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APOSTILA EC702 v2006 PDF
APOSTILA EC702 v2006 PDF
SOLICITAÇÕES NORMAIS
CÁLCULO NO ESTADO LIMITE ÚLTIMO
P – GR – 702 – 501- R
VERSÃO REVISTA POR:
PROF. DR. MARIA CECILIA A. TEIXEIRA DA SILVA
MONITORAS PED REGINA MANTOVANI MATSUI
SUSANA LIMA PIRES CAMPINAS – FEVEREIRO/2006
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3
5 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÕES............................................................................................................ 12
12 FLEXÃO OBLÍQUA................................................................................................................................. 72
12.1 CÁLCULO EXATO ......................................................................................................................... 72
12.2 SUPERFÍCIES DE INTERAÇÃO E DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO .............................................. 74
2
1 INTRODUÇÃO
O estudo das seções de concreto armado tem por finalidade verificar se sob a
ação das solicitações majoradas (solicitações de cálculo) a peça não supera cada um dos
estados limites, admitindo que os materiais (concreto e aço) tenham como resistência
real a resistência minorada (resistência de cálculo).
Neste texto, se estabelecem as bases de cálculo de seções de concreto armado
submetidas a solicitações normais nos estados limites de deformação plástica excessiva
e de ruptura.
Denominam-se solicitações normais as que originam tensões normais nas seções
transversais dos elementos estruturais. Compreendem, neste caso, força normal e
momento fletor, ambos referidos ao centro de gravidade da seção transversal de
concreto.
Uma seção de concreto armado, submetida a solicitações normais, pode atingir o
estado limite último de três formas: por excesso de deformação plástica do aço da
armadura, por esmagamento do concreto na flexão ou por esmagamento do concreto na
compressão.
a) Estado de deformação plástica excessiva: nas peças submetidas à tração ou à
flexão com quantidades pequenas de armadura, admite-se que o estado limite
último seja atingido em virtude de deformação plástica excessiva da armadura,
cujo valor se fixa em 1%.
b) Estados de ruptura: em peças submetidas à flexão simples ou à flexão
composta, com quantidades médias ou grandes de armadura, o estado limite
último é atingido por esmagamento do concreto comprimido para deformações
da ordem de 0,35% e em peças submetidas à compressão uniforme ou à
compressão não uniforme o estado limite último é atingido por esmagamento
do concreto para deformações da ordem de 0,2%.
O Código Modelo do C.E.B. e a Norma Brasileira NBR 6118:2003 preconizam para
o estudo das seções de concreto armado nas formas de ruína vistas, um método que
cobre de maneira contínua todos os casos de solicitações normais, desde a tração
uniforme até a compressão uniforme, incluindo as fases intermediárias de solicitações
combinadas.
3
2 DIAGRAMAS TENSÃO-DEFORMAÇÃO DOS AÇOS
Figura 2.1
Figura 2.2
f yk f yck
As resistências de cálculo f yd = e f ycd =
γs γs
σ s = E s ε s , se ε s ≤ ε yd
σ s = f yd , se ε s ≥ ε yd
5
Figura 2.3
fyk fyd
Aços εyd
(MPa) (MPa)
6
3 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO DO CONCRETO
Por essa razão, é praticamente impossível conseguir uma única distribuição real
de tensões que corresponda a todas as situações existentes.
Além disso, deve-se considerar que, durante os primeiros anos de vida, o concreto
passa por um período em que sofre um amadurecimento acompanhado pela hidratação
do cimento, pela transformação dos produtos da hidratação desde o estado de gel até a
cristalização e por um processo de secagem. Enquanto isso, a resistência, o módulo de
deformação e as características de fluência do concreto sofrem variações com o tempo.
Simultaneamente, ocorrem deformações que dependem da tensão no concreto e influem
na distribuição das tensões.
Por todos esses motivos, a distribuição de tensões na zona comprimida pode
oscilar entre um triângulo ligeiramente arredondado e uma parábola, cujo valor máximo
não está situado na borda da seção, mas no seu interior. Na borda comprimida a
deformação poderá estar compreendida entre 0,2% e 1%.
Mesmo que se tentasse empregar, em cada caso de dimensionamento, o
diagrama da distribuição de tensões correspondente às condições existentes, não seria
possível ser fiel à realidade. Dificilmente seria possível prever o histórico do
carregamento, a idade do concreto quando ele começasse a atuar e o grau de solicitação
que aconteceria. Por essas razões deve-se utilizar um diagrama que, em cada caso,
corresponda às situações mais desfavoráveis, podendo-se conservar a convenção, já
aceita, de que com a idade de 28 dias uma parte ou elemento da estrutura já está em
condição de poder resistir à combinação mais desfavorável dos carregamentos.
Os estudos experimentais desenvolvidos nesse sentido, considerando
combinações de força normal e momento fletor, cargas de curta e de longa duração,
formas diferentes de seção, quantidades diferentes de armadura, etc., revelaram que o
diagrama parábola - retângulo da figura 3.1 permite determinar, com precisão suficiente
para a prática, a solicitação de ruptura de uma seção qualquer nas condições mais
desfavoráveis.
7
Figura 3.1
εc
σ c = 0,85. f cd [1 − (1 − )2 ]
0,002
Figura 3.2
8
4 HIPÓTESES DE CÁLCULO
Figura 4.1
9
e) O encurtamento de ruptura do concreto nas seções não inteiramente
comprimidas é de 0,35% e nas seções inteiramente comprimidas, o encurtamento da
borda mais comprimida, na ocasião da ruptura, varia de 0,35% a 0,20%, mantendo-se
constante e igual a 0,20% a deformação a 3/7 da altura total da seção a partir da borda
mais comprimida (figura 4.2).
