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UNIVATES
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Químico Industrial
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Jeremias e Waldi, por toda dedicação, amor, confiança e
ensinamentos de vida.
Ao meu irmão, Fabrício, que sempre me apoiou e ajudou em todas minhas decisões.
A todos os colegas que de uma forma ou outra, contribuíram com críticas e sugestões
para o enriquecimento deste projeto.
Muito Obrigado!
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RESUMO
ABSTRACT
With the increase of human activities especially in agriculture and industry, there was an
increase in water consumption, which is distributed on planet earth in only 2.53% so sweet.
Therefore, any project that involves the reduction or reuse of water is critical. The planned
reuse already being adopted in many companies, favoring a reduction in water consumption
and a reduction in pollution degree that it can generate. Therefore, this study aimed to
characterize the effluent from a food industry Taquari Valley - RS, analyzing the effluent
treatment system currently used by the company in order to reuse it. Analyses of the effluent
of all the treatment steps for diagnosing the efficiency of the treatment plant. The parameters
chosen for physicochemical analysis were BOD, COD, Chloride, Total Phosphorus, Total
Nitrogen, Suspended Solids, Volatile Solids, Total Solids, Fixed Solids, pH, turbidity and
Total Organic Carbon. For microbiological characterization were analyzed Total Coliforms
and fecal coliform. By the method jar test, testing was conducted with the coagulating agent
aluminum sulphate and ferric chloride, with the intention to compare the efficacy in treating
the effluent. With these results, the company can meet some needs of non-potable water with
reuse water.
LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Padrões de qualidade estabelecidos para reuso de água em descarga sanitária ...... 41
Tabela 2 - Identificação dos pontos de coleta........................................................................... 53
Tabela 3 - Quantidade dos agentes coagulantes ....................................................................... 57
Tabela 4 - Dosagem dos agentes coagulantes ajustados........................................................... 58
Tabela 5 - Resultados obtidos com o grau de eficácia de cada etapa de tratamento ................ 60
Tabela 6 - Comparativos do efluente final da empresa com a Resolução CONSEMA 128/2006
e Manual da FIESP para reuso de água. ................................................................................... 66
Tabela 7 - Resultados com diferentes dosagens de Sulfato de Alumínio................................. 68
Tabela 8 - Resultados com diferentes concentrações de Cloreto de Ferro III anidro ............... 69
Tabela 9 - Resultados dos testes com o ajuste do coagulante Sulfato de Alumínio ................. 71
Tabela 10 - Resultados dos testes com o ajuste do coagulante Cloreto de Ferro III anidro ..... 72
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%: percentual
ABES: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
a.C.: antes de Cristo
ºC: Grau Celsius
CONAMA: Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONSEMA: Conselho Estadual do Meio Ambiente
Cl-: Cloreto
COT: Carbono Orgânico Total
DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio
DQO: Demanda Química de Oxigênio
ETE: Estação de Tratamento de Efluente
FEPAM: Fundação Estadual de Proteção Ambiental
FIESP: Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
H+: íon hidrogênio
ISO: International Organization Standardization
km³: quilômetro cúbico
L: Litro
m³: metro cúbico
m³/dia: metro cúbico por dia
mg: miligrama
mg/L: miligrama por litro
nº: número
N: Nitrogênio
11
OH-: Hidróxido
P: Fósforo
pH: potencial Hidrogeniônico
ppm: partes por milhão
rpm: rotações por minuto
RS: Rio Grande do Sul
SDT: Sólido Dissolvido Total
SS: Sólido Suspenso
SST: Sólido Suspenso Total
TCCII: Trabalho de Conclusão de Curso II
Ton: tonelada
UH: Unidade Hazen
UT: Unidade de Turbidez
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 14
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 17
2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................. 17
2.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 17
4 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................. 48
4.1 Local de Estudo ............................................................................................................ 48
4.2 Processo de Industrialização ......................................................................................... 48
4.3 Etapas do Sistema de Tratamento ................................................................................. 50
13
4.4.4 Realização dos testes com a dosagem dos agentes coagulantes ajustados ................... 57
6 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 75
7 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 77
ANEXOS .................................................................................................................................. 80
ANEXO A – Planta baixa da ETE, com indicativo dos locais de coleta das amostras de
efluente ..................................................................................................................................... 81
ANEXO B – Relatórios de ensaios dos efluentes .................................................................... 83
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1 INTRODUÇÃO
Vida e água: estas duas palavras possuem por si só uma dependência que remete à
importância da água para o dia-a-dia da sociedade. Na prática, a água é uma substância
fundamental para os seres vivos, atuando como veículo de assimilação e eliminação de muitas
substâncias pelos organismos, além de servir para manter estável a temperatura corporal
(TELLES e COSTA, 2007).
