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Petruccio Tenório Medeiros - 10321040

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LEITO POROSO

1.1- Escoamento através de um leito poroso


1.2- Lei de Darcy: permeabilidade
1.3- Equações de Ergun, Kozeny-Carman e Burke-Plumer

INTRODUÇÃO

Muitos são os processos químicos e OPU que desenvolvem com a ajuda


do passo de um fluido através de leitos formados por partículas de diferentes
tipos e funções.
Em geral, na indústria de processos químicos, se denominam aos meios
que possuem canais pequenos através dos quais pode passar um fluido de
MEIOS POROSOS OU LEITOS POROSOS.
Estes canais ou poros se comportam hidraulicamente como pequenos
DUTOS, onde a fluxo através deles segue, em geral, as leis da hidráulica.

DEFINIÇÃO DE MEIO OU LEITO POROSO

Um meio poroso é uma fase sólida contínua que contém poros ou


espaços vazios. São exemplos as esponja, tecido, papel, areia, cascalho, tijolos,
leitos empacotados ou recheados, etc.
Muitos materiais são porosos mais os espaços vazios não se comunicam
entre eles, impedindo que um fluido escoe através do mesmo. Este tipo de
material não é de interesse para o estudo das operações unitárias que se
desenvolvem em meios porosos.

PARÂMETROS DE UM MEIO POROSO

1 - Porosidade, 
2 - Tamanho de partículas, Dp
3 – Esfericidade ou fator de forma, 
4 – Volume, Vp
5 – Superfície, Sp
6 - Densidade,  p
7 – Superfície específica volumétrica, a p
8 – Área de fluxo aparente do leito, A
9 – Comprimento do leito, L

FLUIDODINÂMICA DOS MEIOS POROSOS

2
1 – Lei de Darcy

A velocidade média, referente a área total do leito, é diretamente


proporcional á pressão motora e inversamente proporcional a espessura do
meio.
A lei de Darcy se aplica a uma única fase fluida escoando um meio
poroso (escoamento laminar). A expressão matemática é:

k dP
q (1)
 dL

k P
Q (2)
 L

Figura 1. Lei de Darcy.


em que:

q – é a velocidade superficial (vazão por unidade de área).


 - é a viscosidade do fluido.
dP
é o gradiente de pressão (força impulsora)
dL
k - permeabilidade

PERMEABILIDADE

È a propriedade mais importante na descrição do escoamento através de


um meio poroso. Fisicamente, é uma indicação sobre a facilidade com que o
fluido escoa através dos poros de um leito poroso. Sua unidade no sistema
internacional é m2.
A permeabilidade deve ser expressa em função da porosidade, uma vez
que o escoamento em um leito poroso apenas uma parte da área da seção
transversal total está disponível para o fluxo do fluido.

A expressão mais usual para predição da permeabilidade é a equação de


Kozeny-Carman, que na sua forma mais geral e:

3
3
k (3)
 1    2 a 2p

Caso particular de partículas esféricas de tamanho homogêneo.

A  4r 2 (4)

V  4 3r 3 (5)

Substituindo 4 e 5 em na expressão da Superfície específica volumétrica se


obtém:

A D p2 6
ap    (6)
V D p / 6 D p
3

Substituindo 6 em 3 se obtém:

D p2 3
k (7)
36   1   
2

em que:

Dp é o diâmetro da esfera de igual volume que a partícula.


 é a constante de Kozeny-Carman, depende da forma das partículas e da
porosidade de meio. Para meios fixos o valor de  pode variar entre 4 e 5.
Para partículas esféricas e com porosidade entre 30 e 50% o valor da constante
é 5. Para partículas esféricas em geral a constante  pode ser calculada pela
seguinte expressão:

2
 3 1  1    5 / 3 
  3 
(8)
3 3
21    1  1     1     1    
1/ 3 5/3 2

 2 2 

PERDAS DE ENERGIA DE UM FLUIDO AO PERCOAR UM LEITO POROSO

Para calcular as perdas de energia específica de um fluido ao escoar por


um meio poroso pode aplicar-se uma expressão similar á utilizada para o
cálculo da perda por atrito em tubulações.

P v 2
 f (9)
L 2 De

4 área de fluxo 
De  (10)
Perímetro úmido
4
Multiplicando o numerador e o denominador da equação 10 pelo o
comprimento dos canais ou poros tem-se:

4 volme dos canais 


De  (11)
sup erfície da parede dos canais

4Vc
De  (12)
Sc

O volume dos canais pode ser estimado por:

Vc  V (13)

Tendo a p como a superfície específica volumétrica do leito (m2/m3) se obtém:

S c  a pV (14)

Substituindo 13 e 14 em 12, o diâmetro equivalente dos canais do leito


de partículas se expressa como:

4 V 4
De   (15)
a pV a p

A superfície especifica volumétrica a p pode ser calculada como:

Sp
ap  (16)
Vp

 1   V D 3p
(17)
Vp  
N 6

D p2
a pV
Sp   (18)
N 

Sp a 6
 p  (19)
V p 1   D p

61   
ap  (20)
D p

Substituindo 20 em 15, o diâmetro equivalente dos canais do leito de


partículas se expressa, finalmente, como:

5
2D p
De  (21)
3 1   

A velocidade aparente v0 pode ser expressa como:

Q
v0  (22)
A

Q
v (23)
A

Substituindo 22 em 23, se obtém:

v0
v (24)

Substituindo 21 e 24 em 9, se obtém uma expressão para o cálculo da


perda carga para um fluido escoando por um meio poroso:

P 3 1     v02
 f  (25)
L 2 3D p 2

Os pesquisadores recomendam utilizar a seguinte expressão para o fator


de atrito f .

