Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(47) 3349-2482
Site: www.inbraep.com.br
CAPACITAÇÃO EM NR-35
Trabalho em Altura
Módulo: TRABALHADOR
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................8
2 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES DO MTE ..................................................................................9
2.1 Normas Regulamentadoras........................................................................................................9
2.2 Normas Regulamentares envolvidas no Trabalho em Altura ....................................................11
2.2.1 NR 01 Disposições Gerais .....................................................................................................................11
2.2.2 NR 06 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ...............................................................................12
2.2.3 NR 08 Edificações .................................................................................................................................12
2.2.4 NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade............................................................12
2.2.5 NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais .....................................13
2.2.5 NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção .....................................13
2.2.6 NR-33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados ......................................................14
2.2.7 NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval ....14
2.3 Apresentação da Norma Regulamentadora Nº 35 ....................................................................15
35.2. Responsabilidades ................................................................................................................15
35.3. Capacitação e Treinamento ..................................................................................................16
35.4. Planejamento, Organização e Execução ...............................................................................17
35.5. Sistemas de Proteção contra quedas (NR) ...........................................................................19
35.6. Emergência e Salvamento ....................................................................................................22
Glossário........................................................................................................................................22
ANEXO I ............................................................................................................................................24
ACESSO POR CORDAS ...................................................................................................................24
1. Campo de Aplicação ...............................................................................................................24
2. Execução das atividades .........................................................................................................25
3. Equipamentos e cordas ...........................................................................................................25
4. Resgate ...................................................................................................................................26
5. Condições impeditivas.............................................................................................................26
ANEXO II ...........................................................................................................................................27
SISTEMAS DE ANCORAGEM...........................................................................................................27
1. Campo de aplicação ..................................................................................................................27
2. Componentes do sistema de ancoragem ...................................................................................28
3. Requisitos do sistema de ancoragem.........................................................................................29
4. Projetos e especificações ...........................................................................................................29
5. Procedimentos operacionais ......................................................................................................30
3 ANÁLISE DE RISCOS ....................................................................................................................31
3.1 Conceitos Básicos....................................................................................................................32
3.1.1 Perigo ....................................................................................................................................................32
3.1.2 Risco......................................................................................................................................................32
3.1.3 Análise de Riscos...................................................................................................................................32
3.1.4 Avaliação de riscos................................................................................................................................33
3.1.5 Gerenciamento de Riscos .....................................................................................................................33
3.1.6 Níveis de risco .......................................................................................................................................33
3.2 Desenvolvimento de estudos de análise de riscos ...................................................................33
1 APRESENTAÇÃO DO CURSO
O curso de NR-35 do INBRAEP tem como finalidade educar para prática de Segurança do
Trabalho em Altura, bem como estabelecer os procedimentos necessários para a realização deste
trabalho, visando garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente
com esta atividade.
Todos sabem da necessidade de se implantar uma estrutura voltada para a prevenção capaz
de nortear os riscos de acidentes nas atividades do trabalho em altura. Neste sentido, procura-se
direcionar a metodologia, os recursos didáticos, em atendimento ao currículo básico para o curso de
Trabalho em altura da Norma Regulamentadora, NR – 35 da Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de
2012 e passa por constantes atualizações.
Ao longo do tempo, a experiência tem mostrado que a preparação prévia do indivíduo
contribui, sensivelmente, para a melhoria do desempenho. No que diz respeito à segurança, os
esclarecimentos ao trabalhador quanto as possíveis condições inseguras dos ambientes de trabalho
e dos procedimentos seguros que deverá adotar se apresentam como fundamentais para o sucesso
de Programa Preventivo, por estes motivos é fundamental regulamentar os serviços em locais
elevados, estabelecendo padrões mínimos de segurança, bem como cumprir exigências legais,
visando garantir a segurança física do trabalhador.
Com a aplicação do curso de Trabalho em Altura busca-se promover a combinação indivíduo
– cargo - segurança, alicerçado no treinamento, na implantação de conceitos e em medidas de
prevenção de acidentes no trabalho em altura. Porém, é fundamental que o profissional e o
responsável, junto com o trabalhador, pela atividade, façam sempre uma minuciosa análise das
condições dos trabalhos que serão realizados, tomando as medidas necessárias para que ocorram
com total segurança para o profissional e terceiros.
.
O texto se propõe a expor um pouco mais sobre algumas normas que são importantes para o
trabalhador, que irá desempenhar o trabalho em altura, lembrando que no decorrer do curso ocorrerá
o aprofundar, ainda mais, nos itens fundamentais, buscando estabelecer um trabalho seguro e com
responsabilidade.
Agora se busca entender, de forma resumida, o que estabelece algumas das principais
normas regulamentares do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que o trabalhador deve
conhecer antes de se aprofundar na NR-35 trabalho em altura.
Este norma estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a
fornecer aos empregados, sempre que as condições de trabalho exigir, a fim de resguardar a saúde
e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá
embasamento jurídico à existência desta Norma Regulamentadora (NR) são os artigos 166 e 167 da
CLT.
2.2.3 NR 08 Edificações
Esta norma NR 08 dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados
nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal,
ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta Norma Regulamentadora
(NR) são os artigos 170 a 174 da CLT.
Esta norma - NR 33 - tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação
de espaços confinados e o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores, que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
35.1.1 Esta norma estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em
altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do
nível inferior, em que haja risco de queda.
35.1.3 Esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos Órgãos
competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as normas internacionais aplicáveis.
35.2. Responsabilidades
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não
prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações
ou omissões no trabalho.
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores para a
realização de trabalho em altura.
35.3.2 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e
aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo
programático deve, no mínimo, incluir:
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das
seguintes situações:
d) mudança de empresa.
35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme
conteúdo programático definido pelo empregador.
35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático
devem atender a situação que o motivou.
35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados
em conjunto com outros treinamentos da empresa.
35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.
35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.
35.3.6 O treinamento deve ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto,
sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho.
35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação
dos instrutores e assinatura do responsável.
35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.
35.4.1 Todo trabalho em altura deve ser planejado, organizado e executado por trabalhador
capacitado e autorizado.
35.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado
de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua
anuência formal da empresa.
35.4.1.2 Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades
em altura, garantindo que:
c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de
altura, considerando também os fatores psicossociais.
35.4.1.2.1 A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional
do trabalhador.
35.4.1.3 A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da
autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.
35.4.2 No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:
a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser
eliminado.
35.4.3 Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela
análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.
35.4.4 A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as
condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.
35.4.5.1 A Análise de Risco deve além dos riscos inerentes ao trabalho em altura considerar:
e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e
individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios
da redução do impacto e dos fatores de queda;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
m) a forma de supervisão.
35.4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
e) as condições impeditivas;
g) as competências e responsabilidades.
35.4.7 As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas
mediante Permissão de Trabalho.
35.4.7.1 Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise
de Risco e na Permissão de Trabalho.
35.4.8 A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável pela autorização da
permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada e arquivada de
forma a permitir sua rastreabilidade.
35.4.8.2 A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
35.5.1 É obrigatória a utilização de sistema de proteção contra quedas sempre que não for possível
evitar o trabalho em altura. (NR)
b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco, considerando, além dos riscos a que o
trabalhador está exposto, os riscos adicionais; (NR)
d) ter resistência para suportar a força máxima aplicável prevista quando de uma queda; (NR)
f) ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção. (NR)
35.5.3 A seleção do sistema de proteção contra quedas deve considerar a utilização: (NR)
b) de sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, nas seguintes situações: (NR)
35.5.3.1 O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado. (NR)
a) certificados; (NR)
35.5.6.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os elementos do
SPIQ. (NR)
a) na aquisição; (NR)
35.5.7 O SPIQ deve ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador seja
de no máximo 6kN quando de uma eventual queda; (NR)
35.5.9.1 O cinturão de segurança tipo paraquedista, quando utilizado em retenção de queda, deve
estar conectado pelo seu elemento de engate para retenção de queda indicado pelo fabricante. (NR)
35.5.10 A utilização do sistema de retenção de queda por trava-queda deslizante guiado deve
atender às recomendações do fabricante, em particular no que se refere: (NR)
35.5.11 A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o SPIQ minimamente os
seguintes aspectos: (NR)
a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao
risco de queda; (NR)
c) de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o trabalhador não colida com
estrutura inferior. (NR)
35.5.11.1.1 O talabarte, exceto quando especificado pelo fabricante e considerando suas limitações
de uso, não pode ser utilizado: (NR)
35.6.1 O empregador deve disponibilizar equipe para respostas em caso de emergências para
trabalho em altura.
35.6.1.1 A equipe pode ser própria, externa ou composta pelos próprios trabalhadores que executam
o trabalho em altura, em função das características das atividades.
35.6.2 O empregador deve assegurar que a equipe possua os recursos necessários para as
respostas a emergências.
35.6.3 As ações de respostas às emergências que envolvam o trabalho em altura devem constar do
plano de emergência da empresa.
35.6.4 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar
capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.
Glossário
ANEXO I
1. Campo de Aplicação
1.1 Para fins desta Norma Regulamentadora considera-se acesso por corda a técnica de progressão
utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar
horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente, incorporando
dois sistemas de segurança fixados, de forma independente, um como forma de acesso e o outro
como corda de segurança utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.
1.2 Em situações de trabalho em planos inclinados, a aplicação deste anexo deve ser estabelecida
por Análise de Risco.
b) arboricultura;
c) por equipe constituída de pelo menos dois trabalhadores, sendo um deles o supervisor.
2.2 Durante a execução da atividade, o trabalhador deve estar conectado a pelo menos duas cordas
em pontos de ancoragem independentes.
2.2.1 A execução da atividade com o trabalhador conectado a apenas uma corda pode ser permitida
se atendidos, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
a) for evidenciado na análise de risco que o uso de uma segunda corda gera um risco superior;
3. Equipamentos e cordas
3.1 As cordas utilizadas devem atender aos requisitos das normas técnicas nacionais.
3.2 Os equipamentos auxiliares utilizados devem ser certificados de acordo com normas técnicas
nacionais ou, na ausência dessas, de acordo com normas técnicas internacionais. (Vide prazo para
implementação no artigo 3ª da Portaria MTE n.º 593/2014)
3.2.1 Na inexistência de normas técnicas internacionais, a certificação por normas estrangeiras pode
ser aceita, desde que atendidos os requisitos previstos na norma europeia (EN).
a) antes da utilização;
3.4.1 Todo equipamento ou corda que apresente defeito, desgaste, degradação ou deformação deve
ser recusado, inutilizado e descartado.
3.4.2 A Análise de Risco deve considerar as interferências externas que possam comprometer a
integridade dos equipamentos e cordas.
3.4.2.1 Quando houver exposições a agentes químicos, que possam comprometer a integridade das
cordas ou equipamentos, devem ser adotadas medidas adicionais em conformidade com as
recomendações do fabricante considerando as tabelas de incompatibilidade dos produtos
identificados com as cordas e os equipamentos.
3.4.2.2 Nas atividades realizadas nas proximidades de sistemas energizados ou com possibilidade
de energização devem ser adotadas medidas adicionais.
a) na aquisição;
b) periodicamente;
3.6 Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos
conforme recomendação do fabricante ou do fornecedor.
4. Resgate
4.1 A equipe de trabalho deve ser capacitada para autorresgate e resgate da própria equipe.
4.2 Para cada frente de trabalho deve haver um plano de resgate dos trabalhadores.
5. Condições impeditivas
5.1 Além das condições impeditivas identificadas na Análise de Risco, como estabelece o item
35.4.5.1, alínea ¨j¨ da NR-35, o trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente
em caso de ventos superiores a quarenta quilômetros por hora.
5.2 Pode ser autorizada a execução de trabalho em altura utilizando acesso por cordas em
condições com ventos superiores a quarenta quilômetros por hora e inferiores a quarenta e seis
quilômetros por hora, desde que atendidos os seguintes requisitos:
b) elaborar Análise de Risco complementar com avaliação dos riscos, as causas, as consequências e
as medidas de controle, efetuadas por equipe multidisciplinar coordenada por profissional qualificado
em segurança do trabalho ou, na inexistência deste, pelo responsável pelo cumprimento desta
norma, anexada à justificativa, com as medidas de proteção adicionais aplicáveis, assinada por todos
os participantes;
ANEXO II
SISTEMAS DE ANCORAGEM
1. Campo de aplicação
1.1 Este Anexo se aplica ao sistema de ancoragem, definido como um conjunto de componentes,
integrante de um sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ, que incorpora um ou mais
pontos de ancoragem, aos quais podem ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
contra quedas, diretamente ou por meio de outro componente, e projetado para suportar as forças
aplicáveis.
1.2 Os sistemas de ancoragem tratados neste anexo podem atender às seguintes finalidades:
a) retenção de queda;
b) restrição de movimentação;
c) posicionamento no trabalho;
b) arboricultura;
a) diretamente na estrutura;
b) na ancoragem estrutural;
c) no dispositivo de ancoragem.
2.1.1 A estrutura integrante de um sistema de ancoragem deve ser capaz de resistir à força máxima
aplicável.
b) atender às normas técnicas nacionais ou, na sua inexistência, às normas internacionais aplicáveis.
2.2.1 Os pontos de ancoragem da ancoragem estrutural devem possuir marcação realizada pelo
fabricante ou responsável técnico contendo, no mínimo:
a) identificação do fabricante;
a) ser certificado;
b) ser fabricado em conformidade com as normas técnicas nacionais vigentes sob responsabilidade
do profissional legalmente habilitado;
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 28
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
c) ser projetado por profissional legalmente habilitado, tendo como referência as normas técnicas
nacionais vigentes, como parte integrante de um sistema completo de proteção individual contra
quedas.
3.1.1 A inspeção inicial deve ser realizada após a instalação, alteração ou mudança de local.
3.1.2 A inspeção periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de acordo com o
procedimento operacional, considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de montagem,
respeitando as instruções do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas aplicáveis, com
periodicidade não superior a 12 meses.
3.3 O sistema de ancoragem permanente deve possuir projeto e a instalação deve estar sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.
