Ladd “a ideia bíblica de
redenção sempre inclui a terra. O pensamento hebraico via uma unidade essencial entre
homem e natureza”.[123] Segundo ele, “em lugar algum o Antigo Testamento prega a
esperança de uma redenção incorpórea, imaterial, meramente “espiritual”, como o faz o
pensamento grego”.[124]
A resposta, então, é que Paulo quer mostrar que a reconciliação de Deus não se limita
a humanidade. Exegetas e comentaristas têm afirmado que colossenses 1. 20 deve ser
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 21/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
entendido à luz de Romanos 8.1823. Johnson, explicando este texto a luz de Romanos, diz
que o apóstolo vê o homem e a criação ligados entre si. O pecado do homem afetou toda a
criação (cf. Gn 3,1719). Respondendo a isso, a reconciliação afeta não só o homem, mas o
universo criado. A própria criação geme e está cheia de dor enquanto espera o dia da sua
redenção (cf. Rm 8.22).[125]
Hoekema falando sobre esse assunto assevera que:
Hermann Ridderbos parece ter a mesma ideia ao dizer:
Esta redenção [operada por Cristo]... adquire o sentido de um drama divino que
abrange tudo, ou, seja, é uma luta cósmica, na qual está envolvido não somente o
homem em seu pecado e condição de perdição, e na qual estão inscritos os céus e a
terra, anjos e demônios, e cujo alvo é trazer de volta todo o cosmos criado para
estar sob o domínio e senhorio de Deus.[127]
Douglas Moo vai mais longe e diz que a chave para o entendimento é a elaboração
dessa ideia na cláusula participial: “tendo feito paz através do sangue da cruz dele”. Segundo
ele, esta linguagem tem como pano de fundo a previsão do Velho Testamento que, no último
dia Deus vai estabelecer וםᶩָ
שׁ (“shalom” “paz” ou “bemestar”) universal. O Antigo
Testamento Javé sobre a forma de “paz” traria segurança e bênção para Israel na terra que ele
mesmo lhes deu. Essa ideia ao que parece se estenderia a toda criação. Provavelmente com
isso em mente, Paulo proclama que a paz já foi estabelecida em Cristo. Assim, o universo, em
Cristo, foi trazido de volta para a sua ordem divinamente criada e determinada. Ele está
novamente sob a cabeça e paz cósmica voltou. [128]
Sendo assim, ao responder ao evangelho, os Colossenses experimentaram essa
reconciliação (vv. 2122), e são, portanto, habilitados, como novas pessoas da Nova Aliança
de Deus, para viver em paz um mundo perigoso e hostil. Eles não precisam temer os poderes
espirituais que se acreditava ser tão determinante do seu destino.[129]A importância desta
verdade é evidente: os anjos ou quaisquer outros seres espirituais não possuir o poder de
transformar o mundo em um caos. O reino dos céus já chegou (mesmo que ainda não esteja
em sua forma plena) e o caos já se transformou em cosmos.
Quando Paulo escreveu este texto, ele estava no primeiro momento, interessado na
resposta dos leitores da igreja de Colossos quanto à pessoa e obra de Cristo. Como já fora
dito, foi na igreja dos Colossos que houve uma das primeiras tentativas de negar a total
supremacia e suficiência de Cristo. Os falsos mestres de Colossos alegavam que Cristo
sozinho não era suficiente nos aspectos espirituais ou na plenitude da vida.
Consequentemente defendiam uma variedade de aditivos espirituais. Grande parte dos
comentaristas,[130] tem dito que um dos propósitos de Paulo ao escrever esta carta foi o de
combater a “heresia de Colossos”, mostrando a supremacia e suficiência de Cristo. Ao que
parece, Paulo escreveu Colossenses 1: 15 – 20 a fim de responder principalmente, as ideias
filosóficas desta heresia. Esta resposta, por sua vez, visava alcançar tanto judeus como
gentios.
Nesse sentido, Paulo almejava que seus leitores entendessem que Cristo era tudo o
que eles precisavam para a redenção da alma e a plenitude da vida. Aos judeus, como bem
observa Frank Thielman, Paulo mostra que “Cristo desempenhou um papel tradicionalmente
atribuído à ‘sabedoria’ na criação e, portanto está acima de todos os outros poderes
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 22/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
cósmicos”.[131] E aos gentios, os quais estavam sendo influenciados fortemente pela
filosofia prégnóstica, Paulo afirma que, todos os aqueles que “têm acesso a ele pela fé (2.
12), tem acesso a todos os tesouros da sabedoria e o conhecimento necessários para enfrentar
o seu caminho através da vida.”[132] (itálicos meus). Herman Ridderbos parece seguir a
mesma ideia quando diz que o que é anunciado neste texto é o mesmo no contexto da oração
de efésios, onde Cristo é apresentado como sendo “largura e cumprimento e largura e
profundidade” (3. 18)[133]
Em suma, a mensagem de Paulo para a igreja se Colossos neste texto, é que o Cristo
encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a esfera na qual tudo subsiste e o
agente de Deus para trazer o cosmo em harmonia através da reconciliação. Em resposta a
está verdade, os Colossenses deveriam abandonar todos os aditivos apresentados pelos falsos
mestres e confiar apenas em Cristo tanto no que se refere à salvação de suas almas, como em
relação à plenitude de suas vidas.
Como já tido, este texto foi inicialmente escrito para os cristãos de Colossos ou talvez
para todos os cristãos região do vale do rio Lico (e assim as cidades de Laodiceia e Hierápolis).
[134] Entretanto, seus efeitos e aplicações são para todas as épocas, pois suas verdades são atemporais. Por
essa razão, podemos tirar da presente perícope princípios fundamentais para a vida da igreja
hoje. De início percebese que muitos dos elementos da heresia de Colossos (a filosofia
gnóstica, o legalismo, o misticismo e o asceticismo) também ameaçaram a igreja durante toda
história e tem ameaçado a igreja contemporânea.
Ao longo dos anos e atualmente, muitos falsos mestres têm apregoado que Evangelho
de Cristo deve ser completado por um sistema elaborado de pensamentos pseudofilosóficos
alcançados pelo intelecto. Uma espécie de gnosticismo moderno. Vêse ainda, mestres
legalistas ensinando que somente um relacionamento pessoal, vital e pessoal com Cristo não
é suficiente para satisfazer a vontade de Deus.[135] Logo, é necessária a observância das leis
para conquistar o amor de Deus. Outros, tomados por um misticismo sincrético, se entregam
a visões e êxtases, e acreditam no poder das “inúmeras correntes”, “campanhas”, “óleos de
Israel”, “sal ungido”, “descarrego” entre outras coisas. Por fim, há aqueles defendem práticas
acéticas de absterse de coisas lícitas para ganhar mérito com Deus. Por isso, há proibição
quanto às vestes, cortes de cabelo e outras práticas aceitáveis na Bíblica, mas proibidas com
objetivo de “mortificar” a carne e “elevar” o espírito.
