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Mecânica dos Solos Aplicada

Classificação dos Solos.


 Objetivo: A classificação dos solos visa agrupar materiais de
comportamento semelhante, estimando o comportamento
mediante às suas características e pela solicitação imposta.
 Fundamentos:
- Os sistemas de classificação são criados para atender uma
situação específica.
- - Em sua grande maioria são baseados nas características
físicas do solo, granulometria e plasticidade.
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Classificação dos Solos.
 Sistema de Classificação SUCS:
 - System Unification classification Soils.
 - Criado na década de 40, Arthur Casagrande & Army Corps
Engenieer USA;
 - Objetivo inicial – construção de pistas de aeroportos,
2ª guerra mundial;
 -Fundamenta-se nas características granulométricas e
consistência dos solos.
 - Solos divididos em dois grandes grupos:
 - Granulares – 50% retido na malha 0,075 mm
 - Finos – Mais de 50% passando na malha 0,075 mm.
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 Sistema SUCS :
 - Nomenclaturas na língua inglesa:
 Grupo dos solos granulares G gravel pedregulho
 S sand areias.
 Grupo dos solos finos M Mo ( sueco) Silte.
 C clay Argila.
 Quanto a graduação w well bem graduado.
 P poorly mal graduado.
 Quanto da deformação H high alta compressibilidade.
 L Low baixa compressibilidade.
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 SUCS:
 - Utiliza os limites de consistência ( LL, LP e o IP) do solo para
definir a compressibilidade.
 Utiliza-se a curva granulométrica e seus parâmetros para
definir se o solo é bem graduado ou mal graduado.
 Solos orgânicos utiliza simbologia Pt.
 Sistema muito utilizado para classificar solos em barragens de
terra.
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 Sistema TRB : Transportation research Bord
 - Antigo HRB – Highway Research Board, 1945 ASTM;
 Objetivo : Pavimentação.
 Fundamentos : Ensaios de caracterização – Granulometria,
limites de consistência.
 Cálculo do Índice de Grupo (IG).
 IG = ( F200 – 35)* (0,2 + 0,005*(LL -40)) + 0,01*(F200-15)*(IP-10)
 - Solos bom para pavimentação IG baixo ou nulo.
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 Sistema de classificação TRB:
- - Solos distribuídos do grupo:
- A-1 ( fragmentos de pedra, pedregulhos finos com areia)
- A-7-6 ( argilosos).
- Porcentagem de material retido na peneira 0,075 mm define o
grupo :
- - A-1 até A-2-7 ,porcentagem deverá ser menor ou igual a 35%
 - A-4 e A-5 , grupo dos siltes com misturas.
 - A-6 e A-7, grupo das argilas.
 - Limite de Liquidez e índice de Plasticidade usados para
definir os grupos de solo, os que tem fração fina.
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Classificação dos Solos.
 Tabela proposta da TRB segundo Manual de Pavimentação do
DNIT/2006.
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 Classificação pelo Módulo de Resiliência:
 Segundo Rita Moura Fortes :
 - Resiliência – É a energia armazenada em um corpo
deformado elasticamente, que surge após cessar as tensões
causadoras da deformação( Medina 1997). Energia potencial de
deformação.
 Nas camadas do Pavimento existem as deformações:
 - Plásticas permanente
 - Resilientes elásticas.
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 Deformações nas camadas de solo de uma estrutura de
pavimento.
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 Classificação pelo Módulo de Resiliência:
 Segundo Rita Moura Fortes :
 - A parcela da deformabilidade resiliente das camadas do
pavimento e do subleito é que condicionam a fadiga das
camadas superficiais mais rígidas.
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 Resiliencia e Módulo de resiliência.
 Uma camada de solo confinada na estrutura do pavimento quando
sofre um carregamento externo, sofre uma tensão vertical(ϬV) e uma
horizontal confinante(ϬH).
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 Resiliência e Módulo de resiliência.
 - O ensaio triaxial cíclico aplica tensão confiante(Ϭ3), e uma
tensão vertical(Ϭ1), a diferença entre as mesmas é a tensão de
desvio(Ϭd). Nele o incremento de tensão vertical é aplicado em
pulsos e tempo ( simula a velocidade dos veículos e
profundidade da camada); a frequência de aplicação do
carregamento representa o volume de tráfego.
 - Determina-se as deformações resilientes e obtém o módulo.
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 Classificação pelo Módulo de Resiliência:
 Módulo de Resiliência ( MR) – É a relação entre a tensão
desvio(Ϭ d), aplicada repetidamente em uma amostra de solo e
a correspondente deformação específica vertical recuperável,
ou resiliente.

