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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA GESTÃO ESCOLAR

Autor: Camila Lopes Galeano1


Tutor externo: Jozinete Azevedo dos Santos2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (FLC28395PED) – Estágio Curricular Obrigatório III
04/12/2023

RESUMO

As brincadeiras e jogos estão presente desde muito cedo na infância de toda


criança, em casa, nas ruas, em qualquer lugar, encontra-se o brincar como
entretenimento, pois através do lúdico há um mundo cheio de fantasias, onde
satisfazem suas vontades e interesses, é também uma forma prazerosa de
interação com outras crianças e com adultos. Além de falar sobre a importância do
papel da gestão na vida do professor, quanto ao uso do lúdico como recurso em sala
de aula, mostrando também que o mesmo deve repensar sobre a formação
continuada para professor, com o intuito de se aperfeiçoar nas suas praticas
educativas. Foram utilizados pesquisa bibliográfica e coleta de dados por meio
das atividades desenvolvidas durante o estágio. O estágio proporcionou uma
aproximação com a gestão escolar para entender melhor como acontece esse
processo.

Palavras-chave: Gestão escolar. Educação Infantil. Ludicidade.

1 INTRODUÇÃO

A Educação Infantil é o primeiro contato que a criança tem com a escola,


sendo de fundamental importância que essa acolhida seja de forma prazerosa
para não causar problemas futuros. Desta maneira, as escolas ou creches
sempre procuram alternativas para despertar o interesse e a vontade do aluno
em frequentar as aulas. Portanto, utilizam o lúdico como forma de ensinar a
criança, desenvolvendo a cognição, percepção, entre outros aspectos, além de
explorar as habilidades de cada um.
Como tema, optou-se pela importância do lúdico na gestão escolar por
ser considerada uma ferramenta eficaz no processo de construção de

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: 813109@aluno.uniasselvi.com.br
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo XXXXXXXXX; E-mail:
28749@tutor.uniasselvi.com.br
conhecimento, principalmente na Educação Infantil, pois neste nível de ensino
a criança aprende brincando, de forma prazerosa por meio da ludicidade.
Pode-se entender que uma gestão de excelência dentro do ensino deve
buscar uma visão mais objetiva, com olhar na comunidade escolar em questão,
através de uma gerência escolar democrática e com a participação dos demais
que elabora e reelabora de forma sistemática. Atuando como um articulador
entre várias esferas, o gestor precisa ser um líder com visão de futuro, com
capacidade de planejamento e um trabalho solidário e democrático, antenado
as novas tendências tecnológicas que por sua vez, trazem benefícios no
desempenho de alunos, professores e funcionários. E seguindo essa lógica, o
Gestor Escolar é como um maestro que conduz uma orquestra, aqui
representada por todos os integrantes da escola: Alunos e os pais, os
professoras, os funcionários e a comunidade à qual pertence.

Hoje o gestor tem um papel importantíssimo, principalmente no que o


corpo docente da instituição da escola aplicara para as crianças, gestores de
hoje tem ser serem mais dinâmicos, terem muita leitura no que fala sobre o
lúdico, visando a real importância desse recurso para a sala de aula, portanto a
gestão de hoje tem que ser criativos, proporcionando a criação da autonomia
das crianças.

Ao decorrer do trabalho será apresentada uma abordagem sobre o papel


do gestor no desenvolver do lúdico na escola e a ludicidade na formação do
educador , e por fim a vivência e considerações do estágio.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O presente trabalho visa abranger a área de concentração metodologia


de ensino, voltada ao tema o papel da gestão no desenvolver o lúdico na
escola, vemos que hoje em dia para que o professor desenvolver um bom
trabalhar, usando o método lúdico, tem que ter a participação da gestão nisso,
dando o seu maior apoio ao professor, e tentar trazer formações continuada
sobre esse tema para que o profissional sempre esteja atualizado, para que os
seus alunos tenham um bom desenvolvimento.

