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Vol. 02 | Nº 01 | 2018
HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
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Sumário | Summary
Corpo Editorial | Editorial Board ............................................................. 5
Editora-chefe | Editor-in-Chief ............................................................. 5
Conselho Executivo | Executive Board ................................................. 5
Conselho Consultivo | Advisory Board ................................................. 5
Conselho Editorial | Editorial Council ................................................... 5
Equipe Editorial | Editorial Staff ........................................................... 7
Editorial................................................................................................... 13
Estado, democracia e o poder da corporação transnacional
| Rubens R. Sawaya................................................................................. 17
Introdução ........................................................................................... 18
1. O Estado como condensação de forças........................................... 19
2. A democracia e o controle social .................................................... 25
3. A Corporação como braço real do capital ....................................... 29
Conclusão ............................................................................................ 37
A FIBRIA e o “novo” papel do Estado no capitalismo brasileiro: do
“estado-empresário” ao “estado-empresa”
| João Roberto Lopes Pinto | Felipe Fayer Mansoldo ........................... 41
Introdução ........................................................................................... 42
1. Tendências....................................................................................... 44
2. Apontamentos ................................................................................. 51
2.1 Estado Capitalista .............................................................. 51
2.2 Capital monopolista........................................................... 56
3. BNDES como “centro de decisão” ................................................... 61
4. Trajetória FIBRIA.............................................................................. 65
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EDITORIAL
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13 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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EDI TORI AL
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ARTIGOS Articles
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17 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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Rubens R. Sawaya1
RESUMO
O Estado se estrutura pela condensação de forças em disputa que
constituem o bloco de poder hegemônico, bem como a ideologia que esse
bloco carrega e que orienta a ação da sua burocracia de Estado, mesmo que
temporariamente e em permanente conflito. Qual o espaço para a
democracia a partir do momento em que a grande corporação transnacional
consegue influenciar e ocupar os aparelhos de Estado? A democracia supõe
que os indivíduos têm o poder de constituir o Estado e de interferir
politicamente pelo voto, supondo poderes iguais quando há, na verdade,
de um lado, indivíduos isolados e, de outro, corporações transnacionais
organizadas em instituições supraestatais globais. Como é possível a
democracia? A história demonstra que ela apenas se enfraquece.
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ABSTRACT
The state is structured by the condensation of forces in dispute that
constitute the hegemonic power bloc, as well as the ideology that this bloc
carries and that guides the action of its state bureaucracy, even if
temporarily and in permanent conflict. What is the space for democracy
from the moment that the great transnational corporation succeeds in
influencing and occupying state apparatuses? Democracy assumes that
individuals have the power to constitute the state and interfere politically
by voting, supposing that they have equal power when there are, on the
one hand, isolated individuals and, on the other, transnational corporations
organized in supra-state global institutions. How is democracy possible?
History shows that it only weakens.
INTRODUÇ ÃO
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of firms that have managed to stay near the top […]” (CARROLL, 2010,
p.100). As 500 maiores corporações são todas transnacionais com seus
escritórios de controle centralizados na Europa e EUA. Essas grandes
corporações controlam um enorme conjunto de subsidiárias, produtivas e
comercias, espalhadas pelo mundo. Em 2015 faturavam US$ 30 trilhões,
cerca de 40% do PIB mundial apenas contando-se diretamente a relação
matriz-filial, portanto, sem contar o controle contratual. Segundo Cohen
(2007), tomando-se os dados de 2005, “77,000 multinational companies [...]
operate 770,000 individual foreign subsidiaries and affiliates” (COHEN, 2007,
p.63).
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CONCLUS ÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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RESUMO
O presente artigo foca as relações entre grupos econômicos e Estado no
Brasil contemporâneo, discutindo sobre o que seria um "novo" papel do
Estado no contexto pós-privatizações de consolidação do capitalismo
monopolista, examinando se e em que medida tais relações tem
representado uma prevalência dos interesses privados sobre os interesses
públicos através de uma colonização do direito público pelo direito privado,
e tendo por método analisar, a partir de um quadro teórico marxista, a
trajetória de relações entre o BNDES e a FIBRIA.
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ABSTRACT
This paper focuses on the relations between economic groups and the
State in contemporary Brazil, discussing what would be a "new" role for the
State in the post-privatization context of the consolidation of monopoly
capitalism, examining if and to what extent such relations have represented
a prevalence of private interests over public interests through a
colonization of public law by private law, and having as a method to analyze,
from a theoretical Marxist framework, the trajectory of relations between
BNDES and FIBRIA.
INTRODUÇ ÃO
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1. TENDÊNCI AS
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11 Lazzarini parece aqui fazer um “acerto de contas”, uma revisão de suas próprias
idéias, apresentadas em sua obra “Capitalismo de Laços”, de 2011. Nela, o autor
desenvolve uma análise crítica sobre os “laços” entre Estado e agentes privados no
contexto pós-privatizações. Embora crítico do Governo Lula, que teria acentuado tais
relações, Lazzarini atribui ao Governo FHC a introdução deste novo padrão de
atuação do Estado no capitalismo brasileiro.
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2. APONTAM ENTOS
2.1 E S T A D O C A P I T A L I S T A
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13 Muito embora, para efeito da análise aqui proposta, a referência seja Poulantzas,
não se deve perder de vista o alinhamento desta perspectiva com a visão de “Estado
ampliado” de Gramsci. Nas palavras deste autor “a formulação do movimento de
livre-câmbio baseia-se num erro teórico cuja origem prática não é difícil identificar,
ou seja, baseia-se na distinção entre sociedade política e sociedade civil, que de
distinção metodológica é transformada e apresentada como distinção orgânica.
Assim, afirma-se que a atividade econômica é própria da sociedade civil e que o
Estado não deve intervir em sua regulamentação. Mas, dado que sociedade civil e
Estado se identificam na realidade dos fatos, deve-se estabelecer que também o
liberalismo é uma ‘regulamentação’ de caráter estatal, introduzida e mantida pela via
legislativa e coercitiva” (GRAMSCI, 2000, p. 47).
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2.2 C A P I T A L M O N O P O L I S T A
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19 Em sua obra, Lenin desenvolve de modo crítico alguns dos argumentos que já
estavam presentes na obra “O Capital Financeiro” (1910) de Rudolf Hilferding,
primeiro a formular o conceito, analisando em particular o caso alemão.
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20 Sem esquecer dos bancos, que vão também participar dos leilões das
privatizações, na maioria dos casos para logo em seguida realizarem seus ganhos no
mercado, mas também permanecendo como proprietários de importantes empresas,
como no caso do Bradesco na Vale e do Itaú na Brasileira Metalurgia & Mineração,
maior produtora de nióbio do mundo.
21 Foram assim criadas a Mecânica Brasileira S.A. (Embramec), a Insumos Básicos S.A.,
Financiamento e Participação (Fibase) e a Investimentos Brasileiros S.A. (Ibrasa),
voltadas a capitalizar empresas nacionais através de participações acionárias e
financiamento a acionistas.
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22 As restrições impostas pela Lei 4.131 foram, em boa medida, revogadas pelo
Decreto 2.233, de 1997, que franqueou o financiamento público a empresas
estrangeiras que atuem em atividades de interesse nacional. Sem esquecer a Emenda
N. 06/1995, que tornou sem efeito o Art. 171 da Constituição de 88, que diferenciava
empresa brasileira de empresa de capital nacional.
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segunda metade dos anos 80, o que o habilita a ser o gestor do Plano
Nacional de Desestatização nos anos 90, bem como o principal financiador
e sócio dos consórcios vencedores dos pregões das privatizações.
Na última década, o Banco se torna um dos maiores bancos de
desenvolvimento do mundo em volume de recursos e exponencia seus
aportes aos grandes grupos privados no Brasil, através do crédito
subsidiado e/ou de participações acionárias via BNDESPAR, consolidando o
modelo de participações minoritárias. Constituiu-se aí como um dos
principais instrumentos da política das “campeãs nacionais”. Além de
patrocinar processos de fusões e aquisições no contexto pós-crise
financeira de 2008, o Banco tem financiado a internacionalização de
empresas brasileiras, inclusive através de sua própria internacionalização
como instituição financeira23.
O BNDESPAR fechou o ano de 2015 com uma carteira de ações
compreendendo 116 empresas, totalizando R$ 67,3 bilhões. De modo
similar ao que acontece no caso das operações de crédito, as participações
do Banco se concentram nos setores de Petróleo e Gás, Mineração, Energia
Elétrica, Papel e Celulose, e Alimentos e Bebidas, que ficaram 82,6% da
carteira, com destaque para a liderança do setor de Papel e Celulose, que
sozinho ficou com 22,5%. Segundo consta do próprio Relatório
Administrativo do BNDESPAR, em 31 de dezembro de 2015, o BNDESPAR
possuía representantes em 12 (doze) Conselhos Fiscais e 45 (quarenta e
cinco) Conselhos de Administração no universo de 116 empresas em que
mantinha participação acionária24.
Já no contexto do “Golpe de 16”, que inaugura o ilegítimo Governo
Temer, os conflitos no interior das frações monopolistas da burguesia
brasileira tendem a reorientar a atuação do Banco em favor, sem descurar
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25 Importante chamar a atenção que, mesmo antes das privatizações propostas por
Temer, as concessões para agentes privados no setor de saneamento já estavam em
curso, inclusive com a presença de fundos de investimento (ver a este respeito
<https://www.facebook.com/pg/proprietariosdosaneamento/photos/?tab=album&
album_id=1147546435366441>, acessado em 10 julho de 2017).
26 Uma das medidas do Governo Temer que, deliberadamente, atuaram na retração
da capacidade financeira do Banco foi a exigência de antecipação de R$ 100 bilhões
relativos aos repasses realizados pelo Tesouro.
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4. TR AJETÓ RI A FI BRI A
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30 Ver em <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,aracruz-sabia-das-
operacoes-com-derivativos,283663>.
31 Em 2016, a FIBRIA adquiriu participação minoritária na canadense CelluForce, que
opera a maior fábrica de um tipo especial de celulose conhecido como nanocristalina
(CNC).
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4.1 V I O L A Ç Õ E S D E D I R E I T O S P E L A FI BRI A 33
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41 “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil. ” A frase do embaixador
Juracy Magalhães era usada para ironizar os “entreguistas” nos anos 1970 a 90.
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42 Vale aqui elencar o conjunto das informações exigidas pela Lei, previstas nos
incisos do § 7 do Art. 1: I - documentos e informações estratégicos do negócio e
demais relatórios e informações produzidos por força de acordo de acionistas e de
Lei considerados essenciais para a defesa de seus interesses na sociedade
empresarial investida; II - relatório de execução do orçamento e de realização de
investimentos programados pela sociedade, inclusive quanto ao alinhamento dos
custos orçados e dos realizados com os custos de mercado; III - informe sobre
execução da política de transações com partes relacionadas; IV - análise das
condições de alavancagem financeira da sociedade; V - avaliação de inversões
financeiras e de processos relevantes de alienação de bens móveis e imóveis da
sociedade; VI - relatório de risco das contratações para execução de obras,
fornecimento de bens e prestação de serviços relevantes para os interesses da
investidora; VII - informe sobre execução de projetos relevantes para os interesses
da investidora; VIII - relatório de cumprimento, nos negócios da sociedade, de
condicionantes socioambientais estabelecidas pelos órgãos ambientais; IX -
avaliação das necessidades de novos aportes na sociedade e dos possíveis riscos de
redução da rentabilidade esperada do negócio; X - qualquer outro relatório,
documento ou informação produzido pela sociedade empresarial investida
considerado relevante para o cumprimento do comando constante do caput.
