Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este trabalho propõe uma reflexão sobre a educação infantil, levando a discutir o
aparecem mais claramente na infância, porque a criança ainda está treinando o uso do
participação na sociedade a partir do momento em que fosse útil através da sua força de
indefeso.E isso faz com que a sociedade pense que a criança é um ser inferior e imaturo.
Guimarães (2002) diz que, a idéia de infância é um conceito relativamente novo, ela
vem a surgir com a sociedade capitalista, quando o papel social da criança muda dentro da
socialmente e, por isso, temos tido sempre a intenção de transformar a criança no adulto
que somos, modelando-as do modo que queremos que elas sejam, de acordo com o
momento histórico-cultural.E, para muitos a criança nada mais é do que uma extensão do
partir do meio social e cultural em que se encontra e perceber a criança como um ser
criança ocorre de várias maneiras, isto acontece de acordo com a organização e a estrutura
relação ao adulto é fato social e não natural”, ou seja, a sociedade a partir de várias
gerações determinou essa relação submissa da criança para o adulto, impedindo o processo
habilidades.As relações poderiam ser diferentes e o adulto e a criança seriam vistos com
Rousseau (1762), numa leitura feita por Guimarães (2002), caracteriza a infância
como uma fase feliz, época em que o interior do ser humano se torna livre da influência da
sociedade, isto que dizer que, a criança é capaz de viver de uma maneira espontânea e
criança ainda é vista como um ser incapaz de conviver socialmente por não ser dotado do
uso da razão e, portanto do julgamento de suas ações e das ações dos outros.Um dos
objetivos do educador deve ser o de investigar o papel da criança no meio social em que
Guimarães (2002) salienta que para Piaget (1973) a criança é vista como um sujeito
características sociais e culturais.Piaget (1973,p. ), diz que “... para um ser humano se
considerar como ser social é preciso a qualidade e trocas intelectuais.”A partir de uma
demonstrar como o meio social contribui nas trocas que o indivíduo faz com ele.Segundo
Guimarães (2002) para Vigotsky (1994,p. ), “o sujeito é um ser social influenciado pelo
meio em que vive e se caracteriza através da cultura.A cultura faz parte da natureza
humana.”
As interações sempre estão associadas ao meio sócio cultural específico de cada
se estabelecem com o meio social, a criança começa a dar significado às sua ações, a partir
da relação com o outro e com o meio social em que vive.Para alguns, acriança faz parte da
adulto.Contudo, a sua maneira de ver o mundo e senti-lo acontece de uma forma diferente
da do adulto.A criança passa por um processo contraditório entre a sua visão de mundo e a
visão de mundo do adulto, portanto podemos dizer que a criança é diferente do adulto nas
Segundo Damázio (1994,p.28), “Além disso, toda criança, o que significa todo
indivíduo ( e toda uma geração de indivíduos), traz em potencial uma rica gama de
repetição.”
padrões de vida, a que a sociedade nos submete, estão sempre gerando diferenças, crises e
comunicação que irá tornar o contato da criança com a sociedade cada vez mais complexo.
culturais.Ao nascer, a criança já se depara com vários aspectos sociais já reproduzidos pela
sociedade como, a linguagem, os costumes, as leis, e objetos de acordo com a sua realidade,
família, a criança, de alguma forma, está sendo direcionada e manipulada pelo adulto.A
família acaba por direcionar e formar,de acordo com os seus padrões, a personalidade da
Damázio (1994,p.29), diz que, “ a criança se torna o depósito dos conceitos, desejos,
neuroses e até frustrações dos pais.”Parece extremamente difícil para os pais entenderem
que a criança é um outro indivíduo, que tem e terá vontades, opiniões e neuroses próprias.O
autor ainda afirma que é preciso que a criança seja respeitada como sujeito, ouvir o seu
ponto de vista, dar oportunidade a ela e deixar que se manifeste perante o seu
na maioria das vezes, é obrigada a fazer a vontade dos pais, sendo geralmente reprimidas e
muita dificuldade para os pais em conviver com os seus filhos e pouco espaço para criar as
esta criança não tem família, ela é levada para uma instituição ou vive por conta própria em
maneira, a criança torna-se “obrigada” a “se virar” para se tornar, o máximo possível, um
modo, podemos dizer que estamos sempre aprendendo?ou ensinando alguma coisa, seja
existente.
terá a sua formação influenciada por uma educação formal.Isto quer dizer, também, que a
criança traz o seu conhecimento prévio para a escola que deverá se r desenvolvido
Mas a escola não está ligada a educação do cotidiano, como poderia.A escola se
tornou uma instituição comercial, onde o interesse se tornou quantitativo e não qualitativo,
realidade.Se a criança não tiver condições para fazer sua leitura de mundo e situar como
sujeito criativo e consciente, a sociedade pode se estagnar e romper com a continuação dos
própria sociedade.
remuneração precária, portanto, não está tendo condições de exercer o seu papel na escola.
concebidos e se esquecem para quem e para onde está indo este ensino, ou seja, a realidade
deste aluno e o profissional estão sendo descartados e ignorados pela escola e o poder
costumes, opiniões e idéias que cada indivíduo faz ao realizar a sua leitura de mundo.É
muito importante respeitar a leitura de mundo de cada indivíduo, para que ele posa
público nas escolas e outros fatores que ocorrem nas instituições de ensino.
de maneira social e cultural.Por isso a criança como um ser social deve ser estimulado a
autonomia.Damázio(1994,p.37) afirma que, “se a criança não tem condições mínimas para
uma leitura de mundo que a leve a situar-se como sujeito do mundo consciente, crítico e
continuar fechando as portas para o aprimoramento dessa humanidade que vimos criando.”
A forma negativa como temos agido com as crianças é o pico de um ciclo neurótico-
da qual os adultos fazem para restringir aquilo que na infância, parece saudável e promissor
para o indivíduo, e acaba por tornar uma frustração ou imposição do adulto contra a
criança.A indiferença com que o adulto olha sobre a infância, em termos de imaginário e
das crianças de forma massificadora que só tem a visar o lucro.O que vemos hoje são
brinquedos comerciais que envolvem as crianças através das suas formas, cores e
tecnologia e que acabam privando a criança de criar, se expressar e descobrir a partir do seu
oportunidade para que ela possa demonstrar o seu potencial diante de sua visão de mundo
criança tem direito e possibilidades através das suas potencialidades de fazer parte do
É importante que os adultos criem um olhar sobre a criança, vendo-a não como
objeto,mas como sujeito da história.A grande confusão fica por conta do adulto, que
A criança deve viver como criança, para se tornar um assunto saudável, equilibrado
espaço de direito como sujeito no seu momento específico de vida no processo histórico e
sócio-cultural.