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Pe. Emmanuel-Andre - O Naturalismo PDF
Pe. Emmanuel-Andre - O Naturalismo PDF
O Naturalismo
Opúsculo de
de Pe. Emmanuel-
Emmanuel-André
Divulgado por:
Católicos Alerta!
www.catolicosalerta.wordpress.com
Ano: 2014
O Naturalismo - Opúsculo de Pe. Emmanuel-André
ÍNDICE
Fonte: http://www.permanencia.org.br/vida/Emmanuel/naturalismoindex.htm
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O Naturalismo - Opúsculo de Pe. Emmanuel-André
INTRODUÇÃO
Dom Lourenço Fleischman, OSB
Abra este livrinho, leitor católico, com a certeza de nele encontrar uma
análise profunda daquilo que resta de catolicismo na nossa sociedade. O Pe.
Emmanuel escreveu-o no século passado, mas temos a impressão que assiste
ao que nós vivemos.
É preciso defender nossa fé, defender a Santa Igreja dos ataques dos
seus inimigos. Viver em torno da Cruz, em torno do altar de Nosso Senhor,
porque «o justo vive de fé». Isso quer dizer viver da vida sobrenatural, ou
seja, da Caridade, que é o amor de Deus presente em toda nossa vida, nos
nossos interesses, nos nossos atos. Assim fazendo fugiremos do espírito
naturalista e trabalharemos para a vida eterna.
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O que Deus deu a Adão, destinou a todos os seus filhos, que deveriam
receber, ao mesmo tempo, a natureza e a graça.
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Eis a verdade.
Um médico chega e lhe diz: A sede que te devora,a febre que te queima,
a dor do que chamas as tuas chagas, não passa de um efeito de tua
imaginação trabalhada por preconceitos de infância. Despoja-te de toda essa
bagagem, nós trabalharemos em seguida para te fazer conhecer, estimar e
seguir a natureza. Suas aspirações são justas e boas. O desenvolvimento de
tuas faculdades nativas te convencerá disso cada vez mais. Não digas que
tens chagas, não acredites no que chamas febre. E quanto a essa sede, temos
calmantes....Não estás doente!
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SEGUNDO CAPÍTULO
Tudo faz por amor do proveito e do interesse próprio; nada sabe fazer
gratuitamente, mas só pelos benefícios que espera obter, iguais ou melhores
em elogios ou favores e exige que sejam tidos em alta conta seus dons e
feitos.
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Disso ela se gloria. E nem tentem lhe dizer que ela está doente!
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TERCEIRO CAPÍTULO
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Summ. la 2ae. q. V. a 1 et 5.
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Os que podem, num sentido relativo e restrito, ser felizes na terra, são
os que procuram, desejam e trabalham para merecer a felicidade perfeita na
vida eterna.
O naturalismo derruba tudo e não edifica nada: nos tira tudo e não nos
dá nada. Sua obra, obra de Satanás, só faz infelizes. Portanto, como já
dissemos: o naturalismo é o mal.
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QUARTO CAPÍTULO
E nós dizemos que isto não tem nada de científico. Com efeito, vemos a
ciência agir de diversas maneiras sobre as naturezas inferiores. Ora o homem
decompõe um corpo, transforma-o e, por assim dizer, o faz passar de uma
natureza para outra. Tomando um agente natural, o faz operar de uma
maneira inteiramente extranatural para tal corpo assim dominado pela ciência.
Será natural que o fogo conduza veículos na terra e navios no mar? Será
natural que o ferro transmita o pensamento a distâncias incomensuráveis com
uma rapidez só igualada pelo raio? Não vemos nisso uma ação humana,
realmente natural no homem, mas extra-natural e quase sobrenatural na
matéria, elevada pela ciência a um poder que ela não tinha antes?
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«As religiões...» Somos obrigados a dizer que esse modo de falar não é
verdadeiro. A religião é uma só, como a humanidade, como a verdade, como o
próprio Deus. Não se diz as religiões assim como não se diz as humanidades,
os deuses. Mas, como a verdade é uma e o erro pode ser múltiplo, diz-se: as
religiões falsas, diz-se os falsos deuses. Continuemos.
É essa a ciência da moda. Deus lhe dá medo, ela O nega. Sua negação
não é um ato de ciência, é um efeito do medo.