4. Projetos e especificações
4.1.1 O projeto, quando aplicável, e as especificações técnicas devem conter dimensionamento que
determine os seguintes parâmetros:
5. Procedimentos operacionais
3 ANÁLISE DE RISCOS
3.1.1 Perigo
Perigo é situação de ameaça que pode causar danos (materiais, máquinas, equipamentos e
meio ambiente) e/ou lesões (pessoas).
3.1.2 Risco
Medida da perda econômica e/ou de danos para a vida humana, resultante da combinação
entre a frequência da ocorrência e a magnitude das perdas ou de danos (consequências).
O risco está sempre ligado à factibilidade da ocorrência de um evento não desejado, sendo
função da frequência da ocorrência das hipóteses acidentais e das consequências.
O risco também pode ser definido por meio das seguintes expressões:
Combinação de incerteza e de dano;
Razão entre o perigo e as medidas de segurança;
Combinação entre o evento, a probabilidade e as consequências.
A experiência demonstra que, geralmente, os grandes acidentes são causados por eventos
pouco frequentes, mas que causam danos importantes.
Os riscos à segurança e à saúde dos trabalhadores dependendo do setor elevado, podendo
levar a lesões de grande gravidade e são específicos a cada tipo de atividade.
Catastrófico
Moderado
Desprezível
Crítico
Não Crítico
Geralmente, um estudo de análise de riscos pode ser dividido nas seguintes etapas:
1. Caracterização da empresa.
2. Identificação de perigos.
3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade.
4. Estimativa de frequências.
5. Estimativa de riscos.
6. Avaliação e gerenciamento de riscos.
Preliminar de Risco APP, mostrada a seguir, contém cinco colunas, as quais devem ser preenchidas
conforme a descrição apresentada a seguir.
Atividade/Operação: ______________________________
1ª coluna: Etapa
Esta coluna deve descrever, resumidamente, as diversas etapas da atividade/operação.
2ª coluna: Risco/Perigo
Esta coluna deve conter os riscos/perigos identificados para o módulo de análise em estudo.
De uma forma geral, os riscos/perigos são eventos acidentais, que têm potencial para causar danos
aos trabalhadores, ao público ou ao meio ambiente.
4ª coluna: Efeitos
Os possíveis efeitos danosos de cada risco/perigo identificado devem ser listados nesta
coluna.
5ª coluna: Recomendações/Observações
Esta coluna deve conter as recomendações de medidas mitigadoras de risco propostas pela
equipe de realização da Análise Preliminar de Risco APR/APP ou quaisquer observações pertinentes
ao cenário de acidente em estudo.
• Análise Preliminar de Risco é uma visão do trabalho a ser executado, que permite a
identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa e, ainda, propicia
condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança.
• Por se tratar de uma técnica aplicável a todas as atividades, a técnica de Análise
Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a
responsabilidade solidária.
3
.
2
.
2
.
2
A
u
t
o
r
i
z
a
ç
ã
o
As seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos cenários de
acidentes:
Análise histórica dos acidentes, por meio da pesquisa bibliográfica ou nos bancos de
dados de acidentes;
Análise por árvore de falhas (AAF);
Análise por árvores de eventos (AAE).
Índices de risco;
Risco social;
Risco individual.
Para as atividades com riscos comuns entre eles é elaborado um único procedimento, desde
que não haja alteração, ou ainda, desde que a segurança de uma atividade aumente a segurança de
outra.
A partir desse levantamento é criado o procedimento e a Permissão de Trabalho ou das
atividades.
A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno
de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação nas situações, em que não
ocorram mudanças nas condições estabelecidas ou na equipe de trabalho.
Lembre-se que conforme a NR-35 a Análise de Risco deve considerar, além dos riscos
inerentes ao trabalho em altura:
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;
e) a seleção, a inspeção, a forma de utilização e a limitação de uso dos sistemas de proteção
coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos
fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e de ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos, que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas
regulamentadoras;
i) os riscos adicionais;
j) as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a
reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação;
m) a forma de supervisão.
Toda a condição, que ocasione riscos à saúde e para a vida dos profissionais, não sendo
essas sanadas pelo sistema de proteção individual contra quedas (SPIQ) ou equipamento de
proteção coletivo (EPC) são consideradas condições impeditivas para o serviço. Em alguns casos, os
próprios equipamentos de segurança apresentam irregularidades, surgindo assim uma condição
impeditiva para o serviço.
Os trabalhos em altura ou em suas proximidades devem ser suspensos de imediato na
iminência de ocorrência, que possa colocar os trabalhadores em perigo.
Os trabalhadores devem interromper as tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para a segurança e a saúde ou a de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato ao superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.
Direito de Recusa é um instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma
atividade de trabalho por considerar que esta envolve grave e iminente risco para a segurança e a
saúde desta pessoa e de outras pessoas. Trata-se de uma ratificação do direito de recusa, previsto
no artigo 13 da Convenção 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e promulgada pelo
Decreto nº 1.254 de 29 de setembro de 1994, com indicações de que essa providência de se recusar
a expor a saúde e a integridade física deva resultar em medidas corretivas, indicando a
responsabilidade dos níveis hierárquicos superiores para as providências necessárias. Ressalte-se
que esta atitude está associada à obrigação da comunicação imediata, conforme estabelece a norma
regulamentar.
O profissional deve sempre buscar zelar pela segurança e pela saúde e a de outras pessoas
que possam ser afetadas por ações ou omissões no trabalho.
O responsável pela execução do serviço também deve suspender as atividades, quando
verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não
seja possível.
Condições diretas: são todas as situações que colocam em risco a saúde ou vida do
profissional diretamente. Exemplo: equipamentos, ferramentas e procedimentos inadequados para o
serviço.
Condições indiretas: são as situações que colocam em risco a saúde ou a vida do profissional
indiretamente. Exemplo: condições climáticas, iluminação e perigo de desmoronamento.
A NR-35 estabelece que todo o trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma
será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade.
Milhares podem ser as causas de um simples acidente, entretanto todas estas podem ser
agrupadas em duas categorias.
A. Condição Insegura
B. Ato Inseguro
Os atos inseguros são caracterizados pela maneira como as pessoas se expõem, consciente
ou inconscientemente, a riscos de acidentes. São esses os atos responsáveis por muitos dos
acidentes de trabalho e que estão presentes, na maioria dos casos, em que há alguém ferido.
Uma "condição insegura", normalmente, é o resultado do "ato inseguro" de alguém ao longo do
desencadeamento do acidente.
Consideram-se como medidas de prevenção e controle aquelas que devem ser adotadas com
intuito de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.
Segundo Lisbôa (2016), as quedas com diferença de nível têm sido uma das principais causas
de acidentes de trabalho graves e fatais do mundo e, no Brasil, é a principal causa de mortes na
indústria. De acordo com Leme (2016), os acidentes de trabalho provocados por quedas em altura na
Indústria da Construção estão relacionados, principalmente, à ausência de proteções coletivas e
procedimentos, que visem a eliminação do perigo e até a capacitação e treinamento dos
trabalhadores envolvidos na atividade.” Robinson (2016) complementa que “é comum observarmos
trabalhadores com capacitações inadequadas para o desenvolvimento de atividades com o risco de
queda em altura ou mesmo trabalhadores bem treinados, porém com recursos insuficientes para a
realização desses serviços”.
As medidas de prevenção e controle de acidentes no trabalho em altura são eliminar, prevenir
e proteger.
6.1 Eliminar
Sempre que não for possível evitar o trabalho em altura, é obrigatória a utilização de sistema
de proteção contra quedas (SPQ), de acordo com a tarefa a ser executada, considerando a análise
de risco, levando em conta as características do trabalho e do trabalhador, em atender as normas
técnicas, sendo sempre selecionado por profissional qualificado em segurança no trabalho.
6.2 Prevenir
Prevenir é uma forma de dispor com antecipação de algo, de modo que se evite mal ou dano,
bem como se visa impedir certa situação.
Quando não se pode eliminar o risco, medidas a serem tomadas devem tentar reduzir o risco
de queda, adotando medidas de proteção coletiva, tais como: o uso de andaimes, de plataformas de
elevação (elevadores), de instalações de corrimões, de redes de proteção e outros aspectos que
possam ser vistos como preventivos em situações apresentadas.
A utilização do Sistema de Proteção Coletiva Contra Quedas (SPCQ) é a melhor forma de
prevenir qualquer tipo de acidente em queda de altura.
No próximo módulo são apresentados, de forma específica, o Sistema de Proteção Coletiva
Contra Quedas (SPCQ).
6.3 Proteger
O sistema de proteção coletiva contra quedas SPCQ é um sistema de meio, fixo ou móvel de
abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários
e terceiros. Este sistema é utilizado para proteção de segurança, enquanto um grupo de pessoas
realiza determinada tarefa ou atividade em altura.
Essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a atividade
principal, que será executada e que gerou o risco, como também à proteção de outros funcionários
que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo percurso pode
levá-los à exposição ao risco existente.
Podem ser citados alguns exemplos, como: corrimão, guarda-corpo, linha de vida, fitas de
sinalização e antiderrapante, rede de proteção, isolamento da área de risco, sinalização de
segurança, entre outros.
Placas, luzes, alarmes, sirenes... Uma simples sinalização pode salvar vidas. Esta
sinalização não elimina riscos, porém identifica o perigo antes deste aparecer. No entanto, para
funcionar, os trabalhadores devem ficar atentos.
Os locais de trabalho mudam o tempo todo e as ameaças também.
É preciso de sinalização e de indicações de saída, em setas ou palavras escritas, avisos ou
cartazes em todo o ambiente de trabalho. O importante é manter a comunicação com os funcionários
e alertar quanto aos riscos: de quedas, de contato acidental com as partes móveis das máquinas e
de passagem, quando o pé direito for baixo.
As sinalizações devem ser mantidas em perfeito estado de conservação para não
confundirem o trabalhador, assim, devem ser substituídas as placas estragadas ou com cores
desbotadas, bem como se deve retirar a sinalização que já não serve mais.
As cores estimulam a percepção humana, mas devem ser usadas o mínimo possível para
evitar distração, confusão ou cansaço na visão, de forma que algumas cores são importantes.
Alguns materiais básicos devem estar disponíveis no ambiente de trabalho no caso de ser
necessário produzir alguma sinalização de última hora: madeira, vinil, PVC, fitas e correntes
plásticas, etiquetas. Cartazes e folhetos nos cavaletes e bandeirolas, além de coletes e tiras
reflexivas, que também podem ser muito úteis.
Este item possui uma Recomendação Técnica de Procedimentos, a RTP-04, a qual tem por
finalidade especificar e fornecer disposições relativas a escadas, rampas e passarelas na indústria
da construção civil, porém pode ser utilizado para outras funcionalidades dos instrumentos.
A madeira a ser usada para construção de escadas, de rampas e de passarelas deve ser de
boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a resistência, devendo estar
seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.
As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais
devem ser de construção sólida, dotadas de corrimão e de rodapé.
A transposição de pisos com diferença de nível superior a 0,40m (quarenta centímetros) deve
ser feita por meio de escadas ou rampas.
É obrigatória a instalação de rampa ou de escada provisória de uso coletivo para transposição
de níveis como meio de circulação de trabalhadores.
7.3.1 Escadas
A escada de abrir deve ser rígida, estável e provida de dispositivos que a mantenham com
abertura constante, devendo ter comprimento máximo de 6 m (seis metros), quando fechada.
A escada extensível deve ser dotada de dispositivo limitador de curso, colocado no quarto vão
a contar da catraca. Caso não haja o limitador de curso, quando estendida, deve permitir uma
sobreposição de, no mínimo, 1 m (um metro).
A escada fixa, tipo marinheiro, com 6 m (seis metros) ou mais de altura, deve ser provido de
gaiola protetora a partir de 2 m (dois metros) acima da base até 1m (um metro) acima da última
superfície de trabalho.
Para cada lance de 9 m (nove metros) deve existir um patamar intermediário de descanso,
protegido por guarda-corpo e rodapé.
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 55
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento, que não permita
deslocamento ou desencaixe.
Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, deve-se observar que:
A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca, sem apresentar nós
e rachaduras que comprometam a resistência desta, sendo proibido o uso de pintura, que encubra
imperfeições.
É proibida a utilização de aparas de madeira na confecção de andaimes.
Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em
todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho.
É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular a ação deste.
É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escadas ou outros meios para
atingir lugares mais altos.
O acesso aos andaimes deve ser feito de maneira segura.
O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito, de maneira segura, por escada incorporada à
estrutura, que pode ser:
O acesso pode ser, ainda, por meio de portão ou outro sistema de proteção com abertura para
o interior do andaime e com dispositivo contra abertura acidental.
Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base sólida e nivelados,
sendo capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas transmitidas.
É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam altura superior a 2 m
(dois metros) e largura inferior a 0,90m (noventa centímetros).
É proibido o trabalho em andaimes na periferia da edificação, sem que haja proteção
tecnicamente adequada, fixada a estrutura da mesma.
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 58
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos.
Os andaimes, cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro de altura devem
possuir escadas ou rampas.
O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser escolhido, de modo a
não comprometer a estabilidade e a segurança do andaime.
Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de até três pavimentos ou
altura equivalente e devem ser projetados por profissional legalmente habilitado.
O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou instalação, por meio de
amarração e entroncamento, de modo a resistir aos esforços a que estará sujeito.
As torres de andaimes não podem exceder, em altura, quatro vezes a menor dimensão da
base de apoio, quando não estaiadas.
A tela prevista deve ser completa e ser instalada desde a primeira plataforma de trabalho até
dois metros acima da última.
Os rodízios dos andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar deslocamentos
acidentais.
Os andaimes tubulares móveis podem ser utilizados somente sobre superfície plana, que
resista a esforços e permita a segura movimentação destes por meio de rodízios.
A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou
outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço
solicitante.
A sustentação dos andaimes suspensos somente pode ser apoiada ou fixada em elemento
estrutural.
Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral da edificação, essa
deve ser precedida de estudos de verificação estrutural sob responsabilidade de profissional
legalmente habilitado.
É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia,
pedras ou qualquer outro meio similar.
