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INSTRUÇÃO TR/066/87

ENSAIOS E VERIFICAÇÕES EM TRANSFORMADORES DE CORRENTE

SÃO PAULO
1987
SUMÁRIO

Fascículo I 1. OBJETIVO
2. INSPEÇÕES
2.1.FUNCIONAMENTO
2.2.ATERRAMENTO
2.3.PORCELANA
2.4.TANQUE
2.5.ÓLEO
2.6. CAIXA DE LIGAÇÕES DO SECUNDÁRIO

Fascículo II ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA


1. INTRODUÇÃO
2. ENSAIOS
3. FATORES QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS
4. FATORES DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA
5. DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA
6. IMPRESSO
7. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Fascículo III RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO


1. INTRODUÇÃO
2. ENSAIOS
3. PRECAUÇÕES
4. IMPRESSO
5. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS

Fascículo IV 1. ENSAIO DE POLARIDADE


1.1. INTRODUÇÃO
1.2. ENSAIO
1.3. INTERPRETAÇÃO DE RESULTADOS
1.4. IMPRESSO

2. ENSAIO DE LEVANTAMENTO DA CURVA DE SATURAÇÃO


DOS ENROLAMENTOS SECUNDÁRIOS DE PROTEÇÃO
2.1. ENSAIO
2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
2.3. IMPRESSO

3. ENSAIO DE SATURAÇÃO DO SECUNDÁRIO


3.1.INTRODUÇÃO
3.2. ENSAIO
3.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
3.4. IMPRESSO

Fascículo VI 1. ENSAIO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS


1.1. INTRODUÇÃO
1.2. ENSAIO
1.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
1.4. IMPRESSO

2. ENSAIO DA CARGA IMPOSTA


2.1. ENSAIO
2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
2.3. IMPRESSO

3. ANÁLISE DE GASES DISSOLVIDOS EM ÓLEO IMINERAL


ISOLANTE

4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE COM SISTEMA DE


CONSERVAÇÃO DO ÓLEO COM N2

5. TRANSFORMADORES DE CORRENTE COM SECADOR DE


SÍLICA GEL

ANEXOS..
.
Fascículo I 1.OBJETIVO
2.INSPEÇÕES GERAIS
2.1. FUNCIONAMENTO
2.2. ATERRAMENTO
2.3. PORCELANA
2.4. TANQUE
2.5. ÓLEO
2.6. CAIXA DE LIGAÇÕES DO SECUNDÁRIO
Fasc. I - 1/2

INSTRUÇÃO TR/066/87

ENSAIOS E VERIFICAÇÕES EM TRANSFORMADORES DE CORRENTE


1. OBJETIVO

Esta instrução tem por finalidade estabelecer os procedimentos adequados


para realização de ensaios, verificações e avaliações das condições dos
transformadores de correntes, quando da recepção e da sua manutenção.
Os ensaios à serem realizados, quando da recepção e da manutenção dos
transformadores de corrente, estão definidos nas Instruções TR-009 “Recepção de
Equipamentos e Instalações de Subestações e TR-014 “Manutenção do Sistema de
Transmissão de Potência”, respectivamente.
Os ensaios à preenchimento dos impressos devem ser completados e reali-
zados adequadamente de maneira a fornecer subsídios para uma análise completa,
bem como a obtenção de valores de referência.
Os resultados dos ensaios devem ser anotados manualmente em
impressos apropriados e padronizados, de forma clara e legível.

2. INSPEÇÕES GERAIS
Tanto nos TC’s em operação quanto em recepção, deverá ser realizada
inspeção visual sendo que para os TC’s em operação, antes de realizar a inspeção
deve-se verificar se apresenta algum ruído anormal. Caso não apresente, desligar o
equipamento e proceder a seguinte Inspeção:
2.1. ATERRAMENTO
Efetuar inspeção visual do aterramento do transformador de corrente.
2.2. PORCELANA
a. Verificar as condições de limpeza;
b. Quando a porcelana receber tratamento de superfície com silicone, ve-
rificar se há formação de pontos brancos;
c. Verificar se existem trincas, parte quebradas, sinais de arco externo;
d. Verificar se há vazamento de óleo em algum ponto.

2.3. TANQUE

a. Verificar se existe vazamento de óleo;


b. Verificar o estado da pintura (anotar os eventuais pontos de oxidação).

2.4. ÓLEO

a. Verificar as condições do indicador de nível de óleo;

b. Verificar o nível de óleo;


Fasc. I - 2/2
c. Verificar pelo visor , o aspecto do óleo.

2.5. CAIXA DE LIGAÇÕES DO SECUNDÁRIO

a. Verificar a vedação;
b. Verificar as condições dos blocos de ligação e terminais
c. Verificar as condições dos cabos de interligação;
d. Reapertar todas as conexões;
e. Verificar se existe poeira e aglutinantes na bucha do enrolamento do
secundário
Fascículo II ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA
1. INTRODUÇÃO
2. ENSAIOS
3. FATORES QUE INFLUENCIAM OS
RESULTADOS
4. FATORES DE CORREÇÃO DE TEMPERATURA
5. DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA
6. IMPRESSO
7. INTERPRETAÇÀO DOS RESULTADOS
Fasc. II - 1/7

ENSAIO DE FATOR DE POTÊNCIA

1. INTRODUÇÃO

O ensaio tem por finalidade a deteção de defeitos na isolação do equipamento


elétrico, podendo através deste, verificar se o equipamento está em boas condições.

