CURSO DE HIPNOSE CLÍNICA

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Autor: Ian Taquary
ianbmtaquary@gmail.com

HIPNOTIZE!!!
 Curso de Hipnose Clínica
Por Ian Taquary

1. O QUE É HIPNOSE?

Começaremos este estudo sobre hipnose

desvelando os conceitos iniciais sobre o que é hipnose,
para que por meio desta reflexão o aluno possa ir
melhor direcionando o seu estudo e fazer algumas
reflexões sobre quais as possíveis utilizações desta
técnica no seu dia a dia, seja para melhorar seu
aprendizado, sua autoestima, seus relacionamentos
interpessoais ou ainda para promover uma melhor
qualidade de vida e saúde para si ou para seus
semelhantes.
Assim como existem variadas correntes de pensamento em todas as religiões e
disciplina científicas, assim há também diferentes opiniões sobre o que é a hi pnose. Consigo
entender a hipnose como um estado alterado de consciência, no qual o indivíduo não dorme
ou é um ser puramente passivo, ao contrário, têm total controle sobre a situação que vivencia
naquele momento e pode a qualquer momento concordar ou discordar das palavras do
hipnoterapeuta.
O estado hipnótico é semelhante ao estado de uma pessoa numa sessão psicanalítica
tradicional, por exemplo. Na psicanálise tradicional, o indivíduo analisado fica repousando
sobre um divã, falando sobre seus problemas, enquanto o psicanalista dirige toda a sessão. O
paciente vai deixando fluir o processo e muitas vezes se sente como se estivesse no “piloto
automático”, isto é, acaba não vendo o tempo passar, pois tudo se torna muito solto, sem as
amarras do consciente.
Na hipnose o indivíduo tem acesso a seus pensamentos e lembranças mais secretos, e
dependendo do estado hipnótico, pode acabar nem sentido o processo acontecer, pois sente-se
livre durante o momento da sessão hipnótica. Você já praticou alguma atividade até ficar
cansado? Se sim, você deve se lembrar daquele momento, após atividade em que você deitou
para descansar... por algum tempo você não dormiu, mas conseguiu ficar completamente
relaxado, com imagens vindo na sua mente, mas nenhum pensamento específico para lhe
atrapalhar este estado de relaxamento.
Acontecimentos semelhantes como este podem ocorrer quando você aquela aula chata,
ou esta escutando algo que não lhe interessa ou ainda quando você pensa no seu grande amor.
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Nestes momentos, em que sua mente está “voando” você vive um estado de completa
hipnose, pois sua mente está completamente focada num assunto totalmente alheio a vida real.
Todos nós já passamos por este estado de hipnose. Na verdade, passamos por este estado a
cada minuto, sendo mais presente quando praticamos alguma atividade com especial afinco,
como quando cozinhamos, escrevemos ou fazemos um curso do qual gostamos, por exemplo.
A hipnose presente nos consultórios é apenas uma técnica capaz de trazer a tona essa
nossa capacidade de fixar a atenção em um determinado elemento e esquecer
temporariamente de muitos outros, por exemplo. Lembranças podem ser resgatadas
rapidamente, enquanto medos e fobias podem desaparecer quase que instantaneamente ao
comando do hipnólogo, desde que devidamente aceito pelo paciente hipnotizado.
Vemos diariamente crianças em frente do computador jogando aqueles jogos
sangrentos de modo totalmente compenetrados. Sua atenção é totalmente focada no jogo,
enquanto que quando surge na tela um elemento assustador e de modo rápido, os jogadores se
assustam rapidamente, podendo até mesmo ficarem traumatizados. Isso decorre do fato que
este estado de extrema atenção focada é um estado hipnótico, estado este no qual as pessoas
estão mais predispostas a sugestionabilidade. Quem, quando criança, não deixou de escutar os
chamados da mãe quando brincava? Ou quando no trabalho não escutou o chefe chamar só
porque estava “entretido” nos afazeres?
Estes são poucos dos muitos exemplos de que passamos grande parte do dia
hipnotizados. Sim! Estamos quase sempre hipnotizados por uma outra tarefa do nosso
cotidiano. Isso faz com que se reflita sobre um dos princípios do que se convencionou chamar
de hipnose: toda hipnose é na verdade uma auto-hipnose, pois esta faz parte do nosso
cotidiano, é algo tão nosso quanto o hábito de dormir, de comer, de sentir sede, de sentir
prazer ou mesmo de interagir. Ninguém pode hipnotizar ninguém contra a vontade deste.
Mesmo em nível inconsciente deve-se haver uma permissão por parte do hipnotizado para o
hipnotizador. A função do terapeuta hipnólogo é a de apenas conduzir o paciente no seu
processo de auto-hipnose.

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2. A HISTÓRIA DA HIPNOSE

A palavra hipnose remonta ao deus grego “Hypnos”, deus do sono, o qual também era
chamado Somnus na Roma Antiga. Pode até parecer estranho, mas a hipnose já é conhecida e
utilizada a vários milhares de anos pelas civilizações mais antigas da história da humanidade,
como a egípcia e a mesopotâmica, por exemplo.
Acredita-se que o ato de curar do faraó se baseava puramente nos aspectos sugestivos da
hipnose. Sacerdotes antigos podem ter sido os primeiros a dominar a arte da hipnose. De
acordo com Paulo filho (2011), Nasceu com Braid o primeiro esboço da neurofisiologia da
hipnose. Na realidade, há indícios do uso da hipnose desde tempos muito remotos, onde eram
utilizadas induções hipnóticas nas várias civilizações, encontrando-se a mesma
fenomenologia em muitas partes do mundo. Os hebreus, os astecas, os índios americanos
chippewas e os araucanos do sul do Chile sabiam induzir o “sono mágico” e outras formas
de transes grupais e individuais. Podiam produzir analgesia, gravar sugestões pós-hipnóticas
e curar dores físicas ou psicossomáticas.
[...] A Era Científica da hipnose
começou com o alemão Franz Friedrich
Anton Mesmer, que em 1775, diplomou-se
em medicina [...]. Defendia sua
tese que corpos celestes influenciavam na
cura de doenças. Aos poucos, Mesmer
percebe [...] que ele mesmo podia emitir
essa força magnética curadora recebida dos
astros, a qual então ele passa a chamar de
“magnetismo humano”, que podia ser
transmitido em cadeia para outras pessoas.
Vale salientar que o magnetismo animal,
conforme proposto por Mesmer (veja a foto) Mesmer, hipnotizando por meio do
para curar as doenças continua sendo magnetismo animal

utilizado até hoje sob a forma de diversas

terapias atuais, como a “cura prânica” e o passe espírita, por exemplo. O nome magnetismo
vem do fato que a sensação da manipulação de tais energias é magnética e por isso pode

