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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Artigo - Substantivo - Adjetivo - de 2023 a 2010 (


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Ordenação: Por Matéria

Português

Questão 1: CEBRASPE (CESPE) - EspFAEP (DEPEN)/DEPEN/Enfermagem/2021


Assunto: Artigo
No dia 31 de outubro de 1861, depois de um conturbado processo de construção, que durou cerca de três décadas, a Bahia inaugurou a sua primeira penitenciária, que
recebeu oficialmente o nome de Casa de Prisão com Trabalho. A instituição foi construída numa área pantanosa, na periferia da cidade de Salvador.

A implantação da penitenciária fazia parte do projeto civilizador oitocentista, e o Brasil acompanhava uma tendência mundial de modernização do sistema prisional, que
teve início na Inglaterra e nos Estados Unidos no final do século XVIII. As execuções e as torturas em praças públicas, utilizadas para atemorizar a quem estivesse
planejando novos crimes, foram, gradativamente, abandonadas. Entrava em cena a penalidade moderna, que planejava privar o criminoso do seu bem maior — a sua
liberdade —, internando-o numa instituição construída especificamente para recuperá-lo, que recebeu o nome de penitenciária. O seu funcionamento era regido por
normas que seriam aplicadas de acordo com o modelo penitenciário escolhido pelas autoridades, mas utilizavam-se elementos como o trabalho, a religião, a disciplina, o
uso de uniformes e, sobretudo, o isolamento como métodos de punição e recuperação.

Dessa forma, esperava-se criar um “novo homem”, que seria devolvido à sociedade com todos os atributos necessários à convivência social, principalmente para o
trabalho. Foi com essa expectativa que os reformadores baianos implantaram a Casa de Prisão com Trabalho.

Cláudia Moraes Trindade. O nascimento de uma penitenciária:

os primeiros presos da Casa de Prisão com Trabalho da Bahia (1860-1865). In: Tempo, Niterói, v. 16, n. 30, p. 167-196, 2011 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.

Com o uso do artigo definido na contração “do” em “do projeto civilizador oitocentista” (no início do segundo parágrafo), pressupõe-se que a autora parte do princípio de
que os leitores tenham conhecimento prévio acerca desse projeto.

 Certo
 Errado
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Questão 2: CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017


Assunto: Artigo
O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada pela do Portugal contemporâneo. A sociedade colonial
considerava-se um prolongamento da sociedade ultramarina. O seu ideal era reviver os padrões vigentes no reino.

Já para a língua popular as condições eram outras. A separação no espaço entre a população da colônia e a da metrópole favoreceu uma evolução linguística divergente.
Acresce que, com o encontro, em território americano, de sujeitos falantes de regiões diversas da mãe-pátria, cada um dos quais com o seu falar próprio, se realizou um
intercurso, intenso e em condições inéditas, de variantes dialetais, conducente a nova distribuição e planificação linguística. Mesmo sem insistir em tal ou qual ação
secundária das novas condições de vida física e social e de contato com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de
diferençar-se inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo ou sermo cotidianus  seu.

Joaquim Mattoso Câmara Junior. A língua literária. In: Evanildo Bechara (org.). Estudo da

língua portuguesa: textos de apoio. Brasília: FUNAG, 2010, p. 292 (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

O emprego do artigo definido imediatamente antes do topônimo “Portugal” torna-se obrigatório devido à presença do adjetivo “contemporâneo”.

 Certo
 Errado
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Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016


Assunto: Artigo

Um novo modelo de sociedade, a sociedade em rede, formou-se a partir de uma revolução da tecnologia da informação e da reestruturação do capitalismo. A sociedade
em rede é caracterizada pela globalização das atividades do homem, incluindo-se a cultura. Surgiu com ela a cibercultura, composta por um sistema de mídia
onipresente, interligado, altamente diversificado. No contexto da cibercultura, a arte pode ser considerada como um instrumento para participação do processo de
reconstrução do mundo e da renovação cultural, em oposição à ilustração artística explicativa ou expressiva. Quando se trata da produção artística no ambiente do

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ciberespaço, talvez a preocupação maior, além da linguagem específica, esteja em redefinir noções conceituais como o tempo, o espaço, o real, o virtual, o único, o
coletivo, o local, o global e a interatividadeE.

Tendo como referência inicial o texto apresentado acima, julgue os itens de 109 a 118 e faça o que se pede nos itens 119 e 120, que são do tipo C.

Em todas as suas ocorrências em “o tempo, o espaço, o real, o virtual, o único, o coletivo, o local, o global e a interatividade” (l. 13 a 15), o artigo definido serve ao
propósito de substantivar palavras de diferentes classes gramaticais por meio de derivação imprópria.

 Certo
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Questão 4: CEBRASPE (CESPE) - AAmb (ICMBio)/ICMBio/2014


Assunto: Artigo
De acordo com uma lista da International Union for the Conservation of Nature, o Brasil é o país com o maior número de espécies de aves ameaçadas de extinção, com
um total de 123 espécies sofrendo risco real de desaparecer da natureza em um futuro não tão distante. A Mata Atlântica concentra cerca de 80% de todas as aves
ameaçadas no país, fato que resulta de muitos anos de exploração e desmatamentos. Atualmente, restam apenas cerca de 10% da floresta original, não sendo
homogênea essa proporção de floresta remanescente ao longo de toda a Mata Atlântica. A situação é mais séria na região Nordeste, especialmente nos estados de
Alagoas e Pernambuco, onde a maior parte da floresta original foi substituída por plantações de cana-de-açúcar. É nessa região que ainda podem ser encontrados os
últimos exemplares das aves mais raras em todo o país, como o criticamente ameaçado limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi). Essa pequena ave de dezoito
centímetros vive no estrato médio e dossel de florestas bem conservadas e ricas em bromélias, onde procura artrópodes dos quais se alimenta. Atualmente, as duas
únicas localidades onde a espécie pode ser encontrada são a Estação Ecológica de Murici, em Alagoas, e a Serra do Urubu, em Pernambuco.

Pedro F. Develey et al. O Brasil e suas aves. In: Scientific American Brasil, 2013 (com adaptações).

Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos estruturais do texto acima.

Nas sequências “toda a Mata Atlântica” e “todo o país”, os artigos definidos “a” e “o” são opcionais, podendo ser suprimidos sem que haja prejuízo à correção gramatical
e à significação dos períodos de que fazem parte..

 Certo
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Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - Adm (UNIPAMPA)/UNIPAMPA/2013


Assunto: Artigo
Texto

Segundo uma abordagem educacional tradicional, a educação objetiva a transmissão dos saberes formulados ao longo da história, cabendo ao educando as funções de
memorizá-los e de reproduzi-los. Em uma visão contemporânea, a educação tem como objetivo a formação cidadã, que abrange um conhecimento qualificado
fomentador da construção da moral e do comportamento individual e social infantojuvenil.

Nos dias de hoje, independentemente da evolução e do avanço das teorias e práticas pedagógicas e de suas novas perspectivas quanto às reformulações educacionais e
às mudanças que dizem respeito ao educar, profissionais das ciências humanas e sociais têm enfocado um grande problema: as causas da evasão escolar.

Na mídia e em reuniões cotidianas, discutem-se os motivos da baixa frequência escolar, problema que parece não ter ainda uma solução definitiva. Não se trata apenas
de déficit de aprendizagem e de dificuldades econômicas e motivacionais, sejam referentes aos métodos utilizados pelos professores, sejam relativas ao próprio
significado que a educação tem para as pessoas. O problema da evasão escolar possivelmente está centrado na deficiência de conscientização da cidadania, por parte da
família ou do próprio aluno, e também na escola, onde as dificuldades educacionais são formadas e onde, portanto, deveriam ser solucionadas. De toda sorte, tratar a
evasão escolar em âmbitos diversos que não o pedagógico pode produzir resultados perversos, como a exclusão do aluno e sua autoexpulsão do sistema educacional.
Entretanto, dar respostas contundentes ao problema passa também pela compreensão e discussão de seus significados, já que reconhecê-los permite ao indivíduo
transformá-los.

Nilton S. Formiga et al. As causas da evasão


escolar: um estudo descrito em jovens brasileiros.
Internet: <www.psicologia.pt> (com adaptações).

No que diz respeito às estruturas linguísticas do texto, julgue o item subsecutivo.

O emprego do artigo indefinido no trecho “Em uma visão contemporânea” indica a possibilidade de existirem outras abordagens educacionais.

 Certo
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Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnica Legislativa/2012


Assunto: Artigo

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Constituem o que se denomina técnica legislativa as normas e os princípios, escritos e não escritos, os quais, do ponto de vista constitucional e jurídico, regem o modo
de escrever os textos legais.

Diferentes autores apresentam de maneiras diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam que é mister conciliar cinco qualidades
essenciais da linguagem legislativa, a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção.

Tais qualidades, contudo, só se podem alcançar quando o legislador conhece bem a matéria tratada na lei que esteja em processo de elaboração. A falta de familiaridade
com as relações jurídicas, sociais ou econômicas decorrentes de um projeto de lei responde por muito da imprecisão quando não pelo conflito direto de uns dispositivos
com outros, por exemplo.

Do ponto de vista conceitual, contudo, embora diretamente ligada ao estilo e aos seus aspectos formais e gramaticais, a técnica de redigir textos legais não é limitada
por eles. No meu modo de pensar: a lei precisa ser universal e abstrata, substantiva e imperativa, normativa e principiológica; o texto da lei deve ser objetivo, direto,
conciso, bem ordenado, simples e claro.

Said Farhat. Dicionário parlamentar e político: o processo

político e legislativo no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Peirópolis/Melhoramentos, 1996, p. 943 (com adaptações).

Acerca do texto acima, julgue o item que se segue.

A ausência do artigo as imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser
caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas.

 Certo
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Questão 7: CEBRASPE (CESPE) - 1º Ten (PM MA)/PM MA/Psicólogo/2018


Assunto: Substantivo
Texto CG1A1BBB

Quando dizemos que uma pessoa é doce, fica bem claro que se trata de um elogio, e de um elogio emocionado, porque parte de remotas e ternas lembranças: o primeiro
sabor que nos recebe no mundo é o gosto adocicado do leite materno, e dele nos lembraremos pelo resto de nossas vidas. A paixão pelo açúcar é uma constante em
nossa cultura. O açúcar é fonte  de energia, uma substância capaz de proporcionar um instantâneo “barato” que reconforta nervos abalados. É paradoxal, portanto, a
existência de uma doença em que o açúcar está ali, em nossa corrente sanguínea, mas não pode ser utilizado pelo organismo por falta de insulina. As células imploram
pelo açúcar que não conseguem receber, e que sai, literalmente, na urina. O diabetes é conhecido desde a Antiguidade, sobretudo porque é uma doença de fácil
diagnóstico: as formigas se encarregam disso. Há séculos, sabe-se que a urina do diabético é uma festa para o formigueiro. Também não escapou aos médicos de outrora
o fato de que a pessoa diabética urina muito e emagrece. “As carnes se dissolvem na urina”, diziam os gregos.

