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04/04/2015 Colossenses 1.

 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

Jailson Santos

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

 Analise do Livro “Memórias de um Sargento  Estudos PowerPoint  Discurso de Formatura JMC  Colossense
de Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida.

JAILSON SANTOS
BLOG

 Home  Exegese  Colossenses 1. 15-20 - Estudo exegético

Colossenses 1. 15-20 - Estudo exegético

 Jailson Santos

Jailson Jesus dos Santos é mestrando em


Divindade pelo Centro de pós‐graduação
Andrew Jumper (Mackenzie ‐ São Paulo);
Bacharel em Teologia pelo Seminário JMC e
Universidade Presbiteriana Mackenzie (São
Paulo). Atualmente é pastor auxiliar na
Igreja Presbiteriana Aliança em Limeira ‐
SP e professor de teologia sistemática no
SPFB. Juntamente com sua esposa Denise
Ávila se alegra com a pequena Laura.

Contato: rev.jailsonsantos@gmail.com

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A SUPREMACIA DE CRISTO: Participar deste site
Cristo encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a esfera na qual Google Friend Connect

tudo subsiste e o agente de Deus na reconciliação do universo. Membros (76)  Mais »

INTRODUÇÃO

O presente estudo exegético visa estudar o texto de Colossenses 1. 15 – 20, a partir de
uma  análise  histórico­gramatical­teológica,  com  o  objetivo  de  entender  e  extrair  o  sentido
original  proposto  pelo  autor.  Para  isso,  procurar­se­á  entender  contexto  dos  seus  leitores
originais,  a  fim  de  perceber  os  fatores  que  influenciaram  a  igreja  de  Colossos  a  trocar  o
verdadeiro Evangelho por outro totalmente antagônico ao de Cristo.  Parte­se do pressuposto
que um dos propósitos de Paulo é combater os hereses de Colossos, os quais não negavam a FORMULÁRIO DE CONTATO
Cristo,  mas  não  lhe  davam  lugar  supremo.  Para  isso,  ele  mostra  na  perícope  aqui  analisada
que: o Cristo encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a Nome
esfera na qual tudo subsite e o agente de Deus para trazer o cosmo em harmonia através da
reconciliação
Uma  leitura  atenta  desta  passagem  nos  conduz  ainda  para  algumas  questões,  tais E-mail *

como: Qual é pano de fundo desta passagem? O que é a conhecida no meio acadêmico como
“heresia  de  Colossos”?  O  texto  aqui  estudado  é  um  hino?  Se  o  é,  ele  foi  escrito  pelo
Mensagem *
Apóstolo?  Quais  são  as  possíveis  estruturas  para  este  texto?  Além  disso,  será  buscado  o
significado do termo πρωτότοκος (primogênito) que aparece tanto no verso 15 como no 18, a
fim de responder a seguinte questão: Apontaria ele para Jesus como o primeiro a ser criado?
Estas serão importantes perguntas a serem respondidas, mesmo de forma breve, no presente
trabalho.
Enviar
Para uma maior compreensão, procurar­se­á  estudar o texto em sua língua original, a
fim  de  buscar  uma  tradução  literal  do  mesmo,  tentando  respeitar  ao  máximo  o  sentido  das
palavras.  Também,  será  apresentada  a  mensagem  do  texto,  para  época  da  escrita,  e  a  partir
dela,  perceber  o  significado  para  todas  as  épocas.  Dar­se­á  atenção  ainda  aos  aspectos
teológicos  e  pastorais  da  passagem.  De  semelhante  modo,  será  apresentado  um  esboço  de PESQUISE OUTROS ASSUNTOS
sermão  para  uma  possível  pregação,  já  que  o  objetivo  final  deste  trabalho  é  a  pregação  e
aplicação  das  verdades  estudadas  ao  contexto  atual  da  igreja.  Todavia,  por  considerar  à Pesquisar

profundidade  dos  aspectos  exegéticos  e  teológicos  da  presente  perícope,  várias  questões
permanecerão em aberto para futuras discussões e análises.
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1.     CONTEXTO HISTÓRICO E CULTURAL
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Para entender o texto de Colossenses 1. 15 – 20 faz­se necessário determinar o autor atualizações

da carta, a data, o remetente e o ambiente religioso, histórico, cultural e social no qual a igreja
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se encontrava. Por esse motivo, se observará alguns aspectos que laçam luz ao mesmo.

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1.1.  AUTORIA

Segundo  Daniel  B.  Wallace,  a  maioria  dos  estudiosos  NT  aceita  a  autenticidade  de
Colossenses e considera a carta como sendo paulina.[1] Até o século XX parece que ninguém TWITTER
havia  questionado  seriamente  a  autoria  paulina.  No  passado  apenas  uma  minoria  de
estudiosos levantou dúvidas sobre este assunto (como por exemplo: T. Mayerhoff (1838) e F.
C. Baur (1845) e a escola de Tübingen).[2] Entretanto, segundo Carson, “no século XX, no
período entre guerras, Bultmann e outros começaram a falar de Colossenses como um escrito
“deuteropaulino”,  e  essa  tendência  tem  crescido  desde  1945”.  Todavia,  há  evidências
externas  e  internas  que  apontam  para  uma  autoria  paulina.  Vejamo­nas  mesmo  que
resumidamente.

      1.1.2. EVIDÊNCIAS EXTERNAS.

Wallace, apontando as evidências externas diz que Inácio faz várias menções de Paulo
como  autor  de  colossenses.  Policarpo  e  Barnabé  também  parecem  fazer  mesma
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alusão.  Alusões  de  outros  pais  (tais  como  Irineu,  Clemente  de  Alexandria  e  Orígenes)  da
Tweets Follow
igreja  são  mais  fortes  ainda,  pois  chamam  colossenses  explicitamente  de  “a  carta  de
Paulo”. [3] Jailson Santos 19 Sep 13
S.  Lewis  Johnson  categoricamente  assevera  que  não  há  evidência  histórica  de  que  a @jailsonsantos
Mackenzie Voluntário:
autoria paulina de Colossenses tenha sido suspeita na igreja primitiva. Segundo ele, Marcion UMP e UPA ensinando
(d.C. 150) reconheceu a epístola como uma carta autêntica de Paulo. Irineu ( d.C. 190) foi o para a vida
conexaojuventude.com/2013/09/macken
primeiro  a  usar  a  carta  definitivamente.  Além  disso,  não  há  nenhuma  evidência  textual  que via @mocidadedasexta
esta  carta  circulou  com  o  nome  de  qualquer  outra  pessoa.  Se  por  um  lado  as  evidências
disponíveis  são  um  tanto  escassa,  o  que  possuímos  argumenta  a  favor  da  autenticidade  da
Jailson Santos 22 May 13
escrita.[4] Como corretamente assevera C. Vaughan, o testemunho externo da autoria Paulina
@jailsonsantos
é tão antigo e consistente que se deve evitar quaisquer dúvidas sobre sua autenticidade. [5] João Calvino 500 anos:
1.1.2.  EVIDÊNCIAS INTERNAS. introdução ao seu
pensamento e obra. ~
Jailson Santos
As  grandes  dificuldades  no  que  se  refere  à  autoria  paulina  reside  nas  evidências jailsonipb.blogspot.com/2013/05/joao‐c

internas.  Nos  séculos  XIX  e  XX,  como  dito  supra,  o  consenso  em  torno  da  autoria  paulina
começou  a  ser  questionado,  por  vários  motivos.  Aqui  por  questão  de  tempo  e  espaço Tweet to @jailsonsantos
destacaremos apenas três: o vocabulário, a teologia e o relacionamento com Efésios.
1.1.2.1. VOCABULÁRIO

Os  opositores  da  autoria  paulina  alegam  que  Colossenses  traz  um  estilo  diferente,  e ASSUNTOS
um  acervo  de  vocabulários  (principalmente  hapax  legomena,  isto  é  palavras  às  quais  só
ocorrem  uma  vez)  diferentes  dos  que  são  vistos  nos  livros  indiscutivelmente  paulinos.  A igreja e a cultura
Todavia,  como  corretamente  nos  lembra  D.  A.  Carson,  “isso  não  constitui  um  argumento  Aconselhamento
forte contra a autenticidade da epístola, pois o mesmo ocorre em todas as cartas de Paulo”.[6]  Analise Crítica
Harrison demonstrou que nesse aspecto colossenses enquadra­se bem dentro da média usual
 Autor
de Paulo.[7] Além disso, Barclay obseva bem que “não podemos exigir que alguém escreva
 biografias
sempre  da  mesma  maneira  e  com  o  mesmo  vocabulário.  Em  Colossenses  bem  podemos
pensar que Paulo tinha coisas novas que dizer e encontrou novos modos das expressar”.[8]  Bíblia

Finalmente, Thompson tem razão ao sublinhar que,  Chat
A  ocorrência  de  novas  palavras  e  frases  pode  ser  um  guia  muito  inseguro  para  conhecimento
decidir se uma obra é escrita por um autor particular [...] A gama de vocabulário de
 cosmovisão
um escritor também pode ser estendido por sua experiência própria de ampliação, e
 Cultura Geral
novas palavras podem ser levados para uso em novas situações.[9]
 Cutura geral

1.1.2.2. TEOLOGIA  eBooks


   Evangelizaçã
Alguns  estudiosos  entendem  que  as  discussões  na  carta  sobre  a  sabedoria,  filosofia,  Exegese
plenitude  e  a  insistência  na  encarnação  da  pessoa  teantrópica  sugerem  que  o  autor  estava
 Filosofia
lutando contra gnosticismo.[10] Com base nisso, F. C. Baur e eruditos da escola Tübingen (e
 História
muitos  outros)  argumentam  de  que  colossenses  não  poderia  ter  sido  escrita  pelo  apóstolo
Paulo,  porque  Gnosticismo  combatido  na  carta  é  um  fenômeno  que  ocorreu  no  segundo  iluminismo

século e não do primeiro. Assim, se for conectada a heresia colossenses com o gnosticismo,  missões
então a Carta é necessariamente posterior a Paulo.[11]  Entretanto,  podemos  concordar  com  Power Point
Barclay quando afirma que apesar do gnosticismo ser uma filosofia de formulação posterior,  Pregação
seu embrião já se fizera presente anteriormente. Suas palavras são:
 Psicologia
É verdade que os grandes sistemas gnósticos escritos são posteriores. Mas a ideia
 pós-modernidade
de dois mundos, a ideia da matéria má e de que o corpo é uma tumba e que a carne
é mala já se encontravam profundamente impregnadas tanto no pensamento judeu  Radio Blog.

como  no  grego.  Nada  há  em  Colossenses  que  não  possa  ser  explicado  por  Resenhas
tendências gnósticas existentes durante muito tempo no pensamento antigo ainda  sermão
que sua sistematização tenha vindo obviamente mais tarde.[12]
 Sermão escrito

 Teologia
1.1.2.3 - RELACIONAMENTO COM EFÉSIOS E FILEMON.
 teologia contemporânea

É  incontestável  que  Efésios  e  Colossenses  estão  intimamente  relacionados  entre  si.  Universidade

Por  essa  razão,  alguns  estudiosos  sustentam  que  “uma  única  pessoa  jamais  elaboraria  dois  Vídeos
escritos  tão  semelhantes:  as  semelhanças  significariam  que  o  autor  de  uma  dessas  cartas
escreveu  imitando  o  outro”.[13]  Entretanto,  segundo  D.  A.  Carson,  este  argumento  (que,

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diga­se de passagem, é subjetivo) é contestável, pois: SERMÕES
A  melhor  maneira  de  entender  as  duas  epístolas  é  como  expressões  de  um  só
escritor,  que  repete  alguns  ou  quase  alguns  dos  mesmos  pensamentos  em  duas
ocasiões  não  muito  distantes  uma  da  outra.  De  qualquer  forma,  é  estranho  o
argumento  de  que  não  devemos  aceitar  um  escrito  como  paulino  devido  a  suas
semelhanças com outro escrito da obra paulina.

Em  suma,  as  semelhanças  e  as  ligações  com  a  carta  aos  Efésios  não  sugerem
dependência  de  um  sobre  o  outro,  mas  sim,  que  o  mesmo  autor  escreveu  para  dois  grupos
diferentes em condições semelhantes.
Além  disso,  as  fortes  ligações  com  Filemon  (que  é  uma  carta  paulina  indiscutível)
confirmam a autenticidade de colossenses. Wallace, citando Guthrie, resume as relações entre
ambas às cartas, sublinhado os seguintes aspectos:
1) Ambos contêm o nome de Timóteo com o de Paulo na saudação de abertura (Cl
1.01 ; Fm. 1 ). 2) Saudações são enviados em ambas as cartas de Aristarco, Marcos,
Epafras, Lucas e Demas, os quais estavam com Paulo na época (Cl. 4.10­14 ; Fm.
23­24  ).  3)  Em  Filemom  2  Arquipo  é  chamado  de  “companheiro  de  armas”,  e
em colossenses 4.17 ele é direcionado para cumprir seu ministério. 4) Onésimo, o
escravo  sobre  quem  a  carta  a  Filemom  é  escrita,  é  mencionado  em  colossenses
4.9 como sendo enviado com Tíquico e é descrito como “um de vós”.

Em  suma,  não  há  nenhuma  razão  justificável  para  duvidar  da  autenticidade  de
Colossenses. Justamente por isso, a maioria dos estudiosos NT aceita a autoria paulina como
verdadeira

1.2. DATA E OCASIÃO.

A  igreja  em  Colossos  não  foi  fundada  por  Paulo  (2:1),  mas  sim  por  Epafras,  que
parece  ter  sido  enviado  pelo  próprio  Paulo  (1:7).  Vários  anos  depois  de  a  igreja  ter  sido
estabelecida,  por  volta  do  ano  61­62,  Epafras  viajou  à  Roma  para  visita  Paulo  durante  sua
prisão domiciliar em Roma.  Epafras trouxe algumas boas notícias sobre o estabelecimento da
igreja em Colossos (1:4, 8; 2:5), entretanto, parece que seu objetivo principal com a visita, foi
buscar ajuda a fim de combater os falsos ensinamentos que estavam adentrando a igreja. Foi
com o propósito de instruir os colossenses e combater estes falsos ensinos que Paulo escreveu
a carta aos irmãos da cidade de Colossos e do vale do rio Lico.[14] POSTS POPULARES
1.3. A CIDADE DE COLOSSOS.
 MÉTODOS CIENTÍFICOS
Segundo William Hendriksen, não é possível saber com exatidão quando foi fundada MÉTODOS CIENTÍFICOS Resumo
feito a partir de:   LAKATOS ,  Eva
a cidade de Colossos. Sabe­se que no tempo de Xerxes essa cidade já era uma comunidade
Maria ;  MARCONI ,  Marina  de
importante.  Heródoto,  considerado  o  pai  da  História,  por  volta  do  ano  480  a.C.,  a  descreve Andrade. Metodologia   cient...
como uma grande cidade.[15]
 Exegese de Atos dos
A cidade de Colossos ficava ao leste do porto de Éfeso, a cerca de 10 quilômetros de
Apóstolos - 6. 1-7.
Laodicéia e 13 quilômetros de Hierápolis, no rio Lico (cf. 2:1, 4:13). Ela foi importante no
Exegese de Atos dos Apóstolos - 6. 1-
século V a.C.. Neste período, a cidade de Colossos estava situada em uma importante rota de 7. Por Jailson Santos Sumário
comércio  entre  Éfeso  e  o  Oriente  antigo.  Entretanto,  com  o  passar  do  tempo,  devido  à INTRODUÇÃO .. 2 Estudo Contextual 3 Contexto
Hi...
mudança  no  sistema  de  estradas,  Colossos  foi  perdendo  sua  importância  diante  do
crescimento  de  Laodicéia  e  Hierápolis  (Col.4.13),  as  quais  se  tornaram  grandes  centros
 Analise do Livro “Memórias
comerciais.[16] de um Sargento de Milícias”,
Além  disso,  um  forte  e  enorme  terremoto  da  época  do  imperador  romano  Nero,  por de Manuel Antônio de
volta de 60 d.C., deixou em ruínas as cidades de Colossos, Laodicéia e Hierápolis. Enquanto Almeida.
as  duas  últimas  cidades  foram  reconstruídas,  Colossos,  por  sua  vez,  não  se  recuperou  mais Analise do Livro “Memórias de um Sargento de
Milícias”, de Manuel Antônio de Almeida. DADOS
dessa catástrofe. Aos poucos, ela foi desaparecendo da história.[17] No começo da era cristã, BIOGRÁFICOS DO AUTOR. 1831 – No dia 17 de...
a cidade de Colossos era descrita como uma cidade pequena, assim como era provavelmente
a igreja. Quando Paulo escreveu esta carta, a importância comercial e social de Colossos já  Estudos PowerPoint
estava em declínio. Atualmente o local onde ficava a cidade de Colossos não é habitado.[18] Curso PowerPoint - Jailson Santos
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A  população  da  cidade  de  Colossos  era  composta  de  vários  povos,  entre  estes  se your own. Educação Cristã em 3D
destacam  os  nativos  da  Frígia,  colonizadores  gregos  e  judeus.[19]  É  digno  de  nota,  que  a (Sa...

região  vale  do  rio  Lico  foi  densamente  povoada  pelos  judeus.  Cerca  de  duas  mil  famílias
 Discurso de Formatura JMC
judias haviam sido deportadas da Babilônia e Mesopotâmia para essa região, por decreto de

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Antíoco,  o  Grande,  no  século  quarto  a.C.  Esses  judeus  floresceram  financeiramente  nessa Meus colegas me concederam a
honra de representá-los na
região  e  cresceram  em  número.[20]  William  Barclay  diz  que  nesse  tempo  deviam  existir formatura do curso de bacharelado
cerca de cinquenta mil judeus nessa região.[21] em teologia do S eminário Teológico

Por outro lado, Keathley observa que embora houvesse uma grande população judaica Rev. ...

no  vale  do  Lico,  elementos  internos  da  epístola  de  Colossos  sugerem  que  os  membros  da
 Colossenses 1. 15-20 -
igreja  foram  principalmente  gentílicos.  Segundo  ele,  as  seguintes  evidências  apontam  para Estudo exegético
isso:  (1)  As  passagens  1:12,  21,  24,  27.  (2)  Existe  uma  escassez  de  alusões  Antigo A SUPREMACIA DE CRISTO: Cristo
Testamento. (3) Vícios que eram distintamente gentios são mencionados em 3:5­7. (4) Não encarnado é supremo sobre todas
as coisas, pois Ele é o criador universo, a...
há quase nenhuma referência para a reconciliação de judeus e gentios, que é encontrada em
Efésios (cartas “gêmeas”), embora se possa comparar 3:11 e 04:11.[22]  RESENHA CRÍTICA
O  fato  é  que  a  cidade  de  Colossos,  devido  a  grande  mistura  étnica,  era  uma  cidade INFORMATIVA
cosmopolita,  na  qual  diversos  elementos  culturais  e  religiosos  se  encontravam  e  se LIDÓRIO, Ronaldo. Antropologia

misturavam.  Esse  é  um  ponto  importante,  tanto  para  o  entendimento  daquilo  que  no  meio missionária. São Paulo: Instituto
Antropos, 2008. 287p. Mineiro, da cidade de
acadêmico é conhecida como “heresia de colossos”, como para compreensão da carta como Nanuque, Lidó...
um todo.
1.4. A IGREJA DE COLOSSOS  Estudo Exegético - Salmo 96
INTRODUÇÃO A Soberania de Deus é
um dos principais pontos da teologia
Para  o  melhor  entendimento  do  texto  aqui  analisado  se  faz  necessário  conhecer,
reformada. Esta verdade é
também,  a  igreja  de  Colossos,  bem  como  a  heresia  que  a  ameaçava.  O  Evangelho  foi encontrada em varias partes d...
introduzido  em  Colossos,  provavelmente,  durante  o  ministério  de  Paulo  em  Éfeso  (At.  19.
10).  A  igreja  foi  possivelmente  fundada  por  um  dos  colossenses,  chamado  Epafras  (1.7,  Síntese - Instrumentos nas mãos do

4.12). É provável também, que Paulo não conheceu pessoalmente os colossenses (1.4; 2.1). Redentor - Paul David Tripp


O livro “Instrumentos nas mãos do Redentor” de
Ele obteve as informações sobre a Igreja através de uma visita que Epafras lhe fez na prisão
Paul David Tripp é uma das principais obras de
(Fm.  23),  a  fim  de  relatar  o  estado  da  igreja,  sua  firmeza  na  fé  e  especialmente  o aconselhamento. Ela é fruto das aul...

desenvolvimento  da  heresia  dentro  dela  (1.8).  A  epístola  aos  colossenses  foi  enviada  por
 Análise: Crítica da razão pura - Kant
“Tíquico, irmão amado, fiel ministro e conservo no Senhor” (4.7).
QUADRO DE REFERÊNCIA DO AUTOR Immanuel
No que se refere aos ensinos falsos, uma das dificuldades na tentativa de conhecê­los
Kant foi filósofo alemão que nasceu viveu e morreu
a  fundo,  reside  no  fato  que  só  temos  a  resposta  de  Paulo  a  eles.  Ou  seja,  não  temos  um em Konisberg, uma cidade da Prússia Orien...

