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CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA)

2ª. EDIÇÃO 2015 IBEMAC SÃO PAULO


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Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico www.ibemac.com.br
CURSO ROSACRUZ GRAU ONZE “ALCHIMICUS” – (SRIA)

2015 Edição Do Autor

Editor: Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico

Produção, Revisão e Capa: Enart

Direitos Autorais: Professor Radamés, transferidos legalmente para


o IBEMAC

______________________________________________________
______________________

Ficha Catalográfica

Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico.

Curso de Místico Rosacruz- SRIA/BR/ IBEMAC/SP, Ed.2013

1.Rosacruz. 2. Ritual. 3. Alchimicus. 4. Grau Onze. I-Título

______________________________________________________
_____________________

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra de qualquer forma


ou de qualquer meio eletrônico, mecânico, inclusive por meio de pro-
cessos xerográficos, incluindo ainda o uso da internet, sem a permis-
são do Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico, na pessoa do seu edi-
tor (Lei 9.610, de 19-2-98) Todos os direitos desta edição, em língua
portuguesa, reservados pelo Editor. Proibida a tradução sem autori-
zação.

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Introdução - *Atenção! Leia, é de grande importância para você.

A intenção do IBEMAC (Instituto Brasileiro de Ensino Maçônico) é divulgar


a doutrina dos Rosacruzes principalmente aos não-iniciados, possibilitando
desta forma, que um grande número de pessoas, ainda que não ligados direta-
mente a Ordem Rosacruz, possam conhecer um pouco dos nossos estudos, sem
contudo adentrar aos segredos desta Ordem Secular.

Seguindo este raciocínio, o IBEMAC preparou o “Curso Místico da Rosa-


cruz”, dividido em cinco estágios ou ciclos, que correspondem aos “onze graus
acadêmicos” para o estudo da filosofia Rosacruz.

Os ensinamentos rosacruzes deste curso são baseados nas apostilas de


estudos da Societatis Rosacrucis in Anglia para o Brasil, traduzidas do inglês
para o português e adaptadas para o estudante brasileiro. O IBEMAC é o único
Instituto no Brasil autorizado a divulgar – com exclusividade - esse material im-
presso ou no formato Arquivo PDF.

Ao final de cada uma das lições encontra-se um questionário o qual de-


verá ser respondido e enviado para o IBEMAC para fins de correção e nota;
somente receberá o Certificado de Aprovação e o selo de “apto para o próximo
grau” o aluno que responder as questões e obtiver nota mínima 5,0 (cinco).
Juntamente com as apostilas do curso, ao final de cada grau, o aluno receberá
uma folha avulsa contendo todas as questões, poderá responder nessa folha e
enviá-la para a Caixa Postal do IBEMAC neste endereço: IBEMAC - Caixa Pos-
tal nº 51 Cep 15150-970 Monte Aprazível/SP. A folha de exame corrigida será
devolvida para o candidato com a nota final obtida e o carimbo de aprovado.

Os alunos que optaram pelo curso na modalidade “Arquivo PDF” deverão


fazer uma cópia da folha de questões respondida e enviá-la via e-mail para se-
cretaria@ibemac.com.br

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Preste atenção durante a leitura da lição pois as frases que foram utiliza-
das para formar o questionário estão todas no texto. Ao terminar o Curso Rosa-
cruz o aluno que obtiver nota mínima de 5,0 (cinco) em cada um dos graus, com
média final 5,0 (cinco) será indicado, caso seja de sua vontade, para uma das
Lojas Maçônicas filiadas ao IBEMAC e poderá tornar-se um Aprendiz Maçom,
caso preencha os requisitos básicos para ingresso na Maçonaria.

As Lojas maçônicas filiadas ao IBEMAC todas trabalham com os concei-


tos de maçonaria aliado aos conceitos rosacruzes da Societatis Rosacrucis In
Anglia.

Todo acadêmico regularmente matriculado no IBEMAC pertence a “LOJA


ROSACRUZ JOIA DO NILO” fundada pelos Mestres Rosacruzes do Instituto
Brasileiro de Estudos Maçônico, com a finalidade de atender as necessidades
dos alunos e dirimir as dúvidas que naturalmente surgem durante o período de
estudos.