Moacyr Scliar. Doce problema. In: A face oculta —

inusitadas e reveladoras histórias da medicina. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2001 (com adaptações).

No que concerne às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1BBB, julgue o  item.

A correção gramatical do texto seria mantida caso o artigo “O” fosse substituído por A e a palavra “conhecido”  fosse flexionada no feminino — conhecida —, dada a
variação de gênero característica da palavra “diabetes”.

 Certo
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Questão 8: CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Sociologia/2017


Assunto: Substantivo
Quando indaguei a alguns escritores de sucesso que manuais de estilo tinham consultado durante seu aprendizado, a resposta mais comum foi “nenhum”. Disseram que
escrever, para eles, aconteceu naturalmente.

Eu seria o último dos mortais a duvidar que os bons escritores foram abençoados com uma dose inata de fluência mais sintaxe e memória para as palavras. Ninguém
nasceu com competência para redigir. Essa competência pode não se ter originado nos manuais de estilo, mas deve ter vindo de algum lugar.

Esse algum lugar é a escrita de outros escritores. Bons escritores são leitores ávidos. Assimilaram um grande inventário de palavras, expressões idiomáticas, construções,
tropos e truques retóricos e, com eles, a sensibilidade para o modo como se combinam ou se repelem. Essa é a ardilosa “sensibilidade” de um escritor hábil — o tácito
sentido de estilo que os manuais de estilo honestos admitem ser impossível ensinar explicitamente. Os biógrafos dos grandes autores sempre tentam rastrear os livros
que seus personagens leram na juventude, porque sabem que essas fontes escondem o segredo de seu aperfeiçoamento como escritores.

O ponto de partida para alguém tornar-se um bom escritor é ser um bom leitor. Os escritores adquirem sua técnica identificando, saboreando e aplicando engenharia
reversa em exemplos de boa prosa.

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Steven Pinker. Guia de escrita: como conceber um texto com clareza, precisão e

elegância. Trad. Rodolfo Ilari. São Paulo: Contexto, 2016, p. 23-4 (com adaptações).

No que se refere ao texto precedente, julgue o item a seguir.

A palavra “último” foi empregada com valor de substantivo.

 Certo
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Questão 9: CEBRASPE (CESPE) - PEB (SEDF)/SEDF/Língua Portuguesa/2017


Assunto: Substantivo
O aspecto da implantação do português no Brasil explica por que tivemos, de início, uma língua literária pautada pela do Portugal contemporâneo. A sociedade colonial
considerava-se um prolongamento da sociedade ultramarina. O seu ideal era reviver os padrões vigentes no reino.

Já para a língua popular as condições eram outras. A separação no espaço entre a população da colônia e a da metrópole favoreceu uma evolução linguística divergente.
Acresce que, com o encontro, em território americano, de sujeitos falantes de regiões diversas da mãe-pátria, cada um dos quais com o seu falar próprio, se realizou um
intercurso, intenso e em condições inéditas, de variantes dialetais, conducente a nova distribuição e planificação linguística. Mesmo sem insistir em tal ou qual ação
secundária das novas condições de vida física e social e de contato com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de
diferençar-se inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo ou sermo cotidianus  seu.

Joaquim Mattoso Câmara Junior. A língua literária. In: Evanildo Bechara (org.). Estudo da

língua portuguesa: textos de apoio. Brasília: FUNAG, 2010, p. 292 (com adaptações).

No que concerne aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

Os vocábulos “africanos” e “correr”, originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos, respectivamente, foram empregados como substantivos no texto.

 Certo
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Questão 10: CEBRASPE (CESPE) - TJ TRF1/TRF 1/Apoio Especializado/Taquigrafia/2017


Assunto: Substantivo
Texto 7A1AAA

O tema relativo à economia informal ganhou destaque expressivo na mídia e na literatura especializada a partir do final do século passado. Essa denominação pode
envolver fenômenos muito distintos, tais como sonegação fiscal, terceirização, atividades de microempresas, comércio de rua ou ambulante, contratação ilegal de
trabalhadores assalariados nativos ou migrantes, trabalho temporário e trabalho em domicílio, entre outros.

A economia informal apresenta um denominador comum no imaginário das pessoas: envolve atividades, trabalhos e rendas que desconsideram as regras expressas em
leis ou em procedimentos usuais. As recorrentes menções a esse tema refletem as dificuldades que as organizações, os indivíduos e o coletivo social vêm enfrentando
para superar, com as regras legais vigentes ou com os procedimentos- padrão, as mudanças estruturais econômicas, políticas e sociais em andamento.

Se, por um lado, as diferentes situações criadas pela economia informal respondem a demandas legítimas e encaminham possíveis soluções no âmbito da nova ordem
econômica e social, por outro, constituem focos de tensões e de desigualdades sociais.

Maria Cristina Cacciamali. Globalização e processo de

informalidade. In: Economia e Sociedade. Campinas, (14):153-74, jun./2000 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto 7A1AAA, julgue o item que se segue.

Haveria prejuízo gramatical para o texto caso a palavra “procedimentos-padrão”  fosse alterada para procedimentos-padrões.

 Certo
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Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - TL (CAM DEP)/CAM DEP/Agente de Polícia Legislativa/2014


Assunto: Substantivo
A atividade policial pode ser verificada em quase todas as organizações políticas que conhecemos, desde as cidades-estado gregas até os Estados atuais. Entretanto, o
seu sentido e a forma como é realizada têm variado ao longo do tempo. A ideia de polícia que temos hoje é produto de fatores estruturais e organizacionais que
moldaram seu processo histórico de transformação.

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A palavra “polícia” deriva do termo grego polis, usado para descrever a constituição e organização da autoridade coletiva. Tem a mesma origem da palavra “política”,
relativa ao exercício dessa autoridade coletiva. Assim, podemos perceber que a ideia de polícia está intimamente ligada à noção de política. Não há como dissociá-las. A
atividade de polícia é, portanto, política, uma vez que diz respeito à forma como a autoridade coletiva exerce seu poder.

Arthur T. M. Costa. Polícia, controle social e democracia. In: Arthur Trindade Maranhão Costa. Entre a lei e a ordem. Rio de Janeiro: FGV, 2004, p. 93. Internet: <www.necvu.ifcs.ufrj.br> (com
adaptações).

Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item a seguir.

A substituição de “cidades-estado” por cidades-estados não prejudicaria a correção gramatical do texto.

 Certo
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Questão 12: CEBRASPE (CESPE) - Sold (CBM CE)/CBM CE/2014


Assunto: Substantivo
Imagine a leitora que está em 1813, na igreja do Carmo, ouvindo uma daquelas boas festas antigas, que eram todo o recreio público e toda a arte musical. Sabem o que
é uma missa cantada; podem imaginar o que seria uma missa cantada daqueles anos remotos. Não lhe chamo a atenção para os padres e os sacristães, nem para o
sermão, nem para os olhos das moças cariocas, que já eram bonitos nesse tempo, nem para as mantilhas das senhoras graves, os calções, as cabeleiras, as sanefas, as
luzes, os incensos, nada. Não falo sequer da orquestra, que é excelente; limito-me a mostrar-lhes uma cabeça branca, a cabeça desse velho que rege a orquestra, com
alma e devoção.

Chama-se Romão Pires; terá sessenta anos, não menos, nasceu no Valongo, ou por esses lados. É bom músico e bom homem; todos os músicos gostam dele. Mestre
Romão é o nome familiar; e dizer familiar e público era a mesma coisa em tal matéria e naquele tempo. “Quem rege a missa é mestre Romão” — equivalia a esta outra
forma de anúncio, anos depois: “Entra em cena o ator João Caetano”; — ou então: “O ator Martinho cantará uma de suas melhores árias.” Era o tempero certo, o
chamariz delicado e popular. Mestre Romão rege a festa! Quem não conhecia mestre Romão, com o seu ar circunspecto, olhos no chão, riso triste, e passo demorado?
Tudo isso desaparecia à frente da orquestra; então a vida derramava-se por todo o corpo e todos os gestos do mestre; o olhar acendia-se, o riso iluminava-se: era outro.

Acabou a festa; é como se acabasse um clarão intenso, e deixasse o rosto apenas alumiado da luz ordinária. Ei-lo que desce do coro, apoiado na bengala; vai à sacristia
beijar a mão aos padres e aceita um lugar à mesa do jantar.

Machado de Assis. Histórias sem data. Internet: <www.machadodeassis.org.br> (com adaptações).

Ainda em relação a aspectos linguísticos do texto de Machado de Assis, julgue o item seguinte.

No fragmento “Não lhe chamo a atenção para os padres e os sacristães, nem para o sermão”, todos os substantivos terminados em ditongos nasais apresentam as
mesmas possibilidades de formação de plural.

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Questão 13: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2012


Assunto: Substantivo

Trecho 1: Nhenhem? Eu cacei onça, demais. (...) Eu não mato mais onça, mato não. Onça meu parente.

Trecho 2: Eu sou onça... Eu-onça! (...) Mecê acha que eu pareço onça? Mas tem horas em que eu pareço mais.

Trecho 3: Hum, nhem? Cê fala que eu matei? Eu sou onça. Jaguaretê tio meu, irmão de minha mãe, tutira... Meus parentes! Meus parentes!

Trecho 4: De repente, eh, eu oncei... Iá. (...) Levei pra o Papa — Gente. Papa gente, onça chefe, onço comeu jababora Gugué.

Trecho 5: Mecê tá ouvindo, nhem? Tá aperceiando... Eu sou onça, não falei? Axi. Não falei — eu viro onça? Onça grande, tubixaba.

Trecho 6: Mecê brinca não, vira esse revólver pra lá. (...) Ói: cê quer me matar, ui?

João Guimarães Rosa. Meu tio, o Iauaretê. In: Ficção completa.


V. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 825-52.

Com base nos trechos apresentados acima, julgue o item a seguir.

