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Trabalho Terceirização Trabalhista
Trabalho Terceirização Trabalhista
Angélica
Bruna Biondi
Camila Martins
Fernanda Mendes
Francisca
Frederico
Hérica Correa
Jéssica Alves
Márcia
Rafael Sarto
Tamires Borges
Terceirização
Trabalho apresentado ao
Curso de Direito da Faculdade
Cenecista de Varginha, como
requisito parcial para a
obtenção de crédito na
disciplina de Direito do
Trabalho I, ministrada pela
Professora Rosilaine Chaves.
Varginha/MG
Junho de 2013
TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA
- INTRODUÇÃO
Ressalta Maurício Godinho que a expressão terceirização resulta de neologismo
oriundo da palavra terceiro, compreendido como intermediário, interveniente. Não se trata,
afirma o doutrinador, de terceiro, na acepção jurídica, como o estranho a certa relação
jurídica entre duas ou mais partes. O neologismo foi construído visando enfatizar a
descentralização empresarial de atividades para outrem, um terceiro à empresa.
A terceirização é um fenômeno resultante da dinâmica das relações de trabalho, que
proporcionou o surgimento desta nova forma de subordinação do empregado,
estruturalmente distinta de formas anteriores. O trabalhador se insere no processo
produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços justrabalhistas, que
se preservam fixados numa entidade interveniente, provocando uma relação trilateral em
face da contratação de força de trabalho no mercado capitalista: o obreiro, prestador de
serviços, que realiza, suas atividades materiais e intelectuais junto à empresa tomadoras;
a empresa terceirizante, que contrata o obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos
trabalhistas pertinentes; a empresa tomadora de serviços, que recebe a prestação de
serviços, mas não assume a posição de empregadora do trabalhador.
O modelo trilateral é algo inovador no âmbito das relações de trabalho e em face dos
institutos tradicionais adotados pela Consolidação das Leis Trabalhistas, que se funda no
modelo bilateral, em que o tomador se serviços se responsabiliza integralmente pelos
encargos trabalhistas e previdenciários oriundos do contrato de trabalho. A dissociação
entre relação econômica de trabalho (firmada com a empresa tomadora) e relação jurídica
empregatícia (firmada com a empresa terceirizante) provoca um desequilíbrio na tessitura
da proteção traçada pelo Direito do Trabalho para resguardar a posição jurídica do obreiro,
sobretudo tendo em vista tutelar a indisponibilidade dos interesses envolvidos no contrato
de trabalho. Representa, de certo modo, uma mitigação do regime geral tratado pela CLT.
JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTA
A Jurisprudência Trabalhista desde 1970 digladiou sobre terceirização, a lacuna
sobre o tema conduziu à varias interpretações pela jurisprudência em busca de
assimilar a atividade ao cenário normativo trabalhista existente.
Em 1980 Tribunal Superior do Trabalho fixou uma súmula jurisprudencial a
respeito do problema, que trazia orientações e exceções as hipóteses de contratação
terceirizada de trabalho, Sumula 256, TST, alguns dos tópicos tratados na sumula
continuavam com a cultura jurídica posterior, tratando terceirização como exceção e
preservando o processo celetista como a regra básica.
Alem disso a sumula continha um rol exaustivo de exceções , essa e varias
outras circunstancias levaram a revisão da referida sumula, editando a Súmula, 331 do
TST, que no ano de 2000 teve uma revisão para esclarecer a responsabilidade
subsidiaria para o órgão da administração direta, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
Em 2010 com a decisão do STF na ADC 16 afastou a responsabilidade objetiva
do estado em casos de terceirização e houve outra reforma na Súmula 331,
incorporando hipóteses de exceções do Decreto Lei n.200/67.
A alteração mais significativa foi a distinção entre atividades-meio e atividades-
fim, tal distinção marca um dos critérios de aferição da ilicitude (ou não) da
terceirização perpetrada.
Por fim em 2011 a Súmula 331 do TST teve uma inserção para definir a ampla
responsabilidade do tomador de serviços.
Hipóteses de Pactuaçáo
A lei 6.019/74 especifica as circunstancias de autorização de contratação pelas
empresas tomadoras de trabalhador temporário, cedido por empresa terceirizantes.
São elas: ou se trata de atendimento a necessidades transitórias de substituição de
pessoal regular e permanente da empresa tomadora; ou se trata de necessidade
resultante de acréscimo extraordinário de serviços dessa empresa tomadora. (art. 2º
da referida lei)
A primeira hipótese diz respeito a substituição por situações rotineiras dos
empregados permanentes. EX: licença maternidade, férias.
A segunda abrange situações de elevação excepcional da produção ou de
serviços da empresa tomadora. EX: aumento nas vendas.
Essas duas restritas hipóteses de pactuaçao são requisitos a licitude da
existência do trabalho temporário, o desrespeito a estas hipóteses compromete a
relação trilateral, configurando assim, relação de emprego regida pela CLT. (Sumula
331m TST)
Além das restritas hipóteses de pactuaçao examinadas, que dizem respeito à
empresa tomadora de serviços temporários a ordem jurídica também estabelece
requisitos quanto ao tipo de trabalhador e respectivos serviços ou funções prestadas.
A ordem especial que regula o trabalho temporário dispõe que não será
qualquer trabalhador que poderá reger-se por esse tipo legal, de modo a evitar fraude
no tocante as hipóteses de pactuaçao terceirizada.
Formalidades e prazo
A forma prefixada é parte integrante da essência dessa figura contratual. Esse
contrato trabalhista excepcional não pode ser tácito ou meramente verbal: a ordem
jurídica exige que seja formulado por escrito. (art. 11 da lei 6.019/74)
Do mesmo modo tem que ser o contrato firmado entre a empresa terceirizante
e a tomadora. De par com esta exigência, deve o contrato também constar o motivo
justificador da demanda de trabalho temporário.
A falta desses requisitos da origem a descaracterização de tal contrato dado a este
caráter bilateral, em respeito ao empregado.
A norma ainda fixa prazo Maximo de três meses para utilização do trabalho
temporário pela empresa tomadora, extrapolado tal prazo desconsidera-se o contrato
temporário.
Ressalta-se porem que este prazo pode ser ampliado em conformidade com
autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho. (art. 10 da lei
6.019/74).
Litisconsórcio Passivo
Só poderá havê-lo se o tomador de serviços em situações de terceirização
compuser o polo passivo da lide trabalhista instaurada.
É o que resulta o texto da súmula 331 IV, TST “o inadimplemento das
obrigações trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações desde que haja
participado da relação processual e conste também do titulo executivo judicial”.
Terceirização e Atuação Sindical
Terceirizados, em regra, não têm direito Possui legislação específica, Lei 6.019/74
ao mesmo salário e jornada dos
empregados da tomadora