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produzir determinados efeitos sobre os corpos, com a telecinese, por exemplo, que é a
capacidade de se poder movimentar objetos com a “mente” (na verdade, com o magnetismo
animal).
Paulo Filho continua descrevendo a história da
Hipnose, afirmando que Milton Erickson representa um
novo e importante capítulo na história da hipnose,
especialmente pelo modelo desenvolvido desse recurso
para aplicação na psicoterapia. Sob o ponto de vista
tradicional, a hipnose caminha “do exterior para o
interior do paciente”, enquanto no modelo ericksoniano
surge de “dentro para fora”, como um mérito do
paciente, e nã o do terapeuta. [...] Como psiquiatra
trabalhou em várias instituições e depois como professor
de psiquiatria. Fundou e presidiu a Sociedade Americana
Milton Erickson
de Hipnose Clínica. Posteriormente, como a fama se
espalhou, foi levado para a realização de conferências e seminários sobre hipnoterapia e
psicoterapia, amealhando reconhecimento e admiração. Erickson teve uma mente forte,
flexível e inteligente, fundamentada em um profundo e inabalável bom senso. [...] Adaptava a
aproximação para o cliente de modo particular de acordo com a personalidade do cliente,
como a experiência, idade, capacidades e condição física e social, valorizando os recursos
como facilitador para as mudanças desejadas. Mostra-se atento a tudo que existia na vida do
paciente dentro e fora do consultório, fazendo uso deste recurso como parte do processo de
mudança. Erickson não demonstrou qualquer base dogmática para as aproximações. Ensinou
através de exemplos, por analogias e metáforas, não propondo qualquer teoria global. O
modelo terapêutico através da hipnose proposto por Erickson, difundiu-se e difunde-se
largamente como pratica corrente nos consultórios e clínicas médicas e psicológicas.

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3. CRONOLOGIA DA HISTÓRIA DA HIPNOSE1

A teoria de Liebeault (1823-1940) era

essencialmente psicológica. Para Liebeault, o
sono hipnótico era idêntico ao sono natural.

Bernheim (1843-1917) junto com Liebeault

fundou a escola de Nancy. Bernheim recusou a
teoria de um fluido magnético e considerava a
sugestão, a idéia, como a ação que hipnotizava.

James Esdale (1808-1859) era outro cirurgião

escocês que praticou milhares de intervenções
cirúrgicas sob sono magnético. Foi perseguido
por ter utilizado t écnicas hipnóticas como
anestesia.

Charcot (1825-1893) era um famoso

neurologista francês da histeria. Charcot e seus
ajudantes hipnotizavam aos doentes com as
técnicas que tinham aprendido do marquês de
Puyfontaine. Os doentes costumavam viver
crises violentas e, em muitos casos, os sintomas Charcot, hipnotizando paciente histérica
desapareciam.

Sigmund Freud (1856-1939) era aluno de

Charcot, mas depois de um período abandonou a prática da hipnose. Contudo, teve como base
seu método de associação livre em seus conhecimentos da hipnose.

Pierre Janet (1859-1974) era o diretor do laboratório de psicologia patológica da Salpétriére.

Janet pesquisou o papel das emoções nos transtornos orgânicos e foi um dos fundadores da
medicina psicossomática. No entanto, Janet insistiu que a hipnose não podia curar a origem
das doenças.

Coué (1857-1926), farmacêutico e psicólogo, estudou os trabalhos de Liebeault. Começou

assim com a hipnose, mas mais tarde a deixou e utilizou a sugestão.

Johannes Heinrich Shultz (1884-1962) era um psiquiatra freudiano de origem alemã.

Pesquisou a relação entre a mente e o relaxamento. Com seu conhecimento das técnicas da
hipnose elaborou um método de auto-hipnose reconhecido como o Treinamento Autógeno de
Schultz.

1
A versão traduzida desse texto foi encontrada em: <http://site.suamente.com.br/uma-breve-historia-da-
hipnose/> Acesso em 07 de Julho de 2011.

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Milton Erickson (1901-1980) era um famoso psiquiatra, fundador da Sociedade Americana

de Hipnose Clínica. Erickson criou várias técnicas modernas de indução e, além disso,
utilizava anedotas e metáforas para facilitar o estado da hipnose.

4. HIPNOSE OU HIPNOTERAPIA?

Muitas pessoas as vezes costumam confundir os significados das palavras “hipnose” e

“hipnoterapia”. De modo geral, toda hipnoterapia é hipnose, porém nem toda hipnose é
hipnoterapia. Isto quer dizer que um sujeito pode ser um ótimo hipnotizador, viver desta
profissão, levando as pessoas aos estados alterados de consciência, sem, todavia, o fazer com
intenções terapêuticas.
A hipnose com fim em si mesma é puramente hipnose. Entretanto, quando se aplica a
hipnose com fins de cura ou tratamento, ou auxiliar de tratamentos, dizemos que se trata de
hipnoterapia (hipnose clínica).
Há ainda outro conceito que deve ser desmistificado: a hipnatria. Esta é uma especialidade
médica, ou seja, somente os médicos podem exercê-la por lei. Para ser hipniatra é necessário
ser médico e possui especialização ou formação em hipnose. Entretanto, a hipniatria e a
hipnoterapia são semelhantes, mudando apenas a formação do praticante.

