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CURSO DE
PSICOPATOLOGIA DA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA.
Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PSICOPATOLOGIA DA INFÂNCIA E
ADOLESCÊNCIA
MÓDULO II
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conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências
Bibliográficas.
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MÓDULO II
5 ESQUIZOFRENIA INFANTIL
5.1 HISTÓRICO
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Infantil Precoce. Segundo ele, na Esquizofrenia Infantil o rompimento
com a realidade ocorre de forma insidiosa depois do terceiro ano de vida e é
acompanhado de pensamentos autísticos.
5.2 DEFINIÇÃO
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A esquizofrenia com início na infância é um transtorno incomum e o
início na pré-puberdade é extremamente raro. Os critérios diagnósticos de
esquizofrenia são semelhantes, exceto pela idade de início – infância,
adolescência ou fase adulta. A esquizofrenia do tipo hebefrenia deveria
normalmente ser somente diagnosticada em adolescentes e em adultos jovens.
Esquizofrenia:
o A esquizofrenia quando aparece na infância é um quadro grave e
com mau prognóstico, na maioria dos casos;
o Incide em uma personalidade que ainda não está completamente
desenvolvida e bloqueia o processo do desenvolvimento dessa
personalidade. Por isto, considera-se que a gravidade da
esquizofrenia é menor quanto mais velha está a criança, pelas
defesas que já têm estruturadas.
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inapropriados; 5. Sintomas negativos (embotamento
Alucinações persistentes de qualquer afetivo, alogia, avolição);
modalidade, sem claro conteúdo afetivo 6. Disfunções sociais, no trabalho e/ou
(não catatímicas); no estudo, denotando perdas nas
Intercepções ou bloqueios do habilidades interpessoais e
pensamento; produtivas.
Comportamento catatônico, com Duração dos sintomas principais (de 1 a 5),
flexibilidade cerácea, negativismo, de pelo menos um mês, e do quadro
mutismo, etc.; deficitário (sintomas negativos, deficit
Sintomas negativos (empobrecimento funcional, etc.), por pelo menos seis meses.
afetivo, autonegligência, diminuição da
fluência verbal, etc.);
Alteração significativa na qualidade global
do comportamento pessoal, perda de
interesse, retração social.
Os sintomas devem estar presentes por pelo
menos um mês.
FONTE: Dalgalarrondo, 2000.
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5.4 ETIOPATOGENIA
Fatores Genéticos;
Neuroquímica;
Neurodesenvolvimento.
5.6 SINTOMATOLOGIA
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Transtornos do pensamento foram relatados, tais como inserção do
pensamento, retirada do pensamento e transmissão do mesmo em 20% das
crianças, sendo que 50% das crianças mostraram delírio persecutório (KOLVIN
e col., 1971). Na amostra de Russel (1994) havia ideação delirante em 63%
das crianças, onde o conteúdo e a complexidade dos delírios variavam de
acordo com a idade da criança, sendo que naquelas mais novas os delírios
eram mais simples e fixos.
Segundo Arboleda (1985), em crianças com menos de 10 anos se faz
necessário verificar os efeitos do desenvolvimento cognitivo, pois encontramos
distúrbios do pensamento mesmo em crianças normais. No trabalho de Kolvin
(1971), 60% dos casos apresentaram distúrbios nas associações do
pensamento no grupo com início tardio da esquizofrenia (5 a 15 anos) e 14%
no grupo com início precoce (antes três anos). O distúrbio do pensamento
apareceu mais frequentemente no grupo de início tardio.
As crianças, no início da esquizofrenia, vão perdendo o interesse e
isolam-se cada vez mais, permanecendo o maior período em seu quarto,
rompem o relacionamento com os amigos; param suas atividades esportivas e
culturais, além de recusarem-se a sair.
O isolamento afetivo que aparece nessas crianças leva a uma
indiferença e frieza no contato social. Em alguns casos, a criança apresenta,
por algum tempo, uma adaptação social superficial, mas observamos certas
modificações no comportamento, como uma fuga imotivada, crises de
agressividade e recusa alimentar (AJURIAGUERRA, 1991).
Relações entre as idades nas manifestações dos sintomas positivos,
negativos e de desorganização são pontuados por Kanner (1954), Rutter
(1972), Bettes e Walker (1987).
