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Luiz Seman
WORKSHOP POSIGRAF
PRODUÇÃO GRÁFICA NA ERA DIGTAL Graduado Técnico em Artes Gráficas pela Escola
SENAI Theobaldo de Nigris
Palestrante: Luiz Seman - Gerente de
Faculdade de Artes Plásticas - Comunicação
Produção Gráfica da Gráfica e Editora Visual da FAAP - SP
Posigraf S.A.
Editor, designer e produtor gráfico com 30 anos
Concepção: Giem Guimarães de experiência no setor.
Texto técnico, design e produção gráfica: Luiz Seman
Editor executivo da Trama Editorial e Editorial
Texto mercado e CtP: Lucas Raduy Guimarães Escala de S. Paulo de 1992 a 1994.
Texto Pré-produção digital e Transmissão de dados via Criou o logotipo do Depto. de Artes Gráficas do
MAM-SP, e do UnicenP-PR, entre outros.
Internet - PDF: Henrique José Fernandes
Todos os direitos reservados - Gráfica e Editora Posigraf Produtor e designer gráfico free-lance para DPZ
Propaganda, Degussa S.A., Dacon,
S.A. - 2000 Phillip Morris, Lion Tratores, MIS - Museu da
Imagem e do Som de SP, entre outros.
Direitos reservados e protegidos pela Lei 5988 de 14/12/73.
quaisquer outros.
2000
1
O mercado gráfico no Brasil
2
Produção Gráfica na era digital
3a. Pré-produção digital
P O S I G R A F 3
Os principais insumos gráficos são commodities (Ex.: papel e chapas), tendo seu preço ditado
pelo mercado ou são importados (Ex.: tinta, filmes e equipamentos). Tanto no caso das
commodities como no caso dos insumos importados, o preço dos insumos é fortemente
influenciado pelo comportamento do real face ao dólar e demais moedas ditas “estáveis” (marco
alemão, libra esterlina, etc..).
Com a alta do dólar em 99, a indústria de papel do Brasil, principal fornecedora das gráficas,
pode ajustar seus preços em até 60%, pois o preço do papel importado, que segurava os preços
no mercado interno, disparou devido a desvalorização cambial. O impacto sobre o custo gráfico
foi enorme. A inflação setorial foi muito acima da inflação geral da economia, tornando 99 um
ano de muito desgaste para as empresas gráficas que se viram obrigadas a aceitar os aumentos
de insumos de um lado e a negociar o repasse desses aumentos aos seus clientes, gerando
muitas discussões em torno do preço final e composição de custos. Seguiram o comportamento
do papel em 99: tinta, chapa, filmes e equipamentos.
Também devido a desvalorização cambial, muitas gráficas enfrentaram e enfrentam até hoje
sérios problemas financeiros. As empresas que não se protegeram com hedge cambial, viram
seu passivo em dólar/marco/libra praticamente duplicar em 99. Matéria prima importada comprada
a prazo e equipamentos importados financiados no exterior tornaram-se para muitas gráficas
um pesadelo em 99, incentivando a competição predatória por parte de alguns empresários que
se viram muito pressionados a fazer caixa para quitar suas obrigações. A qualidade desses
serviços prestados contudo é no mínimo questionável.
Um terceiro fator conseqüência direta da desvalorização cambial de 99 foi um aumento do
interesse de grandes grupo gráficos internacionais (Quebecor, Donneley, etc) no mercado
brasileiro. Ficou mais fácil adquirir gráficas brasileiras, muitas delas enfrentando problemas
financeiros, com “moeda forte”.
O ano 2000 começa portanto com um cenário bastante diferente daquele do início de 99,
quando o preço médio do produto gráfico era cerca de 30% inferior ao que verifica-se hoje.
Verificou-se no mercado por exemplo, uma maior procura por outras mídias por parte de clientes
já tradicionais de impressos. Mídias como rádio e televisão, internet, entre outras, não tiveram
seu valor vinculado ao dólar e portanto mostraram-se mais atrativas no início de 2000. Exemplo:
Mudança de estratégia promocional do Carrefour que firmou parceria com a Rede Globo reduzindo
a verba destinada a encartes. Esse movimento em direção a outras mídias também foi verificado
nos EUA em 95 pela PIA, quando houve um aumento expressivo no preço do papel.