133 ,3
f   2 ,333 (26)
Re

v0 D p  2D p v0 
Re   (27)
 3 1    

Substituindo 26 e 27 em 25 se obtém:

P 150 1    2 v0 1,75 1    v02 


  (28)
L  3 2 D p2  3D p

A equação 28 representa a expressão geral para a perda de carga no


escoamento de uma única fase fluida através de um meio poroso. Esta equação
se conhece como a Equação de ERGUN.

P 150 1    2 v0
 (29)
L  3 2 D p2

6
P 1,75 1    v02 
 (30)
L  3D p

As equações 29 e 30 são conhecidas como as equações de KOZENY -


CARMAN e BURQUE – PLUMER, respectivamente.
A equação de BURQUE – PLUMER é válida para escoamento turbulento e
a de KOZENY - CARMAN para escoamento laminar.

FILTRAÇÃO
A FILTRAÇÃO e uma forma de separação das partículas sólidas de uma
suspensão, retendo-as sobre a superfície de um meio filtrante (superfície de
filtração) ou no interior de um meio poroso, tal como ocorre nos filtros de
cigarros, de óleo combustível, etc.
Trataremos apenas da filtração de suspensões líquidas forçadas sob
pressão atravessar um meio filtrante que retém os sólidos em sua superfície,
formando com o decorrer do tempo uma torta de espessura variável e
produzindo em conseqüência um líquido límpido ou filtrado.

OBJETIVOS DA OPERAÇÃO DE FILTRAÇÃO

1– Separar sólidos de suspensões diluídas.


2– Clarificação de líquidos contendo poucos sólidos.
3- Remoção completa do líquido de uma lama já concentrada em um
espessador.

A Figura 1 mostra um esquema da operação de filtração.

7
Figura 1. Esquema da operação de filtração.

O equipamento utilizado para desenvolver esta operação é conhecido


como FILTRO. Independentemente do objetivo final da operação o parâmetro
mais importante na seleção final de determinado tipo de filtro é o custo global
mínimo.
Também devem ser levados em consideração a facilidade de descarga da
torta e a possibilidade de se observar o filtrado durante a operação.

MEIO FILTRANTE

Geralmente a principal função do meio filtrante (MF) é atuar como


suporte para a torta, enquanto as camadas iniciais da torta constituem o
verdadeiro meio filtrante.
O MF deve ser forte, resistente á ação corrosiva do fluido e oferecer
pouca resistência ao fluxo de filtrado. Normalmente no inicio da filtração não se
obtém filtrado límpido, isto até que as camadas inicias da torta sejam formadas.
Por esta razão o filtrado inicial deve ser reciclado.
A resistência total desenvolvida pelo MF é chamada resistência do meio
filtrante e tem certa importância durante os primeiros instantes da operação.

TIPOS DE MEIOS FILTRANTES

Tão grande é a variedade de MF utilizada na indústria que seu pito pode


ser utilizado como critério de classificação dos filtros.

1 – LEITOS GRANULARES SOLTOS


Areia, pedregulho, carvão britado, escória, carvão de madeira.
Aplicação: clarificar suspensões diluídas.

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2 – LEITOS RÍGIDOS
São construídos sob a forma de tubos porosos de aglomerados de
quartzo ou alumina (para a filtração e ácidos), de carvão poroso (para soluções
de soda e líquidos amoniacais) e de barro ou caulim cozidos a baixa
temperatura (para clarificar água potável).

3 – TELAS METÁLICAS
São constituídos por chapas perfuradas ou telas de aço-carbono,inox ou
monel.
Aplicação: Se utilizam nas tubulações de condensados que ligam os purgadores
ás linhas de vapor. A sua função é reter ferrugem e outros detritos capazes de
atrapalhar o funcionamento do pulgador.

4 – TECIDOS
De origem vegetal: algodão, juta (para álcalis fracos), o cânhamo e o
papel.
De origem animal: lá de vidro (águas de caldeiras).
A duração de um tecido é limitada pelo desgaste, o apodrecimento e o
entupimento. Quando os filtros não estiverem funcionando, devem ficar cheios
de água para prolongar a vida útil do tecido.

5 – PLÁTICOS
Polietileno, polipropileno, PVC, nylon, teflon, oríon, acriban e tergal.
TIPOS DE TORTA

1 – COMPRESSÍVEIS
São aquelas onde a porosidade diminui ao aumentar a diferença de
pressão.