5. ASPECTOS LEGAIS DA PROFISSÃO

A profissão de Hipnoterapeuta e Hipnotizador não são previstas por lei. Portanto, para se
praticar a hipnose e a hipnoterapia basta que o praticante conheça bem a técnica, tenha
experiência adquirida e idoneidade suficiente para lidar com tratamento das pessoas que a ele
consultar. O hipnoterapeuta não possui pacientes, mas clientes (a palavra paciente é citada
neste curso somente para fins didáticos). Ele não pode prescrever medicamentos de qualquer
ordem, nem mesmo fazer com que o paciente interrompa o seu tratamento. Por fim, tal
profissional não deve nunca fazer diagnósticos de qualquer ordem, mesmo de áreas que ele
possua diploma, a menos que esteja conjuntamente ministrando uma consulta médica, caso o
terapeuta seja médico.

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6. FORMAÇÃO EM HIPNOSE

Por ser uma profissão livre (não há lei que proíbam sua prática), a hipnose tem sido
procurada por diversos profissionais, como médicos, assistentes sociais, professores,
engenheiros, nutricionista, enfermeiros, fisioterapeutas, dentre outros profissionais. A
formação pode ser feita em cursos a distância como este, bem como em cursos presenciais de
duração média de seis meses a um ano, ou mesmo em cursos de finais de semana. O aluno
aprende pela teoria e pela prática. Vale salientar que nesta área não existem cursos maiores ou
melhores só porque foram feitos por um hipnólogo ou entidade conhecida. Ao final do curso
a certificação comprava o estudo realizado. Entretanto, a quantidade de horas estudadas pode
variar em qualidade e quantidade.

7. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS

Durante o estado em que a pessoa encontra-se

hipnotizada ocorrem em seu corpo diversas
alterações fisiológicas, conforme comprovado por
variadas pesquisas científicas nas diversas
ciências área da saúde. Dentre estas alterações
podemos citar:

• APARELHO LOCOMOTOR: alterações no

tônus muscular e perda de conhecimento da
situação do corpo no espaço;
• APARELHO CARDIOVASCULAR: Podem
ocorrer bradicardia ou taquicardia, bem como
vasodilatação e vasoconstrição. Essa diferença se baseia na diferença do método, se
rápido ou lento.
• APARELHO DIGESTÓRIO: Hipotonia gástrica e diminuição da mobilidade da
musculatura diafragmática.
• APARELHO ENDÓCRINO: Redução do nível de açúcar no sangue. Tranquilização e
estabilização emocional.

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8. GRAUS DO TRANSE HIPNÓTICO

Os variados sujeitos hipnotizados apresentam variados estados hipnóticos que podem

variar desde o mais leve estado de hipnose até o mais profundo. Abaixo nós falamos sobre
cada um deles para que o terapeuta possa identificar cada um deles em sua prática clínica. Do
mais leve ao mais profundo:

• Hipnoidal: relaxamento geral, sonolência, fenômenos vasomotores, calor.

• Leve: Respiração ampla e profunda, catalepsia, inibição dos movimentos,
movimentos automáticos.
• Médio: Respiração ampla e profunda, anestesia, ilusões táteis, olfativas e
gustativas; auto-hipnose; amnésia leve.
• Profundo: Surdez específica a ruídos e vozes, reversão do globo ocular; escrita
automática; anestesia profunda; conversa e abre olhos sem despertar.

9. USOS DA HIPNOSE

Na atualidade, a hipnose tem sido bastante utilizada por diversos profissionais que tem
se beneficiado com o seu uso na sua rotina diária. Podemos citar a título de exemplo a
lista abaixo. Mas a quantidade de profissionais que utilizam a hipnose consegue superar as
estatísticas. Até biólogos tem utilizado a hipnose em animais!

• Psicólogos, médicos e psiquiatras: como método de pesquisa e terapêutica;

• Fisioterapeutas e enfermeiros: no controle da dor;
• Fonoaudiólogos: melhora da fala e autoestima;
• Advogados: em pesquisa judiciária e investigação de casos;
• Terapeutas: como terapia complementar;
• Desportistas: aumento do rendimento;
• Executivos: melhoria das vendas;

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• Hipnotizadores: diversão e consultorias

• Professores e escritores: melhora da aprendizagem

10. MITOS E VERDADES NA HIPNOSE

Para entendermos melhor a hipnose, relacionamos abaixo alguns mitos muito comuns
sobre a hipnose e que tem a cada dia se tornado “verdades”.

MITO: em um estado de hipnose, a pessoa perde a consciência e não sabe nada a

respeito do que ocorre ao seu redor.

o FATO: as pessoas não perdem a consciência quando estão em transe. A sua

concentração se localiza de uma maneira especial.

MITO: quando você está hipnotizado, perde a vontade e está sob o controle do
hipnoterapeuta.

o FATO: toda hipnose é uma auto-hipnose. As pessoas se deixam levar em um transe

porque esse é o seu desejo. Sem a colaboração da pessoa não é possível induzir o
transe. As pessoas mantêm sua capacidade de autocontrole.

MITO: a pessoa pode ficar “presa” no estado hipnótico e não sair dele.

o FATO: ninguém ficará eternamente em um sonho hipnótico. Se, por qualquer motivo,
o hipnoterapeuta deixar o paciente em estado de hipnose ou caísse morto, o paciente
ficaria no sonho hipnótico por alguns minutos, gradativamente entraria em um sono
normal e acordaria sozinho, sem problemas.

MITO: podem me obrigar a fazer algo que não quero durante um transe hipnótico?

o FATO: não, não é possível. A mente subconsciente protege a integridade da pessoa e

não comete nada contra seus valores e princípios.

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11. MÉTODOS HIPNÓTICOS

Os métodos citados a seguir são baseados em várias correntes e modos diferentes de

hipnose. Por isso mesmo utilizam de distintas ferramentas com o intuito de se hipnotizar uma
pessoa. De modo geral, podem-se classificar os métodos hipnóticos em métodos rápidos
(indução rápida) ou métodos lentos (normalmente baseados no relaxamento de cada parte do
parte do corpo, visando um bem-estar mais global).
Na literatura específica da hipnose podem ser encontrados variados métodos, uns mais
eficientes, outros menos. Todavia, há de se dizer, todos os métodos de hipnose são válidos e
devem ser vistos de modo igual, pois a eficácia da hipnose depende muito mais da relação
mútua entre terapeuta e paciente do que de um ou outro modo de se praticar a hipnose.