O ano 2000 já apresenta um cenário macro econômico mais estável e espera-se que o setor
gráfico acompanhe o crescimento geral da economia, mas poucos empresários arriscam maiores
prognósticos. Em 2000 uma flutuação sazonal, já tradicional no mercado gráfico, aquecendo a
atividade de maneira acentuada no segundo semestre, já é esperada. Mas isto não é novidade.
Atualmente identifica-se alguns investimentos na aquisição de equipamentos de impressão,
menor do que em outros anos, mas ganhando fôlego em comparação a 99. A corrida pela
especialização também merece algum destaque. Muito se importou durante o plano real e ter
máquinas modernas de impressão tornou-se “lugar comum”. A diferenciação, tanto através de
equipamentos específicos de acabamento quanto através de serviço diferenciado prestado aos
clientes, passaram a ser componentes importantes para a sobrevivência de muitas gráficas.
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RANKING ECONÔMICO-FINANCEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA, EDITORIAL E DE EMBALAGEM SEGMENTO DE
IMPRESSOS PROMOCIONAIS E EDITORIAIS – 1998 (Milhares de reais)
Fonte: ABIGRAF
*Presença da Posigraf
(1) Impressão de livros, revistas e fascículos (não inclue jornais)
(2) Semi-rígidas de cartão, sacolas, rótulos e envoltórios
(3) Agendas, cartões de mensagem, cadernos, envelopes, etiquetas, guias fiscais, livros contábeis, papel de presente, fichas de controle
(4) Calendários, notas fiscais, timbrados, talonários, convites e impressos em geral de pequenos formatos e baixas tiragens (inclue gráficas rápidas)
(5) Serigrafia, papel fantasia, baralhos, puzzles, cartões magnéticos (de crédito e de telefone)
94 95 96 97 98 99
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NÍVEL TECNOLÓGICO DO SETOR GRÁFICO
Fonte: ABIGRAF
97 98 99
Quant. % Quant. %
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BALANÇA COMERCIAL DE PAPEL E CELULOSE (Milhões de toneladas)
Fonte: ABIGRAF
97 98 99 97 98 99 97 98 99
Produção Brasil 1,98 1,97 1,54 0,65 0,65 0,51 2,63 2,62 2,05
Exportação 0,84 0,74 0,60 0,05 0,06 0,05 0,89 0,80 0,65
Importação 0,23 0,25 0,13 0,06 0,05 0,02 0,29 0,30 0,43
Consumo 1,37 1,48 1,07 0,66 0,64 0,48 2,03 2,12 1,55
10 ANOS
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Produção Gráfica na era digital
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3a. Pré-produção digital
Os arquivos podem ser enviados para a Posigraf nas seguintes mídias:
CD-ROM (Mac/PC)
Escreva o nome de sua empresa em etiquetas coladas no disco. No início do trabalho eles
serão cadastrados com o número da ordem de serviço, para controle e rastreabilidade,
facilitando sua devolução ao término do trabalho.
Quando você for fechar um arquivo, ou seja, gerar um PostScript, siga os seguintes
passos:
[ Antes de gerar os arquivos PostScript, verifique se os links estão corretos e se não falta
nenhum elemento da página (EPSs e TIFFs).
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[ Checar se existe sangria de 5mm em todas as fotos e fundos que estiverem no limite do
corte ou no formato da página.
[ Aconselhamos que o nome de seus arquivos não ultrapasse oito (08) dígitos e não
utilize caracteres especiais ( / * ~ _ - } + )
[ Utilize sempre programas de editoração (p. ex.: Page Maker e Quark Xpress) para
revistas e trabalhos com mais de 20% de texto em seu conteúdo. Não use programas de
ilustração, mesmo que tenham recurso de formatação em blocos de texto.
O birô da Posigraf possui a imagesetter/platesetter Crescent 42 e o software Impostrip
(Mac), de imposição de páginas. Este software permite que seja dada saída em cadernos de 8
páginas já com a imposição das páginas de uma revista ou livro, economizando tempo e
aumentando a precisão de registro.
Nosso bureau está equipado com plataformas PC e Mac e scanner cilíndrico de alta
definição, disponíveis 24 horas para tratamento de imagens e saída de filmes.
