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CNEC/FACECA

FACULDADE CENECISTA DE VARGINHA

Angélica
Bruna Biondi
Camila Martins
Fernanda Mendes
Francisca
Frederico
Hérica Correa
Jéssica Alves
Márcia
Rafael Sarto
Tamires Borges

Terceirização

Trabalho apresentado ao
Curso de Direito da Faculdade
Cenecista de Varginha, como
requisito parcial para a
obtenção de crédito na
disciplina de Direito do
Trabalho I, ministrada pela
Professora Rosilaine Chaves.

Varginha/MG
Junho de 2013
TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA
- INTRODUÇÃO
Ressalta Maurício Godinho que a expressão terceirização resulta de neologismo
oriundo da palavra terceiro, compreendido como intermediário, interveniente. Não se trata,
afirma o doutrinador, de terceiro, na acepção jurídica, como o estranho a certa relação
jurídica entre duas ou mais partes. O neologismo foi construído visando enfatizar a
descentralização empresarial de atividades para outrem, um terceiro à empresa.
A terceirização é um fenômeno resultante da dinâmica das relações de trabalho, que
proporcionou o surgimento desta nova forma de subordinação do empregado,
estruturalmente distinta de formas anteriores. O trabalhador se insere no processo
produtivo do tomador de serviços sem que se estendam a este os laços justrabalhistas, que
se preservam fixados numa entidade interveniente, provocando uma relação trilateral em
face da contratação de força de trabalho no mercado capitalista: o obreiro, prestador de
serviços, que realiza, suas atividades materiais e intelectuais junto à empresa tomadoras;
a empresa terceirizante, que contrata o obreiro, firmando com ele os vínculos jurídicos
trabalhistas pertinentes; a empresa tomadora de serviços, que recebe a prestação de
serviços, mas não assume a posição de empregadora do trabalhador.
O modelo trilateral é algo inovador no âmbito das relações de trabalho e em face dos
institutos tradicionais adotados pela Consolidação das Leis Trabalhistas, que se funda no
modelo bilateral, em que o tomador se serviços se responsabiliza integralmente pelos
encargos trabalhistas e previdenciários oriundos do contrato de trabalho. A dissociação
entre relação econômica de trabalho (firmada com a empresa tomadora) e relação jurídica
empregatícia (firmada com a empresa terceirizante) provoca um desequilíbrio na tessitura
da proteção traçada pelo Direito do Trabalho para resguardar a posição jurídica do obreiro,
sobretudo tendo em vista tutelar a indisponibilidade dos interesses envolvidos no contrato
de trabalho. Representa, de certo modo, uma mitigação do regime geral tratado pela CLT.

- EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL


De acordo com Maurício Godinho Delgado, a terceirização assumiu clareza
estrutural no país apenas a partir da década de 70. Segundo o autor, quando a CLT foi
elaborada (1940), o fenômeno não tinha a abrangência assumida nos últimos trinta anos do
século XX, nem sequer merecia atenção especial.
A CLT fez menção a apenas duas figuras delimitadas de subcontratação de mão de
obra: a empreitada e subempreitada (art. 455), englobando também a figura da pequena
empreitada (art. 652, “a”, III, CLT).
Em fins da década de 1960 e início dos anos 70 é que a ordem jurídica instituiu
referência normativa mais destacada ao fenômeno da Terceirização (ainda não designado
por tal epíteto nessa época, esclareça-se). Mesmo assim tal referência dizia respeito apenas
ao segmento público (melhor definindo: segmento estatal) do mercado de trabalho –
administração direta e indireta da União, Estados e Municípios.
A partir da década de 1970 a legislação heterônoma incorporou um diploma
normativo que tratava especificamente da terceirização, estendendo-a ao campo privado da
economia: a Lei do Trabalho Temporário (Lei n. 6.019/74).
Tão importante quanto essa revolução legislativa para o estudo e compreensão do
fenômeno seria o fato de que o segmento privado da economia, ao longo dos últimos 30
anos do século XX, passou a incorporar, crescentemente, praticas de terceirização da força
de trabalho, independentemente da existência de texto legal autorizativo da exceção ao
modelo empregatício clássico.

