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Por: Portal ORM/O Liberal 2 de Abril de 2018 às 18:52 Atualizado em 2 de Abril de 2018 às 19:28
Nove comunidades de Barcarena estão contaminadas com altas concentrações de metais tóxicos. Nesta segunda-feira (02) foram
divulgados os resultados de exames feitos pelo Laboratório de Análises Químicas da Universidade Federal do Pará (Laquanam/UFPA). As
amostras são de 90 pessoas, de nove comunidades, colhidas entre 2015 e 2016. Algumas dessas pessoas podem estar com sérios
problemas de saúde, devido à presença de metais no organismo, já que alguns dos elementos são cancerígenos. Agora será necessário
levar os resultados a um médico, para diagnóstico e tratamento adequados.
Tudo pode indicar um cenário ainda mais preocupante após sucessivos desastres ambientais em Barcarena. Os exames foram entregues
no salão paroquial da igreja de São João Batista, em Vila do Conde.
As comunidades que participaram do estudo foram Peteca, Arianga, Acuí, Curuperé, Canaã, Bairro Industrial, Maricá, São Joaquim e
Murucupi. Moradores dessas áreas vêm, desde 2007, em disputas judiciais para indenizações pelos danos ambientais, individuais de
saúde e remanejamentos. Posteriormente, Vila do Conde e as comunidades Burajuba e Castanheira se uniram nas ações coletivas.
Devido às dificuldades orçamentárias do Laquanam, os resultados dos exames só saíram agora. Pelo menos cinco pacientes morreram
entre a coleta das amostras de cabelo e a divulgação. A coordenadora do laboratório, professora doutora Simone de Fátima Pereira,
chorou ao lembrar dos pacientes que não sobreviveram. Se recompôs e destacou que os exames são um ponto de partida para medidas
diversas. Tanto jurídicas quanto na assistência à saúde.
Nas amostras de cabelo, já foi possível constatar a presença de 21 metais. Desses, 20 estão em níveis muito superiores aos desejáveis ou
normais. Tanto metais essenciais quanto tóxicos.
A principal preocupação foi com os índices de alumínio, que chegaram a 27 vezes acima de níveis normais. É um metal tóxico. Já no sódio,
metal essencial, foi encontrado até 52 vezes acima do desejável. Resultados não indicam apenas que a população tem ingerido comidas
salgadas demais.
Câmara de Belém aprova projeto que institui o "Dezembro Vermelho" Objetivo é promover engajamento para debater formas de
prevenção de DST's
Aprovado na manhã desta segunda-feira (02), na Câmara Municipal de Belém (CMB), o projeto de lei que institui o "Dezembro Vermelho",
como forma de conscientizar e prevenir o HIV e demais infecções sexualmente transmissíveis.
De autoria do vereador Fernando Carneiro (PSOL), o projeto foi aprovado por unanimidade e agora segue para sanção do prefeito Zenaldo
Coutinho. De acordo com o texto, o poder público fica autorizado a realizar, durante o mês de dezembro, um conjunto de ações preventivas
direcionadas ao enfrentamento da epidemia do HIV, com foco na conscientização, prevenção, assistência, proteção e promoção dos
direitos humanos das pessoas vivendo com HIV e demais infecções sexualmente transmissíveis.
O símbolo a ser utilizado será um laço na cor vermelha. Durante o período será realizada uma sessão especial na CMB visando promover
amplo debate sobre o tema. A data será o primeiro dia útil de dezembro.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), no Brasil, mais de 530 mil pessoas convivem com o vírus HIV, sendo que
deste total 30% não têm conhecimento disso em tempo de fazer o tratamento da doença.
Nos últimos 6 anos cai em mais de 20% o número de mulheres que fazem preventivo no Pará
Em campanha, 800 agentes de saúde distribuirão em um ano 5.000 flores a mulheres da região das ilhas e de várias regiões do estado, para que
lembrem da importância de fazer o exame anualmente.
02/04/2018 21h09
Nos últimos 6 anos caiu em mais de 20% o número de mulheres que fazem preventivo no Pará
Nos últimos seis anos caiu em mais de 20% o número de mulheres que fizeram o exame preventivo no Pará. Entre os motivos, estão a distância dos centros
de saúde ou a falta de conhecimento, mas uma campanha quer mudar isso.