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3b. Formatos e medidas gráficas
Impressos Institucionais
NOME FORM. MÍN. / MÁX. PAPEL (gr/m2) CÔRES F CÔRES V ACABAMENTO
(FA) = Formato aberto. (FF) = Formato fechado - (1) - RPC (Recomendado pelos Correios).
Impressos Sociais
NOME FORM. MÍN. / MÁX. PAPEL (gr/m2) CÔRES F CÔRES V ACABAMENTO
Impressos promocionais
NOME FORM. MÍN. / MÁX. PAPEL (gr/m2) CÔRES F CÔRES V ACABAMENTO
(1) - Formato sugerido. (2) - Serve para filipeta, jato, volante, folheto. (3) - Tamanho padrão inexistente, podendo ser
confeccionado em papel ou vinil. (4) - Policromia (CMYK + especial(ais). (5) - Formato padrão no Brasil. (6) - Composto (base +
revestimento).
Impressos Editoriais
NOME FORMATO PAPEL PAPEL CÔRES CÔRES ACABAMENTO
COMUM MÍN. / MÁX. (mm) CAPA (gr/m2) MIOLO (gr/m2) CAPA MIOLO USUAL
Livro de bolso 75 x 105/105 x 150 150 a 180 48,8 a 60 4x0 (1) 1x1 (1) Grampo ou lombada quadrada
Livro 105 x 150/305 x 305 150 a 350 54 a 150 4x1 (1) (2) Lomb. quadrada ou capa dura
Revista 130x180/230x320 (1) 120 a 180 54 a 90 (2) (2) Grampo ou lombada quadrada
Jornal diário FA 640 X 560 - FF 320 X 280 - 46 a 52 4 4 Encartamento e dobras
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Impressos Especiais
NOME FORM. MÍN. / MÁX. PAPEL (gr/m2) CÔRES F CÔRES V ACABAMENTO
Cartucho 20x30x40 - 90x120x160 (FF) 150 a 250 1a4 1a4 Corte & vinco, colagem
Caixa 100 x 120 x 180 (FF) - (1) 150 a 400 (2) (2) Corte & vinco, colagem
Etiqueta Diâm. 10 - 150 X 210 90 a 110 (2) (2) Corte & vinco ou refile
Selo 7 x 7 - 70 x 90 52 a 115 (3) 0 Corte & vinco ( perfuração), cola
Sacola 120 x 140 - 450 x 500 (FF) 120 a 180 (2) (2) Colagem, aplicação de alça
Papel de embrulho (4) 54 a 170 (2) (2) Colagem, aplicação de alça
Rótulo 30 x 50 - 380 x 120 60 a 180 (3) 0 ou 1 Refile ou corte & vinco
Dinheiro 140 x 65 (5) 170 (6) (7) (7) Refile
(1) - Formato máximo indefinido. (2) - Sujeito ao sistema de impressão. (3) - Policromia (CMYK + especiais). (4) - Em folhas planas:
320X480 - 750 X 1100 / em bobinas: 300 - 1200 (largura da bobina). (5) - Dinheiro brasileiro. (6) - Estimado. (7) - Segundo
informações coletadas, são aplicados 2 níveis de marca d’água, 1 fita de poliéster com 1 cr de impressão, 2 impressões com tinta e
verniz de segurança, 7 cores em Offset e duas cores em relevo timbrado.
Formatos de máquina
Planas
Formatos do papel, em folhas planas, das máquinas Heidelberg Speedmaster:
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Rotativas
Para máquinas rotativas existem diferentes medidas de largura de bobinas, que determinam
os formatos finais dos impressos. Abaixo, medidas das rotativas Harris para tablóides, nos
papéis mais comercializados:
Dobras de rotativa
As impressoras offset rotativas imprimem o papel em bobinas. Na saída das máquinas, existe
a unidade de dobra, que dobra e corta a fita de papel.
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Revistas – As medidas padrão de revistas para impressão em rotativas são:
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Imposição de páginas
É a distribuição das páginas no formato de impressão, para que após a dobra, as páginas
fiquem na ordem correta.
Para produção de revistas, pergunte ao bureau se é necessário fazer a imposição; não tente
fazê-la manualmente, pois podem ocorrer problemas de quebra de frames de textos e
desaparecimento de imagens.
