Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
p.17: A pesquisa qualitativa pode envolver uma serie de práticas, como gravações,
entrevistas, notas de campo, lembretes, etc. Tais representações envolvem uma
abordagem naturalista e interpretativa para mundo.
1
O uso da tabela é apenas um recurso.
p.17: Envolve o estudo do uso e coleta de uma variedade de materiais empíricos –
estudo de caso; experiência pessoal; introspecção; história de vida; [...]- que
descrevem momentos e significados rotineiros e problemáticos na vida dos indivíduos.
p.17: Entende-se, contudo, que cada prática [“uma ampla variedade de práticas
interpretativas e interligadas”] garante uma visibilidade diferente ao mundo. Logo,
geralmente existe um compromisso no sentido do emprego de mais de uma prática
interpretativa em qualquer estudo.
p.19: “De certa forma a montagem é como um pentimento, no qual algo que havia sido
pintado, mas que não fazia parte do retrato, ganha novamente visibilidade, criando
algo novo.”
2
Disponível em [http://www.youtube.com/watch?v=uyCVzoLVGUc]
“Cristais são prismas que refletem externalidades e refratam-se dentro de si mesmos,
criando diferentes cores, padrões, exibições, que se lançam em diferentes direções.”
p.20: Independente dos diversos pontos de vista que irão definir a imagem mais
apropriada para a pesquisa qualitativa, os autores pontuam que cada uma dessas
metáforas “age” no sentido de criar a simultaneidade, e não o seqüencial e o linear.
p.20: O “bricoleur” político – Sabe que a ciência significa poder, pois todas as
descobertas da pesquisa em implicações políticas.
p.22: A pesquisa qualitativa é vista como um ataque a essa tradição, cujos adeptos
geralmente refugiam-se em modelos de ciência objetivista livre de valores.
p.23: A palavra qualitativa implica uma ênfase sobre qualidades das entidades sobre
os processos e os significados que não são examinados ou médicos
experimentalmente (se é que são medidos de alguma forma) em termos de
quantidade, volume, intensidade ou frequência.
p.23: “Em primeiro lugar, essas duas perspectivas são influenciadas pela tradição
positivista (ou empirista) e neopositivita (ou empiristas lógicos) nas ciências sociais e
físicas.”
p.24: “O uso dos métodos e das suposições positivistas, quantitativas, foi rejeitado por
uma nova geração de pesquisadores qualitativos ligados às sensibilidades pós-
estruturais e pós-modernas.”
p.24: “Eles entendem que esses critérios são irrelevantes para o seu trabalho e
afirmam que tais critérios reproduzem apenas certo tipo de ciência, uma ciência que
silencia um enorme numero de vozes.”
p.24: Os pesquisadores quantitativos vêem esse mundo em ação e nele inserem suas
descobertas, sempre desviando sua atenção desse mundo, raras são as vezes que
estudam-no diretamente.
p.24: “Os pesquisadores qualitativos, por outro lado, têm um compromisso com uma
postura baseada em casos, ideográfica, êmica, que direciona sua atenção para os
aspectos específicos de determinados casos.”
p.26: O parágrafo se inicia a partir de uma discussão trazida pelos autores Vidich e
Lyman, que será discutida mais a frente do livro, no capítulo 2. Tais autores “cobrem
todo o âmbito da história etnográfica” e revelam diferentes estágios da história,
discutindo que “os pesquisadores foram e continuam sendo influenciados por suas
esperanças e ideologias políticas, fazendo descobertas em suas pesquisas que
confirmam teoria ou crenças anteriores.
p.26: “Nessa nova era, o pesquisador qualitativo faz mais do que observar a história;
ele desempenha um papel nessa história.”
O período tradicional
p.27: “Durante esse período, o pesquisador de campo foi tratado como uma
celebridade, transformado em uma figura exagerada que ia para o campo e dele
retornava trazendo histórias sobre pessoas estranhas.” (Etnógrafo Solitário)
p.27: “O outro era um objeto a ser mantido em arquivo. Esse modelo do pesquisador,
o qual também podia escrever teorias complexas, densas, sobre o que era estudado
ainda existe nos dias de hoje.”
p.28: “Os velhos padrões não mais se mantém. As etnografias não produzem
verdades intemporais. O compromisso com o objetivismo agora foi posto em dúvida.
Hoje, contesta-se abertamente à cumplicidade com o imperialismo, e a crença no
monumentalismo pertence ao passado.”
A fase modernista
p.30: “A era dourada das ciências sociais havia acabado, e uma nova era de gêneros
interpretativos obscuros já se aproximava. O ensaio como forma de arte substituía o
artigo cientifico. No momento, o que está em questão é a presença do autor no texto
interpretativo.”
A crise da representação
p.30: Obras renomadas em meados dos anos oitenta “colocaram em dúvida questões
de gênero, da classe e da raça.”
p.32: “Primeiro, cada um dos momentos históricos anteriores ainda estão em ação nos
dias de hoje, seja na forma de um legado ou como um conjunto de práticas que os
pesquisadores continuam a seguir ou a contestar.”
p.33: “Qualquer olhar sempre será filtrado pelas lentes da linguagem, do gênero, da
classe social, da raça, e da etnicidade. Não existem observações objetivas, apenas
observações que se situam socialmente nos mundos do observador e do observado.”
Fase 1: O pesquisador