O resgate da supremacia e suficiência de Cristo não é apenas necessário, é também
urgente. Em um mundo de vazio teológico precisamos resgatar umas das doutrinas mais
desprezadas nos últimos anos, isto é, a cristologia. Precisamos mostrar a centralidade de
Cristo no Evangelho da salvação. Muitas pessoas estão buscando algo que substitua a fé por
alguma moda que tenha um colorido cristão. Todavia, Cristo é único suficiente para vida
cristã. O legado deixado por ele nos aponta o verdadeiro caminho para o céu, onde todo eleito
tem uma herança guardada e preservada pelo próprio Deus. E, a única coisa a fazer para
desfrutar desta gloriosa herança, é andar em Cristo, o único e suficiente caminho.
Por isso, o texto de Colossenses 1. 15 20 é extremamente relevante. Hoje tanto
quanto no tempo da escrita do mesmo, a mensagem de Paulo para nós é clara: Jesus Cristo o
supremo e divino Filho de Deus é tudo que precisamos para a salvação da alma e plenitude
da vida.
Seguindo a divisão da teologia bíblica feita por Van Groningen [136] (Criação e
consumação) percebese que o presente texto tem vários elementos dela. Ele apresenta Jesus como o Criador de
todas as coisas e como redentor de toda a criação. O mundo foi criador por meio dele e será julgado por Ele. De
modo mais especifico, veremos abaixo aspectos da teologia bíblica, sistemática e pastoral.
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 23/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Paulo mostra nestes versos, que o universo foi criado no Filho (como a esfera), por
meio dele (como o agente divino), para ele (como o objetivo ou alvo), que foi também
estabelecida de forma permanente nele (como o sustentador do universo). [137]
A confissão de fé de Westminster tratando sobre esse assunto afirma que:
“Aprouve a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do
seu eterno poder, sabedoria e bondade, criar ou fazer do nada, no espaço de seis
dias, e tudo muito bom, o mundo e tudo o que nele há, visíveis ou invisíveis”.
[138]
A. A. Hodge comenta que “Deus único, que é Pai, Filho e Espírito Santo, no prin
cípio
criou do nada os elementos do mundo, e os trouxe à sua presente forma”.[139] Rev. Onézio,
comentando a confissão de fé de Westminster, corretamente assevera que “o ato visível da
expiação aconteceu no tempo, mas seus efeitos redentores existem eficazmente desde antes
da criação. Ninguém foi, é ou será salvo senão por Jesus Cristo, o eternamente divino. A
eternidade do Cordeiro não pode ser negada, se afirmada a sua real divindade.”[140] Essa
verdade é claramente apresentada pelo Apostolo João: “Adoráloão todos os que habitam
sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro, que foi
morto desde a fundação do mundo” (Ap 13. 8). O Cristo que apareceu na história existiu
antes dela, e já na condição de Filho e com a missão de redimir os escolhidos do Pai por meio
de sua morte expiatória e darlhe uma vida plena por meio de sua união mística. Os
sofrimentos de Cristo antecedem a existência da humanidade.[141] Isso o torna o único
Redentor poderoso!
A palavra “imagem” implica em um arquétipo que incorpora a verdade essencial
(ontológica) de seu protótipo. Diferente do ser humano que tem a imagem de Deus no que se
referem as seus atributos comunicáveis, Cristo é a imagem de Deus no sentido ontológico.
Dr. Grudem, analisando este texto diz que, Jesus é “a duplicada exata da natureza de Deus,
que se torna igualmente a Deus em seus atributos”.[142] Philip Edgcumbe Hughes afirmar
que: “não é tanto… a glória da deidade do Filho brilhando por meio de sua humanidade,
mas… a glória de Deus sendo manifesta na perfeição de sua humanidade, completamente
harmonizada com a vontade de Deus.”[143]
Esta verdade foi defendida na história da igreja. Combatendo a Arianismo, os
Concílios da Igreja apresentaram Cristo como sendo homoosuios (Gr. homos mesmo
e ousia essência) de Deus. O termo homoousion do patri (mesma essência do Pai) significa
que Cristo está unido intimamente com o Pai. O Filho, embora distinto em existência está
essencialmente unido a ele.[144] Atanásio também defendeu e expôs veementemente está
ideia. Ele, contestando a Ário, defendeu vigorosamente a posição de que o Filho é
consubstancial com o Pai e da mesma essência do Pai.[145] Esta posição foi oficialmente
adotada pelo Concilio de Nicéia, em 325, onde se ler que Jesus Cristo é o “unigênito Filho de
Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus
de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as
coisas foram feitas...”[146]
Calvino comentando o Concílio de Nicéia assevera:
Reconheço que este vocábulo consubstancial não consta na Escritura. Entretanto,
quando se afirma aí tantas vezes haver um só Deus, e contudo tantas vezes a
Escritura declara Cristo como verdadeiro e eterno Deus, um com o Pai, que outra
coisa fazem os pais nicenos que ele era de uma mesma essência, senão expor
simplesmente o sentido natural da Escritura? [147] (destaque nosso).
A definição universalmente aceita da doutrina da Igreja quanto à pessoa de Cristo é
aquela que foi formulada pelo quarto Concílio Geral, consistindo de muitos pais da igreja que
se reuniram em Calcedônia, em 451 A.D.[148] A conclusão que estes teólogos chegaram foi:
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 24/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve
confessar um só mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à
divindade e perfeito quanto à humanidade, verdadeiramente Deus e
verdadeiramente homem, constando de alma racional e consubstancial
[homoousios] ao Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a
humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado,
segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós
e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos]. Um só e
mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar em duas naturezas,
inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis...[149]
A Confissão Helvética segue o mesmo caminho ao declarar: “Portanto, quanto à sua
divindade, o Filho é coigual e consubstancial com o Pai; verdadeiro Deus (Fl. 2.11), não de
nome ou por adoção ou por qualquer dignidade, mas em substância e natureza...”[150] E
acrescenta: “...abominamos, pois, a doutrina ímpia de Ário e de todos os arianos contra o
Filho de Deus.”[151] A confissão de fé de fé de Westminster expressa a mesma verdade ao
dizer que “o Filho de Deus, a segunda Pessoa da Trindade, sendo vero e eterno Deus, de uma
só substância com o Pai e igual a ele...”[152] Todos estes credos e confissões afirmam que o
Jesus histórico, que se fez um de nós e esteve entre nós, era verdadeiramente Deus. Aquele
que tem a mesma essência e substancia com o Pai.
8.3. CRISTOLOGIA – UNIÃO HIPOSTÁTICA DAS DUAS
NATUREZAS.