Sendo CA= Isolação entre o enrolamento de alta tensão e carcaça (carcaça + terra)
CB= Isolação entre o enrolamento de baixa tensão e carcaça )carcaça + terra)
CAB=CBA= Isolação entre os enrolamentos de alta tensão e baixa tensão.

2. ENSAIO
2.1. Procedimentos preparatórios para Ensaios
a. Isolar o transformador de corrente das barras energizadas;
b. Desconectar todos os cabos externos ligados ao transformador de corrente;
c. Desconectar os cabos de aterramento de cada enrolamento;
d. Curto circuitar cada enrolamento em seus terminais;
e. Aterrar a base do TC;
f. Conectar o instrumento de ensaio ao transformador de corrente para execução do
ensaio.

2.2. Transformador de Corrente sem acesso à Derivação Capacitiva


Nestes mesmos transformadores de corrente sómente um ensaio deverá ser
executado:
Fasc. II - 2/7

Ensaio nº 1 - Medição da Isolação do primário contra secundário e carcaça

a. Conectar o gancho do cabo de ensaio de alta tensão ao enrolamento primário do


transformador de corrente (TC);
b. Os terminais dos enrolamentos secundários devem ser curto-circuitados e
aterrados;
c. Com a chave de baixa tensão (LV SWITCH) na posição “GROUND “realiza-se o
ensaio, obtendo-se CA + CAB
Fasc. II - 3/7

A tabela à seguir, resume os procedimentos do ensaio:

Tabela I - Resumo dos Procedimento do ensaio


ENROLAMENTO
ENROLAMENTO POSIÇÃO
OU PARTE DO ENROLAMENTO TIPO DE
CONECTADO AO EQUIPAMENTO DA CHAVE
ENSAIO
CONECTADO AO OU PARTE DO ISOLAÇÃO
Nº CABO DE ALTA DE BAIXA
CABO DE BX. EQUIPAMENTO
TENSÃO TENSÃO ATERRADO TENSÃO ENSAIADA
(LV.SWITCH)
SECUNDÁRIO
1 PRIMÄRIO - GROUND CA+CAB
E CARCAÇA

2.3. Transformador de Corrente com acesso à Derivação Capacitiva

Será executado sómente um ensaio com a medição da isolação do primário contra


a derivação capacitiva aberta.
a. Conectar o gancho do cabo de ensaio de alta tensão ao enrolamento primário do
transformador de corrente;
b. Os terminais dos enrolamentos secundários e carcaça devem ser curto
circuitados e aterrados;
c. Conectar o cabo de ensaio de baixa tensão à derivação capacitiva desaterrada;
d. Com a chave de baixa tensão (LV SWITCH) na posição “ÜST” realiza-se o
ensaio, obtendo-se CA.

Tabela II - Resumo do Procedimento do Ensaio


Fasc. II - 4/7

ENROLAMENTO ENROLAMENTO ENROLAMENTO POSIÇÃO DA TIPO DE


OU PARTE DO OU PARTE DO CHAVE
ENSAIO CONECTADO AO ISOLAÇÃO
EQUIPAMENTO EQUIPAMENTO DE BAIXA
CABO DE ALTA ENSAIADA
CONECTADO AO ATERRADO TENSÃO (LV
Nº TENSÃO
CABO DE BX. SWITCH)
TENSÃO
DERIVAÇÃO
1 PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
CAPACITIVA UST CA
(SHIELD) CARCAÇA

OBSERVAÇÕES:
1. Em todos os ensaios de transformadores de corrente devemos tomar cuidado para
que os ganchos não toque outras partes que não devam ser energizadas;

2. Em todos os transformadores de corrente devem ser anotados os valores de


Capacitância medidas;

3. Antes da realização do ensaio limpar cuidadosamente a porcelana, afim de evitar


correntes de fuga indesejáveis.

3. Fatores que influenciam os resultados

Temperatura - é de grande importância determinar uma temperatura como base


de cálculos de modo a poder comparar os resultados obtidos em diferentes ensaios
sob diversas condições de tempo.
O fator de potência, de um modo geral, cresce com o aumento da temperatura;

Umidade Relativa do AR - é recomendável que as condições de umidade relativa


do ar atmosférico não sejam superiores à 70% no instante da execução do ensaio,
pois poderá haver correntes de fuga pela parte externa da porcelana;

Tensão - as tensões normalmente utilizadas para os ensaios de fator de potência


realizados no campo são: 2,5 e 10 kV;

Indução - os ensaios realizados nas proximidades de equipamentos energizados


deverão utilizar instrumentos adequados afim de minimizar os efeitos de indução
devido ao aparecimento de correntes indesejáveis, que são originadas por tensões
induzidas no equipamento sob ensaio através dos instrumentos de medição.

4. Fator de Correção de Temperatura


Fasc. II - 5/7
A correção dos valores para a temperatura de 20 ºC, normalmente é indicada pela
DOBLE e adotada pelas normas ABNT e AIEE. Para efeito de comparação, o fator de
potência de transformadores de corrente é convertido a uma temperatura de 20 ºC. A
tabela III apresenta os valores existentes de correção, onde é considerada como
temperatura de ensaio a temperatura do óleo no topo do transformador.