Figura 4.2
Figura 4.3
10
Para os cálculos de verificação e dimensionamento, torna-se necessário admitir
uma forma para a distribuição da curva de tensões de compressão na seção de concreto.
Estudos comparativos entre várias formas adotadas para essa distribuição de
tensões evidenciaram que uma distribuição composta por uma parábola do 2º grau desde
a linha neutra até a fibra com deformação de 0,20% completada com um segmento reto
até a borda mais comprimida, onde a tensão vale 0,85 fcd, fornece boa concordância com
os resultados obtidos experimentalmente.
O diagrama parábola - retângulo é válido para qualquer forma de seção transversal
e pode ser usado também na flexão oblíqua.
Ao mesmo tempo, verifica-se que se consegue boa aproximação de cálculo com
uma distribuição retangular de tensões com altura igual a 80% da profundidade da linha
neutra real e com tensão igual a 0,85 fcd ou 0,80 fcd conforme exposto anteriormente.
O diagrama retangular de tensões adotado fornece uma resultante de tensões que
concorda em intensidade e ponto de aplicação com o que lhe corresponde ao diagrama
parábola - retângulo. No entanto, diferenças apreciáveis se verificam quando a linha
neutra se situa muito próxima à borda comprimida porque as tensões correspondem à
parte curva da distribuição real de tensões e, portanto, com valor inferior a 0,85 fcd.
O coeficiente redutor da resistência de cálculo do concreto considera a diminuição
da resistência do mesmo por influência da deformação lenta (efeito Rusch) causada por
ações de longa duração e, considera também, a diminuição da resistência decorrente da
elevação de parte da argamassa à superfície e da exudação da água, que afetam a
resistência da parte superior de concreto, onde poderão ocorrer as máximas tensões de
compressão.
11
5 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÕES
Figura 5.1
12
RETA a
A reta a corresponde à tração uniforme, caso em que toda a seção é tracionada de modo
uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta paralela à face da seção,
que é a origem das deformações. A posição da linha neutra é dada por x=-∞. O
estado limite último é atingido por deformação plástica excessiva da armadura sendo
caracterizado por um alongamento de 1%. Por isso, a reta a, que representa as
deformações no estado limite último para o caso da tração uniforme, passa pelo ponto A,
que corresponde a um alongamento de 1% na armadura. A seção resistente é constituída
somente pelas armaduras, pois o concreto tracionado é considerado fissurado.
DOMÍNIO 1
O domínio 1 corresponde ao caso de tração não uniforme. Toda a seção é tracionada,
mas de modo não uniforme. A linha neutra é externa à seção e a reta do diagrama de
deformações na seção passa pelo ponto A correspondente a um alongamento de 1% na
armadura mais tracionada. Cobre o campo de profundidade da linha neutra desde x > -∞
até x ≤ 0. O estado limite último é caracterizado por deformação plástica excessiva da
armadura. A seção resistente é composta apenas pelas armaduras, não havendo
participação resistente do concreto.
DOMINIO 2
Abrange os casos de flexão simples e flexão composta com grande excentricidade. A
linha neutra é interna à seção transversal, estando uma parte desta sujeita à
compressão. Este domínio corresponde às situações em que o alongamento da
armadura atinge 1% e o encurtamento da fibra mais comprimida de concreto é inferior a
0,35%. A reta do diagrama de deformações na seção passa pelo ponto A,
correspondente a um alongamento de 1% na armadura. Cobre o campo de profundidade
da linha neutra desde x > 0 até x < 0,259d. O estado limite último é atingido por
deformação plástica excessiva da armadura, não se verificando ruptura do concreto na
zona comprimida da seção.
DOMÍNIO 3
O domínio 3 corresponde à flexão simples e à flexão composta com grande
excentricidade. A linha neutra é interna à seção e a reta do diagrama de deformações na
seção passa pelo ponto B, correspondente a um encurtamento de 0,35% na borda
comprimida. Abrange os casos em que no estado limite último o encurtamento de 0,35%
é alcançado na borda comprimida da seção e o alongamento na armadura está
compreendido entre 1% e εyd, deformação que corresponde ao início do escoamento do
aço. O estado limite último é caracterizado pela ruptura do concreto comprimido após o
escoamento da armadura. Cobre o campo de profundidade da linha neutra desde x =
0,259d até x ≤ xy. Esta é a situação desejável para projeto, pois os materiais são
aproveitados de forma econômica e a ruína poderá ser avisada pelo aparecimento de
muitas fissuras motivadas pelo escoamento da armadura. As peças de concreto armado
nestas condições são denominadas peças sub-armadas.
13
DOMÍNIO 4
O domínio 4 abrange os casos de flexão simples e de flexão composta com grande
excentricidade. A linha neutra é interna à seção e a reta do diagrama de deformações na
seção passa pelo ponto B. Refere-se aos casos em que no estado limite último o
encurtamento de 0,35% é alcançado na borda comprimida de seção e o alongamento na
armadura está situado entre εyd e 0. O estado limite último é caracterizado pela ruptura
do concreto comprimido sem que haja escoamento da armadura. Cobre o campo de
profundidade da linha neutra desde x > xy até x < d. Apesar do aparecimento eventual de
fissuras, estas possuem abertura muito fina no instante que ainda precede a ruptura. Esta
se dá de modo brusco e sem aviso, porque o concreto sofre esmagamento na zona
comprimida da seção antes que a armadura tracionada possa permitir a abertura de
fissuras visíveis que sirvam de advertência. As peças de concreto armado nestas
condições são denominadas peças super-armadas e devem ser evitadas tanto quanto
possível. Na flexão simples esta situação sempre poderá ser evitada, contudo, na flexão
composta nem sempre.