- II. NORMATIVIDADE JURÍDICA SOBRE TERCEIRIZAÇÃO


O avanço do processo de terceirização no mercado de trabalho brasileiro das ultimas
décadas tem desafiado a hegemonia da fórmula clássica de relação empregatícia bilateral,
expressa nos arts. 2°, caput, e 3°, caput, da CLT.
Uma singularidade desse desafio crescente reside no fato de que o fenômeno
terceirizante tem evoluído, em boa medida, à margem da normatividade heterônoma
estatal, como um processo informal, situado fora dos traços gerais fixados pelo Direito do
Trabalho no país.
Não obstante a um pequeno grupo de normas autorizativas da terceirização, houve a
realização de esforço hermenêutico destacado por parte dos Tribunais de Trabalho, na busca
da compreensão da natureza do referido processo e, afinal, do encontro da ordem jurídica a
ele aplicável.
LEGISLAÇÃO HETERÔNOMA ESTATAL
Destarte as antigas referências celetistas sobre empreitada e subempreitada)
arts. 455 e 652, “a”, III, CLT), os primeiros diplomas a tratarem especificamente do
fenômeno que seria, em seguida, chamado de terceiriza pão dizem respeito, como
visto, ao segmento estatal do mercado de trabalho. Efetivamente, no âmbito da
administração pública criaram-se alguns mecanismos jurídicos propiciadores da
denominada descentralização administrativa, através da contratação de trabalhadores
assalariados por interpostas empresas, para realização de serviços de apoio,
instrumentais, meramente de execução. Esse o sentido de diplomas legais como o
Dec.-Lei n.200, de 1967 (art. 10) e a Lei n.5.645, de 1970.
O diploma normativo de l967 dispõe que a”(...) execução das atividades da
Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada” (art. 10, caput, Dec.-
Lei n. 200/67; grifos acrescidos). Completa esse preceito da reforma administrativa
estatal: “Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordena pão,
supervisão e controle como objetivo de impedir o crescimento desmesurado da má
quina administrativa, a Administra pão procurará desobrigar-se da realização material
de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, a execução indireta, mediante
contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e
capacitada a desempenhar os encargos de execução”).
A autorização legal à terceirização no âmbito das entidades estatais é, como
visto, limitada exclusivamente a atividades-meio, atividades meramente instrumentais.
Não há na ordem jurídica até então qualquer permissivo à terceirização de atividades-
fim dos entes tomadores de serviço.
O modelo terceirizante da Lei n. 6.019/74 (a ser detidamente estudado no item
V, abaixo) produziu, indubitavelmente, uma inflexão no sistema trabalhista do país, já
que contrapunha à clássica relação bilateral (própria à CLT) uma nova relação trilateral
de prestação laborativa, dissociando o fato do trabalho do vínculo jurídico que lhe
seria inerente. Contudo, ainda assim tal inflexão foi limitada, uma vez que a fórmula do
trabalho temporário não autorizava a terceirização permanente, produzindo
efeitos transitórios no tempo. É verdade que a Lei n. 7.102, de 1983 veio prever a
sistemática de terceirização permanente.
Entretanto, seus efeitos também quedaram-se algo restritos, por instituir a lei
mecanismo de contratação terceirizada abrangente apenas de específica categoria
profissional, os vigilantes.
A Lei n. 8.036, de 1990 (Lei do FGTS), por exemplo, tentou reunir na mesma fórmula
conceitual referente às figuras de empregador e empregado tanto a relação de
emprego típica como a relação trilateral terceirizante distinta da primeira. Nessa linha,
define a Lei n. 8.036/90 (Lei do FGIS, art. 15, § 1º) empregador como a pessoa física ou
jurídica.
As alterações legais produzidas por esses diplomas envolventes ao processo de
terceirização produziram curiosa perplexidade em outros textos legais trabalhistas. A
ruptura com a fórmula bilateral de contratação de trabalho subordinado (empregador-
empregado - art. 2º e 3º, CLT), em virtude do avanço da fórmula trilateral terceirizante,
conduziu a certo desajuste teórico no legislador trabalhista do país.
CONSTITUIÇÃO DE 1988
Na constituição de 1988 foram estabelecidos limites ao processo de terceirização
laborativa na economia e na sociedade, embora não haja regulamentação específica,
tais limites são encontrados no conjunto normativo da constituição, seja nos princípios
ou nas regras assecuratórias estabelecidas nos fundamentos e nos objetivos
fundamentais, que possuem inquestionável natureza e força normativa, a partir desse
contexto a constituição estabelece os Princípios gerais da atividade econômica
(Capitulo I do Titulo VII), na Justiça Social, função Social da propriedade, redução das
desigualdades regionais e sociais e a busca do pleno emprego (Artigo 170), ordem
Social (Capitulo I do Titulo VIII), enfatizando o primado do trabalho, e como objetivo o
bem estar e a justiça social (art.193).
Nessa lógica diz Mauricio Godinho Delgado “ Não cabem formulas de utilização
do trabalho que esgarcem o patamar civilizatório mínimo instituído pela ordem
jurídica constitucional e legal do país” ,por isso a pratica empresarial terceirizante
deve manter o seu processo dentro do mínimo delimitado, no piso intransponível do
comando normativo constitucional.

JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTA
A Jurisprudência Trabalhista desde 1970 digladiou sobre terceirização, a lacuna
sobre o tema conduziu à varias interpretações pela jurisprudência em busca de
assimilar a atividade ao cenário normativo trabalhista existente.
Em 1980 Tribunal Superior do Trabalho fixou uma súmula jurisprudencial a
respeito do problema, que trazia orientações e exceções as hipóteses de contratação
terceirizada de trabalho, Sumula 256, TST, alguns dos tópicos tratados na sumula
continuavam com a cultura jurídica posterior, tratando terceirização como exceção e
preservando o processo celetista como a regra básica.
Alem disso a sumula continha um rol exaustivo de exceções , essa e varias
outras circunstancias levaram a revisão da referida sumula, editando a Súmula, 331 do
TST, que no ano de 2000 teve uma revisão para esclarecer a responsabilidade
subsidiaria para o órgão da administração direta, das autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
Em 2010 com a decisão do STF na ADC 16 afastou a responsabilidade objetiva
do estado em casos de terceirização e houve outra reforma na Súmula 331,
incorporando hipóteses de exceções do Decreto Lei n.200/67.
A alteração mais significativa foi a distinção entre atividades-meio e atividades-
fim, tal distinção marca um dos critérios de aferição da ilicitude (ou não) da
terceirização perpetrada.
Por fim em 2011 a Súmula 331 do TST teve uma inserção para definir a ampla
responsabilidade do tomador de serviços.

III. TERCEIRIZAÇÃO: CARACTERIZAÇÃO E EFEITOS JURÍDICOS


1. Terceirização lícita e ilícita
A ordem justrabalhista distingue entre terceirização lícita e ilícita:
A) Terceirização Lícita: situações-tipo – As situações-tipo de terceirização lícita estão,
hoje, claramente assentadas no texto da súmula 331, TST. Constituem quatro grandes
grupos de situações sociojurídicas determinadas que seguem.
Em primeiro lugar, situações empresariais que autorizem a contratação de
trabalho temporário (súmula 331, I).
Se trata de necessidades transitórias de substituição de pessoal regular e
permanente da empresa tomadora ou se trata de necessidade resultante de acréscimo
extraordinário de serviços dessa empresa. São situações expressamente especificadas
na Lei n° 6.019/74.
Em segundo lugar, atividades de vigilância, regidas pela Lei n° 7.102/83 (Súmula
331, III, ab initio).
Não só apenas o seguimento bancário, mais quaisquer segmentos do mercado
de trabalho (inclusive pessoas naturais), que contratem serviços de vigilancia mediante
empresas especializadas poderão, no tocante a esse tipo de força de trabalho e
serviços especializados, valer-se do instrumento jurídico da terceirização.
Ressalte-se, porém que vigilante não é vigia. Vigilante é membro de categoria
especial, diferenciada, diferentemente do vigia que se submete a regras da categoria
definida peça atividade do empregador. Vigilante submete-se a regras próprias não
somente quanto a formação e treinamento da força de trabalho como também à
estrutura e dinâmica da própria entidade empresarial.
O terceiro grupo de situações passíveis de contratação terceirizada licita é o
que envolve atividades de conservação e limpeza (Súmula 331, III).
Esse rol encontra-se inserido expressamente no texto da Lei 5.645/70 e foi uma
das primeiras atividades a ensejar práticas terceirizantes no mercado de trabalho
privado do país.
O quarto grupo diz respeito a serviços especializados ligados a atividade-meio
do tomador.
Esse grupo envolve atividades não expressamente discriminadas, mas que se
caracterizam pela circunstância unívoca de serem atividades que não se ajustam ao
núcleo das atividades empresariais do tomador de serviços, não se ajustam, pois, às
atividades-fim do tomador.
Atividades-fim podem ser conceituadas como as funções e tarefas empresariais
e laborais que não se ajustam ao núcleo da dinâmica empresarial do tomador de
serviços, diferentemente das atividades-meio que são aquelas funções e tarefas
empresariais e laborais que não se ajustam ao núcleo da dinâmica empresarial do
tomador de serviços.

B) Ausência de Pessoalidade e Subordinação Diretas


A jurisprudência admite terceirização apenas enquanto modalidade de
contratação de prestação de serviços entre duas entidades empresariais, mediante a
qual a empresa terceirizante responde pela direção dos serviços efetuados por seu
trabalhador no estabelecimento da tomadora. A subordinação e a pessoalidade, desse
modo, terão de se manter perante a empresa terceirizante e não diretamente em face
da empresa tomadora dos serviços terceirizados.
C) Terceirização Ilícita
Excluídas as quatro situações-tipo acima examinadas, não há na ordem jurídica
do país preceito legal a dar validade trabalhista a contratos mediante os quais uma
pessoa física preste serviços não eventuais, onerosos, pessoais e subordinados a
outrem, sem que esse tomador responda, juridicamente, pela relação laboral
estabelecida.
2. Efeitos Jurídicos da Terceirização
Dois aspectos importantes devem merecer análise circunstanciada em qualquer
estudo sobre terceirização, vejamos:
A) Vínculo com o tomador de serviços
Configurada a terceirização ilícita a ordem jurídica determina que se considera
desfeito o vínculo laboral com o empregador aparente – entidade terceirizante –
formando-se o vínculo trabalhista do obreiro diretamente com o tomador dos serviços.
No caso de terceirização regular mantém-se intocado o vínculo jurídico com a empresa
terceirizante.
B) Isonomia: Salário Equitativo
A Constituição estabelece, taxativamente, proibição de distinção entre trabalho
manual, técnico e intelectual ou entre profissionais respectivos (art.7°, XXXII)
A lei do trabalho temporário, por sua vez, determina que, mesmo na hipótese
da terceirização lícita por ela regulada, fica garantida ao trabalhador terceirizado
remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria da
empresa tomadora ou cliente calculados à base horária, ou seja, salário equitativo.