TEMP. DO TEMP. DO TEMP. DO TEMP. DO


FATOR DE FATOR DE FATOR DE FATOR DE
ENSAIO ENSAIO ENSAIO ENSAIO
ºC CORREÇÃO ºC CORREÇÃO ºC CORREÇÃ ºC CORREÇÃO
O
0 1,67 12 1,30 24 0,86 36 0,56
1 1,64 13 1,27 25 0,83 37 0,54
2 1,61 14 1,23 26 0,80 38 0,52
3 1,58 15 1,19 27 0,77 39 0,50
4 1,55 16 1,16 28 0,74 40 0,48
5 1,52 17 1,12 29 0,71 41 0,47
6 1,49 18 1,08 30 0,69 42 0,45
7 1,46 19 1,04 31 0,67 43 0,44
8 1,43 20 1,00 32 0,65 44 0,42
9 1,40 21 0,97 33 0,62 45 0,41
10 1,36 22 0,93 34 0,60
11 1,33 23 0,90 35 0,58

3. Determinação da Temperatura

Devido a dificuldade de obtenção direta da temperatura do óleo no topo do equi-

pamento, recomendamos o seguinte critério:

1. Caso o equipamento esteja desligado à mais de 5 horas, adotar a temperatura

ambiente (Ta);

2. Outro critério para determinar a temperatura interna do equipamento será o

seguinte:

a. Medir a temperatura da parte superior do tanque ( tp ) do transformador de

corrente, com um termômetro de contato ou um


Fasc. II - 6/7
termômetro de mercúrio com bulbo e uma massa para fixá-lo ao tanque (colocar o
termômetro no lado oposto ao do sol);

b. medir a temperatura ambiente ( Ta ) com o termômetro colocado à sombra;

c. Aplicar a seguinte fórmula para determinar a temperatura do óleo;

To = Tp + 2/3 (Tp - Ta)

onde:
To = temperatura calculada do óleo
Tp = temperatura da parede do tanque
Ta = temperatura ambiente

4. Impresso

O impresso a ser usado para o registro dos resultados obtidos no ensaio de fator
de potência em transformadores de corrente é o modelo TR/TRE/081, mostrado no
anexo I.
O campo “Ensaio de Fator de Potência em Transformador de Corrente”, deverá ser
preenchido da seguinte maneira:
a. Na coluna Ensaio”, está a numeração do ensaio;
b. Na coluna “Cabo de AT”, está conectado ao cabo de Alta Tensão do
instrumento de ensaio;

c. Na coluna “Aterrado”, deverá ser anotado o enrolamento ou parte do


equipamento que está aterrado durante o ensaio;
d. Na coluna “cabo BT”, deverá ser anotado o enrolamento ou parte do equipa-
mento que esta conectado ao cabo de Baixa tensão do instrumento de
ensaio;

e. Na coluna “Posição da Chave LV, deverá ser anotado a posição da chave da


Baixa Tensão “LV SWITCH”;
f. Na coluna “Isolação “, deverá ser anotado a isolação ensaiada CA+CAB ou
CA;

g. Na coluna “Leitura ., deverá ser anotado as leituras de mVA e mW. Para o


caso de utilização do MH-10 deverá ser anotado as leituras de mA ou uA e
W.
h. Na coluna “Multip”, deverá ser anotado os multiplicadores das leituras de mA
ou uA e mW ou W.

i. Na coluna “mVA”, deverá ser anotado o resultado do cálculo do mVA;


Fasc. II - 7/7
Para o caso de utilização do MH-10 deverá ser anotado o resultado do cálculo do mA
ou µA.
i. Na coluna “mW”, deverá a ser anotado o resultado do cálculo do mW; Para o
caso de utilização do MH-10 deverá ser anotado o resultado do cálculo do W.

j. Na coluna “Temp. Interna”, deverá ser anotado a temperatura do equipa-


mento durante o ensaio;

k. Na coluna “F.P.Medido”, deverá ser anotado o resultado do cálculo do fator


de potência;

l. Na coluna “F.P.% à 20 ºC, deverá ser anotado o resultado do fator de


potência corrigido à 20 ºC;

n. No espaço vago à frente de “Capacitância Ensaio 1,2,3 e 4, deverá ser


anotado o valor de Capacitância medido nos ensaios.

5. Interpretação dos Resultados

Não se deve avaliar as condições de um transformador de corrente em função


de resultados isolados, quando não se possui uma tabela de valores limites.
A avaliação deve ser feita pela comparação de resultados de ensaios realizados
em condições similares na mesma unidade ou unidades idênticas.
À seguir será apresentado a tabela IV com os valores orientativos para ensaio de
fator de potência em transformadores de corrente.

Tabela IV- Valores Orientativos de Fator de Potência em Transformadores de


Corrente

TENSÃO (kV) ISOLAÇÀO FP (%) T (ºC)


69 e 88 Óleo 1,5 20
138 e 230 Óleo 1,0 20
Acima de 230 até 500 Óleo 0,5 20
Fascículo III Resistência de Isolamento
1. INTRODUÇÃO
2. ENSAIOS
3. PRECAUÇÕES
4. IMPRESSO
5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Fasc. III - 1/9
ENSAIO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

1. INTRODUÇÃO
Este ensaio visa determinar o estado da isolação antes da colocação do
transformador de corrente em serviço.
As isolações envolvidas em transformadores de corrente são esquematicamente
mostradas na figura à seguir.
Quando for o caso de ensaios de recepção deverão ser realizados todos os
ensaios citados nestes fascículos cujos resultados servirão como parâmetros para
comparações futuras.