Paulo diz que Jesus é primogênito da criação e que nele habita a plenitude da
divindade. Segundo o Dr. Heber isso aponta para a união hipostática das duas naturezas. Ou
seja, Cristo não tem apenas algumas características da natureza divina, mas todas elas.[153]
Somente Jesus é uma pessoa com duas naturezas, pois era necessário que ele assim fosse. Se
ele fosse apenas um ser humano, jamais teria suportado os sofrimentos enquanto esteve entre
nós. Por outro lado, se ele possuísse apenas a natureza divina, não poderia ser o nosso
mediador. Falando sobre a necessidade da deidade do Filho o Catecismo maior de
Westminster assevera que:
Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e
guardála de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor
e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça
de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu
Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzilo à salvação eterna.[154]
Era necessário que ele fosse verdadeiramente Deus para que obedecesse perfeitamente a
Lei e se tornasse redentor do homem. Sendo verdadeiramente divino, ele foi forte e poderoso
o suficientemente para como o segundo Adão não pecar. Ele precisava ser Deus para
“suportar o peso da culpa do pecado de seu povo, bem como a ira de Deus que cairia sobre
ele como representante dos eleitos, libertando, assim, os seus da maldição decorrente do não
comprimento da lei”.[155] Era necessário que Cristo fosse divino a fim de apresentarse
como sacrifício perfeito e aplicasse de forma eterna seus méritos ao seu povo redimido e
assim vencesse nosso maior inimigo, isto é, satanás.[156] As palavras de Calvino são
esclarecedoras: “Cristo sofreu como homem, no entanto, a fim de que sua morte pudesse
efetuar nossa salvação, sua eficácia fluiu do poder do Espírito. O sacrifício que produziu a
expiação eterna foi muito mais que uma obra meramente humana”.[157]
Já no que se refere a sua plena humanidade o mesmo catecismo afirma:
Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 25/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as
nossas enfermidades; para que recebêssemos a adoção de filhos, e tivéssemos
conforto e acesso com confiança ao trono da graça. [158]
Se por um lado Jesus tinha que ser Deus, por outro ele deveria ser plenamente
homem. Sua humanidade fora necessário, pois somente como homem ele podia se submeter à
Lei de Deus (obediência passiva) e obedecêla (obediência ativa). Também, para “arcar
moral, física e espiritualmente com as consequências do pecado de seu povo”.[159] Como
homem sem pecado ele pode apresentar a si mesmo como oferta santa e imaculada (Hb 7.26
27; 9:14) e morrer pelos pecadores eleitos, visto que somente a carne pode morrer (IPe 1:18
20).[160]
Assim, ele tinha que ser homem para pagar a dívida humana e ser Deus para pagála
perfeitamente e para sempre. Calvino esclarece este ponto ao dizer:
Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si
só não poderia vencêIa, Ele tomou sobre Si a natureza humana em união com a
natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, e
que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar
para nós a vitória sobre ela.[161]
A plenitude de Deus habita no homem histórico Jesus. Somente Jesus é uma pessoa
com duas naturezas, pois era necessário que ele assim fosse. Se ele fosse apenas um ser
humano, jamais teria suportado os sofrimentos enquanto esteve entre nós. Por outro lado, se
ele possuísse apenas a natureza divina, não poderia ser o nosso mediador. Falando sobre a
necessidade da deidade do Filho o Catecismo maior de Westminster assevera que:
Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e
guardála de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor
e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça
de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu
Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzilo à salvação eterna.[163]
Era necessário que ele fosse verdadeiramente Deus para que obedecesse perfeitamente a
Lei e se tornasse redentor do homem. Sendo verdadeiramente divino, ele foi forte e poderoso
o suficientemente para como o segundo Adão não pecar. Ele precisava ser Deus para
“suportar o peso da culpa do pecado de seu povo, bem como a ira de Deus que cairia sobre
ele como representante dos eleitos, libertando, assim, os seus da maldição decorrente do não
comprimento da lei”.[164] Era necessário que Cristo fosse divino a fim de apresentarse
como sacrifício perfeito e aplicasse de forma eterna seus méritos ao seu povo redimido e
assim vencesse nosso maior inimigo, isto é, satanás.[165] As palavras de Calvino são
esclarecedoras: “Cristo sofreu como homem, no entanto, a fim de que sua morte pudesse
efetuar nossa salvação, sua eficácia fluiu do poder do Espírito. O sacrifício que produziu a
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 26/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
expiação eterna foi muito mais que uma obra meramente humana”.[166]
Já no que se refere a sua plena humanidade o mesmo catecismo afirma:
Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e
obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as
nossas enfermidades; para que recebêssemos a adoção de filhos, e tivéssemos
conforto e acesso com confiança ao trono da graça. [167]
Se por um lado Jesus tinha que ser Deus, por outro ele deveria ser plenamente
homem. Sua humanidade fora necessário, pois somente como homem ele podia se submeter à
Lei de Deus (obediência passiva) e obedecêla (obediência ativa). Também, para “arcar
moral, física e espiritualmente com as consequências do pecado de seu povo”.[168] Como
homem sem pecado ele pode apresentar a si mesmo como oferta santa e imaculada (Hb 7:26
27; 9:14) e morrer pelos pecadores eleitos, visto que somente a carne pode morrer (IPe 1:18
20).[169]
Assim, ele tinha que ser homem para pagar a dívida humana e ser Deus para pagála
perfeitamente e para sempre. Calvino esclarece este ponto ao dizer:
Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si
só não poderia vencêIa, Ele tomou sobre Si a natureza humana em união com a
natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, e
que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar
para nós a vitória sobre ela.[170]
Paulo nos mostra que a mensagem a ser pregada em todas as épocas é a mensagem da
cruz, pois essa mensagem, que para os filósofos era loucura, que para os legalista era
escândalo, é para os que creem meio de reconciliação e de salvação, pois é por meio do
sangue de Cristo que alcançamos paz com Deus. (Cf. Co. 1. 20).
Paulo lembra aos colossenses que o evangelho que tem sido pregado é o único dado
pelo próprio Cristo e não há outro. Este, sem dúvida, contrasta com as visões sectárias que
eram propagadas entre os colossenses por aqueles que estavam apresentando outro
evangelho. O apostolo mostra que o Evangelho de Cristo é o centro das Escrituras. Aos
judaizantes que queriam interpretar a Escritura sem considerar a pessoa e obra de Cristo, o
apóstolo assevera, nesta carta e em outras, que toda a Escritura fala direta ou indiretamente
sobre Cristo. O Antigo Testamento anuncia sua vinda, os Evangelhos o mostram entre nós, e
as cartas juntamente com Atos e Apocalipse, apresentam a esperança de seu retorno.
Agostinho, seguindo esta ideia, afirma que o cânon bíblico, inclusive o Velho
Testamento (que os judaizantes tanto seguiam), deve ser abordado como uma unidade
cristocêntrica.[172] Em outras palavras, um evento na vida dos patriarcas, um episódio da
vida de Davi, uma experiência dos profetas não podem ser apresentados como uma cena
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 27/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
isolada, mas como uma unidade cristológica.[173] Thomas Adams afirma que Cristo é “a
suma de toda Bíblia, profetizando, tipificando, prefigurando, exibido, demonstrado, a ser
encontrado em cada folha e em cada linha”.[174]
Os reformadores também afirmavam que as Escrituras deveriam ser interpretadas e
pregadas de forma cristocêntrica. O princípio cristológico ou cristocêntrico reformado de
interpretação e pregação das Escrituras afirma que Cristo é a chave e o centro tanto em uma
como em outra. A Bíblia, do início ao fim, se refere a ele, se concentra nele e dá testemunho
dele.[175] Lutero assevera que “se olharmos seu significado interior, toda Escritura é
somente sobre Cristo em todo lugar, ainda que superficialmente possa parecer diferente”.