MÉTODO DE DAVIS E HUSBAND

Este método consiste em uma série de etapas a serem percorridas para que o estado
hipnótico finalmente se manifeste. Deste modo, este não é um método de indução rápida à
hipnose, devendo o terapeuta atentar de modo geral, para os passos sugeridos. Este método é
aqui citado apenas para registro, não como um direcionamento para o futuro hipnoterapeuta.

1) Criar empatia (rapport, geralmente com diálogo agradável antes da sessão

propriamente dita ); 2) Relaxar; 3) Pestanejar; 4) Fechar os olhos; 5) Relaxar
completamente; 6) Manifestar catalepsia palpebral; 7) Manifestar catalepsia braquial; 8)
Manifestar catalepsia rígida; 9) Manifestar luva anestésica; 10) Manifestar amnésia
superficial; 11) Manifestar anestesia pós-hipnótica; 12) Manifestar alterações da
personalidade; 13) Aceitar sugerências pós-hipnóticas simples; 14) Manifestar ilusões
cinestésicas e/ou amnésia completa; 15) Abrir os olhos mantendo a hipnose; 16) Aceitar
sugerências pós-hipnóticas avançadas; 17) Manifestar sonambulismo completo; 18)
Manifestar alucinações visuais positivas em pós-hipnose; 19) Manifestar alucinações
auditivas positivas em pós-hipnose; 20) Manifestar amnésias pós-hipnóticas permanentes;
21) Manifestar alucinações auditivas negativas; 22) Manifestar alucinações visuais negativas
e/ou hiperestesias (Natali, 2011).

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MÉTODO DE ARNOLD FURST

Nascido em 1918, nos EUA, Furst fez carreira

como mágico e hipnotizador e por isso mesmo, se perguntado
sobre as ligações da hipnose com o sobrenatural, Furst
simplesmente respondia: "Qualquer pessoa capaz de
compreender instruções simples como levante-se, sente-se ou
feche os olhos pode ser hipnotizada. Mas, embora a palavra
hipnose, ou hipnotismo, seja derivada da raiz grega de sono, o
paciente fica acordado o tempo todo e inteiramente consciente
de tudo que se passa ao redor, já que seus sentidos estão mais
aguçados e ele pode pensar com mais clareza" (SBH, 2011). É autor de vários livros sobre
hipnose e sobre mágica como Famous Magicians of the World (1957), Magic for Monsters
(aka Kid Stuff 6 – 1960), Mightier Than The Bullet (1961), Great Magic I (1968).
O método de Arnold Furst é considerado um método de indução rápida por levar a
pessoa a um estado de hipnose rapidamente, dispensando todo a parte de relaxamento
profundo presente em outros métodos hipnóticos. Uma das suas características é talvez a
desmistificação feita por ele acerca da hipnose. Os passos para a indução de Furst são os
seguintes (que podem ser alterados de acordo com a experiência e confiança do hipnólogo:

1) Mude a posição ou ângulo da cadeira; 2) Fique em pé na frente do paciente com seu pé

direito entre seus dois pés 3) Durante a hipnose a mente de alguns pacientes tende a resistir
às sugestões e a fazer exatamente o oposto do que você sugere; para tirar proveito disso, use
a Indução Negativa a seu favor, diga: “-NÃO quero que se sinta com sono ou cansado. Ser
hipnotizado NÃO é dormir, quero que fique alerta, se concentre e siga as instruções que vou
lhe dar.” 4) Pegue as mãos do paciente, vire-as de palma para cima e as apoie no colo dele.
(Ao fazer isso você está novamente induzindo confiança e ao mesmo tempo verificando níveis
de tensão.) Ao fazê-lo, sugira: “- Agora apenas relaxe e siga minhas instruções enquanto
ouve a minha voz.” 5) Traga seu indicador direito até embaixo do seu olho direito e diga: “-
Olhe dentro deste olho e ouça a minha voz.” (Respire lenta e profundamente para induzir
que ele respire lenta e profundamente e aprofundar o Rapport.) [...] 6) Tornando sua voz
macia e profunda, diga: “- Quando eu contar 3 quero que deixe os seus olhos fecharem; seus

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globos oculares virarem para cima e sua cabeça comece a se sentir pesada e cansada. Você
NÃO vai dormir. Vai ouvir tudo que eu disser e vai tomar conhecimento de tudo que
acontecer. 1,2,3” Em seguida faça as sugestões que necessitar fazer e termine a sessão,
dizendo: “- Quando eu contar até 7 você abrirá os olhos e se sentirá bem acordado,
revigorado e descansado. Vai perceber que esteve relaxado, embora me ouvindo e vai
aguardar ansiosamente os efeitos que acabei de mencionar. Ficará satisfeito de perceber as
mudanças e entenderá que isso se deve ao uso de capacidades que sempre possuiu. Você vai
perceber a melhora não importa quão ligeira seja a princípio e ficará feliz com a soma de
melhora que notará. Será uma melhora progressiva e, assim como a cada dia haverá
progresso, o seu estado sempre melhorará até que esta melhora seja duradoura e
permanente. Dormirá bem esta noite e amanhã vai se sentir mais forte e mais capaz. Você
desejará ser hipnotizado novamente porque é uma sensação muito agradável. 1,2,3,4,5,6,7.”
(Natali, 2011).

A RÁPIDA INDUÇÃO PELO PONTO NO MEIO DA MÃO

Uma tipo de técnica muito comum e simples utilizada em hipnose é a técnica que
consiste em focar a atenção do sujeito em um determinado objeto ou elemento qualquer que
faça com que este desvie a sua atenção da realidade local para que possa melhor escutar e
prestar atenção nas palavras do terapeuta hipnólogo.
Consiste em estender a mão para o paciente como se fosse cumprimentá-lo; Quando
ele for cumprimenta-lo, intercepte a mão dele com a sua outra mão voltando a palma em
direção a ele, e tocando com o seu indicador em algum ponto da palma da mão dele. Deve-se
dizer nesse momento para que preste atenção total neste ponto o vai fazendo com que ele
fique com sono e completamente relaxado... Solta-se a mão do paciente no ponto que estava
parada no ar e afirma-se “- E sua mão vai começar a sentir uma irresistível vontade de tocar
na sua testa e na medida em que sua mão se dirige para a sua testa, você (faz-se a sugestão
pós-hipnótica) (Natali, 2011).