IV - ESPECIFICIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A Constituição de 1988 lançou uma particularidade no tocante aos efeitos
jurídicos da terceirização efetuada por entidades da administração pública direta,
indireta e fundacional. Colocou que para a investidura em cargos ou emprego público
é necessária a aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Impondo com isso um obstáculo ao reconhecimento de vínculos empregatícios com
entes da administração publica, ainda que configurada a ilicitude da terceirização.
Desta feita, torna-se inviável, juridicamente, acatar-se a relação empregatícia
com entidades estatais mesmo em situações de terceirização lícita, já que o requisito é
a aprovação em concurso público.
A Constituição visou estabelecer uma garantia em favor de toda a sociedade,
colocando que a administração e patrimônios públicos sintetizam valores e interesses
de toda a coletividade, sobrepondo-se aos interesses particulares.
A Súmula 331, II do TST absolveu esta vedação constitucional: “ A contratação
irregular de trabalhador, através de empresa interposta, não gera vínculo de emprego
com os órgãos da administração Pública Direta, Indireta e Fundacional”.
Com isso, gerou-se um problema, ainda não pacificado, na Jurisprudência, por não
responder sobre a totalidade dos efeitos da terceirização ilícita praticada por
entidades da administração estatal. Três posições são encontradas a respeito do
problema.
Em um primeiro polo extremado, sustenta-se que, à medida que terceirização
ilícita não gera vínculo com as entidades estatais, não teria ela também aptidão para
produzir qualquer diferença justrabalhista em benefício do trabalhador ilicitamente
terceirizado. Não se trata aqui, de se negar comunicação remuneratória à terceirização
lícita. Trata-se, de negar comunicação remuneratória à prática trabalhista ilícita,
beneficiando os sujeitos favorecidos pela ilicitude perpetrada.
A segunda posição situa-se no polo extremado oposto, suplantando texto
constitucional expresso vedatório de vinculo empregatício sem concurso público. Tal
vertente sustenta que a prática ilícita não poderia beneficiar aquele que já foi por ela
economicamente favorecido (entidade estatal tomadora de serviços). Considera que a
presente situação não foge à situação-padrão de nulidade do Direito do Trabalho,
sofrendo efeitos comuns do ramo: convalidam-se os atos praticados, conferindo-se
validade ao vínculo jurídico com o ente estatal tomador dos serviços, que assume, a
posição de empregador desde o inicio da relação socioeconômica verificada.
Uma terceira posição adota o caminho hermenêutico que coloca-se em linha
equidistante das outras duas correntes. Esta reconhece a linha interpretativa da
primeira corrente onde confere o mérito de conferir eficácia ao comando
constitucional (nega o vinculo empregatício sem o concurso publico), mas padece de
falha de compreender que pode a ordem jurídica conferir tratamento privilegiado ao
ato ilícito.Na segunda corrente teria o mérito de buscar alternativas para que o ilícito
trabalhista não favorecesse aquele que já foi beneficiado pelo trabalho despendido.
Padece de falha de fazer absoluta tabula rasa do texto constitucional, negando mínima
eficácia à vedação nele contida.
Já a corrente intermediária, tornou-se relativamente prestigiada na
jurisprudência. Ela considera que o primeiro passo para interpretar-se a ordem
constitucional e justrabalhista é não se negar validade e eficácia à Constituição, mas
permaneceria o dilema de compatibilizar-se, harmonizar-se a vedação constitucional
ao reconhecimento do vínculo empregatício com entidades estatais sem concurso,
com os inúmeros princípios e regras constitucionais tão relevantes quanto a regra
vedatória. Como efetivar-se a necessária compatibilização de regras e princípios se
estiver, no caso concreto, diante da circunstancia de prestação concomitante de igual
trabalho tanto por empregado direto como por trabalhador ilicitamente terceirizado,
na mesma entidade estatal?
A resposta está na garantia da observância da isonomia no núcleo da relação jurídica
trabalhista pactuada, afastando-se os efeitos perversos e discriminatórios tentados
pela terceirização ilícita.
Afastando esses efeitos antijurídicos da terceirização ilícita suporia assegurar-se
ao trabalhador terceirizados todas as verbas trabalhistas legais e normativas aplicáveis
ao empregado estatal direto quando estes cumprissem as mesmas funções ou funções
especificas exercidas pelo trabalhador terceirizado junto ao ente estatal.
Ficando ao empregador formal, em primeiro plano, a responsabilidade sobre as verbas
derivadas da isonomia e comunicação remuneratórias, cabendo ao ente estatal
responder subsidiariamente, por tais verbas, na linha já autorizada pela Súmula 331,IV
do TST.
O STF ao julgar a ADC 16, em sessão de 24.11.2010, considerou incabível fixar-se
automaticamente a responsabilidade das entidades estatais em face do
inadimplemento trabalhista da empresa terceirizada. Torna-se necessária a presença
da culpa in vigilando da entidade estatal. Afastou o STF, a responsabilidade objetiva,
por considerar não aplicável às relações de terceirização e a responsabilidade subjetiva
por culpa in eligendo, havendo processo licitatório.
Diante desta decisão, o TST, em 2001, conferiu nova redação à Súmula 331,
implementando o inc V, que aduz, caso a entidade estatal não cumpra suas obrigações,
especialmente a fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviços, fica responsável subsidiariamente nas mesmas condições do
inc. IV.
A culpa desponta como manifestamente presumida, pois é dever do ente estatal
fiscalizar o cumprimento de obrigações legais e contratuais do trabalhista prestador de
serviços.
De modo que o novo item V da Súmula 331, considera preciso que verifique nos
autos a conduta culposa da entidade estatal, tratando-se de omissão culposa quanto à
fiscalização, ou seja, culpa in vigilando.
V- Terceirização através da lei nº 6.019/74.
A ordem jurídica regula detalhadamente estas situações/tipo de terceirização
chamado trabalho temporário.
As normas especiais que incidem sobre tal relação e sua ampla recorrência na
dinâmica concreta do mercado de trabalho tornam necessário exame analítico acerca
dessa formula jurídico terceirizante. A lei 6.019/74 ao criar tal figura (trabalho
temporário), pareceu querer firmar tipicidades especiais, diferentes da
clássica/celetista, alem de aprovar a terceirização, fixa rol modestos de direitos, e
regras menos favoráveis que aos empregados clássicos.
A jurisprudência trabalhista ao longo das décadas desde 1974 buscou trazer tal
figura para dentro das fronteiras juslaborativas. Deste modo hoje prepondera o
entendimento de que apenas se diferencia do contrato clássico por se submeter a
regras especiais.
Nesta linha todas as situações envolvendo terceirização (conservação e
limpeza, atividade-meio, vigilância, trabalho temporário) caso tenha no pólo do
prestador de serviço uma pessoa natural que labore com os cinco requisitos da relação
de emprego, são situações regidas pelo Direito do Trabalho, com o contrato de
empregado entre o obreiro e a empresa terceirezante.
A lei mencionada criou relação jus trabalhista trilateral, sendo: a empresa de
trabalho temporário ou terceirizante, o trabalhador temporário e a empresa tomadora
de serviço ou cliente.
O vinculo do trabalhador temporário se da com a empresa terceirizante
embora preste serviço para empresa tomadora, ponto este que se difere dos contratos
clássicos rompendo com a dualidade combinada que caracteriza este ultimo.
O trabalhador terceirizado não se confunde com o admitido a prazo, este
ultimo é empregado clássico, regido pela CLT.
Compreende-se como empresa de trabalho terceirizado a pessoa física ou
jurídica urbana, cuja atividade é colocar a disposição de outras empresas,
temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por elas remunerados e
assistidos. (art. 4º da lei 6.019/74)
Trabalhador temporário é aquele juridicamente vinculado a empresa de
trabalho temporário, de quem recebe, presta serviço a outras empresas, para atender
necessidades transitórias de substituição do pessoal regalar e permanente ou a
acréscimo extraordinário.

