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10 Fundacoes em Tubuloes PDF
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10 – Fundações em Tubulões
1
FUNDAÇÕES EM TUBULÕES
Figura 1
Figura 2
P
Ab
s
Se a base tiver seção de uma falsa elipse, como indica a Figura 2.b,
deve-se ter
b2 P
bx
4 s
P
Af
c
0,85 fck
em que c , que, para o caso de concretos com fck 13,5 MN/m2,
fc
obtém-se c = 5 MN/m2. Este é o valor que será usado nos exercícios, visto
que NB51 limita fck a um valor de 14 MN/m2.
D
H tg 60 H 0,866 D ou
2
D 0,866 d quando a base for falsa elipse.
V 0,2 Ab
H 0,2
3
Ab A f Ab A f ,
em que V será obtido em metros cúbicos (m 3), entrando-se com Ab (área da
base) e Af (área do fuste) em metros quadrados (m2).
Tubulões a ar comprimido
Figura 3
Figura 4
Diâmetro
do fuste 70 80 90 100 110 120 130 150 170 200
(cm)
Carga
1,92 2,51 3,18 3,93 4,75 5,66 6,63 8,83 11,34 15,70
(MN)
Tubulão a ar comprimido:
=> usado onde haja água e não seja possível esgotá-la devido ao perigo de
desmoronamento das paredes.
=> tubulões pneumáticos com camisa de concreto (manual) ou de aço
(cravação por equipamentos).
=> profundidade limitada a 30 m pressão de 3 atm.
dm = di + e
e di e . dm . e. fyd = . di δRd .l1
di dm e = peq.
l1
l1 = e. fyd / δRd
l2 l2 = 0,80 (adotado)
Tabela 1 – Cargas máximas resistidas por tubulões com camisa de aço incorporada
E = p..di2 / 4
para não precisar ancorar => E < (peso do tubo + peso da campânula) / 1,3
E < P/1,3
Pressão
desequilibrada
Tubulão
p
di
P/ E < 1,3
(P+F) / E =1,3 F = 1,3.E – P
F = força a ancorar.
Prof. José Mário Doleys Soares
Cap.10 – Fundações em Tubulões
12
di
(cm)
70 80 90 100 110 120 130 140 150
p
(MN/m2)
0,03 12 15 19 24 29 34 40 46 53
0,05 19 25 32 39 48 57 66 77 88
0,07 27 35 45 55 67 79 93 108 124
0,10 39 50 64 79 95 113 133 154 177
0,15 58 75 95 118 143 170 199 231 265
0,20 77 100 127 157 190 226 265 308 353
0,25 96 126 159 196 238 283 332 385 442
0,30 116 151 191 236 285 339 398 462 530
fuste
(cm)
70 80 90 100 110 120 130 140 150
Espessura
da camisa
¼ pol 1,41 1,57 1,73 1,88 2,04 2,20 2,36
1,10 1,26
5/16 pol 1,78 1,98 2,18 2,18 2,57 2,77 2,97
1,38 1,58
3/8 pol 2,12 2,36 2,59 2,59 3,06 3,30 3,53
1,65 1,88
Artigo
220 1,14 1,52 1,90 2,28 2,66 3,04 3,42 3,80 4,55 5,69
225 1,19 1,59 1,99 2,39 2,78 3,18 3,58 3,98 4,75 5,93
230 1,24 1,66 2,07 2,49 2,90 3,32 3,73 4,15 4,96 6,21
235 1,30 1,75 2,19 2,63 3,50 3,50 3,94 4,38 5,19 6,49
240 1,35 1,81 2,26 2,72 3,17 3,62 4,07 4,53 5,41 6,75
245 1,41 1,88 2,35 2,82 3,29 3,76 4,23 4,70 5,65 7,05
250 1,47 1,96 2,45 2,94 3,43 3,92 4,90 4,90 5,87 7,32
255 1,53 2,04 2,55 3,07 3,58 4,08 4,60 5,11 6,11 7,65
260 1,59 2,12 2,65 3,18 3,71 4,24 4,77 5,30 6,35 7,91
265 1,65 2,20 2,75 3,31 3,86 4,10 4,96 5,51 6,60 8,25
270 1,71 2,29 2,86 3,44 4,00 4,58 5,17 5,72 6,85 8,58
275 1,78 2,38 2,97 3,56 4,16 4,75 5,35 5,94 7,10 8,88
280 1,84 2,46 3,08 3,69 4,31 4,92 5,53 6,15 7,35 9,20
285 1,91 2,55 3,19 3,83 4,47 5,10 5,73 6,38 7,61 9,51