A INDUÇÃO RÁPIDA DE LIÉBEAULT (INDUÇÃO RELAXANTE)

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A indução de Liébeault é também considerada como um método rápido, porém ele tem
a facilidade de ser bem mais simples que a maioria dos métodos utilizados ainda hoje. Baseia-
se no rápido relaxamento corporal e na indução por sugestão hipnótica (isto é, o ato de se
deixar acreditar no que outras pessoas dizem). É um método tradicional, comumente utilizado
nos primórdios da hipnose como modo de se eliminar a dor dos pacientes. Por isso ainda é
baste utilizada em hipnose clínica.
O hipnoterapeuta se põe a frente do cliente à frente do cliente a ser hipnotizado,
estando este último sentado confortavelmente em sua cadeira. Coloca a sua mão esquerda na
cabeça do cliente e o indicador da mão direita a 30 cm dos olhos do sujeito. Após alguns
segundos sem fazer nada, o hipnólogo começa a girar o seu indicador a frente dos olhos do
paciente, afirmando que este é um processo feito para provocar sono. Afirma-se: “a sua dor e
seus problemas irão desparecer por completo e você ficará mais forte e seguro”.
Pode-se fazer outras sugestões durante o processo. De surpresa, interrompa o processo,
fechando as pálpebras do cliente com sua mão direita (a mão que usava o indicador) e diga:
“fecha os olhos e dorme!”. Constatado o “sono” hipnótico, fazer sugestões que reflitam sobre
suas necessidades, motivo da consulta. Essas sugestões são chamadas de “pós-hipnóticas”.

A INDUÇÃO RÁPIDA PELO SUSTO: O APERTO DE MÃO

Este método que descreverei agora é muito utilizado por se tratar de um dos métodos
mais eficazes mesmo contra aquelas pessoas que dizem que não são facilmente hipnotizáveis.
Isso se dá pelo fato que o mecanismo dessa indução ocorre pelo fato do sujeito a ser
hipnotizado levar um susto do hipnotizador. Isso mesmo. Quando levamos um susto o nosso
inconsciente é acessado por alguns segundos durante o período do choque. O inconsciente não
reage a comandos externos e nem tem recursos críticos para questionar uma ordem. O
consciente, todavia, a parte externa da nossa mente, é capaz de criticar e analisar.
Quando algum levar um susto você provavelmente tem o período de 1 a 4 segundos
para conseguir hipnotizá-la por meio de determinada ordem. Calma! Não saia assustando por
aí só para hipnotizar as pessoas. É necessário, por questão de ética, que a pessoa lhe dê a

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permissão. O susto será apenas um recurso a mais da hipnose. Por exemplo: você quer
hipnotizar alguém de modo rápido. Siga as instruções:

a) Comece uma conversa informal sobre qualquer tema e desenrole o assunto

normalmente;
b) Estenda sua mão direita para cumprimentar a pessoa;
c) Quando ela estender a mão para lhe cumprimentar, intercepte a mão dela com sua mão
esquerda e segure firme o punho dela;
d) A sua mão direita (que ia ser cumprimentada) se abre em direção ao rosto da pessoa e
toca a testa, dizendo ao mesmo tempo: “DORME!”;
e) A pessoa provavelmente estará hipnotizada e você pode dar comandos verbais, como:
“fique relaxado... isso... agora 10x mais relaxado... agora você vai fazer tal coisa... (ou
vai voltar a determinada idade, etc).
f) Para fazer a pessoa voltar a si, basta ordenar: “quando eu contar até 3 você deve
voltar. 1... 2... 3... Volte!”.

A INDUÇÃO RÁPIDA PELO SUSTO: PERDA DE EQUILÍBRIO (I)

Outro tipo de indução rápida que tive contato foi a indução relatada por Brian Weiss,
famoso terapeuta americano de vidas passadas. Ele afirma que para poupar tempo, certa vez
utilizou esta técnica hipnótica em uma de suas clientes com visas a alcançar um estado
alterado de consciência ainda mais rápido.

a) Pede-se ao cliente que se sente na ponta da cadeira, de frente a sua (terapeuta e

hipnólogo se olham nos olhos);
b) Pedir que a palma da mão direita dele repouse na sua mão esquerda e fique
ligeiramente inclinado;
c) Deixar o paciente falar sobre os motivos da consulta ou outro assunto;
d) Tire rapidamente a mão de baixo da mão dele, para que ele tome um susto e perca o
equilíbrio. Dizer “durma” simultaneamente”;
e) Com o paciente hipnotizado, fazer as sugestões pós-hipnóticas.

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A INDUÇÃO RÁPIDA PELO SUSTO: PERDA DE EQUILÍBRIO (II)

Técnica bastante semelhante com a primeira e que induz a perda de equilíbrio é esta
que é descrita abaixo também sob a forma de “passos” para serem seguidos mais facilmente.

a) Peça que o paciente sente-se em uma cadeira;

b) Peça que relaxe o corpo todo, ficando bem leve e que feche os olhos;
c) Em pé, ao lado ele, peça que faça pressão para baixo com a mão direita dele sobre a
sua mão direita;
d) Pedir que conte com você (1... 2... 3... etc);
e) No meio da contagem, retire a mão rapidamente e diga “dorme”, de modo que ele seja
hipnotizado por meio do susto;
f) Dê alguma sugestão pós-hipnótica, como: “seu corpo está todo relaxado” ou “sua
ansiedade diminuirá cada vez mais e você será mais tranquilo”, etc... A sugestão deve
ser de acordo com o problema do paciente.
g) Depois, quando quiser que ele volte, diga que pode acordar quando preferir, ou ao
toque de 3 (“Quando eu disser três você deverá acordar bem relaxado: 1... 2... 3...
Acorde!”), etc.

A INDUÇÃO RÁPIDA PELA FADIGA

a) Pedir ao paciente que se sente na cadeira, estando você sentado com a cadeira
ao lado direito dele, em um ângulo de 90° com as pernas dele;
b) Peça que ele estique o braço direito totalmente para frente, de modo que este
fique reto e não inclinado;
c) Mande ele ir relaxando o corpo todo, dos pés a cabeça, mas não ao braço, de
deve ficar cada vez mais rígido;
d) Peça que ele esqueça do corpo todo, enquanto presta atenção somente na mão
do braço que está esticado;

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e) Quando ele menos esperar, bata a mão dele na coxa dele mesmo com a sua
mão, dizendo “durma”;
f) Quando ele estiver hipnotizado, faça as sugestões pós-hipnóticas.