Mas a verdadeira ciência não tem medo nem receio. Graças à razão que
Deus nos deu, ela nos demonstra a existência e a unidade de Deus, a
distinção entre o espírito e a matéria, a espiritualidade de nossa alma. A
verdadeira ciência goza desta verdade e o estudo que faz de Deus e de suas
obras lhe mostra que Deus pode agir e, efetivamente age sobre a natureza,
ora por uma ação que deixa a natureza na ordem natural, como quando dá a
saúde, a força, a inteligência, ou por uma ação que eleva nossa natureza
acima de si mesma, como quando nos dá a fé, a caridade, a bem-
aventurança.
Mas, para nosso autor, a observação intelectual não existe. Para ele só
existe a observação materialista, positiva. Depois de ter negado Deus por
medo, precisará negar a inteligência humana. É um passo avante no caminho
das negações; a ciência materialista deverá ir ainda mais longe. Ela irá e, para
bem compreendermos, vamos acompanhá-la.
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Já que nosso autor sabe filosofia, ele deve compreender que, negando o
absoluto, torna impossível o relativo. E desde então não haverá mais nem
homens, nem ciência, nem tese, nem hipótese.
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QUINTO CAPÍTULO
Mas o mal se mostra algumas vezes em estado mais benigno. Evita tudo
o que é heresia e com isso se faz passar por inofensivo. Mas não quer abraçar,
de modo algum, o sobrenatural divino em sua plenitude. Procura de bom
grado pequenas querelas contra ele e se mantém, a seu respeito, em atitude
de desconfiança. Numa palavra, prefere a natureza do que o natural.
Deus que nos criou, pôs no fundo da nossa natureza uma inclinação
invencível para amar o bem em geral. E como Deus é o soberano Bem, o
único Bem das almas, as almas, naturalmente, devem se voltar para Deus.
Todo homem que pensa e medita no Autor de seu ser, sente-se naturalmente
voltado para ele. É um dever ao mesmo tempo de justiça e de gratidão. E as
noções de justiça e de gratidão têm sobre nós um poder tão grande que não
podemos nos furtar desse dever e é sempre honroso cumprir deveres
fundados em tão autênticos títulos.
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Lembra-nos um infeliz que pôs fim a seus dias, e antes de cometer seu
irremediável crime, escreveu um adeus à sua família e nesse escrito, afirmava
seu amor pelo bom Deus!
Essa inclinação natural é muito viva e muito poderosa. Muitas vezes ela
é mais sensível do que a própria inclinação de amar a Deus. Pois não vemos a
Deus e vemos os nossos semelhantes.
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Essa nova ilusão não é tão rara quanto se pode acreditar. O senhor X
era rico, absorvido por seus negócios, seu comércio, talvez seus prazeres,
vivia alheio a Nosso Senhor Jesus Cristo e não dava nada a Deus. Mas era
generoso para com os pobres. Morreu quase repentinamente e certamente
não teve tempo de se arrepender de uma vida tão pouco cristã. Ora! Ouviram-
se vozes que lhe prometeram a vida eterna por suas obras beneficentes, fruto
natural da inclinação natural que tinha por seus semelhantes.
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SEXTO CAPÍTULO
Sobre esse assunto, transcrevemos aqui uma das cartas que recebemos
a respeito de nossos artigos sobre o naturalismo que nos chegou com o
seguinte título:
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Em nossos dias, Nosso Santo Padre, Leão XIII, nos propõe um outro
remédio que, no fundo, é a aplicação dos dois primeiros: o estudo
aprofundado da tradição da Igreja apresentada por Santo Tomás de Aquino.
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SÉTIMO CAPÍTULO
As Chagas da Natureza
Em artigos precedentes consideramos o naturalismo particularmente do
ponto de vista especulativo, examinando-o como uma doutrina. E como toda
doutrina tende a passar aos atos e tornar-se prática, vamos agora considerar
o naturalismo tal como passou para a moral de tanta gente.