registro do relatório de Epafras sobre o que ensinavam os falsos mestres. Por isso, o que era e
o  que  ensinava  a  “heresia  dos  Colossos”  é  ainda  fruto  de  grande  debate  na  academia.
Entretanto uma análise, com um pouco mais de atenção do capítulo dois, lança luz sobre este
assunto.
Neste capítulo Paulo fala pelo menos quatro manifestações desta heresia: A filosofia
(2:  8­10),  a  qual  falaremos  mais  a  baixo;  o  legalismo  (2:  11­17),  que  tentava  adicionar  ou
aperfeiçoar  o  evangelho  através  do  incentivo  à  igreja  para  aderir  a  um  sistema  jurídico  e
ensinava  que  “somente  um  relacionamento  pessoal,  vital  e  pessoal  com  Cristo  não  era
suficiente para satisfazer a vontade de Deus”;[23] O misticismo  (2:18­19), o qual apregoava
que Deus estava muito longe e que só através de vários níveis de anjos era possível chegar à
Deus.  Por  isso,  ensinavam  que  o  povo  tinha  que  adorar  aos  anjos  progressivamente  até
alcançar a Deus.[24]  E  por  fim,  o  asceticismo  (2:20­23),  o  qual  ensinavam  que  o  caminho
para superar o corpo (que é o mal), era a auto­humilhação e flagelação do mesmo.
À luz do capítulo segundo é possível perceber que a heresia de Colossos era altamente
sincrética.  Nas  palavras  categóricas  de  Daniel  Wallace,  a  “heresia  dos  Colossos”  era  uma
eclética  mistura  de  legalismo  judaico,  especulação  filosófica  grega  e  misticismo  oriental
combinados com um sabor cristão.[25] Usava a máscara do cristianismo, mas não tinha nada
de  Cristo.  Usou  palavras  e  frases  cristãs,  mas  com  significados  diferentes.  Em  outras
palavras,  esta  heresia  era  em  sua  essência  uma  combinação  do  judaísmo  e  do  paganismo
filosófico,  com  o  rótulo  do  cristianismo.  Esta  heresia  negava  a  suficiência  de  Cristo  na
redenção da alam e plenitude da vida, por isso resistiam em oferece a Jesus o lugar supremo
na igreja.
Diante disso, grande parte dos comentaristas[26] tem dito que um dos propósitos de
Paulo  ao  escrever  esta  carta  foi  o  de  combater  esta  heresia presente  na  igreja,  mostrando  a
supremacia e suficiência de Cristo. Ao que parece, Paulo escreveu Colossenses 1: 15 – 20 a
fim de combater a parte filosófica desta heresia, isto é, o pré­gnosticismo (já que Gnosticismo
propriamente dito só ocorrerá no II ou III século).[27] Segundo Bruce, as ideias erradas que
estavam  sendo  ensinadas  pelos  falsos  mestres  pré­gnósticos,  as  quais  foram  refutadas  por
Paulo, são:
“1.  Acreditavam  que  a  matéria  é  má,  portanto  diziam  que  Deus  não  pôde  ter  vindo  a  terra

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos
como  um  ser  humano  verdadeiro.  Paulo  manifesta  que  Cristo  é  a  imagem  exata  de  Deus,  é
Deus mesmo, e mesmo assim morreu na cruz como um ser humano. 2. Acreditavam que Deus
não  tinha  criado  o  mundo,  porque  O  não  pôde  ter  criado  o  mau.  Paulo  responde  que  Jesus
cristo, que também era Deus na carne, é o Criador tanto do céu como da tenra.  3. Diziam que
Cristo não foi o único Filho de Deus, a não ser um dos muitos intermediários entre Deus e o
povo. Paulo explica que Cristo existiu antes de algo e é o primogênito dos que ressuscitaram.
4.  Rechaçavam  ver  em  Cristo  a  fonte  de  salvação,  insistindo  em  que  a  gente  podia  achar  a
Deus  por  meio  do  conhecimento  secreto  e  especial.  Em  contraste,  Paulo  afirma  com
sinceridade que uma pessoa pode ser salva só por meio de Cristo”.[28]

1.5. GÊNERO LITERÁRIO

Outra pergunta que precisa ser respondida é: Colossenses 1. 15 – 20 é um hino? Esta
pergunta  não  é  simples  de  se  responder.  Com  base  em  Mateus  26.  30  sabe­se  que  certas
porções de hinos do Antigo Testamento eram usadas como hinos cristãos. Além disso, deve­
se observar também, que no próprio Novo Testamento há algumas menções de hinos, como
por  exemplo,  os  cânticos  de  Maria  e  Zacarias.  Pode­se  encontrar  também,  vestígios  de
prováveis  hinos  (Ef.  4.  5;  1  Tm.  3.  16;  2  Tm.  2.  11­13;  Ap.  5.  13,  14).[29]  Segundo  F.  F.
Bruce,  apesar  de  não  reconhecermos  aqui  as  formas  estabelecidas  da  poesia  hebraica  ou
grega,  percebe­se  que  o  texto  possui  uma  prosa  ritmada  com  um  arranjo  estrófico,  como  é
encontrado  em  hinos  no  período  apostólico.  Outros  autores,  considerando  elementos
literários, a estrutura do texto e o vocabulário, de igual modo, consideram esta perícope como
um provável “hino cristão”.[30]
Outro debate no meio acadêmico é sobre a autoria deste hino. As discussões oferecem
uma impressionante variedade de teorias. Tem sido frequentemente afirmado este hino seria
pré­paulino, o qual fora incorporado pelo Apóstolo, a fim de ser usado como base da teologia
que  seria  desenvolvida  nos  capítulos  seguintes.[31]  Para  outros,  Paulo  compôs  o  hino  que
enuncia a teologia que ele vai usar para combater os falsos mestres.
Decidir entre estas opções, é difícil. Ambas as posições têm fortes argumentos ao seu
favor.  Favorecendo  a  autoria  paulina  estar  a  improbabilidade  de  que  ele  iria  encontrar  um
hino  pronto  que  se  encaixou  tão  bem  com  a  base  teológica  que  ele  precisava  usar  para
combater  um  ensino  falso  tão  particular  da  igreja  de  Colossos.  Por  outro  lado,  alguns  dos
conceitos do “hino”, tais como, “imagem de Deus”, “primogênito de criação”, “o princípio e
o primogênito dentre os mortos”, não são claramente retomados no resto da carta. Este tem
sido um argumento forte para os defensores da teoria pré­paulina.
Uma  terceira  possibilidade  (intermediaria  entre  ambas  supracitadas),  defendida  por
muitos  comentaristas  (tais  como  D.  A.  Carson,[32]  Douglas  Moo,[33]  O’Brien,[34]  F.F.
Bruce,[35] Keathley[36] dentre outros), é a que considera uma autoria anterior com adições
paulinas de elementos particularmente relevantes que combatesse o ensino falso presente na
igreja.[37]  D.  A.  Carson,  sobre  isso  afirma:  “grande  número  de  estudiosos  considera  um
hino,  adaptado  pelo  autor  para  expor  ensinamentos  importantes  sobre  Cristo  e  suas
funções”.[38] Essa  posição  tomada  por  muitos  exegetas  é  a  que,  particularmente,  eu  tenho
sido ligeiramente motivado a acreditar. Mas, como muitos outros aspectos deste texto não há
consenso entre os comentaristas. Como certifica Carson, “há margem para mais debate sobre
o assunto”.[39]
O  que  é  claro,  e  não  resta  dúvida,  é  que  Paulo  usa  a  linguagem  e  os  conceitos  do
provável “hino cristológico” como sua “munição” na luta contra os falsos mestres, a fim de
defender  a  divindade,  supremacia  e  senhorio  de  Jesus  sobre  todas  as  coisas.  Richard  T.
France observa que, só o fato de Paulo usar o hino em si já aponta para a divindade de Cristo,
pois hinos são usados para “deuses” e não para mortais.[40]

2.     CONTEXTO LITERÁRIO DA PASSAGEM


                                            
Para o melhor entendimento deste texto considerar­se­á como ele se relaciona com o
seu contexto remoto e próximo.
2.1. CONTEXTO REMOTO

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                Daniel Wallace propõe uma excelente e atual divisão para a carta aos Colossenses,
composta  por  cinco  partes.  Tendo  como  base,  sua  estrutura,  pode­se  dividir  a  carta  da
seguinte  maneira:[41]  1.  Introdução:  Saudações  (1.  1­3)  e  Ações  de  Graças  (1.  3­8).  2.
Ortodoxia:  a  suficiência  de  Cristo  afirmada  (1.9  –  2:07).  3. Heterodoxia:  a  suficiência  de
Cristo negada (2.08 – 3.04); 4. Ortopraxia: a suficiência de Cristo vivenciada (3.05­4.06); 5.
Saudações finais (4.7­18).
O apóstolo Paulo começa a carta com uma saudação aos santos de Colossos (1.1­2),
acompanhada de uma oração de ações de graças (1: 3­8). Paulo começa o corpo da carta com
uma  nota  positiva,  na  qual  ele  descreve  a  suficiência  de  Cristo  (1.9–  2.07).  Em  seguida,
apresenta  uma  declaração  negativa,  na  qual  ele  argumenta  contra  a  opinião  dos  hereges  de
Colossos  (2.08­3.04).  Por  fim,  ele  traz  uma  convocação  para  viver  a  vida  cristã  à  luz  da
suficiência de Cristo (3.05­4.06) e termina com saudações finais (4:7­18).
A primeira parte da seção apresenta de maneira positiva a suficiência de Cristo. Após
orar para que os colossenses crescessem no conhecimento e na produtividade (1.9­14),[42] 
sem  um  “amém”  para  a  oração,  Paulo  continua  com  um  provável  hino  cristão  primitivo,  o
qual ressalta a supremacia de Cristo (1. 15­20). Segundo D. A. Carson, Paulo enfatiza nesta
poesia,  a  supremacia  de  Cristo,  que  é  “a  imagem  do  Deus  invisível”,  aquele  que  trouxe  a
criação à existência, bem como a mantém unida. E junto com tudo isso, ele é “o cabeça do
corpo, a igreja”, aquele que fez a paz pelo sangue derramado na cruz.[43]
Em seguida há uma aplicação das verdades supracitadas a vida da igreja. (1.21­23). 
Finalmente,  Paulo  fala  do  seu  ministério  e  seus  sofrimentos  e  de  sua  luta  em  favor  dos
crentes, como os de Colossos e Laodicéia, com os quais ele não teve contato pessoal. Paulo
ainda  revela  uma  preocupação  com  os  fiéis  no  Vale  de  Lico,  e  os  exorta  para  que  eles  não
sejam enganados (2.4), pelos que negam a suficiência de Cristo (2.1­7).
2.2.          CONTEXTO PRÓXIMO

A  perícope,  aqui  estudada,  faz  parte  da  primeira  seção  da  carta:  Ortodoxia:  a
suficiência  de  Cristo  afirmada  (1.9  –  2.07).[44]  Segundo  Hendriksen,  os  versos  nove  a
catorze  do  capítulo  um,  apesar  da  aparente  divagação,  são  um  bloco  de  pensamentos.  Para
ele, o que temos aqui é uma “descrição comovente da oração de Paulo e seus assistentes em
favor  dos  colossenses”.[45]  Nela  Paulo  ora  para  que  os  Colossenses  cresçam  no  pleno
conhecimento  de Deus  e na produtividade  (1:9­14).  Essa  oração  é  muito  importante  para  o
entendimento da carta. Os temas nela contidos ecoam por toda a carta. Paulo apresenta aqui a
base para o contraste entre o verdadeiro conhecimento, o qual desemboca na práxis cristã e o
falso que nada produz, isto é, não frutifica. Nesse sentido, Wallace observa que, “os hereges
afirmavam  ter  um  conhecimento  superior,  mas  a  sua  filosofia  muito  sufocava  qualquer
produtividade para Deus (cf. 2.20­23)”.[46]
Em  seguida,  a  supremacia  de  Cristo  é  exaltada,  por  meio  do  provável  “hino”  (1.15­
20), no qual se encontra a base teológica que será desenvolvida ao longo da carta. A última
estrofe do hino termina com uma nota sobre Cristo como reconciliador de “todas as coisas”, a
qual serve como uma ponte para o próximo tema de Paulo: Cristo reconciliou os Colossenses
a Deus, um ministério de reconciliação que Paulo proclamou (1:21 ­23).[47]
2.3.     ESTRUTURA DO CONTEXTO

A  Carta  de  Paulo  aos  Colossenses  tem  sido  dividida  em  cinco  partes,  como  tido  a
cima: 1. Introdução: Saudações e Ações de Graças (1: 1­8). 2. Ortodoxia: a suficiência de
Cristo  afirmada  (1:9  –  2:7).  3. Heterodoxia:  a  suficiência  de  Cristo  negada  (2:8  –  3:4);  4.
Ortopraxia: a suficiência de Cristo vivenciada (3:5­4:6); 5. Saudações finais (4:7­18).[48]

Tomando o corpo da carta (1:9 ­ 4:6), podemos estruturar o contexto da perícope, aqui
estudada, da seguinte maneira:

2.4.      CONTEXTO CANÔNICO

Cristo  é  sem  dúvida  o  centro  de  toda  Escritura.  O  Antigo  Testamento  anuncia  sua
vinda,  os  Evangelhos  o  mostra  entre  nós  e  as  cartas,  juntamente  com  Atos  e  Apocalipse,
apresentam a esperança de seu retorno. Por isso, qualquer contexto canônico que apresente a
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Cristo é amplo. Por questão de espaço, será apresentado apenas às correlações principais dos
aspectos cristológicos presentes na perícope aqui analisada.
A  ideia  de  Cristo  como  sendo  o  Deus  eterno  que  se  fez  um  de  nós,  se  encontra,
também, no  prólogo do quarto Evangelho (Jo. 1. – 14). No que se refere a Cristo como “à
imagem de Deus” essa verdade já fora afirmada pelo Apóstolo em 2 Cor. 4.4. Em ambos os
lugares,  Cristo  como  “à  imagem  de  Deus”  aponta  para  a  revelação  da  essência  do  Pai  na
Pessoa do Filho. Ainda, com o uso da palavra “imagem”, Paulo está enfatizando que Jesus é a
manifestação perfeita de Deus. Como assevera o autor de Hebreus ele é “a expressão exata do
seu Ser” (Hb. 1. 3).
O  título  “Primogênito”  talvez  seja  um  eco  da  linguagem  cristocêntrica  do  Salmo
89.27, onde Deus diz ao rei Davi: “Fá­lo­ei, por isso, meu primogênito, o mais elevado entre
os reis da terra”. Todavia, deve­se notar que este título pertence a Cristo não somente como o
Filho de Davi, mas também como a Sabedoria de Deus. Nesse sentido, como será visto, Paulo
em comum com outros escritores do NT (Jo. 1:4; Hb 1:3), identifica Cristo com a Sabedoria
de Deus e atribuindo­lhe certas atividades que são atribuídas à personificação da Sabedoria na
literatura Antiga Testamento,  [49]  como  se  observa  em  Provérbios  8:  22,  23,  onde  o  sábio
diz: “O Senhor me criou [referindo­se a sabedoria] como o princípio (‫ִית‬
‫ראשׁ‬ WLC e ἀρχὴν na
ֵ
LXX)  de  seu  caminho,  antes  das  suas  obras  mais  antigas;  fui  formada  desde  a  eternidade
[divindade da sabedoria], desde o princípio, (‫ִית‬
‫ראשׁ‬ WLC e ἀρχῇ na LXX ) antes de existir a
ֵ
terra”.
No  que  se  refere  a  sua  supremacia  apresentada  no  verso  dezesseis,  (o  qual  Paulo
afirma que Cristo é superior a todos os seres angélicos, inclusive dos mais sublimes) vemos o
autor de Hebreus dá a mesma ênfase. (cf. Hb. 1:1­14).
Finalmente, em relação à restauração cósmica: “reconciliasse consigo mesmo todas as
coisas,  quer  sobre  a  terra,  quer  nos  céus”,  é  possível  perceber  a  mesma  ideia  em  Romanos
quando  Paulo  diz  que  “a  ardente  expectativa  da  criação  aguarda  a  revelação  dos  filhos  de
Deus... na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a
liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8. 19 – 22). Este texto, por sua vez, não é
apenas  uma  correlação  de  ideias,  mas  acima  de  tudo  lança  luz,  e  até  mesmo  serve  de  base
explicativa, para o texto de Colossenses.

3.     ESTUDO TEXTUAL

3.1.      APARATO CRÍTICO

A presença ou ausência da segunda ocorrência dos termos δι αὐτοῦ (“através dele”) no
verso  20  é  um  problema  de  variante  textual  difícil  de  resolver.  As  evidências  externas  são
bastante  divididas.  Muitas  testemunhas  antigas  não  contemplam  estes  termos  (B  D*  F  G  I
0278  81  1175  1739  1881  2464    ).  Por  outro  lado,  testemunhas  igualmente  importantes  os
consideram  (Ì46  ‫א‬  A  C  D1  Ψ  048vid  33  Ï).  Sendo  assim,  ambas  as  leituras  são  possíveis.
Todavia, preferiu­se aqui manter tais termos e colocá­los em colchetes.[50]

3.2.     ANÁLISE LEXICOGRÁFICA.

VERSO 15
Grego Análise Tradução
ὅς Pronome relativo nominativo masc. Singular. O qual
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
εἰκὼν Substantivo nominativo feminino singular Imagem
τοῦ Artigo definido genitivo masc. Singular Do
θεοῦ Substantivo genitivo masc. Singular Deus
τοῦ Artigo definido genitivo masc. Singular Do
ἀοράτου Adjetivo pronominal genitivo masc. Singular Invisível
πρωτότοκος Adjetivo pronominal nominativo masc. Singular Primogênito
Πάσης Adjetivo genitivo feminino singular Toda
Κτίσεως Substantivo genitivo feminino singular Criação

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15 ὅς ἐστιν εἰκὼν τοῦ θεοῦ τοῦ ἀοράτου πρωτότοκος πάσης κτίσεως

O qual é imagem de Deus o invisível, primogênito sobre toda a criação,

VERSO 16
Grego Análise Tradução
ὅτι Conjunção subordinativa Porque
ἐν Preposição locativo Em
αὐτῷ Pronome dativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἐκτίσθη Verbo indicativo aoristo passiva 3ª pes. Singular Foi criado
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo  pronominal  nominativo  atributivo Todas
neutro plural
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἐν Preposição dativo Em
τοῖς Artigo definido masc. Plural Os
οὐρανοῖς Substantivo dativo masc. Plural Céus
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἐπὶ Preposição genitiva Sobre
τῆς Artigo definido feminino singular A
γῆς Substantivo genitivo feminino singular Terra
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ὁρατὰ Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Visíveis
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As
ἀόρατα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Invisíveis
εἴτε Conjunção coordenativa alternativa Quer
θρόνοι Substantivo nominativo masculino singular Tronos
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
κυριότητες Substantivo nominativo feminino plural Domínios
εἴτε Conjunção coordenativa alternativa Quer
ἀρχαὶ Substantivo nominativo feminino plural Governos
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
ἐξουσίαι· Substantivo nominativo feminino plural Autoridades
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Todas
δι' Preposição genitivo Através
αὐτοῦ Pronome genitivo masc. 3ª pes. Singular Dele
καὶ Conjunção coordenativa E
εἰς Preposição acusativa Para
αὐτὸν Pronome acusativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἔκτισται· Verbo  indicativo  perfeito  passivo  3ª  pes. Foi criada
Singular

16  ὅτι  ἐν  αὐτῷ  ἐκτίσθη  τὰ  πάντα  τὰ  ἐν  τοῖς  οὐρανοῖς  καὶ  τὰ  ἐπὶ  τῆς  γῆς  τὰ  ὁρατὰ  καὶ  τὰ
ἀόρατα εἴτε θρόνοι εἴτε κυριότητες εἴτε ἀρχαὶ εἴτε ἐξουσίαι· τὰ πάντα δι' αὐτοῦ καὶ εἰς αὐτὸν
ἔκτισται·

Porque  nele  foi  criada  as  coisas  todas  em  os  céus  e  as  coisas  sobre  a  terra,  as  visíveis  e  as
invisíveis,  quer  tronos,  quer  domínios,  quer  governos,  quer  autoridades.  As  coisas  todas
através dele e para ele foram criadas e permanecem criadas.

VERSO 17
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
αὐτός Pronome nominativo masc. 3ª pes. Singular Ele
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
πρὸ Preposição genitiva Antes
πάντων Adjetivo pronominal genitivo neutro plural Tudo
καὶ Conjunção coordenativa E
τὰ Artigo definido nominativo neutro plural As coisas
πάντα Adjetivo pronominal nominativo neutro plural Todas
ἐν Preposição locativo Em
αὐτῷ Substantivo pronome dativo masc. 3ª pes. Singular Ele
Subsiste
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συνέστηκεν Verbo indicativo perfeito ativo 3ª pes. Singular Subsiste

17 καὶ αὐτός ἐστιν πρὸ πάντων καὶ τὰ πάντα ἐν αὐτῷ συνέστηκεν

E ele é antes de tudo e as coisas todas nele foram postas juntas e permanecem juntas.