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 Classificação pelo Módulo de Resiliência:
 - Equação e parâmetros para calcular o Módulo de Resiliencia.
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 Ensaio do Módulo de resiliência:
 -CP cilíndrico saturado, φ molde 4 vezes o φ maior do solo
 - Altura do molde 2 vezes maior que o diâmetro;
 - célula triaxial automatizada, registra deformações controla aplicação de
carregamento.
 - Deformação resiliente medida LVDTs( linear variable diferential
transducers);
 No Brasil, ensaio 200 carregamentos, frequência de 20 a 60 solicitações por
minuto, duração de 0,10 a 0,15 segundos e intervalos de 2,86 a 0,86
segundos.
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 Ensaio de Módulo de Resiliência.
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 Ensaio de Módulo de Resiliência.
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 Parâmetros do ensaio:
 Para pedregulhos e arenosos:
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 Parâmetros do ensaio para solos argilosos e siltosos.
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 Gráficos do ensaio de Módulo de resiliência, pedregulho.

Série1 Série2 Série3 Série4

Série5 Série6 Cascalho Cascalho 15%


1000
Módulo deResiliência (MPa)

100

MR = 281,43 * s30,0345

MR = 364,16 * s30,2333

10
0,01 0,1 1
Tensão Confinante (MPa)
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 Gráfico de módulo de resiliência, solo argiloso.
MÓDULO DE RESILIÊNCIA
Solo: Argila Inhumas - corpo-de-prova moldado na EI
ensaio realizado na umidade de moldagem do corpo-de-prova = 19,7%
1200
MÓDULO DE RESILIÊNCIA (kgf/cm2)

1000

800

600

400

200

0
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
Tensão Desvio (kgf/cm2)
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 Classificação quanto a resiliência pela norma do DNIT
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 Classificação dos solos segundo a resiliência: Granulares
 - Grupo A – Solos com grau de resiliência elevado, não deve
ser empregado em estruturas de pavimentos e constituem
subleitos de péssima qualidade.
 Grupo B – Solos com grau de resiliência intermediária, pode
ser empregado em estruturas de pavimento como base, sub-
base e reforço de subleito, ficando o seu comportamento
dependente das seguintes condições:
 - K2 menor ou igual 0,50 – bom comportamento.
 - K2 maior a 0,50 – o comportamento fica dependente da
espessura da camada e qualidade do subleito.
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 Classificação quanto a resiliência: Granulares
 - Solos do grupo C – Solos com baixo grau de resiliência,
podendo ser usado em todas as camadas do pavimento, resulta
em estruturas de baixa deflexão.
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 Classificação quanto a resiliência: Solos finos.
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 Classificação quanto a resiliencia : Solos finos.
 - Solos do grupo I – Bom comportamento quanto a resiliência,
subleito, reforço, podendo também ser utilizado em sub-base.
 - Solos do grupo II – Comportamento regular, sub-leito e
reforço.
 - Solos do grupo III – Solo de comportamento ruim, é vedado o
seu uso em camadas de pavimento.
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Classificação dos Solos.
 Classificação quanto a resiliência :
 relação resilência x CBR e teor de silte no solo.
Referências Bibliográficas.
 Norma DNER- ME 131/94
 - Norma NBR 6502/95. ABNT
 - Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT), Manual de
Pavimentação 2006.
 - Medina, Mecânica dos Pavimentos, Cooper UFRJ, Rio de Janeiro, 2005.
 Pinto,C.S. , Curso Básico de Mecânica dos Solos, Oficina de Texto, São Paulo SP,
2002.
 Brajas, D, Fundamentos da Engenharia Geotécnica, editora Thompson, São paulo
SP, 2007.
 Medina & Preusser Características resilientes de solos em estudos de pavimentos,
Revista solos e Rochas Número 2 página 3 a 26, 1980.

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