Na utilização do sistema de contrapeso como forma de fixação da estrutura de sustentação dos
andaimes suspensos, este deve atender as seguintes especificações mínimas:
É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos andaimes
suspensos.
Os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal.
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 62
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa do estrado restem pelo menos seis voltas
sobre cada tambor;
b) passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom estado de
limpeza e conservação.
A largura mínima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos deve ser de sessenta
e cinco centímetros.
A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado um
guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.
Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento máximo de 8 m (oito
metros).
Quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação é obrigatório o uso de um
cabo de segurança adicional de aço, ligado a dispositivo de bloqueio mecânico automático,
observando-se a sobrecarga indicada pelo fabricante do equipamento.
O conjunto motor deve ser equipado com dispositivo mecânico de emergência, que acionará
automaticamente em caso de pane elétrica, de forma a manter a plataforma de trabalho parada em
altura e, quando acionado, permitir a descida segura até o ponto de apoio inferior.
Os andaimes motorizados devem ser dotados de dispositivos que impeçam a movimentação
destes, quando a inclinação for superior a 15º (quinze graus), devendo estes permanecer nivelados
no ponto de trabalho.
O equipamento deve ser desligado e protegido, quando fora de serviço.
A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos, quando utilizado um
guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.
É proibido o uso de cordas, cabos, correntes ou qualquer outro material flexível em substituição
ao guarda-corpo.
A Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - deve possuir proteção contra choques elétricos, por
meio de:
7.5.2 Operação
Antes do uso diário ou no início de cada turno devem ser realizados a inspeção visual e o teste
funcional na Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA, verificando-se o perfeito ajuste e o funcionamento
dos seguintes itens:
A área de operação da Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - deve ser delimitada e sinalizada,
de forma a impedir a circulação de trabalhadores.
A Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - não deve ser operada, quando posicionada sobre
caminhões, trailers, carros, veículos flutuantes, estradas de ferro, andaimes ou outros veículos, vias
e equipamentos similares, a menos que tenha sido projetada para este fim.
Todas as situações de mau funcionamento, bem como os problemas identificados devem ser
corrigidos antes de se colocar o equipamento em funcionamento, devendo o fato ser analisado e
registrado em documento específico, de acordo com o item 18.22.11 da NR-18.
Durante o uso da Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA, o operador deve verificar a área de
operação do equipamento, a fim de certificar-se de que:
Quando fora de serviço, a Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - deve permanecer recolhida
em sua base, desligada e protegida contra acionamento não autorizado.
As baterias devem ser recarregadas em área ventilada, em que não haja risco de fogo ou
explosão.
7.5.3 Manutenção
a) verificação de:
a1. funções e controles de velocidade, descanso e limites de funcionamento;
a2. controles inferiores e superiores;
a3. rede e mecanismos de cabos;
a4. dispositivos de segurança e emergência;
a5. placas, sinais de aviso e controles;
7.5.4 Capacitação
O operador deve ser capacitado de acordo com o item 18.22.1 da NR-18 e ser treinado no
modelo de Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - a ser utilizado, ou em um similar, no seu próprio
local de trabalho.
A capacitação deve contemplar o conteúdo programático estabelecido pelo fabricante
abordando, no mínimo, os princípios básicos de segurança, inspeção e operação, de forma
compatível com o equipamento a ser utilizado e com o ambiente esperado.
A comprovação da capacitação deve ser feita por meio de certificado.
Cabe ao usuário:
O usuário deve impedir a operação da Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - por trabalhador
não capacitado.
Estes conceitos não se aplicam às Plataformas de Trabalho Aéreo – PTA - para serviços em
instalações elétricas energizadas.
É vedado:
a) o uso de pranchas, escadas e outros dispositivos que visem atingir maior altura ou
distância sobre a Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA;
b) a utilização da Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - como guindaste;
c) a realização de qualquer trabalho sob condições climáticas, que exponha os
trabalhadores a riscos;
d) a operação de equipamento em situações que contrariem as especificações do
fabricante quanto à velocidade do ar, a inclinação da plataforma em relação ao solo e
proximidade a redes de energia elétrica;
e) o uso da Plataforma de Trabalho Aéreo – PTA - para o transporte de trabalhadores e
materiais não relacionados aos serviços em execução.
Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por
profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores.
É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de
ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo paraquedista.
O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da
edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável
ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes.
Nos locais sob as áreas, em que se desenvolvam trabalhos em telhados e ou coberturas, é
obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento da área capazes de evitar a
ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, de ferramentas e ou de equipamentos.
É proibida a realização de trabalho ou de atividades em telhados ou coberturas sobre fornos ou
qualquer equipamento do qual possa haver emanação de gases, provenientes ou não de processos
industriais.
Havendo equipamento com emanação de gases, o mesmo deve ser desligado, antes da
realização de serviços ou de atividades em telhados ou coberturas.
a) ser construída com altura de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) para o travessão
superior e 0,70 m (setenta centímetros) para o travessão intermediário;
b) ter rodapé com altura de 0,20 m (vinte centímetros);
c) ter os vãos, entre as travessas, preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o
fechamento seguro da abertura.
A plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere, sendo
retirada somente quando o revestimento externo do prédio, acima dessa plataforma, estiver
concluído.
Essas plataformas devem ter, no mínimo, 1,40m (um metro e quarenta centímetros) de balanço
e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e
cinco graus), a partir da extremidade.
Cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere, sendo
retirada somente, quando a vedação da periferia até a plataforma, imediatamente superior, estiver
concluída.
Na construção de edifícios com pavimentos no subsolo devem ser instaladas, ainda,
plataformas terciárias de proteção, de 2 (duas) em 2 (duas) lajes, contadas em direção ao subsolo e
a partir da laje referente à instalação da plataforma principal de proteção.
Essas plataformas devem ter, no mínimo, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de projeção
horizontal da face externa da construção e um complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de
extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir da extremidade, não esquecendo
que cada plataforma deve ser instalada logo após a concretagem da laje a que se refere, sendo
retirada somente quando a vedação da periferia até a plataforma, imediatamente superior, estiver
concluída.
Redes de Segurança foram incluídas pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006.
Como medida alternativa, ao uso de plataformas secundárias de proteção, pode ser instalado
um Sistema Limitador de Quedas de Altura, com a utilização de redes de segurança.
O Sistema Limitador de Quedas de Altura deve ser composto, no mínimo, pelos seguintes
elementos:
a) rede de segurança;
b) cordas de sustentação ou de amarração e perimétrica da rede;
c) conjunto de sustentação, fixação e ancoragem e acessórios de rede, compostos de:
I. Elemento forca;
II. Grampos de fixação do elemento tipo forca;
III. Ganchos de ancoragem da rede na parte inferior.
O Sistema de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ) é o sistema adotado pelo usuário,
quando o sistema de proteção coletiva contra quedas não for o suficiente para proteger o trabalhador
ou para atender as situações de emergência.
Um sistema de proteção contra quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e
equipamento de proteção individual (EPI), como: o cinto paraquedista, que garante a proteção
efetiva.
A ancoragem é o ponto no qual o sistema será fixado e pode ser constituída de um ponto ou
de uma linha de vida fixa a este ponto. Com o talabarte ou o trava quedas, o elemento de ligação
executa a união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador
de forma ergonômica e possui ponto para a conexão ao sistema.
O Sistema de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ) pode ser de restrição de
movimentação, de retenção de queda, de posicionamento no trabalho ou de acesso por cordas.
A NR-35 constitui o Sistema de Proteção Individual Contra Quedas (SPIQ) com os seguintes
elementos:
Sistema de Ancoragem
Elementos de Ligação
Equipamentos de Proteção individual
Cabe às empresas:
II. Instruir o empregado, por meio de ordens de serviço, quanto às precauções a serem
tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.
II. Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste capítulo (V).
Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
A observância das instruções expedidas pelo empregador;
Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.
Esta parte foi dividida em duas, sendo a primeira, referente às ancoragens tipo A1 e a
segunda, referente as ancoragens tipo A2.
O primeiro tipo se refere aos dispositivos de ancoragem projetados para serem fixados a uma
estrutura, por meio de uma ancoragem estrutural ou de um elemento de fixação.
No entanto, como funciona isso?
Um dispositivo de ancoragem é projetado para ser fixado à outra ancoragem?
- Sim! Esta norma não cobre as ancoragens estruturais, ou seja, como no exemplo abaixo,
quando se fixa uma barra roscada por meio de uma resina química em uma base de concreto, esta
barra roscada passa a ser uma ancoragem estrutural.
Já o olhal de ancoragem, que irá se fixar a esta barra roscada, este sim deve seguir os
parâmetros contidos na NBR-16325, tipo A1.
Além disso, têm-se os dispositivos de ancoragem Tipo A2, que são aqueles dispositivos
desenvolvidos para serem instalados em telhados inclinados. Estes mantêm as características das
ancoragens Tipo A, sendo fixados, normalmente, a estruturas da cobertura.
Dispositivo de ancoragem por meio de uma linha flexível, podendo ser em cabo metálico ou
de fibra sintética situada entre a ancoragem estrutural de extremidade. Quando o comprimento da
linha de vida for maior que 15 metros, obrigatoriamente, deverá ser usada a ancoragem intermediária
para diminuir a tensão e flecha do cabo de aço em uma possível queda. O objetivo deste dispositivo
é garantir a segurança do usuário nos trabalhos em altura com grande liberdade de circulação
(praticidade x segurança). Este sistema é fixado à estrutura, não sendo retirado após o uso.
Este tipo de dispositivo também se refere aos dispositivos de ancoragem utilizados em linhas
de vida horizontais, que não desviem deste plano em mais de 15°, quando medidos entre as
ancoragens de extremidade e/ou intermediárias em qualquer ponto de extensão.
Estas ainda podem ser classificadas em linhas de vida temporárias e linhas de vida
permanentes. As consideradas linhas permanentes como já se subentende não são instaladas com o
objetivo de serem removidas. Já as temporárias, estas sim têm o objetivo de serem transportadas e
instaladas diversas vezes e utilizadas por curtos períodos de tempo. Apesar desta similaridade com
Este tipo de linha de ancoragem é uma linha rígida, feita com trilho de metal (aço ou
alumínio), pelo qual desliza um carro de translação, conhecido como trole. O equipamento de
proteção individual (EPI) deve ser conectado ao trole por meio de um ponto de ancoragem. A linha
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 88
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
de vida deve dispor de ancoragem estrutural de extremidade e intermediários. A diferença entre este
e o tipo "C" é que no C a linha é feito com um cabo ou corda, sendo que o D é realizado por uma
viga/trilho de metal
Estes dispositivos são constituídos de uma linha de ancoragem rígida como, por exemplo, um
trilho, em que um ponto de ancoragem móvel, muitas vezes deslizante, se desloca em uma trajetória
ao longo da linha rígida. Esta linha, não pode ter uma inclinação de mais de 15°, quando medida
entre uma ancoragem de extremidade e uma intermediária em qualquer ponto de trajetória.
8.3.1 Talabarte
8.3.2 Trava-Quedas
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
Para atender situações de emergência.
Os diversos tipos de capacetes são feitos para proteção da cabeça do usuário contra
impactos provenientes de queda ou projeção de objetos.
Em muitos trabalhos realizados na indústria, a proteção à cabeça é essencial. Algo que os
profissionais não podem negligenciar. Uma colisão na cabeça pode resultar em sérios problemas
físicos e, consequentemente, sociais para o indivíduo, podendo até ocasionar a morte dependendo
da gravidade da colisão.
1 – Capacete
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete para proteção contra choques elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
2 - Capuz ou balaclava
a) capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica;
b) capuz para proteção do crânio, face e pescoço contra agentes químicos;
c) capuz para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes;
d) capuz para proteção da cabeça e pescoço contra umidade proveniente de operações com
uso de água.
Para evitar que o rosto seja machucado ou mesmo que as substâncias cheguem até os olhos
podendo até cegar o trabalhador, o ideal é utilizar equipamentos corretos de segurança para essas
regiões. Assim, abaixo são elencados quais são estes equipamentos e como se pode utilizá-los para
se proteger.
1 - Óculos
a) óculos para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) óculos para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) óculos para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) óculos para proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes.
2 - Protetor facial
a) protetor facial para proteção da face contra impactos de partículas volantes;
b) protetor facial para proteção da face contra radiação infravermelha;
c) protetor facial para proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
d) protetor facial para proteção da face contra riscos de origem térmica;
e) protetor facial para proteção da face contra radiação ultravioleta.
3 - Máscara de Solda
a) máscara de solda para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes,
radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.
A audição é um dos sentidos humanos mais atacados, na maioria das vezes, no ambiente de
trabalho, sendo o ruído considerado o principal inimigo.
O cuidado e o uso de protetores auriculares no trabalho são indispensáveis para a
manutenção da saúde auditiva em ambientes ruidosos.
Para a definição do tipo de protetores auditivos é preciso levar em consideração os seguintes
aspectos:
O tempo médio diário de exposição ao ruído que sofre o trabalhador, não apenas ao
ruído gerado por determinado equipamento ou ao ruído existente em uma área
específica;
A capacidade auditiva do trabalhador. Aquele portador de alguma deficiência auditiva
deve ser fornecido por um tipo especial ou um abafador com menor nível de
atenuação;
A necessidade de comunicação de um trabalhador, em sua atividade, como por
exemplo, entender o que fala uma pessoa ou perceber um sinal de advertência;
A compatibilidade do abafador com outros equipamentos de proteção individual (EPI).
Os níveis de temperatura e umidade. Os plugs de inserção são mais cômodos que os
abafadores tipo concha para uso em ambientes quentes e úmidos.
Qualquer limitação ocasionada pelas características ou atividades físicas que realiza o
trabalhador.
1 - Protetor auditivo
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2;
c) protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão
sonora superiores ao estabelecido na NR-15, Anexos n.º 1 e 2.
vapores orgânicos e gases maléficos para a respiração humana do oxigênio respirado pelos
pulmões, destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeira.