[176]
Para Calvino, “Cristo é a substância, escopo e essência da revelação bíblica, e só é
possível compreender as Escrituras, se elas forem lidas ‘com o propósito de encontrar Cristo
nelas’”.[177] Assim, Cristo é o tema central tanto de Velho como do Novo Testamento. Este
ensino bíblico apostólico visto nestes personagens da ortodoxia eclesiástica nos lembra da
necessidade do reconhecimento da centralidade de Jesus Cristo (sua pessoa e obra) na
interpretação e pregação das Escrituras.
Bryan Chapell em seu livro “Pregação Cristocêntrica”, mostranos que, em todas as
pregações (seja no AT ou no NT) devemos considerar o que ele mesmo chama de “FCD
Focalização da Condição Decaída”.[178] Citando Thomas F. Jones ele afirma:
A verdadeira pregação cristã precisa centralizarse na cruz de Jesus Cristo. A cruz é
a doutrina central dos santos escritos. Todas as outras verdades reveladas, ou
encontram seu cumprimento na cruz, ou são necessariamente fundamentadas sobre
ela. Portanto, nenhuma doutrina da Escritura pode fielmente ser apresentada aos
homens a menos que se torne manifesto o seu relacionamento com a cruz. Aquele
que é vocacionado para pregar, portanto, deve pregar a Cristo, pois nenhuma outra
mensagem há que proceda de Deus.[179]
Diante disso, devemos entender que a pregação da Bíblia só será entendida de forma
clara e completa se feita numa perspectiva Cristocêntrica. Não devemos pregar outra coisa
senão Jesus Cristo Ressurreto. Uma pregação separada do centro, na melhor das hipóteses,
trará uma moral edificante, mas jamais será uma pregação bíblica.[180] Como afirma Chapell
“uma mensagem que meramente defende a moralidade e a compaixão permanece na condição
de mensagem não integralmente cristã, mesmo que o pregador seja capaz de provar que a
Bíblia exige tais ensinamentos”.[181]
Hoje em dia, não são poucos os sermões pregados que jamais mencionam a Cristo. Há
outros, que Jesus Cristo é mencionado, mas a atenção dos ouvintes é direcionada para
aplicações legalistas, “psicologisadas” e acima de tudo antropocêntricas. A fim de agradar o
homem a igreja tem pregado um evangelho que deixa de lado o DeusHomem. C. H.
Spurgeon aconselhava os seus alunos que apegassem a verdade e anunciassem todo o
conselho de Deus, ao invés de cederem às pressões da época e agradarem aos seus ouvintes.
E ensina:
A Igreja precisa voltar a um princípio reformado “Sola Scriptura”, e ao tempo dos
apóstolos, quando a pregação não era outra senão a pessoa e obra de Cristo. Diante das
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 28/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Muitos cristãos já perderam de vista a suficiência de Cristo em suas vidas. O exemplo
disso, é a crenças que, para abandonar alguns vícios, precisa de Jesus mais medicação,
tratamento psicológico, etc. Buscam a autoajuda, mas se esquecem da ajuda do alto. Quanto
mais soluções horizontais os homens buscam mais desorientados eles ficam. O grande
número de teorias seculares tem tentado explicar a dor da alma humana, mas sempre sem
sucesso. Além disso, elas a deixam hoje, pior do que se encontravam ontem. Esse texto nos
mostra que Cristo é suficiente para todos os aspectos da nossa vida.
A verdade apresentada por Paulo aos colossenses é útil a nós hoje. Ele diz mais uma
vez que Cristo é suficiente para todos os aspectos da nossa vida. Jesus Cristo é a origem e
alvo de toda a realidade. O mundo inteiro somente pode ser entendido corretamente quando é
visto, a partir de Cristo, e em direção de Cristo. Para o apóstolo, em Cristo nós somos
aperfeiçoados. Suas palavras são: “Também, nele, estais aperfeiçoados.” (Cl. 2.10).
Jay Adams estava correto ao afirmar que Jesus Cristo deve estar no centro de todo
genuíno aconselhamento cristão.[183] Ele assevera ainda que “qualquer forma
aconselhamento que remova Cristo dessa posição de centralidade deixa de ser cristã na
proporção em que o faça”.[184] Por isso, nada pode desviar nossa fé do supremo e Senhor
Jesus Cristo. Ele é suficiente para vivermos uma vida que agrada a Deus. Nele achamos tudo
que precisamos para vencer as adversidades da vida.
Em Cristo Jesus o ser humano se reencontra (não teoricamente, mas de modo real)
como pessoa criada segundo a imagem de Deus, destruída na queda do pecado e agora salva e
renovada. Em Jesus são respondidas todas as indagações do ser humano si mesmo (“de onde
eu vim” e “para quê estou aqui”).[185] John MacArthur retoricamente perguntou: “Onde
podemos obter respostas confiáveis para as mais difíceis perguntas da vida?”[186] Ele
mesmo respondeu: “Nosso todosuficiente salvador não nos deixou sem amplos recursos
espirituais. Sua perfeita sabedoria está disponível em sua Palavra”.[187]
Talvez a pergunta a ser levantada, a qual trará luz à nossa discussão é: “Por que
somente Cristo tem a solução de fato para os nossos problemas?” A resposta desta pergunta
deve considerar um aspecto importante que nos leva a outra pergunta, a saber: “Qual é a
causa dos problemas dos seres humanos?” Resposta bíblica é: “A pecaminosidade do seu
coração”. O pecado original e atual são os grandes responsáveis dos nossos problemas.
A história bíblica confirma esta verdade. Quando Deus criou o ser humano ele o fez
perfeito e com plena felicidade. Entretanto, a queda alterou este quadro. A perfeição deu
lugar ao pecado, o qual conduziu o homem à rebeldia e a insensatez, consequentemente, ao
afastamento do ideal da vida. Para resolver este problema, Deus prometeu enviar um salvador
(Jesus Cristo todosuficiente) que mudaria a situação.
Segundo Paul David Tripp, a boa notícia é que este salvador veio para trazer
mudanças profundas e permanentes. Ele veio para redimir a humanidade e resolver o
problema central do ser humano, isto é, o pecado: que levou todos nós há uma condição e
comportamento infeliz. A implicação dessa notícia é que somente Cristo pode resolver esse
problema humano.[188] Qualquer outro antídoto é apenas paliativo.
Este é, talvez, o grande diferencial do aconselhamento bíblico para uma consulta
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 29/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
psicológica. A psicologia secular humanista parte do pressuposto de que o homem deve ser
entendido como um ser contido em si mesmo, isto é, autônomo. Todas as demais conclusões
sobre ele seguem à risca esta ideia. A visão reformada, entretanto, enxerga o homem dentro
de sua real história de vida, por meio dos conceitos da criação, queda e redenção. Somente
Cristo pode tratar do mal na raiz.[189]
Sendo assim, a o aconselhamento cristocêntrico parte do princípio de que o homem
sem Deus está totalmente perdido e sem esperança. A única solução para os problemas de
sua alma está na cruz. Só em Jesus o homem pode ter a paz verdadeira, só nele
encontramos respostas para os anseios e temores. O maior problema da alma é o pecado e só
Jesus tem a cura!