O Mestre da sua classe sempre atenderá às suas solicitações e durante


o curso manterá contato para orientá-lo da melhor forma possível para a conclu-
são dos estudos. Ele também será o seu padrinho para um futuro e possível
ingresso na Maçonaria ou na SRIA – Societatis Rosacrucis In Anglia para o Bra-
sil.

Todo aluno regularmente matriculado no IBEMAC está autorizado a


se identificar como ROSACRUZ do ramo SRIA - Societatis Rosacrucis In
Anglia para o Brasil, podendo assim se apresentar perante reuniões de tra-
balho, místicas, religiosas, políticas, sociais e outras. Convém que o aluno
informe ao IBEMAC que irá participar de tais reuniões ou que delas já tenha
participado. O aluno faz a sua identificação com a apresentação da sua
Credencial de Rosacruz (Carteira de Estudante) e do Certificado de Conclu-
são do Grau.

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SOCIETATIS ROSACRUCIS IN ANGLIA (SRIA)

Quinto Ciclo
GRAU ONZE (alchimicus)

I ° Zelador : Este é o primeiro ano da Sociedade, onde o aspirante é


recebido em uma cerimônia mais impressionante e colorido e onde
ele é exortado a iniciar a sua busca da verdadeira sabedoria. Todos
os negócios do Colégio são transacionado neste grau.

II ° Theoricus : Como sugere o título, o ritual de admissão é preocu-


pado com os aspectos teóricos da divindade em todas as suas for-
mas. Esta série incorpora uma palestra erudita na cor.

III ° Praticus : O estudo e ritual desta classe tem referência especial


à faceta espiritual da antiga arte da alquimia. A prática da telepatia,
vibroturgia, reconhecimento da aura humana, cura metafísica e sons
místicos (mantras), bem como a preparação para o desdobramento
da consciência ou projeção astral, construção do Sanctum do Lar e
ingresso no Sanctum Celestial é o trabalho que espera o Praticus
nesta apostila e nas próximas do Segundo Ciclo

IV° Philosophus: Neste grau o acadêmico rosacruz terá um encontro


muito especial com os antigos e atuais filósofos e seus raciocínios
que marcaram a humanidade. Aprenderá as formas corretas e cien-
tíficas do raciocínio humano. Terá seu primeiro contato com a mon-
tagem física do seu Sanctum do Lar. Conhecerá as lendas que os
rosacruzes preservam até os dias de hoje.

V° Adeptus Minor: Nesta apostila estudaremos os significados dos


termos esotérico e exotérico e identificaremos a sua utilização correta
dentro do roscacrucianismo; veremos a formação das ondas de pen-
samento predominante e aprenderemos a identificar como e quais
são os nossos pensamentos e quais são aqueles que nos chegam
de fontes externas, ou seja de outras pessoas; aprenderemos a men-
talizar o ingresso no Sanctum Celestial e faremos a nossa primeira

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reunião nessa local sagrado. Aprendermos mais um sinal da cruz,


desta vez a cruz rosacruz feita para o ambiente.

VIº - Adeptus Major: Nesta apostila estudaremos a vida dos grandes


filósofos esotéricos, homens e mulheres que com sua atividade mu-
daram o mundo no qual vivemos. O adeptus major deve conhecer a
fundo esses personagens a ponto de ser inspirado por eles e ao
ponto de poder difundir aos profanos essas biografias de forma a in-
centivar que cada vez mais um maior número de pessoas seja inspi-
rado por esses personagens de modo que possamos manter acesa
a chama que aquelas almas trouxeram para este mundo. Esses gran-
des personagens pertencem a Egrégora da Rosacruz e podem ser
acessados quando o frater ou a soror entram em meditação e se di-
rigiem ao Sanctum Celestial.

VII° - Adeptus Exemptus: Deste ponto em diante o aluno Rosacruz


está em direção ao magistério ou seja “em tornar-se um mago” um
verdadeiro mestre. Para isso deverá estudar e compreender a divisão
do mundo em que vivemos, passando a entender que existem no
mínimo dois mundos: o visível e o invisível. Enquanto o mundo físico
é o mundo do efeito o mundo invisível é o das causas. O homem
transita nesses dois mundos mas a maioria apenas enxerga e sente
o mundo físico, sendo cedo para o invisível. Estudará a região quí-
mica do mundo físico

1 - Mundo de Deus.

