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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Classe de Palavras (Verbos)- CESPE ( https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2XlpO )


Ordenação: Por Matéria

Português

Questão 1: CEBRASPE (CESPE) - ADP (DPE RO)/DPE RO/Administração/2022


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CG1A1-I

O terror torna-se total quando independe de toda oposição; reina supremo quando ninguém mais lhe barra o caminho. Se a legalidade é a essência do governo não
tirânico e a ilegalidade é a essência da tirania, então o terror é a essência do domínio totalitário. O terror é a realização da lei do movimento.

O seu principal objetivo é tornar possível, à força da natureza ou da história, propagar-se livremente por toda a humanidade, sem o estorvo de qualquer ação humana
espontânea. Como tal, o terror procura “estabilizar” os homens, a fim de liberar as forças da natureza ou da história. Esse movimento seleciona os inimigos da
humanidade contra os quais se desencadeia o terror, e não pode permitir que qualquer ação livre, de oposição ou de simpatia, interfira com a eliminação do “inimigo
objetivo” da história ou da natureza, da classe ou da raça. Culpa e inocência viram conceitos vazios; “culpado” é quem estorva o caminho do processo natural ou
histórico que já emitiu julgamento quanto às “raças inferiores”, quanto a quem é “indigno de viver”, quanto a “classes agonizantes e povos decadentes”. O terror manda
cumprir esses julgamentos, mas no seu tribunal todos os interessados são subjetivamente inocentes: os assassinados porque nada fizeram contra o regime, e os
assassinos porque realmente não assassinaram, mas executaram uma sentença de morte pronunciada por um tribunal superior. Os próprios governantes não afirmam
serem justos ou sábios, mas apenas executores de leis, teóricas ou naturais; não aplicam leis, mas executam um movimento segundo a sua lei inerente.

No governo constitucional, as leis positivas destinam-se a erigir fronteiras e a estabelecer canais de comunicação entre os homens, cuja comunidade é continuamente
posta em perigo pelos novos homens que nela nascem. A estabilidade das leis corresponde ao constante movimento de todas as coisas humanas, um movimento que
jamais pode cessar enquanto os homens nasçam e morram. As leis circunscrevem cada novo começo e, ao mesmo tempo, asseguram a sua liberdade de movimento, a
potencialidade de algo inteiramente novo e imprevisível; os limites das leis positivas são para a existência política do homem o que a memória é para a sua existência
histórica: garantem a preexistência de um mundo comum, a realidade de certa continuidade que transcende a duração individual de cada geração, absorve todas as
novas origens e delas se alimenta.

Confundir o terror total com um sintoma de governo tirânico é tão fácil, porque o governo totalitário tem de conduzir-se como uma tirania e põe abaixo as fronteiras da
lei feita pelos homens. Mas o terror total não deixa atrás de si nenhuma ilegalidade arbitrária, e a sua fúria não visa ao benefício do poder despótico de um homem
contra todos, muito menos a uma guerra de todos contra todos. Em lugar das fronteiras e dos canais de comunicação entre os homens individuais, constrói um cinturão
de ferro que os cinge de tal forma que é como se a sua pluralidade se dissolvesse em Um-Só-Homem de dimensões gigantescas. Abolir as cercas da lei entre os homens
— como o faz a tirania — significa tirar dos homens os seus direitos e destruir a liberdade como realidade política viva, pois o espaço entre os homens, delimitado pelas
leis, é o espaço vital da liberdade.

Hannah Arendt. Origens do totalitarismo. Internet:<www.dhnet.org.br> (com adaptações).

No parágrafo do texto CG1A1-I, o verbo “erigir” tem o mesmo sentido de

 a)  manter.
 b)  derrubar.
 c)  alargar.
 d)  construir.

 e)  reduzir.

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Questão 2: CEBRASPE (CESPE) - Dati Pol (PC RO)/PC RO/2022


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CG1A1-III

Criminalística - ramo da ciência penal que estuda, investiga, descobre, comprova a existência de criminosos, usando em seus trabalhos subsídios de antropologia,
psicologia, medicina legal, psiquiatria, dactiloscopia, detector de mentiras etc. Entre suas atribuições, estão o levantamento do local do crime, a colheita de provas e as
perícias. Também denominada jurisprudência criminal ou polícia científica.

Criminologia - estuda o crime como fenômeno social, as suas causas e os meios de evitá-lo; classifica as figuras delituosas, trata, em particular, do criminoso, investiga
causas, fatores individuais, influências determinantes de sua ação perniciosa, e indica medidas para reprimir-lhe as tendências criminógenas. Funda-sec nosb princípios
dominantesd da biologia, endocrinologia, psicologia e sociologia criminaise, assim como na medicina legal e na psiquiatria.a

Deocleciano Torrieri Guimarães. Dicionário técnico jurídico. São Paulo: Riddel, 2011, p. 249-250 (com adaptações).

Estariam mantidos os sentidos e a correção gramatical do último período do texto referente ao verbete “Criminologia”, no texto CG1A1-III, caso se substituísse

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 a) o segmento “assim como na Medicina Legal e na Psiquiatria” por tanto quanto o da Medicina Legal e da Psiquiatria.
 b) o segmento “Funda-se nos” por Embasa os.
 c) a forma verbal “Funda-se” por Está fundamentada.
 d) o segmento “princípios dominantes” por dogmatismos determinantes.

 e) o vocábulo “criminais” por delusas.

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Questão 3: CEBRASPE (CESPE) - Of (CBM RO)/CBM RO/Engenheiro Civil/Complementar/2022


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 2A01

Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma esquina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o
passo a descobrir o que era.

Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polícia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.

B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal foi o grito de angústia e terror saído da boca de um homem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua
em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.

A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a morte pela queda. A alma generosa do oficial não se conteve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.

Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo andar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele
pôde ver o busto da mulher...

– A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e provavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de
costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse, era um manequim.

A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o
corredor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua, uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e quebrou-lhe a perna...

Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui, no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conheceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu
dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da perna quebrada, e do desejo de salvar ninguém.

Machado de Assis. Um incêndio. In: Obra completa de Machado de Assis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Internet: <https://www.machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações).

Os verbos empregados no primeiro período do texto 2A01 expressam

 a) continuidade de ações não limitadas no tempo.


 b) ideias invariáveis de tempo.
 c) variações do tempo pretérito.
 d) ações finalizadas em um mesmo momento.

 e) ações momentâneas determinadas no tempo.

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Questão 4: CEBRASPE (CESPE) - Ag Pol (PC RO)/PC RO/2022


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

Texto CG1A1-I

No meio científico, a imaginação é conhecida como especulação e tratada com certa desconfiança –— nas publicações, costuma ser acompanhada de uma advertência
obrigatória. Parte da redação de uma pesquisa consiste em limpála de voos fantasiosos, de conversa fiada e dos milhares de tentativas e erros que dão origem até
mesmo às menores descobertas. Nem todo mundo que lê um estudo quer atravessar muito espalhafato. Ainda, os cientistas precisam parecer confiáveis. Entre
sorrateiramente nos bastidores da ciência e talvez você não encontre as pessoas em sua melhor aparência. Mesmo nos bastidores, nas reflexões noturnas que
compartilhei com colegas, era incomum entrar em detalhes de como havíamos imaginado –— de modo acidental ou deliberado –— os organismos que estudamos,
fossem eles peixes, bromélias, cipós, fungos ou bactérias. Havia algo embaraçoso em admitir que o emaranhado de nossas conjecturas, fantasias e metáforas sem
fundamento pudesse ter ajudado a moldar a nossa pesquisa. Apesar disso, a imaginação faz parte da atividade cotidiana da pesquisa. A ciência não é um exercício de
racionalidade a sangue-frio. Os cientistas são – e sempre foram – emocionais, criativos, intuitivos, seres humanos inteiros, lançando perguntas sobre um mundo que não
foi feito para ser catalogado e sistematizado. Sempre que eu perguntava o que esses fungos faziam e elaborava estudos para tentar entender seu comportamento,
precisava imaginá-los.

Merlin Sheldrake. A trama da vida. Como os fungos constroem o mundo.

São Paulo: Fósforo/Ubu Editora, 2021, p. 29 (com adaptações

Assinale a opção em que as duas formas verbais destacadas do texto CG1A1-I estão conjugadas no mesmo tempo e modo.

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 a) “quer” (terceiro período) e “parecer” (quarto período)
 b) “Entre” (quinto período) e “encontre” (quinto período)
 c) “precisam” (quarto período) e “foram” (penúltimo período)
 d) “compartilhei” (sexto período) e “foi” (penúltimo período)

 e) “havíamos imaginado” (sexto período) e “ter ajudado” (sétimo período)

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Questão 5: CEBRASPE (CESPE) - Med (Pref Maringá)/Pref Maringá/PSF/2022


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CG1A1

Por muitos séculos, pessoas surdas ao redor do mundo eram consideradas incapazes de aprender simplesmente por possuírem uma deficiência. No Brasil, infelizmente,
isso não era diferente. Essa visão capacitista só começou a mudar a partir do século XVI, com transformações que ocorreram, num primeiro momento, na Europa,
quando educadores, por conta própria, começaram a se preocupar com esse grupo.

Um dos educadores mais marcantes na luta pela educação dos surdos foi Ernest Huet, ou Eduard Huet, como também era conhecido. Huet, acometido por uma doença,
perdeu a audição ainda aos 12 anos; contudo, como era membro de uma família nobre da França, teve, desde cedo, acesso à melhor educação possível de sua época e,
assim, aprendeu a língua de sinais francesa no Instituto Nacional de Surdos-Mudos de Paris. No Brasil, tomando-se como inspiração a iniciativa de Huet, fundouse, em
26 de setembro de 1856, o Imperial Instituto de Surdos- Mudos, instituição de caráter privado. No seu percurso, o instituto recebeu diversos nomes, mas a mudança
mais significativa se deu em 1957, quando foi denominado Instituto Nacional de Educação dos Surdos – INES, que está em funcionamento até hoje! Essa mudança
refletia o princípio de modernização da década de 1950, pelo qual se guiava o instituto, com suas discussões sobre educação de surdos.