DOMÍNIO 4a
O domínio 4a corresponde à flexão composta com pequena excentricidade. As
armaduras são comprimidas e existe somente uma pequena região de concreto
tracionada próxima a uma das bordas da seção. Só poderá ocorrer na flexo-compressão.
A linha neutra é interna à seção, mas situa-se entre a armadura menos comprimida e a
borda tracionada da seção. Cobre o campo de profundidade da linha neutra de x ≥ d até
x < h. A reta do diagrama de deformações na seção passa pelo ponto B. O estado limite
último é caracterizado pela ruptura do concreto com encurtamento de 0,35% na borda
comprimida, sem aparecimento de fissuras.
DOMÍNIO 5
O domínio 5 refere-se à compressão não uniforme, com toda a seção de concreto
comprimida. A linha neutra é externa à seção e a reta do diagrama de deformações na
seção passa pelo ponto C, afastado da borda mais comprimida de 3/7 da altura total da
seção e correspondente a um encurtamento de 0,20%. Cobre o campo de profundidade
da linha neutra desde x ≥ h até x < +∞. O estado limite último é atingido pela ruptura do
concreto comprimido com encurtamento na borda mais comprimida situado entre 0,35% e
0,20%, dependendo da posição da linha neutra, mas constante e igual a 0,20% na fibra
que passa pelo ponto C.
RETA b
A reta b corresponde à compressão uniforme, caso em que toda a seção é comprimida
de modo uniforme. A deformação na seção é representada por uma reta paralela à face
da seção, que é a origem das deformações. A posição da linha neutra é dada por x = + ∞.
O estado limite último é atingido por ruptura do concreto com um encurtamento de 0,20%.
Por isso, a reta b que representa as deformações no estado limite último para o caso da
compressão uniforme, passa pelo ponto C, que corresponde a um encurtamento de
0,20%. A seção resistente é constituída pelo concreto e pelas armaduras, sendo a
deformação nestas igual à do concreto, ou seja, 0,20%.
14
6 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO E DE COMPATIBILIDADE
Figura 6.1
15
σc = tensão de compressão no concreto;
d − d'
es = e +
2
Figura 6.2
⎧ N u = Rc + R s '+ R s
⎨
⎩ N u .e s = Rc z c + R s ' (d − d ' )
⎧ N = h b σ dy + A ' σ ' + A σ
⎪ u ∫0 y cy s s s s
⎨ h
⎪ N u .e s = ∫ b y σ cy (d − d ' )dy + As ' σ ' s (d − d ' )
⎩ 0
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7 FLEXÃO NORMAL SIMPLES
7.1 INTRODUÇÃO
Equações de Equilíbrio
0 = Rc + R´s – Rs
Mu = Rc zc + R´s (d – d´)
18
Equações de Compatibilidade
ε c ,u ε 's εs
= =
x x − d' d−x
ε c ,u εs ε c ,u
= ∴ x= d
x d−x ε c ,u + ε s
x
Definição: βx =
d
ε c ,u ε c ,u
Sendo: x = d tem-se βx =
ε c ,u + ε s ε c ,u + ε s
19
b) Domínio 3: 0,259d ≤ x ≤ xy ∴ 0,259 ≤ βx ≤ βxy
εc = εc,u = 0,35%
εyd ≤ εs ≤ 1% ∴ σs = fyd seções sub-armadas
ε c ,u ε c ,u
xy = d ∴ β xy =
ε c ,u + ε yd ε c ,u + ε yd
0,0035
β xy = Aços εyd βxy
0,0035 + ε yd CA-25 0,001035 0,772
CA-50 0,002070 0,628
CA-60 0,002484 0,585
Para que σs = fyd é preciso que βx ≤ βxy
εc = εc,u = 0,35%
0 < εs < εyd ∴ 0 < σs < fyd seções super-armadas
ε c ,u εs d−x
= ∴ ε s = ε c ,u
x d−x x
d−x
ε s = 0,0035
x
1− βx
∴ ε s = 0,0035
βx
Relação σ x ε do aço:
σs = Es εs
20
d) Comentários:
4º) Deve-se também evitar o dimensionamento com βx de valor muito baixo (no
domínio 2, em geral para βx < 0,15) porque resulta uma quantidade muito
pequena de armadura conduzindo a uma ruptura frágil. Para isso é preciso que
a taxa de armadura ρ seja maior ou igual à taxa mínima de armadura (NBR
6118:2003 - item 17.3.5.2.1 – Tabela 17.3)
Tabela 17.3 – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas (fonte: NBR 6118:2003)
T
(mesa 0,024 0,15 0,15 0,15 0,150 0,158 0,177 0197
comprimida)
T
(mesa 0,031 0,15 0,15 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255
tracionada)
Circular
0,070 0,230 0,288 0,345 0,403 0,460 0,518 0,575
1) Os valores de ρmin estabelecidos nesta tabela pressupõem uso de aço CA-50, γc =1,4, γs=1,15. Caso esses
fatores sejam diferentes, ρmin deve ser recalculado com base no valor de ωmin dado.
Nota – Nas seções tipo T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da mesa
colaborante.