Abaixo, esquema de imposição para cadernos de 16 páginas, formato magazine (revista).
As aberturas entre as páginas existem para o posterior acabamento.
FRENTE VERSO
10 10
mm mm
9 8 5 12 11 6 7 10
6 mm 6 mm
16 1 4 13 14 3 2 15
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3c. Impressão plana X impressão rotativa
Ambos os equipamentos utilizam o sistema de impressão Offset, onde a imagem é obtida
pela transferência indireta da tinta para o
suporte, ou seja, a matriz não entra em
contato direto com o papel.
Este sistema de impressão é baseado na
repelência entre água e tinta (substância
gordurosa).
A transferência da imagem original para a
matriz (chapa de impressão) é feita através do
fotolito. Após a exposição ao fotolito, a chapa de im-
pressão é revelada, e nela obtêm-se duas superfícies
diferentes: a imagem, que conterá a tinta de impressão, e
a contra-camada, que deixará o suporte (papel) à mostra.
Primeiro, a máquina de impressão aplica uma camada
de água sobre toda a chapa. Em seguida, os rolos de
tintagem espalham a tinta sobre a mesma.
As áreas de imagem recebem a tinta, e as partes que
não têm imagem a repelem pois a tinta, gordurosa,
não se mistura à água.
Com a chapa devidamente entintada, entra em ação um cilindro revestido com uma “capa”
de borracha chamada de blanqueta, ou cauchú (do francês cautchout, borracha), que é
impressa pela chapa entintada. A imagem, transferida da chapa para a blanqueta, é então
transferida para o papel.
Nela, o papel é recolhido por pinças pelo cilindro de pressão. Junto a ele roda o cilindro da
blanqueta, fazendo com que a imagem seja transferida para o papel. O cilindro da chapa
também roda em contato com a blanqueta, transferindo para esta a imagem.
A tinta no sistema Offset plano seca por oxidação e evaporação do solvente. Após a
impressão, as folhas do papel são novamente empilhadas, sendo encaminhadas para
acabamento.
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A qualidade de impressão das planas é excelente, imprimindo papéis de 40 a 400 gr/m2.
Máquinas planas para impressão de 5 ou 6 cores simultaneamente, em formato de folha
inteira, rodam entre 13.000 e 15.000 impressões por hora, em perfeito registro.
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Mistas - Impressoras diretas a quatro cores frente e verso, que possuem várias unidades de
impressão, dobra e intercalação de cadernos, utilizadas na impressão de grandes jornais
periódicos. Todas as rotativas são equipadas com elementos de dobra em sua saída. Aí, são
dobrados os cadernos que depois serão colecionados.Por serem impressoras de alta
velocidade (entre 25.000 e 60.000 cadernos/hora), ocorrem variações de dobra que podem
ocasionar problemas no produto final.
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Comparar os dois tipos de máquina de impressão é como comprar camisas de seda e de
algodão. Ambas são camisas, mas sua qualidade e seu custo são diferentes.
Tecnicamente:
[ Formato (rotativas: limitado; planas: variado)
[ Forma de apresentação do papel (rotativas: bobinas; planas: folhas)
[ Velocidade de impressão (rotativas: 2 a 3 vezes mais rápidas que as planas)
[ Preparação para acabamento (rotativas: dobram e refilam; planas: só imprimem)
[ Capacidade de gramatura (rotativas: limitado; planas: variado)
[ Registro (rotativas: satisfatório; planas: excelente)
[ Capacidade de produção (rotativas: alta; planas: média/alta)
[ Tiragem mínima (rotativas: limitada; planas: variada)
Comercialmente:
[ Custo/hora (rotativas: baixo custo/benefício; planas: médio custo/benefício)
[ Prazos (rotativas: pequeno; planas: médio)
Outro fator diferencial entre os dois sistemas de impressão está no ganho de ponto.
Quando da impressão, o percentual de pontos que está gravado no fotolito pode sofrer uma
alteração para cima (“ganha” pontos) ou para baixo por vários fatores:
Quando estes fatores não são levados em conta devido à proficiência da gráfica, existe a
diferença de tonalidade causada pelo ganho de pontos.