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44 Mansoldo ressalva que “embora pela literalidade do dispositivo tal medida seja
permitida somente às ‘pessoas jurídicas de direito público’, há um elastecimento do
conceito para garantir legitimidade ativa a concessionárias ou permissionárias de
serviço público, embora sejam pessoas jurídicas de direito privado”. Não é também
novidade o quanto o judiciário brasileiro tem se valido do referido dispositivo,
contrariando direitos sociais e ambientais de populações atingidas por mega-
empreendimentos ligados à política estatal, invariavelmente com participações do
BNDES – o caso da construção da Usina de Belo Monte em Altamira-PA é
emblemático a esse respeito.
45 Como sugerido no Relatório Final da CPI do BNDES no Senado, em fevereiro de
2016: “o desempenho do BNDES não pode ser medido como se um banco privado se
tratasse embora obedeça à regulação bancária e de Mercado de capitais o BNDES é
um executor de políticas públicas cujos fins não se confundem com a quitação dos
financiamentos que concede”.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Germany, France, Spain, Belgium, Greece and Brazil. Working Papers. Lisbon
School of Economics and Management. Universidade de Lisboa. 2015.
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MPF. MPF/ES entra com ação contra antiga Aracruz Celulose por grilagem de
terras públicas. Disponível em:
<http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_meio-
ambiente-e-patrimonio-cultural/mpf-es-entra-com-acao-contra-FIBRIA-s-a-
antiga-aracruz-celulose-por-grilagem-de-terras-publicas>. 2013. Acesso
em: 11 mar. 2016.
Vol. 02 | Nº 01 | 2018
83 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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RESUMO
Ao remontar às raízes que interligam os territórios latino-americanos,
sobretudo o brasileiro, às lógicas operativas do capitalismo transnacional,
nos aliamos a tese de Quijano, segundo a qual, a globalização em curso é,
em primeiro lugar, a culminação de um processo que começou com a
constituição da América e do capitalismo colonial/moderno e eurocentrado
como um novo padrão de poder mundial. Nesse cenário, com o avanço do
neoliberalismo e as grandes ondas de privatização, as corporações
transnacionais se tornam uma das mais poderosas instituições do nosso
tempo, com o apoio estratégico dos Estados. Um “mercado mundial”
formado por um entrelaçamento de coalizões de entidades públicas e
privadas promovem diferentes interesses de poderes estatais e
econômicos, consolidando um “governo empresarial”, que exerce papel
central na exploração e transferência das riquezas do Sul global para o
Norte. Paralelamente a este processo, violações de direitos humanos
causadas por estas empresas passam a ser cada vez mais contestados pela
sociedade civil e por fóruns internacionais, objetivando romper com que
vem sido chamado de “arquitetura da impunidade”, a partir da imposição
de termos como governança e autorregulação. A partir de pesquisa
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ABSTRACT
In summing up the roots that link Latin American territories, especially
brazilian ones, with the operative logics of transnational capitalism, we
agree with Quijano's thesis that globalization is, in the first place, the
culmination of a a process that began with the constitution of America and
colonial/modern and eurocentric capitalism as a new world power
standard. In this scenario, with the advance of neoliberalism and the great
waves of privatization, transnational corporations become one of the most
powerful institutions of our time, with the strategic support of the states.
A "global market" formed by an interlocking of coalitions of public and
private entities promotes different interests of state and economic
powers, consolidating a " entrepreneurial governance" that plays a central
role in the exploration and transfer of wealth from the global South to the
North. Parallel to this process, civil society are aiming to break with what
has been called "architecture of impunity", that prevents accountability of
transnational corporations for human rights violations, from the imposition
of terms such as governance and self-regulation. From a bibliographical
research, this article intends to analyze how the colonial logics of
normalization of the performance of these companies operate in the Global
South.
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INTRODUÇ ÃO
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CONCLUS ÃO
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RESUMO
O presente trabalho objetiva analisar o impacto das empresas mineradoras
nacionais e transnacionais que operam no Brasil, verificando se suas
atividades estão alinhadas com os princípios, regras e recomendações de
Direitos Humanos e Empresas elaborados pelos organismos internacionais.
Da análise do desastre ambiental provocado pela Samarco na cidade de
Mariana, estado de Minas Gerais, às ambições desenvolvimentistas vistas
nas tentativas de instalação da mina a ser operada pela empresa canadense
Belo Sun Mining Corporation nas áreas adjacentes à usina hidrelétrica de
Belo Monte, Pará, o presente artigo procura demonstrar que há evidências
claras de que tanto as empresas de mineração operando no Brasil quanto o
Estado brasileiro caminham na contramão do desenvolvimento de um
amplo espectro de proteção aos direitos humanos decorrente da atividade
empresarial.
1
Mestre e Doutoranda em Direito das Relações Econômicas Internacionais pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora da Faculdade de
Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FD-UPM). Advogada.
[anaclaudiaruy@gmail.com].
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ABSTRACT
The present work aims to analyze the impact of national and transnational
mining companies operating in Brazil, verifying whether their activities are
in line with the Human Rights and Business principles, rules and
recommendations given by international bodies. From the analysis of the
environmental disaster provoked by Samarco in the city of Mariana, Minas
Gerais state, to the developmental wishes viewed in the attempts of
installment of the mine to be operated by the Canadian mining company
Belo Sun Mining Corporation in the adjacent areas of Belo Monte
hydroelectric power plant, Pará, the present paper seeks to demonstrate
that there is clear evidence that both mining companies operating in Brazil
as well as the Brazilian State go against the development of a broad
spectrum of human rights protection arising from business activity.
INTRODUÇ ÃO
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2.1. D A D O S E I M P L I C A Ç Õ E S D A T R A G É D I A
SOCIOAMBIENTAL OCORRIDA EM MARIANA
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Disponível em:
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tragedia-em-mariana-mg>.Acesso em: 14 Nov. 2017.
4
AGÊNCIA BRASIL. Desastre em Mariana é o maior acidente mundial com
barragens em 100 anos. Disponível em:
<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-01/desastre-em-mariana-e-o-
maior-acidente-mundial-com-barragens-em-100-anos>. Acesso em: 31 Jul. 2016.
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
dos rejeitos atingiu a Bacia do Rio Doce, que cruza os estados de Minas
Gerais e Espírito Santo, desembocando no Oceano Atlântico.
As consequências ambientais foram as mais diversas possíveis.
Com a tragédia, verificou-se uma mudança no curso do Rio Doce, que ainda
hoje apresenta o risco de sofrer alterações em seu padrão de inundação,
ocasionando novos danos. Verificou-se também a contaminação e a morte
de peixes e de espécies da flora que acompanham aquele Rio. O despejo de
rejeitos tóxicos no Oceano Atlântico afetou o ecossistema marinho,
ensejando novos danos que certamente extrapolarão as fronteiras
nacionais. A proporção dos danos ambientais tende a aumentar na medida
em que os rejeitos avançam por aquele Oceano, assim como na medida em
que a lama que se alastrou se assenta nos locais pelos quais passou,
ocasionando a impermeabilização dos solos atingidos e,
consequentemente, ampliando sua acidez.
Quanto às implicações econômicas, a contaminação das águas do
Rio Doce provocou não apenas o desabastecimento da região, afetando a
agricultura, as indústrias siderúrgica, metalúrgica e o comércio das regiões
atingidas, como também trouxe implicações para a população que tinha sua
renda garantida pela pesca (IBAMA, 2015, p. 4-5).
Na tentativa imediata de reparar os danos provocados, medidas
judiciais e extrajudiciais foram tomadas. No plano judicial, foram propostas
ações civis públicas e de indenização. Extrajudicialmente, a Samarco foi
notificada e multada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável do estado de Minas Gerais (SEMAD) e pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) ao pagamento de mais de 300 milhões de reais por danos
ambientais ocasionados em decorrência daquela tragédia, além da
suspensão de sua licença ambiental. Ademais, foi celebrado um Termo de
Compromisso Socioambiental Preliminar pelo Ministério Público de Minas
Gerais e pelo Ministério Público Federal com a empresa Samarco
(MINISTÉRIO PÚBLIO FEDERAL, 2015), na tentativa de encontrar formas
para mitigar os impactos ocorridos. Dos termos de referido acordo, aquela
empresa teve de prestar caução socioambiental de um bilhão de reais para
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
5
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. MPMG e MPF assinam
Termo de Compromisso Preliminar com a Samarco, garantindo montante mínimo
de R$ 1 bilhão para tutela ambiental emergencial. Disponível em:
<https://www.mpmg.mp.br/comunicacao/noticias/mpmg-e-mpf-assinam-termo-de-
compromisso-preliminar-com-a-samarco-garantindo-montante-minimo-de-r-1-
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6
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<http://www.mpf.mp.br/mg/sala-de-imprensa/docs/denuncia-samarco>. Acesso em:
14 Nov. 2017.
7
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indenizados pela Samarco. Disponível em:
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tragedia-atingidos-nao-sabem-quando-serao-indenizados>. Acesso em: 15 Nov.
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8
VALE. Vale informa sobre a homologação parcial do Termo de Ajustamento
Preliminar celebrado em 18/01/2017 com o Ministério Público Federal. Disponível
em: <http://www.vale.com/brasil/PT/investors/information-market/press-
releases/Paginas/vale-informa-sobre-a-homologacao-parcial-do-termo-de-
ajustamento-preliminar.aspx>. Acesso em 01 Set. 2017.
9
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
Governo Brasileiro pouco fez para amenizar a situação daqueles que mais
sofreram com a tragédia, assim como com o território fisicamente
afetado10, afastando-se de suas obrigações nacional e internacionalmente
assumidas de proteção aos direitos humanos e ao meio ambiente.
2.2. O X I N G U E M R I S C O : A P O L Ê M I C A E N V O L V E N D O A
ATUAÇÃO DA MINERADORA BELO SUN NO ESTADO DO
P AR Á
10
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em audiência pública. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/05/1886595-autoridades-e-
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Adoración Guamán1
RESUMEN
El texto parte de la afirmación la necesidad de elaborar normas vinculantes
a nivel internacional sobre empresas transnacionales y derechos humanos
que pongan fin a la impunidad de la que gozan las primeras cuando,
directamente o a lo largo de los distintos eslabones de su cadena de
suministro, provocan violaciones de estos derechos, así como asegurar la
reparación de las víctimas. El sector del textil, fundamentalmente en los
eslabones de las cadenas de suministro situadas en distintos países de Asia,
es uno de los que presenta un mayor índice de vulneraciones de los
derechos humanos en general y laborales en particular. Por este motivo, el
artículo utiliza el ejemplo de este sector para evidenciar tanto el impacto
de estas violaciones como la ineficacia de los mecanismos actualmente
vigentes para prevenir las mismas. Esta afirmación se cohonesta en el
artículo con el reconocimiento de la existencia de marcos normativos ya
vigentes, como la ley francesa, e iniciativas en curso, como la Iniciativa
Sánchez-Candeltey, que suponen un avance en el establecimiento de
normas vinculantes que sujeten la actuación de las empresas
transnacionales al respeto de los Derechos Humanos. Sin embargo, y esta
1 Universitat de València
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139 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
INTRODUCCIÓN
2
Sobre este caso vid. la información disponible en
https://www.ecchr.eu/en/our_work/business-and-human-rights/working-
conditions-in-south-asia/pakistan-kik.html y en la web de la Campaña Clean Clothes.
3
Entre ambas catástrofes, el 24 de noviembre de 2014 se produjo el incendio en la
empresa Tazreen Fashions en Bangladesh, donde trabajaban 1150 personas. Las
víctimas mortales fueron 112 y las heridas 200. Por sus similitudes con los otros dos
casos comentados va a omitirse el análisis de este en concreto.
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
4
La empresa se define así misma como “One of the world's greatest fashion & home
discount retailer”. La información sobre sus productos se encuentra en:
<http://www.kik.de/>.
