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• Ele não pretende apreciar, tampouco solucionar o mérito da lide, apenas orienta sobre
a escolha a ser feita entre duas ou mais normas concorrentes.
• Em suma, o DIP propicia meios para que o Direito externo ingresse no interno sem que
a soberania nacional seja afetada.
Crítica
• Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e
o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os
nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
• Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a
lei do país em que estiverem situados.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens
móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre
a coisa apenhada.
A globalização é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países
e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas
trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos
quatro cantos do planeta.
• a lei
• a jurisprudência
• a doutrina
• o tratado internacional
Conexão
• Se uma norma jurídica pode ser aplicada além do território submetido à soberania do
Estado da qual emana, deve haver regras de conexão.
• Quais são essas regras? Normas estatuídas pelo direito internacional privado
indicadoras do direito aplicável a certas situações jurídicas vinculadas a mais de um
ordenamento jurídico.
Os elementos de conexão, como a própria expressão dispõe, nada mais são do que
vínculos que relacionam um fato qualquer a um sistema jurídico.
• REGRAS DE CONEXÃO:
O Supremo Tribunal Federal teve que decidir se o consentimento da esposa era uma questão
de capacidade, que será regida pela lei do nacional, que não exigia consentimento da esposa,
ou se tratava de uma questão substancial do contrato, que se regeria pela lei brasileira, já que
o contrato foi aqui celebrado.
O STF qualificou como sendo apenas como substância do contrato e decidiu que a lei aplicada
era a da nacionalidade do estrangeiro, validando assim, o contrato.
O que observa-se?
Após identificar o conflito, deve se qualificar a questão jurídica e determinar qual o direito
aplicável.
Ordem Pública
• No caso do Brasil, por exemplo, violará a ordem pública o direito estrangeiro que
ameace a soberania, a cidadania, a dignidade, a igualdade e a liberdade da pessoa
humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, a independência, a igualdade
entre os Estados, a paz, etc (arts. 1°, 3° e 4° da CF)
• A reserva da ordem pública – o juiz não pode aplicar o direito estrangeiro se ele violar a
ordem pública, mesmo que a norma de Direito Internacional Privado da lei do foro
destinada a resolver o conflito de leis no espaço assim determine. Não pode ser usada
de modo arbitrário, como resistência à aplicação do direito estrangeiro. Exige-se que a
lei estrangeira seja manifestamente incompatível com a ordem pública do foro.
• Art. 17 da LINDB – Portanto, a sentença estrangeira não terá eficácia no Brasil quando
viole nossos bons costumes, nossa soberania e nossa ordem pública.
• Exemplo de ordem publica : O fato de existirem regras diversas quanto à idade mínima
para adoção em diferentes países e que essa regra varia de acordo com o tempo. Em
1916 no Brasil apenas maiores de 50 anos podiam adotar, em 1957 tal limite foi alterado
para 30 anos, em 1990 foi alterado novamente para 21 anos, e finalmente alterado para
18 anos pelo novo Código Civil. Na França, a idade mínima era de 40 anos, alterado em
1976 para 30 anos.
• Nesse caso fica sob responsabilidade dos juízes decidir, discricionariamente, o que é ou
não contrario à ordem pública.
Fraude à lei.
Quando ocorre? Quando uma pessoa, voluntária e ardilosamente, faz uso dos
elementos de conexão que indicaria a lei aplicável para alterar o status da situação
concreta, de modo a obter alguma vantagem ou benefício pessoal.
a) O seu objeto é constituído pela norma de conflitos (ou parte da norma) que
manda aplicar o direito material a que o fraudante pretende evadir-se, contanto que
seja afetado o fim da norma material a cuja aplicação o fraudante quis escapar;
d) Intenção fraudatória.
• Estas situações violam a ordem pública interna porque violam as normas jurídicas.
• LINDB - Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que
reúna os seguintes requisitos:
• O processo de homologação perante o STJ tem rito especial; não se reexamina o mérito,
mas tão somente se estão presentes os pressupostos de admissibilidade.
Cartas Rogatórias
• Exequatur
• Com o exequatur compete à Justiça Federal de primeira instância a execução das cartas
rogatórias (art. 109, X, da CF).