2 – INCOMPRESSÍVEIS
Nestas tortas a porosidade não é modificada com o aumento da pressão.
As tortas compressíveis aumentam a resistência hidráulica da operação de
filtração. Exemplos, hidróxidos metálicos e sedimentos de partículas muito
finas.
Exemplo de tortas incompressíveis são as compostas por sustâncias
inorgânicas constituídas por partículas maiores que 0,1 mm, como areia,
carbonato de cálcio, etc.
A compressão nas tortas é um fenômeno indesejável na filtração, devido
fundamentalmente ao aumento da resistência hidráulica do sistema, e
conseqüentemente a elevação dos custos energéticos. Este fenômeno pode ser
melhorado (diminuir) adicionando substâncias floculantes à suspensão,
formando aglomerados de partículas que são mais difíceis de deformar-se pela
ação da pressão e aumentam a porosidade da torta.

EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA FILTRAÇÃO

9
O regime de escoamento que se estabelece no interior dos poros ou
canais do meio filtrante e da torta é LAMINAR. Para o escoamento laminar
pode-se aplicar a equação de KOZENY-CARMAN.

P 150 1    2 v0
 (1)
L  3 2 D p2

Figura 2. Gradiente de pressão na filtração.


L – espessura da torta
Pa – pressão na superfície externa da torta
P* – pressão na superfície interna da torta
Pb – pressão na superfície posterior do meio filtrante.
V0 – velocidade aparente de filtrado através do meio filtrante e da torta.

RESISTÊNCIA DA TORTA

Designando V como o volume de filtrado durante um tempo t contado a


partir do inicio da filtração e C como a massa de sólidos na torta por unidade
de volume de filtrado, então se pode definir a massa de torta formada durante
um tempo t como o produto CV. O volume de torta formada será igual ao
produto LS, onde S é a superfície filtrante.
Levando em consideração o expresso anteriormente se pode definir a
espessura da torta como:

VC
L (2)
xT T S

em que:
xT - fração em peso de sólidos na torta
T - densidade da torta

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Da equação 1 (Kozeny-Carman) se tem:

 3 2 D p2 P
v0  (3)
150  1    L
2

Substituindo P em 3 se obtém:

 3 2 D p2  P*  Pa 
v0  (4)
150 1    L
2

Substituindo 2 em 4 se obtém:

 3 2 D p2  P*  Pa 
v0 
VC (5)
150 1    
2

xT T S
A partir da equação 5 se define a resistência da torta (  ), representada pelo
termo:

150 1   
2
 (6)
 3 2 D p2 xT T

Substituindo 6 em 5 se obtém:

P*  Pa
v0 
VC (7)

S

RESISTÊNCIA DO MEIO FILTRANTE

Para o meio filtrante a resistência hidráulica se supõe que é constante durante


todo o processo de filtração.

Pb  P*
v0  (8)
Rm

Lm
Rm  (9)
k

em que:

Rm - resistência do meio filtrante.

Combinado as equações 7 e 8 e eliminado P* se obtém:

11
Pb  Pa
v0 
CV
    (10)
 Rm 
 S 
ou,

  P 
v0 
    Rm 
CV (11)
 S 

A velocidade aparente v0 pode ser definida como:

1 dV
v0  (12)
S dt

Substituindo 12 em 11 se obtém:

dt   VC
   Rm  (13)
dV SP  S 

A expressão 13 se conhece como a EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA FILTRAÇÃO.

TIPOS DE FILTRAÇÃO

A melhor variável para manter sob controle do operador numa filtração é


a queda de pressão global. Se, por exemplo, a pressão de saída é constante a
queda de pressão é controlada pela variação da pressão de entrada.
Quando a queda de pressão é constante a taxa de fluxo é máxima no
princípio da filtração e decresce continuamente até o final. Este método de
operação é chamado de FILTRAÇÃO A PRESSÃO CONSTANTE.
Se a pressão varia geralmente ela é mantida em um baixo valor no inicio
da filtração e aumenta posteriormente alcançando um máximo no final da
filtração. Este método é denominado FILTRAÇÃO A VAZÃO CONSTANTE.
Várias combinações desses métodos básicos são utilizadas. É comum
trabalhar a vazão constante até a pressão de entrada alcançar um máximo pré-
estabelecido e posteriormente à pressão constante até o final da filtração.
Este procedimento pode minimizar perdas de sólidos através do meio
filtrante quando a resistência é baixa e evita empacotamento de sólidos nos
poros do MF. Na lavagem a pressão e a vazão são constantes.
A Figura 3 mostra algumas das combinações possíveis.