Hipóteses de Pactuaçáo
A lei 6.019/74 especifica as circunstancias de autorização de contratação pelas
empresas tomadoras de trabalhador temporário, cedido por empresa terceirizantes.
São elas: ou se trata de atendimento a necessidades transitórias de substituição de
pessoal regular e permanente da empresa tomadora; ou se trata de necessidade
resultante de acréscimo extraordinário de serviços dessa empresa tomadora. (art. 2º
da referida lei)
A primeira hipótese diz respeito a substituição por situações rotineiras dos
empregados permanentes. EX: licença maternidade, férias.
A segunda abrange situações de elevação excepcional da produção ou de
serviços da empresa tomadora. EX: aumento nas vendas.
Essas duas restritas hipóteses de pactuaçao são requisitos a licitude da
existência do trabalho temporário, o desrespeito a estas hipóteses compromete a
relação trilateral, configurando assim, relação de emprego regida pela CLT. (Sumula
331m TST)
Além das restritas hipóteses de pactuaçao examinadas, que dizem respeito à
empresa tomadora de serviços temporários a ordem jurídica também estabelece
requisitos quanto ao tipo de trabalhador e respectivos serviços ou funções prestadas.
A ordem especial que regula o trabalho temporário dispõe que não será
qualquer trabalhador que poderá reger-se por esse tipo legal, de modo a evitar fraude
no tocante as hipóteses de pactuaçao terceirizada.

