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Figura 1 Talude composto por diferentes tipos de solos tropicais (camada de solo laterítico
sobrejacente à uma camada de solo saprolítico).
Onde:
Afundamento do CP (mm);
: Altura do corpo de prova correspondente aos números de golpes “ ”
(mm);
: Altura final do corpo de prova (mm).
2. PROGRAMA DE ENSAIOS
Os ensaios Compactação Mini-MCV e Perda de Massa por Imersão tem caráter
classificatório e objetivam a verificação do comportamento laterítico ou não, de
um solo através da Classificação MCT, além de determinar propriedades dos
grupos integrantes das mesmas.
Para a classificação MCT, exige-se que as amostras de solos finos (com no mínimo 95%
passando na peneira 2,00mm) sejam submetidas ao seguinte programa de
ensaios:
a) Para cada amostra são moldadas 5 CP´s com diferentes teores de
umidade;
b) Com os 5 corpos de prova preparados na umidade de moldagem executa-
se o Ensaio de Perda de Massa por Imersão (Pi).
Com os dados do Ensaio de Compactação Mini-MCV geram-se as curvas “n versus Δan”
também designada curva de deformabilidade, de onde é obtido o coeficiente c’ e
a curva “Hc versus MEAS” para obtenção do coeficie te d’. Cada CP resultante
desse ensaio deve ser submetido ao Ensaio da Perda de Massa por Imersão (Pi).
O coeficie te c’ é utilizado na Classificação MCT como indicador de quão arenoso é o
solo, no caso de solos de comportamento laterítico. Enquanto que o Pi e d’ são
utilizados para o cálculo do índice e’, que indicará se um solo possui
comportamento laterítico ou não.
Na Figura 2 está apresentado de forma esquemática o Programa de ensaios para a
classificação MCT, bem como os dados obtidos em cada um deles.
Métodos de Ensaios: Classificação Geotécnica MCT
Onde:
Pi: Perda de massa por imersão (%);
Md: Massa seca desprendida (g);
Métodos de Ensaios: Classificação Geotécnica MCT
Geralme te qua do o solo tem comportame to laterítico a curva “Pi versus Mini-MCV”
é descendente, ou seja, o parâmetro Pi diminui com o aumento do Mini-MCV. No
caso de argilas e argilas arenosas lateríticas, a Pi próxima ao Mini-MCV = 10 é zero
ou muito baixa, como pode ser observado na curva vermelha da Figura 6.
Para as areias argilosas lateríticas a tendência é similar, entretanto, o decréscimo da Pi
ocorre para Mini-MCV mais elevado e a condição de Pi = 0 (zero) só ocorre para
Mini-MCV acima de 15.
Os solos saprolíticos geralmente apresentam valores de Pi significativamente superiores
quando comparados com os solos lateríticos. Essa peculiaridade é acentuada nas
variedades siltosas micáceas e/ou caoliníticas, nas quais o valores da Pi superiores
a 250% são constatados frequentemente, como pode ser visto na curva azul da
Figura 6.
Além disso, os valores da Pi para os solos saprolíticos têm pouca variação em função do
Mini-MCV ou da umidade de compactação, sendo que a velocidade de
desagregação dos CP’s é elevada.
As areias saprolíticas apresentam valores de Pi difíceis de serem previstos, pois podem
ser elevados ou baixos, conforme o grau de entrosamento atingido no processo
de compactação dos CP’s.
As argilas saprolíticas apresentam valores de Pi, predominantemente, na faixa
intermediária (próximo de 100%), apresentando um nítido acréscimo com o
aumento do Mini-MCV. Outra peculiaridade dessas argilas é que a desagregação,
após a imersão dos CP’s se processa le tame te podendo durar mais de 20
horas.
Figura 6 Exemplo de curvas "Pi versus Mini-MCV" para uma amostra de solo de
comportamento saprolítico e laterítico.
4. GRÁFICO CLASSIFICATÓRIO E PROPRIEDADES DOS SOLOS DOS
GRUPOS DA MCT
Dispondo-se dos parâmetros classificatórios obtidos nos ensaios de Compactação Mini-
MCV e Perda de Massa por Imersão é possível classificar os solos lateríticos e
saprolíticos de acordo com a Metodologia MCT, através do Gráfico Classificatório
proposto por Nogami e Villibor (1995), apresentado na Figura 7, no qual o eixo
das abcissas está representado o coeficiente c’ e no eixo das ordenadas, o
coeficiente e’.
O coeficiente e’ é calculado a partir do coeficiente d’ (razão da variação de MEAS pela
variação de Hc) da parte retilínea do ramo seco da curva de compactação,
correspondente a 10 golpes do ensaio de Mini-MCV) e do parâmetro de Perda de
Massa por Imersão (Pi), obtido segundo a expressão:
Onde:
d’: razão da variação de MEAS pela variação de Hc do ramo seco da curva de
compactação correspondente a 10 golpes do soquete leve, devendo ser expressa
em (kg/m³)/%;
Pi: Parâmetro de perda de massa por imersão total em água de corpos de prova
em condições padronizadas, expressa em porcentagem.
Tabela 1 Dados gerais dos grupos de solos da Classificação MCT e suas propriedades
Tabela 2 Valores numéricos das propriedades dos solos