Em “De repente, eh, eu oncei...” (trecho 4), o verbo, criado a partir do substantivo designativo de animal, remete a formas compatíveis com a morfologia flexional do
português e equivale, no que diz respeito ao sentido, à estrutura eu sou onça.

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Questão 14: CEBRASPE (CESPE) - TJ TRE ES/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011


Assunto: Substantivo
Convocada por D. Pedro em junho de 1822, a constituinte só seria instalada um ano mais tarde, no dia 3 de maio de 1823, mas acabaria dissolvida seis meses depois, em
12 de novembro.

Os membros da constituinte eram escolhidos por meio dos mesmos critérios estabelecidos para a eleição dos deputados às cortes de Lisboa. Os eleitores eram apenas os
homens livres, com mais de vinte anos e que residissem por, pelo menos, um ano na localidade em que viviam, e proprietários de terra. Cabia a eles escolher um colégio
eleitoral, que, por sua vez, indicava os deputados de cada região. Estes tinham de saber ler e escrever, possuir bens e virtudes. Em uma época em que a taxa de
analfabetismo alcançava 99% da população, só um entre cem brasileiros era elegível. Os nascidos em Portugal tinham de estar residindo por, pelo menos, doze anos no
Brasil. Do total de cem deputados eleitos, só 89 tomaram posse. Era a elite intelectual e política do Brasil, composta de magistrados, membros do clero, fazendeiros,
senhores de engenho, altos funcionários, militares e professores. Desse grupo, sairiam mais tarde 33 senadores, 28 ministros de Estado, dezoito presidentes de província,
sete membros do primeiro conselho de Estado e quatro regentes do Império.

O local das reuniões era a antiga cadeia pública, que, em 1808, havia sido remodelada pelo vice-rei conde dos Arcos para abrigar parte da corte portuguesa de D. João.
No dia da abertura dos trabalhos, D. Pedro chegou ao prédio em uma carruagem puxada por oito mulas. Discursou de cabeça descoberta, o que, por si só, sinalizava
alguma concessão ao novo poder constituído nas urnas. A coroa e o cetro, símbolos do seu poder, também foram deixados sobre uma mesa.

Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010, p. 213-16 (com adaptações).

Com base nas estruturas linguísticas e semânticas do texto acima, julgue o item.

No primeiro parágrafo do texto, as formas nominais "Convocada", "instalada" e "dissolvida" têm como substantivos correlatos, respectivamente, convocação, instalação
e dissolvição.

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Questão 15: CEBRASPE (CESPE) - Cons TE (SEFAZ ES)/SEFAZ ES/Ciências Econômicas/2010


Assunto: Substantivo

Jornais, manchetes e números: sejamos sempre um pouco desconfiados...

            Jornais - impressos ou eletrônicos - costumam, periodicamente, "retratar" o desempenho da economia e do governo. Para isso, precisam trabalhar com medidas,
indicadores quantitativos. Contudo, os indicadores que construímos (nós ou eles) não são neutros, não são independentes do lugar em que estamos, na sociedade. E não
são independentes do rumo que pretendemos dar à sociedade - o nosso projeto, a nossa ideologia.

            Faz tempo que estava amadurecendo a polêmica sobre esses indicadores - crescimento econômico e emprego. Há poucos meses, no caderno de economia do
jornal O Estado de S.Paulo, um artigo de colunista oficial do jornal, bastante conservadora, criticava o desempenho da economia e do governo, afirmando, por
exemplo, que a economia ia mal e o desemprego crescia. Na mesma edição, mas em outro caderno, um romancista e colunista de jornais e revistas, João Ubaldo Ribeiro,
dizia algo similar: nada crescia no Brasil, a não ser os impostos. O assombroso é que a principal matéria desse caderno de economia, nessa mesma edição do Estadão,
com grande destaque, era algo assim: Cresce o emprego (e emprego formal), e a massa salarial aumenta na velocidade de 30 bi por mês.

            O leitor desconfiado perguntaria: o que aconteceu? Os colunistas não leem o próprio jornal? Não, não é isso. A colunista não estava produzindo informação,
estava produzindo uma intervenção no debate, uma intervenção motivada, uma informação interessada, motivada pela sua posição política. E o romancista estava se
referindo, implicitamente, à Medida Provisória (MP) nº 232, que aumentaria impostos para as tais "empresas prestadoras de serviços", nas quais, provavelmente, ele iria
ser enquadrado. Nada mais natural que esperneiem e que vejam o mundo de outra maneira. É uma percepção do mundo, marcada pelo lugar em que eles estão e pelos
fatos que percorrem sua existência diária.

            A MP nº 232, tão surrada pela mídia, diminuía o imposto de renda (IR) para os assalariados e pensionistas e, proporcionalmente, aumentava o imposto das tais
empresas. Essas, nos últimos anos, tinham sido o dispositivo pelo qual empresas e funcionários qualificados tinham empreendido a terceirização do assalariado, com
significativa redução de carga tributária. Algum jornal tocou nessa relação? Não se fala de corda em casa de enforcado.

Regis Moraes. Internet: <www.piratininga.org.br> (com adaptações).

Julgue o item, acerca das propriedades textuais e gramaticais do texto acima.

No trecho "O assombroso é que a principal matéria desse caderno de economia", a palavra "assombroso" está empregada como um substantivo, o que se comprova pela
presença do artigo que a antecede.

 Certo
 Errado
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Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022


Assunto: Adjetivo
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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

É importante saber o nome das coisas. Ou, pelo menos, saber comunicar o que você quer. Imagine-se entrando numa loja para comprar um... um... como é mesmo o
nome?

“Posso ajudá-lo, cavalheiro?”

“Pode. Eu quero um daqueles, daqueles...”

“Pois não?”

“Um... como é mesmo o nome?”

“Sim?”

“Pomba! Um... um... Que cabeça a minha! A palavra me escapou por completo. É uma coisa simples, conhecidíssima.”

“Sim, senhor.”

“O senhor vai dar risada quando souber.”

“Sim, senhor.”

“Olha, é pontuda, certo?”

“O quê, cavalheiro?”

“Isso que eu quero. Tem uma ponta assim, entende?

Depois vem assim, assim, faz uma volta, aí vem reto de novo, e na outra ponta tem uma espécie de encaixe, entende? Na ponta tem outra volta, só que esta é mais
fechada. E tem um, um... Uma espécie de, como é que se diz? De sulco. Um sulco onde encaixa a outra ponta; a pontuda, de sorte que o, a, o negócio, entende, fica
fechado. É isso. Uma coisa pontuda que fecha. Entende?”

“Infelizmente, cavalheiro...”

“Ora, você sabe do que eu estou falando.”

“Estou me esforçando, mas...”

“Escuta. Acho que não podia ser mais claro. Pontudo numa ponta, certo?”

“Se o senhor diz, cavalheiro.”

Luís Fernando Veríssimo. Comunicação.

Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.

Os adjetivos ‘conhecidíssima’ (sétimo parágrafo) e ‘pontuda’ (décimo primeiro parágrafo) qualificam o mesmo termo no texto, mas do emprego do primeiro se depreende
mais intensidade que do segundo.

 Certo
 Errado
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Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022


Assunto: Adjetivo

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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da
comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas.
Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No
capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em
suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a
permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com
meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu
fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à
perfeição.

Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem
aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar
apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da
sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas
atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm
o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os
custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.


São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.

No segundo parágrafo, na citação do general prussiano Carl von Clausewitz, o adjetivo ‘contraditória’, em ‘Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória’,
expressa, em tom pejorativo, um atributo do termo ‘guerra’.

 Certo
 Errado
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Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Ana (PGE RJ)/PGE RJ/Contábil/2022


Assunto: Adjetivo

Texto CG1A1-I

Em 721, um concílio romano presidido pelo papa Gregório II proibiu o casamento com uma commater, isto é, a madrinha de um filho, ou a mãe de um filho de quem se
fosse padrinho. Isso levou o papado a se alinhar com a legislação promulgada, algumas décadas antes, em Bizâncio. A adoção marcadamente rápida desses princípios
sugere que o clero franco já sustentava concepções similares. Isso é ilustrado por um caso  curioso contado por um clérigo franco anônimo, em 727. Ele censurava a
maneira traiçoeira pela qual a infame concubina Fredegunda havia conseguido se tornar a esposa legal do rei Quilpérico. Durante uma longa ausência do rei, ela
persuadira sua rival, a rainha Audovera, a tornar-se madrinha da própria filha recém-nascida. Assim, a ingênua Audovera foi subitamente transformada na commater de
seu próprio marido, impossibilitando qualquer relação conjugal posterior e deixando o caminho livre para Fredegunda.

Essa artimanha mostra que, poucos anos após o concílio romano de 721, o autor anônimo e seu público estavam bem  familiarizados com os impedimentos derivados do
parentesco espiritual. Não fosse o caso, seria impossível acusar Fredegunda de seu ardiloso truque. As cartas do missionário Bonifácio  conferem testemunho adicional a
esse fato. Em 735, ele perguntou ao bispo escocês Pethlem se era permitido que alguém se casasse com uma viúva que era mãe de seu afilhado. “Todos os padres da
Gália e na terra dos francos afirmavam que isso era um pecado grave”, escreveu ele. Soava-lhe estranho, já que ele nunca ouvira falar nisso antes. A questão devia
preocupá-lo porque, no mesmo ano, escreveu a respeito para dois outros clérigos anglo-saxões. Evidentemente, o missionário até então não estava familiarizado com
esse impedimento ao casamento, embora o clero continental, a quem ele se dirigia, considerasse a questão muito grave.

Mayke De Jong, Nos limites do parentesco: legislação anti-incesto na Alta Idade Média ocidental (500-900). In: Jan Bremmer (Org.). De Safo a Sade. Momentos na história da sexualidade.
Campinas: Papirus, 1995, p. 56-7 (com adaptações).

Em relação às estruturas morfossintáticas do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.

No terceiro período do texto, o termo “marcadamente” qualifica o adjetivo “rápida”.

 Certo
 Errado
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Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022


Assunto: Adjetivo

Texto CB1A1-I

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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 

Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela
inteligência  artificial (IA). No fim das contas, a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é imperfeito e
incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos
nossa aprovação e nosso descontentamento.

Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e
tampouco podemos testar  empiricamente todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga política, em nossas
instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do perfeccionismo.

Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de
uma velha corrente positivista do pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia talvez tenha tido sua época,
mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente
— incorporadas ao sistema político.

Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e
nas curvas de indiferença, se reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do Silício até exaltam o surgimento de
uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.

Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139 (com adaptações).

Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.

No terceiro parágrafo, o adjetivo “tecnocrata” (segundo período) qualifica o termo “pensamento político” (primeiro período).

 Certo
 Errado
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Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022


Assunto: Adjetivo
Texto CG1A1-I

Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de
escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma atitude de inquietação
permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo, mas que se busca continuamente.

O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da
vida atual: intelectual, pelo incremento das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio, “uma educação em
mudança permanente, em permanente reconstrução”.

As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em
vez de transmitir um passado claro; e ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar a escola, começando-se
por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.

O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que
fora ensinado; por último, envolveu algo mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado o momento oportuno,
sabemos agir de acordo com o aprendido.

Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico — desde que a escola disponha de condições para exercitá-los.
Assim, uma criança só pode praticar a bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da aprendizagem obriga a
escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá
satisfação, o interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas atividades.

Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em
Salvador, que mais tarde inspirou os centros integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo integral que se
sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no
livro Educação não é privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para atender aos interesses de cada
comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a universidade.

Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008 (com adaptações).

Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.

No primeiro período do quinto parágrafo, a palavra “ideais” é um adjetivo que qualifica “atitudes”.

 Certo
 Errado
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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
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Questão 21: CEBRASPE (CESPE) - Med (TCE-PB)/TCE PB/2022


Assunto: Adjetivo
Texto CB1A1-I

A história da saúde não é a história da medicina, pois apenas de 10% a 20% da saúde são determinados pela medicina, e essa porcentagem era ainda menor nos
séculos anteriores. Os outros três determinantes da saúde são o comportamento, o ambiente e a biologia – idade, sexo e genética. As histórias da medicina centradas no
atendimento à saúde não permitem uma compreensão global da melhoria da saúde humana. A história dessa melhoria é uma história de superação. Antes dos primeiros
progressos, a saúde humana estava totalmente estagnada. Da Revolução Neolítica, há 12 mil anos, até meados do século XVIII, a expectativa de vida dos seres
humanos ocidentais não evoluíra de modo significativo. Estava paralisada na faixa dos 25-30 anos. Foi somente a partir de 1750 que o equilíbrio histórico se modificou
positivamente. Vários elementos alteraram esse contexto, provocando um aumento praticamente contínuo da longevidade. Há 200 anos, as suecas detinham o recorde
mundial com uma longevidade de 46 anos. Em 2019, eram as japonesas que ocupavam o primeiro lugar, com uma duração média de vida de 88 anos. Mesmo sem
alcançar esse recorde, as populações dos países industrializados podem esperar viver atualmente ao menos 80 anos. Desde 1750, cada geração vive um pouco mais do
que a anterior e prepara a seguinte para viver ainda mais tempo.

Jean-David Zeitoun. História da saúde humana: vamos viver cada vez mais?
Tradução Patrícia Reuillard. São Paulo: Contexto, 2022, p. 10-11 (com adaptações).

No que se refere a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item seguinte.

O termo “positivamente” (oitavo período) é empregado como adjetivo de sentido quantitativo e se refere ao fato de a expectativa de vida humana aumentar
numericamente, e não diminuir.

 Certo
 Errado
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Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021


Assunto: Adjetivo
A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo sintético para designar a administração do pensamento e do comportamento
humanos. A palavra “cultura” não nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas, observadas e registradas regras de conduta de toda uma
população. Só cerca de um século mais tarde, quando os gerentes da cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham passado a ver como criação sua e, seguindo
o exemplo de Deus na criação do mundo, com carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma como um tipo regular e “normativamente regulado” de conduta
humana diferia de outro, sob outro gerenciamento. A ideia de cultura nasceu com uma declaração de intenções.

O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No limiar da Era Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não
problematizado”, como elos preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo inegociável e com o qual não devemos nos imiscuir), indispensáveis, ainda que
sórdidos, torpes e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos ao mesmo tempo como maleáveis e terrivelmente carentes de ajustes e melhoras. O termo “cultura”
foi concebido no interior de uma família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”, “criação” — todos significando aperfeiçoamento, seja na prevenção
de um prejuízo, seja na interrupção e reversão da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde a semeadura até a
colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela educação e pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se
humanas — e, nesse processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e armadilhas que elas não seriam capazes de evitar nem poderiam negociar,
caso fossem deixadas por sua própria conta), teriam de ser guiadas por outros seres humanos, educados e treinados na arte de educar e treinar seres humanos.

O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito moderno crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English
Dictionary: “forçar (pessoas, animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso em realizar”. E mais de cem anos antes de outro
sintético, de “gerenciamento”, o de “obter sucesso ou sair-se bem”. Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas de uma forma que as pessoas
não fariam por conta própria e sem ajuda.Significava redirecionar eventos segundo motivos e desejo próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de
eventos) veio a significar a manipulação de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.” mais provável, ou, de
preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última instância, “gerenciar” significa limitar a liberdade do gerenciado.

Zygmunt Bauman. Vida líquida. Carlos Alberto Medeiros (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (com adaptações).

Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.

Os adjetivos “maleáveis” e “carentes”, na linha, referem-se a “homens e mulheres”.

 Certo
 Errado
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Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021


Assunto: Adjetivo
O fenômeno conhecido como judicialização da saúde é multifacetado. Por um lado, as ações judiciais comprometem uma parcela significativa do orçamento para atender
demandas específicas de alguns pacientes; por outro, podem significar o único caminho para salvar ou prolongar a vida de pacientes, especialmente de pessoas com
doenças raras ou crônicas, como diabetes e câncer, que dependem de medicamentos de alto custo. Há também o uso desse recurso extremo para medicamentos
equivalentes aos disponíveis no sistema público de saúde e, até mesmo, para a compra de produtos como fraldas ou água de coco — sempre com receita médica.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/37597637/imprimir 10/25
13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

A preocupação com o impacto da judicialização nos municípios é justificável. Há casos em que uma única ação pode comprometer todo o orçamento da saúde de uma
cidade de pequeno porte. Algumas iniciativas buscam contornar esse obstáculo por meio de arranjos institucionais. Um dos exemplos mais lembrados é o de Santa
Catarina. Em 1997, municípios do entorno da cidade de Lages, a 200 quilômetros de Florianópolis, uniram-se para encontrar melhores formas de administrar os recursos
para a saúde, frequentemente afetados pela judicialização. Os prefeitos e gestores dos municípios perceberam que, isoladamente, era mais complicado enfrentar as
decisões judiciais. Por meio do consórcio intermunicipal, criou-se um padrão comum de atuação, que evitou sobreposições de pedidos e racionalizou gastos e
investimentos.

Bruno De Pierro. Demandas crescentes. In: Revista Pesquisa FAPESP, 18 (252), fev. 2017, p. 18-22 (com adaptações).

Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.

No trecho “A preocupação com o impacto da judicialização nos municípios é justificável”, o adjetivo “justificável” tem o mesmo sentido da expressão passível de
justificativa.

 Certo
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Questão 24: CEBRASPE (CESPE) - AFTE (SEFAZ RR)/SEFAZ RR/2021


Assunto: Adjetivo

Texto CG1A1-I

Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa(b) ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos.
Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá
de esperar o fim do relato,(b) saltar-vos-á ao rosto não tarda.(a)

Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calo -se.
Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os
vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto.(e) “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês.

“Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque
a Justiça está morta”.

Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras.(c) O lesado tinha
começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado,
a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a
repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados,(d) de cabeça baixa e alma sucumbida,
à triste vida de todos os dias.

Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça.(e) Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da
aldeia de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a
está matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado,(a) para aqueles que dela esperavam o que da
Justiça todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista,
não a que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma
justiça pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser
tão indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os
determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação,(c) uma justiça em que se manifestasse,
como um iniludível imperativo moral,(d) o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet: <dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, é correto afirmar que pertencem à classe gramatical dos adjetivos os termos

 a)  “tarda”, em “saltar-vos-á ao rosto não tarda”, e “confiado”, em “é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado”.
 b) “camponesa”, em “um fato notável da vida camponesa”, e “extraível”, em “a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato”.
  c)  “estremas”, em “o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras”, e “espontânea”, em “uma
justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação”.
 d) “declarada”, em “uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados”, e “imperativo”, em “como um iniludível imperativo moral”.

 e)  “morto”, em “quem era o morto”, e “qualquer”, em “Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça”.

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Questão 25: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021


Assunto: Adjetivo

Texto 14A1-I

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13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem
diferentes). Entretanto, dois fatores dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário; outro, subjetivo, a existência
de preconceitos.

É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a
literatura francesa é particularmente importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão literária. O desenvolvimento
de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos
de língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi
mesmo se falasse outra língua — desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição intelectual etc., à cultura francesa de
seu tempo.

Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a
língua científica internacional. Todavia, se os fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por exemplo, na Holanda,
o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora. Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como
língua adequada à expressão de conceitos científicos.

Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao
contrário, as grandes literaturas e os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições ao pensamento e também —
ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos
harmoniosamente; a ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.

O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a
defasagem chegar a ser muito grande, os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos científicos e técnicos.

Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para


fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).

Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.

No parágrafo, o termo “bem” intensifica o sentido do termo “diferentes”.

 Certo
 Errado
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Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - Agepen (SERIS AL)/SERIS AL/2021


Assunto: Adjetivo

No fim do século XVIII e começo do XIX, a despeito de algumas grandes fogueiras, a melancólica festa de punição vai-se extinguindo. Nessa transformação, misturaram-
se dois processos. Não tiveram nem a mesma cronologia, nem as mesmas razões de ser. De um lado, a supressão do espetáculo punitivo. O cerimonial da pena vai
sendo obliterado e passa a ser apenas um novo ato de procedimento ou de administração. A punição pouco a pouco deixou de ser uma cena. E tudo o que pudesse
implicar de espetáculo desde então terá um cunho negativo; e como as funções da cerimônia penal deixavam pouco a pouco de ser compreendidas, ficou a suspeita de
que tal rito que dava um “fecho” ao crime mantinha com ele afinidades espúrias: igualando-o, ou mesmo ultrapassando-o em selvageria, acostumando os espectadores
a uma ferocidade de que todos queriam vê-los afastados, mostrando-lhes a frequência dos crimes, fazendo o carrasco se parecer com criminoso, os juízes com os
assassinos, invertendo no último momento os papéis, fazendo do supliciado um objeto de piedade e de admiração.