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TABELA 3 – RELAÇÃO ENTRE AS IDADES NAS MANIFESTAÇÕES DOS
SINTOMAS
Sintomas Negativos Sintomas Positivos Desorganização
(perda de funções psíquicas, (manifestações novas, (mental e comportamental).
por um empobrecimento floridas e produtivas do
global da vida psíquica e processo).
social do indivíduo).
Distanciamento afetivo; Alucinações; Pensamento
Retração social; Ideias delirantes; progressivamente
Empobrecimento da Comportamento bizarro; desorganizado;
linguagem; Agitação psicomotora; Comportamentos
Diminuição da fluência Ideias bizarras; desorganizados e
verbal; Produções linguísticas incompreensíveis;
Diminuição da vontade novas como neologismos e Afeto inadequado;
(avolição); parafasias. Afeto pueril.
Autonegligência;
Lentificação psicomotora.
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relações interpessoais, como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento
social; apatia; indiferença emocional; pobreza do pensamento.
Na infância, quer seja aos quatro, sete ou onze anos de idade, a forma
predominante não se encontra descrita nos sistemas de classificação atuais.
Trata-se da forma pseudodeficiente (crianças inibidas, retraídas, apáticas e
tensas) descrita por Bender (1942), ao lado das formas pseudoneurótica e
pseudopsicopática. Na adolescência, o quadro típico da esquizofrenia é o
hebefrênico, que pode associar-se a alguns sintomas catatônicos e mais
raramente paranoides.
5.7 EVOLUÇÃO
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“Alucinações” em outros transtornos mentais, como transtornos da
ansiedade e da conduta;
Transtornos do Humor;
Transtorno Obsessivo-Compulsivo;
Transtorno de Asperger;
Transtorno Psicótico induzido por substâncias;
Transtorno Psicótico devido uma condição clínica geral.
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5.9 TRATAMENTO
6 TRANSTORNOS DO HUMOR
6.1 DEPRESSÃO
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“depressão neurótica” e “depressão psicótica” (melancolia). Existe uma forte
relação entre ansiedade e depressão.
A depressão infantil não se traduz, invariavelmente, por tristeza e
outros sintomas típicos. As alterações cognitivas são, principalmente,
relacionadas à atenção, raciocínio e memória, estas interferem sobremaneira
no rendimento escolar.
Em pré-escolares ocorre hiperatividade, agressividade; em escolares
há dificuldades escolares, agressividade e somatizações, principalmente dor na
barriga e dor de cabeça; em pré-adolescentes surge agressividade, distúrbios
das emoções e conduta.
Nas crianças e adolescentes é comum a depressão ser acompanhada
também de sintomas físicos, tais como fadiga, perda de apetite, diminuição da
atividade, queixas inespecíficas, tais como cefaleias, lombalgia, dor nas
pernas, náuseas, vômitos, cólicas intestinais, vista escura, tonturas, etc.
Na esfera do comportamento, a depressão na infância e adolescência
pode causar deterioração nas relações com os demais, familiares e colegas,
perda de interesse por pessoas e isolamento. Em adolescentes, a depressão
tem mais semelhança com o quadro clínico do adulto, há tendência
hipocondríaca, abuso de álcool e drogas.
Outra peculiaridade dos adolescentes é que a síndrome depressiva
nesta etapa da vida pode se associar ao início de doenças psicóticas, tais
como a esquizofrenia e o transtorno afetivo bipolar (TAB). As oscilações
normais do humor do adolescente podem ser confundidas com os transtornos
afetivos.
6.1.1 Diagnóstico
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1990), o DSM III (APA, 1980), o DSM III-R (APA, 1989) e, atualmente, o DSM
IV (APA, 1993) e a CID-10 (OMS, 1993).
Ao estudarmos a criança, nem sempre a encontramos referindo
sintomas que descrevam seu estado interno; com frequência, ela relata
somente tristeza ou solidão, de modo pouco claro e inespecífico, isso em
função da dependência do seu desenvolvimento cognitivo para a identificação
dos próprios sentimentos.
As súbitas mudanças de conduta da criança são de extrema
importância pelo caráter episódico, tendo que ser consideradas,
principalmente, quando são abruptas, e se ocorrem de modo inexplicável.
Crianças antes adequadas e adaptadas socialmente passam a apresentar
irritabilidade, destrutividade e agressividade, com violação de regras sociais
anteriormente aceitas. Esse comportamento pode ser decorrente de alterações
de humor tipo disfórico e aparenta ser um dos sinais mais importantes para o
diagnóstico, uma vez que, pela sua heteronomia, a criança é levada ao
psiquiatra da infância muito mais por suas condutas do que por seu próprio
sofrimento.
