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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

LOURENT DE SOUSA FREIRE

CONSTRUÇÃO DE UMA ANTENA YAGI-UDA DE 5 ELEMENTOS

Rio Branco
2016
LOURENT DE SOUSA FREIRE

CONSTRUÇÃO DE UMA ANTENA YAGI-UDA DE 5 ELEMENTOS

Trabalho apresentado como


requisito de avaliação na disciplina
de Ondas e Antenas do curso de
Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Acre.

Professor: Dr. Roger Fredy Larico


Chavez.

Rio Branco
2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, 4
2 MOTIVAÇÃO, 5
3 OBJETIVOS, 5
3.1 OBJETIVOS GERAIS, 5
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, 5
4 JUSTIFICATIVA, 5
5 RESULTADOS ESPERADOS, 5
6 MARCO TEÓRICO, 6
7 REFERÊNCIAS, 7
1 INTRODUÇÃO

De um modo geral, antena é um dispositivo metálico utilizado para captar e


irradiar ondas de rádio e sua função da antena é primordial em
qualquer comunicação realizada por radiofrequência. Aplicam-se diversas técnicas de
diretividade, onde fatores como a frequência e o ganho desejado são fundamentais para
definir seu formato e dimensão e em decorrência disso, observa-se que há uma relação
entre o comprimento da onda eletromagnética e o tamanho da antena.

Especificamente, a estrutura de uma antena Yagi-Uda é composta por dipolos,


sendo um elemento excitador, um elemento refletor e os demais elementos parasitas ou
diretores. Estes elementos destinam, respectivamente, a excitar a onda eletromagnética,
refleti-la na máxima radiação desejada e dirigi-la também nesta direção preferencial.

Este relatório aborda as etapas iniciais de projeto de uma antena do tipo Yagi de
5 elementos que funciona na banda de 198-204 MHz destinada ao canal 11, tendo como
frequência central 201 MHz.

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2 MOTIVAÇÃO

As antenas constituem parte essencial de todo sistema de comunicação. Além


disso, servem para otimizar ou acentuar a radiação de energia nas direções de interesse e
por isso, assumem diversas formas. Um projeto explorando as etapas de construção de
uma do tipo Yagi-Uda de 5 elementos é de grande valia para nos certificar disto na prática.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

* Construir uma antena do tipo Yagi-Uda.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Construção de uma antena do tipo Yagi Uda de 5 elementos que seja capaz de
captar sinais de rádio na faixa de 198-204 MHz.

* Captar o canal 11.

4 JUSTIFICATIVA

A antena Yagi-Uda apresenta características como leveza, baixo custo, ganho


considerável e boa diretividade, além de ser um dispositivo de fácil fabricação, podendo
esta ser realizada de forma caseira e artesanal. Sua arquitetura consiste basicamente de
um dipolo de meia onda como elemento irradiador, um refletor e um ou vários elementos
parasitas.

5 RESULTADOS ESPERADOS

 Implementar a antena Yagi dentro da proposta estabelecida neste relatório.


 Captar o canal 11.

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6 MARCO TEÓRICO

A antena Yagi é também conhecida por Yagi-Uda. Essa última denominação


deve-se ao seu inventor Shintaru Uda e ao inglês Hidetsugu Yagi quem a primeiramente
explicou com deduções teóricas. Sua arquitetura consiste basicamente de uma antena
dipolo de meia onda como elemento irradiador e vários elementos parasitas como o
refletor e os diretores. A corrente excitada no elemento diretor ou refletor é reirradiada
resultando em uma superposição do campo elétrico no elemento ativo, o que tende a
provocar um aumento de ganho. Dessa forma, o número de elementos que devem
constituir uma Yagi depende, portanto, da aplicação a qual for dada à antena. A Figura 1
ilustra uma antena Yagi de três elementos.

As características deste tipo de antena dependem da sua geometria. O único


elemento ativo é o irradiante, este sempre leva o cabo coaxial e nada mais é do que uma
antena dipolo de meia onda. O elemento parasita quando maior é o refletor. Quando o
elemento parasita é menor que o irradiante ele é o diretor. Pode ter vários diretores, mas
quase sempre um único refletor. Como uma seta, a antena sempre irradia na direção do
elemento menor, sendo que quanto maior o número de diretores, maior será o ganho da
antena. As antenas Yagi são do tipo lineares e podem ser implementadas nas faixas de
VHF e UHF, opera segundo a orientação mecânica dos seus elementos em polarização
linear horizontal ou linear vertical.

Figura 1: elementos de uma antena Yagi-Udo.

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7 PLANO DE TRABALHO E DESENVOLVIMENTO

A construção da antena foi baseada num projeto já realizado e disponível na


referência [3].

7.1 AQUISIÇÃO DE DADOS

Como mencionado anteriormente, a faixa de frequência escolhida para o projeto


é de 198 a 204 MHz, centrada em 201 MHz. Faz-se agora o dimensionamento do
elemento irradiador. Sendo L o seu comprimento, f a frequência central e c a velocidade
da luz:

𝑐 300𝑥106 𝑚/𝑠
𝐿= = = 0,74 𝑚
2𝑓 2 𝑥 201 𝑥 106 1/𝑠

O elemento refletor é de 5% a 10% maior que o irradiador. O primeiro diretor, 5


a 10% menor. Foi usada uma variação de 8% no comprimento desses elementos. Os
diretores 2 e 3 tem as mesmas dimensões: 8% a menos que o diretor 1. O espaçamento
entre os elementos é de 0,15*(c/f) para os 4 primeiros. O último diretor está a 0,2 (c/f) do
primeiro.

O quadro a seguir mostra as dimensões e espaçamentos dos elementos da antena.