VERSO 18
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
αὐτός Pronome nominativo masc. 3a pés. Singular Ele
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª pes. Singular É
ἡ Artigo definido nominativo feminino singular A
κεφαλὴ Substantivo nominativo feminino singular Cabeça
τοῦ Artigo definido genitivo neutro singular Do
σώματος Substantivo genitivo neutro singular Corpo
τῆς Artigo definido genitivo feminino singular A
ἐκκλησίας· Substantivo genitivo feminino singular Igreja
ὅς Adjetivo  pronominal  relativo  nominativo  masc. O qual
Singular
ἐστιν Verbo indicativo presente ativo 3ª singular É
ἀρχή Substantivo nominativo feminino singular Princípio
πρωτότοκος Adjetivo nominativo masc. Singular Primogênito
ἐκ Preposição genitivo Dentre
τῶν Artigo definido genitivo masc. Plural Os
νεκρῶν Adjetivo pronominal genitivo masc. Plural Mortos
ἵνα Conjunção subordinada Para que
γένηται Verbo Subjuntivo aoristo dativo 3a pes. Singular Venha
ἐν Preposição dativo Em
πᾶσιν Adjetivo pronominal demonstrativo neutro plural Todas
αὐτὸς Substantivo  pronome  nominativo  masc.  3ª  pes. Ele
Singular
πρωτεύων Verbo  particípio  presente  ativo  nominativo  masc. O  que  tem  a
Singular primazia

18 καὶ αὐτός ἐστιν ἡ κεφαλὴ τοῦ σώματος τῆς ἐκκλησίας· ὅς ἐστιν ἀρχή πρωτότοκος ἐκ τῶν
νεκρῶν ἵνα γένηται ἐν πᾶσιν αὐτὸς πρωτεύων

E  ele  é  a  cabeça  do  corpo,  da  igreja.  O  qual  é  princípio,  primogênito  dos  mortos,  para  que
venha a ser em todas as coisas ele mesmo o que tem a primazia.

VERSO 19
Grego Análise Tradução
ὅτι Conjunção subordinativa Porque
ἐν Preposição – locativo Em
αὐτῷ Substantivo pronominal dativo masc. 3a pés. Singular Ele
εὐδόκησεν Verbo indicativo aoristo ativo 3ª pes. Singular Pareceu
πᾶν Adjetivo acusativo nominativo singular Toda
τὸ Artigo definido neutro singular A
Πλήρωμα Substantivo acusativo neutro singular Plenitude
κατοικῆσαι Verbo infinitivo aoristo acusativo Habitar

19 ὅτι ἐν αὐτῷ εὐδόκησεν πᾶν τὸ πλήρωμα κατοικῆσαι

Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar.

VERSO 20
Grego Análise Tradução
καὶ Conjunção coordenativa E
δι' Preposição genitiva Através
αὐτοῦ Substantivo  pronominal  genitivo  masc.  3a  pés. Dele
Singular

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ἀποκαταλλάξαι Verbo infinitivo aoristo acusativo Reconciliar
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
Πάντα Adjetivo acusativo nominativo plural Todas
εἰς Preposição acusativo Para
αὐτόν Pronome acusativo masc. 3ª pes. Singular Ele
εἰρηνοποιήσας Verbo  particípio  aoristo  ativo  nominativo  masc. tendo feito paz
Singular
διὰ Preposição genitivo Através
τοῦ Artigo definido nominativo singular Do
αἵματος Substantivo genitivo neutro singular Sangue
τοῦ Artigo definido nominativo singular Da
σταυροῦ Substantivo genitivo masc. singular Cruz
αὐτοῦ Substantivo  pronominal  genitivo  masc.  3ª  pres. Dele
Singular
δι' Preposição genitivo [através]
αὐτοῦ Pronome genitivo masc. 3ª pes. Singular Dele
εἴτε Conjunção coordenada Quer
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
ἐπὶ Preposição genitivo Sobre
τῆς Artigo definido genitivo fem. Singular A
γῆς Substantivo genitivo feminino singular Terra
εἴτε Conjunção coordenativa Quer
τὰ Artigo definido nominativo plural As coisas
ἐν Preposição dativo Em
τοῖς Artigo definido dativo masc. Plural Os
οὐρανοῖς Substantivo dativo masc. Plural Céus

20  καὶ  δι'  αὐτοῦ  ἀποκαταλλάξαι  τὰ  πάντα  εἰς  αὐτόν  εἰρηνοποιήσας  διὰ  τοῦ  αἵματος  τοῦ
σταυροῦ αὐτοῦ δι' αὐτοῦ εἴτε τὰ ἐπὶ τῆς γῆς εἴτε τὰ ἐν τοῖς οὐρανοῖς

E através dele reconciliar todas as coisas para ele, tendo feito paz através do sangue da cruz
dele, [através dele], quer as coisas sobre a terra, quer as coisas sobre os céus. 

3.3.     TRADUÇÃO DO TEXTO

15 O qual é imagem de Deus o invisível, primogênito sobre toda a criação,

16 Porque  nele  foram  criadas  as  coisas  [51]  todas  em  os  céus  e  as  coisas  sobre  a  terra,  as
visíveis  e  as  invisíveis,  quer  tronos,  quer  domínios,  quer  governos,  quer  autoridades.  As
coisas todas através dele e para ele foram criadas e permanecem criadas.
17 E ele é antes de tudo e as coisas todas nele foram postas juntas e permanecem juntas.
18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja. O qual é princípio, [52] primogênito dentre mortos,
para que venha a ser em todas as coisas ele mesmo o que tem a primazia.
19 Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar.

20  E  através  dele  reconciliar  todas  as  coisas  para  ele,  tendo  feito  paz  através  do  sangue  da
cruz dele, [através dele][53], quer as coisas sobre a terra, quer as coisas sobre os céus. 

3.4.     OUTRAS VERSÕES

Para  compreendermos  melhor  cada  parte  do  texto,  compararemos  as  versões  mais
tradicionais  usadas  pela  igreja  de  modo  geral,  e  em  seguida  veremos  as  principais
convergências e divergências entre as traduções e a feita neste presente trabalho. 

ARA NVI ARC NOSSA TRADUÇÃO

Este é a imagem do Deus Ele  é  a  imagem  do  Deus o qual  é  imagem  do  Deus O  qual  é  imagem  de  Deus
invisível,  o  primogênito invisível,  o  primogênito invisível,  o  primogênito o  invisível,  primogênito
de toda a criação; de toda a criação, de toda a criação; sobre toda a criação,
pois,  nele,  foram  criadas pois  nele  foram  criadas porque  nele  foram  criadas Porque  nele  foi  criada  as

todas as coisas, nos céus todas  as  coisas  nos  céus  e todas as coisas que há nos coisas  todas  em  os  céus  e

e sobre a terra, as visíveis na  terra,  as  visíveis  e  as céus  e  na  terra,  visíveis  e as  coisas  sobre  a  terra,  as

e  as  invisíveis,  sejam invisíveis, sejam tronos ou invisíveis,  sejam  tronos, visíveis  e  as  invisíveis,

tronos, sejam soberanias, soberanias,  poderes  ou sejam  dominações,  sejam quer  tronos,  quer

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quer  principados,  quer autoridades;  todas  as principados,  sejam domínios,  quer  governos,

potestades.  Tudo  foi coisas  foram  criadas  por potestades; tudo foi criado quer  autoridades.  As

criado  por  meio  dele  e ele e para ele. por ele e para ele. coisas todas através dele e

para ele. para  ele  foram  criadas  e


permanecem criadas.

Ele  é  antes  de  todas  as Ele  é  antes  de  todas  as E  ele  é  antes  de  todas  as E  ele  é  antes  de  tudo  e  as

coisas.  Nele,  tudo coisas,  e  nele  tudo coisas,  e  todas  as  coisas coisas  todas  nele  foram

subsiste. subsiste. subsistem por ele. postas  juntas  e


permanecem juntas.

Ele é a cabeça do corpo, Ele  é  a  cabeça  do  corpo, E ele  é  a  cabeça  do  corpo E ele é a cabeça do corpo,

da  igreja.  Ele  é  o que  é  a  igreja;  é  o da igreja; é o princípio e o da  igreja.  O  qual  é

princípio, o primogênito princípio  e  o  primogênito primogênito  dentre  os princípio, primogênito dos

de  entre  os  mortos,  para dentre os mortos, para que mortos,  para  que  em  tudo mortos,  para  que  venha  a

em  todas  as  coisas  ter  a em  tudo  tenha  a tenha a preeminência, ser em todas as  coisas  ele

primazia, supremacia. mesmo  o  que  tem  a


primazia.

porque  aprouve  a  Deus Pois foi do agrado de Deus porque  foi  do  agrado  do Porque  nele  pareceu  bem

que,  nele,  residisse  toda que  nele  habitasse  toda  a Pai  que  toda  a  plenitude toda a plenitude habitar

a plenitude plenitude, nele habitasse

e  que,  havendo  feito  a e  por  meio  dele e  que,  havendo  por  ele E  através  dele  reconciliar
paz  pelo  sangue  da  sua reconciliasse  consigo feito a paz pelo sangue da todas  as  coisas  para  ele,
cruz,  por  meio  dele, todas  as  coisas,  tanto  as sua  cruz,  por  meio  dele tendo feito paz através do
reconciliasse  consigo que  estão  na  terra  quanto reconciliasse  consigo sangue  da  cruz  dele,
mesmo  todas  as  coisas, as  que  estão  no  céu, mesmo  todas  as  coisas, [através  dele],  quer  as
quer  sobre  a  terra,  quer estabelecendo  a  paz  pelo tanto as que estão na terra coisas sobre a terra, quer as
nos céus. seu  sangue  derramado  na como  as  que  estão  nos coisas sobre os céus. 
cruz. céus.

3.5.     CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS ENTRE AS TRADUÇÕES


E ANÁLISE DAS PRINCIPAIS PALAVRAS CHAVES

A  comparação  entre  as  versões  e  a  nossa  própria  tradução  revela  que  há  poucas
diferenças  entre  elas.  Aqui  citaremos  as  mais  importantes  que  convergem  ou  divergem  das
versões mais tradicionais.
No verso 15 embora o genitivo  τοῦ θεοῦ τοῦ ἀοράτου poderia  expressar posse sobre
o εἰκὼν, é mais provável que τοῦ θεοῦ é um genitivo objetivo. É o Deus invisível que está a
ser “revelado” por Jesus.[54] 
O termo grego πρωτότοκος pode se referir tanto a primeira na ordem do tempo, como
um  primeiro  filho,  ou  poderia  se  referir  a  alguém  que  é  destaque  na  classificação.  O
“primogênito” (Como traz a ARA, NVI e ACF) era filho mais velho de uma família ou uma
pessoa de posição preeminente. A LXX usa este termo para descrever o rei Davi no Salmo
88. 28. Aqui a ênfase parece esta sobre a prioridade de classificação de Jesus como acima e
além da criação.

Uma  leitura  superficial  das  palavras  “de  toda  a  criação”  (como  traduzem  as  versões
ARA, NVI e ACF) pode levar à conclusão de que Cristo é uma parte da criação, ou seja, o
primeiro dos seres criados por Deus. Tal leitura da frase, no entanto, não está em consonância
com o contexto, que distingue a maior forma de Cristo, desde a criação. Também não é esse o
entendimento da frase exigida pela gramática. κτίσεως (“criação”) poderia ser entendida tanto
como  um  ablativo  de  comparação  (“antes  da  criação”)  ou  como  um  genitivo.  Neste  último
caso,  pode  ser  um  genitivo  partitivo  (Cristo  como  parte  da  criação),  de  referência  (“com
referência à criação”) ou o que é mais provável genitivo de subordinação (“sobre a criação”),
como  traduz  o  Rev.  Paulo  Sérgio.  Nesse  sentido,  como  obseva  Wallace,  “a  criação  esta
subordinada a Cristo”. “Primogênito”, neste texto, significa duas coisas: Ele precedeu toda a
Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[55]
No verso 16, a interpretação da frase ὅτι ἐν αὐτῷ (literalmente, “porque em ele”) tem
sido a razão de grande discussão no meio acadêmico. A tradução desta cláusula é incerta e a
ambiguidade da preposição grega ἐν (“em”) é a questão. Alguns veem a ἐν (“em”) no sentido
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instrumental (“por meio de” como, por exemplo, as versões NIV, NET). Outros interpretam
esta preposição como um locativo (“nele”), desse modo Cristo é a esfera da criação, (como
em  Ef  1:4).  Finalmente,  há  aqueles  que  argumentam  que  ambos  os  sentidos  pode  ter  sido
intencional. Manteremos a tradução “nele” (como traduz ARA, Século 21, ACF), pois a luz
do verso 17 parece ser a ideia mais correta. [56]
O  verbo  ἔκτισται  está  no  perfeito,  em  contraste  com  a  ἐκτίσθη  aoristo  na  linha  de
abertura.  A  mudança  no  tempo  podia  ser  meramente  estilístico  como  entendem  alguns
intérpretes. Mas talvez seja mais provável que ele sinaliza uma maior ênfase na última parte
do  versículo  sobre  o  estado  permanente  da  criação.  Ou  seja,  o  que  foi  criado  permanece
criado, pois, o próprio Deus em Cristo sustenta a criação. [57]
Tanto no verso 17 como no verso 18  αὐτός ἐστιν (“Ele é”) é enfático. Possivelmente
envolvendo  uma  antítese  com  alguns  erros  da  Igreja  de  Colossos.  Paulo  começa  dizendo
novamente que ele (Jesus) e nenhum outro, ou mais ninguém é.
Ainda  no  verso  17  apesar  de  BDAG  973  s.v.  συνίστημι  B.3
sugeri:  “continuar”,  “resistir”,  “existir”,  “realizar  em  conjunto”.  Entendemos  que  o  verbo
συνέστηκεν (perfeito ativo indicativo), a luz de 2 Pe. 3:5, significa, neste contexto, “manter
juntos”, “coerentes”, como traduz o Rev. Waldyr Carvalho Luz.[58]
No verso 18 deve­se entender que a referência a Jesus como o “primogênito dentre os
mortos” parece estar defendendo uma prioridade cronológica, ou seja, Jesus foi o primeiro a
ressuscitar dentre os mortos.[59]
Ainda  no  verso  18  percebe­se  que  A  NIV  traduz  incorretamente  a  este  ponto.  Para
enfatizar a clareza de pensamento, afirma: “he is the beginning and the firstborn from among
the dead” (destaques meus). Os tradutores inseriram a palavra “e” para “amarrar” essas duas
descrições juntas, como se fossem dois itens separados. O texto grego simplesmente coloca
lado a lado duas descrições.[60]
No verso  19 o substantivo  “Deus” (ARA, VIVA  e NVI)  não aparece no  texto grego,
mas uma  vez que Deus  é aquele  que reconcilia o  mundo a si  mesmo (cf.  2 Cor 5,19),  ele é
claramente  o  objeto  de  εὐδόκησεν.  Todavia  preferimos  omite  o  substantivo  para  manter  a
tradução mais literal possível. 
Ainda  no  verso  19,  observa­se  que  o  verbo  aoristo  κατοικῆσαι  poderia  ser  tomado
como um ingressivo, caso em que se refere à encarnação e pode ser traduzido como “começar
a  viver, para  ter  a sua  residência”.  Todavia, talvez  seja melhor  entendê­lo  como um  aoristo
constativo e simplesmente uma referência ao fato de que a plenitude de Deus habita em Jesus
Cristo. Além disso, deve­se atentar para o fato que esta é uma casa de habitação permanente,
e não temporária, como o tempo presente em 2.9 deixa claro. 

No verso 20 o δι' αὐτοῦ (“através dele”) é enfático e aponta para Cristo como o único
agente  de  reconciliação.  Além  disso,  nota­se  que  o verbo  aqui  utilizado,  ἀποκαταλλάξαι  (o
qual  ocorre  apenas  duas  vezes  em  outras  partes  do  Novo  Testamento  ­  v.  22;  Ef  2.16),
diferente de outros termos que possibilita a reconciliação por meio da ação bilateral, ou seja,
duas pessoas que trabalham juntas em pro da reconciliação, o verbo usado por Paulo aponta
para uma reconciliação unilateral.

4.     ESTRUTURA DO TEXTO

Os limites e a estrutura interna do texto apresentam algumas dificuldades, o que nos
leva a necessariamente justificá­los. Na delimitação da perícope, as dificuldades são menores
e os elementos literários que apontam para uma unidade de pensamento nos versos 15 – 20
são evidentes.

4.1.     DELIMITAÇÃO DA PERÍCOPE.

A delimitação da perícope é clara, e é ponto pacífico entre a maioria dos exegetas. Os
versos  anteriores  (12­14)  falam,  em  forma  de  confissão  de  fé,  do  que  Deus  fez  por  seus
eleitos  (subsentidos  na  primeira  pessoa  do  plural  –  “ἡμᾶς” ­  “nós”),  enquanto  o  hino  em  si
não faz qualquer referência à comunidade confessando. Têm­se ainda nos textos anteriores e
posteriores pronomes que se referem ao leitor e /ou o escritor (nove pronomes nos versos 3­8,

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quatro nos versos 9­14, dois em vv. 21­23) e verbos de primeira ou da segunda pessoa (seis
verbos nos versos v. 3­8; quatro nos versos v. 9­14; três nos versos 21­23).
Nenhum  destes  recursos  aparece  nos  versos  15­20,  o  que  temos  é  uma  série  de
predicados  relativos  à  Cristo.  Como  obseva  O’  Brien,  “todas  as  referências  pessoais  estão
ausentes”.[61]  Melick  lembra  ainda,  que  as  características  linguísticas,  as  quais  incluem
palavras incomuns e distintas expressões teológicas, causam uma ruptura entre a passagem e
a seu contexto.[62] Douglas Moo, ressalta por sua vez, que nesses versículos há também, uma
estrutura hinológica que contém afirmações breves sobre Cristo.[63] De semelhante modo, o
pronome relativo “o qual”, aponta para uma nova ideia. [64] Sendo assim, ao invés de termos
uma  confissão  de  fé  (13­14),  temos  em  linguagem  poética  e  exaltada,  uma  descrição  da
supremacia de Cristo sobre tudo e todos.
Por  fim,  as  palavras  imediatamente  a  seguir  (versos  21­23),  utilizam,  como  dito
acima, a linguagem do discurso direto, para aplicar alguns temas do hino, em especial o da
reconciliação,  a  comunidade  de  Colossos.  É  digno  de  nota  (como  já  foi  dito  acima)  que  as
palavras o final do hino sobre Cristo como reconciliador de “todas as coisas”, servem como
uma ponte para o próximo tema de Paulo: Cristo reconciliou os Colossenses a Deus. Assim, a
grande pericope (verso 13 – 23) está dividida em três pericopes menores que falam sobre: O
que Deus fez pelos eleitos (13,14); a Supremacia Cristo (15 – 20) e a aplicação de ambas as
coisas a vida da Igreja (21 – 23).
 