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141 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
5
Vid. el informe de Zehra Khan, General Secretary of the Homebased Women
Workers Federation presentada en el juicio a la empresa KiK, disponible en
<https://www.ecchr.eu/en/our_work/business-and-human-rights/working-
conditions-in-south-asia/pakistan-kik.html>.
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143 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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6
Sobre este caso se remite al análisis publicado en:
<https://www.ecchr.eu/en/our_work/business-and-human-rights/working-
conditions-in-south-asia/pakistan-kik.html> y en
<http://grundundmenschenrechtsblog.de/supply-chain-liability-the-lawsuit-by-
karachi-claimants-against-retailer-kik-in-historic-perspective/>.
7
En concreto la comisión se compone de los siguientes actores: Ministerio de Trabajo
y Empleo; Bangladesh Garment Manufacturers’ Association (BGMEA); Bangladesh
Employers Federation (BEF); National Coordination Committee for Workers’
Education (NCCWE); IndustriALL Bangladesh Council; Bangladesh Institute of Labour
Studies (BILS); IndustriALL Global Union; y las siguientes marcas: El Corte Ingles,
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11
Sobre esta última sentencia, vid. <http://texacotoxico.net/chevron-se-esconde-
nuevamente-tras-el-velo-societario-para-evadir-su-responsabilidad-en-violaciones-
de-derechos-humanos-dictamen-de-la-justicia-brasilera-comprueba-la-estructura-
de-impunidad-que-pr/>.
12
“Principios Rectores sobre las empresas y los derechos humanos: puesta en
práctica del marco de las Naciones Unidas para “proteger, respetar y remediar”
(Naciones Unidas, A/HRC/17/31, 27 de marzo de 2011). Para una visión crítica de
estos principios se remite, entre otras muchas fuentes, a Esteve, J.E., “Los Principios
Rectores sobre las empresas transnacionales y los derechos humanos en el marco de
las Naciones Unidas para «proteger, respetar y remediar»: ¿hacia la responsabilidad
de las corporaciones o la complacencia institucional?, en Anuario Español de Derecho
Internacional, vol. 27, 2011; así como a la bibliografía citada en Guamán, A., González,
G,. El fin de la Impunidad, Icaria, Barcelona, 2017.
13
Resolución A/HRC/RES/26/9 “Elaboración de un instrumento internacional
jurídicamente vinculante sobre las empresas transnacionales y otras empresas con
respecto a los derechos humanos”: adoptada con votación en el Consejo de Derechos
Humanos (CDH) de las Naciones Unidas el 26 de junio de 2014. Disponible en
<https://documents-dds-
ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G14/082/55/PDF/G1408255.pdf?OpenElement>.
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147 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
1.1. L E X M E R C A T O R I A Y C A P T U R A C O R P O R AT I V A
14
Economic and Social Council, Commission on Human Rights,
E/CN.4/2005/102/Add.1, Updated Set of principles for the protection and promotion
of human rights through action to combat impunity, p. 6.
15
Como ha señalado Özden, esta definición se refiere a las violaciones de derechos
civiles y políticos cometidos por agentes del Estado pero puede ampliarse tanto a las
violaciones cometidas por ETN como a la totalidad de Derechos Humanos,
incluyendo así, evidentemente, los derechos sociales, económicos, culturales y
ambientales. Özden, M., Impunidad de Empresas Transnacionales, CETIM, Ginebra,
2017.
16
El término Lex Mercatoria no es en absoluto pacífico, ni en cuanto a su definición ni
en cuanto a su contenido. Desde el ámbito iuslaboral, el texto más reciente es el de
Hernández Zubizarreta, J., Ramiro, P., Contra la Lex Mercatoria, Icaria, 2016. Desde el
punto de vista de la filosofía del derecho, López Ruiz, ha definido esta Lex Mercatoria
como “un conjunto normativo disperso, con carácter supranacional, que goza de un
alto grado de autonomía respecto a los ordenamientos jurídicos estatales, y que
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149 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
17
Estos acuerdos incluyen mecanismos llamados de “cooperación reguladora” que
implican una redefinición del sistema de producción de normas con la introducción
de los llamados stakeholders con carácter protagónico.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 150
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
18
Según la OIT, una ZFI es un espacio dotado por lo general de incentivos especiales
para atraer a los inversores extranjeros. En el mismo se instala una planta de una
empresa donde los materiales importados se transforman en mayor o menor medida
antes de ser de nuevo exportados. En el modelo tradicional, se suele exportar la
totalidad de la producción de estas zonas. Los incentivos económicos que las ZFI
ofrecen a las empresas incluyen la exención de algunos o todos los aranceles e
impuestos y el acceso a las instalaciones y servicios de las manufacturas destinadas
a la exportación. Además, algunos países las eximen del cumplimiento de la
legislación aplicable en materia laboral. Es evidente que estas han proliferado
rápidamente en las últimas décadas. La mayor parte se concentran en Asia, donde
tan solo en China encontramos más de 300 ZFI. Los gobiernos, movidos por el deseo
de aumentar sus exportaciones y de aprovechar las cadenas mundiales de suministro,
han seguido respaldando la expansión de las ZFI. Se calcula que alrededor del 20 por
ciento de las exportaciones de los países en desarrollo procede de estas zonas. Hay
noticias de que en ellas las jornadas laborales son largas y se vulneran
sistemáticamente los principios de libertad sindical. En muchos países, el
cumplimiento de la legislación laboral en las ZFI ha sido deficiente. En algunos casos,
los salarios tienden a ser más elevados en las ZFI; no obstante, la comparación de las
condiciones de trabajo dentro y fuera de estas zonas arrojan resultados dispares. Vid.
OIT: Manual sindical sobre las zonas francas de exportación, Oficina de Actividades
para los Trabajadores (Ginebra, 2014).
19
Con un enfoque eminentemente centroamericano, es posible afirmar que “la
maquila es un sistema de producción, en general bajo la forma de subcontratación,
en el que se transforman insumos intermedios y materias primas importadas, por
medio de procesos que en muchos casos (aunque no necesariamente) tienen escaso
valor agregado, cuyos productos finales se comercializan en el exterior. Para realizar
estas operaciones, el estado exonera al productor de una serie de requisitos que
debe cumplir el resto de las empresas ubicadas en el país. Estas facilidades y
exoneraciones son fundamentalmente de carácter aduanero y de manejo de divisas,
aunque luego veremos que existen otros incentivos adicionales”. Sobre esta
cuestión, vid. OIT, ACT/EMP, la industria de la maquila en Centroamérica. Disponible
en
http://www.ilo.org/public/english/dialogue/actemp/downloads/publications/spanis
h/maquila/capi-1.pdf.
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151 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
definía como la crisis del moderno Estado nacional y del sistema tradicional
de fuentes y que otros muchos autores han calificado como crisis del
“imperio de la ley”; en otras palabras, el paso de una realidad caracterizada
por las leyes parlamentarias y las dinámicas normativas concentradas en el
Estado nación hacia un modelo caracterizado por las interacciones
multinivel y multistakeholder. Como señalaba el jurista italiano, junto con
los sujetos públicos tradicionales concurren en la actualidad una amplia
diversidad de actores privados con sistemas propios de producción de
reglas, o con capacidad para influir en las dinámicas de producción de
normas jurídicas, que cobran un protagonismo cada vez mayor. Nos
encontramos ante una modificación del sistema de regulación pública que
“se reestructura desde sí mismo y cede poder hacia el exterior”, una nueva
distribución del poder político y jurídico que se produce en los distintos
niveles de producción normativa20.
20
Es importante señalar que esta nueva distribución no tiene como ejes únicamente
los extremos poder privado/poder público sino también los planos estatal y
supranacional. En concreto, ya son numerosas las contribuciones doctrinales que
señalan como la Unión Europea, a través de, entre otros mecanismos, el semestre
europeo y las recomendaciones por país, está influyendo directamente en la
regulación estatal de materias que quedan fuera de sus competencias. Sobre esta
cuestión vid., en extenso: Hernández Zubizarreta, J., “El Estado Social de Derecho y
el capitalismo: crisis de la función reguladora de la norma jurídica”, en Hernández
Zubizarreta, J., et alt. (eds) Empresas transnacionales en América Latina: Análisis y
propuestas del movimiento social y sindical, UPV/EHU, Hegoa y OMAL, 2013; Guamán
Hernández, A., Noguera Fernández, A., Derechos sociales y austeridad, la UE contra
el constitucionalismo social, Bomarzo, Albacete, 2015. Respecto de la relación entre
las normas laborales y la globalización ecónomica, tema de moda en la década
pasada, se remite a los clásicos: Perulli, A., Diritto del Lavoro e globalizzazione, Cedam,
Padova, 1999 : Valdés Dal-Re, F., “Transformaciones del derecho del trabajo y orden
económico globalizado”, Revista andaluza de relaciones laborales, Nº 12, 2003, pp.
131 y ss.; Valdés Dal-Re, F., “Soft law, Derecho del trabajo y orden económico
globalizado”, RL, Nº 1, 2005, pp. 37 y ss.; Baylos Grau, A. “Globalización y Derecho del
Trabajo: Realidad y Proyecto”, Cuadernos de Relaciones Laborales Nº 15, 1999, pp.
19 y ss.; Olivas, E., "Desordenes sociales y ajustes constitucionales", en Lima Torrado,
J. Olivas, E., Ortíz Arce De La Fuente, A. (coord.), Globalización y Derecho. Una
aproximación desde Europa y América Latina, Dilex, Madrid, 2007; Faria, El derecho en
la economía globalizada, Trotta, Madrid, 2001; Alonso, L.E., Trabajo y Ciudadanía,
estudios sobre la crisis de la sociedad salarial, Trotta, Madrid, 1999; Alonso, L.E.,
Trabajo y posmodernidad, el empleo débil, Fundamentos, Madrid, 2000; Sanguineti
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153 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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1.2. L A E X T E N S I Ó N D E L A S C A D E N A S D E S U M I N I S T R O
https://www.escrnet.org/sites/default/files/proyecto_de_captura_corporativa_sp
22
anish_0.pdf
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 154
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
23
UNCTAD, Informe sobre las inversiones en el mundo 2016. Nacionalidad de los
inversores: retos para la formulación de políticas. 2016.
24
UNCTAD, Informe sobre las Inversiones en el Mundo 2013: Las cadenas de valor
mundiales, la inversión y el comercio para el desarrollo. 2013.
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155 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
25
OIT (2016), El trabajo decente en las cadenas mundiales de suministro, Conferencia
Internacional del Trabajo, 105.ª reunión, 2016 Informe IV.
http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---
relconf/documents/meetingdocument/wcms_468096.pdf
26
UNCTAD, Informe sobre las Inversiones en el Mundo 2013: Las cadenas de valor
mundiales, la inversión y el comercio para el desarrollo. 2013.
27
OIT (2016), El trabajo decente en las cadenas mundiales de suministro, op. cit.
Vol. 02 | Nº 01 | 2018
HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 156
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
1.3. L O S O B S T Á C U L O S P A R A E L A C C E S O D E L A S
VÍCTIMAS A LA JUSTIC IA EFECTIVA Y LA REP ARACIÓN.
28
Ibidem. Es cierto que, como ha evidenciado el más reciente informe de la UNCTAD
(2017), a lo largo del año 2016 los flujos hacia las economías en desarrollo
experimentaron un descenso del 14% pero, aun así, la IED sigue siendo la fuente de
financiación externa más importante y constante para las economías en desarrollo,
por delante de las inversiones de cartera, las remesas y la asistencia oficial para el
desarrollo http://unctad.org/es/PublicationsLibrary/wir2017_overview_es.pdf. Por
otro lado, y en concreto en relación con el textil, la OIT ha afirmado que Asia se ha
convertido en la fábrica del textil mundial, concentrando el 59.5 por cien de las
exportaciones de textil y zapatos. Vid. Huynh, Phu
Employment, wages and working conditions in Asia's garment sector : finding new
drivers of competitiveness /
Phu Huynh ; ILO Regional Office for Asia and the Pacific. – Bangkok : ILO, 2015
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157 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
29
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/24, General
Comment No. 24 (2017): on State Obligations under the International Covenant on
Economic, Social and Cultural Rights in the Context of Business Activities, para. 42.