Embora o planeta tenha três quartos de sua superfície coberta por água, é necessário
considerar que apenas uma parcela desta quantidade pode ser aproveitada para atividades
humanas, ou seja, deve-se considerar apenas uma pequena parte deste total que refere-se à
água doce (MIERZWA e HESPANHOL, 2005).
A preocupação com o meio ambiente, em especial com a água, tem sido o foco de
diversas ações ambientais, uma vez que este recurso é finito e inclusive já está se tornando
escasso em algumas regiões. As indústrias, em especial da área alimentícia, vêm se
destacando como as maiores consumidoras deste recurso devido à multiplicidade de usos a
que se destina dentro do processamento industrial (RAMJEAWON, 2000).
presença ou não de iniciativas de reuso destes (CAVALCANTI, 2009). Por esse motivo não
existe um procedimento único de tratamento de resíduos líquidos que possa ser aplicado em
todas as situações.
Figueiredo (1999) ressalta que saber identificar a origem da queda de eficiência das
ETE’s e definir as melhores condições de operação é uma tarefa complexa. O método
tradicional utilizado para avaliação e melhoria de desempenho de ETEs baseia-se em análises
periódicas de parâmetros físico-químicos, as quais fornecem informações indiretas sobre as
condições depurativas do sistema. A avaliação do tipo de efluente a ser tratado é de
fundamental importância para se definir o tipo de processo e o nível de tratamento que uma
ETE deve alcançar (VON SPERLING, 2005).
Cabe ressaltar, que este reuso inicialmente seria de forma parcial, já que não há
demanda para reutilizar 30m³/dia de efluente na empresa. Porém, ao se conseguir resultados
satisfatórios, o reuso poderia ocorrer de forma total num futuro.
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2 OBJETIVOS
Estimar o volume diário de água utilizada em alguns fins menos nobres, como
descargas sanitárias, arrefecimento do telhado, lavagens de caminhões e
limpeza de pisos;
3 REVISÃO DE LITERATURA
A água é de fundamental importância para todos os seres vivos, caso contrário não
haveria vida no planeta Terra. No ser humano, mais de 60% de seu peso são constituídos de
água. Todas as substâncias absorvidas por um organismo são realizadas por via aquosa (VON
SPERLING, 2005; BRANCO, 1993).
No ano 2000, 29 países não possuíam água para toda a sua população. Estima-se que
até 2050, cerca de 50 países não terão água suficiente para seus habitantes. Enquanto que em
Nova York se consome cerca de 2.000 litros/habitante/dia, na África este valor cai para 15
litros/habitante/dia (MACÊDO, 2001).
No território brasileiro encontram-se 12% da água doce do mundo, mas a mesma não
está igualmente distribuída. No Norte encontram-se 68,5% dos recursos hídricos, já no
Nordeste apenas 3,3% de água são encontrados, Sudeste 6%, Sul 6,5% e Centro-oeste 15,7%
(TOMAZ, 2001; BOTEGA, 2007). Na Figura 3 tem-se a distribuição de água por região no
Brasil.
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CLASSE USOS
ÁGUAS
SALOBRAS Recreação de contato primário
Proteção das comunidades aquáticas
Classe 7 Criação natural e/ ou intensiva (aquicultura) de espécies destinadas à
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alimentação humana
Navegação comercial
Harmonia paisagística
Classe 8 Recreação de contato secundário
Von Sperling (2005) e Marengo (2008) ressaltam os principais usos da água, sendo
estes: abastecimento doméstico; abastecimento industrial; irrigação; dessedentação do homem
e animais; preservação da flora e da fauna; recreação e lazer; criação de espécies; geração de
energia elétrica; navegação; harmonia paisagística; diluição e transporte de despejos.
A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. Contudo, por ser
considerada um dos melhores solventes existentes, raramente é encontrada em estado absoluto
de pureza. Dos elementos químicos que se tem conhecimento, a maioria é encontrada de
alguma maneira em águas naturais (RICHTER; NETTO, 2005).
Richter e Netto (2005) comentam que a água possui características físicas, químicas e
bacteriológicas, determinadas por uma série de parâmetros. Antes de analisar e identificar os
parâmetros, é preciso saber para qual fim será utilizado esta água.
As características das águas são resultado de uma série de fatores que ocorrem no
corpo hídrico ou na bacia hidrográfica. A capacidade de dissolução varia de acordo com a
substância lançada e com o transporte pelo escoamento superficial e subterrâneo (LIBÂNIO,
2008).
Macêdo (2001) ressalta que as características físicas podem ser perceptíveis pelo
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homem através de seus sentidos. A água deve ser transparente, sem cor e sem cheiro. Segundo
Richter e Netto (2005) as características físicas das águas são de pouca importância na
questão sanitária e normalmente são fáceis de determinar.
A temperatura possui uma grande influência sobre outras propriedades. Por ser uma
medida de intensidade de calor, acelera reações químicas, reduz a solubilidade de gases e
ainda acentua a sensação de sabor e odor (RICHER; NETTO 2005).
