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Universidade Federal de Itajubá

Instituto de Recursos Naturais

Cálculo Estrutural

EHD 804 – MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO

Profa. Nívea Pons


CÁLCULO ESTRUTURAL

 Objetivo:
Projeto e dimensionamento de estruturas
estáticas ou dinâmicas de uma obra, para
permitir que a mesma atenda à sua
função de estabilidade da construção,
sem entrar em colapso e sem deformar
ou vibrar excessivamente.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Aplicação da mecânica dos sólidos e da


resistência dos materiais ao projeto de
edifícios, pontes, muros de contenção,
barragens, túneis, plataformas de petróleo,
navios, aviões, automóveis e outras
estruturas.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 O Cálculo Estrutural almeja o melhor


uso dos materiais disponíveis e o menor
custo para construção e manutenção da
estrutura.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Toda edificação é calculada por


profissional qualificado na engenharia
construtiva
 Auxílio de ferramentas da informática
(softwares) de cálculo estrutural
(otimização de materiais e mão de obra)
 Normas de segurança regidas pela ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Principais etapas do projeto estrutural:

• criação do esquema estrutural e estudo


de seu equilíbrio
• definição das cargas e forças que atuam
na estrutura
• cálculo dos esforços e deformações
• dimensionamento das peças estruturais
• detalhamento do projeto para execução
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO

Alta resistência à compressão

Quase não resiste à tração


CÁLCULO ESTRUTURAL
 Exemplo de uma viga bi-apoiada:
Efeito do momento fletor na viga flexionada.
CÁLCULO ESTRUTURAL

Para a solicitação de momento fletor o


concreto romperia na face tracionada e cada
vez mais o braço de alavanca entre D e T
diminuiria e estes esforços aumentariam e
assim por diante a peça romperia.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO

Necessidade de colocação do aço para


combater a tração.

• Barras de aço no lado das fibras


distendidas.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO
Aço e concreto deverão trabalhar solidarizados
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO
 Viabilidade
A aderência entre o aço e o concreto é que
permite transmitir os esforços de um material
para o outro.
Ao ser solicitado à tração o concreto se
deforma, fissura, mas leva consigo o aço,
tracionando-o e fazendo a peça trabalhar em
conjunto.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO
 Viabilidade

 Aderência entre os materiais:


Assegura a mesma deformação
específica entre o aço e o concreto que o
envolve.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO
 Viabilidade

 Coeficientes de dilatação térmica :


Concreto e aço possuem
coeficientes de dilatação térmica praticamente
iguais, por isto trabalham em conjunto no caso
de pequenas variações de temperatura.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 CONCRETO ARMADO
 Viabilidade

 Proteção do aço contra oxidação


O concreto protege duplamente o aço contra a oxidação:
• proteção física – havendo um adequado recobrimento de
concreto, os agentes externos não atacam o aço. Quanto mais
agressivo o meio externo, maior deverá ser a espessura do
recobrimento de concreto.
• proteção química – durante a pega (secagem) do concreto há a
formação de um meio alcalino (cal) que cria uma camada protetora
em torno das barras de aço.
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Identificação dos Elementos Estruturais


* Edifícios usuais de concreto armado

 lajes
 vigas
 pilares
 união dos elementos (escadas: lajes e vigas)
 pilares junto ao nível do terreno, apoiados em
sapatas diretas ou blocos sobre estacas
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Identificação dos Elementos Estruturais


Elemento estrutural
- deve ter função compatível com os esforços
solicitantes
- segurança deve ser garantida com relação aos
Estados Limites Últimos e de Serviço
- arranjo dos elementos estruturais compatível com
o projeto arquitetônico
CÁLCULO ESTRUTURAL

 Identificação dos Elementos Estruturais


 Arranjo estrutural (Vlassov,1962)