• Exequatur - é uma ordem do Superior Tribunal de Justiça para que um juiz brasileiro
atenda a um pedido feito por órgãos judiciais de outros países.
LINDB
• Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o
réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis
situados no Brasil.
§ 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma
estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
Qual o pressuposto para a execução da carta rogatória pela Justiça Federal Comum? A
concessão do exequatur pelo STJ.
Competência Exclusiva
CPC. Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança
seja estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.
• Uma sentença estrangeira para produzir efeitos em nosso país deverá preencher os
requisitos previstos em nossa legislação. Dentre as opções abaixo marque aquela que
não apresenta um desses requisitos:
a) Ter sido traduzida por intérprete juramentado;
b) Ter transitado em julgado;
c) Ter sido proferida por juiz competente
d) Ter sido homologada pelo STF. ( é pelo STJ e não STF)
Sempre que um sujeito de Direito viole uma norma ou dever que lhe compete ou, ainda,
cause algum prejuízo, incorre em responsabilidade.
No âmbito do direito internacional o Estado é responsável internacionalmente por
qualquer ato ou omissão que lhe seja imputável, do qual resulte a violação de uma
norma jurídica internacional ou de suas obrigações internacionais.
Qual a importância da responsabilidade Internacional? Esse instituto regula as situações
que traduzem a resposta do Direito Internacional Público sobre o descumprimento das
regras pelos Estados.
Segurança Jurídica
Problema
• Tal instituto tem existência precária, haja vista a falta de um órgão meta ou supraestatal
que imponha, na sociedade internacional, as regras de Direito Internacional Público.
• A responsabilidade internacional é princípio fundamental de Direito Internacional
Público, uma vez que não há direito/dever sem sanção.
• A finalidade do instituto é reparar e satisfazer os danos materiais e éticos sofridos por
um sujeito de Direito Internacional Público em decorrência de atos praticados por um
Estado.
• Atribuição da Conduta a um Estado
Imputação e ilicitude
• O ato de um indivíduo ou de um órgão que venha a causar dano a outrem pode ser
imputado ao Estado ou à organização internacional para fins de responsabilização?
• Art. 12.
• Existência de uma violação de uma obrigação internacional
• Há uma violação de uma obrigação internacional por um Estado quando um ato
deste Estado não está em conformidade com o que lhe é requerido pela obrigação, seja
qual for a origem ou natureza dela.
• Art. 13.
• Obrigação internacional em vigor para um Estado
• Um ato de um Estado não constitui uma violação de uma obrigação, a menos que
Estado esteja vinculado pela
• O regime geral da responsabilidade consagra a possibilidade de exclusão da ilicitude e,
portanto, afasta o dever de reparar o dano.
• De acordo com o citado projeto, são casos de exclusão de ilicitude:
• o consentimento do ofendido-
• [...] Os riscos de uma utilização abusiva do argumento do consentimento na ilicitude são
muito reais, em particular nas situações onde um Estado invade a soberania territorial
de um outro Estado (intervenções militares, manutenção de bases militares
estrangeiras) (DINH; DAILLIER; PELLET, 2003, p. 799).
• a legítima defesa
• A ilicitude de um ato de uma organização internacional é excluída se o ato constitui uma
medida legal de autodefesa tomada em conformidade com os princípios de direito
internacional incorporados na Carta das Nações Unidas.
• represálias (contramedidas)
• não constituem atos ilícitos e são permitidas, exceto em relação às normas jus cogens.
• São importantes mecanismos de reação a violações do direito internacional, uma vez
que o receio de uma futura represália faz com que os Estados respeitem as suas
obrigações. Enquanto a legitima defesa tem caráter defensivo a represália tem o
objetivo de reprimir psicologicamente o adversário.
• […] o Estado lesado pode adotar tais contramedidas como necessárias para preservar
seus direitos. Na hipótese de o ato ilícito tiver cessado ou a questão estiver pendente
sob uma corte ou tribunal com poderes de tomar decisões vinculantes, então as
contramedidas deverão cessar (ou quando adequado, não serem adotadas)(SHAW,
2003, p. 710)
• Estado de necessidade
• a) seja o único modo para o Estado preservar um interesse essencial contra um perigo
grave e iminente; e
• Exige-se, além do grave e iminente perigo, que o interesse a ser defendido não seja de
ordem exclusivamente particular, mas que importe à comunidade internacional como
um todo. Ademais, o ato não pode afetar interesses essenciais de Estados ou da
comunidade internacional (Dinh, Daillier e Pellet, 2003, p. 801):
• Ilicitude Presumida.