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FIGURA 8 – COMPARAÇÃO DOS CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA
DEPRESSÃO MAIOR
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As disforias podem ser descritas pelos pacientes como ansiedade,
irritabilidade, tristeza ou mesmo como uma combinação desses afetos. Nas
disforias encontradas no cotidiano, sem uma conotação psiquiátrica e como
resposta afetiva aos eventos diários, observou-se a brevidade do quadro e o
não comprometimento das condutas adaptativas, diversamente do que
encontramos nos quadros depressivos. Podemos, então, tentar estabelecer o
diagnóstico diferencial dessas disforias assim:
Disforia
o Eativa (reações de ajustamento, humor normal);
o Distimia;
o Ciclotimia;
o Síndromes afetivas orgânicas;
o Depressão maior;
o Unipolar-bipolar;
o Atípica bipolar;
o Outras doenças psiquiátricas (exemplo: transtornos ansiosos).
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o Redução do apetite;
o Perda de peso;
o Aumento do apetite;
o Ganho de peso.
Distúrbios psicomotores:
o Agitação;
o Retardo psicomotor.
Autopercepção:
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TABELA 4- CONDIÇÕES QUE MIMETIZAM A DEPRESSÃO NA
CRIANÇA E NO ADOLESCENTE
Unipolar-Bipolar:
o Descrita pela ausência de episódios hipomaníacos ou
maníacos, que requeiram tratamento e/ou hospitalização.
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Primária-Secundária:
o Tendo como base padrões causais compreensivos, estes se
caracterizam pelo conceito de depressão maior apresentado
pelo DSM III.
Endógeno-Reativo:
o Este se apresenta por meio de quadros de origem reativa,
psicologicamente compreensíveis na abordagem psicológica.
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sentido, caracterizando o pessimismo e a visão pessimista de um futuro que, já
por dificuldades instrumentais, é imprevisto.
Entretanto, diferentes são as possibilidades de compreensão dos
quadros depressivos na criança, de acordo com o modelo de desenvolvimento
proposto por Dwivedi (1997):
6.1.4 Tratamento
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determinado pelas condições do paciente que, em presença de risco de
suicídio, será submetido à hospitalização.
Dentro dessa visão dos quadros depressivos na infância e
adolescência, podemos subdividir a abordagem terapêutica em:
Medicamentoso;
Biológicos;
Psicoterapia.
6.2 MANIA
6.2.1 Conceito
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Desinibição social e sexual;
Tendência exagerada a comprar objetos ou a dar seus pertences;
Ideias de grandeza, de poder, de importância social;
Delírios de grandeza ou de poder;
Alucinações.
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Entretanto, em crianças e adolescentes seu diagnóstico é difícil, com
Carlson (1984) referindo muitas razões para que esses pacientes sejam mal
diagnosticados, como, por exemplo:
6.2.2 Epidemiologia
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6.2.3 Evolução
6.2.4 Tratamento
7.1 INTRODUÇÃO
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quadros agudos com prejuízo da atenção voluntária, pensamento e funções
cognitivas (APA, 1993; LIPOWSKI, 1990) e, no outro, os quadros demenciais,
apontando para quadros crônicos, insidiosos, com prejuízo mnésico e
deterioração progressiva das capacidades intelectuais e da resposta afetiva
(HORVATH, 1989), na mais pura tradição das síndromes psico-orgânicas
agudas (com prejuízo da consciência) e crônicas (com prejuízo de memória).
Na psiquiatria infantil, definir uma síndrome delirante, alucinatória ou
diagnosticar o delirium, nas suas fases iniciais e prévias a um rebaixamento
mais grosseiro do nível de vigilância, é difícil.