É fundamental saber que, é necessário a escola e o professor procurem


adequa-se a novas novidades, inserir brincadeiras no cotidiano escolar e
preparar aulas dinâmicas. Não basta ter um lugar adequado para
aprendizagem, com muita riqueza e diversidade de materiais, é de suma
importância haver professores e educadores preparados para essa nova
concepção na escola. Nesse sentido, o uso dos jogos no contexto escolar pode
contribuir com tal mudança, pois ele promove um exercício de diálogo. Para
Soares (2013): “Ao se propor um jogo e/ou atividades lúdicas, faz-se a união
entre divertimento e aprendizagem, quebrando-se, assim, a formalidade entre
alunos e professores, além de socializa-los e fazê-los construir conjuntamente
o ensino”.

O gestor acaba exercendo o papel de líder, onde ele administrar um


grupo de profissionais, onde o mesmo deve motivá-los, para que o objetivo seja
alcançado.

Em um grupo é natural que se tenha a presença de um líder. Ele


assume uma posição de destaque e pode administrar as tarefas propostas,
motivando os demais a caminharem de modo que alcancem seus objetivos
( BARBOSA et al, 2014, pág. 357).

Para que o gestor seja um ator competente é necessário a permanente


busca do conhecimento atualizando-se com as literatura correspondente a sua
função. Ser líder não é um critério nato, contudo há pessoas que tem mais
facilidade na compreensão e atuação da liderança. Liderar significa nesse caso
conduzir e motivar os demais profissionais da sua área de atuação bem como a
comunidade escolar, tendo o diretor como podemos ver um papel fundamental
no desenvolvimento das atividades didáticas pedagógicas escola.
Um dos desafios dos gestores escolares, é a implantação de uma
política pedagógica norteado o lúdico no desenvolvimento das suas atividades
didáticas. Segundo Tristão (2010 p. 17): “O lúdico é considerado prazeroso,
devido à sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total,
criando um clima de entusiasmo”.

O lúdico é uma experiência plena, que pode colocar o indivíduo em um


estado de consciência ampliada e, consequentemente, em contato com
conteúdos inconscientes de experiências passadas, restaurando-as e, em
contato com o presente, anunciando possibilidades para o futuro. Sendo assim,
no estado lúdico, o ser humano está inteiro, ou seja, está vivenciando uma
experiência que integra sentimento, pensamento e ação, de forma plena.
Nessa perspectiva, não há separação entre esses elementos. A vivência se dá
nos níveis corporal, emocional, mental e social, de forma integral e integrada
(BACELAR, 2009, p. 24-25).

O propósito geral de conceber o lúdico processo de construção do


conhecimento do educando, além de contibuir um possível recurso pedagógico
que inter-relacione, brinquedos, jogos, brincadeiras nesse processo é a
formação integral do educando, semeando valores e atitudes que os farão ter
um futuro pleno. Portanto, sobre a ludicidade, podemos dizer que é o primeiro
processo de ensino aprendizado, e também um fator no processo da formação
da criança como ser humano.

Contextualizar as atividades lúdicas e recreativas, portanto, é o primeiro


processo de ensino aprendizagem, por assim entender que a relação de grupo
e a convivência com a diversidade cultural, são fatores primordiais e decisivos
no processo de formação humana da criança. (ANJOS, 2013, p. 14).
Assim, reconhecendo a importância do lúdico o gestor deve criar
políticas nas escolas para facilitar a prática da ludicidade na educação, pois o
professor sozinho talvez não consiga aplicar a atividade lúdica nas suas aulas.

O professor é, muitas vezes, apenas vítima de um sistema que cada vez


mais negligencia a educação em todos os aspectos, desde a falta de recursos
humanos e materiais até a falta de políticas públicas condizentes com as
características de um país tão rico em diversidade nas artes, saberes, cultura,
geografia, tradições etc (BACELAR, 2009, p. 71).

O diretor(a) sempre deve buscar mais formação continuada sobre o


lúdico para o seu corpo docente, para que sejam mais estimulados a trazerem
isso para a sala de aula, assim aumentando ainda mais o conhecimento do
educador.

Quanto mais o educador vivência a ludicidade, maior será o seu


conhecimento e a chance de ser tornar um profissonal
competente ,trabalhando com a criança de forma prazerosa estimulando a
contrução do conhecimento (MATOS, 2013, p.139).