Concluo esta parte citando mais uma vez John MacArthur:
A igreja está afundando num atoleiro de mundanismo e de autoindulgência (sic).
Mas do que nunca, precisamos de uma geração de líderes dispostos a confrontar
essa tendência. Precisamos de homens e mulheres piedosos, mais do que nunca,
precisamos de uma geração de líderes dispostos a confrontar com a verdade de que
em Cristo nós herdamos recursos espirituais suficientes para cada necessidade, para
cada problema – tudo que conduz a vida e a piedade.[190]
Conclusão:
Nunca se tentou criar tantos atalhos para céu como nos últimos dias. Tomar a cruz e
seguir a Jesus tem sido literalmente caminhar com um madeiro. O cristianismo virou
sinônimo de legalismo para vários grupos religiosos. Por outro lado, há os que querem tornar
este caminho mais suave e tranquilo. O antropocentrismo e suas técnicas humanas têm
tomado o lugar de Cristo na igreja. A verdade de Deus tem sido esquecida e muitas vezes
abandonada. O gnosticismo tem sido avivado e a luz de Cristo apagada. Neste mudo
precisamos lembrar que O Cristo encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o
Criador do universo, o sutentator do cosmo que reina sobre a igreja e o agente de Deus na
reconciliação de toda criação.
Aplicação:
Cristo é o único suficiente para vida cristã. O legado deixado por ele nos aponta o
verdadeiro caminho para o céu, o qual todo eleito tem uma herança guardada e preservada
pelo próprio Deus. E, a única coisa a fazer para desfrutar desta gloriosa herança, é andar em
Cristo, o único e suficiente caminho.
CONCLUSÃO
Agora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre a
passagem bíblica aqui analisada. Gostaria de concluir com três aspectos apenas. O primeiro
está relacionado com a mensagem principal do texto. Como foi observado, com este texto
Paulo pretendia combater os falsos mestres de Colossos, os quais não negavam a Cristo, mas
não lhe davam lugar supremo. A fim de cumprir este propósito ele usa um provável hino
onde o Cristo encarnado é apresentado como supremo sobre todas as coisas, por ser Ele
somente o criador universo, a esfera na qual tudo subsite e o agente de Deus para trazer o
cosmo em harmonia através da reconciliação.
O segundo, esta ligado às perguntas iniciais apresentadas na introdução deste trabalho.
Como vimos o pano de fundo desta carta estava marcado por aquilo que no meio acadêmico é
chamado de a “heresia de Colossos”. O que era e o que ensinava tal heresia é ainda fruto de
grande debate na academia. Mas podese asseverar que ela era uma eclética mistura de
legalismo judaico, especulação filosófica grega e misticismo oriental combinados com um
sabor cristão.[193] Esta heresia usava a máscara do cristianismo, mas não tinha nada de
Cristo. Tinha o rótulo do cristianismo, mas nenhum conteúdo de Cristo.
Vimos também, que termo πρωτότοκος (primogênito) não pode ser entendido como
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 30/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
se Cristo fosse o primeiro ser criado. O contexto deixa claro que ele é o único por quem a
criação toda veio a existir.[194] É digno de nota, também, que tanto Lightfoot, como F. F.
Bruce, citam dois textos rabínicos, cujo termo “primogênito” é usado para Deus, o Pai.
Nestes textos, não há certamente como concluir que Deus seja parte da criação.[195] Assim,
como corretamente observa Keathley, “primogênito”, neste texto, significa duas coisas: Ele
precedeu toda a Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[196] Ainda sobre isso, vimos
que, o erro de muitos estudiosos ao longo da história (entre eles Ário) foi o de não entender a
luz do contexto, o genitivo κτίσεως (substantivo genitivo feminino singular – “criação”). Este
não pode ser entendido como “partitivo” (Cristo como parte da criação), mas sim como
genitivo de “subordinação”.[197]
Terceiro e último, gostaria de destacar, os aspectos teológicos e práticos dessa
perícope e sua aplicação à igreja contemporânea. Em um mundo de vazio teológico
precisamos resgatar uma das doutrinas mais desprezadas nos últimos anos, isto é, a
Cristologia. Precisamos mostrar a centralidade de Cristo no Evangelho da salvação. Além
disso, precisamos mostrar a suficiência de Cristo para a salvação e plenitude da vida. Muitas
pessoas estão buscando algo que substitua a fé por alguma moda que tenha um colorido
cristão. Todavia, Cristo é o único suficiente para vida cristã. O legado deixado por ele nos
aponta o verdadeiro caminho para o céu, onde todo eleito tem uma herança guardada e
preservada pelo próprio Deus. E, a única coisa a fazer para desfrutar desta gloriosa herança, é
andar em Cristo, o único e suficiente caminho.
Finalmente, precisamos resgatar a pregação da Cruz. Paulo nos mostra que a
mensagem a ser pregada em todas as épocas é a mensagem da cruz, pois essa mensagem, que
para os filósofos era loucura, que para os legalista era escândalo, é para os que creem meio de
reconciliação e de salvação, pois a cruz é o único método de Deus para a salvação do homem
(Cf, Co. 1. 20). A minha mais sincera oração, é que Deus dê graça a sua igreja para que ela
não mais tente adicionar adornos ao evangelho de Cristo. Ele é tudo que precisamos!
Voltemos a esta verdade.
Rev. Jailson Santos
[1] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
[2] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373.
[3] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
[4] KEATHLEY, J. Hampton, III. Background on Colossians. Artigo disponível em:
<http://bible.org/seriespage/backgroundcolossians> Acessado em: 18/04/2011
[5] VAUGHAN, Colossenses (EBC), 164 apud WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin.
Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
[6] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 365.
[7] HARRISON, P. H. The Problem of the pastoral espistles p. 20 – 22 Apud CARSON D. A.; MOO, Douglas
J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 365.
[8] BARCLAY'S, William. Daily Study Bible Commentary New Testament. Disponível na Bíblia eletrônica e
sword
[9] THOMPSON, Colossians, 105 apud WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin.
Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
[10] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The
Word
[11] BARCLAY'S, William. Daily Study Bible Commentary New Testament. Disponível na Bíblia eletrônica
esword
[12] BARCLAY, William. Colossenses. São Paulo: Vida Nova, 2000.
[13] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 366.
[14] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 366.
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 31/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
[15] HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento – Colossenses e Filemon. Tradução de Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p. 95.
[16] Ibid
[17] LOPES, Hernandes Dias. Comentários expositivos: Colossenses. Ed. Hagnos, 2008. p. 18.
[18] ENCICLOPÉDIA DA BÍBLIA. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. 1 v. p. 1094
[19] Ibid
[20] LOPES, Hernandes Dias. Comentários expositivos: Colossenses. Ed. Hagnos, 2008. p. 18.