Respiradores vêm, em uma ampla gama de tipos e tamanhos, e muitos respiradores podem
ser mais baratos, descartáveis ou reutilizáveis com cartuchos substituíveis ou mais sofisticados, em
que se inclui oxigênio próprio para o consumo, sem ter que retirá-lo do ambiente, porém para a
utilização dos mesmos eles devem ser usados somente com certificado de aprovação emitido pelo
Ministério do Trabalho e Emprego. Qualquer modificação, mesmo que pequena pode afetar de modo
significativo o desempenho do respirador e invalidar a aprovação.
A utilização de equipamento de proteção individual (EPI) para proteção respiratória apenas
deve ser aplicada, quando as medidas de proteção coletiva não existem e não podem ser
implantadas ou são insuficientes.
Porém, tal equipamento deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais
que apresentem tal necessidade, em atendimento a Instrução Normativa nº1 de 11/04/1994 –
(Programa de Proteção Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores) Anexo 03.
e) de demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinada com cilindro auxiliar
para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual
que 12,5%, ou seja, em atmosferas consideradas como Imediatamente Perigosas à Vida e à Saúde
(IPVS).
1 - Vestimentas
a) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
b) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
c) vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
d) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
e) vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem meteorológica;
f) vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
2 - Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes, que trabalhem portando arma
de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica.
Algumas máquinas exigem que os funcionários corram riscos ao aproximar mãos e braços
próximos à entrada de partes do equipamento que podem ferir. O mesmo ocorre para o contato com
peças muito quentes ou que possam causar choques. Para isso, são utilizados alguns equipamentos
de segurança como é o caso de proteção para as mãos, para os braços e antebraços.
Para a proteção dos membros superiores, podem ser destacados os seguintes equipamentos:
1 - Luvas
a) luvas para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) luvas para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;
c) luvas para proteção das mãos contra choques elétricos;
d) luvas para proteção das mãos contra agentes térmicos;
e) luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos;
f) luvas para proteção das mãos contra agentes químicos;
g) luvas para proteção das mãos contra vibrações;
h) luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água;
i) luvas para proteção das mãos contra radiações ionizantes.
2 - Creme protetor
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos.
3 - Manga
a) manga para proteção do braço e do antebraço contra choques elétricos;
b) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes;
c) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes;
d) manga para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações
com uso de água;
e) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos;
f) manga para proteção do braço e do antebraço contra agentes químicos.
4 - Braçadeira
a) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes cortantes;
b) braçadeira para proteção do antebraço contra agentes escoriantes.
5 - Dedeira
a) dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes.
1 - Calçado
a) calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
b) calçado para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica;
c) calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos;
d) calçado para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes;
e) calçado para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes;
f) calçado para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso
de água;
g) calçado para proteção dos pés e pernas contra agentes químicos.
2 - Meia
a) meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
3 - Perneira
a) perneira para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) perneira para proteção da perna contra agentes térmicos;
c) perneira para proteção da perna contra agentes químicos;
d) perneira para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes;
e) perneira para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
4 - Calça
a) calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes;
b) calça para proteção das pernas contra agentes químicos;
c) calça para proteção das pernas contra agentes térmicos;
d) calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de
água.
O equipamento de proteção individual (EPI) que se aplica para o corpo inteiro é utilizado para
proteção do corpo contra chuva, umidade e produto químico, sendo importante observar alguns
cuidados com este tipo de equipamento.
Higienização
• Lavar, sacudir e passar pano limpo e seco nas partes molhadas;
• Quando sujo de barro, deve-se limpar com pano umedecido com água e detergente neutro;
• Quando sujo de graxa, importante limpar com pano umedecido com álcool.
Conservação
• Acondicionar em sacos plásticos fechados, a fim de evitar que sejam danificados;
• Acondicionar em local protegido da umidade, ação direta de raios solares, produtos
químicos, solventes, vapores e fumos.
1 - Macacão
a) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
térmicos;
b) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes
químicos;
c) macacão para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade
proveniente de operações com uso de água.
estável e segura, sendo tido como suporte primário e, caso este suporte primário venha a falhar, o
sistema em paralelo de retenção de queda será requisitado.
Sistema de acesso por corda: É o sistema mais exigente e quem atua na área deve cumprir
uma longa formação, que fornece amplo suporte para atuação nas mais diferentes situações. Um
profissional de acesso por corda pode atuar, com segurança, dentro dos demais sistemas, já um
trabalhador capacitado apenas na utilização de sistemas de retenção de queda não deve realizar
técnicas de acesso por corda sem a formação adequada. Este sistema também é chamado de
técnica de acesso por corda.
Os descensores ou aparelhos de frenagem são aparelhos, que utilizam o atrito com a corda,
para controlarem a velocidade de deslocamento vertical, dentre os quais se podem citar:
Freio Oito
Este tipo de aparelho é antigo e versátil, sendo mais versátil, porque pode ser usado
basicamente de duas maneiras diferentes, mas em casos mais extremos, até de cinco maneiras
diferentes. Cada maneira gera uma força de atrito diferente na corda e, assim, reforçando ou
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 102
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
facilitando o processo de segurança. Existem modelos com formatos diferentes e modelos com um
"apêndice" que impede que o profissional se queime e perca o aparelho.
Pode ser confeccionado em aço, alumínio ou duralumínio, além de possuir uma variedade
muito grande de formatos e cores. Os mais usuais são o convencional e o de salvamento (com
orelhas). Comparando-se os dois é possível verificar que o oito com orelhas tem melhor dissipação
de calor, e as orelhas não permitem a formação do nó “boca de lobo”, muito temido durante um rapel.
Alguns modelos de oito com orelhas têm um orifício (ou olhal) central que permite que uma vítima
seja conectada ao equipamento com segurança.
O freio oito apresenta-se em formas variadas, que se baseiam no mesmo princípio de freio,
por meio do contato entre a corda e o corpo do descensor. Apesar de ser relativamente barato e
permitir o uso do cabo duplo, ele não funciona bem para cargas muito pesadas, fato que em casos
de salvamento obriga os socorristas a utilizarem formas alternativas de freio, como no rapel com
vítimas, por exemplo, em que se utiliza um mosquetão como redução de força, ou por meio da
confecção de várias voltas no oito para aumentar o atrito. Outro empecilho na utilização do freio oito
é que ele “torce” a corda após passar por ela, formando cocas ao longo da corda, se ela estiver
apoiada no chão.
descensor. No entanto, é necessário que o profissional tenha controle de tempo de utilização. Por
isso, se orienta a substituição após 05 (cinco) anos de uso constante ou, quando verificado o
desgaste excessivo em suas paredes.
Por ter várias desvantagens, há uma tendência em outros países de que seja
progressivamente abandonado. No entanto, no Brasil é intensamente utilizado. No meio esportivo
indica-se que o freio oito seja utilizado para descidas não superiores a 25 metros em função das
torções na corda, muito embora, sabe-se que as equipes de salvamento realizam rapel, com o freio
oito, em altura muito superior, justamente pela falta de cultura de utilização de equipamentos
alternativos.
ATENÇÃO: O Freio Oito só deve ser utilizado por pessoas com experiência na prática de
trabalhos verticais. O uso incorreto desse equipamento pode levar a acidentes graves e até fatais.
Descensor Autoblocante
O Stop é um descensor autoblocante mais complexo que o freio Oito, tendo sido concebido,
originalmente, para atividades de espeleologia (cavernas). O STOP possui características mais
simples que o ID, uma vez conectado ao cinto de segurança, não necessita mais removê-lo para a
inserção da corda, basta abrir a placa oscilante e inseri-la de acordo com o diagrama gravado na
própria placa e fechá-la novamente.
A liberação para descida é feita acionando-se uma alavanca, com a mão esquerda e,
gradualmente, liberando a corda com a mão direita. Para parar, basta soltar a alavanca.
É importante salientar que nem sempre a parada do Stop é completa, podendo haver um
ligeiro deslizamento, em função de algumas variantes, como: o diâmetro da corda, o estado da corda
ou grau de desgaste do próprio Stop.
Este ligeiro deslizamento não é um defeito, é apenas uma característica do Stop. Para uma
parada completa, basta uma laçada adicional da corda.
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 104
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Descensor Autoblocante ID
Para uma utilização confortável do ID, durante uma descida, deve-se acionar simplesmente a
alavanca e o ajuste da velocidade de descida se faz apertando, mais ou menos, a ponta livre da
corda com a mão.
O modelo D20L é indicado para cordas entre 11,5 e 13 milímetros.
Descensor Rack
Também conhecido como “freio de barras” é um descensor linear metálico com duas longas
barras transversais e com quatro ou cinco barretes móveis em alumínio maciço ou aço inox, em que
o atrito com a corda é feito por meio dos diversos “degraus da escadinha” do rack. Muito utilizado
para atividades de espeleologia e em grandes abismos. Vários são os fabricantes e modelos.
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 105
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
A principal vantagem deste tipo de descensor é de não torcer a corda, não necessitar ser
desclipado da ancoragem para a passagem da corda, dissipando melhor o calor e permitindo a
graduação do atrito da corda ao freio durante a utilização (à medida que são aumentados ou
diminuídos os barretes), ou seja, suas barras podem ser removidas ou adicionadas mesmo em plena
utilização, a fim de aumentar ou diminuir o atrito.
A desvantagem é a de não liberar as mãos do operador para outras tarefas durante o
salvamento, além de possuir um custo elevado. No entanto, trata-se de um equipamento moderno
que é indicado para descidas acima de cem metros de altura. Indica-se a utilização deste tipo de
equipamento para cordas entre 9 e 13 milímetros.
Descensor Grigri
Este tipo de descensor é utilizado, basicamente, na área esportiva, que automaticamente freia
uma queda, por meio de um sistema de alavancas, em seu interior. O aparelho é clipado à cadeirinha
por meio do mosquetão e a corda é passada por dentro do aparelho, se a pessoa quiser descer
basta pressionar a alavanca do grigri, se esta for solta, a alavanca do dispositivo automaticamente
trava o sistema e a pessoa não desce, é muito interessante para o caso de se querer parar na
descida para tirar fotos ou curtir o visual. A utilização deste descensor é exclusiva para cordas de
diâmetro entre 10 a 11 milímetros.
Este tipo de descensor é multiuso e bastante utilizado também na área esportiva, que serve
para rapel e segurança em escaladas. Este descensor exige cordas dinâmicas entre 10 e 11
milímetros. Os tipos mais conhecidos são o ATC original, conhecido como ATC, o ATC XP que
possui um desenho diferente, com “dentes” que aumentam o poder de frenagem e o ATC GUIDE
que, além dos dentes, possui um anel metálico usado para fazer ancoragens nas paradas.
Este sistema é ideal para descidas de até cinquenta metros de altura. Trabalha como as
placas e como os tubos Lowe, quando uma laçada da corda é enfiada pelo equipamento e clipada ao
mosquetão, sendo a segurança dada pela quantidade de atrito com a corda, que é criada por esse
sistema. Custa um pouco mais que o oito, mas tem a vantagem de diminuir a torção da corda,
podendo prolongar a vida útil desta.
Para fazer o transpasse do ATC, em primeiro lugar, deve-se dobrar a corda e fazer uma ponta
dupla de aproximadamente 20 cm. Em seguida, deve-se passar a ponta dupla por um dos olhos do
ATC, prender a alça do ATC juntamente com a alça da corda do mosquetão e, por último, trava-se o
mosquetão.
Este descensor placa Stitch é outro mecanismo de frenagem utilizado na área esportiva para
cordas dinâmicas com diâmetro entre 8 e 11 milímetros. Possui uma ou duas aberturas pelas quais a
laçada da corda é passada, e esta fica presa ao mosquetão. Pode possuir uma mola, que tem a
função de manter a placa a certa distância do mosquetão. Pode ser usado no rapel, mas o seu uso
inicial foi para dar segurança nas escaladas.
Atenção: é importante salientar que os profissionais devem estar atentos e prontos para as
mudanças nas técnicas e equipamentos que são cada vez mais seguros e práticos.
Vale salientar que antes de qualquer utilização dos equipamentos, é importante ler o manual
ou adquirir informações junto ao fabricante para a utilização correta e segura dos equipamentos.
b) sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a
sustentação for por meio de cabo de fibra sintética;
c) requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 – Ergonomia;
d) sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.
Em atividades com risco de queda e altura superior a 2 m, deve ser usado cinturão tipo
paraquedista (NR 18.23.3), com ligação obrigatoriamente frontal ou dorsal.
Este tipo de equipamento é destinado à proteção contra queda de pessoas, vale salientar
novamente que é obrigatória a utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura.
Para esse tipo de cinturão podem ser utilizadas trava-quedas instaladas em cabos de aço ou
flexível, fixados em estruturas a serem escaladas.
Geralmente, os cinturões possuem tamanho único, com cinco ajustes das fitas
primárias e fita secundária para fechamento peitoral. Oferece total conforto, inclusive no
agachamento, sem o necessário reajuste dos cinturões com apenas duas fivelas. Pode ser
usado com talabarte simples em poliéster (ligação frontal ou dorsal) ou talabarte Y em
poliéster. Há alguns modelos que possui argolas nos ombros para trabalho e/ou resgate em
espaço confinado com o Suporte de Ombros.
2. Retorne a ponta da fita passando pela peça maior e faça o ajuste necessário.
3. Puxe a ponta da fita até a união das duas peças, completando o travamento da fivela.
Todas as fitas de nylon estejam perfeitas, sem cortes, furos, rupturas, partes queimadas,
desfiamentos, mesmo que parciais.
OBS: o cinturão deve ser aposentado, quando houver constatação de qualquer problema na
inspeção.
O cinturão de segurança deve ser usado por um único trabalhador que é responsável pelos
seguintes cuidados:
Armazená-lo: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor,
produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-lo: com sabão neutro, água com temperatura até 30° e escova de cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
9.2 Talabartes
Existem vários tipos e modelos de talabarte, mas de modo geral são divididos em dois:
Talabarte simples e Talabarte Y.
Ajustes do talabarte
Uso do gancho
Uso do mosquetão
DEVE-SE levar em consideração o espaço livre mínimo necessário (espaço livre= D, veja
figura) abaixo do usuário para prevenir colisão com estrutura ou o chão. Recomendações específicas
serão dadas com o subsistema. Espaço livre abaixo dos pés do usuário deve ser seguido, conforme
indicado na etiqueta do produto.