Sendo:
RA = Isolação entre o enrolamento de alta
tensão e carcaça (carcaça + terra)
RB = Isolação entre o enrolamento de bai-
xa tensão e carcaça (carcaça+terra )
RAB = RBA = Isolação entre os
enrolamento de alta e baixa tensão

2. ENSAIOS

2.1. Procedimentos preparatórios para ensaios


a. Isolar o transformador de corrente das barras energizadas;
b. Desconectar todos os cabos externos ligados ao transformador de corrente;
c. Desconectar os cabos de aterramento de cada enrolamento;
d. Curto-circuitar cada enrolamento em seus terminais;
e. Aterrar a base do TC;
f. Conectar o instrumento de ensaio ao transformador para a execução dos
ensaios

2.2. Transformador de Corrente com ou sem Derivação Capacitiva (Tap)

Ensaio nº 1. - Medição da Resistência de Isolamento Primário contra a Carcaça e


Secundários.
a. Conectar o cabo de ensaio LINE ao enrolamento primário do transformador de
corrente
Fasc. III - 2/9
c. Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça e aos enrolamentos
secundários do transformador de corrente;

c. Liga-se o instrumento de ensaio (tensão 2500 V), obtendo-se as leituras de


RA+RAB

Ensaio n.º 2 - Medição da Resistência de Isolamento dos Secundários contra a


Carcaça

a. Conectar o cabo de ensaio LINE aos enrolamentos secundários do


transformador de corrente

b. Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador de corrente;

c. Conectar o cabo de ensaio GUARD ao enrolamento primário

d. Ligar o instrumento de ensaio (tensão 500 V), obtendo-se a leitura de RB.


Fasc. III - 3/9

OBSERVAÇÃO:

O resultado da resistência de isolamento para cada secundário deverá ser maior ou


igual ao limite da recomendação do fabricante (tensão 500 V).
Atualmente a CESP conhece apenas os valores de referência para os TC’s Alsthom
Savoisienne tipo inverso.
Os valores da resistência de isolamento para os TC’s Alsthom Savoisienne IH-14-24-
34 de tensões 72,5 à 420 kV são:

-Resistência de isolamento do primário contra carcaça e secundários devem ser maior


que 25.000 MΩ;

-Resistência de isolamento dos secundários contra à massa deve ser maior que 500
MΩ;
-
- Caso o valor da resistência de isolamento dos secundários contra carcaça e/ou entre
secundários, seja menor de 500 MΩ, deve ser realizado o ensaio n.º 3, e o resultado
obtido não deve ser inferior a este valor.

Ensaio n.º 3 - Medição da resistência de Isolamento de cada Secundário contra


Carcaça

a. Conectar o cabo de ensaio LINE a um dos enrolamentos do secundário;


Fasc. III - 4/9
b. Conectar o cabo de ensaio EARTH à carcaça do transformador de corrente;
c. Conectar o cabo de ensaio GUARD ao enrolamento primário e aos demais
enrolamentos secundários
d. Ligar o instrumento de ensaio (tensão de 500 V), obtendo-se RB1 , RB2.....

Ensaio n.º 4 - Medição da Resistência de Isolamento entre Secundários

a. Conectar o cabo de ensaio LINE a um dos enrolamentos do secundário;


b. Conectar o cabo de ensaio EARTH ao outro enrolamento do secundário do
mesmo transformador de corrente;
c. Conectar o cabo de ensaio GUARD à carcaça, ao enrolamento primário e demais
secundários do transformador de corrente;
d. Ligar o instrumento de ensaio (tensão de 500 v ), obtendo-se as leituras de RB1-2.
Fasc. III - 5/9

Ensaio n.º 5 - Medição da Resistência de Isolamento entre Partes do


Enrolamento que compõem o Primário
Fasc. III - 6/9
a. Conectar o cabo de ensaio LINE à ligação entre o terminal não ligado à parte
metálica superior (normalmente indicado por H1 ou P1 );

b. Conectar o cabo de ensaio EARTH ao terminal ligado à parte metálica


(normalmente indicado por H2 ou P2 );

c. Conectar o cabo de ensaio GUARD à carcaça e ao terminal dos secundários curto-


circuitados;

d. Ligar o instrumento de ensaio (tensão 500 V ), obtendo-se as leituras de RA1-2

OBSERVAÇÃO:
Durante o ensaio devem ser abertas as ligações primárias, utilizadas para troca
de relação de transformação e o terminal H2 ou P2 deve continuar ligado à parte
metálica superior
Devem ser anotadas a temperatura ambiente e umidade relativa do ar. As buchas dos
terminais primários devem estar bem limpas.