[21] Apud ibid
[22] KEATHLEY, J. Hampton, III. Background on Colossians. Artigo disponível em:
<http://bible.org/seriespage/backgroundcolossians> Acessado em: 18/04/2011
[23] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
165
[24] BRUCE B., Comentarios de la Biblia del Diario Vivir (Nashville, TN: Editorial Caribe) 1997. Disponível
na Bíblia eletrônica esword.
[25] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The
Word
[26] Ver os comentaristas usados para fazer este trabalho na bibliografia.
[27] Gnosticismo vem do grego “γνώσεως” (“conhecimento”, “saber”) e segundo R.N. Champlin, referese a um
movimento dedicado à obtenção de um conhecimento “genuíno” maior, por meio do qual, se cria, que poderia
ser obtida a salvação e plenitude da vida. O termo “gnósticos” foi originalmente usado pelos próprios grupos
que buscavam o γνώσεως” (“conhecimento”, “saber”). Para eles, a questão fundamental buscar a “πλήρωμα”
(plenitude), obtida pela “γνώσεως”. Cf. Gnosticismo in: CHAMPLIN, Russell Norman; BENTES, João
Marques. Enciclopédia de bíblia teologia e filosofia. 3rd ed. São Paulo: Candeia, 1995. V. 3.; VIEIRA,
Samuel. O império gnóstico contraataca: a emergência do neognosticismo no protestantismo brasileiro. São
Paulo: Cultura Cristã, c1999. P. 18.
[28] BRUCE B., Comentarios de la Biblia del Diario Vivir (Nashville, TN: Editorial Caribe) 1997. Disponível
na Bíblia eletrônica esword.
[29] CHAMPLIN, Russell Norman; BENTES, João Marques. Enciclopédia de bíblia teologia e filosofia. 3rd ed.
São Paulo: Candeia, 1995. V. 3. p. 118
[30] Isso será visto mais a frente no tópico, “delimitação da pericope”
[31] Entre as quais estão aquelas que veem na passagem uma fórmula que emana da sinagoga judaica
helenística, a qual louva a Palavra divina ou Sabedoria. Há também, aqueles que afirmam que foi um hino
gnóstico celebrando a autoridade do governante do mundo mais os poderes do cosmos.
[32] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373.
[33] Cf. MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[34] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[35] BRUCE, F. F. Colossian Problems, Pt 4 : Christ as Conqueror and Reconciler, Bibliotheca sacra 141, no.
564 (1984). 291–302.
[38] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373.
[39] Ibid
[40] FRANCE, R.T. “The Worship of Jesus A Neglected Factor In Christological Debate?” Vox Evangelical
12 (1981): 1933.
[41] A divisão que segue é uma adaptação de varias outras tendo como base a de Wallace. Cf. WALLACE,
Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The Word.
[42] Daniel Wallace obseva que é possível iniciar o corpo desta epístola em 1:15, uma vez que envolvem 1:3
14 agradecimento habitual de Paulo e de oração. No entanto, uma vez que esta seção é tão essencial para o
tema da carta, ele considera o início do corpo em 1:3. Todavia, creio que começar o corpo em 1: 3 muda uma
estrutura usada por Paulo em suas cartas, isto é, Saudações, Ações de graças, Corpo e Conclusão. Ver estrutura
em: WALLACE, Daniel Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica
The Word.
[43] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao novo testamento. 6. reimpressão São
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 32/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 363
[44] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The
Word
[45] HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento – Colossenses e Filemon. Tradução de Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p.72, 73.
[46] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The
Word
[47] Ibid.
[48] Ibid.
[49] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[50] Cf. Net notas in: <http://net.bible.org/#!bible/Colossians+1:20> Acessado em 22 de maio de 2011
[51] O artigo dá um sentido coletivo, ou seja, “a todos”, “todo o universo das coisas”. Sem o artigo, seria “todas
as coisas individualmente”. Cf. VINCENT, M.R. Word Studies in the New Testament. Wilmington: Associated
Publishers and Authors, 1972. Disponível na Bíblia eletrônica Esword
[52] ἀρχή esta palavra, como πρῶτος, sendo absoluto em si não exige o artigo definido. LIGHTFOOT apud
BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002 (Word
Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[53] A presença ou ausência da segunda ocorrência dos termos δι αὐτοῦ (“através dele”) é um problema de
variante textual difícil de resolver. Todavia, preferiuse, aqui, manter tais termos e colocalos em colchetes. Cf.
Net notas in: <http://net.bible.org/#!bible/Colossians+1:20> Acessado em 22 de maio de 2011
[54] Cf. MONTGOMERY, Eric R. The Image of God as the Resurrected State in Pauline Thought. Disponível
em: <http://bible.org/article/imagegodresurrectedstatepaulinethought> Acessado em 27/02/2011
[55] Cf. ROBERTSON, A. T. Word Pictures In The New Testament. B&H Publishing Group, Concise edition,
August 2000. Disponível na Bíblia eletrônica esword . WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe
exegética do novo testamento. São Paulo: Batista Regular, 2009. P. 128. KEATHLEY, J. Hampton, III. The
Supremacy of the Person of Christ (Col. 1:1518). Artigo disponível em:
<http://bible.org/seriespage/supremacypersonchristcol11518> Acessado em: 07/03/2011; GOMES, Paulo
Sérgio; OLIVETTI, Odayr. Novo Testamento interlinear analítico gregoportuguês: texto majoritário com
aparato crítico. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. xl, p 753.
[56] Cf. ASH, Anthony Lee: Philippians, Colossians & Philemon. Joplin, Mo. : College Press, 1994 (The
College Press NIV Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[57] Cf. MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102 Disponível na Bíblia eletrônica
Logos.
[58] Ver: BÍBLIA. Novo Testamento. Grego. 2003. Novo Testamento interlinear. São Paulo: Cultura Cristã,
c2003. p. 704
[59] Cf. <http://net.bible.org> Acessado em 17 de maio de 2011
[60] Cf. MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman &
Holman Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32).
[61] O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[62] MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman
Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32), Disponível na Bíblia
eletrônica Logos.
[63] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[64] Ibid
[65] Apud SMITH, Dan “The Colossian Hymn Col. 1:1520”: An Exegetical Study. Disponível em: Acessado
em 02 de maio 2011
[66]O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), S. 18
[67] BRUCE, F. F. The ‘Christ Hymn’ of Colossians 1. 1520. Bibliotheca sacra 141, no. 564 (1984). p. 104 –
106.
[69] CONSTABLE, Thomas L. Notes on Colossians. Comentário Bíblico Disponível em: Bíblia eletrônica The
Word.
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 33/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
[70] KEATHLEY, J. Hampton, III. “The Supremacy of the Person of Christ (Col. 1:1518)”. Disponível em:
<http://bible.org/seriespage/supremacypersonchristcol11518> Acessado em: 07/03/2011
[71] Apud ROBINSON, Haddon W. “Pregação bíblica: o desenvolvimento e a entrega de sermões
expositivos”. Atual. e ampl. São Paulo: Shedd Publicações, 2005. p. 127, 128.