30
Ibidem, para. 43.
31
Ibidem.
32
Sentencia de 1 de marzo de 2005 del TJUE, asunto 281/02) con cita de la sentencia
de 1986 de la House of Lords, Spiliada Maritime Corporation/Cansulex Ltd., 1987, AC
460.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 158
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
33
Hernández, A., “Accidentes aéreos y forum non conveniens. Algunas cuestiones en
torno al asunto Honeywell en España”, Cuadernos de Derecho Transnacional
(Octubre 2012), Vol. 4, Nº 2. Como señala esta autora, los requisitos para que se
pueda aplicar esta doctrina son los siguientes: el juez debe de ser competente; debe
existir un foro alternativo para el demandante; se debe verificar que el segundo
tribunal es competente para resolver el litigio; el foro alternativo ha de ser adecuado;
el tribunal que declina la competencia debe verificar que el demandado se somete al
segundo tribunal y que si éste decide no entrar a conocer el asunto, el que declinó
debe retomarlo. Las partes deben presentar las pruebas y argumentos que permitan
al tribunal que declina la competencia tomar esta decisión en base a los criterios
anteriores.
34
Declaración Viena+20 OSC, adoptada en Viena el 26 de junio de 2013.
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159 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
35
Otros autores como Esteve nos recuerdan que tanto el golpe contra Salvador
Allende en Chile (1973) como el anterior contra Jacobo Arbenz en Guatemala (1954)
no se habrían llevado a cabo sin la intervención de empresas transnacionales como la
United Fruit Company y la International Telephone and Telegraph. Vid., Esteve, J.E.,
“Los Principios Rectores sobre las empresas transnacionales y los derechos humanos
en el marco de las Naciones Unidas para «proteger, respetar y remediar»: ¿hacia la
responsabilidad de las corporaciones o la complacencia institucional?”, Anuario
Español de derecho internacional, Nº27, 2011. Para un recorrido por un amplio
conjunto de violaciones de los derechos humanos cometidos por las empresas
transnacionales se remite a, Gómez, F., “Empresas transnacionales y derechos
humanos: desarrollos recientes”, en Lan Harremanak Especial/Ale Berezia 2006 (55-
94).
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 160
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
36
Comité de Derechos Económicos, Sociales y Culturales, E/C.12/2011/1, Declaración
sobre las obligaciones de los Estados partes en relación con el sector empresarial y
los derechos económicos, sociales y culturales, para. 1; en un sentido similar, v. gr.
Asamblea General, A/65/223, Report of the Special Rapporteur on the situation of
human rights defenders: “Non-State actors are thus included and therefore have a
responsibility to promote and respect the rights enshrined in the Declaration and,
consequently, the rights of human rights defenders”, para. 9; Committee on
Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/AZE/CO/3, Concluding observations, on
the third periodic report of Azerbaidjan (2013), para. 15; Comisión de derechos
humanos, E/CN.4/2004/94/Add.1, Informe presentado por la Sra. Hina Jilani,
Representante Especial del Secretario General sobre la situación de los defensores
de los derechos humanos
37
Entre otros documentos que contienen esta afirmación, vid., respecto del derecho
a la alimentación adecuada: Committee on Economic, Social and Cultural Rights,
Vol. 02 | Nº 01 | 2018
161 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
Estados deben proteger los derechos humanos de todas las personas bajo
su jurisdicción, en el contexto de las actividades empresariales llevadas a
cabo por empresas de titularidad pública o privada 38 y que existen
responsabilidades específicas respecto de las empresas de titularidad
pública39 o de aquellas que reciban importantes apoyos y servicios de
organismos estatales40.
Pero más allá de esta responsabilidad estatal de control de las
actividades empresariales, ya son numerosos los documentos que parten
del reconocimiento del deber de las empresas de respetar los derechos
humanos y de hacer frente a las consecuencias negativas de su vulneración
o afectación41. Así, el Comité de Derechos Económicos, Sociales y
Culturales42 ha remarcado que las empresas tienen responsabilidades
respecto a la realización de los derechos humanos, entre otros, de los
siguientes derechos: salud43, alimentación44, agua45, seguridad social 46,
E/C.12/1999/5, General Comment No. 12 (1999): The right to adequate food, para.
15.
38
Comité de Derechos Económicos, Sociales y Culturales, E/C.12/2011/1, Declaración
sobre las obligaciones de los Estados partes en relación con el sector empresarial y
los derechos económicos, sociales y culturales, para. 3.
39
Vid. sobre esta cuestión: Asamblea General, A/RES/56/83, Resolución 56/83 sobre
la responsabilidad del Estado por hechos internacionalmente ilícitos.
40
Consejo de derechos humanos, A/C/17/31, Principios Rectores sobre las empresas
y los derechos humanos: puesta en práctica del marco de las Naciones Unidas para
"proteger, respetar y remediar".
41
Consejo de derechos humanos, A/C/17/31, Principios Rectores sobre las empresas
y los derechos humanos: puesta en práctica del marco de las Naciones Unidas para
"proteger, respetar y remediar", paras. 12 y 13.
42
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/24, General
Comment No. 24 (2017): on State Obligations under the International Covenant on
Economic, Social and Cultural Rights in the Context of Business Activities, para. 2.
43
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/2000/4, General
Comment No. 14 (2000): The right to the highest attainable standard of health, paras
35 y 42:
44
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/1999/5, General
Comment No. 12 (1999): The right to adequate food, paras. 19-20.
45
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/2002/11, General
Comment No. 15 (2002): The right to water, paras 23 y 24.
46
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/19, General
Comment No. 19 (2008): The right to social security, paras. 45, 71.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 162
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
47
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/18, General
Comment No. 18 (2006): The right to work, para. 52.
48
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/23, General
Comment No. 23 (2016):
The right to just and favorable conditions of work, paras. 74-75.
49
Vid. entre otras disposiciones las siguientes: “5.2 Los fabricantes y los
distribuidores no deben facilitar, directa o indirectamente, a las mujeres
embarazadas, a las madres o a los miembros de sus familias, muestras de los
productos comprendidos en las disposiciones del presente Código.
7.3 Los fabricantes o los distribuidores no deben ofrecer, con el fin de promover los
productos comprendidos en las disposiciones del presente Código, incentivos
financieros o materiales a los agentes de la salud o a los miembros de sus familias ni
dichos incentivos deben ser aceptados por los agentes de salud o los miembros de
sus familias”
50
Comité de los Derechos del Niño, CRC/C/GC/16, Observación general Nº 16 (2013)
sobre las obligaciones del Estado en relación con el impacto del sector empresarial
en los derechos del niño, para. 8. Vid en un sentido similar: V. Gr., entre otros, los
siguientes documentos: Asamblea General, A/65/223, Report of the Special
Rapporteur on the situation of human rights defenders: “Non-State actors are thus
included and therefore have a responsibility to promote and respect the rights
enshrined in the Declaration and, consequently, the rights of human rights
defenders”
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163 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
51
Vid. mutatis mutandis sobre los derechos sociales: Comité de Derechos
Económicos, Sociales y Culturales, E/C.12/2011/1, Declaración sobre las obligaciones
de los Estados partes en relación con el sector empresarial y los derechos
económicos, sociales y culturales, para. 5.
52
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/2002/11, General
Comment No. 15 (2002): The right to water, paras 31 y 33.
53
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/19, General
Comment No. 19 (2008): The right to social security, para 54.
54
Committee on Economic, Social and Cultural Rights, E/C.12/GC/23, General
Comment No. 23 (2016):
The right to just and favorable conditions of work, para. 70.
55
Remarca Esteve el primer párrafo del texto que contiene los principios y que
merece la pena recordar “En ningún caso debe interpretarse que estos Principios
Rectores establezcan nuevas obligaciones de derecho internacional ni que restrinjan
o reduzcan las obligaciones legales que un Estado haya asumido, o a las que esté
sujeto de conformidad con las normas de derecho internacional en materia de
derechos humanos”. Vid. Esteve, J.E., “Los Principios Rectores sobre las empresas
transnacionales y los derechos humanos en el marco de las Naciones Unidas para
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
56
Para un análisis del recorrido de la ley se remite a la documentación recopilada y
elaborada por la asociación Sherpa: <https://www.asso-sherpa.org/accueil>.
57
El MEDEF es la principal patronal francesa.
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58
Assemblée Nationale, N° 2628, Rapport fait au nom de la Commission des Lois
constitutionnelles, de la législation et de l’administration générale de la République
sur la Proposition de Loi (n° 2578), relative au devoir de vigilance des sociétés mères
et des entreprises donneuses d’ordre.
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167 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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La ley detalla el contenido del plan que debe incluir las medidas de
vigilancia razonables orientadas a identificar los riesgos y prevenir
violaciones graves de los derechos humanos y las libertades
fundamentales, la salud y la seguridad de las personas y el ambiente que
sean resultado de las actividades de la empresa y las empresas que
controla, directamente o indirectamente, así como las actividades de los
subcontratistas o proveedores con quien existía una relación comercial
establecida cuando se realizaron las actividades concernidas, en los casos
en que estas las actividades se vinculan a la relación comercial entre las
empresas mencionadas. Es particularmente interesante que la ley no optó
por la siempre complicada cuestión de definir el concepto de “control
empresarial” sino que derivó la cuestión a la propia normativa mercantil,
incluyendo la coletilla “en el sentido de la sección II del artículo L. 233-16”.
Respecto de la elaboración del plan, la norma señala que este debe
ser desarrollado en colaboración con las partes interesadas en la empresa.
Debe destacarse de nuevo el carácter amplio del término “partes
interesadas”, donde entran evidentemente en su caso a través de iniciativas
de múltiples partes dentro las cadenas o nivel territorial. Aun así, la norma
establece una serie de medidas que deben ser incluidas en el plan de
vigilancia:
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59
El texto del informe está disponible en:
<http://www.europarl.europa.eu/sides/getDoc.do?pubRef=-
//EP//TEXT+REPORT+A8-2017-0080+0+DOC+XML+V0//ES>.
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5. L A PREVENCIÓN EN EL DOCUMENTO DE
ELEMENTOS P AR A LA CO NSTRCCIÓN DEL
INSTRUMENTO VINCUL AN TE SOBRE
EMPRES AS TR AN SN ACION ALES Y OTR AS
EMPRES AS DE NEGOCIOS Y LOS DERECHO S
HUM ANO S.
60
Resolución A/HRC/RES/26/9 “Elaboración de un instrumento internacional
jurídicamente vinculante sobre las empresas transnacionales y otras empresas con
respecto a los derechos humanos”: adoptada con votación en el Consejo de Derechos
Humanos (CDH) de las Naciones Unidas el 26 de junio de 2014. Disponible en
<https://documents-dds-
ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G14/082/55/PDF/G1408255.pdf?OpenElement>.
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aliados en sus inicios, así, votaron a favor tanto China como Rusia, India o
Venezuela; mientras, todos los países de la UE presentes, como Alemania,
Francia, Italia, Irlanda y la República Checa, junto con EE.UU., entre otros se
posicionaron en contra, Chile, México y Perú se abstuvieron en la votación
inicial.
Aquella votación fue una etapa fundamental en un camino que
cientos de organizaciones sociales y miles de activistas llevaban años
transitando y que, por fin, entraba con fuerza en el ámbito del debate entre
los Estados, de la mano de Ecuador y con la Treaty Alliance y la Campaña
Global totalmente implicadas en el proceso. Tras la celebración del Tercer
Grupo de trabajo, en octubre de 2017 es posible afirmar que la participación
activa de los cientos de entidades en el proceso de elaboración del Tratado
está siendo imprescindible para que el camino de la Resolución 26/9
continúe.