Ensaio n.º 6 - Medição da Resistência de Isolamento entre a derivação capacitiva


e a carcaça com tensão de 500 V

a. Conectar o cabo de ensaio LINE ao terminal da derivação capacitiva;


Fasc. III - 7/9

b. Conectar o cabo EARTH à carcaça do transformador de corrente;

c. Conectar o cabo GUARD aos terminais do primário e secundários curto-circuitando-


os

3. Precauções:
1. Deve ser observado que no MEGGER os terminais LINE e GUARD estão
praticamente ao mesmo potencial;
Fasc. III - 8/9
2. Por ocasião das conexões dos cabos (LINE, EARTH,GUARD) ao equipamento,
tomar cuidado para os mesmos não toquem outras partes do equipamento ou
entre si, para que não seja alterada a isolação ser ensaiada;

3. Na medição da resistência de isolamento entre secundários, quando o


transformador de corrente tiver mais do que 02 (dois) enrolamentos secundários,
cada enrolamento deverá ser ensaiado contra os demais.

Tabela VI- Resumo dos Procedimentos dos Ensaios

ENSAIO ENROLAMENTO OU PARTE DO EQUIPAMENTO TIPO DE


Nº CONECTADO AO CABO ISOLAÇÃO
ENSAIADA
LINE GUARD EARTH
1 PRIMÁRIO - SECUNDÁRIO RA + RAB
+ CARCAÇA
2 SECUNDÁRIO PRIMÁRIO CARCAÇA RB
SECUND. 1 PRIM. + SEC. 2,3,4 CARCAÇA RB 1
3
SECUND. 2 PRIM. + SEC. 1,3,4 CARCAÇA RB 2
SECUND. 1 PRIM. + CARCAÇA SECUND. 2,3,4 RB1 - 2,3,4
4 SECUND. 2 PRIM. + CARCAÇA SECUND. 1,3,4 RB2 -1,3,4
SECUND. 3 PRIM. + CARCAÇA SECUND.1.3.4 RB3 - 1,2,4
SECUND. 4 PRIM. + CARCAÇA SECUND. 1,3,4 RB4 - 1,2,3
5 PRIMÁRIO P1 SEC. + CARCAÇA PRIMÁRIO P2 RA 1-2
6 DERIV. CAPAC. PRIM. + SECUND. CARCAÇA DERIV.CAPAC.

4. IMPRESSO
O impresso à ser usado para registro de resultados obtidos no ensaio da
resistência de isolamento em transformador de corrente é o modelo TR/TRE/081,
mostrado no anexo I.
O campo “Ënsaio da Resistência de Isolamento em Transformador de Corrente
“deverá ser preenchido da seguinte maneira:
a. Na coluna “Ensaio “está a numeração do ensaio;
b. Nas colunas “LINE “, “EARTH “e “GUARD “deverá ser anotado o enrolamento
ou parte do equipamento que está sendo conectadoaos cabos LINE, EARTH e
GUARD;
c. Na coluna “Tensão do MEGGER Volts “, deverá ser anotadoa tensão de
ensaio;
d. Nas colunas “30 segundos “, “1 minuto “e “Estabilização”, deverá ser anotado
as leituras do Megger após 30 segundos, 1minuto e estabilização.

5. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Não se deve avaliar as condições de um transformador de corrente em função


de resultados isolados, para acompanhamento da deteriozação de seu isolamento.
Fasc. III - 9/9
A avaliação deve ser feita pela comparação de resultados de ensaios realizados
em condições similares na mesma unidade ou unidades idênticas.
Até o presente momento não existe relação de de valores limites que possam
traduzir de imediato, as condições dielétricas de um transformador de corrente.
Assim, tendências persistentes para diminuição da resistência indicam
problemas iminentes que devem ser investigados.
Fascículo IV 1. ENSAIO DE POLARIDADE
1.1. INTRODUÇÃO
1.2. ENSAIO
1.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
1.4. IMPRESSO

2. ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO


2.1. ENSAIO
2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
2.3. IMPRESSO

3. ENSAIO DE LEVANTAMENTO DA CURVA DE


SATURAÇÃO DOS ENROLAMENTOS SECUNDÁRIOS
DE PROTEÇÃO
3.1. INTRODUÇÃO
3.2. ENSAIO
3.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
3.4. IMPRESSO
Fasc. IV - 1/4

1. ENSAIO DE POLARIDADE

1.1. INTRODUÇÃO
Este ensaio visa determinar o sentido da corrente primária e secundária nos
seus terminais, ou seja, determinar quais são os terminais positivo e negativo em um
determinado instante i.é, a relação entre os sentidos momentâneos das f.e.m. nos
enrolamentos.

1.2. ENSAIO
Este ensaio é feito normalmente utilizando-se o método de Golpe Indutivo com
corrente contínua, conforme mostrado na figura :

a. Conecta-se aos terminais primários do transformador de corrente, uma fonte


de 1,5 Volts (pilha de telefone);
b. Conecta-se aos terminais secundários do transformador de corrente, um voltí-
metro;
c. Fechar a chave CH e verificar a deflexão do voltímetro “DC “no instante do fe-
chamento, se a deflexão do ponteiro for para a direita, a polaridade será subtrativa, se
for para esquerda será aditiva;
d. Nas ligações do circuito de ensaio, observar rigorosamente as prioridades
indicadas na figura anterior.

1.3 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


A polaridade tem que ser subtrativa, caso contrário deverão ser invertidos os
terminais secundários do transformador de corrente.

1.4. IMPRESSO
O impresso a ser usado para o registro dos resultados obtidos no ensaio de
polaridade em transformador de corrente é o modelo TR/ TRE/082, mostrado no
anexo I;
No campo “Polaridade”, deverá ser anotado se a polaridade do trans-
Fasc. IV - 2/5
formador de corrente é substrativa ou aditiva.