Mesmo sem se falar nas dores que o corpo sofre nem nas febres que o
queimam, aquilo que se chama saúde está cercado de muitos males. O corpo
se amolece pelo repouso e se esgota pelo trabalho; a abstinência o esgota por
sua vez, então ele se reconforta pelo alimento a fim de subsistir; o alimento
de novo o fatiga e ele tem necessidade do alívio da abstinência para retomar o
vigor; o banho lhe é necessário para não ressecar, em seguida se enxuga com
panos para não se reduzir em água; entretém-se com o trabalho para não
elanguescer no repouso; depois repara suas forças no repouso para não
sucumbir com o excesso de trabalho. O cansaço da véspera se repara com o
sono; o torpor do sono se sacode com a vigília, pois um repouso muito longo o
cansará mais. Cobre-se de roupas para não sentir frio; depois, sofrendo com o
calor que procurou, entrega-se à frescura do vento.
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Isto foi necessário para punir nossa presunção; e foi necessário para
abater nosso orgulho. Uma só vez a natureza se encheu de orgulho e por
causa disso carregamos um corpo de lama que sempre desfalece.
Nossa alma, por seu lado, carrega também seus males. Banida das
alegrias sólidas e interiores, ela é ora enganada por uma vã esperança, ora
agitada pelo medo, ora abatida de tristeza, ora entregue a uma alegria falsa.
Agarra-se com teimosia aos bens que passam e, sem cessar, é alquebrada
pela dor de perde-los, porque é, a todo instante, transformada pelo curso
rápido das mudanças de tais bens. Sujeita a essas coisas sempre
inconstantes, torna-se inconstante também. Não é sem angustia que encontra
o que procurava e, encontrando, começa a se aborrecer com o que procurou.
Muitas vezes ama o que tinha desdenhado e desdenha o que havia amado.
Com muito custo a alma vence a tirania da carne; depois sofre no seu
interior com as imagens do pecado, embora lhe tenha reprimido os atos
exteriores.
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O primeiro bem da natureza não foi nem arrancado nem diminuído pelo
pecado. [Santo Tomas quer dizer que, pelo pecado, o homem não perdeu nem
seu corpo, nem sua alma, nem a inteligência, nem a liberdade, princípios
constitutivos de sua natureza. Peca mas não deixa de ser homem.]
O terceiro dos bens da natureza, de fato, lhe foi todo tirado pelo pecado
de Adão. Mas o segundo, a inclinação natural para o bem, é somente
diminuído pelo pecado. Com efeito, sendo o pecado contrário à virtude, desde
que um homem peque, fica diminuído nesse bem natural que é a inclinação
para a virtude.»4
2
Moral., lib. VIII, c. XXXII.
3
Summa, 1, 2, q. 82, a. 1.
4
Ibid., q. 85, a. 1.
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OITAVO CAPÍTULO
Os Pecados Capitais
Prometemos lançar um olhar detalhado sobre as chagas da natureza.
Teremos como guia São Gregório Magno e nos bastará escutar o incomparável
doutor.
5
Saint Grégoire énumère les sept péchés capitaux dans un ordre un peu différent de nos catéchismes. Celui que nous
appelons la paresse pour lui est la tristesse. Comme par cette tristesse il faut entendre l’état d’une âme qui est sans
bonne volonté et sans goût pour les biens spirituels, et qui pour cela s’en détourne et manque à ses devoirs, il est
évident que son état n’est autre que la paresse.
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E esses sete vícios capitais são ligados entre si por tão grande afinidade
que se engendram uns aos outros. Assim, a primeira produção do orgulho,
que é a vã glória, mal comunicou sua corrupção à alma, logo engendra a
inveja, por que aquele que aspira ao poder ou a dignidade é atormentado pelo
medo de que algum outro o obtenha antes dele.
São Gregório nota que, dos sete pecados capitais, há cinco que são
vícios do espírito e dois são vícios da carne. E segundo ele, pode-se reduzi-los
a dois: o orgulho e a impureza. O que é o orgulho senão a impureza do
espírito? E o que é a impureza senão o orgulho da carne?
«Esses dois vícios – diz ainda São Gregório – exercem um duro domínio
sobre todos os homens.
6
Moral., lib. XXXI, c. 45.
7
Ibid., lib. XXXIII, c. 3.
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NONO CAPÍTULO
Com efeito, a moral nos prescreve deveres para com Deus, para com o
próximo e para com nós mesmos.
