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Nesta primeira parte você receberá o fundamento
da regularização de imóveis e conhecerá o Método
33, que vai te direcionar para o melhor caminho a
seguir, para a regularização de um imóvel.
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DISTINÇÃO NECESSÁRIA
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dica da documentação do imóvel, como escrituras,
certidões, contratos de compra e venda, entre ou-
tros, para garantir que a propriedade esteja regula-
rizada. A propriedade do imóvel é um direito real e
somente um advogado possui capacidade postula-
tória para ingressar com uma ação judicial ou extra-
judicial para regularizar a propriedade do imóvel e
proporcionar segurança jurídica ao cliente.
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Planta e Memorial Descritivo Usucapião Extrajudicial ou
a ser utilizada no procedi- Judicial
mento Judicial ou Extraju-
dicial da usucapião a ser re-
querida por um Advogado
Adjudicação Compulsória
Extrajudicial ou Judicial
Inventário Judicial ou Extra-
judicial
Ações Possessórias
Ação Divisória
Ação Demarcatória
Ação de Extinção de Condo-
mínio
Ação Reivindicatória
Apelação em Suscitação de
Dúvidas
Embargos de Terceiro
Due Diligence
Ação Pauliana - Fraude con-
tra Credores
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O MÉTODO 33
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estratégia para regularizar o imóvel do seu cliente.
3 documentos principais:
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qual fica arquivado perante o Registro de Imóveis
competente, responsável pelos registros e averba-
ções constantes da matrícula.
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O que é a escritura pública de compra e venda?
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MATRÍCULA DO IMÓVEL E O CARTÓRIO DE REGISTRO
DE IMÓVEIS
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que compõem o condomínio edilício são chama-
das de unidades autônomas e podem ser aliena-
das após o registro da incorporação na matrícula
do imóvel, onde se erguerá o empreendimento. A
unidade autônoma não se confunde com o imóvel
onde é construído o edifício e poderão ser abertas
tantas matrículas quantas forem as unidades autô-
nomas criadas (consoante ao princípio da unitarie-
dade da matrícula).
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modificação e extinção de direitos reais.
2. A ABERTURA DA MATRÍCULA
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culas seriam abertas por ocasião do “primeiro re-
gistro” a ser lançado na vigência da Lei de Registros
Públicos. Desse modo, a existência de matrícula é
pressuposto para a realização do registro. Sem pré-
via abertura de matrícula, o título não pode ingres-
sar no sistema registral. Também deverá ser aber-
ta a matrícula a requerimento do interessado nos
casos de fusão ou desmembramento de imóveis,
objetos de transcrição. A matrícula pode ser aber-
ta a requerimento do interessado, mesmo que ne-
nhum registro deva, no momento, ser feito. O pró-
prio registrador pode providenciar a abertura de
matrícula, desde que não acarrete despesas para
os interessados, para cada lote ou unidade autô-
noma, logo em seguida ao registro de loteamento,
desmembramento ou condomínio edilício, ou no
interesse do serviço. Se o registro anterior (transcri-
ção) foi realizado em outra circunscrição, a matrí-
cula será aberta com os elementos constantes do
título apresentado e da certidão atualizada daque-
le cartório, que ficará arquivada na nova serventia
(cartório).
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crição) constar a existência de ônus, o oficial fará
a matrícula e, logo após, efetuará o registro desse
gravame (exemplo: hipoteca, alienação fiduciária,
etc.). Tal fato deve ser anotado no título, que será
devolvido ao interessado.
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1, 2, nº 10.327,…) e na qual se descrevem o imóvel, sua
propriedade, a transcrição ou matrícula originária, o
número de Cadastro Municipal ou Rural, conforme
o caso. Após tais informações (que devem constar
na parte superior do documento), na parte restan-
te serão registrados, contínua e sucessivamente, as
transmissões do domínio e os direitos reais limita-
dos ou os gravames que afetam esse bem. O Regis-
tro de Imóvel brasileiro é ordenado por imóveis, e
não mais por pessoas como ocorria no sistema de
transcrição anterior à Lei 6.015/1973.