A imagem é gravada no fotolito, depois gravada na chapa, impressa na blanqueta e
transferida para o papel. Essa transferência aumenta a proporção de pontos por cm2. Para
que esse acréscimo seja minimizado, prepara-se o fotolito para que, antes da impressão,
haja uma compensação. Diminue-se a concentração de pontos no fotolito para que, quando
houver a impressão, os pontos cheguem às proporções desejadas.
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C o m p a r a n d o:
PLANAS ROTATIVAS
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3d. Análise de provas gráficas
Provas digitais comuns
Na editoração eletrônica, o que se vê na tela não é exatamente aquilo que se verá no
impresso, apesar do “what you see is what you get” (o que você vê é o que você consegue)
já conhecido. Os raios luminosos que compõem as imagens coloridas na tela do computador
sintetizam as cores em RGB, e na impressão são sintetizadas em CMYK.
Por isso, é necessário ter à disposição equipamentos que forneçam provas em todas as
fases do processo, desde o projeto até antes da impressão. Mas apenas até aí; as provas
descritas a seguir não devem servir como parâmetro de comparação com a impressão de uma
máquina gráfica.
Na editoração, existem impressoras que podem fornecer provas preto e branco ou coloridas,
a custos acessíveis. As impressoras tem como características básicas o formato máximo de
impressão, a quantidade de memória disponível, sua velocidade, a resolução obtida como
resultado da impressão e o sistema de transferência do pigmento (tinta): jato de tinta, laser,
térmica ou Die Sublimation.
Nenhuma dessas impressoras fornecem provas totalmente fiéis em termos de cores para
artes gráficas, mesmo que calibradas para tal. A princípio, servem apenas para referência
antes da impressão; não servem como padrão para impressão e nem como amostra de cor,
salvo exceções (ver abaixo).
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Provas gráficas
Na produção de impressos, além das provas de lay out obtidas pelas máquinas descritas na
página anterior, deve-se ter provas gráficas que reproduzam exatamente o que está gravado
no fotolito, para que a gráfica possa fazer o controle da impressão e fornecer um resultado
satisfatório e dentro das expectativas. Além das provas heliográficas, que servem para
controle e conferência de vários itens do impresso (podendo ser substituídas por plotters
tiradas antes da saída de filmes), após a saída dos filmes temos quatro tipos de provas
confiáveis em termos de controle de impressão.
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Check list de revisão de provas
Faça a conferência dos itens abaixo quando for revisar uma prova. Não esqueça de assinar
e datar todas as provas.
MEDIDA (FORMATO)
Conferir, com régua, as medidas de lombada/frente (largura) e pé/cabeça
(altura).
REGISTRO
Ver com uma lente conta-fio as cruzes de registro, e certificar-se de que haja
encaixe das quatro cores.
ERROS DE TIPOGRAFIA
Falhas em tipos, manchas de texto e títulos.
PAGINAÇÃO
Confira a seqüência de páginas.
SANGRIAS
Verifique se há margem para sangria. As gráficas costumam fornecer as provas
com um fio na marca de corte; o que estiver além desse fio, será cortado.
RETRANCA DE TEXTOS
É a seqüência dos textos nas colunas.
ALINHAMENTO FRENTE/VERSO
Confira, colocando a prova contra a luz, se há encaixe entre imagens repetidas na
frente e no verso na mesma posição (por exemplo, numeração de páginas).
ENCAIXES/ESPELHADOS
Espelho é toda imagem que atravessa de uma página para outra. É importante
conferir na prova se a imagem está alinhada nas duas páginas.
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3e. Gráfica e fotolito – por uma visão única: a do cliente.
Na “briga” Gráfica versus Fotolito, quem sofre é o cliente, não a agência (ou designer, ou
produtor autônomo etc.).
Ao surgir um problema na gráfica, muitas vezes chama-se alguém do fotolito para tentar
resolver, já que “...o pessoal da gráfica disse que o problema está no filme”.
Se não houver comunicação entre fotolito e gráfica, a frase acima será verdadeira em pelo
menos sessenta por cento das vezes que for usada.
Ambos, gráfica e fotolito, devem promover interação para atingir o interesse comum - o
melhor resultado final.
A gráfica deve atingir expectativas divulgando seus parâmetros de operação. O fotolito,
preparando os originais para que estes parâmetros sejam seguidos.
A reprodução (impressão) deve apenas reproduzir fielmente, milhares de vezes, o que está
gravado no fotolito - nem mais, nem menos.
