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Indústria Cervejeira
(Tratamento de Efluentes)
Sumário
Introdução...........................................................................................................................................................2
1.1 A Indústria Cervejeira no País........................................................................................................2
1.2 Descrição do Processo de Fabricação da Cerveja................................................................................2
1.2. Cervejaria.......................................................................................................................................4
Características do efluente total:.................................................................................................................5
4.1. Tratamento Preliminar e Primário...........................................................................................................8
Dimensionamento das grades........................................................................................................................8
O primeiro passo para o dimensionamento das grades é o cálculo das alturas das lâminas para as vazões
máximas, médias e mínimas (H) no medidor Parshall:....................................................................................8
4.1.3. Caixa de Areia..............................................................................................................................11
4.1.4. Caixa de Gordura..........................................................................................................................12
4.1.5. Precipitação Química com o Uso de Coagulantes (Correção de pH)...........................................13
Correção de pH..........................................................................................................................................14
Tempo de detenção (t):.......................................................................................................................................14
4.1.6. Decantadores.....................................................................................................................................15
CETESB, Nota técnica sobre tecnologia de controle: Fabricação de cervejas e refrigerantes, NT- 24,
CETESB, São Paulo, 1992.- 27p....................................................................................................................23
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1. Introdução
Em todas as indústrias existe a formação de resíduos sólidos, líquidos e gasosos que devem ser
corretamente manipulados e processados de modo a se obter o menor impacto possível para o meio
ambiente. Dependendo do processo da indústria um dos tipos de efluente vai prevalecer.
Nas cervejarias, os resíduos líquidos provêm, em sua maioria, das máquinas de lavar garrafas,
das dornas de fermentação, do bolo das centrífugas, da lavagem dos panos dos filtros-prensa e das
descargas das máquinas de pasteurização. As descargas do pasteurizador e das lavagens das garrafas
acontecem periodicamente, ocorrendo, geralmente, no encerramento do período semanal de
fabricação. Os outros efluentes são contínuos durante o período de fabricação.
Com a crescente preocupação com a qualidade dos corpos de água que atuam como receptores
destes efluentes, existe um maior empenho em construir estações de tratamento com o máximo de
eficiência dentro da disponibilidade de recursos necessários.
O projeto de uma estação de tratamento é função principalmente das características do efluente,
no caso das cervejarias as características do efluente são muito semelhantes as do esgoto doméstico
e por isso estas estações apresentam projetos com pontos em comum.
O objetivo deste trabalho é dimensionar as unidades de uma estação de tratamento no sentido de
reduzir a quantidade de matéria orgânica e sólidos suspensos provenientes do processo, de acordo
com as características do efluente de uma indústria cervejeira, para um posterior despejo com
elaboração de um fluxograma e um balanço de DBO.
No Brasil a cerveja demorou a chegar, pois os portugueses temiam perder o mercado da venda
de seus vinhos. A cerveja só chegou ao Brasil em 1808, trazida pela família real portuguesa de
mudança para o então Brasil colônia. Apenas a partir da metade do século XIX, a fabricação de
cerveja brasileira começou a tomar forma com o aparecimento de diversas fábricas, inclusive
grandes indústrias que aos poucos foram absorvendo as pequenas artesanais.
Atualmente, o setor é uma potência em expansão em se tratando de volume de negócios gerados
e crescimento no mercado alimentício e, consequentemente, paralelo a esse crescimento e
modernização se tem o aumento nos resíduos gerados que precisam ser tratados, de forma que
métodos mais avançados de controle e eliminação de resíduos vêm sendo constantemente
desenvolvidos, para tornar possível esse crescimento.
2. Características do Efluente
A fábrica em questão funciona normalmente 16 h/dia com um total de 150 trabalhadores, sendo
120 operários, 60 por cada turno de 8 horas (2 turnos) e 30 são funcionários, 15 por cada turno de 8
horas (2 turnos).
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Vazão (funcionário) = Vazão per capita x funcionários = 66,67 l/dia x 30 = 2000,1 l/dia
Contribuição (funcionário) = Contribuição per capita x funcionários = 46,67 g/dia x 30 = 1400,10 g/dia
Vazão (operário) = Vazão per capita x operário = 70 l/dia x 120 = 8.400 l/dia
Contribuição (operário) = carga per capita x operário = 40 g /dia x 120 = 4.800 g/dia
2.3 Cervejaria
A cada 1000 L de cerveja produzida, têm-se um consumo específico de água de 8-20 m 3/dia.