Dessa forma, Huet e a língua de sinais francesa tiveramb grande influência na língua brasileira de sinais, a Libras,e que foi ganhando espaço aos poucos e logo passou a
ser utilizada pelos surdos brasileiros. Contudo, nesse mesmo período, muitos educadores ainda defendiam a ideia de que a melhor maneira de ensinar era pelo método
oralizado, ou seja, pessoas surdas seriam educadas por meio de línguas orais. Nesse caso, a comunicação acontecia nas modalidades de escrita, leitura, leitura labial e
também oral. No Congresso de Milão, em 11 de setembro de 1880, muitos educadores votaram pela proibição da utilização da língua de sinais por não acreditaremd na
efetividade desse método na educação das pessoas surdas.

Essa decisão prejudicou consideravelmente o ensino da Língua Brasileira de Sinais, mas,a mesmo diante dessa proibição, a Libras continuouc sendo utilizada devido à
persistência dos surdos. Posteriormente, buscou-se a legitimidade da Língua Brasileira de Sinais, e os surdos continuaram lutando pelo seu reconhecimento e
regulamentação por meio de um projeto de lei escrito em 1993. Porém, apenas em 2002, foi aprovada a Lei 10.436/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais
(Libras) como meio legal de comunicação e expressão no país.

Internet: <www.ufmg.br> (com adaptações).

Assinale a opção correta a respeito do emprego das formas verbais e dos sinais de pontuação no texto CG1A1.

 a) A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas, caso a vírgula empregada logo após o vocábulo "mas" (primeiro período do quarto parágrafo)
fosse eliminada.
 b) A forma verbal “tiveram” (primeiro período do terceiro parágrafo) poderia ser substituída por “obtiveram” sem prejuízo aos sentidos e à correção gramatical do
texto.
  c)  A forma verbal “continuou” (primeiro período do quarto parágrafo) está flexionada no singular para concordar com o artigo definido "a", mas poderia ser
substituída, sem prejuízo à correção gramatical, pela forma verbal "continuaram", que estabeleceria concordância com o termo "Libras".
 d) A forma verbal "acreditarem" (quarto período do terceiro parágrafo) concorda com "educadores" e por isso está flexionada no plural.

 e) No primeiro período do terceiro parágrafo do texto, é facultativo o emprego da vírgula imediatamente após “Libras”.

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Questão 6: CEBRASPE (CESPE) - Ag PM (IBGE)/IBGE/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 1A1-I

      Estou escrevendo um livro sobre a guerra...

     Eu, que nunca gostei de ler livros de guerra, ainda que, durante minha infância e juventude, essa fosse a leitura preferida de todo mundo. De todo mundo da minha
idade. E isso não surpreende — éramos filhos da Vitória. Filhos dos vencedores.

        Em nossa família, meu avô, pai da minha mãe, morreu no front; minha avó, mãe do meu pai, morreu de tifo; de seus três filhos, dois serviram no Exército e
desapareceram nos primeiros meses da guerra, só um voltou. Meu pai.

     Não sabíamos como era o mundo sem guerra, o mundo da guerra era o único que conhecíamos, e as pessoas da guerra eram as únicas que conhecíamos. Até agora
não conheço outro mundo, outras pessoas. Por acaso existiram em algum momento?

     A vila de minha infância depois da guerra era feminina. Das mulheres. Não me lembro de vozes masculinas. Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as
mulheres. Choram. Cantam enquanto choram.

     Na biblioteca da escola, metade dos livros era sobre a guerra. Tanto na biblioteca rural quanto na do distrito, onde meu pai sempre ia pegar livros. Agora, tenho uma
resposta, um porquê. Como ia ser por acaso? Estávamos o tempo todo em guerra ou nos preparando para ela. E rememorando como combatíamos. Nunca tínhamos
vivido de outra forma, talvez nem saibamos como fazer isso. Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar um tempo aprendendo.

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     Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía. Desse desconhecimento da vida surgiu uma coragem. Agora penso: se eu fosse uma
pessoa mais ligada à realidade, teria sido capaz de me lançar nesse abismo? De onde veio tudo isso: do desconhecimento? Ou foi uma intuição do caminho? Pois a
intuição do caminho existe...

     Passei muito tempo procurando... Com que palavras seria possível transmitir o que escuto? Procurava um gênero que respondesse à forma como vejo o mundo, como
se estruturam meus olhos, meus ouvidos.

     Uma vez, veio parar em minhas mãos o livro Eu venho de uma vila em chamas. Tinha uma forma incomum: um romance constituído a partir de vozes da própria
vida, do que eu escutara na infância, do que agora se escuta na rua, em casa, no café. É isso! O círculo se fechou. Achei o que estava procurando. O que estava
pressentindo.

Svetlana Aleksiévitch. A guerra não tem rosto de mulher. Companhia das Letras, 2016, p. 9-11 (com adaptações).

Assinale a opção que contém um trecho do texto 1A1-I em que as formas verbais foram empregadas no mesmo tempo verbal.

 a) “Nunca tínhamos vivido de outra forma, talvez nem saibamos como fazer isso”
 b) “Não imaginamos outro modo de viver, teremos que passar um tempo aprendendo”
 c) “Por muito tempo fui uma pessoa dos livros: a realidade me assustava e atraía”
 d) “de seus três filhos, dois serviram no Exército e desapareceram nos primeiros meses da guerra”

 e) “Tanto que isso ficou comigo: quem conta a guerra são as mulheres”

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Questão 7: CEBRASPE (CESPE) - Sold (PM TO)/PM TO/QPE/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
        Apenas dez anos atrás, ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente nos quais cidadãos demonstravam respeito pela
comunidade ao poupá-la das suas intimidades banais. Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no
celular. Telefones móveis ainda eram usados como sinal de ostentação ou para macaquear gente afluente. Afinal, a Nova York do final dos anos 90 do século passado
testemunhava a transição inconsútil da cultura da nicotina para a cultura do celular. Num dia, o volume no bolso da camisa era o maço de cigarros; no dia seguinte, era
um celular. Num dia, a garota bonitinha, vulnerável e desacompanhada ocupava as mãos, a boca e a atenção com um cigarro; no dia seguinte, ela as ocupava com uma
conversa importante com uma pessoa que não era você. Num dia, viajantes acendiam o isqueiro assim que saíam do avião; no dia seguinte, eles logo acionavam o
celular. O custo de um maço de cigarros por dia se transformou em contas mensais de centenas de dólares na operadora. A poluição atmosférica se transformou em
poluição sonora. Embora o motivo da irritação tivesse mudado de uma hora para outra, o sofrimento da maioria contida, provocado por uma minoria compulsiva em
restaurantes, aeroportos e outros espaços públicos, continuou estranhamente constante. Em 1998, não muito tempo depois que deixei de fumar, observava, sentado no
metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas. Ou apenas os segurando como se fossem a mão de uma mãe, e eu
quase sentia pena delas. Para mim, era difícil prever até onde chegaria essa tendência: Nova York queria verdadeiramente se tornar uma cidade de viciados em celulares
deslizando pelas calçadas sob desagradáveis nuvenzinhas de vida privada, ou de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole
em público?

Jonathan Franzen. Como ficar sozinho. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 17-18 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta um trecho do texto 1A1-I em que o autor emprega um verbo no presente do indicativo em referência a um hábito atual da sociedade.

 a)  “ainda havia em Nova York (onde moro) muitos espaços públicos mantidos coletivamente”
 b)  “Há dez anos, o mundo não havia sido totalmente conquistado por essas pessoas que não param de tagarelar no celular”
 c)  “A poluição atmosférica se transformou em poluição sonora”
 d)  “observava, sentado no metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares”

 e)  “de alguma maneira iria prevalecer a noção de que deveria haver um pouco de autocontrole em público?”

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Questão 8: CEBRASPE (CESPE) - Ana (APEX)/ApexBrasil/Processos Jurídicos/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CB1A1-I

Durante um seminário sobre a antropologia do dinheiro ministrado na Escola de Economia e Ciência Política de Londres, Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a
que alguns pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-adquirida. A renda desses pescadores, antes muito baixa, deu um
grande salto desde que o gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condições, os mercados distantes da costa, onde atingiram
preços altos. No entanto, as aldeias de pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade, estradas nem água encanada. Apesar
desses desincentivos aparentes, os pescadores mais ricos gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão inutilizáveis, na construção de
garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e na instalação de caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre por uma
imitação entusiasmada da alta classe média das zonas urbanas do Sri Lanka.

É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso
próprio consumo tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem não ter função em seu meio, não conseguimos entender por que
eles deveriam desejá-los. Por outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem, como fazem os Ibans, seriam considerados
sensatos, senão encantados, tal como os temas antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de comportamento ― ou seja, busca de
status, competição entre vizinhos, e assim por diante. Mas penso que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural nessas atrevidas
incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de transcender o aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem mais
parecidos com obras de arte, carregados de expressão pessoal.

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Alfred Gell. Recém-chegados ao mundo dos bens: o consumo entre os Gonde Muria. In: Arjun Appadurai (org). A vida social das coisas: mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2008,
p. 147-48 (com adaptações).

No trecho “se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa” (segundo parágrafo), do texto CB1A1-I, o modo da forma verbal “colecionassem” indica uma

 a)  hipótese.
 b) avaliação.
 c) vontade.
 d) ordem.

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Questão 9: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEED PR)/SEED PR/Língua Portuguesa/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 5A2-II

Quino. Mafalda.

No texto 5A2-II, a forma verbal “seja” está no modo subjuntivo e foi empregada em uma oração que expressa

 a) desejo.
 b) dúvida.
 c) condição.
 d) surpresa.

 e) concessão.

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Questão 10: CEBRASPE (CESPE) - AFTE (SEFAZ RR)/SEFAZ RR/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

Texto CG1A1-I

Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos.
Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá
de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calo -se.
Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os
vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês.

“Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque
a Justiça está morta”.

Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha
começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado,
a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a
repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à
triste vida de todos os dias.

Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia
de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está
matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça
todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a
que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça
pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão
indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os

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determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como
um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet: <dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Mantendo-se os sentidos do parágrafo do texto CG1A1-I, a expressão “havia sido” poderia ser substituída por

 a)  fosse.
 b) tinha sido.
 c) tivesse sido.
 d) foi.

 e)  houvesse sido.