Ainda, segundo Mota (2003), a cor é outro ,indicador de qualidade física. Este
indicador é resultante de substâncias em solução com diferentes origens, tais como, matéria
orgânica na água, algas, introdução de esgotos industriais e domésticos ou por dissolução de
ferro e manganês.
Além das características citadas acima, pode-se incluir o sabor e odor, originários da
decomposição da matéria orgânica, atividade de microrganismos ou fontes industriais de
poluição. Sendo este indicador de difícil quantificação, pois depende da sensibilidade dos
sentidos humano (MACÊDO, 2001).
este indicador é monitorado em estações de maior porte, não sendo um parâmetro integrante
do padrão de potabilidade brasileiro (LIBÂNIO, 2008).
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Outro parâmetro químico é a alcalinidade, que segundo Von Sperling (2005) define
como a quantidade de íons presentes na água que reage para neutralizar os íons hidrogênio.
Em outras palavras, é a medição da capacidade da água de neutralizar os íons hidrogênio.
mesmo modo que a alcalinidade, a acidez pode vir a provocar corrosão em encanamentos e
tubulações (LIBÂNIO 2008).
Mota (2003) comenta que a dureza é resultado da presença de sais alcalinos terrosos,
como cálcio e magnésio, ou de outros metais em concentração menor. Na presença de
quantidades elevadas na água, provocam sabor desagradável e efeitos laxativos, além de
formar incrustações nas tubulações e caldeiras.
algas, mas em grandes quantidades, provoca eutrofização do recurso hídrico. Suas principais
fontes são dissolução dos compostos contendo fósforo do solo, decomposição da matéria
orgânica, esgotos domésticos e industriais, fertilizantes, detergentes e excrementos de animais
(MOTA, 2003; MACÊDO, 2001).
Segundo Von Sperling (2005), alguns valores podem ser utilizados como indicador do
estado de eutrofização de corpos hídricos. Valores de fósforo abaixo de 0,01-0,02 mg L-1,
considerado não eutrófico, entre 0,01-0,02 e 0,05 mg L-1 tem-se um estado intermediário e
valores acima de 0,05 mg L-1 ocorre um ambiente eutrófico.
A matéria orgânica presente nos corpos d’água e nos esgotos é uma característica de
fundamental importância. Nas análises laboratoriais, há uma grande dificuldade em
determinar os componentes orgânicos, devido sua variedade de formas e compostos em que
esta pode se apresentar. A Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e a Demanda Química
de Oxigênio (DQO) são os parâmetros mais utilizados, seguido da medição do Carbono
Orgânico Total (COT) (VON SPERLING, 2005).
Von Sperling (2005) comenta ainda que a grande maioria dos poluentes inorgânicos é
tóxica, em especial os metais. Os mais comuns de serem encontrados dissolvidos na água são
o arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio e prata. As atividades antrópicas, como despejos
industriais, atividades mineradoras, atividades de garimpo e agricultura são as responsáveis
por esta origem.
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De acordo com Rose et al. (2002) apud Bazzarella (2005), a quantidade de bactérias
aeróbias, como os coliformes termotolerantes, aumenta durante as primeiras 48 horas de
estocagem e depois fica relativamente estabilizada por, aproximadamente, 12 dias.
A água residual, antes de ser lançada em um recurso hídrico, deve passar por
tratamento em Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs), a fim de que atinja os parâmetros
exigidos pela legislação, uma vez que se lançada indevidamente com os seus poluentes
característicos, causa alteração de qualidade nos corpos receptores, resultando em
contaminação das águas superficiais e subterrâneas, bem como do solo. (OLIVEIRA;
ARAÚJO; FERNANDES, 2009).
O Quadro 4 apresenta a relação dos principais parâmetros que devem ser analisados
em amostras de água.
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Parâmetros Turbidez X X X X X X
Físicos Sabor e odor X X X X
Temperatura X X X X X
pH X X X X X X X
Alcalinidade X X X
Acidez X X
Dureza X X
Ferro e manganês X X X X
Cloretos X X
Parâmetros Nitrogênio X X X X X X X X
Químicos Fósforo X X X X
Oxigênio dissolvido X(2) X X
Matéria orgânica X X X X
Micropol. Inorg.
X X X X X X X X
(diversos)(3)
Micropol. Orgân.
X X X X X X X X
(diversos)(3)
Organismos
X X X X X X X X
indicadores
Bactérias decomp.
X(2)
(diversas)
Notas: (1) Causada por Fe e Mn; (2) Durante o tratamento, para controle do processo; (3) Devem ser aqueles que
possuírem alguma justificativa, devido ao uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica.
Fonte: VON SPERLING (2005)
Von Sperling (2005) ressalta que as principais finalidades da remoção destes sólidos
grosseiros incluem a proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e
tubulações; proteção das unidades de tratamento subseqüentes e a proteção de corpos
receptores).