12
Figura 3. Tipos de filtração.

a) Filtração a vazão constante. São utilizadas bombas de deslocamento positivo.

b) Filtração a pressão constante. Em geral e obtida com uma bomba centrífuga,


também pode ser utilizado ar comprimido ou vácuo.

c) Operação inicialmente a vazão constante e posteriormente a pressão


constante

d) Pressão e vazão variáveis. Este tipo de filtração é conseguido com bomba


centrífuga. Dependendo das características da bomba várias curvas de vazão vs
pressão podem ser obtidas.
EQUAÇÃO – FILTRAÇÃO A PRESSÃO CONSTANTE

A partir da equação 13 e tendo em consideração que o volume de filtrado varia


com o tempo se obtém:

 C  V   V 
2
t     Rm   (14)
P  2  S   S 
ou,

 CV 2 
t   RmV  (15)
SP  2 S 

EQUAÇÃO – FILTRAÇÃO A VAZÃO CONSTANTE

A partir da equação 13 e tendo em consideração que o volume de filtrado varia


com o tempo se obtém:

13
2
P C V  Rm V 
  (16)
 t  S  t  S 

CÁLCULOS DAS CONSTANTES  e Rm

As constantes e Rm são obtidas experimentalmente no laboratório ou em


plantas pilotos utilizando filtros pequenos. Os experimentos consistem em
determinar volume de filtrado para diferentes tempos mantendo a pressão
constante.

A partir da equação fundamental da filtração se tem:

dt   VC
   Rm  (13)
dV SP  S 

dt CV Rm
  (17)
dV S 2 P SP
dt
 mV  b (18)
dV

A equação 18 representa uma linha reta de inclinação m e interseção b.

Rm
b (19)
SP

C
tg  (20)
S 2 P

Os parâmetros b e tg são obtidos a partir do gráfico gerado pela equação


18 (Figura 4).

dt
 mV  b (18)
dV

14
Figura 4. Cálculo dos parâmetros b e tg .

Determine as constantes  e Rm a partir dos dados obtidos no laboratório


(Tabela 1).
Volume (cm3) Tempo (s)
0 0
500 17,3
1000 41,3
1500 72,0
2000 108,3
2500 152,1
3000 210,7

  0,00886 g cm-1 s-1 S = 440 cm2


C = 0,0235 g cm-3 P = 462,1 x 103 g cm-1 s-2
  1,108 x 10 10
cm g-1
Rm  6,54 x 108 cm-1
dt   10 VC
  1,108  x10  6 ,54  x10 8 
dV SP  S 

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FLUIDIZAÇÃO DE SÓLIDOS

Um sistema fluidizado é obtido em uma coluna vertical onde a parte


inferior dispõe de um distribuidor (disco com perfurações) no qual o sólido de
pequena granulometria é disposto. O fluido (líquido, gás ou vapor) é insuflado
por uma bomba (líquido) ou soprador (gás e vapor) pela parte inferior da
coluna atravessando a placa perfurada e os sólidos.

Figura 1. Sistema de fluidização: a) leito fixo, b) leito fluidizado.

Se a velocidade do fluido é baixa este atravessa o leito sem causar


movimento as partículas e sem maiores alterações físicas que a perda de carga
correspondente, que é função da permeabilidade do meio, da rugosidade das
partículas e das propriedades físicas ou condições do fluido como densidade,
viscosidade e velocidade.

DIAGRAMA DA PERDA DE CARDA DO LEITO FLUIDIZADO

Com o aumento da velocidade a queda de pressão do fluido aumenta


conforme o segmento linear AO (Figura 2). O ponto A corresponde ao instante
em que a pressão do fluido se iguala à força gravitacional sobre as partículas. O
leito expande-se ligeiramente com as partículas ainda permanecendo em
contato. Quando o ponto B é alcançado o leito atinge a condição mais livre
possível com os sólidos ainda em contato.

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vmf é a velocidade mínima requerida para a fluidização. Quando a velocidade
supera o ponto C as partículas começam a serem arrastadas (Figura 2).

Figura 2. Diagrama de perda de carga do leito fluidizado.

VANTAGENS DO LEITO FLUIDIZADO

1 - Grande área de interação sólido - fluido, favorecida pelo movimento


contínuo do sólido.
2 – Alto grau de turbulência produzida pela interação sólido-fluido.
3 – Possibilidade de efetuar o contato de forma contínua, isto devido a grande
fluência do leito.
4 – Facilidade de execução de processos endotérmicos e exotérmicos.

DESVANTAGENS DO LEITO FLUIDIZADO

1– Necessidade de uma preparação prévia do sólido (trituração e


peneiramento).
2 – Formação de massas de pó provocada pela turbulência.

TIPO DE DISTRIBUIDOR

1 – PLACA COM UM ORIFÍCIO


Com poucas aberturas para alimentação do ar a densidade do leito flutua
consideravelmente para todas as taxas de escoamento, sendo a variação maior
a altas vazões.

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2 – PLACA COM MÚLTIPLOS ORIFÍCIOS
A flutuação da densidade do leito é desprezível a baixas vazões, mas torna-se
apreciável a elevadas vazões. O contato entre as fases é mais íntimo.

3 – PLACA SINTERIZADA OU POROSA


Se obtém um contato superior aos casos anteriores. A densidade permanece
estável para diferentes faixas de vazões. O principal problema no uso deste tipo
de placa é a elevada queda de pressão, o que aumenta consideravelmente o
consumo de potência dos sopradores.