Critério geométrico: faz-se a comparação da


ordem de grandeza das três dimensões
características dos elementos
estruturais.
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Identificação dos Elementos Estruturais
 Arranjo estrutural (Vlassov,1962)

 Elementos lineares de seção delgada


-Elementos de barras
-Têm espessura (b) muito
menor que a altura (h)
da seção transversal
e esta, muito menor
que o comprimento (l).
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Identificação dos Elementos Estruturais
 Arranjo estrutural (Vlassov,1962)

 Elementos lineares de seção não delgada


-Têm espessura (b) de
mesma ordem de
grandeza da altura (h)
da seção transversal
e estas, bem menores
que o comprimento (l).
- vigas, pilares, tirantes.
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Identificação dos Elementos Estruturais
 Arranjo estrutural (Vlassov,1962)

 Elementos bidimensionais
-Elementos estruturais de superfície (lajes dos
pavimentos, lajes das escadas, paredes dos
reservatórios, paredes de arrimo
-Têm as suas dimensões
em planta da mesma
ordem de grandeza e muito
maiores que a espessura (h)
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Identificação dos Elementos Estruturais
 Arranjo estrutural (Vlassov,1962)

 Elementos tridimensionais
-Têm as 3 dimensões da mesma ordem
de grandeza
-Ex: sapatas de fundações
CÁLCULO ESTRUTURAL
 No modelo estrutural mecânico idealizado
para o sistema estrutural real:

Vigas servem de apoio para as lajes,


absorvendo as ações a elas transmitidas
Vigas distribuem as ações para os pilares
CÁLCULO ESTRUTURAL
 No modelo estrutural mecânico idealizado
para o sistema estrutural real:

Pórticos verticais, pilares e vigas, além de


absorverem a ação do vento, contribuem para a
estabilidade global
• Forma
estrutural de um
pavimento-tipo
de edifício
• Corte transversal dos
pavimentos de um
edifício:

Pode-se visualizar os
elementos lineares,
vigas e pilares
necessários para
transferir as ações
atuantes nas lajes dos
pavimentos.
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Ações atuantes:
-Pesos próprios dos elementos da construção
-Pesos dos materiais de acabamento e de todos os
equipamentos fixos
-Ações variáveis normais, relativas a utilização da
edificação: pessoas, móveis, veículos, etc
-Forças atuantes pela ação do vento (absorvidas
pelos pórticos verticais)
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Ações atuantes
- Pesos próprios dos elementos da construção
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Ações atuantes:
-Ações variáveis
normais
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Vigas
Normalmente estão submetidas a ações
uniformemente distribuídas
Em casos que o projeto exija, podem receber
ação concentrada devido a necessidade de se
apoiar viga em viga (esforços de flexão – momento
fletor e força cortante)
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Vigas
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Pilares
Submetidos a esforços de flexo-compressão-
momento fletor e força normal
Devido a ação horizontal têm solicitação de
força cortante
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes
Placas de concreto armado, normalmente
horizontais
Nas estruturas de edifícios:
- são responsáveis por receber as ações
verticais, permanentes ou acidentais
- representam, no consumo total, um
consumo de concreto da rodem de 50% do volume
total
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes
-Maciças (espessura constante)
-Nervuradas (espessura descontínua)
-Moldadas no local
-Pré-fabricadas
-Parcialmente pré-fabricadas
• Perspectiva de parte de um edifício.
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes Pré-fabricadas: constituídas por painéis de
pequena espessura (30mm),
largura de 330mm e
comprimento
em função
do menor
vão da laje
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes Pré-fabricadas:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes Pré-fabricadas:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes:
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Lajes:
 Subsistemas
verticais
CÁLCULO ESTRUTURAL
 Custo da estrutura em concreto armado moldado
no local
-Edifícios convencionais: 20 a 25% do custo total
-Custos envolvidos: materiais de construção,
barras e fios de aço, materiais de formas,
andaimes, mão-de-obra, lançamento,
adensamento, cura e desforma.

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