4.2.     DIVISÕES INTERNAS DO TEXTO.

A  divisão  interna  do  texto  é  sem  dúvida  a  maior  dificuldade  desta  passagem.  Seu
maior  problema  é  encaixar  de  forma  coerente  em  uma  estrutura  literária  a  expressão:  “καὶ
αὐτός ἐστιν  ἡ κεφαλὴ τοῦ σώματος  τῆς ἐκκλησίας·” (E ele é a cabeça do corpo, da igreja).
Sem está frase teríamos uma clara e perfeita divisão literária a partir do paralelo que existe
entre os pronomes ὅς (“o qual”) que aparecem nos versos 15 e 18. Kasemann acreditava que
este é um hino pré­paulino e chega a postular que Paulo fez adições, tais como “da igreja”
(18a) e “pelo sangue da sua cruz” (20). Segundo ele, se estas são removidas há uma perfeição
na estrutura.[65] Como não podemos fazer como muitos críticos literários, os quais, a fim de
encontrar uma estrutura literária perfeita “riscam” tais partes da Bíblia, resta­nos buscar uma
solução para tal dificuldade.
De  início  devemos  considerar  que  os  hinos  nos  tempos  antigos,  (assim  como  os
contemporâneos),  normalmente  são  divididos  em  estrofes  ou  versos.  Como  ao  que  parece,
Colossenses  1.15­20  é  um  hino,  então,  devemos  dividi­lo  em  estrofes.  É  neste  ponto  que
encontramos  a  maior  divisão  entre  exegetas  e  comentaristas.  As  opções  são  variadas  e
inúmeras, por essa razão analisaremos apenas as mais usadas no meio acadêmico.
Pelo menos quatro propostas merecem destaques. A primeira considera a mudança de
foco  de  “criação”  (15  –  17)  para  “igreja”  (18  –  20).[66]  Neste  caso  têm­se  duas  estrofes  e
dois  assuntos  principais.  O  problema  desta  estrutura  é  que  ela  desconsidera  muitos  dos
elementos  literários  presente  no  texto,  elege  apenas  dois  assuntos  dentre  os  muitos
importantes e consequentemente deixa de lado tantos outros de igual importância, tais como,
“a imagem de Deus”; “plenitude divina”, “reconciliador do cosmos”, dentre outros.
A segunda proposta aprecia os paralelos que existe nos versos 15 e 18b: “ὅς ἐστιν” (o
qual  é)  e  “πρωτότοκος”  (primogênito).  Nesta  proposta  a  divisão  seria  15­18a  e  18b­20.
Assim,  existem  duas  ideias  principais  marcadas  pelos  pronomes  ὅς  (o  qual).  Essa  divisão,
entretanto,  tem  sido  rejeitada  atualmente  por  muitos  comentaristas  por  não  trazer  respostas
satisfatórias  para  a  ligação  existente  entre  a  expressão:  “καὶ  αὐτός  ἐστιν  ἡ  κεφαλὴ  τοῦ
σώματος  τῆς  ἐκκλησίας·”  (E  ele  é  a  cabeça  do  corpo,  a  igreja)  e  os  demais  assuntos  da
primeira estrofe. Além disso, o interprete que a escolher, para ser coerente com ela, tem que
interpretar  a  palavra  “corpo”  (18a)  como  sendo  o  cosmos,  o  que  segundo  F.  F.  Bruce  é
improvável.[67] Analisando os escritos paulinos é possível ver que, normalmente, a menção
de  Cristo  como  cabeça  do  corpo,  se  refere  a  Cristo  como  estando  ligado  à  igreja  e  não  ao
cosmo  como  afirmava  a  filosofia  pré­gnóstica.  Um  exemplo  disso  é  a  carta  aos  Efésios,  a
qual, diga­se de passagem, é gêmea quase que “siameses”.
Uma  terceira  alternativa,  que  considera  o  contexto  geral  da  carta  e  é  defendida  por
alguns  comentaristas  (tais  Como  Carson;[68]  Constable;[69]  Keathley;[70]  Alexander

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MacLaren;[71] Jamieson­Fausset­Brown[72]),  os  quais  dividem  o  texto  a  partir  da  relação


de  Jesus  com  o  Pai  (15a),  com  a  Criação  (15b  –  17)  e  com  a  Igreja  (18  –  20).  A  grande
vantagem desta estrutura é que ela analisa o texto a partir de seu contexto maior e de maneira
especial à luz da “heresia de Colossos”. Nesse sentido, ela enfatiza a defesa de Paulo contra
um dos pontos principais da heresia, ou seja, a negação da divindade do Deus­Homem, Jesus
Cristo. Todavia pesar contra esta estrutura a falta de elementos literários que a justifique.
Uma  quarta  alternativa,  e  uma  das  mais  das  recentes,  é  a  disposição  feita  por
Schweizer,  e  que  é  defendida  por  muitos  exegetas  e  comentaristas.  Esta  por  sua  vez,
considera pontos em comum com as duas primeiras sugestões supracitas. Schweizer postula
duas  estrofes  principais  (15­16  e  18b­20),  com  uma  estrofe  de  transição  entre  as  duas  (17­
18a). [73] Esta sugestão parece oferecer o melhor relato da passagem, especialmente quando
se  reconhece  os  paralelos  encontrados  no  início  dos  versos  17  e  18  (καὶ  αὐτός ἐστιν  “e ele
é”... καὶ αὐτός ἐστιν “e ele é”...).[74]
Schweizer  observa  ainda,  que  a  primeira  estrofe  (15­16)  possui  três  linhas  onde  o
Cristo cósmico é exaltado como Senhor da criação. Aquele que trouxe o universo à existência
e o dirige. A estrofe intermediária (17­18a) repete o pensamento da atividade preexistente de
Cristo e afirma­o como o princípio unificador que mantém todas as coisas juntas. A terceira
estrofe (18b­20) exalta o Cristo cósmico, que incorporou a plenitude divina. O qual, também
é  o  Jesus  ressurreto  e  o  agente  de  Deus  para  trazer  o  universo  em  harmonia  através  da
reconciliação.[75]  Essa  tem  sido  considerada  uma  boa  disposição  estrutural.  Diante  dos
elementos  exegéticos,  literários  e  lógicos,  esta  parece  ser  a  melhor  opção  estrutural  da
passagem.
É possível perceber até aqui, que não tem sido fácil encontrar uma estrutura perfeita
para  este  texto.  Todas  elas  têm  pontos  positivos  e  negativos.  Na  presente  pesquisa  será
adotada a estrutura postulada por Schweizer, por parecer a que oferece maiores respostas aos
problemas literários do texto, bem como por ser seguida e defendida por grandes exegetas e
comentaristas,  tais  como  Douglas  Moo;  F.  F.  Bruce;  Gabathuler;  Schille;  Maurer;  Benoit;
Otfried Hofius; Luis Carlos Reyes; dentre outros.
5.     COMENTÁRIOS

5.1. 1ª ESTROFE - A EXALTAÇÃO DO FILHO DE DEUS O CRIADOR,


SENHOR E GUIA DO UNIVERSO (V. 15,16).

O FILHO DE DEUS

A primeira linha, deste provável hino, começa com uma contundente afirmação sobre
a divindade do Filho: ὅς  ἐστιν εἰκὼν  τοῦ θεοῦ  τοῦ ἀοράτου  (“O qual é imagem de Deus o
invisível”). Esse sem dúvida é um ponto importante neste texto, por isso, será dado atenção
devida  a  ele.  A  palavra  traduzida  por  “imagem”  (εἰκὼν  ­  substantivo  nominativo  feminino
singular)  apesar  de  normalmente  diferir  de  omoioma  (que  geralmente  se  refere  a  “mera
semelhança”) não traz em si mesma, base para sustentar qualquer doutrina sobre Cristo, pois
seu uso é amplo e variado. Por exemplo, ela é usada como: 1. Uma imagem de César sobre
uma moeda (Mt. 12. 16). 2. Uma representação da estátua de Nabucodonosor (Dn. 3.1). 3. O
homem,  criado  como  uma  representação  visível  de  Deus  (1Co.11.  7).  Por  essa  razão,
Lightfoot acertadamente observa que a ideia de perfeição não está na palavra em si, mas tem
de ser encontrado em seu contexto.[76]
Por isso, para entendermos o que Paulo quer dizer com a ideia de imagem devemos
fazer três perguntas: A primeira deve ser: Como ela é usada por Paulo? Em seguida, como
ela é usada por Paulo em relação a Cristo? E finalmente, como ela é usada neste contexto?A
resposta  à  primeira  é  que  a  palavra  εἰκών  (“imagem”)  é  empregada  por  Paulo  em  várias
ocasiões  não  só  com  referência  a  Cristo  como  a  imagem  de  Deus,  mas  também  de  forma
genérica, como citado supra.
No que se refere à segunda, observa­se que em ambos os textos onde Paulo afirma que
Cristo é a εἰκών (“imagem”) de Deus (aqui e em 2 Coríntios. 4:4), o foco está na revelação
de Cristo como sendo igual em essência a Deus. Vincent observa que neste verso a palavra
“imagem”  implica  em  um  arquétipo  que  incorpora  a  verdade  essencial  (ontológica)  de  seu
protótipo.[77]  Raph  P.  Martin  assevera  que  “no  pensamento  antigo  acreditava­se  que  eikon

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não  era  apenas  uma  representação  plástica  dos  objetos  assim  retratados,  como  também
pensava­se  que  participava  de  alguma  da  substância  do  objeto  que  o  simbolizava”.[78] 
Sendo assim, se deve entender que, diferente do ser humano, Cristo é a imagem de Deus no
sentido ontológico (isto é, tem a mesma essência de Deus).
A  terceira  e  última  pergunta  (Como  ela  é  usada  neste  contexto?)  lança  luz  sobre  o
pensamento paulino. Segundo muitos estudiosos, a εἰκὼν τοῦ θεοῦ  (“imagem de Deus”) aqui
pode apontar para um pano de fundo diferente, a saber, a sabedoria. No Antigo Testamento, e
principalmente em provérbios, parece haver uma identificação da “sabedoria” ou “a palavra”
com a “imagem de Deus”.
De fato parece haver uma ligação da linguagem de Col. 1. 15­20 com a palavra ‫ִית‬
‫ֵראשׁ‬
(principio,  começo, cabeça),  usada com  referência à  sabedoria em  Provérbios 8.  22, 23:  “O
Senhor me criou [referindo­se a sabedoria] como o princípio (‫ִית‬ ‫ראשׁ‬ WLC e 
ֵ ἀρχὴν na LXX)
de seu caminho, antes das suas obras mais antigas; fui formada desde a eternidade [divindade
da sabedoria], desde o princípio, (‫ִית‬
‫ראשׁ‬ WLC e ἀρχῇ na LXX) antes de existir a terra”. O Dr.
ֵ
Daniel Santos, em um recente artigo sobre Calvino e a literatura sapiencial, assevera que o
exegeta genebrino também via uma íntima ligação entre a sabedoria e Cristo. Suas palavras
são:  “Calvino  parece  não  ter  a  menor  dúvida  de  que  o  texto  de  Provérbios  8  esteja  falando
realmente do Verbo de Deus...”[79]
Sendo  assim,  ao  que  parece,  Paulo,  em  comum  com  outros  escritores  do  AT  (8. 22,
23) e NT (Jo. 1.4; Hb 1.3), identifica Cristo com a Sabedoria de Deus e atribuindo­lhe certas
atividades  que  são  atribuídas  à  personificação  da  Sabedoria,  como  podem  ser  vista  na
literatura Antiga Testamento e na tradição judaica.[80] Nas palavras de Douglas Moo, o hino
afirma  que  a  imagem  original  (sabedoria  personificada)  pode  ser  encontrada  na  pessoa  de
Jesus  Cristo,  Filho  de  Deus.[81]  Esta  σοφία  (sabedoria)  buscada  pelos  judeus  e  este
  ἐπίγνωσις  (conhecimento)  buscado  pelos  gentios,  segundo  Bruce,  é  em  Cristo  uma  pessoa
viva, aquele que alguns dos colossenses encontraram face a face.[82]
Finalmente,  com  o  uso  da  palavra  “imagem”,  Paulo  está  enfatizando  que  Jesus  é  a
manifestação perfeita de Deus. Para vermos como é Deus devemos olhar para Jesus (cf. João
14.7­10;  1.14­18;  12.45;  Hebreus  1.3).  Assim,  a  natureza  e  o  caráter  de  Deus  foram
perfeitamente revelados em Cristo, no qual o Deus invisível se tornou visível.[83]

O CRIADOR DE TODAS AS COISAS.

Após falar de Cristo como manifestação do Pai, Paulo continua a louvar a pessoa de
Cristo,  agora  como  o  criador  de  todas  as  coisas.  Dos  versos  15b  a  16,  Paulo  fala  da
Supremacia  e  centralidade  de  Cristo  em  relação  à  criação, e  mostra  que  o  universo  foi
criado no Filho (ἐν αὐτῷ ­ a esfera da criação) por meio dele (ἐν αὐτῷ ­ como o agente divino
da criação), para ele (εἰς αὐτόν ­ como o objetivo ou alvo da criação). [84]  
O  termo  πρωτότοκος  (adjetivo  pronominal  nominativo  masc.  Singular  –
“primogênito”) sintetiza o pensamento paulino sobre a Supremacia de Cristo. De início deve­
se  entender  que,  assim  como  εἰκὼν  (imagem)  o  adjetivo  πρωτότοκος  não  pode  ser
interpretado ao pé  da letra. Também, além  dos aspectos gramaticais deve­se  analisá­lo a luz
da teologia sistemática. A palavra πρωτότοκος (primogênito) não pode ser entendida como se
Cristo  fosse  o  primeiro  ser  criado,  como  a primeira  vista  pode  deixar  a  entender.  O’  Brien
observa que o contexto deixa claro que o título não pode se referir a ele como o primeiro de
todos os seres criados, pois as palavras imediatamente a seguir, que fornecem um comentário
sobre o título, enfatizaram  o ponto que ele é o  único por quem a criação toda  veio a existir.
[85]
O  erro  de  muitos  estudiosos  ao  longo  da  história  (entre  eles  Ário)  foi  o  de  não
entender  à  luz  do  contexto,  o  genitivo  κτίσεως  (substantivo  genitivo  feminino  singular  –
“criação”). Este não pode ser entendido como “partitivo” (Cristo como parte da criação), mas
sim  como  genitivo  de  “subordinação”  (a  criação  subordinada  a  Cristo  ou  Cristo  sobre  a
criação).[86]  É  digo  de  nota,  também,  que  tanto  Lightfoot,  como  F.  F.  Bruce,  citam  dois
textos rabínicos, o qual o termo “primogênito” é usado para Deus, o Pai. Nestes textos, não
há certamente como concluir que Deus seja parte da criação.[87] Assim, como corretamente
observa  Keathley,  “primogênito”,  neste  texto,  significa  duas  coisas:  Ele  precedeu  toda  a
Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[88]
Após falar da supremacia de Cristo sobre a criação (verso 15), Paulo passa a descrever

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a  centralidade  de  Cristo  na  mesma.  No  verso  16,  ele  cita  três  formas  específicas  em  que
Cristo e a criação são relacionados: “nEle foram criadas todas as coisas”... “Tudo foi criado
por meio dele” e finalmente “tudo foi criado para ele”.[89]
A  interpretação  da  frase  ἐν  αὐτῷ  ἐκτίσθη  τὰ  πάντα  (literalmente,  “em  ele  foram
criadas  todas  as  coisas”)  tem  sido  a  razão  de  grande  discussão  no  meio  acadêmico.  A
tradução desta cláusula é incerta, e a ambiguidade da preposição grega ἐν (“em”) é a questão.
Alguns veem a preposição ἐν (“em”) no sentido instrumental (“por meio de”), em que Cristo
é o instrumento de criação.  Além  dos  textos  bíblicos  (tais  como  João  1.3;  1  Coríntios  8.6,
dentre  outros),  esta  ideia  tem  como  base  da  tradição  judaica.  Outros  interpretam  esta
preposição  como  um  locativo  (“nele”),  onde  Cristo  é  a  esfera  da  criação.  Finalmente,  há
aqueles que argumentam que ambos os sentidos pode ter sido intencional. [90]
À luz do verso 17, entendemos que a preposição ἐν deve ser vista como um locativo.
Nesse  sentido,  ela  aponta  para  Cristo  como  a  “esfera”  dentro  da  qual  a  obra  da  criação
ocorre. Segundo Haupt, a frase “nele” tem a mesma força como em Efésios 1.4, onde se ler:
“Porque  Deus  nos  escolheu  nele antes  da  criação  do  mundo,  para  sermos  santos  e
irrepreensíveis  em sua  presença” (NVI  ­  destaque nosso).  Nesse  sentido a  criação de  Deus,
como  a  sua  eleição,  ocorre  ἐν  (em)  “Cristo”  e  não  a  parte  dele.[91]  Vaughan  segue  este
mesmo caminho e diz que a criação em relação a Cristo estava condicionada a sua causa, o
seu  centro  de  origem,  a  sua  localização  espiritual.  [92]  Sendo  assim,  ἐν  αὐτῷ  deve  ser
entendida  como  “em  sua  mente”  ou  “em  sua  esfera  de  influência  e  responsabilidade”.
Praticamente,  isso  significa  que  Jesus  concebeu  a  criação  e  as  suas  complexidades.[93]
Hendriksen ilustrou esta verdade dizendo que Jesus é a pedra angular de todo o edifício que
leva a sua orientação e direção.[94]

A EXTENSÃO DA CRIAÇÃO E O SENHORIO DE CRISTO SOBRE ELA.

Após falar sobre o criador, Paulo passa a tratar sobre a extensão da criação. De início
deve­se observar que as  palavras “τὰ πάντα” (“todas as coisas”) são  usadas por Paulo como
lema em várias partes do “hino”. Elas expressam uma universalidade e sugere um sentimento
coletivo, isto é, “o universo inteiro”.[95] Dentro deste mundo criado, Paulo destaca as coisas
invisíveis,  e  as  lista  em  quatro  classes  de  poderes  angelicais:  “tronos”  (θρόνοι)  e
“domínios”[96] (κυριότητες,  cf.  1  Co.  8.  5.);  “principados”  (ἀρχαί)  e  “poderes”[97]
(ἐξουσίαι).  Estes  poderes  provavelmente  representavam  na  filosofia  pré­gnóstica  a  maior
ordem do reino angelical. Do mais alto ao mais baixo. Para o pensamento filosófico da época,
os anjos deveriam receber veneração  dependendo do seu suposto “rank”.[98]  Assim, Paulo
afirmou que Cristo é superior a todos os seres angélicos, inclusive os mais sublimes (cf. Hb.
1:1­14).  Bons  ou  ruins  todos  eles  estão  sujeitos  a  Cristo  como  Criador.  Com  a  heresia  de
Colossos em mente, o apóstolo insiste que qualquer outro ser criado é totalmente incapaz de
rivalizar com Cristo.[99]
Paulo  enfatiza  ainda  que  é  Cristo  quem  mantém  firme  todas  as  coisas.  É  digno  de
nota,  a  mudança  de  tempo  do  verbo  “criar”.  No  início  do  verso,  ele  aparece  no  aoristo
(ἐκτίσθη) e chama a atenção para o fato histórico. No final é colocado no prefeito (ἔκτισται) e
focaliza a existência contínua e permanente da criação. Ele é sustentador permanente de todas
as coisas, como será dito no verso 17.
Por  fim,  o  Apóstolo  assevera  que  além  de  ser  o  início  e  o  meio,  Cristo  é  também  o
τέλος (fim) da criação. Ele é a razão para a qual todas as coisas existem, a meta para a qual
todas  as  coisas  tinham  a  intenção  de  se  mover.  Como  corretamente  observa  Melick,  toda
criação é destinada “para servir a Sua vontade, contribuir para a Sua glória”. [100] 

5.2.  2ª ESTROFE - A exaltação de Cristo o Sustentador de todas as


coisas e Senhor da igreja. 17-18a

O SUSTENTADOR DE TODAS AS COISAS

Após falar da supremacia e centralidade de Cristo em relação à criação, Paulo passa a
exaltá­lo  como  sendo  o  Sustentador  de  todas  as  coisas  e  Senhor  da  igreja.  17­18a.  Bruce

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assevera que o ensinamento da primeira estrofe é recapitulado, nesta estrofe de transição, em
uma  dupla  reafirmação  da  preexistência  e  do  significado  cósmico  de  Cristo:[101]  “E  ele  é
antes de todas as coisas”, e, “as coisas todas nele se postaram juntas e permanecem juntas” (v.
17). Na primeira parte Paulo destaca a Primazia de Cristo. “E ele é antes de todas as coisas”
(v.  17a).  A  preposição  πρὸ  (“antes  de”)  pode  designar  tanto  prioridade  no  tempo  como
“prioridade  na  classificação”.  Segundo  Wallace,  considerando  o  contexto,  ela  aponta  para
ambas nuances (tempo e prioridade). Assim, Cristo tem prioridade sobre todas as coisas e está
antes delas.[102]
Em  seguida,  Paulo  assevera  que  Ele  é  o  sustentador  de  todas  as  coisas:  “As  coisas
todas  nele  se  postaram  juntas  e  permanecem  juntas”  (v.  17b).  O  verbo  συνέστηκεν  (verbo
indicativo  perfeito  ativo  3a  pessoa  singular)  significa,  neste  contexto,  “manter  juntos”,
“coerentes”.[103] O tempo perfeito, aponta para o fato que, o universo teve e continua tendo
sua coerência contínua em Cristo. Calvino lembra que o Criador não esqueceu a criação. Ele
diariamente  mantém  o  equilíbrio  no  universo.[104] Nas  palavras  de  Lightfoot,  Cristo  é  “o
princípio  da  coesão”,  que  faz  o  universo  um  cosmos  em  vez  de  um  caos.[105]  Sem  ele,  a
gravidade deixaria de funcionar, os planetas não permaneceriam em suas órbitas.