A INDUÇÃO DA RESPIRAÇÃO SAUDÁVEL (RELAXAMENTO)

Nesta indução, começa-se pedindo ao paciente que feche os olhos. Pedir que ele sinta
a sua própria inspiração, o ar entrando pelas narina e indo até os pulmões e diafragma. Após
isso, bem como sentir também a expiração, que deve ser um pouco mais pausada. Enquanto
ele pratica este método, pode-se pedir ir falando que a respiração oxigena o sangue, alivia as
tensões do dia a dia, diminui o estresse, dá sensação de liberdade... (é uma forma de se
convencer ao paciente de que isso esta acontecendo com ele neste instante, de modo indireto).
Pode-se criar uma metáfora, falando de como as gaivotas sentem o ar quando voam... ou
como a formiga sente a força do ar e se sente livre... (procurar antes saber se o paciente tem
medo de algum elemento da metáfora a ser criada). Não é necessário pedir que ele seja parte
da metáfora. Basta contar. Ele se sentirá parte sem você pedir. Afirme a ele que ele pode ir
onde quiser, ser quem quiser, pois está livre. Descreva cenários relaxantes, como praias,
campos, etc... Para terminar, repita a respiração relaxante do início e peça ao paciente voltar
quando quiser, quando achar melhor. Em cerca de 20 segundos a 2 minutos ele abrirá os
olhos. E não deve ser interrompido antes disso.

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12. TÉCNICA DE RELAXAMENTO FÍSICO E MENTAL2

O relaxamento é um importante recurso para se conseguir chegar a estados alterados de

consciência. Muitas vezes, sozinho, ele desempenha um papel completo de terapia. O auto-
relaxamento é também conhecido por alguns como auto-hipnose. Por meio dele, o paciente é
seu próprio terapeuta. Todavia, a segurança, calma e confiança para realiza-lo tem por vezes
de ser maior que no tratamento com hipnose convencional, que é mais rápida e muitas vezes,
mais atraente.
Existem dois tipos de relaxamento: físico e mental. Antes de praticá-lo vamos ter algumas
noções básicas de como se pode praticá-lo, considerando as principais posturas, modos de se
respirar, etc. Depois de você aprender a relaxar física e mentalmente serão associados aos
relaxamentos alguns exercícios práticos.

REQUISITOS PARA BEM RELAXAR

• POSIÇÃO

A primeira medida a se tomar para um bom relaxamento do corpo é a escolha da posição.

quase impossível conseguir relaxar numa posição errada.

Os antigos egípcios costumavam sentar-se em cadeiras — bem retos — com os olhos fixos à
frente, as palmas das mãos sobre os joelhos, os calcanhares unidos e os dedos separados.
Muitas estátuas representam essa posição. A posição egípcia a melhor para os ocidentais, pois
a espinha fica reta e deixa as costelas livres para uma respiração profunda.

Os hindus costumam relaxar sentados no chão, com as pernas cruzadas. Os bem exercitados
ficam na posição de lótus: as solas dos pés voltadas para cima e o corpo equilibrado para não
cair em transe.

Pode-se relaxar deitado também. Mas não convém a principio ficar muito confortável para
não dormir. Melhor, portanto, sentado numa cadeira, com os pés apoiados no chão, mãos
sobre o colo, voltadas para baixo deixando os dedos separados.

2
Adaptado de: Nubia França e Harold Rahm, Relaxe e viva feliz, Loyola: São Paulo, 1991.

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• MANTER-SE CONSCIENTE

As vezes, quando se relaxa, perde-se a consciência, como é o caso de quando a pessoa vai
dormir. É preciso aprender a relaxar conscientemente, para se praticar a meditação dinâmica.

• FECHAR OS OLHOS

O fechamento dos olhos é um passo importante para reduzir sua freqüência cerebral, para
passar do nível Beta para o Alfa.

O meio ambiente, se possível, deve ser tranquilo, a fim de eliminar os possíveis motivos de
distração. Mas na medida em que se progride na arte da concentração, os agentes externos
passam a ter menor importância até que sua influência fica praticamente nula. Mas é bom
programar logo de início que o barulho não vai incomoda-lo.

• RELAXAR AS PÁLPEBRAS

Dr. Jacobson fez, na Universidade de Chicago, uma pesquisa durante 20 anos, a respeito do
relaxamento das pálpebras, chegando à seguinte conclusão: relaxando as pálpebras não se
consegue ter preocupações, porque se produz um relaxamento físico e esse leva ao
relaxamento mental, que não pode coexistir com preocupação.

• IMOBILIDADE

Durante o relaxamento é bom não se mexer, ou reduzir os movimentos ao mínimo possível.

• RESPIRAÇÃO

Ajuda muito o relaxamento. Ao iniciá-lo, respire profundamente e exale vagarosamente.

Repita esse processo três vezes.

• RELAXAMENTO MUSCULAR

Consiste em dirigir sua atenção para cada parte do corpo: cabeça, rosto, pescoço, ombros,
tórax... até terminar nos pés. Para cada parte a qual é dirigida sua atenção, deve-se procurar
relaxar. À medida que você vai repetindo o relaxamento vai sentindo seus músculos menos
rígidos e menos pesados.

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Seguindo corretamente estas instruções você chega perto do nível alfa, ou pode até atravessar
sua fronteira, dependendo do treinamento.

• FRASES AFIRMATIVAS

A afirmação de frases de forma repetitiva é uma das formas mais eficazes para a impregnação
do subconsciente. O propósito básico das frases é estabelecer um contato entre o Consciente e
o Subconsciente (ou consciente interior). Injetadas num nível calmo de consciência e em
baixa frequência cerebral (ondas Alfa), e repetidas inúmeras vezes, ficam gravadas em sua
mente.

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13. EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO FÍSICO E MENTAL

Acomode-se confortavelmente.

Feche os olhos. Ponha as mãos sobre os joelhos, deixe as palmas para baixo.