4. O REGISTRO É OBRIGATÓRIO
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código civil).
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extinção no mundo real (artigos 1.245 a 1.247 do có-
digo civil).
5. CONCEITO DE MATRÍCULA
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dualiza o imóvel, servindo de base para as inscri-
ções de todas as mutações jurídico-reais relativas
ao bem matriculado. Portanto, a matrícula é o polo
aglutinador de todos os registros e averbações refe-
rentes ao imóvel. Já o registro é o instrumento pelo
qual se opera a transmissão do imóvel (ou declara a
nova titularidade), ou se constitui direito real, entre
outras hipóteses (penhora, citação em ação reiper-
secutória, etc...). Averbação, por sua vez, é o assento
acessório que modifica o teor do registro.
6. ELEMENTOS DA MATRÍCULA
a) A data da abertura;
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d) A referência ao registro anterior daquele bem.
Apenas a pessoa física ou jurídica pode constar na
matrícula e respectivos registros como titulares da
propriedade e de outros direitos reais. Entes des-
personalizados como o espólio, a massa falida não
são sujeitos de direito e, portanto, não podem figu-
rar na matrícula ou registros como titulares de di-
reitos reais.
7. UNICIDADE DA MATRÍCULA
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imóvel, uma delas necessariamente será nula. Em
regra, prevalece a matrícula mais antiga, por força
do princípio da prioridade.
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de transferência da propriedade no re-
gistro de imóvel, e, no confronto entre
as transcrições sobre o mesmo imóvel,
prevalece a mais antiga. Ordem cro-
nológica que deve ser respeitada, res-
guardando direito daquele que primei-
ro leva o imóvel a registro imobiliário, a
fim de ser garantida a autenticidade,
segurança e eficácia dos assentos de
atos jurídicos inter vivos ou mortis cau-
sa, constitutivos, declaratórios, transla-
tivos e extintivos de direitos reais sobre
imóveis. De tudo, temos a falta de serie-
dade da empresa que vendeu um imó-
vel para duas pessoas diferentes, e o
erro do Registro de Imóveis em cadas-
trar em duplicidade um mesmo terre-
no, ameaçando a segurança jurídica e a
própria finalidade do registro público.”
(TJRS, ACI 70015842909 - Tramandaí -
8. A ATIVIDADE REGISTRAL
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verbal ou escrito do interessado, não poderá o re-
gistrador atuar sem requerimento do interessado.
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duas ou mais pessoas, sucessivamente, o adquiren-
te que primeiro apresentar seu título no Registro
de Imóveis adquirirá a propriedade, ainda que sua
escritura tenha sido lavrada em data posterior à do
outro comprador.
9. PRIORIDADE
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cumento que contém um direito real imobiliário: o
título que é feito em primeiro lugar tem prioridade
no registro em relação aos títulos que materializam
direitos reais contraditórios sobre o mesmo imó-
vel, protocolados posteriormente. Conforme de-
termina o artigo 182 da Lei 6.015/1973, por ocasião
do protocolo, todos os títulos recebem um número
de ordem, de acordo com a sequência rigorosa de
sua apresentação. Da mesma forma, estabelece o
artigo 1.493, parágrafo único, do Código Civil que o
número de ordem determina a prioridade, e esta, a
preferência entre as hipotecas.
10. ESPECIALIDADE
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A identificação do imóvel é feita mediante a indi-
cação de suas características e confrontações, loca-
lização, área e denominação, código e dados cons-
tantes do CCIR (Certificado de Cadastro de Imóvel
Rural), se for imóvel rural; ou logradouro e número,
se urbano, e sua designação cadastral, se houver
(artigo 176, §1º, II, letras “a” e “b”, da Lei 6.015/1973).