2. ENSAIO DE RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

2.1. ENSAIO

Este ensaio é feito da seguinte maneira:


a. Conecta-se uma fonte de corrente “AC “e o amperímetro aos terminais primá-
rios do transformador de corrente;
b. Conecta-se um amperímetro ao secundário do transformador de corrente;
c. Aplicar corrente mais próxima possível da nominal, anotar os valores de
correntes indicadas nos amperímetros e calcular a relação de transformação.

OBSERVAÇÃO
1. As derivações do secundário que não estiverem sendo ensaiadas deverão
permanecer abertas;
2. Os enrolamentos secundários pertencentes à núcleos diferentes devem ser
curtos-circuitados.

2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Este ensaio tem a finalidade de determinar se o transformador está com relação


de transformação especificada.
Para conferir a relação basta dividir a leitura do amperímetro A1 pela leitura do
amperímetro A2 e comparar com a relação indicada na placa.

2.3. IMPRESSO
Fasc. IV - 3/5

O impresso à ser usado para registro dos resultados obtidos no ensaio de


relação de transformação em transformador de corrente é o modelo TR/TRE/082
mostrado no anexo I.
O campo “Relação de Transformação “deverá ser preenchido da seguinte
maneira:
a. Na coluna “Terminais “, deverão ser anotados os terminais secundários que
estão sendo ensaiados;
Exemplo: S1S2
b. Na coluna “Corrente Primária - Ip (A), deverá ser anotada a leitura de corrente
que está circulando no enrolamento primário do transformador de corrente;
c. Na coluna “Coluna Secundária - Is (A) “, deverá ser anotada a leitura da cor-
rente medida no secundário que está sendo ensaiado;
d. Na coluna “Relação ( K ) “, deverá ser anotada a relação de transformação
calculada.

3. ENSAIO DE LEVANTAMENTO DA CURVA DE SATURAÇÃO DOS


ENROLAMENTOS SECUNDARIOS DE PROTEÇÃO

3.1. INTRODUÇÀO
Este ensaio visa determinar a saturação do transformador de corrente
ocasionada pelas altas correntes de curto - circuito e componente contínua que
aparecem nos sistemas de alta - tensão e extra alta tensão.

Procedimentos Preparatórios para Ensaio

a. Desconectar o transformador de corrente das barras energizadas;


b. Desconectar todos os cs cabos do transformador de corrente;
c. Conectar um variador de tensão (VARIAC), um transformador de potencial auxiliar,
um miliamperímetro, um amperímetro e um voltímetro, conforme o esquema abaixo:
Fasc. IV - 4/5

3.2. ENSAIO

Aplicar ao secundário do transformador de corrente uma tensão variável e medir


a corrente de excitação correspondente à cada valor de tensão aplicada, com o
primário aberto.

a. A tensão a ser aplicada deverá se controlada por um voltímetro conectado aos


terminais secundários do transformador de corrente;
b. Como no início do ensaio a corrente à ser medida é muito pequena, deverá
ser utilizado um miliamperímetro;
c. Quando o valor de corrente a ser medido for chegando ao fim da escala do
miliamperímetro, fechar a chave CH, que curto-circuita o miliamperímetro, e passar a
efetuar as leituras de corrente no amperímetro;
d. variar a tensão de 50 em 50 V ou mais, dependendo da grandeza do ponto de
inflexão;
e. À partir deste instante, variar a tensão de 10 em 10 V até obter a saturação do
transformador de corrente;
f. No ensaio a variação de tensão deve ser feita sempre no sentido crescente,
não sendo admitido, em nenhuma hipótese o descrécimo da mesma;
g. Quando a tensão à ser aplicada no transformador de corrente for maior do
que a tensão que consiga dar o VARIAC, devemos utilizar o transformador de
potencial auxiliar (TA).
Fasc. IV - 5/5
3.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Levantar a curva de saturação e comparar com a curva fornecida pelo fabricante


do transformador de corrente.

3.4. IMPRESSO
O impresso à ser usado para registro dos resultados obtidos no ensaio de
saturação do secundário em transformador de corrente é o modelo TR/TRE/063,
mostrado no anexo I.
O campo “Ensaio de Saturação”, deverá ser preenchido da seguinte maneira:

a. Na frente da palavra “Enrolamento”, deverá ser anotado o enrolamento que


está sendo ensaiado;
b. Na coluna “Vs (VOLT)”, deverá ser anotado a tensão que está sendo aplicada
ao enrolamento secundário;
c. Na coluna “Iexc. (mA)”,deverá ser anotado a corrente que está sendo aplicado
ao enrolamento secundário;
d. No campo “Observações”, deverá ser anotado todas as observações à
respeito do ensaio;
e. No campo “Assinaturas”, deverá constar as de quem realizou o ensaio, o res-
ponsável e do engenheiro supervisor.
Fascículo V 1. ENSAIO DE RESISTÊNCIA OHMICA DOS
ENROLAMENTOS
1.1. INTRODUÇÃO
1.2. ENSAIO
1.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
1.4.IMPRESSO

2. ENSAIO DA CARGA IMPOSTA


2.1. ENSAIO
2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
2.3. IMPRESSO

3. ANÁLISE DOS GASES DISSOLVIDOS EM ÓLEO


ISOLANTE

4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE COM SISTEMA


DE CONSERVAÇÃO DE ÓLEO COM N2

5. TRANSFORMADORES DE CORRENTE COM SECA-


DOR DE SÍLICA-GEL
Fasc. V - 1/5
1. ENSAIO DE RESISTÊNCIA OHMICA DOS ENROLAMENTOS
1.1. INTRODUÇÃO
Este ensaio visa comparar a medição da resistência ohmica dos enrolamentos
no campo com os valores obtidos nos ensaios de recepção na fábrica.