Então:
Vazão mínima = 1200 m3/dia = 13,89 L/s
Vazão máxima = 3000 m3/dia = 34,71 L/s
É importante ter-se uma avaliação confiável da vazão máxima, uma vez que influi diretamente
no dimensionamento das unidades do tratamento, cujas dimensões devem ser calculadas em função
da vazão máxima do dia de maior contribuição.
Adotou-se uma carga de DBO de 1.000 mg/L para o efluente industrial (BRAILE, P. et al, 1979).
Nas cervejarias que possuem anexa, a fábrica de malte, dois tipos de despejos são
caracterizados, grãos de cevada em suspensão, além de sólidos sedimentáveis, provenientes das
impurezas da matéria-prima. Possuem cor e turbidez não muito elevadas e pH variando na faixa de
7 a 8, podendo, às vezes, alcançar 10 ou 11 durante a lavagem dos tanques de molhamento com
solda cáustica. Sob o ponto de vista químico, os despejos da maltaria contêm, principalmente,
legumina, fibrina, maltose e arabinose.
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Além desses, pode-se esperar no efluente: restos de papéis (celulose) dos rótulos das garrafas,
amido, fermento decantado ou centrifugado, terra de diatomáceas e uma pequena quantidade de
cerveja proveniente dos interstícios do fermento rejeitado e das garrafas quebradas durante a
pasteurização.
Todos esses despejos se caracterizam pela elevada DBO e são ricos em proteínas que se
decompõem rapidamente, provocando fortes odores.
Dada a complexidade das transformações existentes nos diversos estágios de fabricação da
cerveja e a natureza das matérias-primas, a composição química e microbiológica do efluente de
uma cervejaria é muito variada. A DBO depende do volume de água utilizado.
Vazão máxima total = Vazão doméstica + Vazão máxima industrial = 0,12 L/s + 34,71 L/s = 34,83 L/s
Vazão mínima total = Vazão doméstica + Vazão mínima industrial = 0,12 L/s + 13,89 L/s = 14,01 L/s
DBOtotal = DBOdoméstica + DBOindustrial = 596 + 1000 = 1596,0 mg/L
- Sólidos sedimentáveis;
- pH.
Para o nosso processo, a DBO foi de 1000 mg/L; os sólidos sedimentáveis e óleos/graxas
(CETESB, 1992), foi de, respectivamente, 305 mg/L e 200 mg/L.
3. Fluxograma da ETE
Esgoto Bruto
Grades
Peneiramento
Caixa de Areia
Medidor de Vazão
Caixa de Gordura
Tanque de
Equalização
Decantador Primário
Decantador Secundário
Secagem do
Corpo
Receptor
Figura 2 – Fluxograma da ETE
Todas as unidades, com exceção da caixa de gordura, do tanque de correção de pH, do medidor
de vazão e do leito de secagem são construídos em duplicata, operando em paralelo para garantir o
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4.2 Gradeamento
Como a instalação é isenta de dispositivos de lavagens de areia, esta será encaminhada para o
aterro sanitário mais próximo.
4.5 Peneiramento
5. Projeto da ETE
5.2.1 Gradeamento
O primeiro passo para o dimensionamento das grades é o cálculo das alturas das lâminas para as
vazões máximas, médias e mínimas (H) no medidor Parshall:
1
Q n
H
K
Onde K e n são funções da garganta do medidor da calha Parshall.
Depois é necessário o cálculo do rebaixo do medidor da calha Parshall, no caso de haver uma
caixa de areia.
Q H min Qmin H máx
Z máz
Qmáx Qmin
Q
Área útil: Au
V
a
Eficiência: E , onde a é o espaçamento entre barras e t é a espessura das mesmas.
at
Au
Área Total considerando escoamento montante a grade: S
E
Tabela 4 - Valores do dimensionamento das grades.
Vazão (l/s)
Q máx 34,83
Q med 24,42
Q min 14,01
W
n K
(pol)
3 1,547 0,176
Altura (m)
H máx 0,350922
H med 0,278952
H min 0,19478
Dimensionamento de Grades
Z 0,089711
a=
t = 3/8"
3/4"
t = espessura
Au (m2) 0,05805
a = abertura entre barras
E 0,666667
S (m2) 0,087075
b (m) 0,333351
Vo Obstrução da grade de 50%. Vo será o dobro no cálculo
0,6
(m/s) da perda de carga
v (m/s) 0,4
hf (m) 0,093388 --------------------------
hmáx (m) 0,261211
h' (m) 0,654599 D = 0,2 m (convenção)
C (m) 0,925743 Ângulo 450
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n 11,67603 12
e (mm) 66,65061
Figura 3 - Grades
5.2.2 Peneiramento
A principal finalidade da peneira é remover sólidos grosseiros suspensos das águas residuárias
com granulometria superior a 0,25 mm. Há dois tipos de peneiras: a estática e a rotativa.