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No decantador primário (que pode ser tanto retangular como circular), o efluente flui
vagarosamente permitindo que os sólidos em suspensão, os quais possuem maior densidade,
sedimentem gradualmente no fundo. Este material sedimentável recebe o nome de lodo
primário bruto, sendo sua remoção necessária, através de raspadores mecânicos, para não
prejudicar a eficácia do tratamento (VON SPERLING, 2005).
alumínio, cloreto férrico, auxiliado por um polímero. Da mesma forma, pode-se reduzir o
fósforo, através da precipitação.
Von Sperling (2005) ressalta que nesta etapa de tratamento a remoção da matéria
orgânica é efetuada por reações bioquímicas, realizadas por microorganismos. Estes por sua
vez, transformam a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular. Telles; Costa
(2007) ressaltam que pode haver uma remoção tanto da DBO como para Coliformes de 60 a
99%. Já para os nutrientes, pode haver uma redução de 10 a 50%, podendo este valor ser
superior, caso haja unidades específicas para isso.
Estes sólidos em suspensão originam o Lodo Ativado, que apresenta alta eficiência no
que se refere à remoção de matéria orgânica em esgotos domésticos e efluentes industriais.
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São sistemas que apresentam certa versatilidade na operação e se comparados a outros tipos
de sistemas biológicos normalmente utilizados no tratamento de resíduos, ocupam menor
espaço físico para implantação (CLAAS, 2007).
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O tratamento terciário ou avançado nem sempre esta presente nas ETEs. Geralmente é
constituída de unidades de tratamento físico-químico, tendo como objetivo a remoção
complementar da matéria orgânica e de compostos não biodegradáveis, nutrientes, poluentes
tóxicos, sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em suspensão remanescentes, e de
patogenias por desinfecção dos esgotos tratados.
Assim, de acordo com Von Sperling (2005) e Metcalf e Eddy (2003), o tratamento de
efluentes pode ser classificado em:
Os processos de tratamento dos efluentes são formados por uma série de operações
unitárias e estas são empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para a
transformação destas substâncias em outras de forma aceitável, ou seja, de forma a atender as
legislações de lançamento.
Operação
Processo de operação
unitária
Operação pela qual gases são precipitados no esgoto ou tomados em solução pelo
Arraste com gás esgoto a ser tratado, pela sua exposição ao ar sob condição elevada, reduzida ou
normal de pressão;
Operação pela qual o material flutuante e a matéria em suspensão que for maior em
Gradeamento
tamanho que as aberturas das grades, são retidas e removidas;
Operação pela qual a capacidade de carreamento e de erosão da água é diminuída,
Sedimentação até que as partículas em suspensão decantem pela ação da gravidade e não possam
mais ser levantadas pela ação de correntes;
Operação pela qual a capacidade de carreamento da água é diminuída e sua
Flotação
capacidade de empuxo é então aumentada.
Coagulação Operação onde há adição de substâncias químicas formadoras de flocos
química (coagulantes) ao efluente.
Precipitação Operação de adição de substâncias químicas como sulfato de alumínio e sais de
química ferro, com o objetivo de eliminar nutrientes como o fósforo.
Filtração Operação pela qual os fenômenos de coar, sedimentar e de contato interfacial
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Operação
Processo de operação
unitária
combinam-se para transferir a matéria em suspensão para grãos de areia, carvão, ou
outro material granular, de onde deverá ser removida;
Operação pela qual os organismos vivos infecciosos em potencial são
Desinfecção
exterminados;
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Para Fiori et al. (2006) a expansão da rede de água para abastecimento urbano no
Brasil, ainda é insuficiente para atender a elevada demanda de água potável nas grandes e
médias cidades.
Mierzwa e Hespanhol (2005) definem, de maneira geral, o termo reuso de água como
o uso de efluentes tratados ou não para fins benéficos, tais como irrigação, uso industrial e
fins urbanos não potáveis, em substituição à fonte de água normalmente utilizada.
Lavrador Filho (1987) apud Mancuso e Santos (2003), define a prática de reuso como
o aproveitamento de águas já utilizadas em alguma atividade, para suprir necessidades de
outros fins, podendo este ser, inclusive, o original. Ainda, diz que pode ser realizado de forma
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direta ou indireta com ações planejadas ou não planejadas, gerando assim as seguintes
definições:
a) Reuso indireto não planejado: a água utilizada, uma ou mais vezes, para uma
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De acordo com Mierzwa e Hespanhol (2005), a prática de reuso pode ser implantada
de duas maneiras: reuso direto de efluentes e reuso de efluentes tratados. O reuso direto de
efluentes compreende o uso de efluente originado por um processo diretamente em outro,
devido às características compatíveis, podendo-se utilizar parcialmente o efluente ou misturá-
lo com a água de abastecimento. Já no caso do reuso de efluentes tratados utilizam-se
efluentes que tenham sido submetidos a um tratamento. Após o tratamento é verificado se o
efluente atinge as características necessárias, caso contrário realiza-se um novo tratamento.