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Questão 11: CEBRASPE (CESPE) - AFTE (SEFAZ RR)/SEFAZ RR/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

Texto CG1A1-I

Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos.
Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá
de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calo -se.
Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os
vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês.

“Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque
a Justiça está morta”.

Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha
começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado,
a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a
repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à
triste vida de todos os dias.

Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia
de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está
matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça
todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a
que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça
pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão
indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os
determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como
um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet: <dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

Infere-se do texto CG1A1-I que, no trecho ‘Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque a Justiça está morta’, está implícita após
‘gente’ a forma verbal

 a)  morreu.
 b) tocou.
 c) respondeu.
 d) apareceu.

 e)  pediu.

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Questão 12: CEBRASPE (CESPE) - AFTE (SEFAZ RR)/SEFAZ RR/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

Texto CG1A1-I

Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um fato notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos.
Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá
de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos quando se ouviu soar o sino da igreja. O sino ainda tocou por alguns minutos mais, finalmente calo -se.
Instantes depois a porta abria-se e um camponês aparecia no limiar. Ora, não sendo este o homem encarregado de tocar habitualmente o sino, compreende-se que os
vizinhos lhe tenham perguntado onde se encontrava o sineiro e quem era o morto. “O sineiro não está aqui, eu é que toquei o sino”, foi a resposta do camponês.

“Mas então não morreu ninguém?”, tornaram os vizinhos, e o camponês respondeu: “Ninguém que tivesse nome e figura de gente, toquei a finados pela Justiça porque
a Justiça está morta”.

Que acontecera? Acontecera que o ganancioso senhor do lugar andava desde há tempos a mudar de sítio os marcos das estremas das suas terras. O lesado tinha
começado por protestar e reclamar, depois implorou compaixão, e finalmente resolveu queixar-se às autoridades e acolher-se à proteção da justiça. Tudo sem resultado,
a espoliação continuou. Então, desesperado, decidiu anunciar a morte da Justiça. Não sei o que sucedeu depois, não sei se o braço popular foi ajudar o camponês a
repor as estremas nos seus sítios, ou se os vizinhos, uma vez que a Justiça havia sido declarada defunta, regressaram resignados, de cabeça baixa e alma sucumbida, à
triste vida de todos os dias.

Suponho ter sido esta a única vez que, em qualquer parte do mundo, um sino chorou a morte da Justiça. Nunca mais tornou a ouvir-se aquele fúnebre dobre da aldeia
de Florença, mas a Justiça continuou e continua a morrer todos os dias. Agora mesmo, neste instante, longe ou aqui ao lado, à porta da nossa casa, alguém a está
matando. De cada vez que morre, é como se afinal nunca tivesse existido para aqueles que nela tinham confiado, para aqueles que dela esperavam o que da Justiça
todos temos o direito de esperar: justiça, simplesmente justiça. Não a que se envolve em túnicas de teatro e nos confunde com flores de vã retórica judicialista, não a
que permitiu que lhe vendassem os olhos e viciassem os pesos da balança, não a da espada que sempre corta mais para um lado que para o outro, mas uma justiça
pedestre, uma justiça companheira cotidiana dos homens, uma justiça para quem o justo seria o mais rigoroso sinônimo do ético, uma justiça que chegasse a ser tão
indispensável à felicidade do espírito como indispensável à vida é o alimento do corpo. Uma justiça exercida pelos tribunais, sem dúvida, sempre que a isso os
determinasse a lei, mas também, e sobretudo, uma justiça que fosse a emanação espontânea da própria sociedade em ação, uma justiça em que se manifestasse, como
um iniludível imperativo moral, o respeito pelo direito a ser que a cada ser humano assiste.

José Saramago. Este mundo da injustiça globalizada.

Internet: <dominiopublico.gov.br> (com adaptações).

No texto CG1A1-I, ao empregar a forma verbal “Acontecera”, o narrador trata de acontecimentos

 a) passados não concluídos.


 b) presentes como se fossem do passado.
 c) passados anteriores aos fatos narrados no segundo parágrafo.
 d) subsequentes aos fatos narrados no segundo parágrafo.

 e) hipotéticos condicionados a uma ação no passado.

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Questão 13: CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Aracaju)/Pref Aracaju/Abrangência Geral/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

De um dia para o outro, parecia que a peste se tinha instalado confortavelmente no seu paroxismo e incorporava aos seus assassinatos diários a precisão e a
regularidade de um bom funcionário. Em princípio, segundo a opinião de pessoas competentes, era bom sinal. O gráfico da evolução da peste, com sua subida
incessante, parecia inteiramente reconfortante ao Dr. Richard. Daqui em diante, só poderia decrescer. E ele atribuía o mérito disso ao novo soro de Gastei, que acabava
de obter, com efeito, alguns êxitos imprevistos. As formas pulmonares da infecção, que já se tinham manifestado, multiplicavam-se agora nos quatro cantos da cidade. O
contágio tinha agora probabilidade de ser maior, com essa nova forma de epidemia. Na realidade, as opiniões dos especialistas tinham sempre sido contraditórias sobre
esse ponto. Havia, no entanto, outros motivos de inquietação em consequência das dificuldades de abastecimento, que cresciam com o tempo. A especulação interviera
e oferecia, a preços fabulosos, os gêneros de primeira necessidade que faltavam no mercado habitual. As famílias pobres viam-se, assim, em uma situação muito difícil.
A peste, que, pela imparcialidade eficaz com que exercia seu ministério, deveria ter reforçado a igualdade entre nossos concidadãos pelo jogo normal dos egoísmos,
tornava, ao contrário, mais acentuado no coração dos homens o sentimento da injustiça. Restava, é bem verdade, a igualdade irrepreensível da morte, mas, esta,
ninguém queria. Os pobres que sofriam de fome pensavam, com mais nostalgia ainda, nas cidades e nos campos vizinhos, onde a vida era livre e o pão não era caro.
Difundira-se uma divisa que se lia, às vezes, nos muros ou se gritava à passagem do prefeito: “Pão ou ar”. Essa fórmula irônica dava o alarme de certas manifestações
logo reprimidas, mas cuja gravidade todos percebiam.

Albert Camus. A peste. Internet: (com adaptações).

Os sentidos do texto seriam mantidos caso, no trecho “De um dia para o outro, parecia que a peste se tinha instalado confortavelmente no seu paroxismo”, a locução
“tinha instalado” fosse substituída por

 a) instalara.
 b) instalava.
 c) instalou.
 d) instalasse.

 e) instalaria.

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Questão 14: CEBRASPE (CESPE) - Enf Fisc (COREN CE)/COREN CE/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais

Texto CG1A1-I

Era o jogo da decisão final do Campeonato Mineiro: Atlético contra América. Torcíamos apaixonadamente pelo América, não só por ser o time de nossa predileção, mas
porque meu irmão Gérson ia jogar de goleiro, em substituição ao famoso Princesa, que estava contundido.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 

Gérson me reservou a primeira surpresa: tinha me arranjado um uniforme completo do time do América, para que eu entrasse no campo como mascote.

Só o fato de sair do vestiário em meio aos jogadores de verdade já me enchia de emoção. Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para fazer o
cumprimento de praxe à assistência. Depois os jogadores se espalharam, fazendo exercícios de aquecimento. Fiquei por ali, ciscando entre um e outro, a viver a minha
grande emoção.

Mas o meu maior momento de glória ainda estava para chegar.

Aos cinco minutos do término da partida, Jico Leite se choca violentamente com Nariz e rola no chão, contundido.

Pânico nas hostes americanas: todos os reservas já haviam entrado em campo, não sobrara ninguém para substituições. Que fazer? Segundo as regras daquele tempo,
time nenhum podia jogar desfalcado.

Gérson vem correndo até o banco dos reservas, fala qualquer coisa ao ouvido do treinador, me apontando, e este se volta para mim, com ar grave:

— Você vai ter de entrar, Fernando.

Não vacilei. Pois, se o América precisava de mim, contassem comigo.

E aconteceu. Jorivê deu a saída do meio de campo, atrasou para Pimentão, que adiantou para Jacy. Caieira rouba-lhe a bola, passando para Chafir. Chico Preto aliviou,
pondo para fora num chutão.

Chafir fez a cobrança da lateral, dando de presente para Negrão, que, sem perda de tempo, acionou Bezerra. Quando eu, estrategicamente colocado no setor direito, já
pensava que não daria tempo sequer de intervir numa só jogada, eis que Bezerra faz com que a bola venha rolando até mim.

Depois de dominá-la, driblei Nariz e tabelei com meu companheiro. Este passou ao Jorivê, enquanto eu me deslocava para recebê-la de volta. Então disparei num pique,
sob o delírio da assistência, e lá fui eu com minhas perninhas curtas, driblei um, outro, deixei para trás a defesa adversária. Kafunga abria os braços gigantescos, achei
que queria me pegar, e não a bola. Fiz que chutava, como se fosse encobri-lo, ele pulou. Então passei com bola e tudo por entre as pernas dele e marquei o gol da
vitória.

Foi aquela ovação, a torcida delirava. Logo em seguida soou o apito final, e meus companheiros de equipe correram para me abraçar e carregar em triunfo.

Fernando Sabino. O menino no espelho. Rio de Janeiro: Record, 1991 (com adaptações).

Infere-se do período “Kafunga abria os braços gigantescos, achei que queria me pegar, e não a bola”, do penúltimo parágrafo do texto CG1A1-I, que, no trecho “e não
a bola”, está elíptico o verbo

 a) achar.
 b) chutar.
 c) pegar.
 d) abrir.

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Questão 15: CEBRASPE (CESPE) - Ag PT (IBGE)/IBGE/2021


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 1A1-I

Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso antepassado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos
que indicavam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como somos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e
o número de caças abatidas por cada um deles.

Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos,
dialeticamente, as necessárias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero as coisas que faltam na despensa de minha casa
antes de me dirigir ao supermercado; essa lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas para o ano que se inicia:
começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açúcar, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.

Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista contendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros,
embora inútil, pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 

Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número
vinte, não por motivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na
categoria das listas inúteis, mas, quem sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na melhor das hipóteses, suscite
curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse isso, me daria por satisfeito.