Gosto de lembrar que a descrição geométrica do
imóvel não é suficiente para a observância do prin-
cípio da especialidade. Deve haver uma amarração
geográfica, que marque a posição do imóvel no
espaço, e essa amarração são os nomes dos con-
frontantes, enquanto não instituído um cadastro
em que todos os imóveis se enquadrem dentro de
meridianos e paralelos.
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rem a amarração geográfica do imóvel em tela.
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do imóvel constante do título deve coincidir com
aquela que consta do registro anterior, sob pena de
não ser aceito o seu ingresso no cadastro imobili-
ário. Sintetizando: a especialização significa a des-
crição do imóvel como um corpo certo, que o torna
inconfundível e distinto de qualquer outro. Eventu-
ais erros nos limites artificiais ou naturais do imóvel
podem ser retificados administrativa ou judicial-
mente, quando descobertos.
No caso de divisão ou desmembramento de
imóvel, deve ser especializada não só a parte des-
membrada, como também a parte remanescen-
te. No caso de fusão de matrículas, cancelam-se as
matrículas anteriores, indicando a nova matrícula,
que conterá a descrição perfeita do imóvel unifica-
do, com a área e perímetro, que devem resultar dos
perímetros e áreas primitivas. Havendo dúvida, o
oficial pode exigir a juntada de planta topográfica.
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Em outras palavras, nenhum registro pode ser
feito sem que se tenha previamente registrado o
título anterior, do qual dependa (artigo 237 da Lei
6.015/1973).
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cessão, o imóvel é transmitido para “b”. O herdei-
ro, por sua vez, vende o bem a “c”. O comprador “c”
não poderá registrar seu título caso não tenha sido
registrado o formal de partilha (ou escritura de in-
ventário e partilha) pelo qual o imóvel tenha sido
atribuído ao herdeiro “b”. Para que seja preservada
a continuidade do registro, deve antes ser registra-
do o título para que “b” passe a figurar na matrícula
como novo proprietário, para, então, ser registrado
o título pelo qual este transfere o domínio do imó-
vel a “c”.
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do casamento ou da extinção da sociedade conju-
gal é indispensável ao registro da transmissão do
imóvel por quem consta no título como “casado”,
porquanto tais fatos apresentam evidentes reflexos
patrimoniais, cuja publicidade deve ser assegura-
da. Nenhum título antecedente, sejam quais forem
a sua natureza e espécie, inclusive o título judicial,
foge ao alcance do princípio da continuidade. As-
sim, por exemplo, não poderá ser registrada uma
carta de arrematação em ação de execução, se o
imóvel arrematado não estiver registrado em nome
do executado, salvo se houver reconhecimento, em
decisão judicial, de fraude à execução. Por isso, en-
tenda caro amigo, o princípio da continuidade não
comporta exceção!
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crição e identificação do objeto e das partes. Todo
título registrável deve conter um corpo e uma alma.
O corpo é o documento dotado de fé pública, e a
alma é o ato ou negócio jurídico nele contido (con-
teúdo).
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vas pré-constituídas, porque é lavrada por tabelião
sobre aquilo que passa em sua presença e a que
assiste. Nos termos do artigo 108 do Código Civil,
“não dispondo a lei em contrário, a escritura públi-
ca é essencial à validade dos negócios jurídicos que
visem à constituição, transferência, modificação ou
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor su-
perior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente
no país”.
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a anuência do outro cônjuge para sua alienação ou
oneração, salvo se o casamento se deu no regime
de separação de bens.
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Este instrumento não tem a mesma força pro-
bante e executória da escritura pública por não ser
dotado de fé pública. Ainda assim, é meio de pro-
va das obrigações convencionais de qualquer valor
(artigo 221 do código civil), mas as declarações con-
tidas nesse documento presumem-se verdadeiras
apenas em relação aos signatários.
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rior, seu número e cartório (artigo 223, lei 6.015/1973).
Deve, ainda, atender aos princípios registrários,
como o da especialização, individualizando de for-
ma perfeita o imóvel objeto da transação.