290 1,98 2,64 3,30 3,96 4,62 5,28 5,94 6,60 7,90 9,85
295 2,05 2,74 3,42 4,10 4,78 5,47 6,16 6,84 8,16 10,20
300 2,12 2,82 3,53 4,23 4,93 5,65 6,35 7,06 8,45 10,60
305 2,19 2,92 3,65 4,38 5,12 5,84 6,57 7,31 8,75 10,90
310 2,26 3,02 3,77 4,52 5,28 6,03 6,78 7,55 9,01 11,30
315 2,33 3,11 3,89 4,67 5,45 6,22 7,00 7,78 9,30 11,61
320 2,41 3,22 4,02 4,82 5,63 6,43 7,23 8,04 9,61 12,01
325 2,48 3,32 4,14 4,97 5,80 6,63 7,46 8,28 9,91 12,40
330 2,56 3,42 4,27 5,12 5,98 6,84 7,70 8,55 10,21 12,80
335 2,64 3,72 4,40 5,28 7,16 7,05 7,82 8,80 10,58 13,19
340 2,72 3,62 4,53 5,44 6,34 7,25 8,15 9,07 10,81 13,59
345 2,80 3,74 4,67 5,61 6,54 7,48 8,42 9,35 11,19 13,98
350 2,88 3,84 4,81 5,77 6,72 7,68 8,65 9,62 11,50 14,40
355 2,96 3,96 4,95 5,94 6,92 7,92 8,92 9,99 11,81 14,79
360 3,05 4,07 5,08 6,11 7,12 8,14 9,16 10,18 12,19 15,20
365 3,13 4,18 5,23 6,27 7,32 3,37 9,41 10,45 12,50 15,61
370 3,22 4,30 5,38 6,46 7,53 8,62 9,68 10,75 12,90 16,10
375 3,31 4,42 5,52 6,62 7,22 8,82 9,93 11,02 13,20 16,50
380 3,40 4,54 5,67 6,81 7,95 9,08 10,22 11,34 13,59 16,95
385 3,49 4,66 5,82 6,98 8,15 9,31 10,48 11,63 13,90 17,40
390 3,58 4,78 5,98 7,17 8,37 9,56 10,76 11,95 14,30 17,81
395 3,67 4,90 6,13 7,35 8,58 9,80 11,02 12,25 14,61 18,30
400 3,76 5,02 6,28 7,54 8,80 10,05 11,30 12,57 15,00 18,80
Exercícios resolvidos
A 50 cm
B 30 cm
Cap.10 – Fundações em Tubulões
20
solução:
Cálculo do centro de carga
P1A = 1.400 x 0,5 = 700 kN
P1B = 1.000 x 1 = 1.000 kN
700 15 1000 50
x cc 35,6cm
1700
700 55 1000 15
y cc 31,5cm
1700
4 1700
Base: diâmetro D 1,90m ou 190 cm
600
4 1700
Diâmetro do fuste: 0,66m 70 cm
5000
35,6 cm
Ø = 70 cm
D= 190 cm
H = 105 cm
31,5 cm
2º Exercício: Projetar um tubulão para o pilar abaixo com taxa no solo de 0,6
MN/m2.
Solução:
P1 (30 X 30)
Divisa 1200kN
4 1200
Diâmetro da base D 1,60m não cabe, pois a distância do centro
600
do pilar à divisa é menor que D/2. Assim sendo, deve-se adotar uma falsa
elipse para a base. O valor de b será 2 x 62,5 = 125 cm, pois, ao contrário das
sapatas, não é necessário deixar folga de 2,5 cm para colocação da forma visto
que a base do tubulão é concretada contra o solo. Assim, pode -se escrever:
1,25² 1200
. 1,25 x x 0,65m
4 600
4 1200
Diâmetro do fuste 0,55m Adotado 70 cm
5000
a 190
Verificação 2,5
b 125
Altura da base H = 0,866 (190 - 70) 105 cm < 200 cm
Ø = 70 cm
x = 65 cm
b = 125 cm
H = 105 cm
Tubulões a ar comprimido:
1º Exercício: Projetar a fundação para uni pilar com carga vertical de 8000 kN
usando tubulão a ar comprimido com camisa de concreto. Adotar taxa no solo
Solução:
Adotando para a espessura da camisa de concreto 20 cm e diâmetro interno de
70cm, tem-se:
110²
Af 9500cm²
4
1,4N= 0,85.Af. fck/1,4+Ac 50/1,15=1,4 x 8000= 0,85x 9500x 1,6/1,4+ A sx 50/1,15
As = 45 cm² 23 Ø 16 ou 9 Ø 25
Solução:
O dimensionamento do fuste é feito com auxílio da Tab. 3 onde se vê que um
tubulão à Ø = 110 cm com chapa 5/16pol atende à carga de projeto.