Perigos químicos, calor e corrosão podem danificar o talabarte. Inspeções mais frequentes
são requisitadas nesses ambientes. Não utilize o talabarte em ambientes com temperaturas abaixo
de -40°C e acima de 50°C. Tenha cuidado, quando trabalhar próximo de riscos elétricos, maquinário
móvel e superfícies abrasivas.
O usuário deve ter um plano de resgate e os meios necessários para o implementar. Esse
plano deve levar em consideração o equipamento e o treinamento especial necessário para realizar o
resgate imediato sob todas as condições previstas, conforme as normas vigentes.
É recomendado designar o talabarte a um único usuário para possibilitar o rastreamento do
seu uso. Estas instruções e o cartão de registro devem ser emitidos e mantidos com cada talabarte.
Todos os componentes conectados ao talabarte DEVEM ser compatíveis. Utilize APENAS
componentes aprovados. As instruções e advertências dos componentes utilizados com o talabarte
DEVEM ser seguidas.
Os talabartes duplos com absorvedor de energia permitem conexão contínua, enquanto o
usuário se movimenta de um local para outro.
9.2.1 Advertências
O cinturão paraquedista é o único acessório de proteção contra quedas que pode ser usado
em um sistema de retenção de queda. Um sistema de detenção de queda SOMENTE DEVE ser
conectado ao ponto dorsal em anel "D” traseiro ou ao anel “D” frontal se tiver a etiqueta anexa “A” de
detenção de queda. Estes pontos também podem ser utilizados para conectar um sistema de
resgate.
Nunca utilize os anéis “D” laterais para proteção contra quedas ou proteção de escalada. O
anel “D” das laterais de um cinto SOMENTE DEVE ser usado para conectar um sistema de
posicionamento de trabalho e NUNCA para conectar um sistema de proteção contra quedas ou
proteção de escalada. Sempre utilize os dois anéis “D” laterais juntos para aplicações de
posicionamento de trabalho. Ajuste o talabarte de posicionamento de trabalho para que o ponto de
ancoragem seja mantido na altura da cintura ou acima dela. Assegure-se de que o talabarte esteja
firme e que o movimento esteja restrito a uma distância máxima de 0,6m (sessenta centímetros).
Sempre que possível, para engatar um sistema de proteção contra quedas, deve ser
escolhido um ponto de ancoragem diretamente ACIMA da posição do usuário para minimizar quedas
devido a oscilações. Deve ser evitado qualquer ponto de força duvidosa. É preferível utilizar
ancoragens estruturais fornecidas para esse fim ou pontos de ancoragem com uma força mínima de
15kN.
O comprimento total de um talabarte de segurança integral com absorvedor de energia
deverá ser de no máximo 2 metros, já incluindo os seus conectores.
O talabarte DEVE ser totalmente inspecionado antes de cada uso para verificar que o mesmo
esteja em condições de uso. Além disso, o talabarte DEVE ser inspecionado uma vez a cada doze
meses por pessoal autorizado pela legislação vigente no país de uso. Examine as fitas do talabarte
para detectar desgastes, cortes, queimaduras, bordas desgastadas, abrasões ou outros danos.
A costura deve ser examinada para detectar qualquer ponto puxado, solto ou arrebentado. Da
mesma maneira deve ser verificada a legitimidade da marca do produto. Não use o talabarte se
durante a inspeção for revelada alguma condição insegura.
NÃO modifique ou tente consertar o talabarte.
Se o talabarte tiver sido sujeito a detenção de queda ou forças impactantes, o mesmo DEVE
ser removido de uso imediatamente e destruído.
Para segurança do usuário é essencial que no caso de produto revendido fora do país de
origem, o revendedor forneça instruções e informações adicionais relevantes sobre o uso,
manutenção, verificação periódica e reparo, no idioma do país onde o produto será usado.
A não observação desses avisos podem causar ferimentos graves ou morte.
Todas as partes da vara telescópica só são desconectadas por simples pressão do botão de
segurança. Inclusive na ligação aos mosquetões, impedindo que se soltem acidentalmente, uma cez
que a vara telescópica fica presa ao mosquetão durante o trabalho.
9.3.2 Aplicações
O dispositivo trava queda guiado é utilizado para proteção do empregado contra queda em
serviços, em que exista diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo
paraquedista.
Estes dispositivos são, normalmente, feitos em aço inoxidável e possuem tripla trava de
segurança. Estes resistem ao contato com os produtos corrosivos que, normalmente, são usados em
serviços de limpeza. Efetuam travamento simultâneo em dois pontos da linha de segurança,
aumentando, consequentemente, a eficiência da frenagem. Todos os equipamentos devem ser
aprovados pelo Ministério do Trabalho possuindo o número de CA.
Os dispositivos trava quedas possuem um fácil funcionamento, não necessitando das mãos
para funcionar.
A alça do aparelho, forçada por uma mola, normalmente, fica abaixada, mantendo o
equipamento travado no cabo de segurança. Na subida ou descida, o cinturão de segurança mantém
a alça levantada, destrava o aparelho e permite perfeita movimentação. Nas quedas ou descidas
bruscas o equipamento se trava imediatamente no cabo. O aparelho pode ser colocado ou retirado
imediatamente em qualquer ponto do cabo.
O trava queda guiado é indicado para movimentação em linhas verticais de qualquer
comprimento.
Só deve ser usado trava queda com cinturão e extensor especificados no CA (NR 6.6.1c). A
não obediência destas exigências acarreta em multa de até 6.000 UFIR's ( mais de seis mil reais) por
trabalhador ( infração código 206.007-8, nível 3).
O cabo de aço ou corda de segurança deve estar ancorado superiormente, em ponto que
resista a, no mínimo, 15 kN.
Os trava quedas modelos para cabo de aço e para corda de segurança devem ser usados
somente com extensor em aço constituído de, no mínimo, um mosquetão e, no máximo, dois
mosquetões, interligados por corrente com, no máximo, seis elos de diâmetro 6,5 mm.
D) Verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima), recolocar o
mosquetão e apertar a porca de sua segurança.
Antes de usar o aparelho faça o teste inicial de funcionamento, que segue da seguinte forma:
A) Puxe o mosquetão que se liga ao cinturão para cima, até que o aparelho se desloque
alguns centímetros para cima.
B) Só use o aparelho após constatar que o mesmo se trava, imediatamente, no cabo vertical,
após o mosquetão deixar de ser puxado para cima.
Não se esqueça: o trava queda deve ser ligado, obrigatoriamente, à argola das costas
(ligação dorsal) ou às alças do peito (ligação frontal) do cinturão paraquedista.
Os trava quedas não devem ter rebites frouxos, peças gastas, tortas ou aparência duvidosa.
Nota: inutilizar o aparelho que apresentar algum dos problemas acima ou após a retenção de
uma queda.
Os trava quedas, sem o mosquetão, devem apresentar perfeita mobilidade das alavancas,
isto é, movendo-se as alavancas para cima, elas devem retornar totalmente e rapidamente para a
posição original.
Nota: havendo problema de mobilidade, verificar orientação em Manutenção.
Não se esqueça de fazer a inspeção no cabo de aço, na corda e no cinturão.
Manter os trava quedas limpos, afastados de produtos químicos nocivos ao aço inox e
protegidos das intempéries em local seco.
Os aparelhos podem ficar mergulhados em solventes para limpeza e ter seus eixos
lubrificados com óleo tipo "máquina de costura", para voltar a ter perfeita mobilidade.
Nota: continuando a ter má mobilidade, o aparelho deve ser inutilizado.
Mundialmente, o sistema de segurança contra quedas mais usado sobre caminhões e vagões
ferroviários é constituído por trava queda retrátil conectado a um trole.
O modelo de funcionamento retrátil possui de 10m a 20m de cabo de aço galvanizado, com
4,8 mm de diâmetro, ou inox para indústrias alimentícias / farmacêuticas e com revestimento sintético
para locais com atmosfera potencialmente explosiva.
Possui mosquetão-destorcedor para durabilidade do cabo com indicador de queda (indica
necessidade de revisão).
Obs: Os modelos com 20m de cabo de aço com revestimento sintético é o mais usado, no Brasil,
pelas distribuidoras de combustível.
A) Fixação do trava queda: deve ser instalado sempre acima da cabeça do trabalhador, a
uma distância de, no mínimo, 70 cm, em um ponto com resistência superior a 1500 kg
(NBR 14628).
B) O deslocamento horizontal do trabalhador (figura), em relação ao centro do aparelho (L),
não deve ser superior a um terço da distância entre o ponto de ligação do cinturão e o
solo (H).
C) Considerando a necessidade de proteção do trabalhador no deslocamento desde o solo
até o bocal de abastecimento sobre o tanque, as normas internacionais recomendam usar
trava queda com cabo retrátil de comprimento de, no mínimo, sete metros.
Havendo necessidade de trabalho em local móvel como, por exemplo, sobre toda a carroceria
do caminhão, deve-se usar o trava queda com trole, movimentando-se em linha horizontal.
Em áreas internas, geralmente, usa-se o trava queda conectado ao trole e viga de aço I de 4" x 2
5/8".
A linha horizontal pode ser rígida ou flexível, sendo, geralmente, constituída de uma das alternativas:
Trilho Inox
Nesse caso usa-se um perfil "U" de 40 x 40 mm, em aço inox, com o trole específico para
essa função. O aço inox é ideal para atmosfera industrial agressiva ou marítima. A mobilidade e a
força de impacto são iguais ao caso anterior.
Cabo de Aço
Usa-se cabo de aço com, no mínimo, 3/8 " de diâmetro, com trole específico. Essa alternativa
oferece uma instalação rápida, leve e econômica, porém, tecnicamente, não é uma boa solução.
Está sendo cada vez menos usada no exterior, pelos seguinte motivo:
O trole, pelo efeito da gravidade, tende a deslizar para o centro da catenária, aumentando o
esforço do trabalhador para movimentação contrária. Para atenuar esse grave inconveniente durante
o trabalho, costuma-se diminuir a folga do cabo de aço (flexa) na linha catenária, porém tal solução
acarreta altíssimas cargas instantâneas nos pontos de ancoragem do cabo, em caso de queda: os
pontos de fixação do cabo de aço nas paredes de alvenaria ou tesouras, com certeza, não foram
projetados para resistirem a cargas instantâneas várias vezes superiores a 600 kg.
1) Posicionamento: deve coincidir com o eixo central longitudinal do caminhão, carreta, vagão ou
aeronave. (conforme figura).
2) Comprimento da linha horizontal: deve ser suficiente para que, em eventuais movimentações do
trabalhador além da sua extremidade (L), não seja superior a um terço da altura (H).
3) Altura da instalação: a linha horizontal deve ser instalada a uma altura que garanta, em qualquer
situação de trabalho, uma distância de no mínimo, 70 cm da cabeça do trabalhador. Caso não haja à
distância de 70 cm, deve-se adotar duas linhas paralelas, conforme, obedecendo o item 2.
4) Resistência da linha horizontal: deve suportar, em qualquer ponto, uma carga de, no
mínimo, 1500 kg (NBR 14628).
5) Peso do trabalhador: deve ser de, no máximo, 100 kg, conforme NBR 11370 e 14628, da
ABNT.
Após o uso, nunca se deve deixar o cabo ser recolhido com velocidade (tomar o mesmo
cuidado que se exige para as trenas de medição). Para efetuar o recolhimento do cabo de aço, faça
a substituição do cinturão por uma fraca corda. A corda possibilitará fácil recuperação do cabo de
aço no próximo uso e rompe-se, facilmente, se for puxada acidentalmente por empilhadeira ou
caminhão, sem causar danos ao trava queda e à instalação.
A linha horizontal deve ser projetada para nunca haver contato dos trava quedas com pontos
fixos da estrutura ou cabeça do trabalhador.
A eventual colisão dos trava quedas com pontos da estrutura amassa a carcaça e impede a
rotação do carretel interno e o bom funcionamento do aparelho.
Nos casos de utilização de dois ou mais aparelhos, em linha horizontal, deve-se analisar os
eventuais problemas de choque entre os aparelhos em uma mesma linha ou entre linhas paralelas, a
fim de não amassar as carcaças.
Os trava quedas retráteis devem ser obrigatoriamente inspecionados, antes de cada uso,
fazendo-se o teste de bom funcionamento.
Importante: não efetuar teste de queda livre de peso, visto que, rompendo ou danificando o
pino de segurança do destorcedor dos aparelhos, neste caso, deverão ser enviados para revisão.
O cabo de aço retrátil e o cinturão paraquedista devem ser inspecionados, conforme já visto e
inutilizados após reter uma queda (NBR 11370).
Os trava quedas montados em troles devem ter fácil deslocamento ao longo de toda a linha e
em nenhum caso deve haver possibilidade de amassar a carcaça do aparelho por choque mecânico.
O trava queda é indicado para proteção em trabalho com pouco deslocamento, em relação ao
ponto de fixação do aparelho e, quando se necessita de um travamento instantâneo, igual aos cintos
automotivos.
Deve ser usado, obrigatoriamente, com o cinturão de segurança tipo paraquedista.
Geralmente, este dispositivo possui 2,5 m de fita de nylon retrátil e dois mosquetões de aço inox,
abertura 20 mm. Peso: 0,8 kg. Possui fita retrátil com indicador de queda (alerta visual, que informa
que o aparelho já reteve uma queda e deve ser descartado).
2) Este trava queda deve ser fixado sempre acima da cabeça do usuário, em um ponto com
resistência igual ou superior a 1500 kg (NBR 14628).
3) A carga máxima de trabalho de um trava quedas retrátil (peso do trabalhador) é de 100 kg
(NBR 14628).
4) A fita retrátil deve ser conectada à argola dorsal (costas) ou alças frontais (peito) do
cinturão paraquedista e durante o uso é necessário, que fique esticada pela ação da mola
interna retrátil.
5) A fita retrátil de nylon deve estar perfeita, sem cortes, furos, rupturas, parte queimadas,
desfiamentos, mesmo que parciais. Os pontos de costura devem estar perfeitos, sem
desfiamentos ou descosturados.