[72] JAMIESON, Robert; FAUSSET, A. R.; BROW, David. Commentary practical and explanatory on the
whole Bible. Rev. ed. Grand Rapids: Zondervan, 1973. Disponível na Bíblia eletrônica Esword
[73] Apud MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom. Edições vida nova. São Paulo. 1984. p. 65
[74] Moo, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102 Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[75] Apud SMITH, Dan “The Colossian Hymn Col. 1:1520”: An Exegetical Study. Disponível em: Acessado
em 02 de maio 2011
[76] Cf. MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102
[77] VINCENT, M.R. Word Studies in the New Testament. Wilmington: Associated Publishers and Authors,
1972. Disponível na Bíblia eletrônica esword
[78] MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom. Edições vida nova. São Paulo. 1984. p. 67
[79] SANTOS, Daniel, O Interesse de Calvino pela Literatura Sapiencial. FIDES REFORMATA XIV, Nº 2
(2009): pp. 39, 40.
[80] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[81] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos
[82] BRUCE, F. F. Colossian Problems, Pt 4 : Christ as Conqueror and Reconciler, Bibliotheca sacra 141, no.
564 (1984). 291–302, deals with the cosmic reconciliation of Christ.
[84] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), S. 18
[85] Cf. Ibid
[86] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. P. 128
[87] Cf. MACLEOD, Donald. A Pessoa de Cristo. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007. p. 60
[88] KEATHLEY, J. Hampton, III. T h e S u p r e ma c y o f t h e P e r s o n o f C h r i s t (C o l . 1 :1 5 1 8 ).
Art i g o d i s p o n í v e l e m : <http://bible.org/seriespage/supremacypersonchristcol11518> Acessado em:
07/03/2011
[89] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[90] ASH, Anthony Lee: Philippians, Colossians & Philemon. Joplin, Mo. : College Press, 1994 (The College
Press NIV Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[91] Apud LANGE, John Peter ; Schaff, Philip ; Braune, Karl ; Riddle, M. B.: A Commentary on the Holy
Scriptures : Colossians. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2008, Disponível na Bíblia eletrônica
Logos.
[92] VAUGHAN, Curtis: Colossians. In: Gaebelein, Frank E. (Hrsg.): The Expositor's Bible Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, Disponível
na Bíblia eletrônica Logos.
[93]MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman
Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32), Disponível na Bíblia
eletrônica Logos.
[94] HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento – Colossenses e Filemon. Tradução de Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p.95.
[95] LANGE, John Peter ; Schaff, Philip; Braune, Karl ; Riddle, M. B.: A Commentary on the Holy Scriptures:
Colossians. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2008, Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[96] Que eram ocasionalmente mencionados no Judaísmo entre hostes celestiais dos
[97] Muitas vezes chamado como seres de outro mundo.
[98] CONSTABLE, Thomas L. Notes on Colossians. Comentário Bíblico Disponível em: Bíblia eletrônica The
Word.
[99] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[100] MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 34/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32), Disponível na Bíblia
eletrônica Logos.
[101] BRUCE, F. F. The ‘Christ Hymn’ of Colossians 1. 1520. Bibliotheca sacra 141, no. 564 (1984). p. 104.
[102] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. p. 379.
[103] A única ocorrência NT outras com um significado semelhante é 2 Pet. 3:5.
[104] CALVINO, João. Calvin's New Testament Commentaries Series, Wm. B. Eerdmans Publishing
Company, 1994. Disponível na Bíblia eletrônica Esword.
[105] VAUGHAN, Curtis: Colossians. In: Gaebelein, Frank E. (Hrsg.): The Expositor's Bible Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, Disponível
na Bíblia eletrônica Logos.
[106] Apud O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: ColossiansPhilemon. Dallas: Word, Incorporated,
2002 (Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[107] Cf. RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do
apóstolo aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 428.
[108] O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: ColossiansPhilemon. Dallas: Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[109] RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo
aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 424.
[110] CALVINO, João. Calvin's New Testament Commentaries Series, Wm. B. Eerdmans Publishing
Company, 1994. Disponível na Bíblia eletrônica Esword.
[111] Na filosofia grega Zeus é chamado a “cabeça” (κεφαλή) e é descrito como aquele em cujo corpo todas as
coisas existem.
[115]Apud VAUGHAN, Curtis: Colossians. In: Gaebelein, Frank E. (Hrsg.): The Expositor's Bible
Commentary, Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House,
1981, S. 172
[116] Ibid
[117] O verbo aoristo κατοικῆσαι (habitar) poderia ser tomado como um ingressivo, caso em que se refere à
encarnação e pode ser traduzido como “começar a viver, para ter a sua residência”. Talvez seja melhor, embora,
entendêlo como um aoristo constativo e simplesmente uma referência ao fato de que a plenitude de Deus habita
em Jesus Cristo. Esta é uma casa de habitação permanente, e não temporária, como o tempo presente em 2.9 deixa
claro.
[118] A tautologia (do grego ταὐτολογία “dizer o mesmo”) é, na retórica, um termo ou texto que expressa a mesma
idéia de formas diferentes. Como um vício de linguagem pode ser considerada um sinônimo
de pleonasmo ou redundância. A origem do termo vem de do grego tautó, que significa “o mesmo”, mais logos,
que significa “assunto”. Portanto, tautologia é dizer sempre a mesma coisa em termos diferentes. Cf.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tautologia
[119] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[120] VAUGHAN, Curtis: Colossians. In: Gaebelein, Frank E. (Hrsg.): The Expositor's Bible Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, S. 172
[121] WIERSBE, Warren W. Be Complete (Victor Books, Wheaton, Ill., 1986), 56. Apud Keathley , J.
Hampton, III. The Supremacy of the Work of Christ Part 1, The Plenitude and Description of His Work (Col.
1:1920). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011
[122] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[123] LADD, Presence, 59 – 60 apud HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 2001. p. 20.
[124] Ibid
[125] Apud KEATHLEY, J. Hampton, III. The Supremacy of the Work of Christ Part 1, The Plenitude and
Description of His Work (Col. 1:1920). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011
[126] HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 43, 44.
[127] RIDDERBOS, Paul and Jesus, p. 77 apud HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 43, 44.
[128] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[129] Ibid
[130] Ver os comentaristas usados para fazer este trabalho na bibliografia.
[131] THIELMAN, Frank. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética. São Paulo:
Shedd Publicações, 2007. p. 453
[132] Ibid
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 35/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
[133] RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo
aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 84.
[134] THIELMAN, Frank. Teologia do Novo Testamento: uma abordagem canônica e sintética. São Paulo:
Shedd Publicações, 2007. p. 447
[135] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
165
[136] GRONINGEN, Gerard Van. Criação e consumação. São Paulo: Cultura Cristã, 2008.