O SENHOR DA IGREJA

Após falar sobre o domínio de Cristo sobre todas as coisas ele agora fala de maneira
mais  particular  sobre  seu  senhorio  na  igreja.  Com  a  menção  de  Cristo  como  o  cabeça
(κεφαλή)  da  igreja,  o  hino,  passa  a  partir  de  uma  perspectiva  cosmológica  para  uma
eclesiológica, soteriológica e escatológica.[106]
É  digna  de  observação  a  repetição  do  pronome  αὐτός  (“Ele”).  Em  todo  o  hino,  e
principalmente aqui, seu uso é enfático e possivelmente envolvendo uma antítese entre Cristo
e as demais poderes espirituais. Paulo começa dizendo novamente que, Ele e nenhum outro, é
a  cabeça  do  corpo.  A  analogia  feita  por  Paulo  lança  luz  nesta  ideia.  O  corpo  (igreja)  e  a
cabeça (Cristo) formam um organismo vivo, composto por membros vital um para o outro.
Juntos,  eles  constituem  uma  unidade  viva.  Um  sem  o  outro  será  incompleto.  Os  hereges
diziam  que  era  possível  viver  plenamente  sem  Cristo.  Paulo  afirma  veementemente  que
somente Ele é a cabeça que dá vida ao corpo.
A  grande  dificuldade  nesta  estrofe  reside  no  termo  “σώματος”  (substantivo  genitivo
neutro singular  ­  “corpo”).  Exegetas  recentes,  como  Schlier  e  Käsemnn,  influenciados  pelo
mito gnóstico do redentor humano, entendem que as almas de todos os homens pertencem a
um só corpo cósmico pneumático. [107] Todavia, essa ideia tem sido rejeita, pois postula que
a base de Paulo foi fontes gnósticas e não as verdades do AT (o que é improvável e incomum
em  Paulo)  e  não  se  relaciona  com  as  demais  referências  de  corpo,  feitas  pelo  apóstolo  nas
demais  cartas  por  ele  escritas.  Sendo  assim,  ao  que  parece  termo  “σώματος”  (“corpo”)  é
usado  aqui  por  Paulo  no  sentido  tradicional,  isto  é,  como  a  ἐκκλησίας  (“igreja”)  de  Cristo,
como vemos na sequência do verso.
Além  de  definir  o  que  é  corpo  faz­se  necessário  entender  o  seu  uso  aqui.  Alguns
intérpretes entendem que com essas palavras Paulo esta apresentando Cristo como “a  fonte
da vida da igreja”. Todavia, esse não parece ser o seu significado principal. É verdade que
em  outras  cartas  Paulo  emprega  o  termo  “σώματος”  (“corpo”)  para  se  referir  às  relações
mútuas  e  as  obrigações  dos  membros  da  igreja.  Neste  sentido  “cabeça”  (κεφαλή)  do  corpo
não  tem  posição  especial  ou  honra,  é  contado  como  um  membro  comum.  Todavia,  em
Colossenses  e  Efésios,  há  um  avanço  na  linha  de  pensamento  em  relação  à  ideia  da  Igreja,
como corpo de Cristo. Como observa O’ Brien, a relação viva entre os membros é mantida,
(Cf. 1 Coríntios e Romanos), mas um elemento novo é acrescentado de forma mais clara, isto
é,  Cristo  como  Senhor  da  igreja.[108]  Ridderbos  parece  entender  da  mesma  maneira.  Sua
interpretação  postula  “Cristo  como  parte  mais  proeminente  do  corpo”.[109]  Como
corretamente certifica Calvino, Cristo como cabeça da igreja, é o seu chefe, que a guia e rege.
Ele tem autoridade para governar a Igreja, a quem os fiéis devem olhar e seguir, e a quem a
unidade do corpo depende somente.[110]
A  história  parece  testemunhar  a  favor  desta  ideia.  No  mundo  antigo,  a  ideia  de  “a
cabeça”, foi concebida para ser o membro de direção da entidade, que ambas controladas e
entregaram a sua vida e sustento.[111] Nos escritos de Filo, encontramos essa ideia. Ele diz:

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

“O homem virtuoso, seja homem ou povo, será a cabeça [κεφαλή] da raça humana e todos os
outros serão como as partes do corpo que são animados pelos poderes da cabeça”.[112]
Em suma, Cristo é “a esfera na qual a igreja foi criada (v. 15,16), a fonte de sustento
(17) e a direção” (18). Contra as pessoas que estavam discutindo que a experiência espiritual
final  tinha  que  ser  encontrado  em  lugares  além  de  Cristo,  tais  como  filosofia  (2:  8­10);
legalismo (2: 11­17); misticismo  (2:18­19); asceticismo (2:20­23); Paulo mostra que se Cristo é
o único Senhor da igreja. Tudo que precisamos reside Nele. O corpo (a igreja) depende dele
para tanto para a salvação como para a plenitude da vida.

5.3.  3ª ESTROFE - EXALTAÇÃO DO CRISTO RESSURRETO, EM QUEM


TODA PLENITUDE HABITA E QUE É TAMBÉM O AGENTE DE
DEUS PARA TRAZER O UNIVERSO EM HARMONIA ATRAVÉS DA
RECONCILIAÇÃO (18B – 20).

CRISTO RESSURRETO

“Ele  é  o  princípio,  o  primogênito  dentre  os  mortos”.  A  pessoa  que  é  a  cabeça  do


corpo, a igreja, é o Cristo ressurreto. A ideia de ἀρχή (“princípio”) deve ser entendida em um
aspecto cronológico. Por essa razão, “princípio” nesta passagem, implica em “fundador” ou o
que “abrir o caminho”. Esse entendimento lança luz na compreensão da segunda menção do
termo πρωτότοκος (“primogênito”).  Ele  é  um  eco  do  verso  v.  15b.  “o  primogênito  de  toda
criação”.  No verso quinze πρωτότοκος (“primogênito”) sugere tanto a precedência no tempo
como  a  supremacia  na  categoria.  Ao  que  parece  aqui  a  ideia  de  precedência  é  a  mais
proeminente.
O significado é que Cristo foi o primeiro a ressuscitar sem voltar a morrer. Ele é o que
inicia a ressurreição escatológica (cf. 1Co. 15:20). Como observa Ridderbos, aquele que se
tornou  o  “inaugurador  a  nova  humanidade”.[113]  É  bom  lembrar,  por  outro  lado,  que  essa
ideia  não  exclui  a  sua  Soberania,  como  vemos  no  verso  15,  pois  o  fato  dele  ser  primeiro  a
nascer  dos  mortos,  isso  lhe  concede  a  dignidade  e  a  soberania  pertencente  ao  Primogênito.
Sendo assim, Cristo não apenas ocupa um lugar e tem dignidade especial, mas vai adiante de
sua igreja abrindo o caminho para unir o futuro dela ao seu próprio.[114]
Ele tem supremacia sobre tudo. O hino já havia afirmado a precedência de Cristo na
criação,  mas  agora  menciona  sua  primazia  na  ressurreição.  Em  ambas  (criação  e  nova
criação) tudo vem dele e é para ele. O verbo πρωτεύω (“tendo primazia”) ocorre apenas aqui no
Novo Testamento e traz a ideia de “ter o primeiro posto”. Moule traduz como: “que ele possa
ficar sozinho supremo entre todos” ou “cabeça única de todas as coisas”.[115] Já a frase ἐν
πᾶσιν  (“em  todas  as  coisas”),  poderia  também  ser  traduzida  como  “entre  todos  os  povos”,
apontando  assim,  para  o  reinado  de  Cristo  sobre  toda  a  terra.  Este  senhorio  universal  de
Cristo  não  é  apenas  uma  afirmação  teórica  sobre  a  forma  como  o  mundo  é,  mas  tem  uma
série de implicações que se estendem para a vida toda. [116]

CRISTO A PLENITUDE DE DEUS

No  verso  19,  Paulo  passa  a  dizer  que  o  Filho  do  amor  de  Deus  é  a  esfera  da
reconciliação: “Porque nele pareceu bem toda a plenitude habitar”  [117]. (V.  19.)  A  palavra
ὅτι  (“porque”)  é  uma  conjunção  de  subordinação  causal,  que  introduz  a  razão  pela  qual  o
Filho é  supremo na igreja.  Sua supremacia é  encontrada não apenas em  quem Ele é  em sua
pessoa declarada em (15­18a), mas também no propósito eterno de Deus de que unicamente
“nele” (note a posição enfática do ἐν αὐτῷ) “toda plenitude” habitasse.
Um  pergunta  a  ser  feita  aqui  é:  “o  que  Paulo  quer  dizer  com  a  palavra  πλήρωμα
(‘plenitude’)?” Essa pergunta não é tão simples como parece. Há uma vasta discussão tanto
no  que  se  refere  ao  seu  pano  de  fundo  (origem  gnóstica  ou  não),  como  no  seu  significado.
Como não há aqui nem tempo nem espaço para tal discussão, apresentaremos apenas o seu
significado e a ideia principal.
A maioria dos exegetas entende πλήρωμα (“plenitude”) como paralelo com “plenitude
da  divindade”  (2.9).  Nesse  sentido  o  Filho  encarnado  era  e  é  à  plenitude  de  Deus,  isto  é,
possui  todas  as  qualidades  da  essência  divina.  Os  falsos  mestres  em  Colossos  estavam
convidando os cristãos para experimentar “plenitude” verdadeira, seguindo sua filosofia (2.8)
e regras humanas (cf. 2.16­23), a que Paulo responde: a “plenitude” que você está procurando
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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

só é encontrada em Cristo. O Apostolo reforça esta ideia com o uso da palavra pan (“todos”).
Uma  leitura  atenta  revela  uma  “tautologia”,[118]  pois  como  observa  Douglas  Moo,
“plenitude”  em  si  indica  totalidade.[119]  O  objetivo  de  Paulo  com  esse  recurso  literário  é
enfatizar que Cristo era a única coisa que os cristãos de Colossos precisavam para receber a
redenção da alma e plenitude da vida.
Paulo  fala  ainda,  que  Cristo  é  a  fonte  permanente  da  plenitude.  Ele  é  o  “lugar,”  no
qual o Pai em toda sua plenitude teve o prazer de fazer a sua residência, a qual é uma casa de
habitação permanente, e não temporária, como o tempo presente no verso nove do capítulo
dois deixa claro (κατοικεῖ ­ habita em contraste com “παροικέω”, “peregrinar”). 

CRISTO O RECONCILIADOR DE TODAS AS COISAS

No  último  verso  do  “hino”  Paulo  apresenta  Cristo  como  o  reconciliador  de  todas  as
coisas:  “E  através  dele  reconciliar  todas  as  coisas  para  ele,  tendo  feito  paz  através  do
sangue dele, através dele, quer as coisas sobre a terra, quer as coisas no céu”. (v. 20)
“Através  dele”  é  enfático  e  envolve  mais  uma  vez  uma  antítese  entre  Cristo  e  os
demais poderes espirituais. Ele aponta para Cristo como o único agente de reconciliação. Os
falsos  mestres  estavam  dizendo  que  os  anjos  e  emanações  poderiam  de  alguma  forma
aproximar os homens a Deus.  Em contrapartida, Paulo diz que, Jesus Cristo é o único meio
de reconciliação e sua morte na cruz o único método que Deus escolheu para usar. Mais uma
vez foi o Pai que soberanamente, quis reconciliar todas as coisas através (δι') do Filho.
É  digno  de  nota  que  o  verbo  aqui  utilizado  para  “reconciliação”  (ἀποκαταλλάξαι)
ocorre  apenas  mais  duas  vezes  no  Novo  Testamento  (v.  22;  Ef  2.16.).  Seu  uso  neste  texto
parece similar aos demais usados pelo Apóstolo e traz a ideia de “mudança de inimizade para
amizade”,  “nova  harmonia”  e  “nova  paz”.  (cf.  Rm  5.10,  11;  2  Cor  5.18­20;).  Segundo
Vaughan,  a  maneira  que  ele  foi  colocado  aqui,  provavelmente  tem  a  força  intensiva:  “para
mudar completamente”, ou, “mudar de modo a remover toda a inimizade”. [120]
Deve­se notar também que há outros verbos que Paulo usa na Bíblia (os quais também
são usados na literatura secular) que possibilita a reconciliação por meio da ação bilateral, ou
seja,  duas  pessoas  que  trabalham  juntas  em  favor  da  reconciliação.  Todavia,  o  verbo
ἀποκαταλλάξαι aponta para uma reconciliação unilateral. Em suma, a reconciliação é a obra
completa de Deus Pai por meio do Deus Filho, pelo qual o homem é levado da posição de
inimizade para a posição de harmonia e paz ele mesmo.
Paulo  assevera  ainda  que,  a  cruz  é  o  lugar,  uma  parte  vital  e  necessário  da
reconciliação.  Isto  é  evidente  nas  palavras,  “tendo  feito  paz  através  do  sangue  dele”  (Col.
1:20 , cf. também Ef. 2:14­18 ). É na cruz que Cristo se tornou o substituto do corpo que é a
igreja e pagou o preço pelos pecados de cada membro eleito.  Essa mensagem da Cruz, que
para  os  filósofos  era  loucura,  para  os  legalista  era  escândalo,  é  meio  de  reconciliação  e
salvação para os que creem.
Finalmente, o apostolo assevera que este trabalho de reconciliação se estende a “todas
as coisas... na terra ou nos céus”. De início deve­se entender que este versículo não ensina o
universalismo  ou  a  salvação  universal.  O  universalismo  é  o  ensino  que  todos  os  seres,
incluindo aqueles que rejeitaram a Jesus Cristo, um dia vão ser salvos. Não era isso que Paulo
acreditava.  “Restauração  universal”  não  era  uma  parte  da  teologia  de  Paulo,  pois  ele
certamente  ensinava  que  os  pecadores  precisavam  acreditar  em  Jesus  Cristo  para  serem
salvos.[121] Além disso, todo e qualquer ensino de salvação universal é totalmente contrário
ao resto das Escrituras.
Então,  o  que  as  palavras  “todas  as  coisas”  e  “quer  as  coisas  sobre  a  terra,  quer  as
coisas no céu”, se referem? É verdade que os seres humanos caídos são os objetos principais
desta  reconciliação.  Isto  fica  claro  a  partir  do  Novo  Testamento  em  geral  e  da  continuação
deste  texto  (v.  21­23).  Mas  seria  um  erro  grave  (nem  sempre  evitado)  limitar  este  trabalho
“conciliação” para seres humanos.[122] Como corretamente observa Ladd “a ideia bíblica de
redenção  sempre  inclui  a  terra.  O  pensamento  hebraico  via  uma  unidade  essencial  entre
homem  e  natureza”.[123]  Segundo  ele,  “em  lugar  algum  o  Antigo  Testamento  prega  a
esperança  de  uma  redenção  incorpórea,  imaterial,  meramente  “espiritual”,  como  o  faz  o
pensamento grego”.[124]
A resposta, então, é que Paulo quer mostrar que a reconciliação de Deus não se limita
a  humanidade.  Exegetas  e  comentaristas  têm  afirmado  que  colossenses  1.  20  deve  ser

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entendido à luz de Romanos 8.18­23. Johnson, explicando este texto a luz de Romanos, diz
que o apóstolo vê o homem e a criação ligados entre si. O pecado do homem afetou toda a
criação (cf. Gn 3,17­19). Respondendo a isso, a reconciliação afeta não só o homem, mas o
universo  criado.  A  própria  criação  geme  e  está  cheia  de  dor  enquanto  espera  o  dia  da  sua
redenção (cf. Rm 8.22).[125]
Hoekema falando sobre esse assunto assevera que:

Para  entender  completamente  o  sentido  da  história,  portanto,  devemos  ver  a


redenção  de  Deus  em  dimensões  cósmicas.  Uma  vez  que  a  expressão  “céus  e
terra”  é  a  descrição  bíblica  de  todo  o  cosmos,  podemos  dizer  que  o  alvo  da
redenção é nada menos do que a renovação do cosmos, aquilo que os cientistas da
atualidade denominam de universo. Uma vez que a queda do homem no pecado
afetou  não  apenas  a  ele  só  mas,  também,  ao  resto  da  criação  (ver  Gn  3.17­18;
Rm  8.19­23),  a  redenção  do  pecado  deve  igualmente  envolver  a  totalidade  da
criação de Deus.[126]

Hermann Ridderbos parece ter a mesma ideia ao dizer:

Esta  redenção  [operada  por  Cristo]...  adquire  o  sentido  de  um  drama  divino  que
abrange tudo, ou, seja, é uma luta cósmica, na qual está envolvido não somente o
homem em seu pecado e condição de perdição, e na qual estão inscritos os céus e a
terra,  anjos  e  demônios,  e  cujo  alvo  é  trazer  de  volta  todo  o  cosmos  criado  para
estar sob o domínio e senhorio de Deus.[127]

Douglas  Moo  vai  mais  longe  e  diz  que  a  chave  para  o  entendimento  é  a  elaboração
dessa ideia na cláusula participial: “tendo feito paz através do sangue da cruz dele”. Segundo
ele, esta linguagem tem como pano de fundo a previsão do Velho Testamento que, no último
dia  Deus  vai  estabelecer  ‫ום‬ᶩָ
‫שׁ‬  (“shalom”  ­  “paz”  ou  “bem­estar”)  universal.  O  Antigo
Testamento Javé sobre a forma de “paz” traria segurança e bênção para Israel na terra que ele
mesmo lhes deu. Essa ideia ao que parece se estenderia a toda criação. Provavelmente com
isso em mente, Paulo proclama que a paz já foi estabelecida em Cristo. Assim, o universo, em
Cristo,  foi  trazido  de  volta  para  a  sua  ordem  divinamente  criada  e  determinada.  Ele  está
novamente sob a cabeça e paz cósmica voltou. [128]
Sendo  assim,  ao  responder  ao  evangelho,  os  Colossenses  experimentaram  essa
reconciliação (vv. 21­22), e são, portanto, habilitados, como novas pessoas da Nova Aliança
de Deus, para viver em paz um mundo perigoso e hostil. Eles não precisam temer os poderes
espirituais  que  se  acreditava  ser  tão  determinante  do  seu  destino.[129]A  importância  desta
verdade  é  evidente:  os  anjos  ou  quaisquer  outros  seres  espirituais  não  possuir  o  poder  de
transformar o mundo em um caos. O reino dos céus já chegou (mesmo que ainda não esteja
em sua forma plena) e o caos já se transformou em cosmos.

6.     MENSAGEM PARA A ÉPOCA DA ESCRITA.

Quando  Paulo  escreveu  este  texto,  ele  estava  no  primeiro  momento,  interessado  na
resposta  dos  leitores  da  igreja  de  Colossos  quanto  à  pessoa  e  obra  de  Cristo.  Como  já  fora
dito,  foi  na  igreja  dos  Colossos  que  houve  uma  das  primeiras  tentativas  de  negar  a  total
supremacia  e  suficiência  de  Cristo.  Os  falsos  mestres  de  Colossos  alegavam  que  Cristo
sozinho  não  era  suficiente  nos  aspectos  espirituais  ou  na  plenitude  da  vida.
Consequentemente  defendiam  uma  variedade  de  aditivos  espirituais.  Grande  parte  dos
comentaristas,[130] tem dito que um dos propósitos de Paulo ao escrever esta carta foi o de
combater  a  “heresia  de  Colossos”,  mostrando  a  supremacia  e  suficiência  de  Cristo.  Ao  que
parece, Paulo escreveu Colossenses 1: 15 – 20 a fim de responder principalmente, as ideias
filosóficas  desta  heresia.  Esta  resposta,  por  sua  vez,  visava  alcançar  tanto  judeus  como
gentios.
Nesse  sentido,  Paulo  almejava  que  seus  leitores  entendessem  que  Cristo  era  tudo  o
que eles precisavam para a redenção da alma e a plenitude da vida. Aos judeus, como bem
observa Frank Thielman, Paulo mostra que “Cristo desempenhou um papel tradicionalmente
atribuído  à  ‘sabedoria’  na  criação  e,  portanto  está  acima  de  todos  os  outros  poderes

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cósmicos”.[131]  E  aos  gentios,  os  quais  estavam  sendo  influenciados  fortemente  pela
filosofia  pré­gnóstica,  Paulo  afirma  que,  todos  os  aqueles  que  “têm  acesso  a  ele  pela  fé  (2.
12), tem acesso a todos os tesouros da sabedoria e o conhecimento necessários para enfrentar
o  seu  caminho  através  da  vida.”[132]  (itálicos  meus).  Herman  Ridderbos  parece  seguir  a
mesma ideia quando diz que o que é anunciado neste texto é o mesmo no contexto da oração
de  efésios,  onde  Cristo  é  apresentado  como  sendo  “largura  e  cumprimento  e  largura  e
profundidade” (3. 18)[133]
Em  suma,  a  mensagem  de  Paulo  para  a  igreja  se  Colossos  neste  texto,  é  que  o  Cristo
encarnado é supremo sobre todas as coisas, pois Ele é o criador universo, a esfera na qual tudo subsiste e o
agente de Deus para trazer o cosmo em harmonia através da reconciliação.  Em  resposta  a
está verdade, os Colossenses deveriam abandonar todos os aditivos apresentados pelos falsos
mestres e confiar apenas em Cristo tanto no que se refere à salvação de suas almas, como em
relação à plenitude de suas vidas.

7.     MENSAGEM PARA TODAS AS ÉPOCAS.

Como já tido, este texto foi inicialmente escrito para os cristãos de Colossos ou talvez
para todos os cristãos região do vale do rio Lico (e assim as cidades de  Laodiceia e Hierápolis).
[134] Entretanto, seus efeitos e aplicações são para todas as épocas, pois suas verdades são atemporais.  Por
essa razão, podemos tirar da presente perícope princípios fundamentais para a vida da igreja
hoje.  De  início  percebe­se  que  muitos  dos  elementos  da  heresia  de  Colossos  (a  filosofia
gnóstica, o legalismo, o misticismo e o asceticismo) também ameaçaram a igreja durante toda
história e tem ameaçado a igreja contemporânea.
Ao longo dos anos e atualmente, muitos falsos mestres têm apregoado que Evangelho
de Cristo deve ser completado por um sistema elaborado de pensamentos pseudo­filosóficos
alcançados  pelo  intelecto.  Uma  espécie  de  gnosticismo  moderno.  Vê­se  ainda,  mestres
legalistas ensinando que somente um relacionamento pessoal, vital e pessoal com Cristo não
é suficiente para satisfazer a vontade de Deus.[135] Logo, é necessária a observância das leis
para conquistar o amor de Deus. Outros, tomados por um misticismo sincrético, se entregam
a visões e êxtases, e acreditam no poder das “inúmeras correntes”, “campanhas”, “óleos de
Israel”, “sal ungido”, “descarrego” entre outras coisas. Por fim, há aqueles defendem práticas
acéticas  de  abster­se  de  coisas  lícitas  para  ganhar  mérito  com  Deus.  Por  isso,  há  proibição
quanto às vestes, cortes de cabelo e outras práticas aceitáveis na Bíblica, mas proibidas com
objetivo de “mortificar” a carne e “elevar” o espírito.