Luiz Ruffato. Meus romances preferidos. Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).

Mantendo-se o sentido original do texto 1A1-I, a locução “formos propor” (início do segundo parágrafo) poderia ser corretamente substituída pela forma verbal

 a) propuséssemos.
 b) proporemos.
 c) propusermos.
 d) proporíamos.

 e) propúnhamos.

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Questão 16: CEBRASPE (CESPE) - Ana Leg (ALECE)/ALECE/Língua Portuguesa/Gramática Normativa e Revisão Ortográfica/2021
Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 14A1-I

A língua é o espaço que forma o escritor. Tentar compreendê-la (essa tarefa impossível) será, portanto, um bom caminho para compreender a atividade da literatura. A
questão é que há tantas línguas, e isso no universo do mesmo idioma, quanto há escritores. Quando falo de língua, não me refiro apenas ao simples depósito de
palavras que circulam em uma comunidade, nem a um sistema gramatical normativo às vezes mais, às vezes menos estável numa sociedade, numa estação do ano,
num sexo, numa região, numa família ou em parte dela, num lugarejo, numa classe social, naquela rua, num determinado dia, num livro e quase nunca num país inteiro.

A língua em que circula o escritor jamais é uma entidade unitária. Não pode ser, em caso algum, uma ordem unida. Porque a matéria da literatura não é um sistema
abstrato de regras e relações, uma análise combinatória de fonemas ou um conjunto de universais semânticos como tem sido a língua para uma corrente considerável
dos cientistas da língua. Justamente por serem abstratos, justamente por serem apenas fonemas e justamente por serem universais, esses elementos primeiros são
desprovidos de significado: servindo a todos, não servem a ninguém. De fato, não chegam a se constituir em “língua”, face a outra parte indispensável da palavra: o
falante.

O falante, o homem que tem a palavra é, portanto, o verdadeiro território do escritor: a língua real é ele. E em que sentido ele pode ser considerado uma entidade
universal? Isso interessa porque, no exato momento em que uma palavra ganha vida, na voz do falante, ela ganha também o seu limite: o pé no chão, que não é
qualquer chão, o espaço, que é esse espaço, e não outro, o ar que se respira, o tempo, o dia, a hora, toda a soma das intenções muito específicas convertidas no
impulso da palavra; e, é claro, a ninguém interessa o que a palavra quer dizer de velha (isso até o dicionário sabe), mas o que ela quer dizer de nova, isto é, o que é
novo e surpreendente no que se diz. Esse espetáculo das vozes que falam sem parar no mundo em torno, ou nesse mundo em torno, nesse exato momento, é a vida
indispensável de quem escreve. É nessa diversidade imensa e imediata que se move quem escreve, o ouvido atento.

Mas há ainda um terceiro complicador na palavra, além da sua matéria mesma e além daquele que fala. Porque, se desdobramos a palavra, descobrimos que quem lhe
dá vida não é exatamente o falante. Ninguém no mundo fala sozinho. Mesmo que, numa redução ao absurdo, isso fosse possível, ou seja, uma palavra que dispensasse
os outros para fazer sentido, ela seria uma palavra natimorta, um objeto opaco à espera de um criptólogo que lhe rompesse o isolamento, como um Champollion diante
de uma pedra no meio do caminho, mas então a suposta pureza original autossuficiente estaria destruída.

Assim, surge outro território essencial de quem escreve: o território de quem ouve, a força da linguagem alheia, dos outros, num sentido duplo interessa tanto o que os
outros nos dizem (e somos nós que damos vida a essas palavras que vêm de lá, antes mesmo de se tornarem voz), quanto o que nós dizemos (e são eles, os outros,
que dão vida ao que dizemos, antes mesmo de a gente abrir a boca). Para a palavra e para tudo que significa, os outros não são uma escolha, mas parte inseparável.
Mesmo solitários, de olhos e ouvidos fechados, isolados na mais remota ilha do mais remoto oceano, no fundo de uma caverna escura e silenciosa, mesmo lá
ouviríamos, em cada palavra apenas sonhada, a gritaria interminável dos que nos ouvem.

Enquanto isso, é sempre bom lembrar que, nesse trançado infinito de vozes, o que trocamos não são símbolos e códigos neutros; nem sinais de computador, nem
mensagens unilaterais; a vida da linguagem está no fato de que não ouvimos ou lemos apenas sons ou letras, mas desejos, medos, ordens, confissões; de que não
falamos ou escrevemos sinais, mas intenções, pontos de vista, sonhos, acusações, defesas, indiferenças. Ninguém entende a linguagem como certa ou errada (exceto
nos cadernos escolares), mas como verdadeira, mentirosa, bela, nojenta, comovente, delirante, horrível, ofensiva, carinhosa... É exatamente nesse pântano inseguro dos
valores que se move o escritor. E é apenas nesse terreno de valores que a forma da palavra pode ganhar seu estatuto estético, a sua dignidade poética, historicamente
flutuante.

A língua do escritor é uma entidade necessariamente impura, contaminada, suja de intenções, povoada previamente de muitas outras línguas (do mesmo idioma ou fora
dele), de milhões de vozes. Se nessa diversidade essencial está a riqueza de quem escreve, nela também está a sua fronteira necessária, e, em última instância, a sua
ética. Para formar a minha palavra, eu preciso da palavra do outro compartilhando com ela a força e o valor de origem. A palavra que eu tomo em minhas mãos, como
ensina Bakhtin, não é nunca um objeto inerte: há sempre um coração alheio batendo nela, outra intenção, uma vida diferente da minha vida, com a qual eu preciso me
entender. Assim, a minha liberdade de criação, a minha palavra, tem na autonomia da voz do outro o seu limite. O que parece a natureza mesma da linguagem, o seu
duplo, talvez possa se transformar, para o escritor, na sua ética.

Internet: <http://www.cristovaotezza.com.br> (com adaptações).

No último período do quarto parágrafo do texto 14A1-I, as formas verbais “dispensasse” e “rompesse” expressam

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 a) ações no futuro do presente cuja ocorrência é iminente.
 b) ações no presente que o autor deseja que ocorram.
 c) ações no passado cuja ocorrência é tida como impossível pelo autor.
 d) ações que ainda não aconteceram, mas que, na visão do autor, possivelmente ocorrerão.

 e) ações ocorridas no passado, mas que o autor duvida que tenham realmente acontecido.

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Questão 17: CEBRASPE (CESPE) - Ag (B dos Coqueiros)/Pref B dos Coqueiros/Comunitário de Saúde/2020


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CG2A2-I

Atribui-se ao filósofo Rousseau o uso originário da expressão serviço público. Em um texto da obra O contrato social, a expressão abrange qualquer atividade estatal. E
o faz com duas conotações: de um lado, trata-se de atividades destinadas ao serviço do público, isto é, ações pelas quais se assegura aos cidadãos a satisfação de uma
necessidade sentida coletivamente, sem que cada um tenha de atendê-la pessoalmente; de outro, é concebida como uma atividade estatal que sucede ao serviço do rei,
porque se operou uma substituição na titularidade da soberania.

Na França e nos países que sofreram sua influência, esse conceito político de Rousseau vai extravasar para o plano jurídico, com as duas mesmas notas entrelaçadas,
que, por sinal, permanecem válidas na configuração atual do conceito, quais sejam: 1) trata-se de uma atividade estatal, não de uma atividade privada; 2) trata-se de
uma atuação a serviço do público para satisfazer a uma necessidade sentida coletivamente pela sociedade.

Ademais, para a captação do conceito de serviço público, deve-se considerar ainda o fator histórico- político, o seu surgimento em uma época presidida ideologicamente
por determinada concepção das relações entre Estado e sociedade e pela separação de suas distintas esferas de atuação, que apareceram com a Revolução Francesa.

A concepção predominante no século XIX, na fórmula do Estado liberal ou Estado abstencionista, pretendia o distanciamento do Estado em relação à vida social,
econômica e religiosa dos indivíduos.

Esse afastamento significava, em primeiro lugar, a não interferência do Estado na sociedade; daí as reduzidas funções que lhe cabiam e a inibição do Estado no âmbito
econômico e social. Em segundo lugar, importava no antagonismo à existência de grupos intermediários que pudessem interpor-se entre o indivíduo e o Estado, como
associações políticas, culturais, profissionais.

Ficando o indivíduo politicamente só diante do Estado, este se viu progressivamente obrigado a assumir, como próprias, algumas tarefas que, até então, não tinham sido
consideradas estatais, por serem desenvolvidas pela sociedade organicamente estruturada, ou seja, eram assumidas pela Igreja (em todas as suas múltiplas
personificações), pelas fundações, pelas corporações, pelas universidades e por outros entes representativos do corpo social.

Assim aconteceu, até meados do século XIX, com os hoje chamados serviços públicos assistenciais e sociais, aqueles que garantiam o direito do administrado à
conservação da vida e da saúde e ao aprimoramento de sua personalidade, como beneficência, saúde e educação, que eram atividades assumidas pela sociedade,
embora o Estado as regulasse.

Dinorá Adelaide Mussetti Grossi. Evolução da teoria do serviço público. Internet: <https://enciclopediajuridica.pucsp.br> (com adaptações).

No texto CG2A2-I, o verbo “extravasar” tem o mesmo sentido de

 a)  veicular.
 b)  transformar.
 c) deliberar.
 d) expressar-se.
 e) estender-se.

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Questão 18: CEBRASPE (CESPE) - Arqt (B Coqueiros)/Pref B dos Coqueiros/2020


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto CG1A2-I

A empatia é, em termos simples, a habilidade de se colocar no lugar do outro. Por exemplo, se você, leitor, escuta uma história sobre uma criança que teve muitos
problemas de saúde, que vem de uma família muito pobre, e se comove, é possível ter dois tipos de emoção: o dó, que é a simpatia; ou colocar-se no lugar daquela
criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. “É ser sensível a ponto de compreender emoções e
sentimentos de outras pessoas”, explica Rodrigo Scaranari, da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional.