Elemento Comprimento Distância ao próximo


elemento
Refletor 0,80 m 0,22 m
Dipolo 0,74 m 0,22 m
Diretor 1 0,68 m 0,22 m
Diretor 2 0,60 m 0,3 m
Diretor 3 0,60 m

7.2 REQUERIMENTOS DE SISTEMA

Para a confecção da antena são necessários 4 componentes básicos: tubos de


alumínio para os elementos em si e um tubo de PVC para suporte dele, além de um cabo

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coaxial para conexão da antena com a TV. Sua forma ao término da construção deve se
aproximar a da figura 2.

Figura 2: modelo antena Yagi Uda.

7.3 APLICAÇÕES

Este tipo de antena é bastante utilizada na prática, podendo operar como


transmissor ou receptor, sendo muito aplicada como antena de TV e de celular. Para este
projeto, foi construída a antena para utilização em TV.

7.4 CONSIDERAÇÕES

Algumas adaptações na faixa de frequência foram feitas. Inicialmente o projeto


estava dimensionado para 210 – 216 MHz, que correspondia ao canal 13. Contudo, como
não dispomos de equipamentos profissionais para testes durante a construção, e no
referido canal não há transmissão de TV na região, optou-se por alterar a faixa para 198
a 204 MHz, centrada em 201 MHz, que corresponde ao canal 11 (TV Gazeta).

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8 IMPLEMENTAÇÃO

Realizada a escolha da frequência e o dimensionamento dos elementos, o


próximo passo é a confecção da antena.

8.1 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS E FINANCEIRAS

Como a maioria dos materiais descritos na seção 7.2 é vendida em quantidade


maior que a necessária para confecção, a aquisição deste foi feita em conjunto com
colegas de curso para minimizar os custos do projeto.

8.1 PROCESSOR DE MONTAGEM

Todo o trabalho foi feito artesanalmente e as imagens a seguir ilustram o processo.


Esta é a etapa mais longa do projeto pois requer trabalho manual e algumas adaptações
no material utilizado.

Figura 3: ferramentas básicas para o início do processo de montagem

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Foi usado um pedaço sobressalente de tubo de alumínio aquecido para perfurar
orifícios no cano de PVC espaçados como descrito no quadro 1. Em seguida foram
inseridos os tubos de alumínio devidamente cortados nas dimensões calculadas na seção
7.1, como mostrado na figura 4 (a),(b) .

(a) (b)

Figura 4: a) orifícios no suporte de PVC; (b) elemento de alumínio fixado com


abraçadeiras de plástico. Foi repetido o processo para os elementos refletor e diretores.

O elemento irradiador merece uma atenção especial, este é dividido em dois


elementos de 0,37 m cada (quadro 1), e cada segmento deste é fixado a um suporte de
plástico ( figura 5), para que sejam acoplados à antena. A estes elementos é conectado um
casador de impedância através de parafusos. Feito isto, um cabo coaxial de
aproximadamente 1 m foi utilizado para conectar a antena à TV para serem realizados os
testes.

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Figura 5: elemento irradiador

Figura 6: cabo coaxial conectado a antena.

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Figura 7: antena completamente montada

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9 ORÇAMENTO

Foram utilizados na confecção da antena os seguintes equipamentos:

Quantidade Item Preço unitário Preço total (R$)


(R$)
1 metro Tubo PVC 1’’ 4,50 4,50
4 metros Tubo alumínio ¼” 20,00 20,00
1 metro Cabo coaxial 1,25 1,25
2 un Conec. Cab. 0,15 0,30
coaxial
1 un Casador. Imped. 1,29 1,29
20 un Abraçadeira Nylon 0,08 1,60
5 un Parafuso FL 0,1 0,5
5 un Arruela Lisa 0,3 1,5
Total 30,64

Além disso foram utilizadas ferramentas necessárias na construção da antena


como alicate, serra para PVC, furadeira, trena, martelo etc.

10 TESTES, COMPARAÇÕES E JUSTIFICATIVAS

Concluída a construção, iniciaram-se os testes. Como mencionado


anteriormente, por indisponibilidade de equipamentos técnicos específicos, esta etapa foi
realizada utilizando uma TV, sintonizada no canal 11 para qual a antena foi dimensionada.
As figuras mostram o desempenho.

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Figura 8: canal 11 (TV Gazeta).

Figura 9: Canal 11 ( TV Gazeta)

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10.1 CONSIDERAÇÕES

O projeto final obteve resultados bem satisfatórios. Foi possível captar o canal
11 com boa qualidade de imagem, sem interferências consideráveis. Foram realizados
testes em canais menores como 8 e 4, com desempenho semelhante, condizendo com a
teoria estudada.

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11. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como este trabalho foi elaborado em cima de um projeto já realizado, a parte de


dimensionamento de elementos foi de fato, muito simples. A etapa de construção
demandou mais tempo ( e paciência ) para ser concluída pois, como mencionada, envolve
manipulação de ferramenta e arranjo de materiais. Apesar dessas pequenas dificuldades,
o projeto apresentou resultados satisfatórios para o que foi proposto.

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12 REFERÊNCIAS

[1] CHAVEZ, Roger. Apostila: Propagação de Ondas e Antenas. Acre. 2016.

[2] Antena Yagi-Uda: desenvolvimento da antena para telefonia celular. Disponível em


http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialyagiuda/. Acesso em 26/04/2016.

[3] Projeto Didático de Antena Yagi e Analisador de


ROE para VHF/UHF. Disponível em http://www3.iesam-
pa.edu.br/ojs/index.php/TELECOM/article/view/679/553 . Acesso em 26/04/2016

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