74 F
1,3 F 49,5kN
95
1,5
' 0 0 1 .B 2 B ≤ 10 m
8
b) Aumento de σa com a profundidade
10
'0 0 . (S > 10 m²)
s
3. Correlações Empíricas
qc = bulbo médio
1. COTA DE APOIO
Acima do N.A., tem-se N ≤ 9. Então, adota-se cota -8 m para apoio da
base dos tubulões, na qual N = 9 (areia medianamente compacta).
Para uma estimativa preliminar da tensão admissível, na tabela de valores
básicos da NB R 6122/96 encontra-se σo = 0,2 MPa. Adotando-se o dobro
desse valor, pelo efeito de profundidade, obtém-se:
σa = 0,4 MPa = 400 kPa
2. METODOLOGIA
Como ainda não se conhecem as dimensões das bases dos tubulões,
que dependem da tensão admissível, serão estimados os valores mínimo e
máximo de Db.
Admitindo que a área de influência dos pilares seja de, no mínimo, 6 m 2 (2 x 3
m2) e de, no máximo, 24 m 2 (4 x 6 m2), e que o peso total do edifício seja de
120 kPa (12 pav x 10 kPa/pav), as respectivas cargas mínima e máxima por
pilar serão estimadas em:
Pmin = 120 kPa . 6 m2 = 720 kN
e
Pmax= 120 kPa . 24 m2 = 2.880 kN
Como a área da base (A), em função da carga do pilar (P) e da tensão
admissível (σa), é dada por:
Db2 P
A .
4 a
os diâmetros mínimo e máximo da base serão da orddm de:
4 720
D 1,50m
400
4 2880
D 3,00m
400
N
2ª a (MPa) 6 ≤ N ≤ 18
30
N = Nmed no bulbo de tensões
Db = 2m
8
a σa = 0,27 MPa
30
Db = 3m
9
a σa = 0,30 Mpa
30
1,5
' 0 0 1 .B 2 com B = Db (m)
8
σa = 2 σ’0 + q ≤ 2,5 σ0
Db = 2m
1,5
'0 0,201 .2 2 0,20MPa
8
σa = 2 0,20 + 0,13 = 0,53 ≤ 2,5 0,20 = 0,50 σa = 0,50 Mpa
Db = 3m
1,5
' 0 0,201 .3 2 0,24MPa
8
σa = 2 0,24 + 0,13 = 0,61 ≤ 2,5 0,20 = 0,50 σa = 0,50 MPa
1º Aoki-Velloso
K .N
r
F1
r 1,80
a σa = 0,60 MPa
3 3
Prof. José Mário Doleys Soares
Cap.10 – Fundações em Tubulões
30
2º Décourt-Quaresma
Com a modificação efetuada por Décourt (1996):
σr = α .C .NP
areia: C = 0,40 MPa
areia e estaca escavada: α= 0,50
Np = média de três valores de N (o da cota de apoio, o anterior e o
posterior).
997
Np 8
3
σr = 0,5 .0,40 .8 = 1,60 MPa
FS = 4 (recomendado pelos autores do método para a resistência de
base).
r 1,60
a σa = 0,60 MPa
4 4
Métodos semi-empíricos
Aoki-Velloso σa = 0,60 MPa
σa = 0,50 MPa
Décourt-Quaresma σa = 0,40 MPa
*
I z max 0,5 0,1.
v
C1 = 1 – 0,5 . (q / σ*) ≥ 0,5
C2 =1 + 0,2 . log (t /0,1) C2 = 1,0 (recalque imediato)
Es= α . K .N
areia argilosa: α = 4,0 e K = 0,55 MPa
ES=2,2N (MPa)
Db = 3m
Para utilização do Método de Schmertmann, é necessário encontrar a
base "quadrada" equivalente (mesma área):
3,00 2
BL 2,70m
4
σa =0,40 MPa σ* = 0,27 MPa
C1 = 1 – 0,5 . (0,13 / 0,27) = 0,76
0,27
I z max 0,5 0,1. 0,63
0,15
.B
i 1,21 0 .1
Es
É conveniente subdividir a camada de areia situada abaixo da base dos
tubulões. Pelo fato de N ser crescente com a profundidade, o cálculo por
camada única (com valor médio de N) diminuiria os recalques e aumentaria as
tensões admissíveis.