Mulheres que vivem na região das ilhas ao redor de Belém estão sendo presenteadas com flores. O vaso de flores chega pelas mãos de uma agente de
saúde. A orquídea é uma forma das mulheres lembrarem que também precisam cuidar da saúde, assim como cuidam do lugar onde vivem. Essa é uma
espécie única, criada para florescer uma vez ao ano, justamente o período recomendado pela Organização Mundial da Saúde para a realização do exame
ginecológico.
Wellen Nascimento explica que as mulheres das ilhas não vão aos postos de saúde por causa da dificuldade de transporte até a capital. “Como aqui no nosso
posto de saúde não tem, tem que ir pra Belém”, diz.
Nos últimos seis anos, segundo a Secretaria de Saúde, o número de mulheres que fazem esse tipo de exame no Pará (2012 a 2017) diminuiu 25%, mesmo
sendo o exame preventivo a única forma de descobrir o HPV, um vírus sexualmente transmissível e principal causador do câncer do color do útero, o que
mais mata mulheres no Pará.
A incidência da doença do estado é três vezes maior que a média nacional. “O perfil da mulher que morre no Pará tem três grandes características: a mulher
que nunca fez o exame preventivo ou a mulher que não o faz há cinco anos; a mulher que tem pouco estudo, de 0 a 3 anos de estudo; e a mulher que vive
abaixo da linha da miséria, aquela que vive com menos de R$400 por mês, que está mais preocupada em sobreviver junto com a sua família do que com a
sua saúde”, diz a secretária de saúde Heloísa Guimarães.
Os dados impressionaram Félix, criador da campanha Flor da Vida. “Quando uma campanha consegue salvar vidas, ai arrepia!”, diz.
A ideia é que 800 agentes de saúde distribuam em um ano 5.000 flores, não só nas ilhas, mas em várias regiões do estado. O objetivo é que a informação
chegue a um milhão de mulheres. Cada vez que a orquídea florescer, vai surgir com ela a chance de uma vida saudável.
SUS oferece 19 vacinas grátis contra doenças infecciosas.Por meio da vacinação, algumas enfermidades já foram erradicadas no Brasil,
como paralisia infantil. (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)
Disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), as vacinas podem ser a grande chance de se prevenir contra doenças
que podem causar câncer ou até mesmo levar à morte. Atualmente, o Calendário Nacional de Vacinação estabelecido pelo Ministério da
Saúde oferece a possibilidade de imunização por 19 vacinas. Desde que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi formulado, em
1973, o Brasil já conseguiu erradicar doenças como a varíola e poliomielite (paralisia infantil).
Epidemiologista e infectologista, a médica e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Helena Brígido, destaca que a vacinação
é a principal arma que a população tem hoje contra as doenças infecciosas. “Se o sarampo acometer crianças recém-nascidas, a
possibilidade de óbito é muito grande”, exemplifica. “Outras vacinas previnem contra doenças que podem evoluir para um câncer, como a
Hepatite B (que pode causar câncer de fígado) e o HPV (que pode causar câncer de útero e de pênis)”, completa.
Para fazer valer o principal objetivo das vacinas, a prevenção, o Brasil adota um Calendário Nacional que prevê a imunização de
determinadas doenças de acordo com a faixa etária, que vai desde a primeira infância até a terceira idade.
GRAVIDEZ
A médica explica que, em alguns casos, as vacinas previstas são primordiais para resguardar a saúde de mulheres e dos fetos durante a
gestação. “As mulheres em idade fértil precisam dar atenção especial porque há vacinas que não podem ser tomadas durante a gestação,
mas que são importantes para os bebês. Então é preciso que as mulheres já estejam protegidas quando engravidarem”.
Um exemplo citado pela médica é a rubéola. Caso a mulher não esteja imunizada previamente e, por acaso, contraia a doença durante a
gravidez, a rubéola pode provocar má formação no feto ou até mesmo aborto.