21
7.4 DEFORMAÇÃO E TENSÃO NA ARMADURA A’s
εs = εs,u = 1%
ε 's εs x − d'
= ∴ ε 's = ε s
x − d' d−x d−x
x − d'
ε ' s = 0,010
d−x
d' β x −η
Definição : η= ∴ ε ' s = 0,010
d 1− βx
εc = εc,u = 0,35%
0 < εs ≤ 1%
ε 's ε c ,u x − d'
= ∴ ε ' s = ε c ,u
x − d' x x
x − d'
ε ' s = 0,0035
x
β x −η
∴ ε ' s = 0,0035
βx
Relação σ x ε do aço:
22
O valor de β’xy é obtido, para cada aço, por uma das duas expressões de ε’s vistas
anteriormente (conforme corresponda aos domínios 2, 3 ou 4) admitindo-se ε’s =
ε’yd.
β´xy
Aços ε´yd
η=0,05 η=0,08 η=0,10 η=0,12 η=0,15
CA-25 0,001035 0,139 0,166 0,184 0,203 0,230
CA 50 0,002070 0,213 0,238 0,254 0,294 0,367
CA 60 0,002484 0,239 0,276 0,345 0,414 0,517
- quando βx < β’xy tem-se ε’s < ε’yd e portanto σ’s = Es.ε’s
com ε’s dado por uma das expressões apresentadas anteriormente,
conforme o domínio.
c) COMENTÁRIOS:
Equações de equilíbrio
0 = Rc – Rs
Mu = Rc .zc = Rs .zc
23
Então:
0 = bw y 0,85 fcd - As σs
y y
M u = bw y 0,85 f cd (d − ) = Asσ s (d − )
2 2
Rc = bw y 0,85 fcd
Rs = As σs
y
zc = d −
2
y = 0,8 x
x
βx = ∴ x = βx d
d
y = 0,8 βx d
Então:
Asσ s
Da 1a equação de equilíbrio: βx =
bw .d .0,68. f cd
- Se βx calculado > βxy, a hipótese feita está incorreta (σs < fyd). Deve-se
corrigir βx corrigindo-se o valor adotado para σs. Coloca-se σs em função
de βx, Es e εs. Corrige-se a tensão e recalcula-se βx.
24
1− βx
A deformação εs vale: ε s = 0,0035
βx
Mu
- O momento máximo que a seção poderá suportar em serviço será: M =
γf
Equações de equilíbrio
0 = Rc + R’s – Rs
Mu = Rc zc + R’s (d-d’)
Então:
y
M u = bw . y.0,85. f cd .(d − ) + A' s .σ ' s .(d − d ' )
2
Rc = bw y 0,85 fcd
Rs = As σs
y
zc = d −
2
y = 0,8 x
25
x
βx = ∴ x = βx d
d
y = 0,8 βx d
Então:
Roteiro:
- Para que σs = fyd deve-se ter βx < βxy e para que σ’s = fycd deve-se ter βx ≥ β’xy
Mu
- O momento máximo que a seção poderá em serviço será: M =
γf
Equações de equilíbrio
0 = Rc – Rs
Mu = Rc zc =Rs zc
Então:
0 = bw y 0,85 fcd - As σs
y y
M u = bw . y.0,85. f cd .(d − ) = As .σ s .(d − )
2 2
Rc = bw y 0,85 fcd
Rs = As σs
y
zc = d −
2
y = 0,8 x
x
βx = ∴ x = βx d
d
y = 0,8 βx d
Então:
No dimensionamento faz-se Mu = Md
Mu momento último
Md momento de cálculo Md = γf M
M momento fletor solicitante em serviço
27
γf coeficiente de majoração das ações e solicitações (conforme a NBR
6118:2003 ou a NBR 8681:2003)
Da 2a equação de equilíbrio:
M d = bw d 2 0,68β x f cd (1 − 0,4 β x )
f ck
M d = bw d 2 0,68 β x (1 − 0,4 β x )
γc
γc
Denomina-se kc =
0,68 β x f ck (1 − 0,4 β x )
bw d 2
Resulta então: Md =
kc
M d = Asσ s d (1 − 0,4 β x )
Md
As =
σ s (1 − 0,4 β x )d
1
Denomina-se ks =
σ s (1 − 0,4 β x )
Md
Resulta então: As = k s
d
As
Definição: ρ= taxa geométrica de armadura
bw h
28
A seção terá armadura simples sempre que o coeficiente kc correspondente a Md
resulte em βx ≤ βx lim (ver item 7.3 desta apostila).
Equações de equilíbrio
29
Md = Md1 + ΔMd
Md momento de cálculo a ser resistido pela seção com armadura dupla
Md1 parte de Md resistida pelo concreto e a parte As1 da armadura total
As = As1 + As2
A seção terá armadura dupla quando com armadura simples resultar βx > βx lim.
bw d 2
M d1 =
kc
M d1
As1 = k s
d
ΔMd = Md - Md1
ΔM d
ΔMd = As2 σs (d-d’) ∴ As 2 =
σ s (d − d ' )
1
Denomina-se ks2 =
σs
ΔM d
Resulta, então: As 2 = k s 2
(d − d ' )
ΔM d
ΔMd = A’s σ´s (d-d’) ∴ A' s =
σ ' s (d − d ' )
1
Denomina-se k 's =
σ 's
ΔM d
Resulta, então: A' s = k ' s armadura comprimida
(d − d ' )
Os coeficientes ks2 e k’s são tabelados em função de βx para cada um dos aços
da A.B.N.T..
30
7.7 VIGAS DE SEÇÃO “T” NAS ESTRUTURAS DE CONCRETO
Nas vigas internas das estruturas de concreto, quando a zona comprimida situa-
se do lado da laje, as tensões de compressão distribuem-se além da alma da seção
abrangendo também a laje. Por isso, podem-se considerar as regiões da laje vizinha da
alma como partes integrantes da seção transversal da viga.