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mandados extraídos de autos de processo. Tal como
os demais títulos citados anteriormente, os títulos
judiciais também devem ser submetidos ao exame
de qualificação a ser procedido pelo registrador, e,
caso não preencham os requisitos legais, ou violem
algum dos princípios registrais, o seu acesso ao ca-
dastro imobiliário deve ser negado. Não pode o re-
gistrador questionar a legalidade da sentença, uma
vez que não detém função jurisdicional, não lhe ca-
bendo verificar se a decisão é ou não tecnicamente
correta e tampouco menosprezar a coisa julgada.
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conste o valor do tributo, a data e o número da guia
de recolhimento. O mesmo ocorre com a certidão
negativa de débito da Receita Federal/INSS, quan-
do exigida.
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g) Títulos Administrativos firmados com a União,
Estados e Municípios: são os documentos públicos
emitidos por funcionários públicos em sentido es-
trito ou agentes públicos, como por exemplo: Cer-
tidão do registro da sociedade com transferência
de imóvel do sócio à nova pessoa jurídica; ou em
decorrência de fusão; incorporação; dissolução ou
extinção da sociedade (expedida pelo registro mer-
cantil ou registro civil de pessoas jurídicas após a
recepção de documento particular ou público de
constituição da sociedade contratual ou societária);
Termo de Constituição de Reserva Legal; Decreto
de Expropriação; Ato de Tombamento, Certidão de
Lei ou Publicação no Diário Oficial sobre mudança
de nome de logradouro público ou alteração dos
números dos imóveis urbanos ou extensão da zona
urbana; Alvará de Construção; Certidão extraída
por registrador civil (casamento, óbito, alteração do
nome da pessoa), entre tantos outros.
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uma rigorosa sequência de apresentação: os títulos
apresentados anteriormente serão registrados an-
tes, obedecendo-se, para tanto, a numeração rece-
bida por ocasião do protocolo.
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Com a prenotação, começa a correr o prazo de 30
dias para que se proceda ao exame de qualificação,
eventual cumprimento das providências determi-
nadas pelo oficial e o registro do título. Ultrapassa-
do tal prazo, sem que sejam observadas as exigên-
cias prévias ao registro, extinguem-se os efeitos da
prenotação e o título deverá ser novamente apre-
sentado e protocolado. Se nesse ínterim for apre-
sentado novo título, este passa a gozar do direito de
preferência.
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julgada procedente, o registro não será feito, can-
celando-se a prenotação. Julgada improcedente a
dúvida, procede-se ao registro.
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do título que se pretende atingir, a prenotação do
mandado judicial não sustará os registros dos tí-
tulos que já estiverem tramitando, porque estes
devem ter assegurado o seu direito de prioridade.
Mas os títulos apresentados após a prenotação do
mandado judicial não poderão ser registrados e de-
verão permanecer protocolados, aguardando opor-
tunidade para o exercício do direito de prioridade
ao registro.
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tulo, compreende o exame dos caracteres extrínse-
cos do documento e a observância dos princípios
registrais. Qualificar significa, decidir se, conforme
a lei, se é possível proceder registro do título pro-
tocolado. Esta qualificação é feita pelo registrador
sobre dois tipos de dados: os documentos apre-
sentados pelo interessado no registro e os assentos
existentes neste registro de imóveis.
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TABELA DE POSSE, DOMÍNIO E PROPRIEDADE
PROPRIEDADE
(Art. 1.228 CC + Art. 1.245 CC)
DOMÍNIO
(Não tem previsão no código civil)
- O REGISTRO
POSSE
(Art. 1.196 CC)
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CONCLUSÃO
Este material apresenta três passos fundamentais
para regularizar imóveis: obter a matrícula ou trans-
crição no Cartório de Registro de Imóveis, buscar
informações do imóvel na Prefeitura ou INCRA e
juntar a documentação do cliente para entender a
origem da posse.
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a sua atuação prática na regularização do imóvel.
Um grande abraço,
Marcel Rulli
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@marcelrulli_
MarcelRulli