Na estática, o efluente flui na parte superior, desce pela tela e cai pelas malhas para dentro, onde
é recolhido e direcionado para a unidade subseqüente, enquanto os sólidos grosseiros deslizam na
tela inclinada, sendo empurrados pelo próprio líquido, e são recolhidos na parte inferior. Para
dimensionamento, é recomendável consultar tabelas de fabricantes, utilizando a vazão máxima de
projeto, sendo também aconselhável consulta prévia ao fabricante para confirmação das dimensões,
indicando o tipo de água residuária e a fenda da malha a ser utilizada no projeto.
Podem ser instaladas recebendo o efluente por recalque ou por gravidade, estando situada antes
ou após o tanque de equalização. Podem ser dimensionadas pela taxa de aplicação, que varia com a
abertura da tela e também com o tipo de efluente, a concentração de sólidos a serem removidos,
temperatura e viscosidade. Para altas concentrações de sólidos orgânicos, poderá ser removido de
15 a 25% da DBO em suspensão grosseira.
Dimensionamento
A taxa de aplicação foi obtida da tabela 3.1 do Alves Nunes, página 83, que fornece as taxas das
peneiras estáticas ou rotativas fabricadas pela ETA – Engenharia de Tratamento de Água Ltda.
Adotou-se uma peneira estática de 0,75 mm de abertura, à qual corresponde uma taxa de
aplicação (I) de 25 m3/m2h
Onde:
I = taxa de aplicação = 25m3/m2h para uma peneira estática de abertura 0,75mm
Q = vazão máxima do afluente = 125,388 m3/h
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Existe um valor tabelado para a largura que será adotada, que é o valor imediatamente superior
a esse valor de 2,51 m. Como não dispomos desse valor, não podemos dizer a real largura que essa
peneira teria.
Dimensionamento
Qmax
Largura: b
hmax .V
Onde V é a velocidade pretendida nos canais e hmax e Qmax são valores anteriormente calculados.
b = 0,03483/(0,261211*0,30) = 0,44 m
Taxa de escoamento superficial (I): deve estar entre 600 e 1200 m 3/m2dia.
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hf
z Hmax
hmax
Figura 5 - Grade, caixa de areia e calha Parshall
A caixa de gordura tem a função de reter gorduras e materiais que flotam naturalmente. Seu
princípio de funcionamento é diferença de densidade entre a água e as gorduras.
A remoção da gordura tem as seguintes finalidades:
Evitar obstruções dos coletores;
Evitar aderência nas peças especiais da rede de esgotos;
Evitar acúmulo nas unidades de tratamento provocando odores desagradáveis e perturbações
no funcionamento dos dispositivos de tratamento;
Evitar aspectos desagradáveis nos corpos receptores.
A caixa deve ser retangular, com duas ou mais cortinas, uma próxima à entrada para evitar
turbulência do líquido, e a outra próxima à saída. Em um dos lados da caixa deverá haver uma calha
para a remoção da gordura.
A caixa de gordura foi empregada devido ao fato de se ter um efluente doméstico, com alto
conteúdo de gordura reunido ao efluente industrial, que também contém quantidades relevantes de
gorduras provenientes das lavagens de garrafas e dos tanques de fermentação.
A separação da gordura permite maior eficiência às fases subseqüentes e melhora no
tratamento do lodo, se for reunida a este.
Dimensionamento
A m 2
Q ( m 3 / h)
v ( m / h)
Onde: Q é vazão máxima afluente = 34,83 l/s = 125,388 m 3/h; v é a velocidade mínima de ascensão
das partículas de menor tamanho = 4 mm/s, a taxa de aplicação será de 14,4 m³/m²h.
Substituindo os valores temos para área da caixa de gordura (A) = 8,71 m2.