TIPOS DE FLUIDIZAÇÃO

1 – FLUIDIZAÇÃO PARTICULADA
É característica de partículas grandes, sendo o fluido normalmente um líquido.
Em geral as partículas se movimentam individualmente.

2 – FLUIDIZAÇÃO AGREGATIVA
Neste tipo de fluidização as partículas são menores que no caso anterior e o
fluido é normalmente um gás.

CRITÉRIOS PARA IDENTIFICAR O TIPO DE FLUIDIZAÇÃO

O número de Froude ( Fr ) é um grupo adimensional que tem sido


adotado como critério para distinguir os dois tipos de fluidização.
2
vmf
Fr  (1)
dpg

Fr  13  FLUIDIZAÇÃO PARTICULADA.
Fr  13  FLUIDIZAÇÃO AGREGATIVA.

Os pesquisadores Romero e Johanson sugeriram o seguinte critério:

FLUIDIZAÇÃO PARTICULADA

 Frf  Ref   s    H f   100 (2)


   D 

FLUIDIZAÇÃO AGREGATIVA

 Frf  Ref   s    H f   100 (3)


   D 

em que:

18
Frf  Número de Froude na fluidização.
Ref  Número de Reynolds na fluidização
 s ,   Densidade do sólido e do fluido, respectivamente.
H f  Altura do leito fluidizado.
D  Diâmetro da coluna.

PROJETO DO LEITO FLUIDIZADO

ALTURA DO LEITO FLUIDIZADO

 1  
H f  H  
 (4)
1   f 

em que:

H Altura do leito fixo, H f Altura do leito fluidizado. 


Porosidade do leito

fixo, f Porosidade do leito fluidizado.
A porosidade do leito fluidizado é calculada usando o critério de Arquimedes.

 18Ref  0,36 Ref2 


 f   
 (5)
 Ar 

Ar  Critério de Arquimedes.

d 3p    s    g
Ar  (6)
2

QUEDA DE PRESSÃO NA FLUIDIZAÇÃO MÍNIMA

(Força de arraste exercida pelo fluido) = (Peso das partículas).

  s    gM s
P  (7)
s S

em que:

M s  Massa das partículas sólidas.


S  Área da seção transversal da coluna.
VELOCIDADE SUPERFICIAL MÍNIMA NA FLUIDIZAÇÃO

19
Re  20 vmf 
 D p    s    g mf3
2

(8)
150   1   mf 

(D p )  s    g mf
3
Re  1000 vmf  (9)
1,75 

A equação 10 é válida para qualquer regime de escoamento (laminar, transição


e turbulento).

1,75 D p vmf 150 1   mf  D p vmf D p    s    g


2 3
   (10)
 mf
3
  2  mf
3
 2

AGITAÇÃO E MISTURA

Muitos processos dependem das condições de operação de agitação e


mistura de fluidos. Os termos agitação e mistura são utilizados indistintamente,
embora não são exatamente sinônimos.
O termo AGITAÇÂO se refere ao deslocamento induzido da matéria em
trajetórias específicas, geralmente em movimentos circulares. A MISTURA é
caracterizada por uma distribuição aleatória de uma substância em outra,
inicialmente separadas em duas fases.
A AGITAÇÂO de líquidos possui, entre outras, as seguintes aplicações:
manter partículas sólidas em suspensão, agitar líquidos miscíveis (álcool
metílico e água) dispersar gás em um líquido, mediante o borbulhamento,
formar emulsões, promover transferência de calor entre líquido e o meio de
aquecimento, etc.
A AGITAÇÂO de líquido pode causar mudanças químicas e físicas,
ocorrendo ou não aumento da taxa de transporte (massa ou calor).
 Mudanças físicas: aumento da área superficial de um sólido.
 Mudanças químicas: ocorrência de reação química.
O termo MISTURA é aplicado em operações que visam reduzir os gradientes
de contração ou temperatura em um determinado volume de material. Esta
envolve um movimento turbulento do material ocorrendo ou não reação
química. A mistura é utilizada não somente para produzir homogeneidade, más
também para transferir massa e calor entre partículas ou fases de um sistema.
Nas aplicações da MISTURA se destacam dissolução, absorção de gases,
cristalização, extração líquido-líquido, etc.
Segundo critérios baseados nos fenômenos de transporte a MISTURA é uma
operação mais complexa de se estudar do que a AGITAÇÂO.
A qualidade de uma mistura pode ser avaliada por três fatores
fundamentais: homogeneidade, escala e intensidade da mistura.

20
 Homogeneidade: mediante análise visual, controle da taxa de redução da
variação da concentração e da temperatura e por meio de análise de
amostras obtidas aleatoriamente existentes na mistura.
 Escala: distância média entre os centros de maior diferença de
propriedades (maior no escoamento turbulento e menor no laminar).
 Intensidade: é a variação o faixa de trabalho das propriedades existentes
na mistura.

CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE AGITAÇÃO

Figura 1. Esquema de um agitador.


D  Diâmetro do recipiente
d  Diâmetro do agitador
H 0  Nível do líquido no recipiente
H  Altura do recipiente.

REYNOLDS CENTRÍGUGO

nd 2
Rec  (1)

CRITÉRIO DE POTÊNCIA

N
KN  (2)
n 3 d 5

n  Número de voltas por segundo (r.p.s)


N  Potência do agitador

EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO

21
A extração líquido-líquido envolve duas fases líquidas imiscíveis ou parcialmente
miscíveis. Como técnica de separação indireta, os componentes não se separam
em uma única operação, já que sempre se adiciona um terceiro componente.

NOMENCLATURA

SOLVENTE (S) solvente recuperado, (B) quando é puro. Se utiliza para extrair o
soluto.
SOLUTO (C) substância a ser extraída.
DILUENTE (A) substância onde o soluto está dissolvido.

Figura 1. Representação do processo de extração. líquido-líquido.

O caso I (Figura 1) representa o processo inicial quando se mistura o


solvente B com a alimentação (soluto C + diluente A).
O caso II representa o processo de extração líquido-líquido onde a maior
parte do soluto C, que está presente em uma solução com o diluente A, é
transferido para o solvente B. Neste caso se cumpre que o solvente B e o
diluente A são insolúveis ou imiscíveis. Deste processo resultam duas fases,
B+C se conhece como extrato e A + C se conhece como refinado.
O caso III representa o processo de extração líquido-líquido onde a
maior parte do soluto C, que está presente em uma solução com o diluente A, é
transferido para o solvente B. Neste caso se cumpre que o solvente B e o
diluente A são parcialmente miscíveis. Por esta razão uma pequena quantidade
de solvente B se transfere para o refinado e uma quantidade pequena de A se
transfere para o extrato.

PROPRIEDADES DO SOLVENTE

SELETIVIDADE
A seletividade é a propriedade mais importante do solvente. Fisicamente
representa quanto o solvente é seletivo frente ao soluto.

22
 yc 
y 
   a E (1)
 xc 
x 
 a R
yc , ya  Composição do soluto e diluente na fase extrato, respectivamente.

xc , xa  Composição do soluto e diluente na fase refinado, respectivamente.

R , E  Fase refinado e extrato, respectivamente.

Se   1 a extração é impossível
Se   1 a extração é possível. Quanto maior for  com maior facilidade será
extraído o soluto.

SOLUBILIDADE

Figura 2. Representação da solubilidade.

No diagrama I da Figura 2 se observa que o solvente B e o diluente C têm uma


ampla região de solubilidade, em quanto que no diagrama II esta região é
menor. Isto é a conseqüência de que no diagrama II seja possível obter um
soluto livre de solvente com composição w2 maior que o obtido no diagrama I.

COEFICIENTE DE DISTRIBUIÇÃO

yc
k (2)
xc

O coeficiente de distribuição pode ter os seguintes valores:


k  1  A extração não é interessante
23
k  1  Alto consumo de solvente (Figura 3.I)
k  1  Melhor condição para extração. Quanto maior for melhor (Figura 3. II).

Figura 3. Representação de k.

Nos diagramas I e II da Figura 3 os pontos 1-2 e 3-4 representam,


respectivamente linhas de amarração. As linhas de amarração indicam as
composições das fases em equilíbrio, pares 1-2 e 3-4. Os pontos 3 e 4
representam a fase de extrato e os pontos 1 e 2 a fase refinado.

Pode-se observar que a composição do soluto C (diagrama II) no extrato,


representada pelos pontos 3 e 4 é maior que a do soluto no refinado (pontos 1
e 2). Por esta razão o coeficiente k é maior que 1 no diagrama II. No diagrama
I acontece o contrário, k <1.

EXTRAÇÃO EM UM ESTÁGIO

Figura 4. Sistema de extração. Um estágio.

24
Figura 5. Sistema de extração em um estágio. Diagrama ternário.

BALANÇO DE MASSA

Balanço Global:

F  B  R1  E1  M (3)

Balanço Parcial para soluto:

x f F  ys B  x1 R1  y1 E1  xm M (4)

As composições são todas referidas ao soluto nas respectivas fases (F, B, E e


R).

SOLVENTE MÍNIMO

Figura 6. Solvente mínimo.

Aplicando a regra da alavanca na Figura 7 se obtém:

25
Figura 7. Aplicação da regra da alavanca.

FM
Bmín  (5)
FB

F x  ys
 m (6)
Bmín x f  xm

Bmín x f  xm
 (7)
M xf  ys

Utilizando as equações 5 a 7 é possível calcular a quantidade mínimas de


solvente em um processo de extração líquido-líquido em UM ESTÀGIO.

EXTRAÇÃO EM DOIS ESTÁGIOS FLUXO CRUZADO

Figura 8. Sistema em dois estágios a fluxo cruzado.