• Nada neste Capítulo exclui a ilicitude de qualquer ato de um Estado que não esteja
em conformidade com uma obrigação que surja de uma norma imperativa de Direito
Internacional geral.
Consequências jurídicas da responsabilidade internacional:
pela reconstituição natural (reconstituir o antes, mas também o que poderia existir se o ato
fosse praticado, e se for impossível há compensação pecuniária);
- pela satisfação é normalmente aplicada em relação aos danos morais causados aos Estados ou
organizações internacionais; pode assumir a forma de reconhecimento da violação,
manifestação de pesar, pedido de desculpas, ou qualquer outra forma, a exemplo da punição a
quem deu causa ao dano; a satisfação tem de ser proporcional ao dano.
- pela obrigação de indenizar a entidade ou os indivíduos lesados quando não for possível a
reconstituição material; a obrigação pecuniária abrange os lucros cessantes.
• DO MATRIMÔNIO E DO DIVÓRCIO
• Art. 42. Nos países em que as leis o permitam, os casamentos contraídos ante os
funcionários diplomáticos ou consulares dos dois contraentes ajustar-se-ão à sua lei
pessoal, sem prejuízo de que lhes sejam aplicáveis as disposições do art. 40.
LINDB
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da
personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos
dirimentes e às formalidades da celebração.
§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes
domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei do
país em que estiverem situados.
• § 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos bens
móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
• § 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se
encontre a coisa apenhada.
• Sendo ambos estrangeiros, o registro deverá ser efetuado exclusivamente perante o
Registro de Títulos e Documentos (art. 130, 6º, da Lei 6.015/1973), que prevê o
registro de todos os documentos de procedência estrangeira, acompanhados das
respectivas traduções.
• Sendo qualquer dos contraentes brasileiro, ainda que naturalizado, necessário será o
traslado do registro perante o Registro Civil das Pessoas Naturais, dentro do prazo de
cento e oitenta dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil, na
serventia do 1º Ofício do domicílio, ou, em sua falta, no 1º Ofício da Capital do Estado
em que passarem a residir, sem ânimo definitivo.
• LEI 6.015/1973
• § 1º Os assentos de que trata este artigo serão, porém, transladados nos cartórios de
1º Ofício do domicílio do registrado ou no 1º Ofício do Distrito Federal, em falta de
domicílio conhecido, quando tiverem de produzir efeito no País [...].
• ATENÇÃO
• Falsidade Ideológica
• BIGAMIA
Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento:
• CPC.Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o
Brasil faz parte e observará:
ART.961 CPC;
• FALECIMENTO – CASAMENTO
• LINDB
• Um senhor, membro da tribo Zulu tem seis mulheres. É um cidadão comum sul-
africano, que veio ao Brasil e se apaixonou por uma brasileira, e quer se casar com ela.
• Segunda interpretação o cidadão sul-africano é casado pelo menos uma vez, e, sendo
casado, ele não pode se casar aqui no Brasil. Temos sempre que tomar cuidado com o
art. 17 da Lei de Introdução. Uma pessoa casada não pode se casar aqui no Brasil, e isso
é o que é mais aceito aqui na doutrina. A questão da eficácia jurídica é no sentido de o
fato jurídico casamento realizado no exterior não produzir efeitos aqui.
• Terceira interpretação Se ele é casado pelo menos uma vez. Há pelo menos uma
produção mínima de efeitos jurídicos, que é o primeiro casamento, o que faz com que
ele seja considerado casado, o que implica em que ele não pode se casar no Brasil depois
de já casado pelo menos uma vez na África do Sul.
• SIM. Brasileiros fora do Brasil podem se casar nos respectivos consulados brasileiros.
• Mas se o casal está pretendendo voltar para seu país, a transcrição será muito mais
simples e mais barata se eles se casarem perante o consulado.
http://notasdeaula.org/dir10/direito_int_privado_23-03-12.html