2 - Mundo dos Espíritos Virginais.

3 - Mundo do Espírito Divino.

4 - Mundo do Espírito de Vida.

5 - Mundo do Pensamento.

6 - Mundo do Desejo.

7 - Mundo Físico.

O aluno também terá acesso aos diagramas com as explicações e


demonstrações sobre os dois mundos, suas divisões, as importân-
cias de cada uma das divisões e a finalidade de cada uma delas para

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o homem e principalmente para o Rosacruz. Ao final do vasto estudo


será convidado a praticar um exercício excepcional que irá abrir a
sua mente para a clarividência, possibilitando que o outro mundo se
descortine diante dos seus olhos.

VIII° - Magister - Neste estudo o aluno irá se deparar com temas


totalmente desconhecidos para ele e será necessário que dedique
muitas horas de estudos para bem compreender o ensinamento. Te-
mas como “cordão de prata” e suas implicações com a vida e a morte,
bem como a mumificação e cremação; “Purgatório” é um outro tema
de extremo interesse para todos os estudantes de ocultismo pois de-
monstra a existência desse estado e o porquê de termos que passar
por ele: a divisão do homem em “sete corpos” e qual a finalidade de
cada um deles e quando surgem; temas como “lemuria” e “atlântida”
tratamos de forma direta e objetiva realmente impressionam ao estu-
dante. O Grau 8 é de média para grande dificuldade para a maioria
dos estudantes, podemos afirmar que mais de 50% dos alunos não
conseguem transpor essa barreira e isso por vários motivos, princi-
palmente pela dificuldade em entender os temas abordados. Damos
a chave para que o aluno realmente esforçado avance: deixe de lado
os pre-conceitos ou preconceitos sobre tudo o que já ouvir falar ou
leu sobre esses temas; limpe a sua mente para que algo de novo e
de bom possa nela entrar e fazer morada. Dessa forma você vencerá
essa barreira e chegará ao Grau Nove. Espero você por lá. O Mestre
da Sua Classe.

IX° - Neste grau o aluno estudará a evolução dos planetas, enten-


derá como surgiu nosso planeta Terra e as diversas fases que a hu-
manidade passou até chegar ao presente estágio, estudará a forma-
ção da raça humana, sobre a geração hiperbórea, sobre os gigantes
que habitavam a face da terra e muito mais.

X° - Illuminati – É neste grau que o estudante Rosacruz toma consci-


ência definitiva sobre as sociedades secretas que dominam o mundo;
maçonaria, templários, skull and bondes, sociedade tule, sociedade
vril e outras. Aqui são explicados os processos de formação que es-
sas associações utilizam e os meios que empregam para o domínio
da humanidade. É neste grau que o estudante rosacruz recebe as

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chaves para a liberação da sua mente de uma vez por todas, reco-
nhecendo e se libertando do domínio dessas sociedades secretas
pelo simples fato de entende como o mecanismo de dominação delas
funciona. O estudante também será preparado para aceitar ou não
um convite vindo dessas sociedades principalmente dos Illuminati e
no caso de aceitar saberá como utilizar o sistema ao seu favor ao
invés de ser utilizado como mais uma peça no tabuleiro de xadrez.

XIº - Este é o último grau para o estudante Rosacruz. Ele equivale e


supera o Grau XIIº de outras escolas rosacruzes e adentra em al-
guns segredos da Golden Dawn e em uma boa parte do Grau 33º. da
Maçonaria. Neste grau o acadêmico terá contato com as forças da
alquimia e poderá ao final, tornar-se um “alchimicus” (alquimista) ou
não, dependendo da intenção e do preparo e da dedicação de cada
um. Ao terminar este grau o aluno estará apto a prosseguir nos estu-
dos, desta vez com as “iniciações rosacruzes” que é um capítulo à
parte deste curso somente revelada para aqueles que atingem este
grau. As iniciações conferem o título de Grau 12 (artesão) ao estu-
dante que participar do curso; geralmente leva-se cerca de 12 (doze)
meses para concluir o grau 12. O seu Orientador poderá fornecer
maiores detalhes sobre as iniciações.