6) Este aparelho não deve ser conectado em trole, devido à sua mola retrátil muito sensível
e a fita sujeita a fácil torção, durante a movimentação aleatória do usuário.
7) Antes de conectar o trava queda ao cinturão, faça o teste inicial de bom funcionamento:
só use o aparelho após constatar:
a) Imediato travamento da fita retrátil, após ser puxada com força para fora.
Retorno integral da fita retrátil, após deixar de ser puxada.
b) O trava queda deve ser inutilizado após retenção de uma queda, visto que obedece a
mesma especificação dos cintos automotivos.
Há um trava queda especialmente indicado para trabalho em espaço confinado e este possui
manivela de resgate, que só deve ser usada na emergência, visto que o equipamento não é
projetado para movimentação constante de pessoa ou peso. Em condições normais de trabalho a
manivela de resgate é mantida desativada e o aparelho funciona, de forma idêntica, a qualquer trava
queda retrátil.
Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana
contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente
para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
(Subitem 33.1.2, da NR 33 do MTE).
Para segurança contra perigo de faísca, em espaço confinado, com atmosfera potencialmente
explosiva é comum usar equipamentos com corda sintética ou cabo de aço com revestimento
sintético.
Em serviços envolvendo solda, máquinas de corte ou produtos ácidos, costuma-se usar cabo
de aço.
Em locais com risco de contato com fiação energizada, costuma-se usar corda devido a sua
baixa condutividade elétrica.
Em locais com risco de haver movimentação do cabo sobre quinas cortantes de concreto ou
aço, durante uma emergência, adota-se o robusto cabo de aço com 8 mm de diâmetro, carga de
ruptura de 3480 kg.
Todos os tripés e monopés devem resistir à carga estática de 15 kN, conforme exigência das normas
NBR 14.626/627/628/629/751, devendo ser comprovado.
TRIPÉS
Os tripés, geralmente, são produzidos em resistente liga de alumínio, altura regulável de 1,1 a
2,3 m e distância entre pernas de 1,1 a 1,7 m. Possui duas roldanas em nylon para uso de dois
aparelhos e olhal para fixação de um terceiro cabo.
Devem possuir sapatas antiderrapantes, interligadas por corrente de segurança.
É usado com os guinchos ou trava queda resgatador. Pode ser fornecido em sacola de nylon
resinado para transporte e armazenagem.
MONOPÉS
Indicado para uso em base fixa (a) instalada em beirais (22 kg) ou em base móvel (b) sobre
bocais com até 1,1 m de diâmetro (44 kg).
Este tipo de Monopé é giratório, para facilidade de resgate pelo vigia. Produzido em tubo de
aço, com acabamento anti-ferruginoso. É usado com os guinchos ou trava-quedas resgatador.
O outro tipo de monopé é indicado para fixação em olhal ou barra horizontal, situada de 1,5 a
3,5 m do piso.
Este tipo de monopé é, geralmente, produzido em dois tubos de resistente liga de alumínio,
encaixe telescópico, comprimento variável de 2,2 a 3,5 m. Possui olhal para um segundo cabo.
Manivela de resgate só deve ser usada para efetuar resgate. Caso ocorra algum imprevisto ou o
profissional não responda ao chamado do vigia.
Limitações:
Para trabalho constante de içar ou descer pessoa ou material, deve ser usado um guincho,
visto que a manivela de resgate do trava queda só deve ser usada na emergência.
O trava queda, geralmente, só tem 20 m de cabo, ou seja, não pode ser usado para
movimentações superiores a 20 m.
A utilização de um guincho para pessoas em conjunto com um trava queda guiado (modelo
que atenda às exigências do MTE):
O trabalhador pode movimentar-se com facilidade na escada, sem risco de queda. O cabo de
aço ou corda do trava queda é preso no tripé ou monopé, mantendo esticado por um pequeno peso.
Havendo movimento brusco ou desequilíbrio do trabalhador, o equipamento trava-se imediatamente
e evita a queda da pessoa.
Não havendo escada, a movimentação vertical, geralmente, é feita por cadeira suspensa e,
em alguns casos, por suporte de ombros.
Suporte de ombros
O suporte de ombros deve ser utilizado apenas para pouca profundidade e pequenas
dimensões, devido ao desconforto da posição. Serve para ligação do cabo do guincho às argolas dos
ombros do cinturão paraquedista para este fim. Deve resistir à carga de 15 kN.
Cadeira Suspensa
O uso da cadeira suspensa oferece máximo conforto e permite pendurar material, sendo que
o peso total, trabalhador mais carga, não ultrapasse 100 kg. O uso da cadeira suspensa oferece
desempenho eficiente, principalmente, para trabalho nas paredes ao longo do espaço confinado.
A cadeira suspensa deve ser usada em conjunto com os guinchos e obedecer às exigências
do MTE (NR 18 - item cadeira suspensa) e da norma NBR 14.751 da ABNT.
Em alguns tipos de serviço, é necessário um constante ajuste de posicionamento do
trabalhador para manuseio de equipamentos / instrumentos instalados nas paredes do espaço
confinado. Nestes casos, pode ser conveniente utilizar cadeira suspensa com comando local
(manivelas).
Os guinchos para pessoas devem obedecer todos os requisitos da NBR 14.751 da ABNT,
com desempenho comprovado por laudo.
Devem possuir, no mínimo, duas travas de segurança, conforme exigência do Ministério do
Trabalho (NR 18.15.51).
Para subir: gira-se em um sentido. Para descer: gira-se ao contrário. Para parar: basta tirar a
mão da manivela. Manopla da manivela dobrável para facilitar o transporte. Podem ser fixados, sem
uso de ferramentas, nos tripés e monopés.
Basicamente, os guinchos são divididos em dois modelos: cabo de aço ou corda. Vale
salientar que a capacidade de cada guincho dependerá de milímetros que o cabo ou a corda tiverem.
2 - Os guinchos devem ser revisados, anualmente, pelo fabricante, conforme exigência da norma
NBR 14.751.
3 - Manter os eixos lubrificados, por meio dos três furos, com óleo tipo máquina de costura.
A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra
sintética (corda).
a) sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando a
sustentação for por meio de cabo de aço;
b) sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação
for por meio de cabo de fibra sintética;
c) requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 – Ergonomia;
d) sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.
O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao trava quedas em cabo-
guia independente.
a) A cadeira suspensa e seu trava queda integrado devem ser preparados para funcionamento por
um trabalhador habilitado e protegido por cinturão paraquedista e talabarte de corrente (máximo 2 m)
ligado à argola dorsal ou frontal ( Figura a).
b) O trabalhador só deve sentar-se à cadeira com o talabarte de corrente ligado ao seu cinturão
(Figura b).
c) O trabalhador só deve soltar-se do talabarte de corrente, após ligar seu cinturão à cadeira (figura
c).
Desmontar, lavar e engraxar as manoplas das cadeiras, após uso de produtos químicos
corrosivos ou pastosos "tipo epóxi".
As cadeiras suspensas devem ser revisadas, anualmente, pelo fabricante conforme exigência
da norma NBR 14751.
9.9.3 Formas de Fixação dos Cabos de Aço e Cordas para Cadeira Suspensa
As normas NBR 14626, 14627, 14628 e 14751 da ABNT exigem que os cabos e as cordas
das cadeiras e trava quedas sejam fixados em pontos ou em suportes de ancoragem que resistam,
no mínimo, 1.500 kg.
Nesse caso, não há distância entre os cabos e a fachada, sendo possível a movimentação da
cadeira, com facilidade, do solo ao penúltimo andar.
As cordas devem ser protegidas da quina da parede por meio de material flexível, tipo
borracha.
Os cabos de aço das cadeiras e dos trava quedas não devem ser apoiados nas quinas,
mesmo com proteção, tipo borracha, visto que sofrem deformação permanente e ficam com a
resistência comprometida. Para sua correta fixação, é necessário usar corrente ou outro cabo de aço
(com diâmetro maior) ligado, por meio de mosquetão ou manilhas.
Existem vários modelos e fabricantes de suportes para trabalhos em fachadas, mas para fins
didáticos se apresenta o suporte móvel modelo ST1, a base de ancoragem (40kg) que possui rodas
com revestimento de poliuretano, alojamento para 18 contrapesos de 25 kg, conexão com diversas
opções de montagem a uma viga ou duas na posição horizontal, conforme altura do beiral do terraço.
Cada viga com 2,50 m pesa 30 kg.
Como se sabe, o talabarte Y com duas fitas de segurança e um absorvedor de energia é bem
conhecido por sua vantagem de proteção contínua com fácil movimentação aleatória.
Porém, é também conhecido por grande desvantagem: em caso de retenção de uma queda, o
deslocamento vertical do usuário pode chegar a 5,75m (norma europeia EN 355 e norma brasileira
NBR 14629), ou seja, o usuário pode cair até dois andares e sofrer lesões no choque com as
estruturas.
Este novo trava queda Y retrátil reduz a distância de queda em, praticamente, um centímetro.
Cada fita retrátil trabalha, independentemente, libera e retrai automaticamente um total de 2,5
m de fita, proporcionando proteção constante e fácil mobilidade ao usuário.
Possui carcaça de nylon super-resistente, com bordas arredondadas para conforto de uso.
Possui indicador de queda para cada fita retrátil, que permite verificar que o aparelho reteve
uma queda e necessita de revisão.
Todo serviço realizado em torres e estruturas exige um planejamento dos seguintes itens:
Nunca se pode saber as reais condições de um telhado, até porque essa superfície está
exposta aos raios solares, chuva e até defeitos de fabricação invisíveis aos olhos, que podem
fragilizar as telhas com o passar do tempo. O trabalho em telhado exige planejamento prévio,
equipamento de proteção individual (EPI) adequado e passarelas para aumentar a resistência das
telhas e evitar que o trabalhador sofra acidentes. Não importa quanto tempo é necessário para
montar e desmontar um aparato de segurança, o importante é evitar que o trabalhador se exponha a
riscos desnecessários.
O trabalhador não deve sob nenhuma hipótese caminhar sobre superfícies estreitas, pois o
risco de queda é alto. Normalmente, esses locais são revestidos com pedras naturais ou chapas
metálicas para dar acabamento, deixando a superfície sem aderência, além de o trabalhador correr o
risco de sofrer um mal súbito, enquanto caminha.
As telhas de fibrocimento, alumínio ou barro não foram projetadas para suportar cargas
concentradas. Seus fabricantes advertem para não pisar ou caminhar diretamente sobre elas.
Considerando que a maior parte dos acidentes em telhados ocorre por rompimento mecânico de
seus componentes, motivada por concentração excessiva de pessoas ou materiais em um mesmo
ponto, é recomendado:
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 144
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Ao utilizar escada portátil, deve subir uma pessoa de cada vez e o comprimento desta
não pode ser superior a sete metros;
Nunca pisar diretamente nas telhas;
Nunca pisar, apoiar passarelas metálicas ou tábuas sobre telhas translúcidas flexíveis.
Elas não foram projetadas para suportar pesos;
Nunca permitir concentrar mais de uma pessoa em um mesmo ponto do telhado ou
mesma telha;
O beiral do telhado não suporta peso de pessoas ou cargas;
Todo material usado deve ser imediatamente removido, após conclusão do serviço.
Todo funcionário que executar serviço em telhado deve usar os seguintes equipamentos:
Içamento de telhas
As telhas devem ser suspensas uma a uma, amarradas como mostra a figura abaixo.
Lembre-se de fazer o nó (circulo vermelho) acima do centro de gravidade da carga que evitará seu
tombamento.
As escadas de acesso ao telhado devem ser equipadas com linhas verticais de segurança
para uso de trava quedas. Nas escadas é possível fazer instalação permanente de cabo de aço
galvanizado ou inox.
Para se andar sobre as telhas, geralmente, se usam tábuas para impedir a queda ou até a
quebra das telhas. Deve se usar uma tábua com largura suficiente para uma boa distribuição no
telhado. Vale salientar que já existem, no mercado, passarelas específicas para esse fim,
proporcionando maior segurança e conforto para os profissionais que irão trabalhar em telhados.
As passarelas possuem a superfície de contato com o telhado lixada para melhor aderência.
Dependendo da inclinação do telhado e/ou telhas com superfícies úmidas e escorregadias é
recomendável utilizar correntes galvanizadas com elos tipo de 3 mm de diâmetro fixadas na
cumeeira e conectadas por mosquetões aos olhais existentes nas passarelas, conforme figura a
seguir.
As correntes não devem ser conectadas à linha de segurança para não impedirem a
movimentação dos trabalhadores em toda a área do telhado.
O MTE exige por meio da NR 18.18 que, nos telhados, seja instalada a linha de segurança
para movimentação do trabalhador com cinturão de segurança tipo paraquedista. A linha de
segurança pode ser temporária ou permanente.
Linha de segurança temporária são linhas horizontais constituídas de corda, cabo ou trilho de
aço, com resistência em qualquer ponto, a uma carga de, no mínimo, 1500 kg, destinadas a dar
mobilidade com segurança a um ou mais trabalhadores que efetuam movimentação horizontal com
risco de queda.
Este sistema temporário de segurança pode ser fácil e, rapidamente, montado a partir de
pontos de ancoragem previamente instalados. Quando não houver os pontos de ancoragem,
previamente instalados, estes devem ser instalados corretamente.
A linha de segurança é constituída de duas linhas de segurança divididas em linha primária e
secundária. A linha primária é ligada ao ponto de ancoragem, a linha secundária é ligada na linha
primária como exemplificado na figura a seguir.
Para movimentação sobre todo o telhado, a linha secundária, geralmente, é constituída pela
corda de nylon trançada de 12 mm de diâmetro com o mosquetão para deslocamento horizontal ao
longo da linha primária. A subida ou descida no telhado ou rampa deve ser feita com o manuseio do
trava queda. Outra forma de trabalho sobre todo o telhado pode ser feita com o trole movimentando-
se na linha primária de cabo de aço de 3/8", com o trava queda retrátil.