Formalidades e prazo
A forma prefixada é parte integrante da essência dessa figura contratual. Esse
contrato trabalhista excepcional não pode ser tácito ou meramente verbal: a ordem
jurídica exige que seja formulado por escrito. (art. 11 da lei 6.019/74)
Do mesmo modo tem que ser o contrato firmado entre a empresa terceirizante
e a tomadora. De par com esta exigência, deve o contrato também constar o motivo
justificador da demanda de trabalho temporário.
A falta desses requisitos da origem a descaracterização de tal contrato dado a este
caráter bilateral, em respeito ao empregado.
A norma ainda fixa prazo Maximo de três meses para utilização do trabalho
temporário pela empresa tomadora, extrapolado tal prazo desconsidera-se o contrato
temporário.
Ressalta-se porem que este prazo pode ser ampliado em conformidade com
autorização conferida pelo órgão local do Ministério do Trabalho. (art. 10 da lei
6.019/74).

Direitos da Categoria Temporária


Os direitos dirigidos a estes trabalhadores temporários eram, no princípio,
muito reduzidos em relação aos direitos dos trabalhadores regulados pela CLT.
Porém, ao longo dos anos aumentaram as interpretações jurisprudenciais e
doutrinárias a respeito dos direitos dessa categoria de trabalhadores, aproximando o
tratamento jurídico conferido a seus integrantes do padrão geral prevalecente no
Direito do Trabalho.
A Lei 6.019/74, art. 12, arrola os seguintes direitos aos obreiros temporários:
a) Remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria
da empresa tomadora.
b) Jornada regular diária de 8 horas. Como a lei é da década de 70, entenda-se
como prevalecente a regra de duração de trabalho de 8 horas ao dia e 44 na
semana. Se houver jornada especial, esta é que prevalecerá, por força da
isonomia do art. 12, a, da Lei 6.019/74.
c) Adicional de horas extras em 20% (isto é: adicional de 50% em face do disposto
no art. 7º, XVI, CF/88;
d) Férias proporcionais de 1/12 por mês de serviço ou fração igual ou superior a
15 dias, salvo dispensa por justa causa e pedido de demissão. Aplica-se à
categoria o terço constitucional (Súmula 328,TST);
e) Repouso semanal remunerado (inclui aqui o repouso remunerado em feriados,
pro aplicação isonômica do art. 12, “a”, Lei 6.019/74.
f) Adicional por trabalho noturno
g) Indenização por dispensa sem justa causa ou término do contrato,
correspondente a 1/12 do salário por mês de serviço.
h) Seguro contra acidente de trabalho;
i) Previdência social
j) Assinatura de CTPS

Diplomas legais posteriores a 1974 vieram estipular direitos à categoria dos


trabalhadores temporários, como:
- Vale-Transporte;
- FGTS.
Após o FGTS ser estendido à categoria temporária, surgiu entendimento judicial
e doutrinário de que a Lei do Fundo de Garantia teria revogado, por incompatibilidade,
a indenização por dispensa sem justa causa do trabalhador temporário. Porém, tal
entendimento colide com a interpretação jurisprudencial dominante, quando
enfrentando situação jurídica semelhante: é o que se percebe pela Súmula 125, que
firmou como plenamente compatíveis as verbas da velha indenização por dispensa
antecipada e o recém-surgido Fundo de Garantia.

Trabalho Temporário e Salário Equitativo

A jurisprudência e doutrina têm produzido crescente esforço hermenêutico a


fim de melhorar a inserção da categoria temporária no universo do Direito do
Trabalho, reduzindo o caráter discriminatório que inspirou a criação dessa figura
jurídica.
Este crescimento é fruto do preceito estabelecido no art. 12, a, da Lei 6.019/74
– preceito que fala na comunicação remuneratória entre o trabalhador temporário e o
empregado da mesma categoria da empresa tomadora (salário equitativo). Nesse
contexto, tem-se compreendido que se estendem a esse trabalhador terceirizado
todas as verbas contratuais percebidas pelo empregado efetivo do tomador, verbas
que possam afetar o nível salarial do trabalhador temporário, produzindo-lhe
discriminação ilícita.
Assim, cabem ao trabalhador temporário: - 13º salário proporcional; - duração
semanal de trabalho de 44 horas com adicional de 50% para horas extras; - jornada
especial do art. 7º, XIV, CF/88, se for o caso; - adicionais de insalubridade e
periculosidade. Outra leitura jurídica conduziria a um salário real inferior ao do
empregado da mesma categoria lotado na empresa cliente, afrontando a regra do
salário equitativo.
VI. TERCEIRIZAÇÃO E RESPONSABILIDADE