E é uma característica que pode, sim, ser aprendida — ou, pelo menos, treinada. Para Rodrigo, o exercício passa pelo autoconhecimento: para compreender a emoção do
outro, é preciso conhecer e entender o que se passa dentro da própria cabeça. “Assim como podemos treinar os bíceps na academia, e ficar mais fortes, podemos ser
cada vez mais empáticos com a prática. A plasticidade do cérebro torna isso possível”, explica a professora Anita Nowak, pesquisadora da empatia e diretora da Área de
Iniciativas Sociais e Econômicas da Universidade McGill, em Montreal.

Mas por que nos colocamos no lugar do outro? Para o psicólogo, psicanalista e professor João Ângelo Fantini, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a empatia
seria “uma forma de restabelecer um contato com um objeto de amor perdido, uma parte incompreendida do sujeito”. Enxergamos no outro uma humanidade
compartilhada, sentimentos que também temos e que são aplicados em situações completamente diferentes. Por reconhecermos nós mesmos no próximo, temos
empatia.

Tal sentimento é uma via de mão dupla: beneficia não só quem o desenvolve, mas também o emissor. “A empatia é, sem dúvida nenhuma, uma das habilidades mais

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/37601350/imprimir 10/21
14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
importantes para que se tenha uma boa convivência social, interferindo diretamente tanto no sucesso pessoal como no profissional. Ao entender melhor as emoções e as
necessidades de cada um, temos menos dificuldades para lidar com eventuais conflitos pessoais em qualquer ambiente ou situação”, afirma Rodrigo.

Juliana Contaifer e Renata Rusky.

Colocando-se no lugar do outro. In: Correio Braziliense, 1/1/2017. Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).

No texto CG1A2-I, o emprego da forma verbal “seria” expressa

 a) um fato que se passa no presente.


 b)  uma concepção ou hipótese.
 c) um fato passado não habitual.
 d) algo impossível de se realizar.
 e) um fato ocorrido no passado e totalmente concluído.

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Questão 19: CEBRASPE (CESPE) - AFRE (SEFAZ RS)/SEFAZ RS/2019


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 1A11-I

Pixis foi um músico medíocre, mas teve o seu dia de glória no distante ano de 1837.

Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma peça do (hoje) desconhecido compositor, junto com outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os
adjetivos aqui podem ser verdadeiros, mas — como se verá — relativos). A plateia, formada por um público refinado, culto e um pouco bovino, como são, sempre, os
homens em ajuntamentos, esperava com impaciência.

Liszt tocou Beethoven e foi calorosamente aplaudido. Depois, quando chegou a vez do obscuro e inferior Pixis, manifestou-se o desprezo coletivo. Alguns, com ouvidos
mais sensíveis, depois de lerem o programa que anunciava as peças do músico menor, retiraram-se do teatro, incapazes de suportar música de má qualidade.

Como sabemos, os melômanos são impacientes com as obras de epígonos, tão céleres em reproduzir, em clave rebaixada, as novas técnicas inventadas pelos grandes
artistas.

Liszt, no entanto, registraria que um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, os nomes de Pixis e Beethoven...

A música de Pixis, ouvida como sendo de Beethoven, foi recebida com entusiasmo e paixão, e a de Beethoven, ouvida como sendo de Pixis, foi enxovalhada.

Esse episódio, cômico se não fosse doloroso, deveria nos tornar mais atentos e menos arrogantes a respeito do que julgamos ser arte.

Desconsiderar, no fenômeno estético, os mecanismos de recepção é correr o risco de aplaudir Pixis como se fosse Beethoven.

Charles Kiefer. O paradoxo de Pixis. In: Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010 (com adaptações).

Os sentidos originais e a correção gramatical do texto 1A11-I seriam preservados se a forma verbal “invertera” fosse substituída por

 a) inverteria.
 b) teria invertido.
 c) invertesse.
 d) havia invertido.
 e)  houve de inverter.

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Questão 20: CEBRASPE (CESPE) - Aud (CAGE RS)/SEFAZ RS/2018


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto 1A9AAA

Estas memórias ficariam injustificavelmente incompletas se nelas eu não narrasse, ainda que de modo breve, as andanças em que me tenho largado pelo mundo na
companhia de minha mulher e de meus fantasmas particulares. Desde criança fui possuído pelo demônio das viagens. Essa encantada curiosidade de conhecer alheias
terras e povos visitou-me repetidamente a mocidade e a idade madura. Mesmo agora, quando já diviso a brumosa porta da casa dos setenta, um convite à viagem tem
ainda o poder de incendiar-me a fantasia.

Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar. Considero-me membro deste último grupo,
embora em 1943, nauseado pelo ranço fascista de nosso Estado Novo, eu haja fugido com toda a família do Brasil para os Estados Unidos, onde permanecemos dois
anos.

O que pretendo fazer agora é apresentar ao leitor, por assim dizer, alguns diapositivos e filmes verbais dos lugares por onde passamos e das pessoas que encontramos,
tudo assim à maneira impressionista, e sem rigorosa ordem cronológica.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Usei como título deste capítulo, dedicado a minhas viagens, uma expressão popular que suponho de origem gauchesca: mundo velho sem porteira. Tenho-a ouvido desde
menino, da boca de velhos parentes e amigos, de tropeiros, peões de estância, índios vagos, gente da rua... Minha própria mãe empregava-a com frequência e
costumava pontuá-la com um fundo suspiro de queixa. As pessoas em geral pareciam usar essa frase para descrever um mundo que se lhes afigurava não só
incomensurável como também misterioso, absurdo, sem pé nem cabeça...

Parece a mim, entretanto, que na sua origem essa exclamação manifestava apenas a certeza popular de que Deus fizera o mundo sem nenhuma porteira a fim de que
nele não houvesse divisões e diferenças entre países e povos — gente rica e gente pobre, fartos e famintos, uns com terra demais, outros sem terra nenhuma. Em suma,
o que o Velho queria mesmo era um mundo que fosse de todo mundo. É neste sentido que desejo seja interpretada a frase que encabeça esta divisão do presente
volume.

Quem me lê poderá objetar que basta a gente passar os olhos pelo jornal desta manhã para verificar que o mundo nunca teve tantas e tão dramáticas porteiras como em
nossos dias... Mas que importa? Um dia as porteiras hão de cair, ou alguém as derrubará. “Para erguer outras ainda mais terríveis” — replicará o leitor cético. Ora, amigo,
precisamos ter na vida um mínimo de otimismo e esperança para poder ir até ao fim da picada. Você não concorda? Ô mundo velho sem porteira!

Erico Veríssimo. Solo de clarineta: memórias. Porto Alegre: Globo, v. 2, 1976, p. 57-58 (com adaptações).

Assinale a opção que apresenta uma forma / locução verbal do texto 1A9AAA que denota uma ação / um fato que ocorreu repetidamente no passado e que se prolonga
até o momento da narração do texto.

 a)  “tenho largado”


 b)  “fui possuído”
 c)  “tem”
 d)  “haja fugido”
 e)  “narrasse”

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Questão 21: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC CE)/SEDUC CE/Língua Portuguesa/2013


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão.

Nas boas universidades do mundo, é consagrada a prática de acadêmicos ensinarem nas áreas científicas e nas de humanidades e de profissionais atuarem nas disciplinas
profissionais.

Érico Veríssimo só conseguiu ser professor de Literatura nos Estados Unidos, já que não tinha os diplomas exigidos aqui. Jacques Klein nunca foi convidado para ensinar
piano em nenhuma universidade brasileira, pois, apesar de ser um grande pianista, tampouco tinha os diplomas requeridos para a função.

Em uma época em que quase não havia pós-graduados e, portanto, nem mestres nem doutores, fazia muito sentido criar incentivos robustos para estimular instituições e
futuros professores a investirem em cursos de pós-graduação.

É a caquética história do pêndulo: ora vai demais para um lado, ora volta para o outro. No momento, atingimos um paroxismo de diplomite. Esquecemos que diploma é
um recibo de conhecimento, mas não pode virar o monopólio do saber. Mais ainda: há áreas em que o conhecimento não está nos diplomas, mas na experiência vivida no
local de trabalho.

Claudio de Moura Castro. Internet: <www.Estadão.com.br> (com adaptações).

As formas verbais “atingimos” e “Esquecemos” na primeira pessoa do plural são empregadas com a função discursiva de

 a) atenuar a responsabilidade do autor em relação à informação sobre a supervalorização dos diplomas no Brasil.
 b) englobar, de forma genérica, o próprio autor e todos os brasileiros como participantes da informação, que se refere ao Brasil como um todo.
 c) indicar que o autor fala autorizado em nome de uma coletividade de educadores e gestores do processo educacional brasileiro.
 d) evidenciar que o autor faz parte do grupo de autoridades que decide as questões administrativas da educação no Brasil.

 e) explicitar que o texto tem diversos autores e foi elaborado por mais de um redator.

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Questão 22: CEBRASPE (CESPE) - Ag TA (UERN)/UERN/2010


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
As campanhas publicitárias não estão dando o resultado esperado, ou não são eficazes para que as pessoas atendam aos apelos de prevenção. O fato é que começamos
o ano com mais vítimas da dengue do que em 2009 — até a segunda semana de fevereiro, o número registrado foi mais que o dobro do registrado no mesmo período no
ano passado. Foram mais de 108 mil casos da doença, com 21 mortes. Tudo indica que teremos uma epidemia de largo espectro este ano, com muitas internações em
diversos pontos do território nacional.

Jornal do Commercio (PE), 15/3/2010 (com adaptações).

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
No trecho, o emprego de verbos na primeira pessoa do plural, em “começamos” e “teremos”, tem a função de

 a)  inserir o autor e os leitores como participantes dos fatos focalizados pelas informações do texto.
 b) conferir ao texto um tom de modéstia por parte do autor, que não quer chamar a atenção para si.
 c) revelar que o texto é escrito por mais de um autor, que são colaboradores de outras áreas.
 d) identificar o poder público, os dirigentes da área da saúde, como autores do texto.

 e) reforçar a ideia de que a publicação é produzida coletivamente, por vários jornalistas.

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Questão 23: CEBRASPE (CESPE) - Adv (IPAJM)/IPAJM/2010


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão.