Os cabos de aço utilizados nas cadeiras suspensas, guinchos e trava quedas devem ser
galvanizados ou inoxidáveis. Geralmente, estes cabos são de seis pernas com dezenove arames
cada, torcidas em torno de uma alma que pode ser de fibra ou aço.
Manuseio do cabo de aço: o cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado corretamente, a fim de
não ser estragado facilmente por deformações permanentes e formação de nós fechados. Se o cabo
for manuseado de forma errada, ou seja, enrolado ou desenrolado sem girar o rolo ou o carretel, o
cabo ficará torcido e formará laço. Com o laço fechado (posição 2), o cabo já estará estragado e
precisará ser substituído ou cortado no local.
Importante: mesmo que um nó esteja aparentemente endireitado, o cabo nunca poderá render
serviço máximo, conforme a capacidade garantida. O uso de um cabo com este defeito torna-se
perigoso, podendo causar graves acidentes.
Superlaço: os cabos de aço devem ser fornecidos com olhal tipo superlaço, de máxima segurança,
inviolável por lacre prensado industrialmente com sapatilha protetora. A construção deste superlaço é
detalhada nas figuras abaixo.
Importante: mesmo sem o lacre e a sapatilha protetora, o olhal já suporta uma carga superior à
carga de trabalho do cabo (posição 5).
9.12.2 Inspeção:
Antes de cada uso, o cabo de aço deve ser inteiramente inspecionado quanto aos seguintes
problemas:
Atenção:
Havendo problemas em todo o cabo, ele deve ser aposentado. Havendo problemas localizados, ele
pode ser cortado e usado.
Ao se observar um cabo de aço, se for encontrado algum outro defeito considerado grave, o cabo
deve ser substituído, mesmo que o número admissível de arames rompidos não tenha atingido o
limite encontrado na tabela, ou até mesmo sem ter nenhum arame rompido.
A inspeção visual de um cabo se sobrepõe a qualquer norma ou método de substituição dos
mesmos.
9.12.3 Manutenção:
Mantê-lo: afastado de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos afiados.
Armazená-lo: em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.
Olhal com grampos: os cabos de aço poderão ter olhal confeccionado com grampos de aço
galvanizados (figura abaixo), conforme tabela a seguir:
Para cabo de aço com diâmetro de 4, 8mm são usados três grampos de 3/16”, com espaçamento
entre si de 29 mm.
Para cabo de aço com diâmetro de 8 mm são usados três grampos de 5/16” com espaçamento entre
si de 48 mm.
Os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o uso do cabo de aço.
Alguns modelos de cabos de aço não podem ser lubrificados, para evitar escorregamento dos
aparelhos (da cadeira suspensa).
Mais a frente se verá mais sobre os cabos de aço na unidade 10 acerca de Cabo de Aço.
9.13.2 Inspeção:
Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.
Inspeção externa: a capa da corda deve estar perfeita, diâmetro constante, sem cortes, fios
partidos, partes queimadas, sem desgastes significativos por abrasão e sem suspeita de
contaminação por produto químico nocivo à estrutura.
Inspeção interna: palpando-a em todo o comprimento, a corda não deve apresentar caroço,
inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna), movimentação ou folga entre capa e
alma.
Importante: havendo problemas em toda a corda, ela deve ser aposentada. Havendo problemas
localizados, ela pode ser cortada e usada.
9.13.3 Manutenção:
A corda de segurança deve ser usada por um único trabalhador, com as cordas é importante tomar
os seguintes cuidados:
Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos afiados e piso das obras.
Jamais pisá-la com sapatos sujos: partículas de areia, terra e pó penetram nas fibras e causam
grande desgaste dos fios durante o uso.
Recomenda-se armazenar a corda em carretel para fácil manuseio, sem torção estrutural.
Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com o piso de cimento, fontes de calor,
produtos químicos, abrasivos ou cortantes.
Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas macias
(plásticas). Nunca use detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.
Teoricamente, a vida útil da corda não pode ser preestabelecida, dependendo muito da frequência e
cuidados durante o uso, grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e luz solar.
Praticamente, para as cordas de poliamida adota-se uma vida útil de, no máximo, quatro anos após a
fabricação. Em situações bastante severas de trabalho, costuma-se aposentá-la após um ano de
uso.
As cordas serão mais bem estudadas na unidade 11 Cordas.
9.14 Fitas
As fitas se dividem em duas categorias: planas e tubulares. As planas são mais rígidas e foram
suplantadas pelas fitas tubulares, que além de mais flexíveis, são mais resistentes.
10 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Toda inspeção segue um ciclo de procedimentos básicos, que contribui para a elaboração do
mapeamento de riscos, ou seja, uma metodologia de inspeção dos locais de trabalho tornada
obrigatória a partir da publicação da Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho NR-9
(Programas de Prevenção de Riscos Ambientais), de 17/8/92.
Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. Por exemplo: uma escada
com piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com a
troca do material do piso por outro, emborrachado e antiderrapante.
Neutralização do risco: o risco existe, mas está controlado. Essa alternativa é utilizada na
impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Por exemplo: as partes móveis de
uma máquina como: polias, engrenagens, correias etc. devem ser neutralizadas com anteparos
protetores, uma vez que essas partes das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.
Sinalização do risco: se apresenta como a medida que deve ser tomada, quando não for
possível eliminar ou isolar o risco. Por exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas
com placas de advertência, como por exemplo, expondo os locais em que é proibido fumar, que
devem ser devidamente sinalizados.
As inspeções de rotina visam detectar e eliminar riscos comuns, já conhecidos tanto do ponto
de vista do equipamento como pessoal, exemplo:
Pode-se utilizar como método de inspeção o sinal da cruz (em cima, em baixo, direita,
esquerda), destacando que sempre será importante a participação dos principais envolvidos:
produção, supervisão, manutenção, líderes, membros da Comissão Interna de Prevenção de
Acidente (CIPA), convidados imparciais que são pessoas que não estão acostumadas e com o local.
Penetração em reservatórios.
Manutenção em equipamentos, tais como: caldeiras, vasos pressurizados, elevadores.
Manutenção elétrica e civil sendo por firmas empreiteiras ou não.
Alguns atos inseguros podem ocorrer durante uma inspeção de segurança. Os processos
educativos, a repetição das inspeções, as campanhas e outros recursos se prestarão a reduzir,
sensivelmente, a ocorrência de tais atos.
Quanto às condições inseguras, elas se tornam mais aparentes, mais visíveis, mais notadas
porque são situações concretas, materiais mais duráveis que alguns atos inseguros que, às vezes,
acontecem em poucos segundos.
11 PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Acidente zero! Essa é uma meta que todas as empresas devem procurar alcançar.
Prevenir um acidente significa vê-lo antecipadamente e chegar antes que o mesmo aconteça,
buscando tomar providências cabíveis para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer. Nesta
unidade serão analisadas as principais medidas preventivas, de alcances individuais e coletivos, que
visam à proteção do trabalhador.
Um dos fatos já comprovados de causas dos acidentes é que, quando um acidente acontece,
vários fatores entraram em ação antes.
Heinrich, em seu livro Industrial Accident Prevention, sugere que a lesão sofrida por um
trabalhador, no exercício de atividades profissionais, obedece a uma sequência de cinco fatores:
Ambiente Social tem influência nos hábitos das pessoas. É fácil de observar com que
facilidade uma nova moda se espalha e “pega”. Ora a onda é usar cabelos longos, ora usar a cabeça
raspada. Já houve a época da minissaia, das roupas hippies e, atualmente, impera a moda do “cada
um na sua”. Esses exemplos servem para ilustrar quanto o ambiente social afeta o comportamento
das pessoas.
Como visto, uma maneira de evitar os acidentes é controlar os fatores que o antecedem.
Não é possível interferir nas características genéticas de uma pessoa, mas é possível
influenciar a conduta, proporcionando um ambiente social rico em exemplos positivos.
A educação e o treinamento do trabalhador para o exercício de funções são recursos
importantíssimos para reduzir o risco de acidentes.
Um trabalhador que conhece bem o seu trabalho e o desempenha com seriedade, atento às
normas de segurança, está muito menos sujeito a um acidente do que um trabalhador desleixado,
que não mostra preocupação com a qualidade do trabalho.
O fator central, mais próximo do acidente, é a causa mecânica! A remoção da causa
mecânica é o fator que mais reduz a probabilidade de um acidente ocorrer.
Boa parte dos acidentes com trabalho em altura poderia ser evitada. Quando se fala neste
tipo de risco, geralmente, as pessoas leigas no assunto se lembram da construção civil. No entanto,
até mesmo uma simples troca de lâmpada pode se configurar trabalho em altura.
Os trabalhos em altura são uma das maiores causas de acidentes de trabalho, tanto na
construção civil como em outros ramos de trabalho. Qualquer acidente com ou sem lesões, com
afastamentos ou mesmo por óbito, todos são graves como todo e qualquer acidente.
Em algumas situações, por falta de informação ou por descumprimento da lei, muitas
empresas deixam de fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs), treinamentos e até
mesmo não instituem os programas exigidos pelas Normas Regulamentadoras (PPRA, PCMSO ou
PCMAT), não garantindo aos colaboradores um ambiente de trabalho com condições seguras. Os
colaboradores, por sua vez, acabam se acidentando até, muitas vezes, por fatores pessoais que o
levam a acreditar que não irá lhe acontecer nada de errado.
A construção civil é umas das recordistas em acidentes dentro da gama de atividades laborais
no país, apesar das leis e das normas técnicas vigentes e a fiscalização, os acidentes continuam
crescentes, devido à falta de mão de obra especializada e de consciência sobre os procedimentos
seguros.
As estatísticas de acidentes demonstram que o trabalho de carregamento em caminhões,
principalmente, durante a operação de enlonamento, sem a devida proteção contra quedas, também
se apresenta como um dos principais responsáveis por graves acidentes nesta área.
Geralmente, as causas dos acidentes no ramo de trabalho em altura ocorrem pela não
utilização do sistema de proteção individual contra quedas (SPIQ), juntamente com:
Deste modo, deve-se colocar em prática todo o conhecimento técnico para que haja a
prevenção destes acidentes, implantando métodos de trabalho, treinamentos e medidas preventivas
que proporcionem segurança para todos os trabalhadores.
Deve-se cobrar, também, a obrigação do empregador de mostrar os riscos existentes nas
atividades dos funcionários e o treinamento sobre as medidas preventivas, que devem aplicar para
prevenir acidentes no desempenho do trabalho. Devem divulgar obrigações e proibições que os
empregados devam cumprir e dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de
punição, pelo descumprimento das normas de segurança e de saúde expedidas.
Falta de controle
A falta de controle é o princípio da sequência de fatores causais que originam um acidente,
que dependendo de sua gravidade, pode gerar poucas ou muitas perdas.
Causas básicas
As causas básicas são as razões de ocorrerem os atos e condições abaixo do padrão.
Também são chamadas de causas raízes, causas reais, causas indiretas, causas
fundamentais ou de contribuição de um acidente ou incidente.
Causas imediatas
As causas imediatas são as circunstâncias que precedem, imediatamente, o contato e que
podem ser vistas ou sentidas.
Atualmente, utilizam-se os termos abaixo dos padrões e condições abaixo dos padrões.
Acidente e incidente
Os incidentes são eventos que antecedem as perdas, isto é, são os contatos que poderiam
causar uma lesão ou dano.
Quando se permite que haja condições abaixo do padrão ou atos abaixo do padrão,
aumentam-se as chances de ocorrerem incidentes e acidentes.
Essas condições são causas potenciais de acidentes, que provocam os contatos e as trocas
de energia, que causam danos às pessoas, à propriedade, ao processo e ao meio ambiente.
Perdas
Conforme abordado anteriormente, as perdas são os resultados de um acidente, que geram
vários tipos de perdas vinculadas com as pessoas, com a propriedade, com os produtos, com o meio
ambiente e aos serviços. O tipo e o grau dessas perdas dependerão da gravidade de seus efeitos,
que podem ser insignificantes ou catastróficos.
As perdas dependerão, também, das circunstâncias casuais e das ações realizadas para
minimizá-las como:
• Cuidar adequadamente dos primeiros socorros e da assistência médica;
• Controlar e combater os incêndios, de forma rápida e efetivamente;
• Reparar de imediato, equipamentos e instalações danificadas;
• Implementar planos de ação de emergência eficientes;
• Reintegrar as pessoas no trabalho, de modo efetivo.
Minimizar os efeitos de uma perda acidental é fazer uso dos aspectos humanos e
econômicos, motivando o controle dos acidentes que dão origem às perdas.
13 PRIMEIROS SOCORROS
O curso da NR-35 por se tratar do trabalho em altura, tem os primeiros socorros de um modo
geral, voltado para este seguimento. Salienta-se que o curso de primeiros socorros é bem amplo e
específico, não tendo este módulo (NR-35), o objetivo de substituir um curso de primeiros socorros,
pois somente com um curso completo e específico de primeiros socorros a pessoa terá o
conhecimento aprimorado das técnicas para diversas situações que podem ocorrer no dia a dia.
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o
atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional. Geralmente, presta-se
atendimento no próprio local.
As providências a serem tomadas, inicialmente, são:
Uma rápida avaliação da cena e vítima;
Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima,
com a utilização de técnicas simples;
Acionar corretamente um serviço de emergência local.
Apesar das medidas de segurança comumente adotadas no ambiente de trabalho e dos
cuidados que as pessoas têm com as próprias vidas, nem todos os acidentes podem ser evitados,
porque nem todas as causas podem ser controladas. Assim, os riscos de acidentes fazem parte do
cotidiano, o que requer a presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. No entanto, por mais
que se aparelhem hospitais e prontos socorros ou se criem os Serviços de Resgate e SAMUs –
Serviços de Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do
atendimento profissional. Nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas
pessoas presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que estavam ou passaram pelo
local.
Somente a equipe especializada é composta por socorristas, ou seja, socorrista é a pessoa
que está preparada, treinada e habilitada a fazer os primeiros socorros e transporte de acidentados.
A pessoa que presta os primeiros socorros em casos de acidentes ou mal súbitos deve ter
noções de primeiros socorros. Esta função é importante, pois pode manter a vítima viva até a
chegada do socorro adequado, bem como não ocasionar outras lesões ou agravar as já existentes.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve agir com bom senso, tolerância, calma e ter
grande capacidade de improvisação.