El texto finalmente adoptado es un documento conciso, que parte
del reconocimiento de la labor realizada anteriormente, con mención
expresa de las Normas de 2003, y que señala con claridad que la
responsabilidad principal de promover y proteger los derechos humanos
implica también el reconocimiento de la responsabilidad misma de las
empresas transnacionales.
En este marco, la Resolución establece cuatro directrices, una
respecto del contenido y tres respecto del procedimiento. Empezando por
esta última cuestión, cabe señalar que la Resolución enmarcó las
obligaciones de los tres primeros grupos de trabajo. Los dos primeros, que
tuvieron lugar entre el 6 y el 10 de julio de 201561, y entre el 24 y el 28 de
61
El informe entero de esta primera sesión puede encontrase en: https://documents-
dds-ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G16/018/25/PDF/G1601825.pdf?OpenElement. Un
resumen realizado por el Centro del Sur puede encontrarse en
https://es.southcentre.int/question/comienzan-discusiones-historicas-en-torno-a-
la-elaboracion-de-un-instrumento-juridicamente-vinculante-sobre-las-empresas-y-
los-derechos-humanos/ y en el South Bulletin de 23 Nov. 2015, Issues 87-88
https://www.southcentre.int/wp-content/uploads/2015/11/SB87-88_EN.pdf
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62
El informe entero de esta segunda sesión puede encontrase en:
https://documents-dds-
ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/G17/000/99/PDF/G1700099.pdf?OpenElement.
63
Los documentos de trabajo relativos a este Tercer Grupo pueden encontrarse en
<http://www.ohchr.org/Documents/HRBodies/HRCouncil/WGTransCorp/Session3/L
egallyBindingInstrumentTNCs_OBEs_SP.pdf>.
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65
El texto de esta propuesta de la Campaña se elaboró mediante un procedimiento
participativo donde intervinieron las organizaciones y asociaciones que forman parte
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por la actuación de la UE). Era necesario por tanto un texto que navegara
adecuadamente entre las líneas rojas fundamentales (v. gr. establecer
obligaciones directas a las empresas o supeditar el contenido de los TBI al
respeto de los Derechos Humanos) y la preservación del campo de
negociación para no perder aliados en el camino. Por añadidura, estaba
también claro que la participación de la sociedad civil y sus aportaciones
iban a ser la baza fundamental, como así fue, para poner en la discusión las
propuestas que o bien no estaban en el Documento de Elementos o bien no
se habían incluido de manera suficientemente explicita.
Más allá de la valoración de este documento, debe también
recordarse que el mismo fue una propuesta de la Presidencia, no de la
República del Ecuador. De hecho, la Delegación de este país (encabezada
por Carola Íñiguez, Subsecretaria de Asuntos Multilaterales) mantuvo una
postura en las sesiones del Grupo de Trabajo mucho más dura, apostando
sin ambages por la inclusión expresa de la extraterritorialidad e incluso por
una Corte específica para tratar las violaciones de derechos humanos
cometidas por las ETN.
En el concreto ámbito de la prevención, el documento sigue en su
parte cuarta la línea marcada por la mencionada ley francesa. En concreto,
el texto señala como la prevención es una vía fundamental por la que se ha
logrado una mayor participación del sector empresarial en la identificación
y prevención de violaciones o abusos a los derechos humanos. De manera
acertada, el documento de elementos señala que el plus del instrumento es
recoger las experiencias existentes y dotarlas de obligatoriedad jurídica.
En este sentido, el documento busca obligar a los Estados Partes a
adoptar medidas normativas y de otra índole para exigir a las ETs y OEs que
diseñen, adopten y apliquen políticas y procesos eficaces de debida
diligencia, incluidos códigos de conducta, e identifiquen y aborden los
impactos en materia de derechos humanos resultantes de sus actividades.
El ámbito de aplicación de estas medidas son todas las ETs y OEs
en su territorio o jurisdicción, incluidas las filiales y todas las demás
empresas relacionadas a lo largo de toda la cadena de suministro. Además,
y como herramienta fundamental, similar a la experiencia francesa, todas
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Bangladesh and the precarisation of working conditions in German retailing.
2008. Disponible en <https://cleanclothes.org/resources/national-cccs/lidl-
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derechos humanos en el marco de las Naciones Unidas para «proteger,
respetar y remediar»: ¿hacia la responsabilidad de las corporaciones o la
complacencia institucional? Anuario Español de derecho internacional,
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<http://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/@dgreports/@dcomm/docu
ments/publication/wcms_575479.pdf>.
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RODOTÀ, S. Códigos de conducta: entre hard y soft law, Real Pérez, A.,
(Coordinadora), Códigos de conducta y actividad económica, M. Pons,
Madrid, 2010
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a utilização da técnica da
desconsideração da personalidade jurídica, conhecida como levantamento
do véu societário, nas situações envolvendo a responsabilização de
empresas pela violação de direitos humanos. Para tanto, partindo-se da
relação entre neoextrativismo e subdesenvolvimento, busca-se
demonstrar que a desigual distribuição do risco ambiental e empresarial
para as comunidades locais se agrava com o modelo da limitação da
responsabilidade adotado para a empresa plurissocietária. Procura-se
ressaltar as limitações da técnica da desconsideração em um contexto em
que a fuga da responsabilidade por parte das empresas transnacionais se
vale de novos arranjos e instrumentos jurídicos.
1
Professor Adjunto do Departamento de Direito Privado da Faculdade de Direito da
Universidade Federal de Juiz de Fora e membro do corpo docente permanente do
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da mesma Instituição. Doutor e Mestre em
Direito Civil pela UERJ. E-mail: sergio.negri@ufjf.edu.br
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ABSTRACT
The present study aims to analyze the use of corporate entity disregard
technic, known as piercing the corporate veil or lifting the corporate veil, in
situations involving the liability of companies for the violation of human
rights. Thus, starting from the relation between neo-extractivism and
underdevelopment, it is sought to demonstrate that the unequal
distribution of environmental and business risk to local communities is
aggravated by the model of the limitation of responsibility adopted for
multi-company society. The paper seeks to emphasize the limitations of the
disregard technic in a context in which the escape of responsibility by the
transnational corporations uses new arrangements and legal instruments.
Midnight Oil
INTRODUÇ ÃO
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tiveram morte imediata e cerca de 8 mil nas duas semanas seguintes, sendo
que ainda hoje as pessoas da localidade continuam a desenvolver uma
variedade de doenças.
Em um sistema pautado na responsabilização direita da sociedade
mãe pelos atos praticados pelas sociedades subsidiárias não haveria, em
tese, a necessidade de se mostrar que a separação entre as duas sociedades
representa uma ficção ou outras hipóteses de abuso. A utilização da técnica
da desconsideração esconde, por vezes, um modelo que, no lugar de
reforçar a responsabilização, lhe reserva o papel de um remédio que,
excepcionalmente, servirá para calibrar a regra da limitação da
responsabilidade. A compreensão desse modelo pressupõe a separação da
técnica da chamada teoria da desconsideração.
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2 Texto original: “A corporation will be looked upon as a legal entity as a general rule,
and until sufficient reason to the contrary appears; but, when the notion of legal
entity is used to defeat public convenience, justify wrong, protect fraud, or defend
crime, the law will regard the corporation as an association of persons”.
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CONCLUS ÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Santos Gomes de; WARDE JR., Walfrido Jorge (org.). Os grupos de
sociedades: organização e exercício da empresa. São Paulo: Saraiva, 2012.
CLAUSEN, Nis. Use of the American Doctrine of Piercing the Corporate Veil:
An Argument in Danish Business Law, 5 Int'l Tax & Bus. Law.44 1987.
Disponível em: <http://scholarship.law.berkeley.edu/bjil/vol5/iss1/2>.
Acesso em: 21 set. 2016.
EUA. District Court, N.D. California. Bowoto v. Chevron Corp. Supp. 2d 1010
N.D. Cal. 2007. Disponível em
<http://www.courtlistener.com/opinion/2416225/bowoto-v-chevron-
corp/>. Acesso em: 21 set. 2016.
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Giuffrè.2007.
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RESUMEN
No hay duda que en el contexto de la globalización económica existe una
gran disposición a conflictos o superposiciones de instrumentos
internacionales, de sus obligaciones o derechos e inclusive de sus
jurisdicciones. El análisis de estos fenómenos se hace más complejo si se
tiene en cuenta la actual proliferación de instrumentos internacionales de
naturaleza comercial (acuerdos preferenciales, zonas de libre comercio,
uniones aduaneras, etc.), cada uno, con un mecanismo de solución de
controversias que puede llegar a generar conflictos o superposiciones con
el régimen jurídico de la OMC. Con un aspecto a tener en cuenta, no existe
una relación de jerarquía de una fuente de producción jurídica sobre otra
(como en si ocurre en el Derecho interno), a menos que esté contemplada
de forma expresa en un instrumento o que se pueda deducir de forma
implícita de su contenido normativo por medio de una actividad
interpretativa. Del amplio abanico de instrumentos que regulan el comercio
1
Doctor y máster en Derecho internacional económico de la Universidad de
Barcelona (España), investigador y catedrático de Derecho internacional de la
Universidad Externado de Colombia.
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ABSTRACT
In the context of economic globalization there is a great propensity to
conflicts or overlaps between the international agreements, of its
obligations or rights and even their jurisdictions. The analysis of these
phenomena becomes more complex when taking into account the current
proliferation of international instruments of commercial nature
(preferential agreements, free trade areas, customs unions, etc.), each with
a mechanism for dispute settlement, and these international instruments
can generate conflicts or overlaps with the legal framework of the WTO.
With an aspect to consider, there is no hierarchical relationship of a source
of legal production on another (as if it is under domestic law), unless
expressly provided for in an instrument or can be deduced from implicitly
its normative content through an interpretive activity. From the wide range
of instruments governing international trade, this discussion will focus on
the analysis of the conflict rules incorporated in the various Free Trade
Agreements (FTA) concluded between Latin American countries and the
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United States, specifically the NAFTA, the FTA with Chile, the CAFTA-DR,
the FTA with Peru, the FTA with Colombia and the FTA with Panama, also
the Economic Partnership Agreement (EPA) of Latin American countries
and the European Union, including the EPA with Mexico, the EPA with Chile
and the EPA with the Andean countries, in addition will be reviewed the
conflict rules of the WTO law. In the end, will conclude on the usefulness of
the principle of res judicata to resolve the effects of forum shopping.
INTRODUCCIÓN
2
El término “derecho de la OMC” puede definirse a grandes rasgos como el cuerpo
normativo contenido en los “acuerdos abarcados” y demás instrumentos de la OMC.
3
En efecto, existe un importante número de autores que analizan los conflictos de
normas de la OMC con Acuerdos de Medio Ambiente, entre ellos: MARCEAU,
Gabrielle. “Conflicts of Norms and Conflicts of Jurisdictions: The Relationship
between the WTO Agreement and MEAs and Other Treaties”, Journal of World Trade
Vol. 35, No. 6, 2001; BRACK, Duncan y GRAY, Kevin. Multilateral Environmental
Agreements and the WTO, Report of the Royal Institute of International Affairs, 2003;
BUSSE, Mathias. “Trade, Environmental Regulations and the World Trade
Organization: New Empirical Evidence”, Journal of World Trade Vol. 38, No 2, 2004,
pp. 285-306; WIERS, Jochem. Trade and Environment in the EC and the WTO, A Legal
Analysis, Europe Law Publishing, Groningen, 2003, entre otros.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 208
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4
En palabras de COMBACAU, la normativa internacional es relativa debido a que su
ámbito de aplicación varía de acuerdo a los compromisos de cada Estado. Cfr.