Deve- se pensar que o educador quanto mais formação lúdica tiver, ira
resgatando a alegria do brincar, fazendo trazer isso para a sala de aula.
Conforme Matos (2013, p. 139): “A formação lúdica fará com que o adulto viva,
conviva e resgate o prazer e a alegria do brincar, transpondo assim esta
experiência para o campo da educação”. Quando o professor resgata um
pouco da sua infância, ele começará a entender um pouco do seu
comportamento em sala de aula, assim o mesmo quando se interessar,
conseguirá ir se modificando um pouco dia após dia.
Compreender a ação docente e modificá-la, se preciso, implica rever a
partir do resgate da infância do professor, as contribuiçentões e as
repercussões levadas para a sala de aula. A criança que fomos uma vez
resgatada, entendida, poderá ser um elemento chave para entender e
compreender o professor que somos. (MENDONÇA, 2008, p. 355)

Sendo o lúdico uma possibilidade de ponte da relação da criança com o


mundo externo, por esse fato, a gestão da escola tem que está mais perto do
cotidiano escolar. Gestão escolares e lúdicas andam lado a lado, dentro de
uma unidade de ensino, onde pode tornar um ambiente cada vez mais
saudável para as crianças que ali frequentam, pois como sabemos é pelo
lúdico que a criança se desenvolve. Não podendo a escola ser um ambiente
traumatizante para os pequenos.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

O estágio foi realizado no EMEI Santa Emilia está localizado na rua


Caracará nº 11, no Bairro Santa Emilia, na cidade de Campo Grande – MS.
Funciona no período integral, sendo das 06h:30min as 17h:30min. Atende
crianças com idade de 4 meses a 5 anos completos. No geral tem uma média
de 25 crianças atendidas em cada turma, com um total de 15 turmas, sendo
uma sala do Grupo I (idade entre 4 meses e 2 anos); duas salas do Grupo II
(com idades de 2 a 3 anos); duas salas do Grupo III (com idades de 3 a 4
anos); seis salas do Grupo IV (com idades de 4 a 5 anos) e quatro salas do
Grupo V (com idades de 5 a 6 anos).

Os planejamentos são feitos semanalmente. Os outros profissionais


como psicólogos, fonoaudiólogos, técnicos pedagógicos, psicopedagogos
advindos da Secretária da Municipal da Educação, os atendem a todos as
unidades do Município. A Escola tem como objetivo em atender a comunidade
nas modalidades de Educação infantil
oferecendo instrumentos para o desenvolvimento do educando e seu
preparo para o exercício da cidadania, baseado nos princípios de igualdade,
para que o processo de ensino aprendizagem aconteçam. Alguns dos objetivos
específicos que formam esse parâmetro são garantir a qualidade nas ações
educativas, oferecer condição para o desenvolvimento da criança, proporcionar
a interação, a socialização e a inclusão, possibilitando assim, cada sujeito o
processo de aprendizagem (alunos e funcionários) Gerenciar recursos
financeiros de maneira que toda comunidade escolar participe, dando
prioridade as questões pedagógicas, documentar trabalhos da escola
realizado, através de registros em ata e observações, concluir na medida do
possível, durante o ano letivo, o plano de curso (currículo escolar) referente a
cada turma/série, entre outros.

Com relação a infraestrutura, encontra-se em perfeitas condições de


uso, salas amplas e de tamanho grande, onde pode se comportar o números
de alunos em média de cada turma, que geralmente são de 20 a 25 alunos.
Não a necessidade de trazerem lanche de casa, pois na escola é servido
merenda escolar, seguem ao refeitório, onde possui seus respectivos cômodos
para refeição, tudo bem limpo e 8 higienizado.
Vale ressaltar que todos os estágios foram feitos e baseados em relação
lúdica, agora irei falar um pouco sobre a responsabilidade do gestor, sua rotina
e logo mais adiante sobre a breve entrevista do gestor escolar. Ao que se
refere à observação da gestora escolar são notórias que ela é proativa, sempre
estando dispostas a ajudar a resolver problemas e situações na hora evitando
assim acumular ou piorar. A gestora tem vinte anos de experiência, deste
atuante na instituição, eles tem um bom relacionamento com os alunos sendo
muito carinhosa, comunicativa, empenhada, preocupada. As crianças sempre
que a vêem dão bom dia, boa tarde, perguntam como ela está ou contam
alguma novidade, o relacionamento dela com os demais funcionários vêm na
mesma sintonia, a instituição tem um clima maravilhoso, pois todos os
funcionários tem um bom entrosamento ajudando uns aos outros na difícil
tarefa de ensinar nos dias atuais.
Os gastos da escola, são com frequência calculados, pensados e
repensados, como uma das prioridades para o período escolar e assim,
sabendo como cortar os custos, sem detrimento da qualidade de ensino. E de
suma importância voz da diretora escolar, fazer prestações de contas a
comunidade e dando continuidade assim, desenvolvendo ações para
capacitação de novos alunos.