Prestar os primeiros socorros é uma atitude humana, que requer coragem e o conhecimento
das técnicas adequadas capazes de auxiliar em uma emergência. O socorro imediato evita que um
ferimento se agrave ou que uma simples fratura se complique, ou que um desmaio resulte na morte
do acidentado.
É comum que as pessoas se sintam incomodadas e até não gostem de socorrer uma pessoa
estranha. No entanto, não se esqueça de que você, parentes ou amigos também podem ser vítimas
de acidentes ou de um mal súbito.
Os Primeiros Socorros ou socorro básico de urgência são as medidas iniciais e imediatas
dedicadas à vítima, fora do ambiente hospitalar, executadas por qualquer pessoa treinada, para
garantir a vida, proporcionar bem-estar e evitar agravamento das lesões existentes.
O conhecimento e a aplicação dos primeiros socorros têm como objetivo fundamental salvar
vidas. Se você não tiver condições emocionais de prestar socorro direto à vítima, procure por alguém
que o auxilie no atendimento e, em seguida, acione os serviços especializados: médicos,
ambulâncias, SAMU e bombeiros. Não deixe uma pessoa acidentada sem uma palavra de apoio nem
um gesto de solidariedade, nem deixe de adotar os procedimentos cabíveis.
Existem várias maneiras de ajudar em um acidente, até um simples ato de chamar
assistência especializada, como ambulâncias e bombeiros se mostram de suma importância para o
atendimento adequado. Ao pedir ajuda, deve-se procurar passar o máximo de informações, como
endereço do acidente, ponto de referência, sexo da vítima, idade aproximada, tipo de acidente e
número de vítimas. Prestar os primeiros socorros não significa somente fazer respiração artificial,
colocar um curativo em um ferimento ou levar uma pessoa ferida para o hospital. Significa chamar a
equipe especializada (Bombeiros, SAMU), pegar na mão de alguém que está ferido, tranquilizar os
que estão assustados ou em pânico, dar um pouco de si.
Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação
por meio do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso, é importante a
utilização de kits de primeiros socorros, como: luvas, óculos, máscaras, entre outros. Na ausência
desses dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios, que estejam
disponíveis.
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo
tempo, avaliar as condições desta, enquanto conversa com ela.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
Homicídio simples
Art. 121 - Matar alguém.
Pena - Reclusão de seis a vinte anos.
Parágrafo 3º - Se o homicídio é culposo.
Pena - Detenção de um a três anos.
Nulidade do crime
Art. 19 - Não há crime quando o agente pratica o fato.
I- Em estado de necessidade.
II - Em legítima defesa.
III - Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de
direito
Estado de necessidade
Art. 20 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para
salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 166
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
modo evitar direito próprio ou alheio, cujo sacrifício nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.
Parágrafo 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem
tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
Parágrafo 2º - Embora reconheça que era razoável exigir-se o
sacrifício do direito ameaçado, o Juiz pode reduzir a pena de um a dois
terços.
Lesões corporais
Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Pena - Detenção de um a três anos.
Omissão de socorro: Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparado
ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Exposição ao perigo
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e eminente.
As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que
deixar de prestar socorro como no item 18.2 Código Penal artigo 135, a omissão de socorro é crime,
cujo sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o deve jurídico de prestar
assistência. Esta assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os
Primeiros Socorros. Por outro lado, o artigo 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde
de outrem.
Por este motivo, a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os
procedimentos de primeiros socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma
de manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar assistência
psicológica para a vítima, quando não se está preparado para iniciar manobras complexas.
Com o avanço da tecnologia cada vez mais a sociedade está circulada por máquinas, por
aparelhos e por equipamentos eletrônicos. Por isso, as ocorrências de choques elétricos se tornam
mais frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras
graves, às vezes, levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais,
apesar de apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e
cuidado, pois em alguns casos também podem levar a morte.
Em um acidente, que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima
de choque elétrico, às vezes, apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa
no equipamento ou em fios elétricos e isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os primeiros
socorros tocar na vítima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário
desligar o aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.
Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material, que não seja condutor de
eletricidade, como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.
Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos, como:
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que são vistos nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvendo esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligá-los. Nesse caso, é fundamental
entrar em contato com a central, com os bombeiros ou com a polícia, indicando o local exato do
acidente. Procedendo dessa maneira, certamente, se podem evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que se deverá prestar socorro.
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.
Inconsciência;
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 170
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Tórax imóvel;
Ausência de saída de ar pelas vias aéreas (nariz e boca).
Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, é possível que os batimentos do coração parem.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém, quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.
Inconsciência;
Ausência de pulsação (batimentos cardíacos);
Ausência de som de batimentos cardíacos.
Para verificar as pulsações, é necessário senti-las nas artérias principais, que passam pelo
corpo, sendo a mais utilizada a que passa pelo pescoço, denominada carótida. Quando ocorre uma
ausência de pulsação nessas artérias se tem um dos sinais mais evidentes de que ocorreu uma
parada cardíaca.
Quando ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se observar se a
vítima apresenta algum sinal de circulação como:
Respiração;
Tosse ou emissão de som;
Movimentação.
Em casos, em que esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima está sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), esta deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).
A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas
inconscientes, as vias aéreas podem estar obstruídas em função de diversas situações, como:
sangue, secreções e corpos estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”.
Quando a pessoa está inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua
caia para trás, impedindo a passagem do ar.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ser capaz de ver, de ouvir e de sentir a
respiração, caso a vítima esteja respirando deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória, o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo há
possibilidade de este poder levar a vítima a ter lesão cerebral.
ATENDIMENTO LESÃO CEREBRAL
Até 4 minutos Improvável
De 4 a 6 minutos Provável
Em mais de 6 minutos Muito provável
Se os procedimentos de obstrução das Vias Aéreas não foram suficientes para a vítima
retornar a respirar, ou até mesmo a vítima não apresenta pulsação, será necessária a reanimação
cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer
respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta, em até três vezes, as
chances de vida. Até 2010, no Brasil, 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de
chegar ao hospital.
A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa, que faz a massagem cardíaca corretamente são
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 173
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo, aspecto essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ser ainda padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, além de possuirem os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50% até a
chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
A massagem cardíaca deve ser realizada no meio do peito (entre os dois mamilos), com o
movimento das mãos entrelaçadas (uma em cima da outra) sob braços retos, que devem fazer ao
menos cem movimentos de compressão por minuto, de forma rápida e forte.
Procedimentos
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. No entanto,
infelizmente, não há muitos procedimentos de primeiros socorros a serem tomados para tirar a vítima
do choque.
Deitar a Vítima
Obs: se a vítima sofreu alguma lesão grave, que possa ter causado algum dando na coluna, a
vitima não deve ser movimentada.
Respiração
Verificar quase que simultaneamente se a vítima respira. Deve-se estar preparado para iniciar
a reanimação cardiopulmonar, caso a vítima pare de respirar.
Pulso
Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se
for preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou
casacos.
Tranquilizar a Vítima
13.8.1 Queimaduras
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente, o calor, que podem
atingir graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo da
localização, da extensão e do grau de profundidade.
A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade
de uma queimadura.
É a mais comum, deixa a pele avermelhada, além de provocar ardor e ressecamento, sendo a
lesão superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado, quase sempre, por exposição prolongada à luz
solar ou por contato breve com líquidos ferventes.
Providências
As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem recurso ao hospital, a não ser que
atinjam uma área muito grande, ou ocorram em bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em
três dias.
Mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela que atinge as camadas um
pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele,
com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas.
Providências
Queimaduras do 1º e 2º grau (de baixa gravidade) podem ser tratadas sem recurso ao
hospital. Em casos mais graves, a vítima deve ser encaminhada ao hospital.
Deve-se realizar:
Aplicação de água fria até alívio da dor, pelo menos cinco minutos;
Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
Cobrir com um pano limpo;
Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um lenço
absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente):
Não se devem estourar as bolhas.
Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.
Não colocar nenhum produto caseiro.
Nota: Não se deve usar algodão, porque este pode vir a aderir na ferida.
Queimaduras de terceiro grau são aquelas, em que todas as camadas da pele são atingidas,
podendo ainda alcançar músculos e ossos. Essas queimaduras apresentam-se secas,
esbranquiçadas ou de aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro,
diferentemente, do que acontece nas queimaduras de primeiro e segundo graus.
Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas,
líquidos inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo, se
atingir grande extensão do corpo.
Providências
O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser feita da seguinte forma, podendo ser
de primeiro, segundo ou terceiro graus.
Deve-se resfriar com água o local atingido, pelo menos cinco minutos.
Proteger o local com um pano limpo.
Providenciar atendimento médico.
Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro
e segundo graus, em que a área lesada não seja muito extensa.
Queimaduras elétricas
As queimaduras elétricas requerem urgência hospitalar, porque podem afetar áreas não
visíveis, como órgãos internos.
13.8.2 Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém
a pulsação e a respiração.
A insolação acontece, quando o organismo fica incapacitado de controlar a temperatura do
corpo. Quando a pessoa tem insolação, a temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo
de transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma
pessoa com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em dez a quinze minutos. Insolação pode
causar morte ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.
Sinais e Sintomas:
Tontura;
Enjoo;
Dor de cabeça;
Pele seca e quente;
Rosto avermelhado;
Febre alta;
Pulso rápido;
Respiração difícil.
Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, são observados
apenas alguns deles.
Providências
O ideal é deixar que a temperatura corporal diminuísse, bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, divido quedas bruscas de temperatura.
13.8.3 Intermação
A intermação ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas
fundições, nas padarias, nas caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta
uma série de alterações no organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.
Sinais e Sintomas:
Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de
tempo em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que
contenham sal.
Providências
13.9 Ferimentos
13.9.1 Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão
dos tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, contra os ossos.
Em alguns casos, quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.
Procedimentos
Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se
estabilize;
Caso utiliza o gelo, proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.
13.9.2 Escoriações
Procedimentos
Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre o ferimento.
Manter o curativo limpo e seco.
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e, também, evitar contaminação.
Lembre-se: Em casos graves, depois do curativo feito deve-se encaminhar a vítima para
atendimento médico.
13.9.3 Amputações
Procedimentos
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e o estado de choque.
Procedimentos
Caso não consiga fazer o curativo de três pontas, cubra o ferimento todo com uma compressa
ou um pano limpo e leve a vítima imediatamente para o hospital.
Atenção: a ferida só deve ser totalmente coberta no momento exato, em que terminou uma
expiração, ou seja, após a saída do ar.
Procedimentos
Procedimentos
Nunca retirar dos olhos um objeto que esteja entranhado ou encravado;
Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo;
Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos, o que evitará mais irritação.
Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
13.10 Hemorragia
A hemorragia e a perda de sangue por meio de ferimentos, pelas cavidades naturais como
nariz, boca, e outros, podendo ser, também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas, inicialmente, em arteriais e venosas e, para fins de
primeiros socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em três a cinco minutos.
Sangramento visível;
Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
Palidez de pele e mucosa.
Procedimentos
Procedimentos
Procedimentos
Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe
a(s) narina(s) durante cinco minutos;
Curso NR-35 – Trabalho em Altura
Copyright/2012 - Proibida a reprodução por qualquer meio, sem autorização do INBRAP Instituto Brasileiro de Treinamento
Profissional Ltda. Lei 9.610/98.
Exija a certificação do INBRAEP ao concluir o Curso de NR-35 188
INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO
PROFISSIONALIZANTE
Cursos e Treinamentos Profissionais
(47) 3349-2482
Email. inbraep@inbraep.com.br Site: www.inbraep.com.br
Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco
com gelo;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
13.11.1 Entorse
A entorse é a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o
estiramento ou rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas após o acidente pode ter
havido fratura, deve-se procurar atendimento médico de imediato.
Procedimentos:
Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas;
Após este tempo aplicar compressas mornas;
Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços);
A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado;
Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.
13.11.2 Luxações
Luxação é a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas em uma
articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.
Sinais e Sintomas
Procedimentos
13.11.3 Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fratura:
Fechadas: sem exposição óssea.
Expostas: o osso está ou esteve exposto.
Procedimentos
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, SAMU entre outros).
O transporte realizado de forma imprópria poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, em que
não é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande
risco de morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima para fazer o transporte
seguro.
A melhor forma de transporte de uma vítima é feita por maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo enrolando-se um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém, em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca, o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém tomando-se todos cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte como indicado abaixo só é possível, quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.
Para transportar, para a maca, uma vítima com indícios de lesão na coluna ou na bacia são
necessários três socorristas ou pessoas altamente treinadas.
Fonte: Senac
Transporte de Apoio
Transporte em cadeirinha
Com os braços, os socorristas formam um pequeno assento, para a vítima, que deverá se
manter segura.
Por proporcionar maior estabilidade, esse é o tipo de transporte mais adequado para vítimas
que apresentam problemas respiratórios.
Transporte no Colo
Para esse transporte é exigido a presença de três socorristas, e só é válido caso a vítima não
tenha suspeitas de fratura na coluna ou na bacia.
Estando a vítima deitada de barriga para cima, os três socorristas se ajoelham ao lado
dela: um próximo à extremidade superior do corpo, outro no meio e o terceiro próximo
aos pés.
Pegando a vítima por baixo, em um tempo só, os três a carregam juntos ao tórax.
15 TELEFONES ÚTEIS
16 REFERENCIAS
Entenda a NBR-16325. Valinhos: Dois Dez, 2016. Disponível em: <WWW.DOISDEZ.COM.BR>.
Acesso em: 13 out. 2016.
LISBÔA, Rogério. Queda em altura está entre os principais acidentes fatais na indústria da
construção. 2016. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/noticias/detalhe-da-
noticia/2016/4/queda-em-altura-esta-entre-os-principais-acidentes-fatais-na-industria-da-construcao>.
Acesso em: 07 out. 2016.
SÃO PAULO. Marcelino Fernandes Vieira. Fundacentro (Org.). Medidas de Proteção Contra
Quedas de Altura. São Paulo: Fundacentro, 2003.