Outro exemplo de prevenção – desta vez para qualquer fase da vida – é a vacina contra o tétano, doença infecciosa causada por uma
bactéria que penetra no organismo através de ferimentos na pele. Quando agravada, a doença pode levar a óbito. Porém, caso a pessoa
esteja vacinada e imunizada contra o tétano, não corre o risco de contrair a doença no momento de um acidente ou corte.
Apesar de campanhas de vacinação serem realizadas ao longo do ano para chamar a atenção da sociedade quanto a necessidade de
vacinação contra determinada doença, Helena Brígido lembra que o Ministério da Saúde é obrigado a manter a vacinação em todas as
unidades de saúde do país de janeiro a janeiro. Dessa forma, o meio de prevenção está acessível à população continuamente.
AÇÃO
Brígido explica que as vacinas são produzidas a partir de pequenas partículas do material causador da doença. Ela utiliza a Febre Amarela
como exemplo. Para produzir a vacina que previne contra a doença, pequenas partículas do vírus atenuado da Febre Amarela são
manipuladas em laboratório. As partículas, é claro, não são suficientes para causar a doença na pessoa.
Ao tomar a dose, o organismo do indivíduo identifica a presença daquelas pequenas partículas e produz anticorpos para combatê-las. Essa
proteção faz com que, quando a pessoa tiver contato com o vírus vivo da Febre Amarela, não contraia a doença por já possuir os
anticorpos necessários.
Algumas vacinas podem causar efeitos colaterais, mas o percentual é muito pequeno. Segundo a médica, o risco de contrair a doença
(caso não vacinado) é muito maior do que a pessoa sentir efeitos colaterais da vacina. Normalmente, quando há efeito colateral, os
sintomas sentidos sãos mais simples, como febre, a pessoa pode sentir o corpo mole e sentir o local (onde recebeu a injeção) dolorido por
alguns dias.
PARA ENTENDER
O calendário de vacinação 2018 pode ser consultado no site www.saude.gov.br.
O último caso de poliomielite registrado no Brasil ocorreu na Paraíba em março de 1989. Já o último caso de varíola notificado no país foi
em 1971. A erradicação das doenças é devida a vacinação da população ao longo dos anos.
Pará avança no acesso e melhoria da qualidade da saúde bucal
O programa do Ministério da Saúde visa fomentar a ampliação do acesso e a melhoria de qualidade nos Centros de Especialidade
Odontológica
02/04/2018 21:02h
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou nesta segunda-feira (2) o Seminário do Programa de Melhoria do Acesso e
Qualidade dos Centros de Especialidades Odontológicas (PMAQ/CEO), no auditório da Escola de Governança Pública do Pará (EGPA). O
evento foi direcionado a 78 gestores e coordenadores municipais de Saúde Bucal.
De acordo com a diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde da Sespa, Socorro Bandeira, o PMAQ/CEO é um programa do
Ministério da Saúde que visa fomentar a ampliação do acesso e a melhoria de qualidade nos Centros de Especialidade Odontológica, com
garantia de um padrão de qualidade comparada ao nacional, além de permitir maior transparência e efetividade das ações governamentais
direcionadas à atenção especializada em saúde bucal.
“O Pará ficou acima da média nacional na avaliação externa do primeiro ciclo do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade dos
Centros de Especialidades Odontológicas. Esse é um indicativo das nossas ações para melhoria e acesso à saúde bucal da população”,
ressaltou Socorro Bandeira.
Avaliação - Erika Tomaz, professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e representante do Grupo Gestor da Avaliação Externa
do PMAQ/CEO, foi quem apresentou o resultado da avaliação dos 29 centros de especialidades odontológicas do Pará. Também esteve
presente no evento a coordenadora nacional de Saúde Bucal, Lívia Almeida.
“A partir do mês de julho, todos os municípios passarão por avaliações de onde serão tirados indicadores de avanços na área de saúde
bucal. Dependendo do avanço de cada município, haverá um aumento dos recursos”, explicou Evaldo Bichara, coordenador estadual de
Saúde Bucal.