Aprendemos a pensar o Brasila como gigante adormecido. O mito nos diz que o sucesso está garantido pela grandeza dos nossos recursos naturais, humanos e culturais.
Há vários problemas com esse mito. Primeiro, o governo não é um agente onipotente e benevolente. Segundo, o governo opera sob fortes restrições. E terceiro, não há
consenso na sociedade sobre a direção a seguir para prosperar. Vista sob este prisma, a alegoria ganha novas e importantes dimensões: ninguém sabe ao certo como
cutucar o gigante; é possível que os cutucões sejam inconsistentes. Outro problema essencial do mito do gigante adormecido é que ele realmente supõe que o gigante
existe e que pode e quer ser despertado. Para crescer mais e de maneira socialmente mais includente, do que o Brasil realmente precisab é que se desconstruac o mito
do gigante adormecido. E, para isso, carecemos de um discurso que apresente à sociedade os custos  reaisd que precisam ser pagos para promovere a prosperidade de
cada indivíduo e do conjunto da nossa sociedade.

Carlos Pio. Gigante adormecido. In: Correio Braziliense, 15/4/2010 (com adaptações).

Assinale a opção correta a respeito do uso das formas verbais no texto.

 a) A omissão da preposição em no complemento de pensar, como se vê em “pensar o Brasil”, indica uma linguagem pouco formal; em texto com mais formalidade
seria usado: pensar no Brasil.
  b)  A ausência da preposição de antes do complemento de “precisa” indica que essa forma verbal está sendo usada em função de auxiliar, como em precisar
construir.
  c)  O uso do modo subjuntivo em “desconstrua” indica haver apenas uma possibilidade, uma hipótese de se desconstruir o mito; para afirmar uma certeza, seria
escrito desconstrói.
 d) Ressalta-se a importância dos “custos reais”, sem prejudicar a correção gramatical do texto, se for usada a forma flexionada no verbo ser, escrevendo-se serem
pagos.

  e)  Seriam preservadas a coerência entre os argumentos e a correção gramatical do texto, com a forma flexionada da forma verbal “promover”, escrevendo-se
promovermos.

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Questão 24: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRE GO/TRE GO/Administrativa/"Sem Especialidade"/2009


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão.

O conceito de verdade tem sido abordado e compreendido de diferentes formas por diversos pensadores e por diversas escolas filosóficas. Os filósofos gregos começaram
a buscar a verdade em relação ou oposição à falsidade, ilusão, aparência. De acordo com essa concepção, a verdade estaria inscrita(a) na essência, sendo idêntica à
realidade e acessível apenas ao pensamento, e vedada aos sentidos. Assim, um elemento necessário à verdade era a “visão inteligível”; em outras palavras, o ato de
revelar, o próprio desvelamento.

Já para os romanos, a verdade era Veritas, a veracidade. O conceito era sempre aplicado, isto é, remetia a uma história vivida que pudesse ou não ser comprovada. Essa
concepção de verdade subordinava-a, portanto, à possibilidade de uma verificação. A formulação do problema do “critério de verdade” ocupou os adeptos da
gnosiologia,aqueles que se dedicavam ao estudo das relações do pensamento, e de seu enunciado, sua forma de tradução na comunicação humana com o objeto ou fato
real, em que se buscava uma relação de correspondência. Para a lógica, o interesse circunscrevia-se(b) na correção e(ou) coerência semântica do discurso, da enunciação,
descartando a reflexão sobre o mundo objetivo.

Para o filósofo Heidegger, as verdades são respostas que o homem dá ao mundo. Ressalte-se a utilização do termo no plural, quando o conceito de verdade perde o
critério do absoluto e(ou) do indivisível. Portanto, não haveria mais uma verdade filosófica,(c) mas várias verdades. Esse sentido mais pluralista também é defendido por
Foucault, para quem o significado de verdade seria o de expressão(d) de determinada época, cada qual com sua verdade e seu discurso.

Iluska Coutinho. O conceito de verdade e sua utilização no jornalismo. Internet: <www.metodista.br/unesco/gcsb> (com adaptações).

No texto, um fato ou estado considerado em sua realidade está expresso pelo verbo sublinhado em

 a) “a verdade estaria inscrita”.


 b) “o interesse circunscrevia-se”.
 c) “não haveria mais uma verdade filosófica”.
 d) “o significado de verdade seria o de expressão”.

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Questão 25: CEBRASPE (CESPE) - Papis (PC PB)/PC PB/2009

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Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão

Uma dupla violência

Há dez anos, o jornal O Liberal, de Belém, no Pará, denunciava em um artigo que as gangues de rua tinham voltado a protagonizar cenas de violência que, se já não
estivessem espelhando sua faceta selvagem nas mortes que estavam provocando, estabeleciam aquele tipo de situação em que cidadãos sentem-se nocauteados na
própria capacidade de reagir contra a inação de autoridades a quem cabe, de fato e de direito, protegê-los.

Configurava-se, assim, uma dupla violência: uma é aquela que ceifa vidas, que mutila, que estropia, lesiona com gravidade pessoas inocentes, até mesmo no recesso de
seus lares; a outra, tão brutal quanto a primeira, manifesta-se quando a sociedade sente-se imobilizada, sem meios para defender-se de forma eficaz e sem motivos para
acreditar que estará a salvo de vândalos completamente entregues à delinquência que não poupa  ninguém.

É chocante, para não dizer degradante, constatar que os moradores de uma passagem, não mais suportando os perigos, as arruaças e os enfrentamentos constantes
entre gangues, tenham se manifestado com a desolação atroz de quem não sabia mais a quem recorrer, para que os problemas que enfrentavam fossem, se não
solucionados, pelo menos atenuados.

A manifestação era constituída por pessoas humildes — homens, mulheres, crianças — que jamais estiveram e jamais estarão preocupadas em saber, conceitualmente, o
que é cidadania. Almejavam, isto sim, vivê-la efetivamente, sem subterfúgios, sem atropelos, sem humilhações impostas por bandidos que vivem à solta, reunidos em
grupos que há muito deixaram de pichar prédios públicos e particulares, passando mesmo a matar, roubar e extorquir na maioria das vezes os pobres.

O Liberal. Belém–PA, 9/7/1998 (com adaptações).

Quanto ao emprego no texto, a forma verbal

 a) “Há” está no presente do indicativo e é empregada como verbo auxiliar.


 b)  “espelhando”  é o verbo principal da oração e está empregada em tempo composto.
 c) “estabeleciam” é derivada do verbo estar e está no futuro do pretérito.
 d)  “lesiona” está no presente do subjuntivo de um verbo da primeira conjugação.
 e)  “imobilizada” está utilizada como particípio de um verbo irregular: imobilizar.

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Questão 26: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT1/TRT 1/Administrativa/2008


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão

A raça humana

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus.

A raça humana é a ferida acesa


Uma beleza, uma podridão
O fogo eterno e a morte
A morte e a ressurreição.

A raça humana é o cristal de lágrima


Da lavra da solidão
Da mina, cujo mapa
Traz na palma da mão.

A raça humana risca, rabisca, pinta


A tinta, a lápis, carvão ou giz
O rosto da saudade
Que traz do Gênesis
Dessa semana santa
Entre parênteses
Desse divino oásis
Da grande apoteose
Da perfeição divina
Na grande síntese.

A raça humana é
Uma semana
Do trabalho de Deus.

Gilberto Gil.

No texto, que é a letra de uma canção, o verbo ser encontra-se no presente do indicativo porque o autor pretende

 a) marcar fatos que ocorrerão em um futuro próximo.


 b) expressar ações habituais dos seres humanos que ainda não foram concluídas.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 c) dar vida a fatos ocorridos no passado, como se fossem atuais.
 d) apresentar uma condição ou situação como permanente.
 e) enunciar fatos que ocorrem no momento em que o texto é escrito.
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Questão 27: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRT1/TRT 1/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2008


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão

No Brasil, as distâncias abismais entre os diferentes estratos sociais e o caráter intencional do processo formativo da estratificação social condicionaram a camada
senhorial para encarar o povo como mera força de trabalho destinada a desgastar-se no esforço produtivo e sem outros direitos senão o de comer enquanto trabalha,
para refazer as suas energias produtivas, e o de reproduzir-se para repor a mão-de-obra gasta.

Nem podia ser de outro modo no caso de um patronato que se formou lidando com escravos, tidos como coisas e manipulados  com objetivos puramente pecuniários,
procurando tirar de cada peça o maior proveito possível. Quando ao escravo sucede o parceiro, depois, o assalariado agrícola, as relações continuam impregnadas dos
mesmos valores, que se exprimem na desumanização do trabalho(b).

Em conseqüência, nas vilas próximas às fazendas, se concentra(c) uma população detritária de velhos desgastados no trabalho e de crianças entregues a seus avós(d). O
grosso da população em idade ativa passa a vida fora, sobre os caminhões de bóias-frias ou como empregadas domésticas, prostitutas etc.

Nas metrópoles, essa situação se agrava e, também, se abranda. Nas camadas mais pobres, se podem distinguir famílias se esforçando para ascender e outras tantas
soterradas cada vez mais na pobreza, na delinqüência e na marginalidade.

Além disso, dada a diversidade de situações regionais, de prosperidade e de pobreza, o simples translado de um trabalhador, que vá de uma região a outra(e), pode
representar ascensão substancial, se ele consegue incorporar-se a um núcleo mais próspero.
 

Darcy Ribeiro. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 194-5 (com adaptações).

Acerca das estruturas lingüísticas do texto, assinale a opção correta.

 a) Na linha 2, a palavra “destinada” poderia ser flexionada no masculino, caso em que passaria a concordar com “trabalho”, sem que houvesse alteração no sentido
do texto.
 b) No trecho “que se exprimem na desumanização do trabalho”, mantendo-se a correção gramatical do período, o verbo poderia ser flexionado no singular: exprime.
 c) Seria mantida a correção gramatical caso se empregasse o pronome posposto ao verbo: concentra-se.
 d) No trecho “crianças entregues a seus avós”, estaria também correto o emprego do acento indicativo de crase no “a”, pois trata-se de caso em que esse acento é
facultativo.
 e) Em “que vá de uma região a outra”, a forma verbal “vá” poderia ser substituída, sem prejuízo para o sentido original do texto ou para a sua correção gramatical,
pela forma do pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse.