Escolhe-se para esse bloco ideal de tensões uma largura eficaz bf tal que seja
mantida a resistência de cálculo da seção ao se substituir por ele o bloco real de
tensões. A largura bf é denominada largura colaborante.
O valor da largura colaborante bf não é constante ao longo da viga. Depende:
- do tipo de viga considerada (simplesmente apoiada, contínua, etc.);
- de serem as cargas distribuídas ou concentradas;
- da presença eventual de mísulas.
31
Para cálculo da resistência ou deformação, a parte da laje a considerar como
elemento da viga (parte de bf), medida a partir da face da nervura fictícia, é conforme o
caso:
vigas associadas vigas isoladas
0,10 a 0,10 a
b1 ≤ b3 ≤
0,5 b2 b4
Neste lado
respeitar
também b3 ≤ b4
Viga associada : bf = bw + 2 b1
Viga isolada: bf = bw + 2 b3
32
7.7.1 CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DE SEÇÕES T COM ARMADURA
SIMPLES
O dimensionamento se faz como para uma seção retangular com largura fictícia
bw = bf e altura h, pois a forma da região tracionada não interfere no cálculo.
y
y = 0,8 x ∴ x=
0,8
hf
Quando y = hf tem-se: x=
0,8
x hf
Sendo βx = , quando y = hf define-se βx f =
d 0,8d
bf d 2
Assim, quando para kc = corresponder βx ≤ βxf
Md
Md
a armadura será As = k s com ks correspondente ao βx obtido.
d
33
Quando o bloco de tensões de compressão ultrapassa a mesa, é prático
empregar o artifício de decompor a seção T em duas outras idealmente concebidas
para estender a este caso o uso das tabelas para seções retangulares.
Md = Md1 + ΔMd
As = As1 + As2
(b f − bw )d 2
M d1 =
kc
ΔMd = Md – Md1
Então:
bw d 2
kc = tabela βx ≤ βx lim
ΔM d
ks
ΔM d
As 2 = k s
d
34
hf
M d 1 = As1σ s (d − )
2
⎛ 1 ⎞ M d1
As1 = ⎜⎜ ⎟⎟
⎝σ s ⎠ d − hf
2
1
Nesta expressão = ks2 já apresentado anteriormente
σs
Então:
M d1
As1 = k s 2 com ks2 correspondente ao βx da seção.
hf
d−
2
As = As1 + As2
Md = Md1 + ΔMd
35
A seção terá armadura dupla quando com armadura simples resultar βx > βx lim.
(b f − bw ).d 2
M d1 =
kc
com kc correspondente a βx = βxf, isto é, a y = hf.
bw .d 2
Md2 =
kc
M
As 2 = k s d 2
d
Md3
As 3 = k s 2
d − d'
M d3
A' s = k ' s
d − d'
M d1
As1 = k s 2
hf
d−
2
36
8 FLEXÃO NORMAL COMPOSTA – FORÇA NORMAL DE COMPRESSÃO
8.1 INTRODUÇÃO
Mu d − d'
e= es = e +
Nu 2
Flexão normal composta com grande excentricidade é aquela em que uma das
armaduras é tracionada.
As área da seção transversal da armadura tracionada.
As’ área da seção transversal da armadura comprimida.
Ocorre nos domínios de deformações 2, 3 e 4.
37
Equações de equilíbrio:
Nu = Rc + R’s – Rs
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
y = 0,8 x ∴ y = 0,8 βx d
x = βx d
Rs = As σs
y 0 ,8 β x d
zc = d − =d− = d (1 − 0,4 β x )
2 2
As equações ficam:
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
N valor da força normal em serviço
Então:
Nd A' σ ' s A σs
= 0,68 β x + s − s
bw df cd bw d f cd bw d f cd
38
Nd d'
νd = normal reduzida η=
bw df cd d
N d es d − d'
μ sd = momento reduzido 1−η =
bw d 2 f cd d
ω = 0,68 βx tabelados
μ = 0,68 βx (1-0,4βx)
As f yd
ωd = taxa mecânica de armadura referente a As
bw d f cd
A' s f ycd
ω 'd = taxa mecânica de armadura referente a A’s
bw d f cd
σs As σ s σ 's As σ ' s
ωd = e ω 'd =
f yd bw d f cd f ycd bw d f cd
Então
σ 's σs
ν d = ω + ω 'd −ωd Equações para seção com armadura dupla
f ycd f yd
σ 's
μ sd = μ + ϖ ' d (1 − η )
f ycd
Com Nu = Nd ficam:
Nd = Rc – Rs = bw d 0,68 βx fcd – As σs
39
Nd A σs
= 0,68 β x − s
bw df cd bw d f cd
N d es
= 0,68 β x (1 − 0,4 β x )
bw d 2 f cd
σs
ν d = ω − ωd Equações para seção com armadura simples
f yd
μ sd = μ
σs σ 's
As relações e também são tabeladas.