O  resgate  da  supremacia  e  suficiência  de  Cristo  não  é  apenas  necessário,  é  também
urgente.  Em  um  mundo  de  vazio  teológico  precisamos  resgatar  umas  das  doutrinas  mais
desprezadas  nos  últimos  anos,  isto  é,  a  cristologia.  Precisamos  mostrar  a  centralidade  de
Cristo no Evangelho da salvação. Muitas pessoas estão buscando algo que substitua a fé por
alguma  moda  que  tenha  um  colorido  cristão.  Todavia,  Cristo  é  único  suficiente  para  vida
cristã. O legado deixado por ele nos aponta o verdadeiro caminho para o céu, onde todo eleito
tem  uma  herança  guardada  e  preservada  pelo  próprio  Deus.  E,  a  única  coisa  a  fazer  para
desfrutar desta gloriosa herança, é andar em Cristo, o único e suficiente caminho.

Por  isso,  o  texto  de  Colossenses  1.  15  ­20  é  extremamente  relevante.  Hoje  tanto
quanto no tempo da escrita do mesmo, a mensagem de Paulo para nós é clara: Jesus Cristo o
supremo e divino Filho de Deus é tudo que precisamos para a salvação da alma e plenitude
da vida.

8.     TEOLOGIA DO TEXTO

Seguindo  a  divisão  da  teologia  bíblica  feita  por  Van  Groningen [136]  (Criação  e
consumação) percebe­se que o presente texto tem vários elementos dela. Ele apresenta Jesus como o Criador de
todas as coisas e como redentor de toda a criação. O mundo foi criador por meio dele e será julgado por Ele. De
modo mais especifico, veremos abaixo aspectos da teologia bíblica, sistemática e pastoral.

8.1.     CRIAÇÃO – A AÇÃO CRIADORA DE CRISTO

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

Paulo  mostra  nestes  versos,  que  o  universo  foi  criado  no  Filho  (como  a  esfera),  por
meio  dele  (como  o  agente  divino),  para  ele  (como  o  objetivo  ou  alvo),  que  foi  também
estabelecida de forma permanente nele (como o sustentador do universo). [137]  

A confissão de fé de Westminster tratando sobre esse assunto afirma que:

“Aprouve a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do
seu  eterno  poder,  sabedoria  e  bondade,  criar  ou  fazer  do  nada,  no  espaço  de  seis
dias,  e  tudo  muito  bom,  o  mundo  e  tudo  o  que  nele  há,  visíveis  ou  invisíveis”.
[138]

A. A. Hodge comenta que “Deus único, que é Pai, Filho e Espírito Santo, no prin​
cípio
criou do nada os elementos do mundo, e os trouxe à sua presente forma”.[139] Rev. Onézio,
comentando  a  confissão  de  fé  de  Westminster,  corretamente  assevera  que  “o  ato  visível  da
expiação  aconteceu  no  tempo,  mas  seus  efeitos  redentores  existem  eficazmente  desde  antes
da  criação.  Ninguém  foi,  é  ou  será  salvo  senão  por  Jesus  Cristo,  o  eternamente  divino.  A
eternidade  do  Cordeiro  não  pode  ser  negada,  se  afirmada  a  sua  real  divindade.”[140]  Essa
verdade  é  claramente  apresentada  pelo  Apostolo  João:  “Adorá­lo­ão  todos  os  que  habitam
sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro, que foi
morto  desde  a  fundação  do  mundo”  (Ap  13.  8).  O  Cristo  que  apareceu  na  história  existiu
antes dela, e já na condição de Filho e com a missão de redimir os escolhidos do Pai por meio
de  sua  morte  expiatória  e  dar­lhe  uma  vida  plena  por  meio  de  sua  união  mística.  Os
sofrimentos  de  Cristo  antecedem  a  existência  da  humanidade.[141]  Isso  o  torna  o  único
Redentor poderoso!

8.2.     TEONTOLOGIA – O SER DE DEUS.

A  palavra  “imagem”  implica  em  um  arquétipo  que  incorpora  a  verdade  essencial
(ontológica) de seu protótipo. Diferente do ser humano que tem a imagem de Deus no que se
referem  as  seus  atributos  comunicáveis,  Cristo  é  a  imagem  de  Deus  no  sentido  ontológico.
Dr. Grudem, analisando este texto diz que, Jesus é “a duplicada exata da natureza de Deus,
que  se  torna  igualmente  a  Deus  em  seus  atributos”.[142]  Philip  Edgcumbe  Hughes  afirmar
que:  “não  é  tanto…  a  glória  da  deidade  do  Filho  brilhando  por  meio  de  sua  humanidade,
mas…  a  glória  de  Deus  sendo  manifesta  na  perfeição  de  sua  humanidade,  completamente
harmonizada com a vontade de Deus.”[143]

Esta  verdade  foi  defendida  na  história  da  igreja.  Combatendo  a  Arianismo,  os
Concílios  da  Igreja  apresentaram  Cristo  como  sendo  homoosuios  (Gr.  homos    ­  mesmo
e ousia ­ essência) de Deus. O termo homoousion do patri (mesma essência do Pai) significa
que  Cristo  está  unido  intimamente  com  o  Pai.  O  Filho,  embora  distinto  em  existência  está
essencialmente  unido  a  ele.[144]  Atanásio  também  defendeu  e  expôs  veementemente  está
ideia.  Ele,  contestando  a  Ário,  defendeu  vigorosamente  a  posição  de  que  o  Filho  é
consubstancial  com  o  Pai  e  da  mesma  essência  do  Pai.[145]  Esta  posição  foi  oficialmente
adotada pelo Concilio de Nicéia, em 325, onde se ler que Jesus Cristo é o “unigênito Filho de
Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus
de  verdadeiro  Deus,  gerado  não  feito,  de  uma  só  substância  com  o  Pai;  pelo  qual  todas  as
coisas foram feitas...”[146] 

Calvino comentando o Concílio de Nicéia assevera:

Reconheço que este vocábulo consubstancial não consta na Escritura. Entretanto,
quando se afirma aí  tantas  vezes  haver  um  só  Deus,  e  contudo  tantas  vezes  a
Escritura declara Cristo como verdadeiro e eterno Deus, um com o Pai, que outra
coisa fazem  os  pais  nicenos  que  ele  era  de  uma  mesma  essência,  senão  expor
simplesmente o sentido natural da Escritura? [147] (destaque nosso).

A  definição  universalmente  aceita  da  doutrina  da  Igreja  quanto  à  pessoa  de  Cristo  é
aquela que foi formulada pelo quarto Concílio Geral, consistindo de muitos pais da igreja que
se reuniram em Calcedônia, em 451 A.D.[148] A conclusão que estes teólogos chegaram foi:

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

Fiéis  aos  santos  pais,  todos  nós,  perfeitamente  unânimes,  ensinamos  que  se  deve
confessar  um  só  mesmo  Filho,  nosso  Senhor  Jesus  Cristo,  perfeito  quanto  à
divindade  e  perfeito  quanto  à  humanidade,  verdadeiramente  Deus  e
verdadeiramente  homem,  constando  de  alma  racional  e  consubstancial
[homoousios]  ao  Pai,  segundo  a  divindade,  e  consubstancial  a  nós,  segundo  a
humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado,
segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós
e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos]. Um só e
mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar em duas naturezas,
inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis...[149]

A Confissão Helvética segue o mesmo caminho ao declarar: “Portanto, quanto à sua
divindade, o Filho é co­igual e consubstancial com o Pai; verdadeiro Deus (Fl. 2.11), não de
nome  ou  por  adoção  ou  por  qualquer  dignidade,  mas  em  substância  e  natureza...”[150]  E
acrescenta:  “...abominamos,  pois,  a  doutrina  ímpia  de  Ário  e  de  todos  os  arianos  contra  o
Filho de Deus.”[151] A confissão de fé de fé de Westminster expressa a mesma verdade ao
dizer que “o Filho de Deus, a segunda Pessoa da Trindade, sendo vero e eterno Deus, de uma
só substância com o Pai e igual a ele...”[152] Todos estes credos e confissões afirmam que o
Jesus histórico, que se fez um de nós e esteve entre nós, era verdadeiramente Deus. Aquele
que tem a mesma essência e substancia com o Pai.
8.3.     CRISTOLOGIA – UNIÃO HIPOSTÁTICA DAS DUAS
NATUREZAS.

  Paulo  diz  que  Jesus  é  primogênito  da  criação  e  que  nele  habita  a  plenitude  da
divindade. Segundo o Dr. Heber isso aponta para a união hipostática das duas naturezas. Ou
seja, Cristo não tem apenas algumas características da natureza divina, mas todas elas.[153] 
Somente Jesus é uma pessoa com duas naturezas, pois era necessário que ele assim fosse. Se
ele fosse apenas um ser humano, jamais teria suportado os sofrimentos enquanto esteve entre
nós.  Por  outro  lado,  se  ele  possuísse  apenas  a  natureza  divina,  não  poderia  ser  o  nosso
mediador.  Falando  sobre  a  necessidade  da  deidade  do  Filho  o  Catecismo  maior  de
Westminster assevera que:

Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e
guardá­la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor
e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça
de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu
Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi­lo à salvação eterna.[154]

            Era necessário que ele fosse verdadeiramente Deus para que obedecesse perfeitamente a
Lei e se tornasse redentor do homem. Sendo verdadeiramente divino, ele foi forte e poderoso
o  suficientemente  para  como  o  segundo  Adão  não  pecar.  Ele  precisava  ser  Deus  para
“suportar o peso da culpa do pecado de seu povo, bem como a ira de Deus que cairia sobre
ele como representante dos eleitos, libertando, assim, os seus da maldição decorrente do não
comprimento  da  lei”.[155]  Era  necessário  que  Cristo  fosse  divino  a  fim  de  apresentar­se
como  sacrifício  perfeito  e  aplicasse  de  forma  eterna  seus  méritos  ao  seu  povo  redimido  e
assim  vencesse  nosso  maior  inimigo,  isto  é,  satanás.[156]  As  palavras  de  Calvino  são
esclarecedoras:  “Cristo  sofreu  como  homem,  no  entanto,  a  fim  de  que  sua  morte  pudesse
efetuar  nossa  salvação,  sua  eficácia  fluiu  do  poder  do  Espírito.  O  sacrifício  que  produziu  a
expiação eterna foi muito mais que uma obra meramente humana”.[157]

Já no que se refere a sua plena humanidade o mesmo catecismo afirma:

Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as
nossas  enfermidades;  para  que  recebêssemos  a  adoção  de  filhos,  e  tivéssemos
conforto e acesso com confiança ao trono da graça. [158]

                        Se  por  um  lado  Jesus  tinha  que  ser  Deus,  por  outro  ele  deveria  ser  plenamente
homem. Sua humanidade fora necessário, pois somente como homem ele podia se submeter à
Lei  de  Deus  (obediência  passiva)  e  obedecê­la  (obediência  ativa).  Também,  para  “arcar
moral,  física  e  espiritualmente  com  as  consequências  do  pecado  de  seu  povo”.[159]  Como
homem sem pecado ele pode apresentar a si mesmo como oferta santa e imaculada (Hb 7.26­
27; 9:14) e morrer pelos pecadores eleitos, visto que somente a carne pode morrer (IPe 1:18­
20).[160]

            Assim, ele tinha que ser homem para pagar a dívida humana e ser Deus para pagá­la
perfeitamente e para sempre. Calvino esclarece este ponto ao dizer:

Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si
só  não  poderia  vencê­Ia,  Ele  tomou  sobre  Si  a  natureza  humana  em  união  com  a
natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, e
que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar
para nós a vitória sobre ela.[161]

    John Flavel segue o mesmo caminho ao dizer:

Este é um ato do Deus-homem; nenhum outro foi capaz de


satisfazer um erro infinito feito a Deus. Mas pela união das duas
naturezas em sua maravilhosa pessoa, ele pôde fazê-lo por nós. A
natureza humana fez o que era necessário em seu tipo: deu a
matéria a ser sacrificada; a natureza divina estampou a dignidade e
o valor sobre a oferta, tornando-a uma compensação necessária.
[162]

A plenitude de Deus habita no homem histórico Jesus. Somente Jesus é uma pessoa
com  duas  naturezas,  pois  era  necessário  que  ele  assim  fosse.  Se  ele  fosse  apenas  um  ser
humano, jamais teria suportado os sofrimentos enquanto esteve entre nós. Por outro lado, se
ele  possuísse  apenas  a  natureza  divina,  não  poderia  ser  o  nosso  mediador.  Falando  sobre  a
necessidade da deidade do Filho o Catecismo maior de Westminster assevera que:

Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e
guardá­la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor
e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça
de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu
Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi­lo à salvação eterna.[163]

            Era necessário que ele fosse verdadeiramente Deus para que obedecesse perfeitamente a
Lei e se tornasse redentor do homem. Sendo verdadeiramente divino, ele foi forte e poderoso
o  suficientemente  para  como  o  segundo  Adão  não  pecar.  Ele  precisava  ser  Deus  para
“suportar o peso da culpa do pecado de seu povo, bem como a ira de Deus que cairia sobre
ele como representante dos eleitos, libertando, assim, os seus da maldição decorrente do não
comprimento  da  lei”.[164]  Era  necessário  que  Cristo  fosse  divino  a  fim  de  apresentar­se
como  sacrifício  perfeito  e  aplicasse  de  forma  eterna  seus  méritos  ao  seu  povo  redimido  e
assim  vencesse  nosso  maior  inimigo,  isto  é,  satanás.[165]  As  palavras  de  Calvino  são
esclarecedoras:  “Cristo  sofreu  como  homem,  no  entanto,  a  fim  de  que  sua  morte  pudesse
efetuar  nossa  salvação,  sua  eficácia  fluiu  do  poder  do  Espírito.  O  sacrifício  que  produziu  a

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expiação eterna foi muito mais que uma obra meramente humana”.[166]

Já no que se refere a sua plena humanidade o mesmo catecismo afirma:

Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e
obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as
nossas  enfermidades;  para  que  recebêssemos  a  adoção  de  filhos,  e  tivéssemos
conforto e acesso com confiança ao trono da graça. [167]

                        Se  por  um  lado  Jesus  tinha  que  ser  Deus,  por  outro  ele  deveria  ser  plenamente
homem. Sua humanidade fora necessário, pois somente como homem ele podia se submeter à
Lei  de  Deus  (obediência  passiva)  e  obedecê­la  (obediência  ativa).  Também,  para  “arcar
moral,  física  e  espiritualmente  com  as  consequências  do  pecado  de  seu  povo”.[168]  Como
homem sem pecado ele pode apresentar a si mesmo como oferta santa e imaculada (Hb 7:26­
27; 9:14) e morrer pelos pecadores eleitos, visto que somente a carne pode morrer (IPe 1:18­
20).[169]

            Assim, ele tinha que ser homem para pagar a dívida humana e ser Deus para pagá­la
perfeitamente e para sempre. Calvino esclarece este ponto ao dizer:

Visto, então, que Deus por Si só não poderia provar a morte, e que o homem por si
só  não  poderia  vencê­Ia,  Ele  tomou  sobre  Si  a  natureza  humana  em  união  com  a
natureza divina, para que sujeitasse a fraqueza daquela a uma morte expiatória, e
que pudesse, pelo poder da natureza divina, entrar em luta com a morte e ganhar
para nós a vitória sobre ela.[170]

    John Flavel segue o mesmo caminho ao dizer:

Este é um ato do Deus-homem; nenhum outro foi capaz de


satisfazer um erro infinito feito a Deus. Mas pela união das duas
naturezas em sua maravilhosa pessoa, ele pôde fazê-lo por nós. A
natureza humana fez o que era necessário em seu tipo: deu a
matéria a ser sacrificada; a natureza divina estampou a dignidade e
o valor sobre a oferta, tornando-a uma compensação necessária.
[171]

8.4.     ECLESIOLOGIA – PREGAÇÃO

Paulo nos mostra que a mensagem a ser pregada em todas as épocas é a mensagem da
cruz,  pois  essa  mensagem,  que  para  os  filósofos  era  loucura,  que  para  os  legalista  era
escândalo,  é  para  os  que  creem  meio  de  reconciliação  e  de  salvação,  pois  é  por  meio  do
sangue de Cristo que alcançamos paz com Deus. (Cf. Co. 1. 20).

Paulo lembra aos colossenses que o evangelho que tem sido pregado é o único dado
pelo próprio Cristo e não há outro. Este, sem dúvida, contrasta com as visões sectárias que
eram  propagadas  entre  os  colossenses  por  aqueles  que  estavam  apresentando  outro
evangelho.  O  apostolo  mostra  que  o  Evangelho  de  Cristo  é  o  centro  das  Escrituras.  Aos
judaizantes  que  queriam  interpretar  a  Escritura  sem  considerar  a  pessoa  e  obra  de  Cristo,  o
apóstolo assevera, nesta carta e em outras, que toda a Escritura fala direta ou indiretamente
sobre Cristo. O Antigo Testamento anuncia sua vinda, os Evangelhos o mostram entre nós, e
as cartas juntamente com Atos e Apocalipse, apresentam a esperança de seu retorno.

Agostinho,  seguindo  esta  ideia,  afirma  que  o  cânon  bíblico,  inclusive  o  Velho
Testamento  (que  os  judaizantes  tanto  seguiam),  deve  ser  abordado  como  uma  unidade
cristocêntrica.[172]  Em  outras  palavras,  um  evento  na  vida  dos  patriarcas,  um  episódio  da
vida  de  Davi,  uma  experiência  dos  profetas  não  podem  ser  apresentados  como  uma  cena

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isolada,  mas  como  uma  unidade  cristológica.[173]  Thomas  Adams  afirma  que  Cristo  é  “a
suma  de  toda  Bíblia,  profetizando,  tipificando,  prefigurando,  exibido,  demonstrado,  a  ser
encontrado em cada folha e em cada linha”.[174]

Os  reformadores  também  afirmavam  que  as  Escrituras  deveriam  ser  interpretadas  e
pregadas  de  forma  cristocêntrica.  O  princípio  cristológico  ou  cristocêntrico  reformado  de
interpretação e pregação das Escrituras afirma que Cristo é a chave e o centro tanto em uma
como em outra. A Bíblia, do início ao fim, se refere a ele, se concentra nele e dá testemunho
dele.[175]  Lutero  assevera  que  “se  olharmos  seu  significado  interior,  toda  Escritura  é
somente  sobre  Cristo  em  todo  lugar,  ainda  que  superficialmente  possa  parecer  diferente”.
[176]

Para  Calvino,  “Cristo  é  a  substância,  escopo  e  essência  da  revelação  bíblica,  e  só  é
possível compreender as Escrituras, se elas forem lidas ‘com o propósito de encontrar Cristo
nelas’”.[177] Assim, Cristo é o tema central tanto de Velho como do Novo Testamento. Este
ensino  bíblico  apostólico  visto  nestes  personagens  da  ortodoxia  eclesiástica  nos  lembra  da
necessidade  do  reconhecimento  da  centralidade  de  Jesus  Cristo  (sua  pessoa  e  obra)  na
interpretação e pregação das Escrituras.