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Questão 28: CEBRASPE (CESPE) - TJ TRT1/TRT 1/Administrativa/"Sem Especialidade"/2008


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão

Domésticas mantêm traços da escravidão

Quase toda família de classe média brasileira tem uma trabalhadora doméstica ou uma diarista. Estima-se que mais de 6 milhões de mulheres exerçam essa função no
país, das quais cerca de 100 mil são sindicalizadas. Apesar dessa expressividade, o grupo ainda não conquistou direitos básicos de outras categorias, mantendo
semelhanças, em alguns aspectos, com os escravos do Brasil Colônia.

De acordo com estudo do sociólogo Joaze Bernardino-Costa, após 70 anos de história de organização política, esse público continua privado, por exemplo, da
regulamentação da jornada de trabalho e do FGTS, que hoje é facultativo e depende da boa vontade do empregador.

Segundo Bernardino-Costa, as autoridades e a sociedade devem ser mais sensíveis à categoria, que reúne um conjunto único de características ligadas à exclusão.
Primeiro, encontram-se na base da pirâmide social, tradicionalmente subjugada pelas demais classes. Em segundo lugar, exercem atividades que se aproximam de
reminiscências da escravidão. Por fim, abrangem, em sua maioria, um público ligado a três fatores históricos de discriminação: gênero, classe e raça.

Desta forma, a agenda política das domésticas incorpora um ponto de vista único e estratégico, uma vez que vivenciam, na prática, a bandeira de diferentes movimentos.
“As trabalhadoras domésticas nos impõem a revisão do nosso pacto de nação”, diz o pesquisador.

Internet: <www.secom.unb.br> (com adaptações).

No trecho “Primeiro (...) raça”, o presente do indicativo dos verbos é empregado pelo autor para

 a) narrar as conquistas históricas das trabalhadoras domésticas.


 b) atenuar o tom imperativo da mensagem que está sendo transmitida.
 c) expressar ações habituais atribuídas às autoridades e à sociedade.
 d) designar ações que ocorrerão em um futuro próximo.
 e) enunciar fatos que caracterizam a categoria das trabalhadoras domésticas.

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Questão 29: CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Engenharia de Equipamentos/Mecânica/2008


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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão.

Dono de uma mente criativa, Galileu foi inventor de diversos artefatos, entre eles uma balança hidrostática, um compasso geométrico e um termobaroscópio, que deu
origem ao atual termômetro. Contudo, uma de suas invenções mudaria o destino do cientista e o rumo da astronomia(A). No ano de 1609, a notícia de que um holandês
chamado Hans Lipperhey fizera uma descoberta revolucionária correu a Europa. Tratava-se de um tubo com lentes capazes de fazer com que objetos distantes
parecessem próximos(B), utilizado para fins bélicos. Ao ser informado do novo instrumento, Galileu ficou tão entusiasmado que passou a aperfeiçoá-lo. Combinando
lentes côncavas e convexas, produziu um telescópio de 30 aumentos, dez vezes mais poderoso que o aparelho de Lipperhey. Com a ajuda do utensílio, Galileu conseguiu
ver(C) o que jamais qualquer outro astrônomo havia  visto(D), como as crateras da Lua e detalhes da Via Láctea. Mas a observação de maior importância foi a de quatro
luas de Júpiter, o que contradizia a crença dos defensores do geocentrismo(E), a de que todos os corpos celestes giravam exclusivamente em torno da Terra.

Leituras da História, ano I, n.º 4 ( com adaptações).


 
A mesma relação de tempo estabelecida pela forma verbal “fizera”, em “Hans Lipperhey fizera uma descoberta revolucionária”, é verificada em

 a) “Contudo, uma de suas invenções mudaria o destino do cientista e o rumo da astronomia”.


 b)  “capazes de fazer com que objetos distantes parecessem próximos”.
 c)  “Com a ajuda do utensílio, Galileu conseguiu ver”.
 d) “o que jamais qualquer outro astrônomo havia visto”.
 e) “o que contradizia a crença dos defensores do geocentrismo”
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Questão 30: CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Perfuração e Poços/2008


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Valorizamos o desenvolvimento sustentável e temos a sociedade como parceira(A) no nosso compromisso com o futuro do planeta. Em tudo o que fazemos, da gestão de
nossos negócios à busca de novas fontes de energia(B), procuramos ser referência em responsabilidade social e ambiental. No nosso dia-a-dia, comprovamos que é
possível aliar rentabilidade ao respeito(C) às pessoas e ao meio ambiente. É por isso que nossas atividades se baseiam nos princípios do Pacto Global da Organização das
Nações Unidas (ONU). Estamos comprometidos em conduzir nossas ações(D) de forma integrada, com ética e transparência, valorizando a diversidade humana e
cultural(E), incentivando o esporte, promovendo a cidadania e o respeito pelos direitos humanos.

Internet: <www.petrobras.com>.

Assinale a opção em que o fragmento comprova que o texto acima está estruturado na primeira pessoa do plural.

 a) “a sociedade como parceira”


 b) “à busca de novas fontes de energia”
 c) “é possível aliar rentabilidade ao respeito”
 d) “Estamos comprometidos em conduzir nossas ações”
 e) “valorizando a diversidade humana e cultural”
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Questão 31: CEBRASPE (CESPE) - Ag (FUNDAC PB)/FUNDAC PB/Serviços Auxiliares/2008


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto para a questão

Poema 

Tarde triste e silenciosa

de uma vila de beira-mar:

uma tarde cor-de-rosa

que vai morrendo em luar...

Ao longe, a várzea cintila

de uns restos de sol poente;

mas por sobre toda a vila

— do morro a que fica rente —

desce uma sombra tranquila 

e anoitece lentamente.

Vicente de Carvalho.

Antologia poética para a infância e a juventude. Rio de Janeiro: INL, 1961, p. 169.

Para descrever a cena do poema, o autor empregou apenas verbos no

 a) passado.
 b) presente.
 c) passado e no futuro.

https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/37601350/imprimir 16/21
14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
 d) presente e no futuro.
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Questão 32: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRE PA/TRE PA/Apoio Especializado/Taquigrafia/2007


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Quanto ao verbo dispor, assinale a opção correta.

 a)  No período “O candidato considera insuficiente o tempo de que dispõe para fazer a prova”, passando-se o sujeito do verbo dispor para o plural, a expressão “de
que dispõe” passaria para: de que disponhem.
 b)  São formas corretas de conjugação do verbo dispor: eles disporão (futuro), nós dispomos (presente) e eles disporam (pretérito perfeito).
 c)  Na frase “Dispôs-se a prestar o concurso”, o verbo dispor significa resolver-se, decidir-se, determinar-se.
 d)  O verbo dispor está empregado como intransitivo na frase: “O depoimento das testemunhas dispôs o júri à absolvição”.
 e)  No presente do subjuntivo, conjuga-se dispor como na frase a seguir: “É necessário que dispomos de tempo hábil para concluir o relatório”.
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Questão 33: CEBRASPE (CESPE) - AJ TRE MT/TRE MT/Apoio Especializado/Engenharia/2005


Assunto: Conjugação. Reconhecimento e emprego dos modos e tempos verbais
Texto VII –

A construção da nova sociedade requer constante educação, a começar das crianças e dos jovens, para que aprendam a respeitar a vida e os direitos humanos e a
assumir as suas responsabilidades cívicas na promoção do bem comum. Nos dias de hoje, não podem faltar a formação para o diálogo e a capacidade de acolher o
diferente e de conviver no pluralismo e na busca conjunta da verdade. Cabe a todos cooperar para a promoção do verdadeiro desenvolvimento, mas é preciso descobrir
que os pobres são chamados a ser agentes e sujeitos de sua própria promoção e construção da nova sociedade. É um direito que responde à sua dignidade. As formas
embrionárias da nova sociedade nascem muitas vezes no coração do povo mais habituado ao espírito comunitário, à partilha, à acolhida da paciência e ao trabalho
conjunto.

Idem, ibidem.
 
A respeito do emprego dos verbos no texto VII, assinale a opção correta.

 a) O emprego do singular em “requer” é exigência do emprego do singular em “nova sociedade”.


 b) O emprego do modo subjuntivo em “aprendam” enfatiza a idéia de hipótese, mas sua substituição pelo modo indicativo preservaria a correção textual.
 c) A substituição de “podem” por seu correspondente singular preserva a correção gramatical e a coerência textual.
 d) Por causa do complemento plural “todos”, o verbo caber poderia, opcionalmente, ser flexionado no plural.
 e) O emprego do tempo composto tem nascido em lugar de “nascem” preserva a correção gramatical do texto.
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Questão 34: CEBRASPE (CESPE) - TAJ (TJ RJ)/TJ RJ/"Sem Especialidade"/2008


Assunto: Correlação verbal
Entre as opções abaixo, adaptadas de O Estado de S.Paulo de 21/3/2008, assinale a que apresenta erro no emprego de tempo e modo verbais.

 a) Para reter trabalhadores preparados, as empresas vêm aumentando salários, ampliando a concessão de benefícios sociais e criando programas de qualificação e
treinamento com recursos próprios.
  b)  Como os candidatos a cargos de nível técnico se apresentassem com formação deficiente, tendo de passar por um processo de reforço em português e
matemática antes de serem admitidos.
 c) Para serem treinados no exterior, trabalhadores qualificados também têm de fazer cursos intensivos de inglês ou alemão.
 d) E, para preparar mão-de-obra para funções específicas e complexas e acelerar o treinamento de trabalhadores mais jovens para ocupar gerências intermediárias,
as empresas estão criando universidades corporativas.
  e)  Todas essas iniciativas, contudo, não eliminam o risco de um “apagão de mão-de-obra”, uma vez que a demanda de profissionais qualificados deve continuar
sendo maior que a capacidade de formação das escolas de ensino básico, dos colégios técnicos e das unidades do SESI e do SENAC.
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Questão 35: CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEED PR)/SEED PR/Língua Portuguesa/2021


Assunto: Locução verbal
Texto 5A2-I

Socorro

Socorro, eu não estou sentindo nada.

Nem medo, nem calor, nem fogo,

não vai dar mais pra chorar

nem pra rir.

Socorro, alguma alma, mesmo que penada,

me empreste suas penas.

Já não sinto amor nem dor,

já não sinto nada.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Socorro, alguém me dê um coração,

que esse já não bate nem apanha.