1.2. ENSAIO
Emprega-se a Ponte de Wheatstone ou Kelvin para medida da resistência
ohmica dos enrolamentos, sendo este métodos mais simples e de grande exatidão.
a. As ligações serão feitas conforme recomendações dos fabricantes das mes-
mas;
b. Devido à variação da resistência ohmica com a temperatura, os valores
obtidos devem ser referidos à uma mesma temperatura, para efeito de comparação e
cálculo;
c. As normas recomendam 75ºC como temperatura de referência;
d. A resistência ohmica medida à “t1”e referida à 75ºC será calculada pela
fórmula para enrolamentos de cobre:

309 ,5
R75 = Rt 1
234 ,5 + t1
OBSERVAÇÕES:
1. Não se deve medir a resistência do enrolamento sem que haja a estabilização
da corrente (DC) que circula pelo enrolamento e ponte de Wheasthone ou Kelvin.
Após ter efetuado a leitura, aguardar um tempo para certificar que realmente a
corrente estava estabilizada e portanto, o valor lido não foi alterado;
2. Depois da realização do ensaio, o operador deve desligar em primeiro lugar
no instrumento de ensaio a fonte de corrente contínua (bateria, pilha) e em seguida
desconectar todos os fios de ligação.
Nunca deve puxar os fios que conectam o instrumento de ensaio ao
equipamento sob ensaio.

1.3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


É imprescindível que a medição da resistência seja de uma precisão + ou -
0,2%, de modo que o erro no cálculo de elevação de temperatura dos enrolamentos
seja de + ou - 1ºC.
Após ter calculado o valor da resistência à 75ºC, comparar com o valor fornecido
pelo fabricante.
Fasc. V - 2/5
1.4. IMPRESSO
O impresso a ser usado para registro dos resultados obtidos nos ensaios da
resistência ohmica dos enrolamentos em transformador de corrente é o modelo
TR/TRE/082 no anexo I.
a. Na coluna “Terminais”, deverão ser anotados os terminais que estão sendo
ensaiados;
b .Na coluna “Resistência medida ( OHMS)”, deverá ser anotado o valor da
resistência medida;
c. Na coluna “Resistência dos Fios de Ligação com o Instrumento (OHMS) “, de-
verá ser anotado o valor da resistência dos fios para conexão do instrumento ao equi-
pamento;
d. Na coluna “Resistência Real (OHMS)”, deverá ser anotada a diferença entre a
resistência medida e a resistência dos fios de conexão;
e. Na coluna “Temperatura do óleo ºC”, deverá ser anotado a temperatura do
óleo do equipamento;
f. Na coluna “Resistência Corrigida à 75ºC”, deverá ser anotado o valor calculado
da resistência à 75ºC.

2. ENSAIO DA CARGA IMPOSTA

Este ensaio visa determinar a potência instalada no secundário do transformador


de corrente.

2.1. ENSAIO

Desconectar o borne não aterrado do secundário do transformador de corrente,


em seguida conectar ao circuito secundário uma fonte de corrente alternada,
conforme a figura abaixo:
Fasc. V - 3/5
Aplicar ao circuito uma corrente de 5 ampères e medir a tensão no circuito.

2.2. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

A finalidade deste ensaio é que tendo a corrente e a tensão, calcula-se a


potência e a seguir comparar o valor obtido no ensaio com dados de placa, a fim de
verificar se a potência instalada no secundário não é superior a potência máxima do
transformador de corrente indicada na placa de identificação.

2.3. IMPRESSO
O impresso a ser usado para registro dos resultados obtidos no ensaio da carga
imposta em transformador de corrente é o modelo TR/TRE/082, mostrado no anexo I.
O campo “Carga Imposta” deverá ser preenchido da seguinte maneira:
a. Na coluna “Tensão “, deverá ser anotada a queda de tensão medida no
circuito de corrente;
b. Na coluna “Corrente” deverá ser anotada a corrente aplicada ao circuito de
corrente;
c. Na coluna “Potência (VA) “, deverá ser anotado o cálculo da potência
consumida.

3. ANÁLISE DOS GASES DISSOLVIDOS EM ÓLEO MINERAL ISOLANTE


A fim de se obter amostra de óleo isolante realmente representativa, para
análise de gases, a retirada da amostra deverá ser realizada por elemento do
Laboratório Químico do TTC, especialmente treinado para esta atividade, utilizando
seringa especial, de modo a não permitir contato do óleo com o ar ambiente.
Para determinados tipos de TC’s, esta coleta de amostra poderá ser realizada
com o equipamento energizado e deverá seguir os procedimentos constantes na
Instrução TM/031/79 - “Retirada de Amostras de Óleo em Transformadores de
Corrente”.

4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE COM SISTEMA DE CONSERVAÇÃO DO


ÓLEO COM N2.