A execução pública é vista então como uma fornalha em que se acende a violência. A punição vai-se tornando, pois, a parte mais velada do processo penal, provocando
várias consequências: deixa o campo da percepção quase diária e entra no da consciência abstrata; sua eficácia é atribuída à sua fatalidade, não à sua intensidade
visível; a certeza de ser punido é que deve desviar o homem do crime e não mais o abominável teatro; a mecânica exemplar da punição muda as engrenagens.

Michel Foucault. Vigiar e punir:

nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto apresentado, julgue o item seguinte.

Ao empregar o adjetivo “melancólica” para caracterizar “festa”, em “a melancólica festa de punição” (primeiro parágrafo), o autor apresenta seu ponto de vista sobre a
forma de punição que se vai “extinguindo”.

 Certo
 Errado
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Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - Tec Leg (ALECE)/ALECE/2021


Assunto: Adjetivo
Texto CG5A1-I

E de repente aquela dor intolerável no olho esquerdo, este lacrimejando, e o mundo se tornando turvo. E torto: pois fechando um olho, o outro automaticamente se
entrefecha. Quatro vezes no decorrer de menos de um ano um objeto estranho entrou no meu olho esquerdo: duas vezes ciscos, uma vez um grão de areia, outra um
cílio. Das quatro vezes tive que procurar um oftalmologista de plantão. Da última vez, perguntei ao doutor Murilo Carvalho, cirurgião dos Oculistas Associados, e também
um artista em potencial que realiza sua vocação através de cuidar por assim dizer de nossa visão de mundo:
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— Por que sempre o olho esquerdo? É simples coincidência?

Ele respondeu não; que, por mais normal que seja uma vista, um dos olhos vê mais que o outro e por isso é mais sensível. Chamou-o de “olho diretor”. E, por ser mais
sensível, disse ele, prende o corpo estranho, não o expulsa.

Quer dizer que o melhor olho é aquele que mais sofre. É a um só tempo mais poderoso e mais frágil, atrai problemas que, longe de serem imaginários, não poderiam ser
mais reais que a dor insuportável de um cisco ferindo e arranhando uma das partes mais delicadas do corpo.

Fiquei pensativa.

Será que é só com os olhos que isso acontece? Será que a pessoa que mais vê, portanto a mais potente, é a que mais sente e sofre. E a que mais se estraçalha com
dores tão reais quanto um cisco no olho.

Fiquei pensativa.

Clarice Lispector. Todas as crônicas. Rio de Janeiro: Rocco, 2018, p. 36 (com adaptações).

No texto CG5A1-I, o adjetivo “turvo”, em “o mundo se tornando turvo” (primeiro parágrafo), tem o mesmo sentido de

 a) sensível.
 b) conturbado.
 c) embaçado.
 d) invisível.

 e) difícil

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Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2019


Assunto: Adjetivo
Texto 1A11-I

Pixis foi um músico medíocre, mas teve o seu dia de glória no distante ano de 1837.

Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do ( hoje) desconhecidocompositor, junto com outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os
adjetivos aqui podem ser verdadeiros, mas — como se verá — relativos). A plateia, formada por um público refinado, culto e um pouco bovino, como são, sempre, os
homens em ajuntamentos, esperava com impaciência.

Liszt tocou Beethoven e foi calorosamente aplaudido. Depois, quando chegou a vez do obscuro e inferior Pixis, manifestou-se o desprezo coletivo. Alguns, com ouvidos
mais sensíveis, depois de lerem o programa que anunciava as peças do músico menor, retiraram-se do teatro, incapazes de suportar música de má qualidade.

Como sabemos, os melômanos são impacientes com as obras de epígonos, tão céleres em reproduzir, em clave rebaixada, as novas técnicas inventadas pelos grandes
artistas.

Liszt, no entanto, registraria que um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os nomes de Pixis e Beethoven...

A música de Pixis, ouvida como sendo de Beethoven, foi recebida com entusiasmo e paixão, e a de Beethoven, ouvida como sendo de Pixis, foi enxovalhada.

Esse episódio, cômico se não fosse doloroso, deveria nos tornar mais atentos e menos arrogantes a respeito do que julgamos ser arte.

Desconsiderar, no fenômeno estético, os mecanismos de recepção é correr o risco de aplaudir Pixis como se fosse Beethoven.

Charles Kiefer. O paradoxo de Pixis. In: Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010 (com adaptações).

No segundo parágrafo do texto 1A11-I, o termo “adjetivos” remete às palavras

 a) “verdadeiros” e “relativos”.
 b) “refinado”, “culto” e “bovino”.
 c) “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário”.
 d) “desconhecido” e “compositor”.
 e) “hoje” e “sempre”.

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Questão 29: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2019
Assunto: Adjetivo

Texto para o item.

Leito de folhas verdes

Por que tardas, Jatir, que tanto a custo


À voz do meu amor moves teus passos?
Da noite a viração, movendo as folhas,
Já nos cimos do bosque rumoreja.

Eu sob a copa da mangueira altiva


Nosso leito gentil cobri zelosa
Com mimoso tapiz de folhas brandas,
Onde o frouxo luar brinca entre flores.

Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,


Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.

Brilha a lua no céu, brilham estrelas,


Correm perfumes no correr da brisa,
A cujo influxo mágico respira-se
Um quebranto de amor, melhor que a vida!

A flor que desabrocha ao romper d’alva


Um só giro do sol, não mais, vegeta:
Eu sou aquela flor que espero ainda
Doce raio do sol que me dê vida.

Sejam vales ou montes, lago ou terra,


Onde quer que tu vás, ou dia ou noite,
Vai seguindo após ti meu pensamento;
Outro amor nunca tive: és meu, sou tua!

Meus olhos outros olhos nunca viram,


Não sentiram meus lábios outros lábios,
Nem outras mãos, Jatir, que não as tuas
A arazoia na cinta me apertaram.

Do tamarindo a flor jaz entreaberta,


Já solta o bogari mais doce aroma;
Também meu coração, como estas flores,
Melhor perfume ao pé da noite exala!

Não me escutas, Jatir! nem tardo acodes


À voz do meu amor, que em vão te chama!
Tupã! lá rompe o sol! do leito inútil
A brisa da manhã sacuda as folhas!

Gonçalves Dias. Últimos cantos. Ed. 1851, p. 11. Internet: <www.digital.bbm.usp.br> (com adaptações).

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do poema de Gonçalves Dias, julgue o item a seguir.

Os adjetivos “gentil” e “zelosa”, no verso 6, caracterizam o eu lírico.

 Certo
 Errado
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Questão 30: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Artes/2018


Assunto: Adjetivo

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Texto CB1A1BBB

Inicialmente me parece interessante reafirmar que sempre vi a alfabetização de adultos como um ato político e um ato de conhecimento, por isso mesmo, como um ato
criador.

Para mim seria impossível engajar-me num trabalho de memorização mecânica dos ba-be-bi-bo-bu, dos la-le-li-lo-lu.

Daí que também não pudesse reduzir a alfabetização ao ensino puro da palavra, das sílabas ou das letras. Ensino em cujo processo o alfabetizador fosse “enchendo” com
suas palavras as cabeças supostamente “vazias” dos alfabetizandos. Pelo contrário, enquanto ato de conhecimento e ato criador, o processo da alfabetização tem, no
alfabetizando, o seu sujeito.

O fato de ele necessitar da ajuda do educador, como ocorre em qualquer relação pedagógica, não significa dever a ajuda do educador anular a sua criatividade e a sua
responsabilidade na construção de sua linguagem escrita e na leitura desta linguagem.

Na verdade, tanto o alfabetizador quanto o alfabetizando, ao pegarem, por exemplo, um objeto, como faço agora com o que tenho entre os dedos, sentem o objeto,
percebem o objeto sentido e são capazes de expressar verbalmente o objeto sentido e percebido. Como eu, o analfabeto é capaz de sentir a caneta, de perceber a caneta
e de dizer caneta. Eu, porém, sou capaz de não apenas sentir a caneta, de perceber a caneta, de dizer caneta, mas também de escrever caneta e, consequentemente, de
ler caneta. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Esta montagem não pode ser feita pelo educador para ou sobre o
alfabetizando. Aí tem ele um momento de sua tarefa criadora.

Creio desnecessário me alongar mais, aqui e agora, sobre o que tenho desenvolvido, em diferentes momentos, a propósito da complexidade desse processo. A um ponto,
porém, referido várias vezes neste texto, gostaria de voltar, pela significação que tem para a compreensão crítica do ato de ler e, consequentemente, para a proposta de
alfabetização a que me consagrei. Refiro-me a que a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele. Na
proposta a que me referi acima, este movimento do mundo à palavra e da palavra ao mundo está sempre presente. Movimento em que a palavra dita flui do mundo
mesmo através da leitura que dele fazemos.

De alguma maneira, porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa forma de “escrevê-
lo” ou de “reescrevê-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente.

Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais, para mim, do processo de alfabetização. Daí que sempre tenha insistido em que as palavras com que organizar o
programa da alfabetização deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, os seus anseios, as suas inquietações, as suas
reivindicações, os seus sonhos. Deveriam vir carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador.

A pesquisa do que chamava universo vocabular nos dava assim as palavras do povo, grávidas de mundo. Elas nos vinham através da leitura do mundo que os grupos
populares faziam. Depois, voltavam a eles, inseridas no que chamava e chamo de codificações, que são representações da realidade.

Paulo Freire. A importância do ato de ler. São Paulo:

Cortez Editores, 1989, p. 9.

Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto CB1A1BBB, julgue o item que se seguem.

No período em que ocorrem, as formações vocabulares “ba-be-bi-bo-bu” e “la-le-li-lo-lu” designam qualidades de “memorização”.

 Certo
 Errado
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Questão 31: CEBRASPE (CESPE) - MGECAPPGE (SEDF)/SEDF/2017


Assunto: Adjetivo
Texto

O monitor — também chamado, em algumas instituições, de inspetor e bedel — é um dos profissionais mais atuantes na esfera educacional. Ele transita por toda a
escola, em geral conhece os alunos pelo nome e é um dos primeiros a ser procurado quando há algum problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo, ele
nem sempre é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos diretores entendem que quem atua nessa função deve apenas controlar os espaços coletivos para impedir a
ocorrência de agressões, depredações e furtos, vigiar grupos de alunos, observar comportamentos suspeitos e até mesmo revistar armários e mochilas.