COMBACAU, Jean et SUR, Serge. Droit international public, Coll. Domat droit public,
8ème éd., Paris, Montchrestien, 2008, p. 26. Además, las normas internacionales de
ninguna manera se diferencian entre sí por su valor jurídico, sus efectos dependen
en última instancia de la voluntad o la aceptación de cada Estado. Para DUPUY, se trata
de un triple fenómeno de no-diferenciación o, más exactamente, de equivalencia: (a)
equivalencia de las normas jurídicas entre sí, (b) equivalencia de las normas para la
expedición de estas, y (c) equivalencia de las fuentes del derecho internacional entre
sí. Cfr. DUPUY, Pierre-Marie, Droit international public, 9é éd., Éd. Dalloz, 2008, pp. 15-
16.
5
DAVEY, William y SAPIR, André. “The Soft Drinks Case: The WTO and Regional
Agreements”, World Trade Review, Vol. 8, Nº 1, 2009, p. 23. El problema de la
superposición se refleja en la famosa disputa “MOX PLANT” que enfrenta a Irlanda y
Reino Unido por autorización del reprocesamiento de combustible nuclear en una
planta ubicada en el Mar de Irlanda, cuestión que fue impugnada en tres
jurisdicciones diferentes que operaban bajo tres regímenes internacionales
independientes.
6
Tal escenario, modifica el tradicional análisis individual de los instrumentos
internacionales, sus instituciones u órganos, llamando la atención sobre todo la
proliferación de mecanismos de solución de diferencias. Cfr. PAUWELYN, Joost.
“Bridging Fragmentation and Unity: International Law as a Universe of Inter-
connected islands”, Michigan Journal of International Law Vol. 25, summer 2004, p.
904. Asimismo, cfr., GRUPO DE ESTUDIO DE LA COMISIÓN DE DERECHO
INTERNACIONAL. “Fragmentación del Derecho internacional: dificultades derivadas
de la diversificación y expansión del Derecho internacional”, Naciones Unidas,
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9
En el presente estudio se asume el concepto amplio de forum shopping, es decir, de
acuerdo a la definición que encontramos en Black's Law Dictionary, “when a party
attempts to have his action tried in a particular court or jurisdiction where he feels
he will receive the most favourable judgment or verdict”. Cfr. BLACK, Henry y
GARNER, Bryan, Black's Law Dictionary, 9th edn, West Publishing, 2009.
10
SHANY, Yuval. The Competing Jurisdictions of International Courts and Tribunals,
International Courts and Tribunals Series, Oxford University Press, 2004, p. 230 y ss.
De hecho, para algún sector de la literatura especializada del Derecho internacional
el auge y superposición de tribunales internacionales es un “luxury problem”, ante
todo bienvenido, ya que múltiples tribunales es mucho mejor que una ausencia total
de los mismos. Cfr. HIGGINS, Rosalyn. “A Babel of Judicial Voices? Ruminations from
the Bench”, International and Comparative Law Quarterly, Vol. 55, 2006; SREENIVASA
RAO, Pemmaraju. “Multiple International Judicial Forums: A Reflection of the
Growing Strength of International Law or its Fragmentation?”, Michigan Journal of
International Law, Vol. 25, 2004; KARAGIANNIS, Syméon. La Multiplication des
Juridictions Internationales : Un Système Anarchique ? Société Française pour le Droit
International ed., 2003.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 212
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
11
Para profundizar en las condiciones que tiene el forum shopping, cfr. PAUWELYN,
Joost y SALLES, Luiz Eduardo. “Forum Shopping before International Tribunals: (Real)
Concerns, (Im) Possible Solutions”, Cornell International Law Journal, Vol. 42, 2009;
PIÉROLA, Fernando y HORLICK, Gary. “Dispute Settlement in the WTO and in ‘North-
South’ Agreements of the Americas: Considerations for the Choice of Forum”,
Journal of World Trade, Vol. 41, No. 5, 2007; SHANY, Yuval, The Competing
Jurisdictions of International Courts and Tribunals, cit., nota 15; PAUWELYN, Joost.
“Going Global or Regional or Both? Dispute settlement in the Southern African
Development Community (SADC) and Overlaps with other Jurisdictions”, Minnesota
Journal of Global Trade, Vol. 13, No. 2, 2004, pp. 231-304.
12
La primera (ratione personae) y tercera (ratione tempori) condición se explican por
sí mismas. Todos los Estados partes en un TLC estadounidense o europeo están
vinculados por los Acuerdos de la OMC e interactúan al mismo tiempo. El segundo
requisito (ratione materia) requiere más atención, pues depende de qué se entiende
por la “misma controversia”, ya sea controversia de iure o controversia de facto. Cfr.
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PIÉROLA, Fernando y HORLICK, Gary, “Dispute Settlement in the WTO and in ‘North-
South’ Agreements of the Americas: Considerations for the Choice of Forum...., supra.
13
En la discusión de cuestiones de jurisdicción, la doctrina especializada utiliza a
menudo el término conflicto de manera intercambiable con superposición. Cfr.
PAUWELYN, Joost. “Going Global or Regional or Both, cit., nota 18, p. 231; KWAK,
Kyung y MARCEAU, Gabrielle. “Overlaps and Conflicts of Jurisdiction between the WTO
and RTAs, cit., nota 13, pp. 465-524; HENCKELS, Caroline. “Overcoming Jurisdictional
Isolationism at the WTO-FTA Nexus: A Potential Approach for the WTO”, The
European Journal of International Law, Vol. 19, No. 3, 2008.
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14
Según el profesor MUS, mediante las normas de conflicto se determina la posición
jurídica de alguna o todos los preceptos del tratado negociado en relación con
algunas o todas las normas de otros tratados en vigor o futuros. Cfr. MUS, Jan B.
“Conflicts between Treaties in International Law”, Netherlands International Law
Review Vol 45, No 2, 1998, pp. 227-232.
15
Es necesario aclarar que el TLCAN en su artículo 2005.1 solamente regula dos foros,
es decir, los mecanismos del propio TLCAN y el sistema de solución de diferencias de
la OMC. Cfr. LEÓN STEFFENS, Avelino. “La elección del foro en el Tratado de Libre
Comercio de América del Norte y los resultados de la Ronda Uruguay del GATT”, en
LÓPEZ AYLLÓN, Sergio, El futuro del Libre Comercio en el Continente Americano,
análisis y perspectivas, Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), Instituto
de Investigaciones Jurídicas, México, 1997, pp. 305 y ss.
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215 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
16
El artículo 2005.3 del TLCAN regula cláusulas especiales de exclusión del foro que
dan “primacía” al mecanismo de la OMC en caso de que la parte demandada “[...]
solicite por escrito que el asunto se examine en los términos de este Tratado, la parte
reclamante podrá solo recurrir en lo sucesivo y respecto de ese asunto, a los
procedimientos de solución de controversias de este Tratado”.
17
El mandato o los términos de referencia tiene diferentes efectos jurídicos: (a)
moviliza el aparato institucional del procedimiento de solución de controversias
(dado que ni el panel o grupo arbitral ni la Comisión pueden iniciar este
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217 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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20
Artículo 2005.6 del TLCAN. Para profundizar en el tema, cfr. OJADA DE KONING,
Rodrigo. “Solución de controversias conforme al artículo 2005 del TLCAN tras la
Ronda Uruguay”, Memoria del XIX Seminario Internacional de Derecho Internacional
Privado y Comparado, Universidad de Guanajuato, 1998, p. 277.
21
Artículo 22.3 (2) del TLC Chile-EEUU, artículo 20.3 (2) del CAFTA-RD, artículo 21.3
(2) del TLC Perú-EEUU y artículo 21.3 (2) del TLC Colombia-EEUU.
22
Respecto a la posición chilena sobre la cláusula de selección del foro, el informe
emitido por la Cámara de Diputados de Chile se señala lo siguiente: “[m]uchas de
estas áreas son similares a las de la OMC. Son ‘OMC compatibles’ y en algunas áreas
son simplemente ‘reproducción de la OMC’, en tanto son necesarias para el
cumplimiento de lo acordado bilateralmente, que va más allá de la OMC”. Cfr.
CÁMARA DE DIPUTADOS DE CHILE. “Informe de la Comisión de Relaciones
Exteriores, Asuntos Interparlamentarios e Integración Latinoamericana de la Cámara
de Diputados de Chile, sobre el proyecto de acuerdo aprobatorio del Acuerdo por el
que se Establece una Asociación entre la República de Chile, por una parte, y la
Comunidad Europea y sus Estados Miembros por la otra”, Boletín 3147-10.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 218
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
23
Artículo 189.4 (c) del TLC Chile-UE.
24
Desde la perspectiva de DELPIANO “[s]i bien no existe aún un criterio definido para
entender cabalmente la expresión ‘en esencia’, seguramente habrá de entenderse
como aquella medida que provocaría el mismo perjuicio, tanto en la normativa OMC
como en la normativa del TLC. Cfr. DELPIANO LIRA, Cristián, “La cláusula de exclusión
de foros del Acuerdo de Asociación entre Chile y la Unión Europea en el mecanismo de
solución de controversias de la OMC, cit., nota 32, p. 268.
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219 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
25
El informe emitido por la Comisión de Relaciones Exteriores, Asuntos
Interparlamentarios e Integración Latinoamericana de la Cámara de Diputados de
Chile, a propósito de la regla de exclusión de foros subraya que: “[p]or primera vez
en la Unión Europea aceptaron cierta lógica de opción única y definitiva. Pero en los
temas que son propiamente OMC, se irá directamente a la OMC. En los temas que
sean sustancialmente equivalentes a la OMC, se decidirá caso a caso si se lleva a lo
bilateral o a la OMC. Los temas que sea solamente bilaterales van al acuerdo
bilateral”. Cfr. CÁMARA DE DIPUTADOS DE CHILE, “Informe de la Comisión de
Relaciones Exteriores, supra, p. 43.
26
En este sentido, el profesor CRUZ MIRAMONTES apunta que “(…) tuvimos la
oportunidad de manifestar inmediatamente nuestro rechazo a la pretensión de los
europeos de manejar un mismo asunto al mismo tiempo en dos foros: en el de la OMC
y en el que se estableciese en el TLCEU. Difícilmente entendimos en ese momento
cómo es que solicitaban algo que constituía una aberración jurídica. (…) Nuestra
opinión prevaleció; sin embargo, (…) no significó necesariamente que hayamos
obtenido un éxito”. Cfr. CRUZ MIRAMONTES, Rodolfo. Las Relaciones Comerciales
Multilaterales de México y el Tratado de Libre Comercio con la Unión Europea, Instituto
de Investigaciones Jurídicas de la Universidad Nacional Autónoma de México, México
DF, 2003, p. 196.
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221 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
OMC y los TLC estadounidenses y europeos dado que sus objetivos son
prevenir procedimientos paralelos (parallel proceedings) y procedimientos
sucesivos (relitigation). No obstante, en la práctica se presentan diferentes
problemas en su aplicación; así, por ejemplo, una cuestión clave, que limita
la eficacia de la cláusula de selección del foro o del fórum shopping, se
encuentra en que sólo se aplica a los procedimientos en relación con la
“misma controversia” o la identidad ratione materiae.
El alcance de esta limitación dependerá de cómo los Grupos
Especiales y el Órgano de Apelación de la OMC o de cómo los paneles de
los TLC estadounidenses o europeos interpreten el término “controversia”.