Ainda, o reuso pode ser classificado em duas grandes categorias: potável e não
potável, dependendo de que atividade será o objetivo do reuso (MANCUSO; SANTOS,
2003). Para Telles e Costa (2007) o reuso de água com características similares ao esgoto
doméstico, decorrentes de atividades como higiene, preparação de comidas, entre outras; deve
ser realizado para fins menos nobres, onde não são exigidos os padrões de qualidade de água
potável, por motivos de segurança à saúde pública. Ainda segundo o autor, o reuso para fins
não potáveis auxilia na redução do problema da escassez, substituindo a exploração de
mananciais. Com isso, volumes de água potável são poupados, usando-se água de qualidade
inferior para estas finalidades.
Para fins deste estudo será adotado o conceito de reuso de água, de forma geral,
apresentado por Mierzwa e Hespanhol (2005). O reuso a ser realizado é classificado como
reuso direto, conforme Lavrador Filho (1987) apud Mancuso e Santos (2003); e um reuso de
efluentes tratados conforme Mierzwa e Hespanhol (2005). Ou seja, o efluente será
encaminhado a um tratamento para atender as características necessárias e então encaminhado
39
ao reuso não potável (descargas sanitárias, lavagem dos caminhões, lavagem do piso e
circulação de água no telhado para obter um melhor conforto térmico).
de água captado pelo sistema de abastecimento convencional e do efluente gerado pela prática
da atividade. Sobretudo, deve ser adotada no momento em que as características do efluente
disponível sejam compatíveis com os requisitos de qualidade exigidos para a finalidade de sua
aplicação (MIERZWA; HESPANHOL, 2005).
Silva (2002) complementa que existem outros usos industriais podendo ser incluídos
nas atividades da construção civil (preparação de concreto e compactação do solo); lavagens
de peças nas indústrias mecânicas; lavagem de gases de chaminés.
Telles e Costa (2007) comentam que os custos elevados da Água Industrial no Brasil,
são um estimulo para que as indústrias adotem o reuso, viabilizando a maximização da
eficiência no uso dos recursos hídricos. Dentre os benefícios do reuso de água no setor
industrial, pode-se citar a maximização da eficiência na utilização dos recursos hídricos;
benefícios referentes à imagem ambiental da empresa (adoção de postura pró-ativa com o
meio ambiente); garantia na qualidade de água tratada; viabilização de um sistema “fechado”,
com descarte mínimo de efluentes; credenciamento da empresa para futuros processos de
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O reuso de água também vem sendo adotado por algumas empresas como forma de
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O manual da FIESP (SAUTCHUK et al., 2005), sugere a divisão dos vários tipos de
reuso de água não potável em classes que então resume os critérios de qualidade necessários
de acordo com a atividade.
Segundo este manual, o reuso de água em descargas sanitárias, por exemplo, não deve
apresentar mau cheiro, não ser abrasiva, não manchar superfícies, não deteriorar os metais
sanitários, não propiciar infecções ou a contaminação por vírus ou bactérias prejudiciais à
saúde humana. Neste sentido esta atividade enquadra-se na água de reuso classe 1, que
também compreende atividades como lavagem de pisos, roupas e veículos e fins ornamentais
(chafarizes, espelhos de água, etc.).
41
De acordo com a NBR 13.969/1997, no item 5.6, as atividades de reuso de água para
fins não potáveis também podem ser divididas em diferentes classes que então apresentam
parâmetros próprios conforme o tipo de reuso. Nesta norma, adotou-se a classe 3, por ser uma
água para reuso de descargas sanitárias.
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Nitrito ≤ 1 mg/L -
Em relação à demanda bioquímica de oxigênio (DBO), a norma diz que o seu controle
evita a proliferação de microrganismos e cheiro desagradável, em função do processo de
decomposição. O controle de compostos orgânicos voláteis visa evitar odores desagradáveis;
e o controle de fósforo total visa evitar a proliferação de algas e filmes biológicos, que podem
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SPERLING, 2005);
Após analises, havia parâmetros que não atendiam a legislação de reuso, iniciando-se
assim testes físico-químicos com o efluente tratado da empresa, através do aparelho Jar Test.
Utilizou-se como agente coagulante, Cal hidratado, Sulfato de Alumínio e polieletrólito
aniônico. Inicialmente, o pH foi ajustado para 12 com ajuda da solução de cal, em seguida
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adicionado o sulfato de alumínio e polieletrólito aniônico, a fim de formar flocos com boas
características de sedimentação.