Mas a parte da agência (ou designer, ou produtor autônomo etc.) não é menos importante.
No capítulo “Pré-produção digital”, está o caminho do original até a pré-impressão
(fotolito).
Portanto, antes de enviar seus originais para fotolitar (não filmar; filma-se no cinema...),
promova essa interação, perguntando à grafica (após cada pergunta, a resposta da
Posigraf):
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5 - O fotolito deverá ser positivo ou negativo?
Positivo.
Impressão Plana
As compensações acima são médias, aplicam-se para imagens (não para bendays), e devem
ser respeitadas no escaneamento das mesmas, limitando-se as máximas em:
Cyan: 95%; Magenta: 95%; Amarelo: 95% e Preto: 88%.
Impressão Rotativa
As compensações acima também são médias, aplicam-se igualmente para imagens (não para
bendays), e devem ser respeitadas no escaneamento das mesmas, limitando-se as máximas
em: Cyan: 92%; Magenta: 92%; Amarelo: 92% e Preto: 85%.
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3f. Transmissão de dados
P O S I G R A F 26
3g. CtP - Computer to Plate
Também conhecido como filmless (sem filme) ou DTP (Direct to Plate - direto na chapa), é
uma das novas evoluções tecnológicas gráficas, que permite a gravação de chapas para
impressão sem uso de fotolito.
Na Posigraf, uma de nossas imagesetters é também uma platesetter (copiadora de chapas -
ver foto abaixo).
Após a instalação definitiva desse sistema, poderemos ter o envio de arquivos por Internet
e cópia destes arquivos direto nas chapas de impressão, podendo também ser copiadas
chapas a partir de arquivos abertos ou fechados, enviados em disquetes ou outra mídia de
transporte.
A principal vantagem desse sistema é obviamente econômica devido ao corte com custos
de fotolito.
Gráficas de fora do Brasil (principalmente América Latina) utilizavam o sistema CtP como
diferencial, ganhando várias concorrências com gráficas nacionais por oferecerem custo zero
de fotolito.
Outra grande vantagem é a preservação do meio-ambiente, devido à eliminação do
processo químico de revelação dos filmes e da ausência do fotopolímero (base do fotolito)
após seu uso, cuja decomposição pela natureza é lenta.
Os obstáculos técnicos a serem vencidos ainda são as falhas de registro nas pontas da
chapa, repetibilidade de cópia, dificuldades de reprodução de imagens à traço muito finas
(em tipos de corpos reduzidos e fios 0,1) e suavidade de passagem nos blends (degradês).
A fidelidade e exatidão dos arquivos deve ser total, pois não será feita prova dos filmes
como no sistema Cromalin. Para preservar a integridade dos arquivos, deve haver apenas uma
ripagem, para prova digital e chapa (R.O.O.M. - Rip Once, Output-Many).
Uma prova adequada para o sistema CTP é a print a jato de tinta de alta resolução, emitida
antes do envio dos arquivos, sendo necessário gerenciamento de cores para simulação em
CMYK.
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Definição
O CtP* ou direto na chapa, é um processo digital de transferência de imagem para a chapa.
Clientes providenciam todo material editorial e promocional em arquivos digitais (através de
disquetes ou transmissão remota de dados) para gráficas que, por sua vez, gravam
eletronicamente chapas de impressão, eliminando todas as tradicionais fases de preparação
de fotolito.
Breve histórico
Trata-se de uma tecnologia recente. A primeira revista a ser produzida inteiramente com a
tecnologia CtP, foi a “Sport Car International”, edição de maio de 1994, pela Publisher’s
Press, em Kentucky, EUA. Para realização deste feito, muito fotolitos de anunciantes foram
digitalizados através de um scanner, criando arquivos que foram então usados para gravar as
chapas.
A primeira publicação impressa com uma produção completamente digital, isto é, sem que
qualquer filme tenha sido digitalizado, ocorreu apenas em abril de 1995 (Scientific
American, impressa pela R.R. Donnelley&Sons Co., Illinois, EUA).