f yd f ycd
σs
Da 1a equação: ωd = ω −ν d
f yd
σs ω −ν d
Para βx = βx1 tabela 5 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
σ 's μ sd − μ
Da 2a equação: ω 'd =
f ycd 1−η
40
μ sd − μ
σ 's 1−η
Para βx tabela 6 ∴ ω 'd =
f ycd σ 's
f ycd
f cd
Daí obtém-se: A' s = ω ' d bw d
f ycd
σs σ 's
Da 1a equação: ωd = ω + ω 'd −ν d
f yd f ycd
σ 's
ω + ω 'd −ν d
σs f ycd
Para βx tabela 5 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
Equações de equilíbrio:
Nu = Rc + R’s + Rs
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
41
y = 0,8 x ∴ y = 0,8 βx d
x = βx d
Rs = As σs
y 0,8 β x d
zc = d − =d− = d (1 − 0,4 β x )
2 2
As equações ficam:
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
Então:
Na forma adimensional:
Nd A' σ ' s A σs
= 0,68 β x + s + s
bw df cd bw d f cd bw d f cd
σ 's σs
ν d = ω + ω 'd + ωd Equações para seção com armadura dupla
f ycd f yd
σ 's
μ sd = μ + ϖ ' d (1 − η )
f ycd
42
Nu = Rc + Rs
Nu es = Rc zc
Com Nu = Nd resultam
Nd = Rc + Rs = bw d 0,68 βx fcd + As σs
Nd A σs
= 0,68 β x + s
bw df cd bw d f cd
N d es
= 0,68 β x (1 − 0,4 β x )
bw d 2 f cd
σs
ν d = ω + ωd Equações para seção com armadura simples
f yd
μ sd = μ
σs σ 's
As relações e também são tabeladas.
f yd f ycd
σs
Da 1a equação: ωd =νd −ω
f yd
σs νd −ω
Para βx = βx1 tabela 8 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
43
2º) Dimensionamento com armadura dupla
σ 's μ sd − μ
Da 2a equação: ωd =
f ycd 1−η
μ sd − μ
σ 's 1−η
Para βx tabela 9 ∴ ω 'd =
f ycd σ 's
f ycd
f cd
Daí obtém-se: A' s = ω ' d bw d
f ycd
σs σ 's
Da 1a equação: ωd = ν d − ω − ω 'd
f yd f ycd
σs'
ν d − ω − ω 'd
σs f ycd
Para βx tabela 8 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
44
Na compressão não uniforme o dimensionamento é, em geral, feito com
armadura dupla.
Equações de equilíbrio:
Nu = Rc + R’s + Rs
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
Rc = bw h 0,85 fcd
Rs = As σs
h
zc = d −
2
h
N u e s = bw h 0,85 f cd (d - ) + A' s σ' s (d- d')
2
45
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
Então:
h
N d e s = bw h 0 ,85 f cd (d - ) + A' s σ ' s (d- d')
2
Na forma adimensional:
Nd h A' σ ' s A σs
= 0,85 + s + s
bw df cd d bw d f cd bw d f cd
h d + d'
ω = 0,85 = 0,85 = 0,85(1 + η )
d d
d − d'
1−η =
d
σ 's
μ sd = μ + ϖ ' d (1 − η )
f ycd
46
8.5 INTERAÇÃO DE MOMENTO FLETOR E FORÇA NORMAL NA FLEXO-
COMPRESSÃO
σ 's
μ sd = μ + ϖ ' d (1 − η ) armadura dupla
f ycd
μ sd = μ armadura simples
N d es
μ sd =
bw d 2 f cd
σ 's
• Para βx = βx1 → μsd = μ ∴ ϖ ' d (1 − η ) = 0 e A’s=0 armadura simples
f ycd
σ 's σ 's μ sd − μ
• Para βx < βx1 → μ sd = μ + ϖ ' d (1 − η ) ∴ ϖ 'd = ≠0
f ycd f ycd 1−η
47
σ 's σ 's μ − μ sd
• Para βx > βx1 → μ sd = μ − ϖ ' d (1 − η ) ∴ ϖ 'd = ≠0
f ycd f ycd 1−η
48
Portanto a 2a equação de equilíbrio só é satisfeita com A’s ≠ 0 tracionada ou
A’s=0. Os valores de βx que satisfazem o equilíbrio são os do intervalo
βx1 ≤ βx < η.
σ 's
Com βx = βx1 → ϖ 'd =0 ∴ A’s= 0 → armadura simples
f ycd
σ 's
Com βx1 ≤ βx < η → ϖ 'd ≠0 ∴ A’s≠ 0 → tracionada
f ycd
• Caso B: quando 0,68 η (1-0,4η) < μsd ≤ 0,408 resultando η < βx1 ≤ 1,00
• Caso C: quando 0,408 < μsd ≤ 0,425 resultando 1,00 < βx1 ≤ 1,25
σ 's σs
ν d = ω + ω 'd −ωd
f ycd f yd
σs ⎛ σ' ⎞ σs
ωd = ⎜ω + ϖ 'd s ⎟ −ν d ∴ ωd = tração
f yd ⎜ f ycd ⎟ f yd
⎝ ⎠
49
Domínios 4a e 5: 1 ≤ βx < +∞
σ 's σs
ν d = ω + ω 'd + ωd
f ycd f yd
σs ⎛ σ' ⎞ σs
ωd = ν d − ⎜ω + ω 'd s ⎟ ∴ ωd = compressão
f yd ⎜ f ycd ⎟ f yd
⎝ ⎠
Nd
Onde: νd =
bw df cd
σ 's σs
βx2 = valor de βx quando ν d = ω + ω ' d ∴ω d =0
f ycd f yd
β x 2 = 1,25η + 1,5625η 2 + 3,6765.[ν d (1 − η ) − μ sd ]
σs' σs
• Para βx = βx2 → ν d = ω + ωd ' ∴ωd =0 e As = 0
f ycd f yd
σ 's σs σs σ 's
• Para βx > βx2 → ν d = ω + ω ' d − ωd ∴ωd = ω + ω 'd −ν d ≠ 0
f ycd f yd f yd f ycd
σ 's σs
• Para βx < βx2 → ν d = ω + ω 'd + ωd
f ycd f yd
σs σ 's
∴ωd = ν d − ω − ω 'd ≠0
f yd f ycd
σs
Com βx = βx2 → ωd =0 ∴ As = 0
f yd
σs
Com βx2 < βx < 1 → ωd ≠0 ∴ As ≠ 0 → tracionada
f yd
51
Portanto a 1a equação de equilíbrio só é satisfeita com As ≠ 0 comprimida ou
As = 0. Os valores de βx que satisfazem o equilíbrio são os do intervalo
1 <βx ≤ βx2.