Esse tipo de controle, além de perigoso — pois os conflitos abafados por ações repressoras acabam se manifestando com mais violência —, contribui para reforçar a
desconfiança entre a instituição e os estudantes. E uma relação fundada na insegurança fragiliza a construção de valores democráticos, que deveria ser um dos objetivos
de todas as escolas.

Como qualquer profissional do ambiente escolar, os monitores também são educadores, e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como
interagir com as crianças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro etc.). Com uma boa formação, eles serão
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capazes de trazer informações importantes sobre a convivência entre os alunos e que poderão ser objeto de análise para que o orientador educacional, juntamente com o
diretor e a equipe docente, planeje e execute intervenções.

O papel do monitor na formação dos alunos.

Internet: <http://gestaoescolar.org.br> (com adaptações).

A respeito dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.

O vocábulo “suspeitos” foi empregado, no texto, como substantivo, no sentido de aqueles sobre os quais recaem suspeitas.

 Certo
 Errado
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Questão 32: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2017


Assunto: Adjetivo
Texto

Rondó dos cavalinhos

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora
E em minhalma — anoitecendo!

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Alfonso Reyes partindo,
E tanta gente ficando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minhalma — anoitecendo!

Manuel Bandeira. Antologia poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 104.

Acerca do poema Rondó dos cavalinhos, de Manuel Bandeira, publicado originalmente em 1936, em outra versão, com o título Rondó do Jockey Club, julgue o item.

No verso 15, a palavra “grosso” exerce a função de adjunto adverbial e expressa o modo como falava a Itália.

 Certo
 Errado
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Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - Adm Edif (FUB)/FUB/2016


Assunto: Adjetivo
Texto

Minha condição humana me fascina. Conheço o limite de minha existência e ignoro por que estou nesta terra, mas às vezes o pressinto. Pela experiência cotidiana,
concreta e intuitiva, eu me descubro vivo para alguns homens, porque o sorriso e a felicidade deles me condicionam inteiramente, mais ainda para outros que, por acaso,
descobri terem emoções semelhantes às minhas.

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E cada dia, milhares de vezes, sinto minha vida — corpo e alma — integralmente tributária do trabalho dos vivos e dos mortos. Gostaria de dar tanto quanto recebo e não
paro de receber. Mas depois experimento o sentimento satisfeito de minha solidão e quase demonstro má consciência ao exigir ainda alguma coisa de outrem. Vejo os
homens se diferenciarem pelas classes sociais e sei que nada as justifica. Sonho ser acessível e desejável para todos uma vida simples e natural, de corpo e de espírito.

Recuso-me a crer na liberdade e nesse conceito filosófico. Eu não sou livre, e sim às vezes constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções
íntimas. Ainda jovem, fiquei impressionado pela máxima de Schopenhauer: “O homem pode, é certo, fazer o que quer, mas não pode querer o que quer”; e hoje, diante
do espetáculo aterrador das injustiças humanas, essa moral me tranquiliza e me educa.

Albert Einstein. Como vejo o mundo. Rio de Janeiro:

Nova Frontei ra, 2015 (com adaptações).

Com relação ao texto, julgue o item a seguir.

O adjetivo “aterrador” modifica a palavra “espetáculo”, conferindo-lhe sentido negativo.

 Certo
 Errado
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Questão 34: CEBRASPE (CESPE) - Ass (FUNPRESP-JUD)/FUNPRESP-JUD/Previdencial/"Sem Especialidade"/2016


Assunto: Adjetivo
Texto CB1A1AAA

No fundo, Ana sempre tivera necessidade de sentir a raiz firme das coisas. E isso um lar perplexamente lhe dera. Por caminhos tortos, viera a cair num destino de mulher,
com a surpresa de nele caber como se o tivesse inventado. O homem com quem casara era um homem verdadeiro, os filhos que tivera eram filhos verdadeiros. Sua
juventude anterior parecia-lhe estranha como uma doença de vida. Dela havia aos poucos emergido para descobrir que também sem a felicidade se vivia: abolindo-a,
encontrara uma legião de pessoas, antes invisíveis, que viviam como quem trabalha — com persistência, continuidade, alegria. O que sucedera a Ana antes de ter o lar
estava para sempre fora de seu alcance: uma exaltação perturbada que tantas vezes se confundira com felicidade insuportável. Criara em troca algo enfim
compreensível, uma vida de adulto. Assim ela o quisera e escolhera.

Sua preocupação reduzia-se a tomar cuidado na hora perigosa da tarde, quando a casa estava vazia sem precisar mais dela, o sol alto, cada membro da família
distribuído nas suas funções. Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo
seu espanto — ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar,
cuidando do lar e da família à revelia deles. Quando voltasse era o fim da tarde e as crianças vindas do colégio exigiam-na. Assim chegaria a noite, com sua tranquila
vibração. De manhã acordaria aureolada pelos calmos deveres. Encontrava os móveis de novo empoeirados e sujos, como se voltassem arrependidos. Quanto a ela
mesma, fazia obscuramente parte das raízes negras e suaves do mundo. E alimentava anonimamente a vida. Estava bom assim. Assim ela o quisera e escolhera.

Clarice Lispector. Amor. In: Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 2009, p. 20-1.

Acerca dos aspectos linguísticos e dos sentidos do texto CB1A1AAA, julgue o item que se segue.

No trecho “uma exaltação perturbada (...) com felicidade insuportável” (R. 12 a 14), os adjetivos “perturbada” e “insuportável” qualificam a vida que Ana “quisera e
escolhera”.

 Certo
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Questão 35: CEBRASPE (CESPE) - AUFC (TCU)/TCU/Controle Externo/Auditoria Governamental/2015


Assunto: Adjetivo
Com os avanços das tecnologias informáticas, atividades como ir ao banco, assistir a filmes, fazer compras, acompanhar processos judiciais, estudar a distância e solicitar
serviços passaram a ser realizadas até mesmo a partir de um simples smartphone. A tecnologia alterou a noção de tempo, distância e espaço e produziu grandes
impactos que afetam a forma com que cada um se relaciona, trabalha, produz, se comunica e se diverte. Não é à toa que, paralelamente ao mundo real, há um mundo
representado virtualmente — o denominado ciberespaço — com código e linguagem próprios, mas que se inter-relaciona — e muito — com o mundo real. Hoje, essa
relação de interdependência entre os mundos real e virtual é tão forte que se torna difícil pensar na existência de um sem o outro. A administração pública também está
cada vez mais imersa nesse mundo. Tanto que o uso da tecnologia tem permitido a expansão e a melhoria dos serviços oferecidos à sociedade e alterado a forma como o
governo trabalha e se relaciona com o público.

Inovação tecnológica, dados abertos e big data: um novo momento para o exercício do controle social. In: Revista do Tribunal de Contas da União, ano 46, n.º 131, set.–dez./2014,
p. 9. Internet: <http://portal2.tcu.gov.br>(comadaptações).

Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir.

A alteração na posição do adjetivo “simples” em relação a “smartphone” — escrevendo-se smartphone simples — não prejudica a correção gramatical nem altera o
sentido do texto.

 Certo
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Questão 36: CEBRASPE (CESPE) - TJ STF/STF/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013
Assunto: Adjetivo
Texto para o item

Eu não sou capaz de me lembrar do cheiro que meu pai tinha quando eu era criança. As pessoas mudam de cheiro com a idade, assim como mudam de pele e de voz, e
quando você fala da infância, é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu pai como é hoje. Então, quando me lembro dele me trazendo um triciclo de
presente, ou mostrando como funcionava uma máquina de costura, ou pedindo que eu lesse algumas palavras escritas no jornal, ou conversando comigo sobre as coisas
que se conversam com uma criança de três anos, sete anos, treze anos, quando me lembro de tudo isso, a imagem dele é a que tenho hoje, os cabelos, o rosto, meu pai
bem mais magro e curvado e cansado do que em fotografias antigas que não vi mais que cinco vezes na vida.

Quando me lembro do meu pai me proibindo de mudar de escola, a voz que ouço dele é a de hoje, e me pergunto se algo parecido acontece com ele: se a lembrança
que ele tem de mim aos treze anos se confunde com a visão que ele tem de mim agora, depois de tudo o que ficou sabendo a meu respeito nessas quase três décadas,
um acúmulo de fatos que apagam os tropeços do caminho para chegar até aqui, e o que para mim foi um capítulo decisivo da vida, a briga que tivemos por causa da
mudança de escola, para ele pode não ter sido mais que um fato banal, uma entre tantas coisas que aconteciam em casa e no trabalho e na vida dele com a minha mãe
e as outras pessoas ao redor durante a adolescência do filho.

Michel Laub. Diário da queda. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 48-9 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o próximo item.

Seria mantida a correção gramatical do texto caso a expressão “mais que” (l.10) fosse substituída por mais do que.

 Certo
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Questão 37: CEBRASPE (CESPE) - AJ (STF)/STF/Apoio Especializado/Revisão de Textos/2013


Assunto: Adjetivo
Era uma bela manhã de agosto.

Havia três dias que meu processo tinha começado, três dias que meu nome e meu crime congregavam a cada manhã uma multidão de espectadores, que se lançavam
nos bancos da sala de audiência como corvos em torno de um cadáver, três dias em que toda essa fantasmagoria de juízes, testemunhas, advogados, procuradores do rei
passava e repassava na minha frente, ora grotesca, ora sanguinolenta, sempre sombria e fatal. Nas duas primeiras noites de inquietação e de terror, não consegui dormir;
na terceira, adormeci de enfado e cansaço. Levaram-me de volta à palha do meu calabouço, e eu caí imediatamente num sono profundo, num sono de esquecimento.
Eram as primeiras horas de descanso depois de vários dias.

Estava no mais profundo desse profundo sono quando vieram me acordar. (…)

Os dois gendarmes esperavam-me à porta da cela. Colocaram-me as algemas. Havia uma pequena tranca complicada, que eles fecharam com cuidado. Eu me deixava
levar: era uma máquina em uma máquina. (…)

Subimos uma escada em caracol; passamos por um corredor, depois um outro e mais um terceiro; em seguida, uma porta se abriu. Um ar quente, misturado com o
barulho, golpeou-me a face; era o sopro da multidão na sala do tribunal. Entrei.

Victor Hugo. O último dia de um condenado. São P a u l o : Es tação Liberdade, 2002.

No que se refere às estruturas linguísticas do texto acima e às ideias nele desenvolvidas, julgue o próximo item.