Por favor, uma emoção pequena,

qualquer coisa que se sinta,

tem tantos sentimentos,

deve ter algum que sirva.

Socorro, alguma rua que me dê sentido,

em qualquer cruzamento,

acostamento, encruzilhada,

socorro, eu já não sinto nada.

Alice Ruiz. Socorro, 1986.

Acerca da locução verbal presente no verso “não vai dar mais pra chorar”, da primeira estrofe do texto 5A2-I, é correto afirmar que

I. a flexão de modo é dada pelo verbo principal, que está no imperativo negativo.

II. a flexão de número é dada pelo verbo principal, que está no singular.

III. a flexão de tempo ocorre no verbo auxiliar, que está no presente.

IV. a flexão de pessoa ocorre no verbo auxiliar, que está na terceira pessoa.

Estão certos apenas os itens

 a) I e II.
 b) I e IV.
 c) III e IV.
 d) I, II e III.

 e) II, III e IV.

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Questão 36: CEBRASPE (CESPE) - Del Pol (PC GO)/PC GO/2017


Assunto: Locução verbal
Texto CB1A1BBB

A principal finalidade da investigação criminal, materializada no inquérito policial (IP), é a de reunir(e) elementos mínimos de materialidade e autoria delitiva antes de se
instaurar o processo criminal, de modo a evitarem-se, assim, ações infundadas, as quais certamente implicam(a) grande transtorno para quem se vê acusado por um
crime que não cometeu.

Modernamente, o IP deixou de ser o procedimento absolutamente inquisitorial e discricionário de outrora. A participação das partes, pessoalmente ou por seus advogados
ou defensores públicos, vem ganhando(b) espaço a cada dia, com o objetivo de garantir(c) que o IP seja um instrumento imparcial de investigação em busca da verdade
dos fatos.

Acrescente-se que o estigma provocado por uma ação penal pode perdurar(d) por toda a vida e, por isso, para ser promovida, a acusação deve conter fundamentos
fáticos e jurídicos suficientes, o que, em regra, se consegue por meio do IP.

Carlos Alberto Marchi de Queiroz (Coord.). Manual de polícia judiciária: doutrina, modelos, legislação. 6.ª ed. São Paulo: Delegacia Geral de Polícia, 2010 (com adaptações).

No texto CB1A1BBB, uma ação que se desenvolve gradualmente é introduzida pela

 a) forma verbal “implicam”.


 b) locução “vem ganhando”.
 c) forma verbal “garantir”.
 d) locução “pode perdurar”.
 e) forma verbal “reunir”.

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Questão 37: CEBRASPE (CESPE) - TJ (TRE BA)/TRE BA/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Assunto: Locução verbal
Texto 

Pode-se dizer que a cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia: direitos civis, como segurança e locomoção; direitos sociais,
como trabalho, salário justo, saúde, educação, habitação etc.; direitos políticos, como liberdade de expressão, de voto, de participação em partidos políticos e sindicatos
etc.

Não há cidadania sem democracia. O conceito de cidadania, contudo, é um conceito ambíguo. Em 1789, a  Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão  estabelecia as primeiras normas para assegurar a liberdade individual e a propriedade. Nascia a cidadania como uma conquista liberal. Hoje, o conceito de
cidadania é mais complexo.

Com a ampliação dos direitos, nasceu também uma concepção mais ampla de cidadania. De um lado, existe uma concepção consumerista de cidadania (direito de defesa
do consumidor) e, de outro, uma concepção plena, que se manifesta na mobilização da sociedade para a conquista de novos direitos e na participação direta da
população na gestão da vida pública, por meio, por exemplo, da discussão  democrática do orçamento. Esta tem sido uma prática, sobretudo no nível do poder local, que
tem ajudado na construção de uma democracia participativa, superando os limites da democracia puramente representativa.

Moacir Gadotti. Escola cidadã – educação para e pela cidadania.

Internet: <http://acervo.paulofreire.org> (com adaptações).

A correção gramatical, a coerência e o sentido do texto seriam mantidos caso a forma verbal “tem ajudado” fosse substituída por

 a)  vem ajudando.

 b)  ajudou.

 c)  ajudaria.

 d)  vinha ajudando.

 e)  pode ajudar.

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Questão 38: CEBRASPE (CESPE) - Med Leg (PCie PE)/PCie PE/2016


Assunto: Locução verbal
Texto CG1A1CCC

Alguns nascem surdos, mudos ou cegos. Outros dão o primeiro choro com um estrabismo deselegante, lábio leporino ou angioma feio no meio do rosto. Às vezes, ainda
há quem venha ao mundo com um pé torto, até com um membro já morto antes mesmo de ter vivido. Guylain Vignolles, esse, entrara na vida tendo como fardo o infeliz
trocadilho proporcionado pela junção de seu nome com seu sobrenome: Vilain Guignol, algo como “palhaço feio”, um jogo de palavras ruim que ecoara em seus ouvidos
desde seus primeiros passos na existência para nunca mais abandoná-lo.

Jean-Paul Didierlaurent. O leitor do trem das 6h27. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015 (com adaptações).

Seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto CG1A1CCC caso a forma verbal “entrara” (R.6) fosse substituída por

 a) entrava.
 b) haveria entrado.
 c) tinha entrado.
 d) há de entrar.
 e) entraria.

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Questão 39: CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (TCM-BA)/TCM BA/Controle Externo/2018


Assunto: Questões Variadas de Verbo
A questão baseia no texto apresentado abaixo.

Ainda existem pessoas para as quais a greve é um “escândalo”: isto é, não só um erro, uma desordem ou um delito, mas também um crime moral, uma ação intolerável
que perturba a própria natureza. “Inadmissível”, “escandalosa”, “revoltante”, dizem alguns leitores do Figaro, comentando uma greve recente. Para dizer a verdade, trata-
se de uma linguagem do tempo da Restauração, que exprime a sua mentalidade profunda. É a época em que a burguesia, que assumira o poder havia pouco tempo,
executa uma espécie de junção entre a moral e a natureza, oferecendo a uma a garantia da outra. Temendo-se a naturalização da moral, moraliza-se a natureza; finge-se
confundir a ordem política e a ordem natural, e decreta-se imoral tudo o que conteste as leis estruturais da sociedade que se quer defender. Para os prefeitos de Carlos X,
assim como para os leitores do Figaro de hoje, a greve constitui, em primeiro lugar, um desafio às prescrições da razão moralizada: “fazer greve é zombar de todos nós”,
isto é, mais do que infringir uma legalidade cívica, é infringir uma legalidade “natural”, atentar contra o bom senso, misto de moral e lógica, fundamento filosófico da
sociedade burguesa.
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   Nesse caso, o escândalo provém de uma ausência de lógica: a greve é escandalosa porque incomoda precisamente aqueles a quem ela não diz respeito. É a razão que
sofre e se revolta: a causalidade direta, mecânica, essa causalidade é perturbada; o efeito se dispersa incompreensivelmente longe da causa, escapa-lhe, o que é
intolerável e chocante. Ao contrário do que se poderia pensar sobre os sonhos da burguesia, essa classe tem uma concepção tirânica, infinitamente suscetível, da
causalidade: o fundamento da moral que professa não é de modo algum mágico, mas, sim, racional. Simplesmente, trata-se de uma racionalidade linear, estreita,
fundada, por assim dizer, numa correspondência numérica entre as causas e os efeitos. O que falta a essa racionalidade é, evidentemente, a ideia das funções complexas,
a imaginação de um desdobramento longínquo dos determinismos, de uma solidariedade entre os acontecimentos, que a tradição materialista sistematizou sob o nome
de totalidade.

Roland Barthes. O usuário da greve. In: R. Barthes. Mitologias. Tradução de Rita Buongermino, Pedro de Souza e Rejane Janowitzer. Rio de Janeiro: DIFEL, 2007, p. 135-6 (com adaptações).

No texto, com o emprego da forma verbal “assumira”, exprime-se

 a) a continuidade de uma ação ocorrida no passado.

 b) a concomitância de uma ação em relação a outra.

 c) o resultado presente de ação ocorrida no passado.

 d) o ponto inicial de ação ocorrida no passado.

 e) a anterioridade de uma ação em relação a outra.

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Questão 40: CEBRASPE (CESPE) - Aux TP (CPCRC)/CPCRC/Técnico de Edificações/2007


Assunto: Questões Variadas de Verbo
Texto para a questão.

Quem matou o rei Tut?

A trama palaciana começou há três milênios, quando uma criança de nove anos passou a governar o Egito. Nos suntuosos corredores da corte, respiravam-se
conspiração, ambição e traição. Passou-se uma década até que o rei Tutancâmon morresse misteriosamente. Milhares de anos depois o seu sarcófago foi localizado por
um arqueólogo britânico e a humanidade até hoje se fascina por cada peça nova que surge desse quebra-cabeça. O Museu do Cairo, onde está a múmia do faraó,
aprovou que o crânio fosse examinado com raio X: encontrou-se um fragmento de osso, o que fez aumentar as especulações de que sua morte fora provocada por
agressão — os especialistas asseguram que o famoso golpe recebido na cervical foi aplicado enquanto a vítima dormia ou estava em posição horizontal.

Istoé, 28/3/2007 (com adaptações).

Assinale a opção correta a respeito do emprego dos verbos no texto.

 a) No primeiro parágrafo, a flexão de singular em “há” deve-se ao uso do singular em “trama palaciana”.
 b) A substituição de “respiravam-se” por respirava-se preserva a coerência e a correção gramatical do texto.
 c) Mantêm-se a coerência textual e a correção gramatical ao se substituir “fosse”  por fora.
 d) Pelo desenvolvimento do texto, subentende-se a forma verbal foi antes de “recebido”.

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14/02/2023 00:21 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

Gabarito
1) D 2) C 3) C 4) D 5) D 6) D 7) B
8) A 9) A 10) B 11) A 12) C 13) A 14) C
15) C 16) C 17) E 18) B 19) D 20) A 21) B
22) A 23) E 24) B 25) B 26) D 27) C 28) E
29) D 30) D 31) B 32) C 33) C 34) B 35) C
36) B 37) A 38) C 39) E 40) B

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