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7.3 PERÍODO SENSORIOMOTOR (DE 0 A 18/24 MESES)
o 1° estágio:
1° mês;
“exercícios reflexos” – ponto de partida do
desenvolvimento;
Assimilação de novos objetos.
o 2° estágio:
1 a 3 meses;
Primeiros hábitos reais de assimilação e acomodação;
Controle visual dos movimentos;
Linguagem expressiva e receptiva – reconhecimento da
voz da mãe, imitação e produção de sons;
Vocalização;
Primeiras formas de orientação referente ao mundo –
fase de objeto intermediário.
o 3° estágio:
6 a 8-9 meses;
Formação de intenções a partir da estruturação de um
esquema de persistência de objeto;
Pega ativamente os objetos;
Esquema de causalidade;
Imita a fala dos adultos;
Vocaliza sílabas;
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Entende quando chamada pelo nome;
Compreensão do “sinalizado não”;
Fase objetal (Spitz);
Posição depressiva (Klein);
Período do espelho (Lacan).
o 4° estágio:
8 a 12 meses;
Coordenação de esquemas secundários para situações
novas – antecipação e planejamento;
Melhor desenvolvimento da fala – compreensão de
ordens simples;
Deambulação;
Processo de socialização familiar;
Início da estruturação real da consciência (Wallon).
o 5° e 6° estágio:
12 a 24 meses;
Aparecimento da reversibilidade;
Atitudes dirigidas a metas sem a distraibilidade –
atenção voluntária;
Organizações causais e espaciais e as relações
continente-conteúdo;
Início da inteligência pré-lógica, porém ainda não
mediada pela linguagem;
Ampliação do vocabulário;
Função semiótica;
Capacidade de representação.
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Reconhecimento tátil e a preensão diferenciada dos
objetos;
Percepção em profundidade, não mais restrita aos
objetos próximos;
Formação de novos esquemas motores e novos hábitos
a partir dos próprios reflexos;
Preensão-sucção, preensão comandada pela visão e a
preensão fora do campo visual.
o 4° estágio:
Exploração tátil mais ativa;
Ampliação da acomodação auditiva;
Início da percepção das funções espaciais;
Intencionalidade no comportamento motor;
Os movimentos exploratórios se amplificam e se
relacionam com o objeto.
o 5° estágio:
Primeiros atos inteligentes – noção de permanência dos
objetos;
Organização acústica;
Adequação da função visual permitindo a categorização
dos objetos;
Início da função simbólica.
o 6° estágio:
Utilização de objetos e espaço de maneira mais
elaborada;
Organização acústica – representação conceitual e
esquemas abstratos.
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Funções Afetivas
o 1° e 2° estágio:
Resposta afetiva basicamente homeostática,
determinada pelas sensações de prazer-desprazer
corpóreo.
o 3° e 4° estágio:
Início da vinculação com o mundo externo, com
investimento rico no mundo animado, especialmente
nas pessoas que cuidam da criança.
o 5° estágio:
Organização da resposta afetiva, por meio dos padrões
emocionais, tornando-se mais integrado e mais
propositado em padrões causa-efeito.
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o Imitação de gestos simétricos simples.
Funções Afetivas:
o Humor mais linear e não tão reativo a estímulos imediatos ou
sensações de prazer-desprazer;
o Relações de apego e negativismo são direcionadas às
pessoas mais próximas;
o Respostas às frustrações menos explosivas;
o Interesse exploratório do mundo circundante;
o Período mais fácil de observar alterações mentais orgânicas.
Consciência-Cognitiva:
o Sua fala começa a desempenhar seu papel regulador de
forma mais estável, consequentemente a criança mantém-se
mais atenta;
o Bom desempenho na identificação de figuras familiares e no
estabelecimento das funções dos objetos e suas definições;
o Aperfeiçoamento da memória;
o O nível de consciência pode ser avaliado nessa fase por
testes mais precisos de atenção voluntária.
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Funções Afetivas:
o Humor estabiliza-se;
o Organização de sentimentos complexos;
o Maior tolerância à frustração;
o O egocentrismo cede lugar a um contato afetivo mais real,
com menor tendência ao negativismo e à impulsividade;
o Sentimentos mais complexos – culpa;
o O diagnóstico das alterações do nível da consciência vai cada
vez mais se aproximando ao dos adultos, com a organização
da atenção, orientação temporoespacial e memória.
Nas faixas etárias até os sete anos, podemos observar como principais
fatores as lesões prévias do Sistema Nervoso Central, encefalopatias tóxico-
metabólicas, uso de drogas, como antipsicóticos, antidepressivos,
anticonvulsivantes ou outras drogas psiquiátricas, como benzodiazepínicos,
convulsões (KAUFFMAN, 1995), distúrbios do desenvolvimento, retardo metal.
Rubinstein (1985) aponta como fatores importantes para pesquisa a história
prévia de trauma craniano seguido de perda da consciência, doenças
perinatais, infecções bacterianas e virais e tumores do SNC, desnutrição, erros
inatos do metabolismo e tratamento polifarmacológico.