Como as amostras analisadas não tiveram bons resultados, optou-se em realizar testes
de coagulação/flocultação preliminarmente a filtração. Para realização de tal teste, contou-se
com a ajuda de um parelho Jar Test de bancada. O agente coagulante adotado foi o policloreto
de alumínio. O tempo e a velocidade máxima (início do teste) e mínima foram de 5 minutos e
60 rpm e 20 minutos e 30 rpm. Após as etapas de mistura rápida e lenta, Filho (2009) permitiu
que os flocos formados sedimentassem por 20 minutos. Retirou-se em seguida a alíquota
sobrenadante e analisando os parâmetros pH, sólidos suspensos, turbidez e cor.
Como etapa inicial, corrigiu-se o pH com a ajuda de uma solução composta de ácido
sulfúrico (1,0N), em 6 beckers contendo um litro de efluente e o agente coagulante policloreto
de alumínio na concentração (12 mL de solução PAC 15% v/v). Com o valor do pH ajustado,
Filho (2009) variou a dosagem do agente coagulante entre 7 e 12 mL/L, adotando o mesmo
processo de mistura descrito anteriormente.
tratamento. Sendo assim, mesmo duas indústrias produzindo o mesmo produto, as vazões de
despejo podem apresentar grandes diferenças (VON SPERLING, 2005).
Von Sperling (2005) ressalta ainda que em relação ao consumo de água deve-se
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analisar o volume consumido total, por dia ou mês; o volume consumido nas diversas etapas
do processamento; recirculações internas; origem da água, abastecimento público ou poços;
além de eventuais sistemas de tratamento internos.
Frutas e legumes em
1 ton conserva 4-50
conservas
e ainda a eventual mistura dos despejos com esgotos domésticos e águas pluviais (VON
SPERLING, 2005).
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O Jar Test é um dos métodos mais empregados nas empresas de tratamento de água.
Este teste simula e facilita a determinação da dosagem dos produtos químicos que serão
aplicados tanto para o tratamento da água, como efluente. Com uma pequena amostra de água,
se promove a comparação entre o melhor pH e melhor dosagem do agente coagulante para
que essa etapa seja bem sucedida, o que proporciona a eficiência desejada de remoção das
impurezas de forma mais econômica (NUNES, 2008).
O aparelho para o teste do jarro consta de seis cubas com pás misturadoras, nas quais a
velocidade de rotação possa ser ajustada. Sendo a melhor dosagem, da cuba na qual aconteceu
melhor floculação (MACÊDO, 2001).
Nunes (2008) ressalta que o Cloreto de Ferro III (FeCl3), possui uma larga faixa de
pH, tendo uma excelente formação de flocos, sendo um dos eletrólitos mais utilizados para o
tratamento de efluentes industriais como coagulante, principalmente para remoção de fósforo
e no condicionamento de lodos. Porém, interfere na coloração do efluente, mas deixando o
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mesmo transparente.
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4 MATERIAIS E MÉTODOS
A empresa possui sua produção dividida em três linhas. Sendo praticamente 70% dos
seus produtos destinados às cozinhas industriais e o restante para varejo, distribuídos no
estado do Rio Grande do Sul.
200 ppm. Após, os legumes são cortados de acordo com a preferência do cliente, embalados e
resfriados até serem distribuídos.
Corte e Secção
Produtos de Tanque de Lavagem
Higenização: com Água
Secagem por
Centrífuga
Embalamento
a vácuo
lavagem dos caminhões em dois dias da semana, normalmente uma parcela dos caminhões é
lavada em quartas-feiras e outra em sábados.
O efluente oriundo da lavagem dos caminhões, antes de ingressar na ETE, passa pela
caixa separadora de óleo e graxa, instalada logo após a rampa de lavagem. Ao chegar ao
sistema de tratamento, o mesmo deságua na caixa coletadora e mistura-se com o efluente
oriundo da lavagem de frutas e verduras, passando em seguida para o tratamento primário.
Em uma segunda etapa, o efluente passa por um tratamento primário. Inclui-se neste
processo, o tanque de equalização, com o intuito de promover a homogeneização do efluente.
Em seguida e efluente passa para o sistema de cascateamento e tanque de aeração, ambos com
o objetivo de promover a oxigenação biológica. Na Figura 5 observa-se o tanque de aeração e
o sistema de cascateameto.
finos, dois filtros de areia e carvão. Por fim, tem-se a vala de infiltração, sistema este que
auxilia a disposição do efluente a infiltrar no solo.
Empresa.
Para coleta das amostras, foram utilizados frascos de polietileno de 1000 mL, sendo
levadas para o laboratório em menos de 1 hora após a coleta, não havendo necessidade de
refrigeração. Procedendo a conservação de acordo com a NBR 9898, da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Os resultados da analises encontram-se no ANEXO B.