4.1. TC’s COM BOLSA N2


Este sistema que existe nos TC’s Savoisienne IH 145, 345 e 420 é composto de
2 bolsas de borracha (neoprene) instaladas dentro do tanque superior do TC e com
uma válvula do tipo “câmara de pneu”, independente para cada bolsa situada nas
laterais do tanque pouco abaixo da tampa superior.
Quando constatar valores baixos ou altos de pressão a Gerência Regional de
Operação deverá providenciar a sua normalização em função da temperatura do TC.
Se a pressão encontrada estiver fora dos limites de pressão mínima ou máxima, além
da sua normalização, deverá ser solicitado ao TTC retirada de amostra de óleo para
análise cromatográfica.
Fasc. V - 4/5
A normalização da pressão (complemento ou retirada) deverá ser realizada
simultaneamente nas duas bolsa através de dispositivo que interligue as bolsas. (fig. 1
do anexo).
Para se realizar a leitura da pressão e eventualmente a normalização, deverá ser
calculada através da relação:

2 ,0T1 + T 2
Tm =
3,0
onde:

T1 = temperatura do tanque
T2 = temperatura da parte média da porcelana (parte metálica entre duas
porcelanas)
Essas temperaturas deverão ser medidas através de um termômetro de contato ou
termômetro de mercúrio com bulbo e massa para fixá-lo ao tanque e à porcelana,
tomando-se o cuidado em colocar o termômetro no lado oposto do sol.

Tabela IV - Valores de pressão em função da temperatura


Tm (ºC) 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
2
P (Kg/cm ) 0,23 0,28 0,33 0,38 0,44 0,49 0,54 0,65 0,74 0,83
normal
2
P (kg/cm ) 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,37 0,45 0,53 0,60
mínima
2
P(kKg/cm ) 0,30 0,34 0,38 0,44 0,48 0,54 0,63 0,72 0,83 0,92
máxima

OBSERVAÇÃO
- Quando da realização da medição, se for constatado valores abaixo ou acima do
normal deverá ser anotado na ficha de manutenção.
- Deve ser verificado se não há vazamento nas válvulas e a existência de tampa nas
mesmas.
- Constatando-se perfuração na bolsa de borracha a Gerência Regional de Operação
deverá providenciar a substituição do TC.
Em alguns casos poderá ocorrer dúvidas quanto a existência de vazamento nas
bolsas. Neste caso, durante o enchimento deverá ser verificado se não existem
bolhas subindo em direção ao visor de óleo ou ruído de vazamento interno no TC.

4.2. TC’s SEM BOLSAS DE N2


Fasc. V - 5/5

Neste tipo de sistema o N2 fica em contato direto com o óleo na cabeça do TC


com válvula externa do tipo “câmara de pneu”.
Os TC’s com esse sistema são o MAGRINI GALILEO - AMH - 525 e GALILEO
TAE - 420.
Antes da retirada de amostra de óleo para gás cromatografia deverá ser verifica-
da a pressão de N2 através de manômetro colocado na válvula situada na cabeça do
TC e a pressão deverá ser positiva.
Isto é importante pois caso o TC esteja em depressão (pressão negativa) poderá
ocorrer absorção de ar quando da abertura do registro inferior para retirada da
amostra.
Neste caso deverá ser resposta à pressão com N2 utilizando-se o gráfico da fig.2
do anexo que mostra o valor da pressão em função da temperatura do TC. A
temperatura deverá ser calculada utilizando-se a fórmula do item 5 do fascículo II.
Deverá também ser anotado na ficha de manutenção o valor da pressão encontrada.

5. TRANFORMADOR DE CORRENTE COM SECADOR DE SÍLICA GEL


Este tipo de TC tem o sistema de expansão do óleo em contato direto com o ar
ambiente.
Para impedir que este ar penetre no TC com teor de umidade alto é utilizado um
dispositivo secador de ar com sílica gel.
Este secador é composto de um recipiente, onde é colocado o sílica gel e um
tubo em forma de espiral que interliga o ar ambiente com o recipiente que contém o
sílica gel.
Quando, por exemplo houver uma contração do volume de óleo devido a uma
diminuição de temperatura, o ar externo penetrará pelo tubo, passando pelo sílica gel
onde será secado, e em seguida ocupará o espaço deixado pelo óleo. Quando do au-
mento da temperatura, ocorrerá o processo inverso.
Para a substituição do sílica gel é necessário remover o chapéu que protege o
dispositivo situado na cabeça do TC.
Remover o secador e substituir o sílica gel.
Verificar o estado da guarnição de vedação do chapéu.
Montar o secador e recolocar o chapéu.
Se na substituição do sílica gel for constatado que estava saturado, deverá ser
coletada amostra de óleo para determinação de teor de umidade no Centro de
Especialização de Manutenção.
Deverá também ser anotado na Ficha de Manutenção.
ANEXO I

IMPRESSOS

TR/TRE/063 - Ensaio de Saturação em transformador de Corrente


TR/TRE/081 - Ensaio do Isolamento de TC
TR/TRE/082 - Ensaios em Transformador de Corrente
FIGURA 1 - Temperatura do Óleo X Pressão N2
Figura 2 - Secador de Ar com Sílica Gel
FIGURA 3 - - Dispositivo para complementação de N2 em TC´s com bolsa
de borracha

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