Como critério de subdivisão, neste caso pode-se considerar, por
exemplo, uma variação máxima de 3 no valor de N, para constituir cada
subcamada. Assim procedendo, tem-se:
1a camada: de -8 m a -13 m (N = 7 a 9)
2a camada: de -13 m a -16 m (N = 11 a 14)
3a camada: de-16 m a-19 m (N = 13 a 15)
Db = 3m
h/Db = 8/3 = 2,67 μ0 = 0,60
camada 1:
99779
N med 8 Es = 2,2 N = 2,2 .8 18MPa
5
H/Db = 5/3 = 1,67 μ1 = 0,50
σa = 0,40 MPa σ* = 0,27 MPa
0,27 3000
i 1(18) 1,21 0,60 0,50. 16,3mm
18
camada 2:
11 14 12
N med 12 E =2,2. 12 = 26 MPa
3
H/Db = 8/3 = 2,67 μ1 = 0,55
0,27 3000
1, 2( 26) 1,21 0,60 0,55. 12,4mm
26
0,27 3000
1( 26) 1,21 0,60 0,50. 11,3mm
26
ρ2 = 1,1 mm
ρ = ρ 1 + ρ 2 = 17,4 mm
contribuição da 2a camada:
(1,1/17,4). 100 = 6% < 10% não há necessidade de calcular a 3a
camada
Portanto,
ρi = 17,4 mm < 25 mm
Aplicando uma regra de três à tensão líquida, tem-se:
ρ a = 25 mm σ* = 0,39 MPa
e, portanto,
σt = 0,52 MPa
3.3. CONCLUSÃO
Para o recalque admissível adotado de ρa = 25 mm e para a maior base de D =
3 m, foram obtidos os valores de 0,43 e 0,52 MPa para a tensão admissível,
peblos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, respectivamente,
resultando no valor médio de 0,47 MPa.
3,00 2
Pmax .400 2800 kN
4
Portanto, se o projeto estrutural vier a indicar a existência de pilares com
cargas superiores a 2.800 kN, a tensão admissível deverá ser verificada para o
cálculo da base do tubulão desses pilares. No projeto certamente haverá
tubulões com base na forma de falsa elipse, para os quais se podem
considerar bases circulares de áreas equivalentes, na verificação dos
recalques.
4. PREVISÃO DE RECALQUES
Pelos métodos de Schmertmann e da Teoria da Elasticidade, serão
previstos os recalques para a menor e a maior base, com
Db min = 1,50 m
e
Dbmax = 3,00 m
1,50 2
BL 1,30m
4
σa = 0,40 MPa σ* = 0,27 MPa
C1 = 1 – 0,5 . (0,13 / 0,27) = 0,76
cota -8,65 m (z = B/2 abaixo da base):
σv = 128 + 0,65 . 16 = 138 kPa = 0,14 MPa
0,27
I z max 0,5 0,1. 0,64
0,14
Db = 3,00 m
Já foi calculado:
ρi = 20,5 mm
camada 2:
H/Db = 8,0/1,5 = 5,33 μ1 = 0,60
Portanto,
0,27 1500
1, 2( 26) 1,21 0,60 0,55. 6,2mm
26
0,27 1500
1( 26) 1,21 0,55 0,58. 6,0mm
26
ρ2 = 0,2 mm
ρ =ρ1 + ρ2 = 8,9 mm
contribuição da 2a camada:
(0,2 /8,9). 100 = 2% < 10% não há necessidade de calcular a 3a
camada.
ρi = 8,9 mm
Db = 3,00 m
Já se calculou:
ρi = 17,4 mm
4.3. CONCLUSÃO
Fazendo a média dos valores obtidos pelos dois métodos, tem-se que:
Db = 1,50 m ρi = 9,0 mm
e
Db = 3,00 m ρi = 18,9 mm
Esses valores indicam uma fonte significativa para explicar os recalques
diferenciais entre os pilares do edifício, uma vez que, sem considerar os efeitos
de interação estrutura-solo, os recalques dos tubulões isolados vão variar de
9,0 a 18,9 mm, dependendo da dimensão da base, isto é, da carga do pilar.