Além dos parâmetros descritos acima, analisou-se também Carbono Orgânico Total
(COT), Sólidos Fixos, Sólidos Totais e Sólidos Voláteis. As análises de sólidos foram
realizadas no laboratório de Biorreatores do Centro Universitário Univates.
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Após este medimento, as amostras foram calcinadas a 550ºC, em muflas, por 8 horas.
Ao término do processo, as mesmas foram esfriadas a temperatura ambiente e pesadas
novamente. Para realização dos cálculos, adotaram-se as fórmulas descritas no Quadro 8:
Onde: MS = Massa da Amostra Seca a 105ºC, em mg; MR = Massa do Recipiente, em mg; VA = Volume da
amostra, em mL; MC = Massa cinza + massa do recipiente (mg); MR = Massa do recipiente, em mg.
Os testes com Jar Test foram realizados nos dias 11 e 16 de outubro de 2012, no
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4.4.1 Determinação do pH
ideal seria entre uma faixa de 6 a 9. Para isto, utilizou-se 20g de Hidróxido de Cálcio e
avolumou-se com água destilada até 200 mL do balão volumétrico.
Desta forma, será possível analisar a eficiência dos agentes coagulantes e comparar
tais resultados, com os parâmetros analisados na caracterização do efluente da empresa em
questão. Por fim, haverá o comparativo destes valores obtidos com os valores descritos no
manual da FIESP, a fim de verificar se este tratamento é a melhor maneira de favorecer o
reuso de água.
4.4.4 Realização dos testes com a dosagem dos agentes coagulantes ajustados
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A água que abastece a empresa tem sua origem de poço artesiano próprio. Não
existem hidrômetros instalados para saber o consumo de água gasto ao certo diariamente.
Porém, a empresa estima gastar próximo de 35 m³ diários, utilizados em todas as atividades
da empresa. Na ETE, chegam próximos de 30 m³ diários, os restantes, 5 m³, são gastos em
banheiros e lavagem de caminhões, sendo esta última atividade, de uso não diário.
Filtração
Pode-se perceber pelos resultados obtidos, que o efluente bruto não apresenta valores
muito elevados. Já na primeira etapa de tratamento, no caso o gradeamento, ocorre grandes
melhorias em praticamente todos os parâmetros.
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etapa de tratamento anterior. Porém, ao comparar com o efluente bruto, o mesmo apresenta
pontos falhos, estando os valores superiores a 154% (de 1.100 para 2800 NMP/100 mL). Para
os Coliformes Totais, não ocorreram melhoras no parâmetro, ficando os valores acima de
160.000 NMP/100 mL. Segundo Telles e Costa (2007), os valores para remoção de bactérias
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Uma possível causa para o não tratamento deste parâmetro se deve provavelmente ao
fato que no dia de coleta das amostras o aerador encontrava-se desligado, devido o não
funcionamento da mesma. Na ETE tem-se apenas um aerador sendo que o ideal seria no
mínimo dois, exatamente para não ocorrer tal problemática. Outro fator que pode ter ocorrido,
é de contaminação da amostra ao se coletar a mesma.
Outro fator importante que se deve levar em conta e que possa ter afetado a eficácia do
tratamento microbiológico, é o fato do pH encontrar-se levemente ácido (valores na faixa de
5), uma vez que a maioria das bactérias atingem sua fase ótima próxima a neutralidade.
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A partir deste ponto a eficácia no tratamento começa a apresentar problemas, uma vez
que os parâmetros DBO, Cloretos, Fósforo, Nitrogênio e Turbidez possuem valores elevados
comparados com o tanque de aeração. O mau dimensionamento do decantador é outro fator
que pode vir a afetar o tratamento, pois o mesmo foi construído com o objetivo de atender
uma vazão inicial de 10 m³, e atualmente não comporta os 30 m³ que passam pela ETE
diariamente.
Por fim, a última etapa do tratamento consiste na filtração, sendo o efluente coletado
após passagem pelos filtros, mais precisamente, na Vala de Infiltração, sendo este o efluente
final da estação de tratamento da empresa.
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desacordo com a Resolução, causando danos ao ambiente. Desta forma, a empresa encontra-
se em situação irregular quanto ao lançamento dos efluentes gerados, podendo vir a sofrer
sanções dos órgãos ambientais competentes.
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Manual da
Resolução
FIESP para
Parâmetro Unidades Efluente final CONSEMA
reuso de
128/2006
água
DBO mg/L O2 575 150 ≤ 10
Cabe ressaltar ainda, que em nenhum momento, a empresa realiza a correção do pH,
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apresentando no efluente tratado, uma maior acidez comparado com o efluente bruto.
Outro fator que deve ser levado em conta é a má manutenção da ETE. Não ocorre a
limpeza do tanque de aeração, do decantador de finos e do sistema de filtração, desta forma,
todas as etapas de tratamento encontram-se saturadas, não permitindo haver o devido
tratamento.