A = L x B,
L = 1,5 x B A = 1,5 B2
B = 2,41m; L = 3,61 m
Para 16 h de funcionamento diário, tem-se:
Vcaixa = Q x t x 1,25
Onde: Q = Vazão máxima (m³/h)
t = Tempo de detenção (h)
h1 h2
H
B
h1= H/3
h2= H/2
L
Figura 6 – Caixa retentora de gordura
vezes pode-se empregar simultaneamente a cal com sais de ferro e alumínio, ou até mesmo com
polieletrólitos, objetivando obter melhor sedimentação de sólidos precipitáveis pela floculação e
pela formação de insolúveis. Nem todos os precipitantes podem ser empregados para qualquer
efluente. A natureza dos resíduos, custos e a disponibilidade dos precipitantes são fatores também
considerados importantes.
Correção de pH
Onde:
Qe = vazão máxima na entrada;
Qs = vazão máxima na saída
Onde:
H = profundidade do tanque = 2 m
L = largura da seção quadrada
Onde:
Vmin = volume mínimo, cuja profundidade é 1,0 m
5.2.6 Decantadores
Critérios adotados:
C = comprimento do decantador = 20 m
Relações adotadas no Brasil: C/L = 4/1 C = 4L
C/H = 5,6/1 C = 5,6/H
Onde:
L = largura dos decantadores
H = profundidade dos decantadores
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A = L x C = 5 x 20 = 100 m2
Onde:
Qs = vazão máxima de saída do tanque de equalização
A taxa de escoamento está dentro do limite para uma sedimentação simples, de 5 a 80 m 3/m2dia.
V 5cm / s
20 v 0,25cm / s
v 20
Onde:
A ação dos filtros biológicos, como o nome sugere, é de origem biológica e depende de aeração.
A grande profundidade permite a redução da área e melhora a ventilação, em especial com o uso de
granulometria mais grosseira que a encontrada em solos arenosos naturais.
Os chamados filtros biológicos de baixa capacidade são aqueles no qual o efeito de
arrastamento é muito fraco. Os sólidos formados ficam aderentes às pedras em sua maior parte e são
constantemente recobertos por novas camadas dos mesmos sólidos, fazendo com que o lodo
orgânico fique retido no filtro, onde deve ser estabilizado, tomando parte no consumo de oxigênio.
O filtro de alta capacidade consegue depurar maior volume de esgoto com mesmo volume de
material filtrante, uma vez que não cabe ao filtro à operação de estabilização do lodo – sua principal
característica é a inexistência de lodo em seu interior, responsável pelos baixos teores de nitrato
(oriunda da decomposição aeróbia do lodo retido). A extensão da superfície recoberta de películas
biologicamente ativas em 1m3 de filtro depende da granulometria do meio.
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A altura dos filtros está relacionada com o tamanho das pedras e com a finalidade de ventilação,
da mesma forma que tem relação com a concentração dos esgotos, sendo tanto maior a altura
quanto maior a concentração, a fim de aumentar a extensão de percolação bem como a o tempo de
detenção e também a capacidade de depuração.
Razão de Recirculação:
Onde:
r = 0,5 a 3,0 = 2,0 (adotou-se 2)
Qr = vazão de esgoto recirculado;
Qa = vazão de esgoto afluente à unidade
1 r 1 2,0
F 2
2
2,08
r 2,0
1 1
10 10
Recirculo:
Onde:
Qs = vazão máxima de saída do tanque de equalização
Volume do filtro:
O tempo de retenção (tr) recomendado é de 1,5 a 2,5 horas. Foi utilizado t r = 2 horas.
Obs) O Filtro Biológico de Baixa Carga tem as mesmas dimensões do filtro biológico de alta carga.
Critérios adotados:
C = comprimento do decantador = 20 m
Relações adotadas no Brasil: C/L = 4/1 C = 4L
C/h = 5,6/1 C = 5,6/h
Onde:
L = largura dos decantadores
h = profundidade dos decantadores
Onde:
Qs = vazão máxima de saída do tanque de equalização.
V 5cm / s
20 v 0,25cm / s
v 20
Onde:
V = velocidade crítica de arrastamento das partículas = 5 cm/s.
A velocidade de sedimentação é menor do que 0,75cm/s de acordo com a literatura.
A digestão do lodo pode dar-se de duas formas. A primeira forma se dá por fermentação ácida e
é indesejável devido à lentidão com que se desenrola e a redução de lodo insignificante, além das
características inconvenientes como odores desagradáveis e formação de espuma. A segunda forma
se dá com a conveniente maturação do lodo resultando no desprendimento de gás carbônico,
nitrogênio e, sobretudo metano. Não ocorre alteração de pH que permanece constantemente um
pouco acima de sete. As reações são inodoras. É a denominada fermentação alcalina.