[137] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : ColossiansPhilemon. Dallas : Word, Incorporated,
2002 (Word Biblical Commentary 44), S. 18
[138] HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. p. 117
[139] Ibid
[140] FIGUEIREDO, Onézio. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER: Texto e comentário. Disponível:
<http://www.ebenezer.org.br/Download/Onezio/ConfissaoFeWestminster.pdf> Acessado em 16 Jun. 2011
[141] Ibid
[142] GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. p. 451
[143] Apud COELHO, Ricardo Moura Lopes; CAMPOS, Heber Carlos de. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA
MACKENZIE (Orient.). A superioridade de Cristo no exercício de seu tríplice ofício em relação ao realizado
pelos oficiais do Antigo Testamento. 2007. 158 f. Dissertação (Mestrado) Centro Presbiteriano de Pós
Graduação Andrew Jumper Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007
[144] CAMPOS, Heber Carlos de. As duas naturezas do redentor: a pessoa de Cristo. São Paulo: Cultura
Cristã, 2004. p. 182
[145] BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. 4. ed. Campinas: Luz para o caminho, 1990. p. 282
[146] BETTENSON, H. Documentos da igreja cristã. 3. ed. São Paulo: Aste Simpósio, 1998. p. 62.
[147] CALVINO, João. As institutas. IV, VIII, §16
[148] Cf. HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. São Paulo: Os Puritanos, 1999. p. 191
[149] BETTENSON, H. Documentos da igreja cristã. 3. ed. São Paulo: Aste Simpósio, 1998. p. 101.
[150] CAMPOS, Heber Carlos de. As duas naturezas do redentor: a pessoa de Cristo. São Paulo: Cultura Cristã,
2004. p. 164
[151] Ibid
[152] HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. p. 191.
[153] CAMPOS, Heber Carlos de. As duas naturezas do redentor: a pessoa de Cristo. São Paulo: Cultura Cristã,
2004. p. 183.
[154] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. 12. ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2002. (pergunta 38).
[155] COSTA, Hermisten Maia Pereira da. Eu creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo. São Paulo:
Parakletos, 2002. p. 224
[156] Ibid
[157] CALVINO, João. Exposição de Hebreus. São Paulo: Paracletos, 1997. (Hb 9.14), pp. 231232
[158] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. (pergunta 39).
[159] COSTA, Hermisten Maia Pereira da. Eu creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo. São Paulo:
Parakletos, 2002. p. 225
[160] Ibid
[161] WILES, Joseph Pitts. Ensino sobre o Cristianismo: uma edição abreviada de as institutas da religião
cristã. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1984. p. 182
[162] FLAVEL, John Apud COELHO, Ricardo Moura Lopes; CAMPOS, Heber Carlos de. UNIVERSIDADE
PRESBITERIANA MACKENZIE (Orient.). A superioridade de Cristo no exercício de seu tríplice ofício em
relação ao realizado pelos oficiais do Antigo Testamento. 2007. 158 f. Dissertação (Mestrado) Centro
Presbiteriano de PósGraduação Andrew Jumper Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007
[163] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. 12. ed. São Paulo: Cultura Cristã,
2002. (pergunta 38).
[164] COSTA, Hermisten Maia Pereira da. Eu creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo. São Paulo:
Parakletos, 2002. p. 224
[165] Ibid
[166] CALVINO, João. Exposição de Hebreus. São Paulo: Paracletos, 1997. (Hb 9.14), pp. 231232
[167] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. (pergunta 39).
[168] COSTA, Hermisten Maia Pereira da. Eu creio no Pai, no Filho e no Espírito Santo. São Paulo:
Parakletos, 2002. p. 225.
[169] Ibid
[170] WILES, Joseph Pitts. Ensino sobre o Cristianismo: uma edição abreviada de as institutas da religião
cristã. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1984. p. 182
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 36/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
[171] FLAVEL, John Apud COELHO, Ricardo Moura Lopes; CAMPOS, Heber Carlos de. UNIVERSIDADE
PRESBITERIANA MACKENZIE (Orient.). A superioridade de Cristo no exercício de seu tríplice ofício em
relação ao realizado pelos oficiais do Antigo Testamento. 2007. 158 f. Dissertação (Mestrado) Centro
Presbiteriano de PósGraduação Andrew Jumper Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007
[172] Ver ANGLADA, Paulo R. B. Introdução à hermenêutica reformada – correntes históricas, pressuposições,
princípios e métodos linguísticos. Ananindeua, Pará: Knox Publicações, 2006, p. 125.
[173] Ibid p. 125
[174] Ibid p. 100
[175] Cf. ANGLADA, Introdução à hermenêutica reformada – correntes históricas, pressuposições, princípios e
métodos linguísticos. pp. 179180.
[176] Apud CARDOSO, Dario Araújo. Uma Abordagem Cristocêntrica para os Sermões Biográficos. FIDES
REFORMATA XV, Nº 1 (2010): 5779
[177] KUYPER apud ANGLADA, Introdução à Hermenêutica Reformada. p. 125.
[178] “É a condição humana recíproca que os crentes contemporâneos partilham com aqueles ou aquele a quem
o texto foi escrito que requer a graça da passagem.” (CHAPELL, Pregação cristocêntrica: restaurando o
sermão expositivo. São Paulo, p. 44,).
[179]JONES apud CHAPELL, Bryan. Pregação cristocêntrica: restaurando o sermão expositivo. São Paulo:
Cultura Cristã, 2002.p. 294.
[180] VEER, M. B. van’t. Christological Preaching on Historical Material of the Old Testament. Disponível
em: http://www.spindleworks.com/library/veer/veer2.html. Acesso em: 26 jun. 2011.
[181] CHAPELL, Bryan. Pregação cristocêntrica: restaurando o sermão expositivo. São Paulo: Cultura Cristã,
2002. p. 290.
[182] Apud ANGLADA, Paulo. Spurgeon e o Evangelicalismo Moderno. São Paulo, Editora Os Puritanos,
1996. p. 31
[183] ADAMS, Jay Edward. Conselheiro capaz. 3. ed. São Paulo: Editora Fiel, 1977. p.55.
[184] Ibid
[185] Cf. BOOR, Cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses.
[186] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
102.
[187] Ibid
[188] TRIPP, Paul David. Instrumentos nas Mãos do Redentor. São Paulo: NUTRA, 2009. PP. 17 – 38.
[189] Cf. Ibid
[190] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
15
[191] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
159
[192] KEATHLEY, J. Hampton, III. The Supremacy of the Work of Christ Part 1, The Plenitude and
Description of His Work (Col. 1:1920). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011
[193] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The
Word
[197] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. P. 128
previous Next
Estudo Exegético - Salmo 96 COSMOVISÃO TEÍSTA: Coração mudado e
vida transformada.
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 37/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Digite seu comentário...
Comentar como: Conta do Google
Publicar
Visualizar
Add a comment...
Facebook social plugin
Add a comment...
Also post on Facebook Posting as Roney Ricardo Cozzer ▾
Facebook social plugin
Add a comment...
Also post on Facebook
Posting as Roney Ricardo Cozzer ▾ Comment
Facebook social plugin
Add a comment...
Also post on Facebook
Posting as Roney Ricardo Cozzer ▾
Comment
Facebook social plugin
Jailson Santos
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 38/39
04/04/2015 Colossenses 1. 1520 Estudo exegético ~ Jailson Santos
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses11520estudoexegetico.html 39/39