Bryan  Chapell  em  seu  livro  “Pregação  Cristocêntrica”,  mostra­nos  que,  em  todas  as
pregações  (seja  no  AT  ou  no  NT)  devemos  considerar  o  que  ele  mesmo  chama  de  “FCD  ­
Focalização da Condição Decaída”.[178] Citando Thomas F. Jones ele afirma:

A verdadeira pregação cristã precisa centralizar­se na cruz de Jesus Cristo. A cruz é
a  doutrina  central  dos  santos  escritos.  Todas  as  outras  verdades  reveladas,  ou
encontram seu cumprimento na cruz, ou são necessariamente fundamentadas sobre
ela.  Portanto,  nenhuma  doutrina  da  Escritura  pode  fielmente  ser  apresentada  aos
homens a menos que se torne manifesto o seu relacionamento com a cruz. Aquele
que é vocacionado para pregar, portanto, deve pregar a Cristo, pois nenhuma outra
mensagem há que proceda de Deus.[179]

Diante disso, devemos entender que a pregação da Bíblia só será entendida de forma
clara  e  completa  se  feita  numa  perspectiva  Cristocêntrica.  Não  devemos  pregar  outra  coisa
senão  Jesus  Cristo  Ressurreto.  Uma  pregação  separada  do  centro,  na  melhor  das  hipóteses,
trará uma moral edificante, mas jamais será uma pregação bíblica.[180] Como afirma Chapell
“uma mensagem que meramente defende a moralidade e a compaixão permanece na condição
de  mensagem  não  integralmente  cristã,  mesmo  que  o  pregador  seja  capaz  de  provar  que  a
Bíblia exige tais ensinamentos”.[181]

Hoje em dia, não são poucos os sermões pregados que jamais mencionam a Cristo. Há
outros,  que  Jesus  Cristo  é  mencionado,  mas  a  atenção  dos  ouvintes  é  direcionada  para
aplicações legalistas, “psicologisadas” e acima de tudo antropocêntricas. A fim de agradar o
homem  a  igreja  tem  pregado  um  evangelho  que  deixa  de  lado  o  Deus­Homem.  C.  H.
Spurgeon  aconselhava  os  seus  alunos  que  apegassem  a  verdade  e  anunciassem  todo  o
conselho de Deus, ao invés de cederem às pressões da época e agradarem aos seus ouvintes.
E ensina:

Sinto-me na obrigação de dizer que nosso objetivo não é agradar a


clientela, pregar para satisfazer a nossa época, acompanhar o
progresso moderno [...] Não procuraremos ajustar a nossa Bíblia a
esta época [...] Não vacilaremos; não seremos orientados pela
congregação, mas teremos o olhar fixo na Palavra infalível de Deus e
pregaremos segundo as suas instruções... [182]

A  Igreja  precisa  voltar  a  um  princípio  reformado  “Sola  Scriptura”,  e  ao  tempo  dos
apóstolos,  quando  a  pregação  não  era  outra  senão  a  pessoa  e  obra  de  Cristo.  Diante  das
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evidências  bíblicas,  históricas  e  teológicas,  parece  impossível  pregar  eficazmente  excluindo


Cristo.  A  relevância  desta  verdade  está  no  simples  fato  de  que  toda  redenção  da  alma  e
plenitude da vida giram em torno de Cristo. Além disso, o homem não pode por si só alcançar
absolutamente nada; tudo vem por meio de Cristo. Cristo é superior a tudo! A supremacia de
Cristo  é  o  que  direciona  a  mensagem.  Não  existe um meio de  transformar o indivíduo sem
apresentar  Cristo,  pois  não  há  salvação  em  nenhum  outro  (At.  4.12).  Somente  a  pregação
cristocêntrica  é  poderosa  para  transformar  o  homem  de  perdido  para  redimido,  de  pecador
para santo. O  conselho  de  Paulo  é  válido  a  nós:  “Pois  não  pregamos  a  nós  mesmos,  mas  a
Jesus Cristo, o Senhor” (2 Co 4.5).

8.5.     ECLESIOLOGIA – ACONSELHAMENTO BÍBLICO

Muitos cristãos já perderam de vista a suficiência de Cristo em suas vidas. O exemplo
disso,  é  a  crenças  que,  para  abandonar  alguns  vícios,  precisa  de  Jesus  mais  medicação,
tratamento psicológico, etc. Buscam a autoajuda, mas se esquecem da ajuda do alto. Quanto
mais  soluções  horizontais  os  homens  buscam  mais  desorientados  eles  ficam.  O  grande
número  de  teorias  seculares  tem  tentado  explicar  a  dor  da  alma  humana,  mas  sempre  sem
sucesso. Além disso, elas a deixam hoje, pior do que se encontravam ontem. Esse texto nos
mostra que Cristo é suficiente para todos os aspectos da nossa vida.

A verdade apresentada por Paulo aos colossenses é útil a nós hoje. Ele diz mais uma
vez que Cristo é suficiente para todos os aspectos da nossa vida. Jesus Cristo é a origem e
alvo de toda a realidade. O mundo inteiro somente pode ser entendido corretamente quando é
visto,  a  partir  de  Cristo,  e  em  direção  de  Cristo.  Para  o  apóstolo,  em  Cristo  nós  somos
aperfeiçoados. Suas palavras são: “Também, nele, estais aperfeiçoados.” (Cl. 2.10).

Jay  Adams  estava  correto  ao  afirmar  que  Jesus  Cristo  deve  estar  no  centro  de  todo
genuíno  aconselhamento  cristão.[183]  Ele  assevera  ainda  que  “qualquer  forma
aconselhamento  que  remova  Cristo  dessa  posição  de  centralidade  deixa  de  ser  cristã  na
proporção em que o faça”.[184] Por isso, nada pode desviar nossa fé do supremo e Senhor
Jesus Cristo. Ele é suficiente para vivermos uma vida que agrada a Deus. Nele achamos tudo
que precisamos para vencer as adversidades da vida.

Em  Cristo  Jesus  o  ser  humano  se  reencontra  (não  teoricamente,  mas  de  modo  real)
como pessoa criada segundo a imagem de Deus, destruída na queda do pecado e agora salva e
renovada. Em Jesus são respondidas todas as indagações do ser humano si mesmo (“de onde
eu  vim”  e  “para  quê  estou  aqui”).[185]  John  MacArthur  retoricamente  perguntou:  “Onde
podemos  obter  respostas  confiáveis  para  as  mais  difíceis  perguntas  da  vida?”[186]  Ele
mesmo  respondeu:  “Nosso  todo­suficiente  salvador  não  nos  deixou  sem  amplos  recursos
espirituais. Sua perfeita sabedoria está disponível em sua Palavra”.[187]

Talvez  a  pergunta  a  ser  levantada,  a  qual  trará  luz  à  nossa  discussão  é:  “Por  que
somente Cristo tem a solução de fato para os nossos problemas?” A resposta desta pergunta
deve  considerar  um  aspecto  importante  que  nos  leva  a  outra  pergunta,  a  saber:  “Qual  é  a
causa  dos  problemas  dos  seres  humanos?”  Resposta  bíblica  é:  “A  pecaminosidade  do  seu
coração”. O pecado original e atual são os grandes responsáveis dos nossos problemas.

A história bíblica confirma esta verdade. Quando Deus criou o ser humano ele o fez
perfeito  e  com  plena  felicidade.  Entretanto,  a  queda  alterou  este  quadro.  A  perfeição  deu
lugar ao pecado, o qual conduziu o homem à rebeldia e a insensatez, consequentemente, ao
afastamento do ideal da vida. Para resolver este problema, Deus prometeu enviar um salvador
(Jesus Cristo todo­suficiente) que mudaria a situação.

Segundo  Paul  David  Tripp,  a  boa  notícia  é  que  este  salvador  veio  para  trazer
mudanças  profundas  e  permanentes.  Ele  veio  para  redimir  a  humanidade  e  resolver  o
problema  central  do  ser  humano,  isto  é,  o  pecado:  que  levou  todos  nós  há  uma  condição  e
comportamento infeliz. A implicação dessa notícia é que somente Cristo pode resolver esse
problema humano.[188] Qualquer outro antídoto é apenas paliativo.

Este  é,  talvez,  o  grande  diferencial  do  aconselhamento  bíblico  para  uma  consulta
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psicológica. A psicologia secular humanista parte do pressuposto  de que o homem  deve ser 
entendido como um ser contido em si mesmo, isto é, autônomo. Todas as demais conclusões
sobre ele seguem à risca esta ideia. A visão reformada, entretanto, enxerga o homem dentro
de sua real história de vida, por meio dos conceitos da criação, queda e redenção. Somente
Cristo pode tratar do mal na raiz.[189]

Sendo assim, a o aconselhamento cristocêntrico parte do princípio de que o  homem
sem Deus está totalmente perdido e sem esperança. A única solução para os problemas  de
sua  alma  está    na  cruz.    Só  em  Jesus  o  homem  pode  ter  a  paz    verdadeira,  só  nele
encontramos respostas para os anseios e temores. O maior problema da alma é o pecado e só
Jesus tem a cura!

Concluo esta parte citando mais uma vez John MacArthur:

A igreja está afundando num atoleiro de mundanismo e de auto­indulgência (sic).
Mas  do  que  nunca,  precisamos  de  uma  geração  de  líderes  dispostos  a  confrontar
essa  tendência.  Precisamos  de  homens  e  mulheres  piedosos,  mais  do  que  nunca,
precisamos de uma geração de líderes dispostos a confrontar com a verdade de que
em Cristo nós herdamos recursos espirituais suficientes para cada necessidade, para
cada problema – tudo que conduz a vida e a piedade.[190]

Conclusão:

Nunca se tentou criar tantos atalhos para céu como nos últimos dias. Tomar a cruz e
seguir  a  Jesus  tem  sido  literalmente  caminhar  com  um  madeiro.  O  cristianismo  virou
sinônimo de legalismo para vários grupos religiosos. Por outro lado, há os que querem tornar
este  caminho  mais  suave  e  tranquilo.  O  antropocentrismo  e  suas  técnicas  humanas  têm
tomado  o  lugar  de  Cristo  na  igreja.  A  verdade  de  Deus  tem  sido  esquecida  e  muitas  vezes
abandonada.  O  gnosticismo  tem  sido  avivado  e  a  luz  de  Cristo  apagada.  Neste  mudo
precisamos lembrar que O Cristo encarnado é supremo  sobre  todas  as  coisas,  pois  Ele  é  o
Criador do universo, o sutentator do cosmo que reina sobre a igreja e o agente de Deus na
reconciliação de toda criação.

Aplicação:

Cristo  é  o  único  suficiente  para  vida  cristã.  O  legado  deixado  por  ele  nos  aponta  o
verdadeiro  caminho  para  o  céu,  o  qual  todo  eleito  tem  uma  herança  guardada  e  preservada
pelo próprio Deus. E, a única coisa a fazer para desfrutar desta gloriosa herança, é andar em
Cristo, o único e suficiente caminho.
CONCLUSÃO

Agora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre a
passagem bíblica aqui analisada. Gostaria de concluir com três aspectos apenas. O primeiro
está  relacionado  com  a  mensagem  principal  do  texto.  Como  foi  observado,  com  este  texto
Paulo pretendia combater os falsos mestres de Colossos, os quais não negavam a Cristo, mas
não  lhe  davam  lugar  supremo.  A  fim  de  cumprir  este  propósito  ele  usa  um  provável  hino
onde  o  Cristo  encarnado  é  apresentado  como  supremo  sobre  todas  as  coisas,  por  ser  Ele
somente o criador universo, a esfera na qual tudo subsite e o agente de Deus para trazer o
cosmo em harmonia através da reconciliação.
O segundo, esta ligado às perguntas iniciais apresentadas na introdução deste trabalho.
Como vimos o pano de fundo desta carta estava marcado por aquilo que no meio acadêmico é
chamado de a “heresia de Colossos”. O que era e o que ensinava tal heresia é ainda fruto de
grande  debate  na  academia.  Mas  pode­se  asseverar  que  ela  era  uma  eclética  mistura  de
legalismo  judaico,  especulação  filosófica  grega  e  misticismo  oriental  combinados  com  um
sabor  cristão.[193]  Esta  heresia  usava  a  máscara  do  cristianismo,  mas  não  tinha  nada  de
Cristo. Tinha o rótulo do cristianismo, mas nenhum conteúdo de Cristo.
Vimos também, que termo  πρωτότοκος (primogênito) não pode ser entendido como

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se  Cristo  fosse  o  primeiro  ser  criado.  O  contexto  deixa  claro  que  ele  é  o  único  por  quem  a
criação toda veio a existir.[194]  É  digno  de  nota,  também,  que  tanto  Lightfoot,  como  F.  F.
Bruce,  citam  dois  textos  rabínicos,  cujo  termo  “primogênito”  é  usado  para  Deus,  o  Pai.
Nestes textos, não há certamente como concluir que Deus seja parte da criação.[195] Assim,
como  corretamente  observa  Keathley,  “primogênito”,  neste  texto,  significa  duas  coisas:  Ele
precedeu toda a Criação, e Ele é soberano sobre toda a criação.[196] Ainda sobre isso, vimos
que, o erro de muitos estudiosos ao longo da história (entre eles Ário) foi o de não entender a
luz do contexto, o genitivo κτίσεως (substantivo genitivo feminino singular –  “criação”). Este
não  pode  ser  entendido  como  “partitivo”  (Cristo  como  parte  da  criação),  mas  sim  como
genitivo de “subordinação”.[197] 
Terceiro  e  último,  gostaria  de  destacar,  os  aspectos  teológicos  e  práticos  dessa
perícope  e  sua  aplicação  à  igreja  contemporânea.  Em  um  mundo  de  vazio  teológico
precisamos  resgatar  uma  das  doutrinas  mais  desprezadas  nos  últimos  anos,  isto  é,  a
Cristologia.  Precisamos  mostrar  a  centralidade  de  Cristo  no  Evangelho  da  salvação.  Além
disso, precisamos mostrar a suficiência de Cristo para a salvação e plenitude da vida. Muitas
pessoas  estão  buscando  algo  que  substitua  a  fé  por  alguma  moda  que  tenha  um  colorido
cristão.  Todavia,  Cristo  é  o  único  suficiente  para  vida  cristã.  O  legado  deixado  por  ele  nos
aponta  o  verdadeiro  caminho  para  o  céu,  onde  todo  eleito  tem  uma  herança  guardada  e
preservada pelo próprio Deus. E, a única coisa a fazer para desfrutar desta gloriosa herança, é
andar em Cristo, o único e suficiente caminho.
Finalmente,  precisamos  resgatar  a  pregação  da  Cruz.  Paulo  nos  mostra  que  a
mensagem a ser pregada em todas as épocas é a mensagem da cruz, pois essa mensagem, que
para os filósofos era loucura, que para os legalista era escândalo, é para os que creem meio de
reconciliação e de salvação, pois a cruz é o único método de Deus para a salvação do homem
(Cf, Co. 1. 20). A minha mais sincera oração, é que Deus dê graça a sua igreja para que ela
não  mais  tente  adicionar  adornos  ao  evangelho  de  Cristo.  Ele  é  tudo  que  precisamos!
Voltemos a esta verdade.

Rev. Jailson Santos

[1] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The Word

[2] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373. 

[3] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The Word

[4]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  Background  on  Colossians.  Artigo  disponível  em:
<http://bible.org/seriespage/background­colossians> Acessado em: 18/04/2011

[5] VAUGHAN, Colossenses (EBC), 164 apud WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin.
Disponível na Bíblia Eletrônica The Word

[6] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 365. 

[7] HARRISON, P. H. The Problem of the pastoral espistles p. 20 – 22 Apud CARSON D. A.; MOO, Douglas
J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 365. 

[8] BARCLAY'S, William. Daily Study Bible Commentary New Testament. Disponível na Bíblia eletrônica e­
sword

[9]  THOMPSON,  Colossians,  105  apud  WALLACE,  Daniel.  Colossians:  Introduction,  Argument,  Outlin.
Disponível na Bíblia Eletrônica The Word
[10] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The
Word

[11] BARCLAY'S, William. Daily Study Bible Commentary New Testament. Disponível na Bíblia eletrônica
e­sword

[12] BARCLAY, William. Colossenses. São Paulo: Vida Nova, 2000.
[13] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 366.
[14] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 366.

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[15] HENDRIKSEN,  William.  Comentário  do  Novo  Testamento  –  Colossenses  e  Filemon.  Tradução  de  Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p. 95.
[16] Ibid

[17] LOPES, Hernandes Dias. Comentários expositivos: Colossenses. Ed. Hagnos, 2008. p. 18.

[18] ENCICLOPÉDIA DA BÍBLIA. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. 1 v. p. 1094

[19] Ibid

[20] LOPES, Hernandes Dias. Comentários expositivos: Colossenses. Ed. Hagnos, 2008. p. 18.

[21] Apud ibid

[22]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  Background  on  Colossians.  Artigo  disponível  em:
<http://bible.org/seriespage/background­colossians> Acessado em: 18/04/2011

[23] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
165
[24] BRUCE B., Comentarios de la Biblia del Diario Vivir (Nashville, TN: Editorial Caribe)  1997. Disponível
na Bíblia eletrônica e­sword.

[25]  WALLACE,  Daniel.  Colossians:  Introduction,  Argument,  Outlin.  Disponível  na  Bíblia  Eletrônica  The
Word

[26] Ver os comentaristas usados para fazer este trabalho na bibliografia.
[27] Gnosticismo vem do grego “γνώσεως” (“conhecimento”, “saber”) e segundo R.N. Champlin, refere­se a um
movimento dedicado à obtenção de um conhecimento “genuíno” maior, por meio do qual, se cria, que poderia
ser obtida a salvação e plenitude da vida. O termo “gnósticos” foi originalmente usado pelos próprios grupos
que  buscavam  o  γνώσεως”  (“conhecimento”,  “saber”).  Para  eles,  a  questão  fundamental  buscar  a  “πλήρωμα”
(plenitude),  obtida  pela  “γνώσεως”.  Cf.  Gnosticismo  in:  CHAMPLIN,  Russell  Norman;  BENTES,  João
Marques.  Enciclopédia  de  bíblia  teologia  e  filosofia.  3rd  ed.  São  Paulo:  Candeia,  1995.    V.  3.;  VIEIRA,
Samuel. O império gnóstico contra­ataca: a emergência do neognosticismo no protestantismo brasileiro. São
Paulo: Cultura Cristã, c1999. P. 18.

[28] BRUCE B., Comentarios de la Biblia del Diario Vivir (Nashville, TN: Editorial Caribe)  1997. Disponível
na Bíblia eletrônica e­sword.

[29] CHAMPLIN, Russell Norman; BENTES, João Marques. Enciclopédia de bíblia teologia e filosofia. 3rd ed.
São Paulo: Candeia, 1995.  V. 3. p. 118

[30] Isso será visto mais a frente no tópico, “delimitação da pericope”

[31]  Entre  as  quais  estão  aquelas  que  veem  na  passagem  uma  fórmula  que  emana  da  sinagoga  judaica
helenística,  a  qual  louva  a  Palavra  divina  ou  Sabedoria.  Há  também,  aqueles  que  afirmam  que  foi  um  hino
gnóstico celebrando a autoridade do governante do mundo mais os poderes do cosmos.

[32] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373. 

[33] Cf. MOO, Douglas J.: The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[34] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[35] BRUCE, F. F. Colossian Problems, Pt 4 : Christ as Conqueror and Reconciler, Bibliotheca sacra 141, no.
564 (1984). 291–302. 

[36]  KEATHLEY  ,  J.  Hampton,  III.  Th e   S u p r e m a c y   o f   t h e   P e r s o n   o f   C h r i s t   (C o l .  1 :1 5 ­1 8 ).


A rt i g o   d i s p o n í v e l   e m:  <http://bible.org/seriespage/supremacy­person­christ­col­115­18>  Acessado  em:
07/03/2011
[37] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102 Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[38] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao Novo Testamento. 6. reimpressão São
Paulo: Vida Nova, 2004. p. 373. 

[39] Ibid
[40] FRANCE, R.T. “The Worship of Jesus ­ A Neglected Factor In Christological Debate?” Vox Evangelical
12 (1981): 19­33.

[41] A divisão que segue é uma adaptação de varias outras tendo como base a de Wallace. Cf.  WALLACE,
Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The Word.

[42] Daniel Wallace obseva que é possível iniciar o corpo desta epístola em 1:15, uma vez que envolvem 1:3­
14 agradecimento habitual de Paulo e de oração. No entanto, uma vez que esta seção é tão essencial para o
tema da carta, ele considera o início do corpo em 1:3. Todavia, creio que começar o corpo em 1: 3 muda uma
estrutura usada por Paulo em suas cartas, isto é, Saudações, Ações de graças, Corpo e Conclusão. Ver estrutura
em:  WALLACE,  Daniel  Colossians:  Introduction,  Argument,  and  Outline.  Disponível  na  Bíblia  eletrônica
The Word.

[43] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. Introdução ao novo testamento. 6. reimpressão São

http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses­1­15­20­estudo­exegetico.html 32/39
04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

Paulo: Vida Nova, 2004. p. 363

[44] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The
Word
[45] HENDRIKSEN,  William.  Comentário  do  Novo  Testamento  –  Colossenses  e  Filemon.  Tradução  de  Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p.72, 73.
[46] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, and Outline. Disponível na Bíblia eletrônica The
Word
[47] Ibid.

[48] Ibid.

[49] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[50] Cf. Net notas in: <http://net.bible.org/#!bible/Colossians+1:20> Acessado em 22 de maio de 2011

[51] O artigo dá um sentido coletivo, ou seja, “a todos”, “todo o universo das coisas”. Sem o artigo, seria “todas
as coisas individualmente”. Cf. VINCENT, M.R. Word Studies in the New Testament. Wilmington: Associated
Publishers and Authors, 1972. Disponível na Bíblia eletrônica E­sword
[52]  ἀρχή  esta  palavra,  como  πρῶτος,  sendo  absoluto  em  si  não  exige  o  artigo  definido.  LIGHTFOOT  apud
BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002 (Word
Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[53] A  presença  ou  ausência  da  segunda  ocorrência  dos  termos  δι  αὐτοῦ  (“através  dele”)  é  um  problema  de
variante textual difícil de resolver. Todavia, preferiu­se, aqui, manter tais termos e coloca­los em colchetes. Cf.
Net notas in: <http://net.bible.org/#!bible/Colossians+1:20> Acessado em 22 de maio de 2011

[54] Cf. MONTGOMERY, Eric R. The Image of God as the Resurrected State in Pauline Thought. Disponível
em: <http://bible.org/article/image­god­resurrected­state­pauline­thought> Acessado em 27/02/2011

[55] Cf. ROBERTSON, A. T. Word Pictures In The New Testament. B&H Publishing Group, Concise edition,
August 2000. Disponível na Bíblia eletrônica e­sword . WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe
exegética do novo testamento. São  Paulo:  Batista  Regular,  2009.  P.  128.  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  The
Supremacy  of  the  Person  of  Christ  (Col.  1:15­18).  Artigo  disponível  em:
<http://bible.org/seriespage/supremacy­person­christ­col­115­18> Acessado em: 07/03/2011; GOMES, Paulo
Sérgio;  OLIVETTI,  Odayr.  Novo  Testamento  interlinear  analítico  grego­português:  texto  majoritário  com
aparato crítico. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. xl, p 753.