σs
Com βx = βx2 → ωd =0 ∴ As = 0
f yd
σs
Com 1 < βx < βx2 → ωd ≠0 ∴ As ≠ 0 → comprimida
f yd
μ sd − 0,425η 2
1a) ν d < : a 1a equação de equilíbrio é satisfeita para 0 < βx <1,
1−η
com As ≠ 0 tracionada
μ sd − 0,425η 2 μ + 0,425(1 − η 2 )
2a) < ν d < sd : então existe βx2
1−η 1−η
com βx = βx2 → As = 0
com βx = βx2 → As = 0
μ sd + 0,425(1 − η 2 )
3a) ν d > : a 1a equação de equilíbrio é satisfeita para
1−η
βx > 1, com As ≠ 0 comprimida.
52
8.6 FNC - CÁLCULO DE VERIFICAÇÃO EM SEÇÕES RETANGULARES
8.6.1 INTRODUÇÃO
Mu d − d'
e= es = e +
Nu 2
x εc
Com βx = resulta βx =
d εc + εs
Deformação e Tensão em As
As área da seção da armadura tracionada
εs deformação em As (alongamento)
σs tensão em As (tração)
53
a) No domínio 2: 0 < βx < 0,259
εs = 1% → σs = fyd
0,0035
β xy =
0,0035 + ε yd
εc = 0,35%
0 < εs < εyd → σs < fyd
1+ β x
ε s = 0,0035
βx
β x −η d'
εs = 1% ε ' s = 0,01 com η=
1− βx d
εc = 0,35%
β x −η d'
0 < εs < 1% ε ' s = 0,0035 com η=
βx d
54
Tensão no aço:
β´xy
Aços
η=0,05 η=0,08 η=0,10 η=0,12 η=0,15
CA-25 0,139 0,166 0,184 0,203 0,230
CA 50 0,213 0,238 0,254 0,294 0,367
CA 60 0,239 0,276 0,345 0,414 0,517
Equações de equilíbrio
No caso de armadura dupla
Nu = Rc + R’s - Rs
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
Rs = As σs
y
zc = d − = d (1+0,4bx)
2
y = 0,8 x y = 0,8 βx d
x = βx d
Resultam:
Nu = bw d 0,68 βx fcd - As σs
55
8.6.3 FLEXÃO COMPOSTA COM PEQUENA EXCENTRICIDADE
x εc
Com βx = resulta βx =
d εc − εs
Deformação e Tensão em As
As área da seção da armadura menos comprimida
εs deformação em As (encurtamento)
σs tensão em As (compressão)
εs εc β x −1
= ∴ ε s = 0,0035
x−d x βx
Tensão no aço: → σs = Es εs
56
Equações de equilíbrio
Neste caso, com armadura dupla (eventualmente A’s = 0)
Nu = Rc + R’s + Rs
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
Rs = As σs
y
zc = d − = d (1-0,4βx)
2
y = 0,8 x y = 0,8 βx d
x = βx d
Resultam:
3
0,002 − (1 + η )ε s
x 7
Com βx = resulta βx =
d 0,002 − ε s
57
Deformação e Tensão em As
As área da seção da armadura menos comprimida
εs deformação em As (encurtamento)
σs tensão em As (compressão)
β x −1
ε s = 0,002
3
β x − (1 + η )
7
Se βx < βxy → σs = Es εs
Se βx ≥ βxy → σs = fycd
Equações de equilíbrio
Neste caso com armadura dupla
Nu = Rc + R's + Rs
Nu es = Rc zc + R's (d – d’)
Rs = As σs
Resultam:
Rc = bw y 0,85 fcd
h
zc = d −
2
59
Resultam:
h
N u es = bw h 0,85 f cd (d - ) + A' s σ ' s (d- d')
2
60
9 COMPRESSÃO UNIFORME
Equações de equilíbrio:
n
N u = Rc + ∑ Rsi
i =1
61
n
N u = ( Ac − At )0,85 f cd + ∑ Asiσ si
i =1
n
N u = ( Ac − At )0,85 f cd + ∑ Asiσ s 2 d
i =1
n
N u = ( Ac − At )0,85 f cd + σ s 2 d ∑ Asi
i =1
n
At = ∑ Asi At = área total da armadura
i =1
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
N valor da força normal em serviço
σs2d
Aço
(MPa)
CA-25 217
CA-50 420
CA-60 420
62
10 FLEXÃO NORMAL COMPOSTA – FORÇA NORMAL DE TRAÇÃO
10.1 INTRODUÇÃO
Compressão: N>0
Tração: N<0
Momento: M>0 nas equações de equilíbrio
Mu d − d'
Mu > 0 ∴ e= <0 ; es = e + <0
Nu 2
Nu < 0
Mu d − d'
Mu > 0 ∴ e= <0 ; es = e + >0
Nu 2
Nu < 0
10.2 FLEXO-TRAÇÃO
63
Equações de equilíbrio:
Nu = Rc + R’s – Rs com Nu < 0 ; es < 0
Nu es = Rc zc + R’s (d – d’)
y = 0,8 x e x = βx d ∴ y = 0,8 βx d
Rs = As σs
y 0,8 β x d
zc = d − =d− = d (1 − 0,4 β x )
2 2
As equações ficam:
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
N valor da força normal em serviço
Então:
64
Dividindo-se os dois membros da 1a equação por bw d fcd e os dois membros da
2a equação por bw d2 fcd, resultam as equações na forma adimensional
Nd A' σ ' s A σs
= 0,68 β x + s − s
bw df cd bw d f cd bw d f cd
Nd d'
νd = normal reduzida η=
bw df cd d
N d es d − d'
μ sd = momento reduzido 1−η =
bw d 2 f cd d
ω = 0,68 βx tabelados
As σ s
ωd = taxa mecânica de armadura referente a As
bw d f cd
A' s σ ' s
ω 'd = taxa mecânica de armadura referente a As’
bw d f cd
Então:
σ 's σs
ν d = ω + ω 'd −ωd Equações para seção com armadura dupla
f ycd f yd
σ 's
μ sd = μ + ω ' d (1 − η )
f ycd
Nd = Rc – Rs = bw d 0,68 βx fcd – As σs
Nd A σs
= 0,68 β x − s
bw df cd bw d f cd
N d es
= 0,68 β x (1 − 0,4 β x )
bw d 2 f cd
σs
ν d = ω − ωd Equações para seção com armadura simples
f yd
μ sd = μ
σs σ 's
As relações e são também tabeladas.