A temática da responsabilidade na terceirização foi tratada de modo expresso


pela Lei 6.019/74 que regula o Trabalho Temporário.
O texto original, presente no art. 16 do mesmo diploma legal dispunha sobre a
responsabilidade solidária da empresa tomadora de serviços pelas verbas de
contribuições previdenciárias, remuneração e indenização. No entanto
determinada responsabilidade somente incidiria na hipótese de verificação de
falência da empresa de trabalho temporário, sendo assim restrita. Além do mais, a
responsabilidade solidária não abrangia todas as verbas do contrato de trabalho,
mas apenas as previstas pelo vetusto dispositivo.
Nessa senda, houve diversos questionamentos por parte dos operadores do
direito quanto às referidas limitações que tangiam a responsabilidade trazida pela
indigitada legislação, as quais se encontravam em dissonância com a realidade
socioeconômica e normativa trabalhista.
Neste sentido a Súmula 331 do TST, trouxe uma reinterpretação da temática
envolvendo responsabilidade em contexto de terceirização, dispondo em seu
inciso IV: “o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica na responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços
quanto àquelas obrigações, desde que este tenha participado da relação
processual e conste também do título executivo judicial.” Nesse diapasão, observa-
se que esta súmula considera a responsabilidade tratada em terceirização do tipo
subsidiária, assim o tomador de serviços é responsabilizado subsidiariamente por
todas as obrigações laborais decorrentes da terceirização, desde que verificado o
inadimplemento trabalhista por parte do contratante formal do obreiro
terceirizado.
Deste modo, com o advento da referida súmula superou-se as limitações
tradicionalmente criticadas quanto ao texto trazido pelo art. 16 da Lei 6.019/74,
de forma que abrange, inclusive, as matérias atinentes ao trabalho temporário
como um todo.

Responsabilização de Entidades Estatais Terceirizantes


Tomando por base o art. 71 § 1º da Lei 8.666/93 (Lei de licitações), notou-se
que aparentemente este dispositivo pretendeu excluir a responsabilidade das
entidades estatais, pois o texto dispõe que a administração pública não se torna
responsável pelo pagamento de eventual inadimplência do contratado em
questões trabalhistas ou de outra natureza.
Entrementes, a jurisprudência dominante sustenta que não há
irresponsabilização do Estado e de suas entidades em face dos resultados
trabalhistas da terceirização pactuada, uma vez que, caso contrário, haveria um
grosseiro privilégio antissocial, pois tal ideia não se compatibiliza com o Estado
Democrático de Direito, fundado na dignidade da pessoa humana e na valorização
social do trabalho.
No final do ano 2000 a Súmula 331 TST foi aperfeiçoada, deixando explícita a
responsabilização trabalhista do Estado relativa à terceirização (inciso IV).
Em 2011 esta súmula sofreu nova redação, de maneira a adaptar seu texto à
decisão do STF na ADC 16, que declarou a constitucionalidade do questionado art.
71 §1º da Lei 8.666/93. Sendo assim, o TST direcionou o inciso IV apenas para
entidade privadas e acrescentou um novo item V elaborando novo texto às
entidades estatais.
Atente-se, no entanto, para o fato de que a interpretação que levou a
considerar o mencionado dispositivo como constitucional é que o mesmo não
exclui a responsabilidade subsidiária estatal, como se levava a crer, mas a
responsabilidade original, a que pertence efetivamente ao empregador
terceirizante, preservando-se assim o direito de regresso do tomador de serviços
estatal.
Diante do exposto, salienta-se que a responsabilidade conferida à entidade
estatal não é a objetiva prevista no §6º art. 37 da CF, neste caso específico é
responsabilizado subjetivamente, devendo ser verificado a presença de culpa in
vigilando do Estado, ou seja, má fiscalização das obrigações contratuais e seus
efeitos. Caso esteja presente tal culpa o ente do Estado passa a responder pelas
verbas trabalhistas devidas pelo empregador terceirizante no período de efetiva
terceirização.
Conclui-se, portanto, que o Estado não se exime de responsabilidade quando se
tratar de terceirização, no entanto a mesma se deriva de culpa in vigilando, se
configurada a omissão fiscalizatória no caso concreto (inadimplência quanto à
obrigação fiscalizatória relativa ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela
empresa prestadora de serviços). Nessa senda, exclui-se a ideia de
responsabilidade objetiva e responsabilidade subjetiva por culpa in eligendo, em
outras palavras, aquela decorrente de má escolha do contratante, mesmo que
tenha firmado a seleção por meio de processo licitatório.