A posição do adjetivo em relação ao substantivo, em “sono profundo” e em “profundo sono”, está associada a diferentes interpretações, como ocorre com homem
grande e grande homem.

 Certo
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Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - Tec (SERPRO)/SERPRO/Enfermagem do Trabalho/2013


Assunto: Adjetivo
A escolha de um argentino para o comando da Igreja Católica reacendeu o debate a respeito da rivalidade histórica entre o Brasil e seu vizinho continental mais influente.
A agência de notícias Associated Press chegou a produzir uma reportagem, divulgada por meios de comunicação de diversas partes do mundo, afirmando que a eleição
do cardeal Jorge Bergoglio para o trono de São Pedro foi “uma adaga no coração do Brasil”, que tinha pelo menos um candidato bem cotado para o cargo. Não foi
exatamente assim. Ainda que, em um primeiro momento, possa ter havido surpresa e até uma leve frustração com a escolha do cardeal portenho, a verdade é que os
brasileiros receberam com respeito e simpatia a ascensão de um latino-americano ao cargo mais elevado da Igreja. Nesta hora, vale mais o sentimento de pertencer ao
mesmo continente do que a oposição fronteiriça.

Não poderia ser de outra forma: nossa rivalidade, que é acentuada no terreno esportivo, deve ter o limite do bom senso, da solidariedade e da colaboração mútua. Brasil
e Argentina são parceiros comerciais e sócios fundadores do MERCOSUL. Descontando-se alguns momentos de conflito, inclusive a participação em lados opostos na II
Guerra Mundial, ambos têm caminhado juntos pela história da América do Sul, no rumo da democracia, do desenvolvimento e de uma vida melhor para seus povos.

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Editorial, Zero Hora, 17/3/2013 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, relativo às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima.

A informação original do período seria alterada caso se substituísse o termo “portenho” por de Buenos Aires.

 Certo
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Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - Vest (ESCS)/ESCS/2013


Assunto: Adjetivo

        Enquanto a nutrição é uma ciência, o nutricionismo é um paradigma que classifica os alimentos de acordo com seus componentes. Para alguns, essa é uma
abordagem reducionista: a qualidade da comida é entendida apenas no nível bioquímico e, mesmo nesse nível, os nutrientes são analisados isoladamente dos alimentos.
É claro que essa especialização da ciência, que conseguiu entender a função de diversos nutrientes, trouxe muitos ganhos à humanidade. Se a abordagem nutricionista
mantém o foco no detalhe, outros tipos de análise consideram a alimentação como um todo: não só os componentes químicos, mas também o tamanho das porções, as
estratégias de marketingA e até a companhia no momento das refeições são levados em conta. Esse olhar vem, aos poucos, ganhando influência na elaboração de
políticas de saúde.

Bárbara Lopes. Comida integral. In: Vida Simples, out./2012 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta um termo do texto que tem função de adjetivo, porque qualifica um nome.

 a)  “de marketing” (l.12)


 b)  “de acordo com seus componentes” (l.2-3)
 c)  “nesse nível” (l.5)
 d)  “à humanidade” (l.8)

 e)  “no detalhe” (l.9)

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Questão 40: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2013


Assunto: Adjetivo

Queixa-se o poeta em que o mundo vay errado, e querendo emendâlo o que tem por empreza difficultosa.

Carregado de mim ando no mundo,


E o grande peso embarga-me as passadas,
Que como ando por vias desusadas,
Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo


Caminho, onde dos mais vejo as pisadas,
Que as bestas andam juntas mais ornadas,
Do que anda só o engenho mais profundo.

Não é fácil viver entre os insanos,


Erra quem presumir que sabe tudo,
Se o atalho não soube dos seus danos.

O prudente varão há de ser mudo,


Que é melhor neste mundo mar de enganos
Ser louco cos demais, que ser sisudo

Gregório de Matos. Crônica do viver baiano seiscentista – obra poética completa – códice James Amado. 4.ª ed. Rio de Janeiro: Record, V. 1 1999, p. 347.

Considerando o texto acima, de Gregório de Matos, julgue o item.

Na oração “que ser sisudo” (v.14), observa-se elipse da forma comparativa sintética do adjetivo bom, a qual está expressa no verso anterior.

 Certo
 Errado
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Questão 41: CEBRASPE (CESPE) - AL (CAM DEP)/CAM DEP/Técnica Legislativa/2012
Assunto: Adjetivo

Em 1819, o poeta John Keats, um expoente do movimento romântico, escreveu: “a verdade é bela e a beleza, verdade. Isso é tudo o que precisas saber em vida; tudo o
que precisas saber”. (Perdoem-me pela tradução amadora.)

Aqui, podemos perguntar: qual a relação da matemática com a beleza? Matemáticos e físicos atribuem beleza a teoremas e teorias, criando uma estética da “verdade”.
Os mais belos são aqueles que explicam muito com pouco.

Quando possível, os teoremas e teorias mais belos são também os mais simples: dadas duas ou mais explicações para o mesmo fenômeno, vence a mais simples. Esse
critério é conhecido como a lâmina de Ockham, atribuído a William de  Ockham, um teólogo inglês do século XIV.

Para os que creem na matemática como linguagem universal, essa estética leva à existência de uma única verdade, o que parece guardar relação com o monoteísmo
judaico-cristão nas ciências. Melhor é defender a matemática como nossa invenção. Criamos uma linguagem para descrever o mundo, que não podemos deixar de achar
bela.

Marcelo Gleiser. Folha de S.Paulo (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item que se segue.

No trecho “monoteísmo judaico-cristão nas ciências”, o adjetivo é grafado na sua forma mais conhecida, embora também estejam corretas as formas judaicocristão e
judaico cristão.

 Certo
 Errado
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Questão 42: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2012


Assunto: Adjetivo
Quando ficou claro que a designação de Homo sapiens não era tão adequada à nossa espécie como se havia acreditado — porque, afinal, não somos tão razoáveis como
se acreditava no século XVIII, em seu otimismo ingênuo —, acrescentaram-lhe a de Homo faber (homem que fabrica). Entretanto, a expressão Homo ludens (homem que
joga) evoca uma função tão essencial quanto a de fabricar e merece, portanto, ocupar seu lugar junto à de Homo faber.

Johan Huizinga. Homo ludens. Madri: Alianza, 2001, p. 7 (com adaptações).

Tendo como referência essas informações e aspectos a elas relacionados, julgue o item.

Nos trechos “não era tão adequada à nossa espécie como” e “não somos tão razoáveis como”, o emprego de adjetivos em estruturas comparativas atenua o valor das
propriedades negativas atribuídas à humanidade.

 Certo
 Errado
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Questão 43: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2012


Assunto: Adjetivo
Texto para o item.

A crise da Europa é hoje o maior risco para a economia mundial, disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos da América, referindo-se à tensão entre os bancos e
os governos endividados. Disse, ainda, que a China e outros países emergentes com superávit nas contas têm espaço bastante para estimular o consumo interno,
aumentar as  importações e compensar a fraca demanda nas economias desenvolvidas. Para isso, os governos desses países deveriam deixar suas moedas valorizar-se.
Em outras palavras, o câmbio subvalorizado da China resulta em valorização real das moedas de outros países emergentes, torna seus produtos mais caros e diminui seu
poder de competição no comércio internacional.

Rolf Kuntz. O Estado de S.Paulo, 25/9/2011.

Com referência às ideias do texto acima, aos temas a ele associados e às estruturas nele empregadas, julgue o item.

No que se refere a aspectos semânticos e morfossintáticos, “bastante” equivale ao adjetivo suficiente e concorda com o substantivo que o antecede, ainda que apenas em
número.

 Certo
 Errado
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Questão 44: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2012


Assunto: Adjetivo

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Trecho 1: Nhenhem? Eu cacei onça, demais. (...) Eu não mato mais onça, mato não. Onça meu parente.

Trecho 2: Eu sou onça... Eu-onça! (...) Mecê acha que eu pareço onça? Mas tem horas em que eu pareço mais.

Trecho 3: Hum, nhem? Cê fala que eu matei? Eu sou onça. Jaguaretê tio meu, irmão de minha mãe, tutira... Meus parentes! Meus parentes!

Trecho 4: De repente, eh, eu oncei... Iá. (...) Levei pra o Papa — Gente. Papa gente, onça chefe, onço comeu jababora Gugué.

Trecho 5: Mecê tá ouvindo, nhem? Tá aperceiando... Eu sou onça, não falei? Axi. Não falei — eu viro onça? Onça grande, tubixaba.

Trecho 6: Mecê brinca não, vira esse revólver pra lá. (...) Ói: cê quer me matar, ui?

João Guimarães Rosa. Meu tio, o Iauaretê. In: Ficção completa.


V. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p. 825-52.

Com base nos trechos apresentados acima, julgue o item a seguir.

O trecho “Jaguaretê tio meu, irmão de minha mãe” (trecho 3) mostra que o pronome possessivo, em função adjetiva, comporta-se, no português, como o adjetivo, que
pode estar antes ou depois do substantivo, sem que haja alteração de sentido, como em um simples homem / um homem simples.

 Certo
 Errado
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Questão 45: CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2012


Assunto: Adjetivo
Texto

Iracema

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.

O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.

Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu,
mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia
silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto.

Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva.

Enquanto repousa, empluma das penas do guará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste.

A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha
matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.

Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.

Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o
mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.

Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.

De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e
amor. Sofreu mais d’alma que da ferida.

O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém, a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.

A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido,
guardando consigo a ponta farpada.

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O guerreiro falou:

— Quebras comigo a flecha da paz?

— Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu?

— Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.

— Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.

José de Alencar. Iracema. São Paulo: Ed. Ática, 1991, p. 23.

Considerando o trecho acima, da obra Iracema, de José de Alencar, julgue o item a seguir.

No período “Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta.”, a dúvida acerca da identidade do jovem
que contempla Iracema encontra-se justificada, no trecho, por meio do adjetivo “estranho”.

 Certo
 Errado
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Questão 46: CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2011


Assunto: Adjetivo
Texto para a questão.

Poucos depoimentos eu tenho lido mais emocionantes que o artigo-reportagem de Oscar Niemeyer sobre sua experiência em Brasília. Para quem conhece apenas o
arquiteto, o artigo poderá passar por uma defesa em causa própria — o revide normal de um pai que sai de sua mansidão costumeira para ir brigar por um filho em quem
querem bater. Mas, para quem conhece o homem, o artigo assume proporções dramáticas. Pois Oscar é não só o avesso do causídico, como um dos seres mais
antiautopromocionais que já conheci em minha vida.