Deve-se saber como reter os alunos que a escola possui, pensar quais
tipos de materiais de divulgação produzir, orientando a equipe a acompanhar
este material, no caso redes sociais, e-mails, blogs, sites e de forma efetiva e
sempre com orientações de sua equipe mantendo um relacionamento próximo
com os contatos interessados em estudar na escola e mantendo informado
sobre tendências educacionais e auxiliar o professor para que deem aulas
interessantes e relevantes para seus alunos. Sem esquecer de acompanhar a
evolução e direcionar a equipe no preparo de materiais para que os alunos com
baixo desempenho, alunos superdotados e os alunos de necessidades
especiais. Definir junto com a coordenação pedagógica e docentes que tipo de
materiais e recursos, são necessários para atender todos os alunos da
instituição.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Diante das pesquisas realizadas, constata-se que o lúdico é uma


ferramenta poderosa que deve ser usado no processo de ensino e
aprendizagem, pois se resume em uma forma simples de trabalhar para o
professor e prazerosa para as crianças que já trazem consigo, durante toda a
sua infância o prazer de brincar, através do cantar, das histórias, das
brincadeiras de rua, dos desenhos, etc. e que isso deve ser gerenciado pela
gestão escolar a fim de garantir os diretos da criança.
As atividades práticas realizadas durante o estágio, tanto a observação
em sala de aula, como também as regências e desenvolvimento dos planos de
aula, contribuíram de forma significativa para a pesquisa desenvolvida. Desta
forma, procurou-se destacar os pontos positivos em relação ao uso do lúdico
na educação infantil como processo de ensino aprendizagem.
A utilização do lúdico em sala de aula é vantajoso, pois as brincadeiras
podem ser aplicadas de forma fácil e sem muitos custos em relação aos muitos
benefícios que este traz para o desenvolvimento da criança, além de despertar
no aluno o interesse e a interação com seus colegas e com os professores.
O gestor escolar deve entender que seu papel é de suma importância no
que diz respeito ao gerenciamento de recursos a fim de proporcionar ao
educando, uma forma de aprender prazerosa e com materiais pedagógicos que
contribuam para isso.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos.


São Paulo: Loyola, 67 p. 1995.

ANJOS, Jairo Alves dos. A importância das atividades lúdicas nas aulas de
educação física no processo ensino aprendizagem. Ariquemes, 2013.

BACELAR, Vera. Ludicidade e Educação Infantil. Salvador, EDUFBA, 2009.

BARBOSA, Eliane; CASTILHO, Éllen Patrícia Alves; BRANDÃO, Deyse


Cristina. Estágio curricular obrigatório na gestão escolar: observações,
participações e intervenções pedagógicas. UEL, 2014.

MATOS, Marcela Moura. O lúdico na formação do educador: contribuições na


educação infantil. Cairu em revista, v. 2, n. 2, 2013.

MENDONÇA, João Guilherme Rodrigues de. Formação de Professores: a


dimensão lúdica em questão. Cadernos da Pedagogia, v. 2, n. 3, 2008.

SOARES, M. H. F. B. Jogos e atividades lúdicas para o Ensino de Química.


Goiânia: Kelps, 2013.

TRISTÃO, Marly Bernardino. O lúdico na prática docente. Porto Alegre:


UFRGS, 2010.
ANEXO

Registro de Frequência

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