Fique tranqüilo.

Respire profundamente. Ao exalar, relaxe...

Respire mais uma vez profundamente e ao exalar relaxe mais...

Respire mais uma vez profundamente e ao exalar, relaxe mais ainda...

Devagar, vá se desligando de ruídos e vozes exteriores. Mantenha-se em estado de

relaxamento profundo, porém consciente. Tome posse de si mesmo. Fique em paz.

Se você desejar entrar em nível mais profundo, respire profundamente mais vezes e a
profundidade aumenta.

Em qualquer ocasião, no futuro, quando você desejar entrar em nível mais profundo, bastará
respirar profundamente.

Cada vez que você relaxar entrará em estado de relaxamento mais profundo que na vez
anterior, até chegar ao mais profundo estado de relaxamento consciente.

Sempre que desejar voltar ao mundo exterior, faça a contagem progressiva de 1 a 5. Ao

chegar a 5, abrirá imediatamente os olhos e estará completamente desperto. Estará se sentindo
muito bem, transbordando de energia, melhor do que jamais se sentiu em toda a sua vida.

Você sempre sairá imediatamente do relaxamento, caso ocorra alguma emergência de

qualquer tipo.

Sempre que você sair de um relaxamento, sentir-se-á maravilhosamente bem, cheio de vigor,
energia e paz.

Cada vez que você relaxar, conseguirá fazê-lo mais profundamente que na vez anterior, até
alcançar o mais profundo estado de relaxamento consciente possível.

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Relaxe a cabeça.., comece relaxando o couro cabeludo.., deixe-o mole, solto, relaxado. Sinta
como o couro cabeludo começa a entrar em relaxamento. Relaxe toda a parte posterior da
cabeça. O relaxamento vai se aprofundando à medida que você prossegue. Relaxe o cérebro..,
imagine-o pulsando lentamente numa espécie de OM... OM... ..... OM... OM..

Relaxe a fisionomia... Relaxe os músculos do rosto.., todos.., bem relaxados... Relaxe a testa...
deixe-a completamente descontraída.., sem nenhuma ruga.., deixe-a solta.., livre, relaxada...
Relaxe os músculos dos olhos... Relaxe as pálpebras... Relaxe as bochechas.., deixe-as
suaves.., isso traz sensação de paz e de calma interior...

Solte o queixo e deixe os dentes inferiores um pouco afastados dos superiores.

Relaxe.., mais e mais.

Relaxe o pescoço. Deixe os músculos do pescoço ficarem moles, soltos, relaxados, cada vez
mais.., deixe-os imóveis.

Relaxe a nuca.., sinta os músculos da nuca bem relaxados e adormecidos. Soltos, moles,
relaxados...

Concentre-se nos ombros e deixe-os cair. Deixe-os moles... Conserve-os moles... os músculos
dos ombros se descontraem... relaxam... Deixe-os moles, soltos, relaxados.

Concentre-se no ombro direito... relaxe-o... solte os músculos do ombro direito até senti-lo
bem relaxado... deixe o braço direito ficar frouxo, mole, relaxado, solto.., essa sensação vai
sendo levada para os músculos do antebraço. Deixe-o solto e relaxado. E agora relaxe a mão
direita. Você relaxa, e a mão direita adormece...

Agora concentre-se no ombro esquerdo... Relaxe-o.., Solte os músculos do ombro esquerdo

até senti-lo bem relaxado... Deixe o braço esquerdo ficar frouxo, relaxado, solto... E permita
que essa sensação vá sendo levada para os músculos do antebraço. Deixe-os soltos e
relaxados. E agora relaxe a mão esquerda. Você relaxa, e a mão esquerda adormece...

Concentre-se nos músculos do peito.., deixe-os moles, relaxados, sem a mínima tensão..,
moles, frouxos, relaxados, sem a mínima tensão... Permita que a parte interna também vá
amolecendo... Relaxe os pulmões... Note como os movimentos respiratórios vão se tornando
cada vez mais lentos, curtos, espaçados, superficiais e imperceptíveis. Relaxe o coração...

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Repare como os batimentos cardíacos vão se enfraquecendo, retardando-se, ficando mais e

mais lentos, superficiais, e tornando quase imperceptíveis.

Agora relaxe os músculos abdominais.. . Deixe-os moles, como se fossem cordas bambas de
violão... soltos, moles, relaxados, músculos bambos... bambos... Tudo está em seu estado
natural.., e sua respiração é calma e tranqüila...

Concentre a atenção nos órgãos abdominais... sinta-os relaxados e saudáveis. Mande-os entrar
em férias, trabalhar em marcha reduzida, o mínimo necessário para manter a vitalidade...

Concentre-se agora na coxa direita... Nas coxas estão os músculos mais fortes do organismo.
Estão sob tensão... afrouxe-os.., afrouxe os músculos da face externa.., agora, os da face
interna.., deixe os músculos da coxa direita ficarem bambos e relaxados... deixe a coxa ficar
mole.., frouxa, relaxada.., deixe os ligamentos do joelho ficarem bambos... permita que esta
sensação se estenda à barriga da perna que vai amolecendo...

Concentre-se agora no pé direito.., concentre-se nos músculos.., deixe que eles relaxem
profundamente.., concentre-se dentro do pé direito e sinta que ele começa a formigar um
pouco.., afrouxe os músculos do pé direito.., deixe-os moles.., sem a mínima tensão...

Concentre-se agora na face externa da coxa esquerda... relaxe os músculos da face externa...
Agora, os da face interna... os músculos da coxa esquerda ficam bambos e relaxados... a coxa
esquerda fica mole.., frouxa, relaxada.., deixe os ligamentos dos joelhos ficarem bambos... e
essa sensação se estende à barriga da perna que vai amolecendo...

Concentre-se agora no pé esquerdo.., concentre-se em seus músculos. Eles relaxam... se

afrouxam... concentre-se dentro do pé esquerdo.., concentre-se em seus músculos e sinta que
ele começa a formigar um pouco.., afrouxe os músculos do pé esquerdo, deixe-os moles, sem
a mínima tensão...

O pé direito e o pé esquerdo estão frouxos e relaxados... daqui a pouco você não os sentirá
mais... eles como que desaparecem.