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FIGURA 10 – SÍNDROMES NEUROPSIQUIÁTRICAS E
PSEUDONEUROPSIQUIÁTRICAS
7.7 TRATAMENTO
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8 TDAH
8.1 INTRODUÇÃO
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Os sistemas classificatórios modernos utilizados em psiquiatria, CID-10
(OMS, 1993) e DSM-IV (APA, 1994), apresentam mais similaridades do que
diferenças nas diretrizes diagnósticas para o transtorno, embora utilizem
nomenclaturas diferentes (transtorno de deficit de atenção/hiperatividade, no
DSM-IV, e transtornos hipercinéticos, na CID-10).
8.2 EPIDEMIOLOGIA
8.3 ETIOLOGIA
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relação à Neuropsicologia podemos afirmar que as principais alterações
encontradas nesse são prejuízos em testes de atenção, de aquisição e de
função executiva. Assim, tem-se sugerido que o TDAH envolve um deficit do
comportamento inibitório e de funções executivas relacionadas a ele
(BARKLEY, 1997).
A neuroimagem, por meio de estudos estruturais, funcionais e
eletroencefalográficos, corrobora a ideia de envolvimento de alterações no
sistema frontossubcortical na fisiopatologia do TDAH; porém pesquisas mais
recentes apontam a região do córtex pré-fontal, do caudado e do globus
pallidus (HENDREN, 2000; SEMRUD-CLIKEMAN, 2000).
E finalmente os sistemas de neurotransmissores apontam o
envolvimento das catecolaminas, sugerindo que um baixo turnover de
dopamina e/ou noradrenalina possa estar relacionado com a fisiopatologia
desse transtorno; além da possibilidade de receptores nicotínicos estarem
envolvidos. Mas podemos pontuar que nenhuma alteração em um único
sistema pode ser responsável por uma síndrome tão heterogênea quanto essa.
Desatenção:
o Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou errar por
descuido em atividades escolares e de trabalho;
o Dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades
lúdicas;
o Parecer não escutar quando lhe dirigem a palavra;
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o Não seguir instruções e não terminar tarefas escolares,
domésticas ou deveres profissionais;
o Dificuldade em organizar tarefas e atividades;
o Evitar ou relutar se envolver em tarefas que exijam esforço
mental constante;
o Perder coisas necessárias para tarefas ou atividades;
o Ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e
apresentar esquecimentos em atividades diárias.
Hiperatividade:
o Agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira;
o Abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras
situações nas quais se espera que permaneça sentado;
o Correr ou escalar em demasia, em situações nas quais isto
é inapropriado;
o Dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em
atividades de lazer;
o Estar frequentemente “a mil” ou muitas vezes agir como se
estivesse “a todo vapor”;
o Falar em demasia.
Impulsividade:
o Frequentemente dá respostas precipitadas antes de as
perguntas terem sido completadas;
o Tem dificuldade para aguardar sua vez;
o Interrompe ou se mete em assuntos de outros (APA, 1994).
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O tipo com predomínio de sintomas de desatenção é mais comum no
sexo feminino e parece apresentar, conjuntamente com o tipo combinado, uma
taxa mais elevada de prejuízo acadêmico. Willcutt e colaboradores (1999)
demonstraram que sintomas de desatenção estão associados com baixo
quociente de inteligência (QI) e altos níveis de depressão, enquanto sintomas
de hiperatividade-impulsividade estão associados com sintomas de transtorno
opositor desafiante e transtorno de conduta.
Embora todos os tipos estejam mais relacionados com transtornos
disruptivos do que os de controles, o tipo combinado está mais fortemente
associado a estes transtornos. Além disso, apresenta também um maior
prejuízo no funcionamento global, quando comparado aos dois outros grupos.
As crianças com TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade são, por outro lado, mais agressivas e impulsivas
do que os outros dois tipos e tendem a apresentar altas taxas de rejeição pelos
colegas e de impopularidade (SCHMITZ, 2000).
8.6 DIAGNÓSTICO
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TABELA 5 - CONDIÇÕES QUE MIMETIZAM A HIPERATIVIDADE NA
CRIANÇA E NO ADOLESCENTE
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causar problemas de atenção, hiperatividade e impulsividade, e este
instrumento pode auxiliar neste processo.
8.7 EVOLUÇÃO
8.8 TRATAMENTO
FIM DO MÓDULO II
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