Aspectos Processuais da Terceirização


É de competência da justiça do trabalho, amparado pela CF, o julgamento e a
solução das lidas trabalhistas de empresas terceirizadas como diz o art. 19 da Lei
6.019/74.
“Competirá a justiça do trabalho dirimir os litígios entre empresas de serviços
temporários e seus trabalhadores”
Era chamada Competência Própria, mas no caso da terceirização, na responsabilidade
envolvia entidade tomadora de serviços.
Os vínculos da relação empregatícia sempre te mantinham no campo da competência
da justiça do trabalho.
Outras relações de trabalho Latu Sensu, a competência do trabalho dependia
do comando legal e era chamada imprópria.
Relações de trabalho temporário sempre se enquadraram como emprego.
em 1970, a terceirização se torna um processo em inicio de generalização país, haviam
duvidas se a sua natureza era vinculo empregatício ou não, e a partir disso despontava
a relação responsabilizatória com o tomador de serviços como afirma o art. 16 da Lei
6.019/74.
“No caso da falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora
ou cliente é solidariamente responsável por recolhimento das contribuições
previdenciárias no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens
assim como em referência ao mesmo período pela remuneração e indenização
prevista em lei.” Evitou-se assim, possível controvérsia sobre competência judicial.
A competência constitucional abrange as relações de emprego e qualquer relação de
trabalho conexa à terceirização

Litisconsórcio Passivo
Só poderá havê-lo se o tomador de serviços em situações de terceirização
compuser o polo passivo da lide trabalhista instaurada.
É o que resulta o texto da súmula 331 IV, TST “o inadimplemento das
obrigações trabalhistas por parte do empregador implica a responsabilidade
subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações desde que haja
participado da relação processual e conste também do titulo executivo judicial”.
Terceirização e Atuação Sindical

A terceirização desorganiza perversamente a atuação sindical e praticamente


suprime qualquer possibilidade eficaz de ação, atuação e representação coletivas dos
trabalhadores terceirizados.
Criar um sindicato de trabalhadores terceirizados é simplesmente um
contrassenso, pois sindicato é unidade, é agregação de seres com interesses comuns,
convergentes, unívocos. Entretanto, se o sindicato constitui-se de trabalhadores com
diferentes formações profissionais, distintos interesses profissionais, materiais e
culturais, tal entidade não se harmoniza, em qualquer ponto nuclear, com a ideia
matriz e essencial de sindicato.
A Constituição do Brasil assegura aos trabalhadores o direito de terem
uma organização sindical representativa de categoria profissional. Ora, quanto à
existência de tal entidade sindical, a Constituição não tem sido respeitada,
relativamente aos trabalhadores terceirizados.
Somente pode ser organização sindical efetivamente representativa da
categoria profissional aquela entidade que represente toda a formação profissional,
seus interesses profissionais, materiais e culturais, toda a vinculação laborativa
essencial do trabalhador terceirizado, tudo se encontra direcionado à empresa
tomadora de serviços, e não à mera intermediária de mão de obra.
A categoria profissional é tratada como uma expressão social elementar
básica, que é composta pela similitude de condições de vida oriunda da profissão ou
trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em
atividades econômicas similares ou conexas.
Nos casos dos trabalhadores terceirizados, encontra-se na empresa tomadora
de serviços sua essencial similitude de condições de vida oriunda da profissão ou
trabalho comum, como dispõe a CLT.
Por isso, é no universo de trabalhadores da empresa tomadora de
serviços, em que se integra em seu cotidiano profissional o obreiro terceirizado, que
ele encontrará sua categoria profissional e seu efetivo sindicato.
DIFERENÇAS EXISTENTES ENTRE TERCEIRIZAÇÃO E TRABALHO
TEMPORÁRIO

TERCEIRIZAÇÃO TRABALHO TEMPORÁRIO

Não há prazo determinado para a Prazo do temporário: 3 meses


realização dos serviços

Trabalhador terceirizado presta serviços Trabalhador temporário presta serviços na


na atividade meio da empresa tomadora atividade fim ou na atividade meio da
empresa tomadora

Não há legislação específica que A contratação somente poderá ocorrer nas


regulamente a terceirização - apenas a 2 hipóteses previstas em lei.
Súmula 331, TST

Terceirizados, em regra, não têm direito Possui legislação específica, Lei 6.019/74
ao mesmo salário e jornada dos
empregados da tomadora

Se constatada identidade de funções, Temporários têm direito à remuneração


caberá equiparação salarial, OJ 383 equivalentes

Não existe pessoalidade e nem O trabalhador temporário trabalha com


subordinação jurídica entre os pessoalidade e sob direção da empresa
trabalhadores da terceirizada e a empresa tomadora de serviços
tomadora de serviços

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