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Trabalhar diretamente com gráficas vai depender do grau de conhecimento de produção
gráfica digital do cliente e de sua filosofia de trabalho. Alguns departamentos de marketing
ou agências tem equipamentos (servidores, scanners, etc..) e software de ponta e faz parte
da filosofia de trabalho destas empresas terceirizar o mínimo possível. Já outras agências ou
empresas não tem interesse em investir em equipamentos de ponta e preferem terceirizar a
maior parte do trabalho de editoração digital, concentrado-se na criação de suas peças.
Na medida em que os links de transmissão de banda larga tornem-se mais acessíveis, talvez
alguns clientes prefiram trabalhar diretamente com gráficas, cabendo aos bureaus saber
valorizar a comodidade e acessibilidade de seus serviços (por exemplo, produzindo fotos
digitais, oferecendo banco de imagens e acompanhando a criação de perto).
De qualquer forma o bureau, deve continuar ocupando um importante papel no mercado e
integrando-se cada vez mais às gráficas no controle do fluxo digital de trabalho.
Dessa forma, atualmente não há grande economia com o descarte do filme propriamente
dito, mas como a tendência do mercado é de aumentar a produção de chapas digitais e
equipamentos de CtP, com o tempo poderemos observar o preço dessas chapas caindo. Pode-
se dizer que há um “potencial”, com o passar do tempo e com a transição entre as
tecnologias, de haver uma redução no custo final da impressão, mas que os maiores ganhos
são da qualidade e agilidade no processo de produção gráfica. Os ganhos produtivos na
impressão vão variar de gráfica para gráfica.
O mercado hoje
As gráficas que saíram na frente foram as gráficas de grande porte do segmento editorial,
devido ao alto investimento e a facilidade de controle do fluxo digital como um todo, pois
realizam serviços que são concebidos, editados e impressos dentro da mesma empresa . No
Brasil, a exemplo disso temos: Editora Abril, Editora Três e Editora do Brasil. Além disso, as
gráficas que se adaptam mais facilmente ao sistema são aquelas que já trabalham com fotolito
digital, tendo familiaridade com editoração eletrônica e saída de filmes.
Devido as grandes mudanças tecnológicas muita gráficas ainda estão inseguras em “apostar”
na tecnologia errada, pois existem muitas opções no mercado (chapa térmica, fotopolímero,
alido de prata ou híbrida/ tecnologia de tambor interno, externo ou plano/ laser azul ou
vermelho/maior ou menor grau de automação). A tendência é de redução do preço dos
equipamentos e convivência dessas diversas tecnologias, cada uma com suas características,
ainda por algum tempo.
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Os quadros a seguir demonstram como há um clara tendência de crescimento da utilização da
tecnologia CtP acima das previsões iniciais:
Conclusão
A tecnologia CtP veio para ficar. Entretanto ainda devemos observar um período de
transição do processo atual para o direto na chapa. A tendência é que as grandes gráficas
partam para o CtP primeiramente e com isso o mercado gráfico comece o processo de
mudança de cultura para que essa nova forma de trabalho seja viável.
O bureau deve continuar ocupando seu lugar no mercado, uma vez que seu grande trabalho
não esta na saída de filmes propriamente dita, mas na preparação dos arquivos e aprovação
do trabalho junto ao cliente.
O próprio filme deve durar por um bom tempo no mercado e provavelmente nunca deixe de
existir, devido a grande disseminação de seu uso. Os maiores ganhos são de um processo
mais ágil de produção gráfica e de uma maior qualidade final de impressão, devendo haver
uma leve redução nos custos finais de impressão a médio prazo.
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Principais adaptações e investimentos no Fluxo Digital de Trabalho via CtP
Familiarização a processos de
consistência digital de cores X X X
Platesetter e periféricos X
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Principais vantagens, economias e ganhos potenciais
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TABELA DE CÁLCULO PARA ESPESSURA DE LOMBADAS
Para calcular a espessura de lombada de livros e revistas, use a seguinte fórmula:
E X NÚMERO DE PÁGINAS
1.000 2
Offset 56 70
Offset 63 79
Offset 75 94
Offset 90 110
Offset 120 143
Offset 150 180
Couchê L1 90 77
Couchê L1 105 90
Couchê L1 125 113
Couchê L2 95 78
Couchê L2 120 99
Couchê L2 150 126
Couchê Matte (fosco) 95 93
Couchê Matte (fosco) 120 114
Couchê Matte (fosco) 150 152
P O S I G R A F 33