[56]  Cf.  ASH,  Anthony  Lee:  Philippians,  Colossians  &  Philemon.  Joplin,  Mo.  :  College  Press,  1994  (The
College Press NIV Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[57]  Cf.  MOO,  Douglas  J.:  The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans  Pub.  Co.,  2008  (The  Pillar  New  Testament  Commentary),  S.  102  Disponível  na  Bíblia  eletrônica
Logos.

[58] Ver: BÍBLIA. Novo  Testamento.  Grego.  2003.  Novo  Testamento  interlinear.  São  Paulo:  Cultura  Cristã,
c2003. p. 704

[59] Cf. <http://net.bible.org> Acessado em 17 de maio de 2011

[60]  Cf.  MELICK,  Richard  R.:  Philippians,  Colissians,  Philemon.  electronic  ed.  Nashville  :  Broadman  &
Holman Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32).
[61] O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[62] MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman
Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32), Disponível na Bíblia
eletrônica Logos.

[63] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[64] Ibid

[65] Apud SMITH, Dan “The Colossian Hymn Col. 1:15­20”: An Exegetical Study. Disponível em: Acessado
em 02 de maio 2011

[66]O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), S. 18

[67] BRUCE, F. F. The ‘Christ Hymn’ of Colossians 1. 15­20. Bibliotheca sacra 141, no. 564 (1984). p. 104 –
106.

[68] CARSON D. A.; MOO, Douglas J.; MORRIS, Leon. “Introdução  ao  novo  testamento”.  6.  Reimpressão


São Paulo: Vida Nova, 2004. p. 363. 

[69] CONSTABLE, Thomas L. Notes on Colossians. Comentário Bíblico Disponível em: Bíblia eletrônica The
Word.

http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses­1­15­20­estudo­exegetico.html 33/39
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[70]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  “The  Supremacy  of  the  Person  of  Christ  (Col.  1:15­18)”.  Disponível  em:
<http://bible.org/seriespage/supremacy­person­christ­col­115­18> Acessado em: 07/03/2011
[71]  Apud  ROBINSON,  Haddon  W.  “Pregação  bíblica:  o  desenvolvimento  e  a  entrega  de  sermões
expositivos”. Atual. e ampl. São Paulo: Shedd Publicações, 2005. p. 127, 128.

[72]  JAMIESON,  Robert;  FAUSSET,  A.  R.;  BROW,  David.  Commentary  practical  and  explanatory  on  the
whole Bible. Rev. ed. Grand Rapids: Zondervan, 1973. Disponível na Bíblia eletrônica E­sword

[73] Apud MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom. Edições vida nova. São Paulo. 1984. p. 65

[74] Moo, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102 Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[75] Apud SMITH, Dan “The Colossian Hymn Col. 1:15­20”: An Exegetical Study. Disponível em: Acessado
em 02 de maio 2011

[76] Cf. MOO, Douglas J.: The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), S. 102

[77]  VINCENT,  M.R.  Word  Studies  in  the  New  Testament.  Wilmington:  Associated  Publishers  and  Authors,
1972. Disponível na Bíblia eletrônica e­sword
[78] MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom. Edições vida nova. São Paulo. 1984. p. 67
[79]  SANTOS,  Daniel,  O  Interesse  de  Calvino  pela  Literatura  Sapiencial.  FIDES  REFORMATA  XIV,  Nº  2
(2009): pp. 39, 40.

[80] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[81]  MOO,  Douglas  J.:  The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos

[82] BRUCE, F. F. Colossian Problems, Pt 4 : Christ as Conqueror and Reconciler, Bibliotheca sacra 141, no.
564 (1984). 291–302, deals with the cosmic reconciliation of Christ. 

[83]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  Th e   S u p r e m a c y   o f   t h e   P e r s o n   o f   C h r i s t   (C o l .  1 :1 5 ­1 8 ).


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07/03/2011

[84] O'BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary : Colossians­Philemon. Dallas : Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), S. 18

[85] Cf. Ibid

[86] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. P. 128

[87] Cf. MACLEOD, Donald. A Pessoa de Cristo. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007.  p. 60
[88]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  T h e   S u p r e ma c y   o f   t h e   P e r s o n   o f   C h r i s t   (C o l .   1 :1 5 ­1 8 ).
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07/03/2011
[89] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[90] ASH, Anthony Lee: Philippians, Colossians & Philemon. Joplin, Mo. : College Press, 1994 (The College
Press NIV Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[91]  Apud  LANGE,  John  Peter  ;  Schaff,  Philip  ;  Braune,  Karl  ;  Riddle,  M.  B.:  A  Commentary  on  the  Holy
Scriptures : Colossians. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2008, Disponível na Bíblia eletrônica
Logos.

[92]  VAUGHAN,  Curtis:  Colossians.  In:  Gaebelein,  Frank  E.  (Hrsg.):  The  Expositor's  Bible  Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, Disponível
na Bíblia eletrônica Logos.

[93]MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman
Publishers, 2001, c1991 (Logos Library System; The New American Commentary 32), Disponível na Bíblia
eletrônica Logos.

[94] HENDRIKSEN,  William.  Comentário  do  Novo  Testamento  –  Colossenses  e  Filemon.  Tradução  de  Ézia
Cunha de Mullins. 1. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1993. p.95.

[95] LANGE, John Peter ; Schaff, Philip; Braune, Karl ; Riddle, M. B.: A Commentary on the Holy Scriptures:
Colossians. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2008, Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[96] Que eram ocasionalmente mencionados no Judaísmo entre hostes celestiais dos
[97] Muitas vezes chamado como seres de outro mundo.

[98] CONSTABLE, Thomas L. Notes on Colossians. Comentário Bíblico Disponível em: Bíblia eletrônica The
Word.

[99] MOO, Douglas J.: The Letters to the Colossians and to Philemon. Grand Rapids, MI : William B. Eerdmans
Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[100] MELICK, Richard R.: Philippians, Colissians, Philemon. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman

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Publishers,  2001,  c1991  (Logos  Library  System;  The  New  American  Commentary  32),  Disponível  na  Bíblia
eletrônica Logos.
[101] BRUCE, F. F. The ‘Christ Hymn’ of Colossians 1. 15­20. Bibliotheca sacra 141, no. 564 (1984). p. 104.

[102] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. p. 379.

[103] A única ocorrência NT outras com um significado semelhante é 2 Pet. 3:5.

[104]  CALVINO,  João.  Calvin's  New  Testament  Commentaries  Series,  Wm.  B.  Eerdmans  Publishing
Company, 1994. Disponível na Bíblia eletrônica E­sword.

[105]  VAUGHAN,  Curtis:  Colossians.  In:  Gaebelein,  Frank  E.  (Hrsg.):  The  Expositor's  Bible  Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, Disponível
na Bíblia eletrônica Logos.
[106] Apud O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas: Word, Incorporated,
2002 (Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[107]  Cf.  RIDDERBOS,  Herman  N.  A  teologia  do  apóstolo  Paulo:  a  obra  definitiva  sobre  o  pensamento  do
apóstolo aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 428.
[108] O’BRIEN, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas: Word, Incorporated, 2002
(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[109] RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo
aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 424.

[110]  CALVINO,  João.  Calvin's  New  Testament  Commentaries  Series,  Wm.  B.  Eerdmans  Publishing
Company, 1994. Disponível na Bíblia eletrônica E­sword.

[111] Na filosofia grega Zeus é chamado a “cabeça” (κεφαλή) e é descrito como aquele em cujo corpo todas as
coisas existem.

[112] O’Brien, Peter T.: Word Biblical Commentary: Colossians­Philemon. Dallas:  Word,  Incorporated,  2002


(Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[113] RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo
aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 58
[114] Ibid

[115]Apud  VAUGHAN,  Curtis:  Colossians.  In:  Gaebelein,  Frank  E.  (Hrsg.):  The  Expositor's  Bible
Commentary,  Volume  11:  Ephesians  Through  Philemon. Grand  Rapids,  MI  :  Zondervan  Publishing  House,
1981, S. 172

[116] Ibid

[117] O  verbo  aoristo  κατοικῆσαι  (habitar)  poderia  ser  tomado  como  um  ingressivo,  caso  em  que  se  refere  à
encarnação e  pode ser traduzido como  “começar a viver,  para ter a  sua residência”. Talvez seja  melhor, embora,
entendê­lo como um aoristo constativo e simplesmente uma referência ao fato de que a plenitude de Deus habita
em Jesus Cristo. Esta é uma casa de habitação permanente, e não temporária, como o tempo presente em 2.9 deixa
claro. 
[118] A tautologia (do grego ταὐτολογία “dizer o mesmo”) é, na retórica, um termo ou texto que expressa a mesma
idéia  de  formas  diferentes.  Como  um  vício  de  linguagem  pode  ser  considerada  um  sinônimo
de pleonasmo ou  redundância. A origem do  termo vem de do grego  tautó, que significa “o  mesmo”, mais logos,
que  significa  “assunto”.  Portanto,  tautologia  é  dizer  sempre  a  mesma  coisa  em  termos  diferentes.  Cf.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tautologia
[119]  MOO,  Douglas  J.:  The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.

[120]  VAUGHAN,  Curtis:  Colossians.  In:  Gaebelein,  Frank  E.  (Hrsg.):  The  Expositor's  Bible  Commentary,
Volume 11: Ephesians Through Philemon. Grand Rapids, MI : Zondervan Publishing House, 1981, S. 172

[121]  WIERSBE,  Warren  W.  Be  Complete  (Victor  Books,  Wheaton,  Ill.,  1986),  56.  Apud  Keathley  ,  J.
Hampton, III. The Supremacy of the Work of Christ Part 1, The Plenitude and Description of His Work (Col.
1:19­20). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011
[122]  MOO,  Douglas  J.:  The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[123]  LADD,  Presence,  59  –  60  apud  HOEKEMA,  Anthony  A.  A  Bíblia  e  o  futuro.  2.  ed.  São  Paulo:  Casa
Editora Presbiteriana, 2001. p. 20.
[124] Ibid

[125] Apud KEATHLEY, J. Hampton, III. The  Supremacy  of  the  Work  of  Christ  Part  1,  The  Plenitude  and
Description of His Work (Col. 1:19­20). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011
[126] HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 43, 44.
[127] RIDDERBOS, Paul and Jesus, p. 77 apud HOEKEMA, Anthony A. A Bíblia e o futuro. 2. ed. São Paulo:
Casa Editora Presbiteriana, 2001. p. 43, 44.
[128]  MOO,  Douglas  J.:  The  Letters  to  the  Colossians  and  to  Philemon.  Grand  Rapids,  MI  :  William  B.
Eerdmans Pub. Co., 2008 (The Pillar New Testament Commentary), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[129] Ibid
[130] Ver os comentaristas usados para fazer este trabalho na bibliografia.
[131]  THIELMAN,  Frank.  Teologia  do  Novo  Testamento:  uma  abordagem  canônica  e  sintética.  São  Paulo:
Shedd Publicações, 2007. p. 453
[132] Ibid
http://jailsonipb.blogspot.com.br/2014/02/colossenses­1­15­20­estudo­exegetico.html 35/39
04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos

[133] RIDDERBOS, Herman N. A teologia do apóstolo Paulo: a obra definitiva sobre o pensamento do apóstolo
aos gentios. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 84.
[134]  THIELMAN,  Frank.  Teologia  do  Novo  Testamento:  uma  abordagem  canônica  e  sintética.  São  Paulo:
Shedd Publicações, 2007. p. 447
[135] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
165
[136] GRONINGEN, Gerard Van. Criação e consumação. São Paulo: Cultura Cristã, 2008. 

[137]  O'BRIEN,  Peter  T.:  Word  Biblical  Commentary  :  Colossians­Philemon.  Dallas  :  Word,  Incorporated,
2002 (Word Biblical Commentary 44), S. 18

[138] HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. p. 117
[139] Ibid

[140]  FIGUEIREDO,  Onézio.  CONFISSÃO  DE  FÉ  DE  WESTMINSTER:  Texto  e  comentário.  Disponível:
<http://www.ebenezer.org.br/Download/Onezio/ConfissaoFeWestminster.pdf> Acessado em 16 Jun. 2011

[141] Ibid

[142] GRUDEM, Wayne. Teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. p. 451
[143] Apud COELHO, Ricardo Moura Lopes; CAMPOS, Heber Carlos de. UNIVERSIDADE PRESBITERIANA
MACKENZIE (Orient.). A superioridade de Cristo no exercício de seu tríplice ofício em relação ao realizado
pelos  oficiais  do  Antigo  Testamento.  2007.  158  f.  Dissertação  (Mestrado)  ­  Centro  Presbiteriano  de  Pós­
Graduação Andrew Jumper ­ Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007

[144]  CAMPOS,  Heber  Carlos  de.  As  duas  naturezas  do  redentor:  a  pessoa  de  Cristo.  São  Paulo:  Cultura
Cristã, 2004. p. 182

[145] BERKHOF, Louis. Teologia sistemática. 4. ed. Campinas: Luz para o caminho, 1990. p. 282
[146] BETTENSON, H. Documentos da igreja cristã. 3. ed. São Paulo: Aste Simpósio, 1998. p. 62.
[147] CALVINO, João. As institutas. IV, VIII, §16
[148] Cf. HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. São Paulo: Os Puritanos, 1999. p. 191
[149] BETTENSON, H. Documentos da igreja cristã. 3. ed. São Paulo: Aste Simpósio, 1998. p. 101.

[150] CAMPOS, Heber Carlos de. As duas naturezas do redentor: a pessoa de Cristo. São Paulo: Cultura Cristã,
2004.  p. 164
[151] Ibid
[152] HODGE, Archibald Alexander. A confissão de fé. p. 191.
[153] CAMPOS, Heber Carlos de. As duas naturezas do redentor: a pessoa de Cristo. São Paulo: Cultura Cristã,
2004. p. 183.
[154]  WESTMINSTER  ASSEMBLY.  O  catecismo  maior  de  Westminster.  12.  ed.  São  Paulo:  Cultura  Cristã,
2002. (pergunta 38).

[155]  COSTA,  Hermisten  Maia  Pereira  da.  Eu  creio  no  Pai,  no  Filho  e  no  Espírito  Santo.  São  Paulo:
Parakletos, 2002. p. 224

[156] Ibid

[157] CALVINO, João. Exposição de Hebreus. São Paulo: Paracletos, 1997. (Hb 9.14), pp. 231­232

[158] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. (pergunta 39).

[159]  COSTA,  Hermisten  Maia  Pereira  da.  Eu  creio  no  Pai,  no  Filho  e  no  Espírito  Santo.  São  Paulo:
Parakletos, 2002. p. 225

[160] Ibid
[161]  WILES,  Joseph  Pitts.  Ensino  sobre  o  Cristianismo:  uma  edição  abreviada  de  as  institutas  da  religião
cristã. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1984. p. 182
[162]  FLAVEL,  John  Apud  COELHO,  Ricardo  Moura  Lopes;  CAMPOS,  Heber  Carlos  de.  UNIVERSIDADE
PRESBITERIANA MACKENZIE (Orient.).  A  superioridade  de  Cristo  no  exercício  de  seu  tríplice  ofício  em
relação  ao  realizado  pelos  oficiais  do  Antigo  Testamento.  2007.  158  f.  Dissertação  (Mestrado)  ­  Centro
Presbiteriano de Pós­Graduação Andrew Jumper ­ Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007
[163]  WESTMINSTER  ASSEMBLY.  O  catecismo  maior  de  Westminster.  12.  ed.  São  Paulo:  Cultura  Cristã,
2002. (pergunta 38).

[164]  COSTA,  Hermisten  Maia  Pereira  da.  Eu  creio  no  Pai,  no  Filho  e  no  Espírito  Santo.  São  Paulo:
Parakletos, 2002. p. 224

[165] Ibid

[166] CALVINO, João. Exposição de Hebreus. São Paulo: Paracletos, 1997. (Hb 9.14), pp. 231­232

[167] WESTMINSTER ASSEMBLY. O catecismo maior de Westminster. (pergunta 39).

[168]  COSTA,  Hermisten  Maia  Pereira  da.  Eu  creio  no  Pai,  no  Filho  e  no  Espírito  Santo.  São  Paulo:
Parakletos, 2002. p. 225.

[169] Ibid
[170]  WILES,  Joseph  Pitts.  Ensino  sobre  o  Cristianismo:  uma  edição  abreviada  de  as  institutas  da  religião
cristã. São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas, 1984. p. 182

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04/04/2015 Colossenses 1. 15­20 ­ Estudo exegético ~ Jailson Santos
[171]  FLAVEL,  John  Apud  COELHO,  Ricardo  Moura  Lopes;  CAMPOS,  Heber  Carlos  de.  UNIVERSIDADE
PRESBITERIANA MACKENZIE (Orient.).  A  superioridade  de  Cristo  no  exercício  de  seu  tríplice  ofício  em
relação  ao  realizado  pelos  oficiais  do  Antigo  Testamento.  2007.  158  f.  Dissertação  (Mestrado)  ­  Centro
Presbiteriano de Pós­Graduação Andrew Jumper ­ Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2007
[172] Ver ANGLADA, Paulo R. B. Introdução à hermenêutica reformada – correntes históricas, pressuposições,
princípios e métodos linguísticos. Ananindeua, Pará: Knox Publicações, 2006, p. 125.
[173] Ibid p. 125
[174] Ibid p. 100                                                                                                           

[175] Cf. ANGLADA, Introdução à hermenêutica reformada – correntes históricas, pressuposições, princípios e
métodos linguísticos. pp. 179­180.

[176] Apud CARDOSO, Dario Araújo. Uma Abordagem Cristocêntrica para os Sermões Biográficos. FIDES
REFORMATA XV, Nº 1 (2010): 57­79

[177] KUYPER apud ANGLADA, Introdução à Hermenêutica Reformada. p. 125.

[178] “É a condição humana recíproca que os crentes contemporâneos partilham com aqueles ou aquele a quem
o  texto  foi  escrito  que  requer  a  graça  da  passagem.”  (CHAPELL,  Pregação  cristocêntrica:  restaurando  o
sermão expositivo. São Paulo, p. 44,).

[179]JONES apud CHAPELL, Bryan. Pregação cristocêntrica: restaurando o sermão expositivo. São  Paulo:
Cultura Cristã, 2002.p. 294.

[180] VEER, M. B. van’t. Christological Preaching on Historical Material of the Old Testament. Disponível
em: http://www.spindleworks.com/library/veer/veer2.html. Acesso em: 26 jun. 2011.

[181] CHAPELL, Bryan. Pregação cristocêntrica: restaurando o sermão expositivo. São Paulo: Cultura Cristã,
2002. p. 290.
[182]  Apud  ANGLADA,  Paulo.  Spurgeon  e  o  Evangelicalismo  Moderno.  São  Paulo,  Editora  Os  Puritanos,
1996. p. 31

[183] ADAMS, Jay Edward. Conselheiro capaz. 3. ed. São Paulo: Editora Fiel, 1977. p.55.
[184] Ibid
[185] Cf. BOOR, Cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses.
[186] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
102.
[187] Ibid
[188] TRIPP, Paul David. Instrumentos nas Mãos do Redentor. São Paulo: NUTRA, 2009. PP. 17 – 38.
[189] Cf. Ibid
[190] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
15
[191] MACARTHUR, John. Nossa suficiência em Cristo. 2. ed. São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2007. p.
159

[192]  KEATHLEY,  J.  Hampton,  III.  The  Supremacy  of  the  Work  of  Christ  Part  1,  The  Plenitude  and
Description of His Work (Col. 1:19­20). Artigo disponível em: Acessado em: 07/03/2011

[193] WALLACE, Daniel. Colossians: Introduction, Argument, Outlin. Disponível na Bíblia Eletrônica The
Word

[194]  Cf.  O’Brien,  Peter  T.:  Word Biblical Commentary : Colossians­Philemon. Dallas  :  Word,  Incorporated,


2002 (Word Biblical Commentary 44), Disponível na Bíblia eletrônica Logos.
[195] Cf. MACLEOD, Donald. A Pessoa de Cristo. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2007.  p. 60
[196] KEATHLEY, J. Hampton, III. The Supremacy of the Person of Christ (Col. 1:15­18). Artigo  disponível
em: <http://bible.org/seriespage/supremacy­person­christ­col­115­18> Acessado em: 07/03/2011

[197] WALLACE, Daniel B. Gramática grega: uma sintaxe exegética do novo testamento. São Paulo: Batista
Regular, 2009. P. 128

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Jailson Santos

Professor de teologia sistemática no SPFB

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