Para resolver estas cuestiones, generalmente se parte de la distinción entre
un concepto restrictivo o controversia de iure, que se define por el
fundamento jurídico señalado en el mandado o los términos de referencia,
y uno más amplio o controversia de facto, que se delimita en función de la
medida comercial u otras cuestiones que son objeto de la diferencia. De
modo que si alguno de los órganos resolutorios, ya sea de la OMC o de los
TLC, interpreta el término controversia en un sentido restrictivo, la cláusula
de selección del foro será ineficaz, puesto que los alegatos jurídicos de
violación o incumplimiento de las obligaciones convencionales específicas
no serán las mismas.
Desafortunadamente, la jurisprudencia de la OMC arroja muy poca
luz respecto al predominio de los dos conceptos: de facto o de iure. Un
ejemplo del este aserto se encuentra en el asunto Brasil - Programa de
financiación de la exportación para Aeronaves, que para determinar si se
habían celebrado consultas en relación con la “misma controversia” en dos
asuntos, el órgano resolutorio de la OMC examinó si se trataba de la misma
práctica27. Bajo tal interpretación se puede inferir que para determinar en
27
Textualmente el Grupo Especial señaló que “(…) consideramos que las consultas y
la solicitud de establecimiento se relacionan fundamentalmente con la misma
‘diferencia’, porque se refieren esencialmente a la misma práctica, es decir, el pago
de subvenciones a la exportación en el marco del PROEX”. Cfr. Informe del Grupo
Especial, en el asunto Brasil - Programa de financiación de las exportaciones para
aeronaves (WT/DS46/R), adoptado el 14 de abril de 1999, párrafo 7.11
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 222
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qué casos dos diferencias son las “mismas” es importante mirar más allá de
si el asunto legal o los fundamentos jurídicos (controversia de facto) son
idénticos, es decir, se aplica un concepto amplio de la controversia de iure.
Empero, en otras decisiones los órganos resolutorios de la OMC
han cambiado su posición aplicando un enfoque legalista o restrictivo,
como se puede observar en el asunto India - Medidas que afectan al sector
del automóvil, donde el Grupo Especial incorporó a su interpretación la
noción de cosa juzgada para determinar si la controversia en cuestión era la
“misma” en comparación con un pronunciamiento anterior,
específicamente, el asunto India - Restricciones cuantitativas. Estas
referencias mínimas fundadas en la cosa juzgada, definen el alcance del
enunciado la “misma controversia” a partir de la identidad de las medidas
concretas en litigio y los mismos fundamentos jurídicos, adoptando la
noción de controversia de iure.
Otro problema de la eficacia de la cláusula de selección del foro en
los TLC estadounidenses o europeos se encuentra en que difícilmente
podrá ser aplicada o respetada por los órganos resolutorios de la OMC28, ya
que el artículo 3.7 del ESD de la OMC establece como objetivo del
mecanismo de solución de diferencias “conseguir la supresión de las
medidas de que se trate si se constata que estas son incompatibles con las
disposiciones de cualquiera de los acuerdos abarcados”. Este enunciado
tiene implicaciones concretas para esta cláusula29, pues el Derecho de la
28
En este sentido, TRACHTMAN manifiesta que la voluntad de los negociadores del ESD
no fue establecer una jurisdicción que pudiera aplicar cualquier norma como derecho
sustantivo, sino sólo el Derecho de la OMC. Adicionalmente, el autor considera que
el tenor del ESD “[...] leaves no room for defenses based on another law”, y que “(…)
references to respect for the covered agreement, and consistency with the covered
agreements and their objectives in Articles 3.4, 3.5, 3.7, 3.8, 19.1, 22.2 and 22.9 of the
DSU would be absurd if other international law were applicable”. Cfr. TRACHTMAN,
Joel. “Jurisdiction in WTO dispute settlement”, en YERXA, R. y WILSON, B. (Eds.): Key
Issues in WTO Dispute Settlement: The First Ten Years, Cambridge University Press,
2005, pp. 138-139.
29
Existen otras normas del Derecho de la OMC que dificultan la aplicación de la
norma de conflicto de los TLC, como por ejemplo el artículo 7 del ESD que establece
el denominado “mandato de los grupos especiales”, el cual exige: “Examinar, a la luz
de las disposiciones pertinentes (del acuerdo abarcado [de los acuerdos abarcados]
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223 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
OMC incorpora de manera directa y clara una obligación para los Grupos
Especiales y el Órgano de Apelación: analizar si la medida de que se trata es
compatible o no con los “acuerdos abarcados”, excluyendo de este examen
las medidas que sean incompatibles con disposiciones que no se
encuentren en dichos acuerdos.
Sobre esta base jurídica se podría argumentar que la aplicación de
la cláusula de selección del foro incorporada en los TLC excedería las
funciones de los Grupos Especiales y el Órgano de Apelación de la OMC. De
ahí que, como mínimo resulte cuestionable plantear la posibilidad de que
uno de estos órganos resolutivos multilateral decline su jurisdicción
teniendo como fundamento jurídico de su decisión una norma del TLC30.
Esta posición restrictiva del ESD es compartida por un amplio sector de la
literatura especializada y por la propia jurisprudencia de la OMC, pues
consideran que las controversias en materia comercial presentadas ante el
régimen jurídico de la OMC serán resueltas exclusivamente por el
mecanismo multilateral (artículo 23 del ESD), con el objeto de preservar sus
derechos y obligaciones, y de otorgar a este régimen la seguridad y
previsibilidad necesarias31.
que hayan invocado las partes en la diferencia), el asunto sometido al OSD por
(nombre de la parte) en el documento […] y formular conclusiones que ayuden al
OSD a hacer las recomendaciones o dictar las resoluciones previstas en dicho
acuerdo (dichos acuerdos)”. Otros ejemplos, son los artículos 7.2, 11 y 17.6 del ESD.
30
No se puede desconocer que las normas del ESD dificultan la incorporación y
aplicación de otras normas de Derecho internacional, en particular de los TLC
estadounidenses y europeos, puesto que “la operatividad práctica de las fuentes del
Derecho internacional dentro del mecanismo de solución de diferencias de la OMC
se ve influida o afectada por el modelo de norma aplicable que se le ha asignado”.
Cfr. ZAPATERO, Pablo, Derecho del Comercio Global, cit., nota 12, p. 76.
31
En tal contexto, vale la pena recordar, que esta es una interpretación desde un
enfoque restrictivo de la norma aplicable en la OMC, la cual entiende que el ESD
discurre en todo su cuerpo normativo sobre la idea de que cualquier asunto sometido
al conocimiento de un Grupo Especial o del Órgano de Apelación deben ser resueltas
aplicando las disposiciones de los acuerdos abarcados, en principio, sin incluir en ellas
disposiciones más amplias de Derecho internacional. Cfr. TRACHTMAN, Joel. “The
Domain of WTO Dispute Resolution”, Harvard International Law Journal, Vol. 40,
spring, 1999, pp. 342 a 349; KUYPER, Pieter Jan. “The Law of GATT as Special Field
of International Law”, Netherland Yearbook of International Law, Vol. XXV, 1994;
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
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225 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
23 del ESD, que contiene la cláusula de exclusión del foro33 a favor del
mecanismo multilateral cuando se trate de cualquier asunto de
interpretación o aplicación de su régimen jurídico34, salvo en los casos de
arbitraje autorizado por el ESD y bajo el control del Órgano de Solución de
Deferencias35. Simplemente, con el hecho de que un Miembro alegue que
una medida ha generado un “[...] incumplimiento de obligaciones u otro tipo
de anulación o menoscabo de las ventajas resultantes de los acuerdos
abarcados, o un impedimento al logro de cualquiera de los objetivos de los
acuerdos abarcados”36, tiene derecho a iniciar el procedimiento,
33
La cláusula de exclusión del foro adquiere especial relevancia en el actual contexto
del Derecho internacional privado y del Derecho internacional, cada vez más
fragmentado, con un mayor número de acuerdos y de procedimientos para resolver
diferencias. Para entender mejor esta cuestión, cfr. VON MEHREN, Taylor. “Theory
and Practice of Adjudicatory Authority in Private International Law: A Comparative
Study of the Doctrine, Policies and Practices in Common- and Civil-Law Systems”,
Recueil des Cours / Collected Cours of the Hague Academic of International Law, Vol.
295, 2002; FAWCETT, James (Ed.). Declining Jurisdiction in Private International Law,
Oxford Monographs in Private International Law, 1995.
34
El artículo 23 del ESD materializa la intención de las partes de fortalecer el régimen
multilateral del comercio, estableciendo la obligación a los Estados miembros de
recurrir al mecanismo de solución de diferencias, lo cual ha sido interpretado por la
jurisprudencia como una “cláusula exclusiva para la resolución de diferencias”. Cfr.
Informe del Grupo Especial, en el asunto Estados Unidos – Artículo 301 a 310 de la Ley
de Comercio Exterior de 1974 (WT/DS152/R), adoptado el 22 de diciembre de 1999,
párrafo 7.43. Regularmente destacado por la literatura especializada como uno de
los cambios significativos introducidos por la Ronda Uruguay. Cfr. KESSIE, Edwini.
“Enhancing Security and Predictability for Private Business Operators under the
Dispute Settlement System of the WTO”, en Journal of World Trade, Vol. 34 N° 6,
2000, p. 1.
35
En este caso, OLIVEIRA señala que: “(…) the arbitral report, since it is issued within
the WTO rules, could be enforced by the DSB. It remains to be seen what would be
the treatment given to it in practice and if an arbitral report would have the same
legal status as panel reports. (…) In addition, both TRIPS (Art. 64) and the SPS
Agreement (Art. 11) expressly foresee the possibility of referring disputes to other
international organizations or other means of peaceful settlement of disputes for
claims based on their provisions”. Cfr. OLIVEIRA, Barbara. “The Relation between
WTO Law and Public International Law: The applicable law in Dispute Settlement at
the WTO”, University College London LLM Programme, 2005, p. 9, disponible en: SSRN:
http://ssrn.com/abstract=903052
36
Artículo 23.1 del ESD de la OMC. Como se puede observar, el régimen multilateral
del comercio establece un sistema de solución de diferencias de autoreferencia que,
según LIÑÁN NOGUERAS, “(…) continúa siendo un modelo con tendencia autónoma,
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
con los derechos y las obligaciones dimanantes del presente Entendimiento y de los
acuerdos abarcados”, de ahí que dichas las resoluciones no deben anular ni
menoscabar las ventajas resultantes de los acuerdos abarcados para ninguno de los
miembros.
39
En términos de TRACHTMAN una asignación horizontal de la competencia también
tendría diferentes complicaciones jurídicas que ponen en entre dicho la validez de la
prioridad o la exclusividad de una jurisdicción sobre otra, ya que los TLC
estadounidenses y europeos a la luz del Derecho internacional, como cualquier
tratado, disfrutan del mismo status jurídico y son regímenes independientes a la
OMC. De manera que en caso de presentarse una controversia entre Estados, que
sean al mismo tiempo parte de la OMC y de un TLC, podrían activar cualquiera de sus
mecanismos en forma paralela o sucedánea y, por tanto, dos foros y sus órganos
resolutivos tendrían competencia para reclamar la jurisdicción final sobre el asunto,
con la posibilidad de que lleguen a diferentes, o incluso, decisiones contradictorias.
Cfr. TRACHTMAN, Joel, “Institutional linkages: Transcending ‘Trade and…’”, the
American Journal of International Law, Vol.96, No.1, 2002, p. 79.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 228
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
artículo 23 del ESD contiene una cláusula específica que excluye otras
jurisdicciones para solucionar cualquier controversia sobre violaciones o
incumplimiento del Derecho de la OMC40. En tal sentido, el profesor
Fernández Pons señala que “[...] no es fácil que una jurisdicción creada con
el específico cometido de preservar los derechos y las obligaciones
dimanantes de los acuerdos de la OMC llegue a aplicar [...] otras normas
internacionales sobre las previsiones de los acuerdos abarcados” 41.