No caso a estação de tratamento de efluentes em questão o digestor escolhido será o digestor
anaeróbio. As finalidades de um digestor anaeróbico são destruir ou reduzir a níveis previamente
estabelecidos os microorganismos patogênicos; estabilizar substâncias instáveis e matéria orgânica
do lodo; reduzir o volume de lodo através da liquefação, gaseificação e adensamento; dotar o lodo
de características favoráveis a redução de umidade e permitir o uso posterior deste lodo como
húmus ou condicionador de solos ou agente recuperador de solos degradados.
Dimensionamento
Ql = Qs (L/h) x Vlodo (L/L) x Carga Horária (h/dia) = 83590 x 0,1 x 16 = 133744 L/dia
Onde:
Qs = vazão máxima de saída do tanque de equalização = 55,89 m 3/h = 55890 L/h;
Vlodo = volume de lodo gerado nos decantadores = 100 ml de lodo/L de efluente
Onde:
CS = concentração de sólidos no lodo = 1%
Diâmetro do Digestor:
Para digestor mecanizado com rapadores de fundo, a seção horizontal deverá ser circular.
Onde:
C = carga de sólidos adotados em 40 kg/m2dia.
Onde:
C’S = concentração de sólidos no lodo igual a 4% após a digestão = 40 kg/m 3.
umidade, tornando imperiosa sua desidratação caso haja necessidade de qualquer operação
subseqüente do tratamento, tendo em vista ainda o transporte do lodo para qualquer fim.
Para estações de tratamento de médio e grande porte, utiliza-se equipamentos para secagem
mecanizada, capazes de produzir um lodo seco, a que se chama de “torta de lodo”, com cerca de 20
a 30% de teor de sólidos.
Entre as opções típicas tem-se:
Filtros a vácuo;
Filtros-prensa;
Filtros de esteira;
Centrífugas.
Na escolha do tipo de equipamento, os seguintes fatores principais devem ser estudados:
Características típicas de equipamento;
Facilidades ou dificuldades de operação e manutenção;
Custo do equipamento;
Consumo de energia;
Local de destino final;
Massa e volume produzido de torta seca
Impactos ambientais; etc.
No caso do trabalho, foi escolhido um filtro-prensa de placa, que é um equipamento muito
utilizado nessa desidratação do lodo, apresentando torta de matéria seca na ordem de 25 a 35%.
Na operação são utilizados cal e cloreto férrico ou polieletrólito, a depender do tipo de
tratamento. O dimensionamento é feito em função do volume de lodo a ser desidratado.
Dimensionamento
Onde:
ML = massa do lodo
Cs = concentração da torta (adotada em 30%)
6. Resultados e Discussões
Custo e Benefício
Para o tratamento proposto seria necessário estipular a área para a construção de todas as etapas
dimensionadas, saber também o gasto de energia, além dos custos de implantação, seria o
“investimento requerido para a proposta apresentada”.
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Para todas etapas de tratamento foi considerada a porcentagem de remoção máxima. Para a
remoção de sólidos suspensos, considerou-se um valor de 70% de remoção nos filtros.
7. Conclusão
Pode-se concluir com o trabalho que o tratamento proposto foi satisfatório, visto que a
eficiência da ETE (avaliando os três principiais parâmetros) DBO ficou dentro dos valores
permitidos para lançamento do efluente em um corpo hídrico de classe 2, sem nenhum dano ao
mesmo, de acordo com a Resolução atualizada do CONAMA nº 430 de 2011 e a Portaria do
Ministério da Saúde nº518 de 2004.
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8. Referências Bibliográficas
- Imhoff, Klaus R.; Imhoff, Karl R., Manual de tratamento de águas residuárias, Edgard
Blücher, São Paulo, 1986.
- Nunes, José A., Tratamento físico-químico de águas residuárias industriais, 2ª edição,
Editora J. Andrade, Aracaju, 1996.
- Jordão, E. P.; Pessoa, C. A., Tratamento de Esgotos Domésticos, 3ª edição, ABES, Rio de
Janeiro, 1995.
- Braile, P.M., Cavalcanti, J.E.W.A, Manual de Tratamento de Águas Residuárias Industriais,
São Paulo, 1979.
- Sperling, M.V., Introdução a Qualidade das Águas e ao Tratamento de Esgotos.
CETESB, Nota técnica sobre tecnologia de controle: Fabricação de cervejas e
refrigerantes, NT- 24, CETESB, São Paulo, 1992.- 27p.