Entrega de kits - A Sespa também iniciou em fevereiro deste ano a entrega de 500 kits de higiene bucal e um macro modelo de escovação
para os 144 municípios. A ação será realizada a cada três meses, com o objetivo de reforçar as ações da Política Nacional de Saúde Bucal
e dar suporte à ampliação e qualidade do trabalho realizado pelas equipes de saúde bucal que atuam na Atenção Básica, principal acesso
ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na entrega dos kits, cada gestor municipal recebeu um termo de doação, no qual a Sespa informa que a cada três meses vai monitorar o
Sistema de Informação, já que o município tem, como meta mínima, realizar 500 escovações dentais supervisionadas, para que possa ser
beneficiado com a entrega de mais kits”, acrescentou Evaldo Bichara.
O evento foi realizado por meio da Coordenação Estadual de Saúde Bucal e da Diretoria de Políticas de Atenção Integral à Saúde
(Dase/Dpais) da Sespa.
Os alunos da Unidade Educacional Especializada (UEES) Yolanda Martins também participaram do evento.
02/04/2018 15:27h
No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o Parque Estadual do Utinga (PEUt) recebeu o evento Vista Azul Pelo Autismo. A
programação contou com a participação de estudantes atendidos pelo Núcleo de Atendimento Educacional Especializado no Tratamento
do Espectro do Autismo (Natee), ligados à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), além dos frequentadores do parque.
O evento buscou conscientizar a população paraense sobre o autismo, que afeta cada vez mais pessoas por todo o mundo. “O autismo
não tem cura e ainda não se sabe ao certo sua origem. Há até bem pouco tempo, os portadores do transtorno não tinham seus direitos
assegurados e isso trazia diversos danos, como o preconceito”, explica o coordenador do Natee e organizador do evento, Felipe Linhares.
Os alunos da Unidade Educacional Especializada (UEES) Yolanda Martins, e também pessoas atendidas pelo Programa de Reeducação
Psicomotora (PRP) e pelo Núcleo de Esporte e Lazer (NEL), também estiverem presentes no ‘Vista Azul Pelo Autismo’.
“Precisamos combater o preconceito com conhecimento e conscientização. O autismo ainda é algo estranho para muita gente, então essa
ação, no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, busca justamente trazer informações para a sociedade com relação a esse
transtorno”, acrescenta Felipe Linhares.
A programação possibilitou a confraternização entre pessoas autistas, pais e cuidadores; houve atividades artísticas e esportivas, e a troca
de informações sobre a inserção social desse público-alvo. Cerca de 500 pessoas participaram da celebração. Crianças, jovens e adultos
com espectro de autismo assistiram a uma apresentação do músico Esdras de Souza, ao saxofone; com o apoio do Batalhão de
Policiamento Ambiental da Polícia Militar, fizeram uma caminhada de dois quilômetros pelo parque e fizeram ginástica em equipamentos
do parque.
A professora Roseane de Souza, de 39 anos, acredita que a conscientização é essencial para que os portadores do autismo sejam vistos
de forma mais humana. Ela é mãe de Joaquim de Sousa, de 9 anos , portador do autismo. Os dois vieram de Concórdia do Pará para
prestigiar a programação.
“Tempos atrás era muito mais trabalhoso cuidar de uma criança com autismo, pois haviam poucas escolas e gente preparada para lidar
com a síndrome. Hoje já tem muito mais oportunidades. O meu filho, por exemplo, estuda em uma escola com pessoal preparado para o
atendimento da pessoa com autismo lá em Concórdia, então eventos como esse, que buscam trazer mais informação sobre o transtorno e
também o bem estar das pessoas portadoras, são muito bons”, conta Roseane.
Inserção social – O Parque Estadual do Utinga é uma Unidade de Conservação e, como tal, busca a preservação da natureza e a
promoção do lazer, da cultura e da educação ambiental. Para a turismóloga do Parque, Letícia Freitas, a realização de eventos como o
Vista Azul Pelo Autismo reafirma também o compromisso do Utinga com o desenvolvimento social.
“O Parque tem um papel social que é exercido quando utilizamos esse espaço para atividades de conscientização e de inclusão social dos
portadores de autismo. Isso é um ponto muito importante, pois a vinda ao Utinga também possibilita a essas pessoas um maior contato e
interação com a natureza”, afirma.