Asimismo, otro sector de la literatura especializada, particularmente
Marceau, opina que:
Tan es así que esta autora subraya que “[t]he WTO will thus often
“attract” jurisdiction over disputes with (potential) trade effects even if
such disputes could also be handled in fora other than that of the WTO” 43.
Igualmente, Pauwelyn entiende que:
40
Gran parte de la literatura especializada y la jurisprudencia de la OMC entiende que
el artículo 23 del ESD busca que las controversias en materia comercial sean resueltas
exclusivamente por la OMC, con el objeto de otorgar al régimen multilateral de
comercio la seguridad y previsibilidad necesarias. En esta línea, KUYPER ha comentado
que “(…) el carácter cerrado del sistema ha sido reforzado por las nuevas
disposiciones del artículo 23 del ESD. Este artículo enfatiza fuertemente que los
Miembros de la OMC deben buscar reparación a las violaciones de obligaciones bajo
la OMC y sus anexos solo a través del sistema de solución de controversias del DSU y
deben suspender concesiones u otras obligaciones solo en concordancia con las
normas del DSU”. Cfr. KUYPER, Pieter Jan. “The Law of GATT as Special Field of
International Law, cit., nota 43, p. 251.
41
FERNÁNDEZ PONS, Xavier, La OMC y el Derecho Internacional. Un estudio sobre el
sistema de solución de diferencias de la OMC y las normas secundarias del Derecho
internacional general, Marcial Pons, Barcelona, 2006, pp. 156 y ss.
42
KWAK, Kyung y MARCEAU, Gabrielle, “Overlaps and Conflicts of Jurisdiction
between the WTO and RTAs, cit., nota 13, p. 8.
43
Ibídem, p. 3.
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229 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
44
GRAEWERT, Tim. “Conflicting Laws and Jurisdictions in the Dispute Settlement
Process of Regional Trade Agreements and the WTO”, Contemporary Asia Arbitration
Journal, No. 1, 2008, p. 293-294. Asimismo, SHANY observa que: [...] Article 23 of the
DSU does not explicitly preclude referring disputes about the “interpretation” of
WTO-covered agreements to an external court or tribunal. Cfr. SHANY, Yuval. “The
Competing Jurisdictions of International Courts and Tribunals, cit., nota 15, p. 184.
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231 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
de la OMC y los TLC bajo estudio, aplicando las cláusulas de selección del
foro o exclusión del foro que son vinculantes para las partes en controversia.
Este punto de vista se enfrenta a diferentes obstáculos, en
especial a la lógica jurídica de la solución de controversias del comercio
internacional, en la cual: ¿la resolución de un particular conflicto entre
tratados dependerá de qué órgano es el que conoce del conflicto?, ¿de los
límites que impone la norma aplicable para resolver el conflicto?, y ¿de
cómo es interpretada y empleada la norma aplicable? Cualquier respuesta
a estos cuestionamientos de los conflictos entre las jurisdicciones de la
OMC y de los TLC estadounidenses y europeos, desde una visión realista, se
dará caso por caso. Es más, según el profesor Zapatero, estas preguntas
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Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
45
Para ilustrar su aserto, DAVEY y SAPIR citan el Informe del Órgano de Apelación, en
el asunto Comunidades Europeas - Derechos antidumping sobre la importación de ropa
de cama de algodón originario de la India, párrafo 5 del artículo 21
(WT/DS141/AB/RW), adoptado 8 de abril de 2003, párrafos 78-100. Cfr. DAVEY,
William y SAPIR, André. “The Soft Drinks Case: The WTO and Regional Agreements, cit.,
nota 7, p. 14. El tema del precedente en la jurisprudencia de la OMC se puede
profundizar, cfr. JACKSON, John H., Sovereignty, the WTO, and changing
fundamentals of International Law, Cambridge, Cambridge University Press, 2006, pp.
176 y ss.; JACKSON, John H. The Jurisprudence of GATT & the WTO, Cambridge,
Cambridge University Press, 2002, pp. 125-129.
46
Informe del Órgano de Apelación, en el asunto Japón - Impuestos sobre las bebidas
alcohólicas (WT/DS8/AB/R, WT/DS10/AB/R, WT/DS11/AB/R), adoptado el 4 de octubre
de 1996, otro informe trascendental para este tema es el asunto Estados Unidos –
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233 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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48
Para PAUWELYN y SALLES, esta situación podría cambiar “(…) if tribunals were willing
to soften the three criteria for res judicata to apply. To do so they could borrow from
common law notions such as “issue estoppel” or civil law notions such as “related
actions”. Cfr. PAUWELYN, Joost y SALLES, Luiz Eduardo. “Forum Shopping before
International Tribunals, cit., nota, 17, pp. 102-104.
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49
Aunque la decisión de los órganos resolutorios no tenga el mismo estatus que una
disposición del tratado en virtud del Derecho internacional, la validez y fuerza
vinculante de dicha decisión se deriva del Tratado constitutivo que define la
competencia de cada uno de ellos. Por tanto, un Estado sujeto al mismo tiene la
obligación convencional de darle cumplimiento. Cfr. International Court of Justice
Reports of judgments, in the Certain Expenses of the United Nation, advisory opinions
and orders, Advisory opinion of 20 July 1962, p. 168.
50
A pesar de que el stare decisis o precedente no se reconoce de manera explícita en
los TLC estadounidenses, la tradición jurídica de Common Law impulsa a sus paneles
a tener en cuenta las decisiones de los Grupos Especiales del antiguo GATT y de los
órganos resolutorios de la OMC.
51
En estricto sentido, en este asunto la controversia se presenta entre dos
posiciones, “Canada argued that the 1989 amendment is a border measure imposing
a prohibition on imports of Canadian sub-sized lobsters and is therefore in violation
of GATT Article XI. The United States argued that the 1989 amendment is rather an
internal measure applied to the marketing and sale of sub-sized lobsters and is
therefore subject to GATT Article III. Cfr. Informe final del Panel del TLCAN, en el
asunto Estados Unidos - Regulación de la Langosta (USA 89-1807-01), adoptado el 25
de mayo 1990, párrafo 8.1.1.
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HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS 236
Homa Publica: International Journal on Human Rights and Business
52
En efecto, el panel examinó como precedentes el Informe del Grupo Especial del
GATT, asunto Canadá - Aplicación de la Ley sobre el examen de la inversión extranjera
(IBDD 30S/151-182), adoptado el 7 de febrero de 1984; Informe del Grupo Especial del
GATT (L/4687), en el asunto Comunidades Europeas - Programa de precios mínimos de
importación, licencias y depósitos de garantía de determinadas frutas y hortalizas (BISD
25S/68/107), adoptado el 18 de octubre de 1978 e Informe del Grupo Especial del
GATT (L/6309), en el asunto Japón - Comercio de semiconductores (BISD 35S/116-163),
adoptado el 4 de mayo de 1988, y determinaron que “there is no GATT Panel
precedent in which a complete prohibition on the sale, use or transportation of imported
products, as is the 1989 amendment in regard to Canadian sub-sized lobsters, was held
to fall within Article III”. Cfr. Informe final del Panel del TLCAN, en el asunto Estados
Unidos - Regulación de la Langosta…, supra, párrafo 8.3.3. Ahora bien, en decisiones
posteriores del panel del ALCCEU matiza su posición respecto a la jurisprudencia del
GATT como “precedente”, al determinar que esta no le es vinculante, sino que
constituye “panel opinion pursuant to GATT”, es decir, como meras “opiniones”. Cfr.
Informe final del Panel del TLCAN, en el asunto Estados Unidos - Magnesio puro y
aleación (USA-92-1904-03), adoptado el 16 de agosto de 1993, p. 9.
53
Ibídem, párrafo 8.3.1 (cursiva fuera del texto). Otro caso donde podemos evidenciar
la interacción a través de las normas de remisión en la jurisprudencia del ALCCEU es
el asunto Canadá-Requerimientos para el desembarco del salmón y del arenque de la
costa del pacífico, en el cual se analiza el conflicto de aplicación del artículo XX (g) y
artículo XI del GATT incorporados mediante las normas de remisión, en el artículo 407
y el artículo 1201 del ALCCEU. Es más, un miembro del panel llega a señalar que “(…)
did not believe that existing GATT rules or previous GATT decisions provide a clear
basis for reaching a judgment in the present case as to whether the landing
requirement constitutes a restriction within the meaning of Article XI:1, and was not
prepared to make a decision on this issue. This member was of the view that the
consistency of landing requirements with GATT rules raises conceptual issues that
may deserve further consideration by the GATT Contracting Parties”. Cfr. Informe
final del Panel del TLCAN, en el asunto Canadá - Requerimientos para el desembarco
del salmón y del arenque de la costa del pacífico (CDA-89-1807-01), adoptado el 18 de
octubre de 1989, párrafo 6.14
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237 HOMA PUBLICA: REVISTA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E EMPRESAS
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54
En otras palabras, para el profesor ZAPATERO en la pluralidad de regímenes
internacionales no se observan las normas generales sobre solución de conflictos de
tratados (artículo 30 de la Convención de Viena), debido a que “[e]l funcionamiento
de estas relaciones tienen origen en las particulares políticas jurisdiccionales,
legislativas (p. ej. diseño de la norma aplicable), hábitos y actitudes (colectivas e
individuales) de los operadores legales que actúan en su seno y puede o no
corresponder con las soluciones que prescribe la aplicación de las normas generales
sobre conflictos de tratados”. Cfr. ZAPATERO, Pablo, Derecho del Comercio Global,
cit., nota 12, pp. 410-411.
55
En este sentido, SINCLAIR señala que las normas generales sobre conflictos entre
tratados del artículo 30 de la Convención de Viena no son “enteramente
satisfactorias”, ya que estas contienen un modelo simplificado que no responde de
forma correcta a las actuales necesidades del orden jurídico internacional. Cfr.
SINCLAIR, Ian McTaggart. The Vienna Convention on the Law of Treaties, Manchester
University Press, 2da. Ed, 1984, p. 98.
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56
En opinión del profesor HUDEC, en ocasiones, en el Derecho internacional
económico se encuentra normas con apariencia de soluciones jurídicas en las que, en
realidad, no se ha llegado a ninguna solución. Cfr. HUDEC, Robert. “International
Economic Law: The Political Theatre Dimension”, University of Pennsylvania Journal
of International economic Law, Vol. 17, No. 1, spring 1996, p. 9.
57
Así se observa en la poca, pero discutida, jurisprudencia de los paneles de estos
acuerdos, específicamente en el TLCAN, que según MORGAN, “[…] It should be noted
that there has been 32 cases among NAFTA parties in the WTO, compared to only 3
sate-state cases among these countries in the NAFTA forum. However, not
surprisingly, under NAFTA Chapter 19 (Binational panels for Antidumping and
Countervailing duties) there have been 58 disputes”. Cfr. MORGAN, David. “Dispute
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Settlement under PTAs: Political or Legal?”, Legal Studies Research Paper No. 341,
University of Melbourne Law School, 2007, p. 253. Asimismo, cfr. DAVEY, William,
“Dispute Settlement in the WTO and RTAs: A Comment”, en BARTELS. L. y ORTINO,
F. (Eds.): Regional Trade Agreements and the WTO Legal System, Oxford University
Press, New York, 2006, pp. 350-351.
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sobre el examen de la inversión extranjera (IBDD 30S/151-182), adoptado el
7 de febrero de 1984.
Informe del Grupo Especial, en el asunto Estados Unidos - Artículo 301 a 310
de la Ley de Comercio de 1974 (WT/DS152/R), adoptado el 22 de diciembre
de 1999.
Informe del Grupo Especial, en el asunto Estados Unidos – Artículo 301 a 310
de la Ley de Comercio Exterior de 1974 (WT/DS152/R), adoptado el 22 de
diciembre de 1999, párrafo 7.43.
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