26
Figura 9. Sistema de extração em dois estágios a fluxo cruzado. Diagrama
ternário.

Balanço parcial para soluto no 1 estágio:

x f F  ys1 B1  x1 R1  y1 E1  xm1 M 1 (8)

Balanço parcial para soluto no 2 estágio:

x1 R1  ys 2 B2  x2 R2  y2 E2  xm 2 M 2 (9)

EXTRAÇÃO EM DOIS ESTÁGIOS A FLUXO CONTRACORRENTE

Figura 10. Sistema em dois estágios a fluxo contracorrente.

Este tipo de sistema é o mais utilizado na indústria, pois oferece os melhores


percentuais de extração com o menor custo de operação. Os equipamentos
utilizados são Misturadores-Decantadores onde a mistura é contatada até
alcançar o equilíbrio e depois as fases (extrato e refinado) são separadas.

27
Figura 11. Sistema de extração em dois estágios a fluxo contracorrente.
Diagrama ternário.

Balanço Global:

F  B  R2  E1  M (10)

Balanço Parcial para soluto:

x f F  y s B  x2 R2  y1 E1  xm M (11)

ABSORÇÃO

É a operação mediante a qual uma mistura gasosa é contatada com um líquido


para dissolver um ou mais componentes da mistura e obter uma solução destes
no líquido.

PROCESSO DE ABSORÇÃO

Fatores que afetam a operação de absorção:

1 – Solubilidade (fator determinante).


2 – Natureza do sistema
3 – Temperatura
4 – Pressão parcial do gás
5 – Concentração do gás na fase líquida

28
O processo de dissolução de um GÀS em um LÍQUIDO é acompanhado
de liberação de calor (processo exotérmico). Isto significa que este fenômeno é
favorecido quando há diminuição da temperatura do sistema. A elevação da
pressão facilita a absorção do gás no líquido. Já o aumento da temperatura faz
com que a solubilidade do gás diminua o que leva a um resultado contrário ao
anterior.

EXPRESSÃO DE SOLUBILIDADE:DADOS DE EQUILÍBRIO

Para os sistemas GÀS-LÌQUIDO se utiliza para representar a solubilidade a Lei


de Hernry e a lei de Raoult.

Lei de RAOULT

p*  yP (1)

Lei de HENRY

p*  Hx (2)
ou,
y  mx (3)

p*  Pressão parcial do gás no equilíbrio.


y  Fração molar do gás em equilíbrio com o líquido.
H  Constante de solubilidade de Henry
x  Concentração de equilíbrio do gás no líquido.
m  Inclinação da linha de equilíbrio.

EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS

As equações fundamentais serão desenvolvidas para o sistema de absorção de


um componente onde o processo ocorre em fluxo contracorrente, pois é o que
tem maior aplicação industrial.

29
Figura 1. Sistema de absorção. Fluxo a contracorrente.

G  Fluxo de gás
L  Fluxo de líquido
y  Composição do soluto no gás
x  Composição do soluto no líquido
O SOLUTO na absorção é a substância que será absorvida.

BALANÇO GLOBAL

G1  L2  G2  L1 (4)

BALANÇO PARCIAL DE SOLUTO

G1 y1  L2 x2  G2 y2  L1 x1 (5)

As equações 4 e 5 na prática não são muito utilizadas, devido


fundamentalmente a falta de dados ( L1 , L2 e G2 ). Para solucionar este
problema os balanços são realizados em base livre de soluto.

y x
Y  (6) X  (7)
1 y 1 x
As equações 6 e 7 (Y e X , letras maiúsculas) representam relações mássicas,
x
molares ou volumétricas, não são composições!. ( e y ) são composições.
Aplicando as equações 6 e 7 e expressando as correstes de líquido e gás como
correntes livre de solventes se obtém as seguintes expressões.

Gs  G1 ( 1  y1 ) (8)

30
Ls  L1( 1  x1 ) (9)

Gs  Fluxo de gás livre de soluto.


Ls  Fluxo de líquido livre de soluto.

BALANÇO PARCIAL DE SOLUTO

GsY1  Ls X 2  GsY2  Ls X 1 (10)

Ls X 2  X 1
 (11)
Gs Y2  Y1

A equação 11 representa a linha de operação do processo de absorção à


contracorrente. A Figura 2 apresenta a representação gráfica desta linha.

Com a representação gráfica é possível determinar o número de estágios ideais


(pratos) da coluna de absorção.

31
Figura 2. Linha de operação e número de estágios.

A quantidade de absorvente mínima pode ser determinada graficamente. O


procedimento é mostrado na Figura 3.

32
Figura 3. Linha de operação para número de estágios infinitos.

Ls X  X 1*
 2 (12)
Gs mín Y2  Y1

Gs  ( 1,2  2 )Gs mín (13)

Figura 2. Cálculo do fator de potência.


DESTILAÇÃO
33
E um método para separar compostos de uma solução, onde a separação vai
depender fundamentalmente da distribuição destas substâncias entre as fases
gasosa e líquida.