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DÉCIMO CAPÍTULO
As Ignorâncias do Naturalismo
Três conhecimentos fundamentais são necessários à humanidade. É da
mais alta importância conhecer a sua origem, seu fim e os meios de alcançá-
lo.
A fé nos traz todas as luzes que podemos desejar sobre essas graves
questões: Quem sou? De onde venho? Para onde vou? Que caminho tomar?
Nossas crianças católicas o sabem melhor do que todos os sábios da
antiguidade grega e romana, chinesa ou hindú. E as luzes que nossas crianças
têm sobre esses assuntos são puras e livres de todo perigo de erro; são claras
tanto quanto o permite o estado da criatura neste mundo: são consoladoras,
acima de tudo o que se possa dizer e, depois de todas as satisfações que nos
trazem nesta vida, nos levam por um caminho seguro às alegrias da bem-
aventurada eternidade.
Na pura luz da fé sabemos que viemos de Deus e que vamos para Deus
e que não há outro caminho a não ser o caminho do Deus feito homem para
salvar os homens.
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Mas, para bastar para tudo é preciso não ter falta de nada. E o que
constitui o naturalismo é precisamente estar fora de toda verdade, de toda
luz. O naturalismo é, pois, a própria indigência e, por conseqüência, a própria
impotência.
Na verdade, o naturalismo nunca pode unir duas almas. Por mais forte
razão nunca poderá falar à humanidade, nem persuadi-la, nem esclarecê-la,
nem lhe dar a paz, nem torná-la feliz.
O naturalismo não tem nada, não pode nada, não é nada; e esta é a
última palavra que diremos sobre ele.
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A graça do Salvador, que nos foi dada, leva-nos não somente a fazer
obras sobrenaturais, como os atos de fé, de esperança e de caridade, mas,
além disso, leva-nos a sobrenaturalizar os atos que, por si mesmos, são de
ordem natural, como beber e comer, andar e falar, sofrer e trabalhar, e o
resto que nos toma uma boa parte de nossa curta vida.
Um cristão não pode comer por comer, nem dormir por dormir, nem
trabalhar por trabalhar. Nisso, como em todas as coisas, ele deve relacionar
sua vida e suas obras a um fim mais elevado, ao cumprimento da vontade de
Deus: deve fazer tudo para agradar a Deus, tudo pela glória de Deus, segundo
a palavra do apóstolo.
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Assim, um cristão que faz suas orações com a mesma seriedade com
que diz bom dia ao vizinho, que recita simplesmente as fórmulas que encontra
na memória e nos seus hábitos; que vai a Igreja como a qualquer outro lugar;
que escuta a palavra de Deus com o mesmo gosto que escuta qualquer outra;
que assiste à Missa esperando o fim; que comunga na Páscoa porque é de
bom tom; que não faz mal a ninguém porque é correto, etc.,etc., tal cristão
está longe de levar uma vida sobrenatural.
«Que religião! Cremos ter feito tudo pela Virgem Santíssima, quando
elevamos sua glória acima do coro dos anjos, e levamos sua santidade até o
momento de sua concepção. Mas se a mancha original lhes faz tanto horror,
porque não combatem em si mesmos a avareza, a ambição e a
sensualidade12, que são sua infeliz seqüela13?»
8
L’âme, habituellement distraite de la pensée de Dieu, ne lui rapportant presque jamais ses actes d’une manière
explicite, s’expose à ce que l’une des trois concupiscences s’en empare comme il est dit.
9
Ce qui est selon les lois de l’ordre surnaturel.
10
Si l’intérêt temporel est la fin des dévotions, il y a là une véritable impiété, et un naturalisme tout semblable à
l’ancien paganisme.
11
Le christianisme rapporte la nature à Dieu : le naturalisme rapporte Dieu à la nature ; c’est ce qui fait toucher du
doigt l’impiété dont il est la formule.
12
Avarice, ambition, sensualité ; amours funestes de l’argent, de la gloire et du plaisir : Ce sont les trois
concupiscences.
13
Si Bossuet parlait aujourd’hui, il ne manquerait pas d’ajouter : Et s’il vous plaît tant d’exalter le Cœur de Jésus, que
ne vous rendez-vous dociles à cette parole de Jésus : « Apprenez de moi que je suis doux et humble de cœur ? »
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