Sua modéstia não é, como de comum, uma forma infame de vaidade. Ela não tem nada a ver com o conhecimento realista — que Oscar tem — de seu valor profissional e
de suas possibilidades. É a modéstia dos criadores verdadeiramente integrados com a vida, dos que sabem que não há tempo a perder, é preciso construir a beleza e a
felicidade no mundo, por isso mesmo que, no indivíduo, é tudo tão frágil e precário.

Oscar não acredita em Papai do Céu, nem que estará um dia construindo brasílias angélicas nas verdes pastagens do Paraíso. Põe ele, como um verdadeiro homem, a
felicidade do seu semelhante no aproveitamento das pastagens verdes da Terra; no exemplo do trabalho para o bem comum e na criação de condições urbanas e rurais,
em estreita intercorrência, que estimulem e desenvolvam este nobre fim: fazer o homem feliz dentro do curto prazo que lhe foi dado para viver.

Eu acredito também nisso, e quando vejo aquilo em que creio refletido num depoimento como o de Oscar Niemeyer, velho e querido amigo, como não me emocionar?
 

Vinicius de Moraes. Para viver um grande amor. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1982, p. 134-5 (com adaptações).

Julgue (C ou E) o item a seguir, relativo às estruturas linguísticas do texto.

O emprego de adjetivos no grau superlativo absoluto, como “mais emocionantes”, “mais antiautopromocionais”, “tão frágil e precário”, produz o efeito de exaltação da
superioridade dos atributos técnico e criativo de Oscar Niemeyer em relação a outros brasileiros notáveis.

 Certo
 Errado
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Questão 47: CEBRASPE (CESPE) - Ass (CNPq)/CNPq/2011


Assunto: Adjetivo
Cada vez mais, ciência e tecnologia são componentes básicos do planejamento nacional na busca de desenvolvimento econômico, diminuição das desigualdades sociais e
preservação do meio ambiente. As metas do desenvolvimento científico não mais se limitam à acumulação, na academia de conhecimento sobre as leis da natureza ou à
busca de soluções para problemas específicos; elas se caracterizam como formação e uso do conhecimento como nova forma de capital para que cada nação possa
manter sua autonomia e sua competitividade no equilíbrio entre seus pares. As soluções para os problemas de emprego, educação, habitação, saúde, saneamento,
crescimento demográfico, migrações estão, em grande parte, vinculadas a inovações em produtos e serviços, por sua vez, dependentes de pesquisa.

Acresce que a moderna sociedade do conhecimento é cada vez mais dinâmica, mudando com grande rapidez as suas linhas de desenvolvimento, baseadas em uma
atividade científica que produz cinco mil novas publicações por dia, o que gera um conhecimento que se renova a cada cinco ou seis anos e está disponível de imediato
nos novos meios de comunicação. O número de trabalhadores na área científica vem aumentando com tal rapidez que estão, atualmente, em atividade 90% de todos os
que, até hoje, se dedicaram à ciência. A formação e a atualização de um sistema nacional de ciência e tecnologia deixaram de ser o esforço episódico de há 50 anos para
se converter em necessidade contínua e crescente em que produção, transferência e utilização do conhecimento formam o carro-chefe do desenvolvimento econômico e
social.

Alberto Carvalho da Silva. Descentralização em política de ciência e

tecnologia. In: Estudos Avançados, vol. 14, n.º 39, p. 61, 2000 (com adaptações).

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Julgue o item a seguir, com relação às estruturas linguísticas do texto.

Os adjetivos “episódico” e “contínua” veiculam ideias opostas acerca da formação e atualização de um sistema nacional de ciência e tecnologia.

 Certo
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Questão 48: CEBRASPE (CESPE) - Per Of Crim (PC ES)/PC ES/"Antiga Carreira"/Papiloscópico/2011


Assunto: Adjetivo
Eu não gosto de ninguém, ele quase respondeu, refreando-se a tempo; faz sentido, ele mesmo concluía — é o pior momento da minha vida, sem a mulher, sem o filho,
sem dinheiro, e desgraçadamente sem literatura. Uma letra de tango. Ou “um maneirista da própria sombra”, como escreveu Eusébio de Mattos no Suplemento de Arte,
demolindo-o até a última linha com o sadismo certeiro dos grandes críticos. Para um país sem crítica, aquele texto chegava a ser uma boa surpresa, ainda que deixasse
entrever mais o prazer do ataque que o lamento sincero de um estudioso honesto, o tsc tsc tsc diante de um escritor que nunca “chegou lá” na corrida de cavalos
letrados do panorama nacional — e Donetti sentiu a respiração opressa pelo rancor. O célebre homem brasileiro cordial é cordial não porque seja polido, o que ele nunca
foi, mas porque nada nunca passa pelo cérebro antes de chegar à vida — é só um coração batendo forte no meio da rua, que é o seu lugar.

Cristovão Tezza. Um erro emocional. Rio de Janeiro: Record, 2010, p. 91 (com adaptações).

Em relação às ideias e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue o item a seguir.

Se, em vez do adjetivo “célebre”, o autor tivesse optado pela sua forma superlativa, teria de acrescentar-lhe o sufixo -érrimo, da seguinte forma: celebérrimo.

 Certo
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Questão 49: CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011


Assunto: Adjetivo
Nicolau meteu-se na política. Em 1823, vamos achá-lo na Constituinte. Não há que dizer ao modo por que ele cumpriu os deveres do cargo. Íntegro, desinteressado,
patriota, não exercia de graça essas virtudes públicas, mas à custa de muita tempestade moral. Pode-se dizer, metaforicamente, que a frequência da câmara custava-lhe
sangue precioso. Não era só porque os debates lhe pareciam insuportáveis, mas também porque lhe era difícil encarar certos homens, especialmente em certos dias.
Montezuma, por exemplo, parecia-lhe balofo, Vergueiro, maçudo, os Andradas, execráveis. Cada discurso, não só dos principais oradores, mas dos secundários, era parao
Nicolau verdadeiro suplício. E, não obstante, firme, pontual. Nunca a votação o achou ausente; nunca o nome dele soou sem eco pela augusta sala. Qualquer que fosse
o seu desespero, sabia conter-se e pôr a ideia da pátria acima do alívio próprio. Talvez aplaudisse in petto o decreto de dissolução. Não afirmo; mas há bons fundamentos
para crer que o Nicolau, apesar das mostras exteriores, gostou de ver dissolvida a assembleia. E se essa conjetura é verdadeira, não menos o será esta outra: que a
deportação de alguns dos chefes constituintes, declarados inimigos públicos, veio aguar-lhe aquele prazer. Nicolau, que padecera com os discursos deles, não menos
padeceu com o exílio, posto lhes desse um certo relevo. Se ele também fosse exilado!

Machado de Assis. Verba testamentária. In:


J. Gledson. 50 contos de Machado de Assis. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 168 (com adaptações).

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.


 
O adjetivo “augusta” é empregado no sentido de vil, evidenciando a ironia típica dos textos de Machado de Assis.

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Questão 50: CEBRASPE (CESPE) - ATA (MS)/MS/PGPE 1/2010


Assunto: Adjetivo
Como discurso que implementa e constrói significados para as diferenças sexuais, por meio de processos de diferenciação conflituosos e hierarquizados, gênero é a
instância onde e por meio da qual os seres humanos aprendem a se converter em e a se reconhecer como homens e mulheres, nos diferentes contextos históricos,
culturais e sociais. Porque referida a um corpo físico, portanto natural, a diferença sexual assume um estatuto de fixidez e universalidade, que oculta as clivagens,
reagrupamentos e ressignificações produzidas na dinâmica de relações de poder e resistência, específicas e particulares, que constroem e reconstroem o sujeito sexuado.
Isso quer dizer que a diferença biológica não se inscreve em apenas um significado natural ou social que lhe é inerente. Ao contrário, seus significados são construídos e
reconstruídos no entrecruzamento de uma gama de discursos, tais como os da Medicina, da Biologia, da Psicanálise, da Educação, das Ciências Sociais, da Política e da
Religião, entre outros.

Dagmar E. Meyer. Do poder ao gênero: uma articulação teórico-

analítica. In: Gênero e Saúde, Marta Lopes et al. (Orgs.). Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p. 48 (com adaptações).

A respeito das ideias expressas no texto acima e de suas estruturas linguísticas, julgue o item a seguir.

No trecho “referida a um corpo físico, portanto natural”, os adjetivos “físico” e “natural” mantêm entre si uma relação de adição, o que se pode verificar pelo uso da
conjunção “portanto”.

 Certo
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Questão 51: CEBRASPE (CESPE) - PEBTT (IFB)/IFB/Dança Clássica/2010


Assunto: Adjetivo
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Se, na experiência de minha formação, que deve ser permanente, começo por aceitar que o formador é o sujeito em relação a quem me considero o objeto, que ele é o
sujeito que me forma e eu, o objeto por ele formado, me considero como um paciente que recebe os conhecimentos-conteúdos-acumulados pelo sujeito que sabe e que
são a mim transferidos Nessa forma de compreender e de viver o processo formador, eu, objeto, agora, terei a possibilidade, amanhã, de me tornar o falso sujeito da
“formação” do futuro objeto de meu ato formador. É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes
entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir conhecimentos,
conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se
explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende
ensina ao aprender.

Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 22-3 (com adaptações).

Julgue o item a seguir, relativo aos elementos linguísticos apresentados no texto.

O adjetivo “diferentes” está no plural porque se refere, antecipadamente, a estes dois conceitos: “quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se
e forma ao ser formado”.

 Certo
 Errado
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/37597637/imprimir 24/25
13/02/2023 21:42 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Gabarito
1) Certo 2) Certo 3) Errado 4) Errado 5) Certo 6) Certo 7) Certo
8) Certo 9) Certo 10) Errado 11) Certo 12) Errado 13) Errado 14) Errado
15) Anulada 16) Certo 17) Errado 18) Certo 19) Errado 20) Errado 21) Errado
22) Certo 23) Certo 24) B 25) Certo 26) Certo 27) C 28) C
29) Errado 30) Errado 31) Errado 32) Certo 33) Certo 34) Errado 35) Errado
36) Certo 37) Errado 38) Errado 39) A 40) Errado 41) Errado 42) Errado
43) Certo 44) Errado 45) Certo 46) Errado 47) Certo 48) Certo 49) Errado
50) Errado 51) Certo

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