VOLATILIDADE RELATIVA

y*  1  x 
 (1)
x  1  y* 

y*  Composição do vapor em equilíbrio com o líquido.


x  Composição do líquido em equilíbrio com o vapor.
Para o caso de soluções ideais a volatilidade relativa  pode ser calculada
como:
pao
 o (2)
Pb
pao  Pressão de vapor do composto A.
pbo  Pressão de vapor do composto B.

A Figura 1 mostra a representação da volatilidade relativa.

Figura 1. Representação da seletividade.

y1*  1  x 
1 
x1  y1* 
(3)

y*2  1  x 
2 
x1  y*2 
(4)

34
y1*  y*2  1   2
  1  Destilação impossível ( x  0 , x  1).
  1  Destilação possível, quanto maior for melhor, pois os compostos serão
separados com maior facilidade.

COLUNA DE PRATOS: EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS

Figura 2. Coluna de destilação de pratos.

BALANÇO GLOBAL

F  D W (5)
BALANÇO PARCIAL PARA O COMPONENTE MAIS VOLÁTIL

Fxz  Dxd  Wxw (6)

RELAÇÃO DE REFLUXO

Lo
R (7)
D

35
BALANÇO GLOBAL PARA A PARTE ENRIQUEDEDORA

G1  D  Lo (8)

Combinando as equações 7 e 8 se obtém:

G1  D R  1 (9)

BALANÇO DE ENERGIA NO CONDENSADOR

QC  D  R  1 H G 1  RH Lo  H d  (10)

BALANÇO DE ENERGIA NA CALDEIRA

QB  DH d  WH w  QC  QL  FH f (11)

H  Representa a Entalpia em cada corrente.


QL  Perdas de Calor.

MÉTODO DE McCABE E THIELE

PARTE ENRIQUECEDORA

36
Figura 3. McCabe e Thiele. Parte enriquecedora.

BALANÇO PARCIAL

Gyn1  Dxd  Lxn (12)

Dividendo a equação 12 por G se obtém:

D L
yn 1  xd  xn (13)
G D

Substituindo 7 em 13 se obtém:

R x
y n 1  xn  d (14)
R1 R1

A equação 14 se conhece como a linha de operação para parte ou região


enriquecedora.

PARTE EMPOBRECEDORA

Figura 4. McCabe e Thiele. Parte empobrecedora.

BALANÇO TOTAL

37
L  G W (15)

BALANÇO PARCIAL

Lxm  G ym1  Wxw (16)

G ym1  Lxm  Wxw (17)

Dividindo a equação 17 por G se obtém:

L W
y m 1  xm  xw (18)
G G

Substituindo G em 18 se obtém:

L W
y m 1  xm  xw (19)
L W L W

A equação 14 se conhece como a linha de operação para parte ou região


empobrecedora.

LINHA DA ALIMENTAÇÃO

Figura 5. Prato da alimentação (f).

BALANÇO TOTAL

F  LG  G L (20)

38
BALANÇO DE ENERGIA

FH f  LH Lf 1  GH G f 1  GH Gf  LH L f (21)

As entalpias do líquido e gás podem ser consideradas como:

H G f 1  H Gf (22)

H Lf 1  H L f (23)

Substituindo 22 e 23 em 21 se obtém:

 L  L  H L   G  G  H G  FH f (24)

A equação 24 pode ser escrita como:

L  L HG  H f
 q (25)
F HG  H L

Combinando as equações se obtém:

q z
y x f (26)
q 1 q 1

A equação 26 se conhece como a linha da alimentação.

Do ponto de vista da termodinâmica existem cinco formas possíveis de se


introduzir a alimentação a coluna de destilação. As formas são: 1) líquido sub-
resfriado, 2) líquido saturado, 3) mistura líquido-vapor, 4) vapor saturado e 5)
vapor superaquecido. A Figura 6 representa as possíveis linhas de alimentação
(eq. 26) segundo a forma em que foi introduzida (1, 2 ,3 ,4, ou 5).

39
Figura 6. Representação das linhas de alimentação.

CÁLCULO DOS PRATOS TEÓRICOS

Figura 7. Número de pratos teóricos.


O número de pratos teóricos ( N pi ) se determina com o auxílio do diagrama de
composições, onde são representadas as equações 14, 19 e 26. Neste caso se
considerou que a alimentação foi introduzida como um LÍQUIDO SATURADO
(caso 2 Figura 6).

40
Para o exemplo apresentado (Figura 7) o número de pratos teóricos é
aproximadamente 4,8. Observe-se que o prato 5 não é completo, é necessário
calcular a fração corresponde. O cálculo é feito determinando a área do
triângulo contínuo, ou similar ao exemplo de absorção (Tema Absorção-Figura
2).

CÁLCULO DA ALTURA DA COLUNA

A altura da coluna se calcula a partir da determinação do número de pratos


reais pela seguinte expressão:

Z  ( N pr  1 )t (27)
N pi
N pr  (28)

Z  Altura da coluna
N pr  Número de pratos reais
t  Distância entre pratos
  Eficiência dos pratos

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