f yd f ycd
σs
Da 1a equação: ωd = ω −ν d
f yd
σs ω −ν d
Para βx = βx1 tabela 5 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
66
σ 's μ sd − μ
Da 2a equação: ω 'd =
f ycd 1−η
μ sd − μ
σ 's 1−η
Para βx tabela 6 ∴ ω 'd =
f ycd σ 's
f ycd
f cd
Daí obtém-se: A' s ω ' d bw d
f ycd
σs σ 's
Da 1a equação: ωd = ω + ω 'd −ν d
f yd f fycd
σ 's
ω + ω 'd −ν d
σs f ycd
Para βx tabela 5 ∴ ωd =
f yd σs
f yd
f cd
Daí obtém-se: As = ω d bw d
f yd
Para βx = βx1
σ 's
μ sd = μ + ω ' d (1 − η )
f ycd
σ 's
ω 'd (1 − η ) ≠ 0 ∴ As’ ≠ 0 Armadura dupla
f ycd
67
10.3 TRAÇÃO NÃO UNIFORME
Tração não uniforme é o caso de flexão composta com força normal de tração
em que toda a seção transversal da peça é tracionada, inclusive as armaduras.
As área da seção transversal da armadura mais tracionada
A’s área da seção transversal da armadura menos tracionada
Ocorre no domínio 1 de deformações.
Nu es = R’s (d – d’) Rs = As σs
com Nu em valor absoluto
Nu = A’s σ’s + As σs
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
N valor da força normal em serviço
68
σ's = fyd porque a situação mais econômica é aquela que resulta de admitir-se
para βx valor tal que σ’s = fyd.
Então:
Nd = A’s fyd + As fyd
Nd es = A’s fyd (d - d’)
Seção com armadura dupla (caso que deverá ser adotado sempre na tração não
uniforme)
Dimensionamento:
N d es
Da 2a equação: A' s =
f yd d − d '
Nd ⎛ e ⎞
Com esse resultado na 1a equação deduz-se: As = ⎜1 − s ⎟
f yd ⎝ d − d'⎠
69
11 TRAÇÃO UNIFORME
Equação de equilíbrio:
n
N u = ∑ Rsi
i =1
n
N u = ∑ Asiσ si com Nu em valor absoluto
i =1
n
At = ∑ Asi At = área total da armadura
i =1
Nu = At fyd
70
No dimensionamento faz-se Nu = Nd
N valor da força normal em serviço
Então:
Nd = At fyd com Nd em valor absoluto
Dimensionamento:
Nd
At =
f yd
71
12 FLEXÃO OBLÍQUA
Condições de equilíbrio:
n
N d = ∫∫ σ cd .dy.dx + ∑ Asi .σ sid
i =1
n
M xd = ∫∫ σ cd .x.dy.dx + ∑ Asi .σ sid .x = N d .e x
i =1
n
M yd = ∫∫ σ cd . y.dy.dx + ∑ Asi .σ sid . y = N d .e y
i =1
Condições de compatibilidade:
As condições de compatibilidade são decorrentes da manutenção da forma
plana da seção transversal.
72
Dada a posição da L.N. e conhecida a deformação em uma fibra da seção, ficam
determinadas as deformações de todas as outras fibras e, portanto, as respectivas
tensões n concreto e nas barras da armadura.
Solução do problema:
Para uma dada seção transversal, adota-se um valor de Nd e portanto tem-se:
Nd
νd =
Ac f cd
M xd M yd
μ xd = μ yd =
Ac hx f cd Ac h y f cd
Mxd é o momento que atua no plano que contém o eixo x e Myd é o momento que
atua no plano que contém o eixo y.
Para νd = valor dado, para cada taxa total de armadura, ωt, tem-se uma curva
como a da figura acima, à direita. Variando a taxa de armadura, obtém-se novas curvas
de interação.
73
12.2 SUPERFÍCIES DE INTERAÇÃO E DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO
ex ey ν .e x ν .e y
e ou e .
hx hy hx hy
74