Deixe o corpo ficar totalmente relaxado.., abandonado.., descontraído...

Dirija-se agora, ao centro da cabeça.., ao cérebro... Imagine-o pulsando lentamente, numa

espécie de OM... OM... OM... OM... OM.. OM... Para facilitar, relaxe os músculos da face.
Imagine o cérebro pulsando lentamente.

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Deixe-o neste estado.., agora o cérebro está repousando.., as células estão se recuperando... o
organismo está se fortalecendo, você está ficando muito melhor com esse relaxamento e vai
melhorar muito mais cada vez que o praticar...

Fique bem tranqüilo, bem relaxado...

O relaxamento deve ser praticado diariamente durante 15 minutos cada vez, de manhã ao
acordar e à noite ao deitar. Incorpore-o aos seus hábitos, de hoje para sempre.

Cada vez que você pratica o relaxamento ele se torna mais e mais fácil de ser conseguido e é
mais eficiente.

Na próxima vez que você relaxar, vai fazê-lo mais rápido, mais fácil e mais eficientemente.

Acompanhe-me mentalmente

1. Estou tranqüilo, completamente tranqüilo.

2. Estou mergulhado em Deus. Ele aquieta meu coração, melhora minha saúde, me dá energia
e refaz minhas células.

3. Estou cada vez melhor.

4. Tudo vencerei.

5. Tudo o que é meu virá a mim no momento oportuno.

6. Meu pensamento é forte e domina tudo.

7. Estou feliz. Hoje é o primeiro dia do resto de minha vida.

8. De minha mente e de meu coração partem ondas vibratórias de paz, amor, harmonia e
perdão para todos os seres do céu e da terra.

9. A paz que reina no Universo penetra em todo meu ser. Estou em paz.

Repita mentalmente

— Deus está dentro de mim. Repita muitas vezes durante o dia "Deus está dentro de mim".

Acompanhe-me mentalmente

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1. A criança conversa com todos os seres em sua imaginação: animados e inanimados.

2. Você também pode conversar com eles em sua imaginação.
3. Tudo no mundo é energia e portanto vibra. Você entra em sintonia com as vibrações
dos seres animados e inanimados quando os imagina.
4. Você tem diversos canais perceptivos para sintonizar. Agora está aprendendo a usá-los
conscientemente, a qualquer momento, em seu beneficio e em benefício de outrem.
5. Você está aumentando sua capacidade subjetiva para seu próprio bem e para o bem da
humanidade.
6. Uma de suas principais faculdades é a intuição. Você está aprendendo a desenvolvê-la
pelo relaxamento. Acolha a primeira idéia que vier à sua mente.
7. Você pode sintonizar-se com qualquer ser. Você está desenvolvendo sua capacidade
sintonizadora.

Frases finais

Agora o seu cérebro está repousado,., As células se recuperaram... O organismo se

fortaleceu... você melhorou muito com esse relaxamento... e está melhorando cada vez mais..,
e melhorará muito mais...

Você tem perfeito e completo domínio sobre si... seus pensamentos são positivos, Você é
imune, infenso e refratário aos pensamentos, sugestões e vibrações negativas, Você os rejeita.
Os pensamentos positivos lhe dão todas as vantagens que você deseja. Você os absorve e
assimila.

Você está cada vez mais disposto.., mais alegre... mais saudável.., mais otimista... em perfeita
harmonia com todas as criaturas de todos os reinos da natureza e em perfeita sintonia com o
Criador...

Você tem uma fé e uma confiança em Deus e em si mesmo cada vez maiores.

Para voltar ao nível de consciência exterior conte vagarosamente de i a 5, imaginando que o

cérebro acelera. Vá se sintonizando com o mundo Beta. Vá acelerando-o gradativamente, a
cada número, e ao chegar a 5 abra os olhos e estará bem disposto, usufruindo e irradiando
saúde, paz, sucesso, prosperidade.

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1. Imagine que o cérebro acelera... acelere-o devagar.., sentindo a passagem do nível de

consciência interior para o exterior...
2. Acelere-o mais e mais...
3. Continue acelerando-o.., Quando você abrir os olhos, sentir-se-á muito bem...
tranqüilo e bem re-la-xa-do...
4. ..........................................................................
5. os olhos se abrem e você se sente muito bem, tranquilo, relaxado, cheio de paz e
alegria.

14. DICAS DE MILTON ERICKSON PARA A HIPNOSE

Milton Erickson, famoso hipnólogo já discutido aqui, sempre aconselhava os colegas de

profissão para que antes de começar a hipnotizar as pessoas considerasse as seguintes etapas
para que a indução pudesse ter um maior efeito sobre as pessoas:

• Absorção: É a fase inicial da indução, necessária, para focalizar a atenção do cliente. Pode
ser pode ser por meio de um relaxamento simples que começa com os pés e se estende
para todo o corpo;
• Ratificação: Ir falando para o cliente o que se pode observar quando vemos ele entrar em
transe. Exemplo: “isso, muito bem! Vejo que você está muito sono”.
• Eliciação: é fazer alguma coisa acontecer, como levantar um braço, relaxar mais, etc...
• Término: Fazer o paciente tornar a si, afirmando que ele ficará bem e cheio de saúde.

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PARA LER MAIS!

FRAGA, Isabela. Hipnose fora do palco. Ciência Hoje, S/l, p.20-27, nov. 2010.

FRANÇA, Nubia; RAHM, Harold. Relaxe e viva feliz. Loyola: São Paulo, 1991.

NATALI, Marco. Vidas além da vida. Disponível em

<ebooksbrasil.org/adobeebook/vav.pdf> Acesso em: 08 de Agosto de 2010.

SBH. Hipnose. Disponível em: <http://www.portaldaserenidade.com.br>. Acesso em: 02 jul.

2011.

PAULO FILHO, História da hipnose. Disponível em: <http://tinyurl.com/hipnosehistoria>.

Acesso em: 07 jul. 2011.

SUA MENTE. Disponível em < http://site.suamente.com.br>. Acesso em: 07 jul. 2011.

WEISS, Brian. Os espelhos do tempo. Disponível em: www.scribd.com/doc/.../Brian-Weiss-

Espelhos-do-Tempo. Acesso em: 01 jun. 2011.

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