Tendo em vista o objetivo deste trabalho, no caso o reuso da água, não haveria
possibilidade de ocorrer esta situação. Estando o efluente final em não conformidade com o
manual adotado para reuso.
Assim, testou-se um tratamento complementar que possa ser eficaz para um futuro
reuso deste efluente pela empresa Atacadista de Frutas e Verduras. Inicialmente, realizaram-
se testes com diferentes dosagens de agentes coagulantes para tratamento físico-químico,
através da ajuda do aparelho Jar Test.
Turbidez. O objetivo principal nesta etapa do trabalho era apenas encontrar as melhores
concentrações para o Sulfato de Alumínio e para o Cloreto de Ferro III.
Para o Cloreto de Ferro III, a quantidade a qual melhor se obteve resultados foi de 0,16
g o qual se pode notar visualmente pela Figura 12. Mesmo este teste apresentando um pH
ácido, em relação a turbidez, foi a que melhor apresentou coagulação, com uma boa separação
da fração sólida do efluente clarificado.
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Figura 12 - Comparação visual do: Efluente bruto (1); Efluente após tratamento com
diferentes dosagens de Sulfato de Alumínio (2)
1 2
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Figura 13 - Comparação visual do: Efluente bruto (1); Efluente após tratamento com
diferentes dosagens de Cloreto de Ferro III anidro (2)
1 2
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Figura 14 – Comparação visual do: Efluente bruto (1); Efluente após tratamento com as dosagens de Sulfato de Alumínio (2) ajustado
1 2
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Tabela 10 - Resultados dos testes com o ajuste do coagulante Cloreto de Ferro III anidro
Figura 15 - Comparação visual do: Efluente bruto (1); Efluente após tratamento com as dosagens de Cloreto de Ferro (2) ajustado
1 2
73
Já para o Cloreto de Ferro III, a quantidade mais eficaz foi de 0,24 g, melhorando
assim, os parâmetros de Carbono Orgânico Total, Teor de Nitrogênio, Turbidez, Sólidos
Totais e Sólidos Voláteis. O pH e Sólidos Fixos apresentaram valores mais elevados a medida
que a dosagem do agente coagulante foi aumentada.
Porém, cabe ressaltar que apenas o tratamento físico-químico não será eficiente para o
tratamento do efluente. Haveria a necessidade de realizar estudos mais aprofundados,
dimensionando o tamanho do tanque de aeração, a potência e a quantidades de bombas de
aeração, tamanho do decantador de finos e dimensionamento do sistema de filtros. A ETE
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presente atualmente na empresa não foi projetada para atender a vazão atual, estando com o
triplo de vazão que o projetado inicialmente. A correção do pH logo no início do tratamento, é
fundamental para o correto tratamento do efluente.
Outro tratamento que precisa ser adotado pela empresa caso o reuso fosse requerido,
seria a desinfecção. Com relação aos vários produtos químicos ou agentes desinfetantes
disponíveis atualmente no mercado, os mais conhecidos e utilizados são os produtos à base de
cloro, tais como o cloro gasoso (Cl2(g)), o hipoclorito de sódio (NaClO(l)) solução aquosa e o
hipoclorito de cálcio (Ca(ClO)2(g)) sólido. Porém, há a necessidade da realização de testes,
para saber a correta dosagem destes produtos.
6 CONCLUSÃO
7 REFERÊNCIAS
BRANCO, S.M. Água: Origem, uso e preservação. São Paulo: Moderna, 1993.
____________ Água: Origem, uso e preservação. 2ª Edição. 25ª impressão. São Paulo:
Moderna, 2010.
MARENGO, J. A., Água e mudanças climáticas. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados
da Universidade de São Paulo, 2008.
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METCALF & EDDY; Wastewater Engineering: treatment and reuse. New York. Ed.
McGraw-Hill, 2003, 1819p. ISBN: 0070418780.
MIERZWA, J. C., HESPANHOL, I. Água na indústria: uso racional e reuso. São Paulo:
Oficina de Textos, 2005.
BDU – Biblioteca Digital da UNIVATES (http://www.univates.br/bdu)
PELLACANI, C., R. Poluição das Águas Doces Superficiais & Responsabilidade Civil. 6ª
reimpressão. Curitiba – Paraná: Editora Juruá, 2011.
SAUTCHUK, C., FARINA, H., HESPANHOL, I., OLIVEIRA, L. H., COSTI, L. O., ILHA,
M. S. O., GONÇALVES, O. M., MAY, S., BONI, S. N., SCHIMIDT, W. Conservação e
reuso da água em edificações – Manual da FIESP. São Paulo, 2005. 151 p.
TOMAZ, P. Economia de Água: para empresas e residenciais. São Paulo: Navegar, 2001.
ANEXOS
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ANEXO A – Planta baixa da ETE, com indicativo dos locais de coleta das
amostras de efluente
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