Nesta Décima Primeira Apostila Geral que é a Única do


Quinto Ciclo você estudará as teorias e práticas do Grau
11º. Alchimicus.
Princípios Essenciais
Nesta apostila que é o Quinto Ciclo dos Ensinamentos Rosacruzes,
Grau 11 chamado de “Grau do Alquimista” o aluno tomará conheci-
mento sobre assuntos os quais a maioria das pessoas encara como
“tabus religiosos ou sociais”, por isso não é permitido divulgar o con-
teúdo desta apostila para “profanos” uma vez que não compreendem
que este estudo é parte de um curso e que o aluno foi devidamente
preparado desde o grau um e que praticou exercícios ritualísticos.

Compreenderá as principais práticas dos alquimistas, conhecerá a


quinta-essência, terá contato e experiência com a energia sexual e

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outras experiências químicas principalmente da transmutação dos


elementos.

Abaixo estão os princípios essenciais dessa Monografia. Releia-os


durante a próxima semana para mantê-los em sua memória.

O aluno terá contato com os seguintes temas:

1. Definição de Alquimia
2. Os três princípios da alquimia
3. A origem da alquimia no mundo
4. Tábua das Esmeraldas
5. Coisa Sútil e Coisa Sólida
6. Enxofre, Mercúrio e Arsênico
7. Os Quatro Elementos
8. O Quinto Elemento
9. Verdadeira Rota da Alquimia
10. Verdadeiro Mercúrio
11. Os símbolos alquímicos
12. Controlando a energia sexual
13. A cura à distância
14. Reunião Psíquica.

Todos esses temas foram ocultados em nossa página no “conteúdo


do curso” justamente para evitar uma propaganda demasiada forte
sobre o assunto e consequentemente atrair um grande número de
“curiosos” que nada somam com o nosso movimento e querem ape-
nas especular sobre aquilo que podemos oferecer.

Os assuntos são muito amplos e abrangentes, por isso tivemos o cui-


dado para sermos o mais objeto possível ao abordar cada um dos
temas. O aluno é livre para buscar em outras fontes a complementa-
ção desses temas, tanto em bons livros quanto através de consultas
no google, a maior fonte de informação (nem sempre segura) que
temos nos dias de hoje.

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Outra diferença neste Grau é que o aluno observará que a folha de


questões não tem mais perguntas e respostas no formato assertiva
(marque um X), mas sim no formato descritivo, ou seja, agora o aca-
dêmico é chamado a dar as respostas com as suas palavras demons-
trando aquilo que aprendeu com o estudo do conteúdo do curso. Para
facilitarmos o estudo e resposta das questões fizemos uma marcação
em cada texto utilizado para formular uma pergunta, basta que o
aluno preste atenção na marcação, o texto estará marcado em cor
amarela em toda a sua extensão.

O Aluno receberá um Dicionário de Alquimia em Português que


o auxiliará para entender os termos que são utilizados nesta matéria.

Palavras Iniciais
Mensagem de Perseverança diária e constante

A paciência é um grande teste, e uma das ferramentas favo-


ritas pelas quais o Universo tenta a sua devoção nas chamas da
prática espiritual. Lembre-se de sempre perseverar se você não vir
progresso no início. Não é dado a todos nós avançarmos rapida-
mente, mas com paciência e prática consistente, todos podem
avançar.

Formas de Identificaçã o: Relembre e


pratique.
PAZ PROFUNDA: Esse antigo cumprimento dos rosacruzes é
utilizado ainda hoje no mundo todo pela maioria dos segmentos
da Rosacruz. Dessa forma o estudante poderá se identificar
com outro rosacruz, basta mencionar “Paz Profunda”, essa
forma de identificação é utilizada antes ou logo após o cumpri-
mento normal de cordialidade: bom dia, boa tarde ou boa noite.

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Dentro da Linguagem própria dos Rosacruzes, encontramos


dois termos que são muito utilizados, são eles: Frater – identi-
fica o irmão da rosacruz; Soror – identifica a irmã na rosacruz.

Nas Cartas e nos e-mails, os rosacruzes sempre começam


saudando aos irmãos da seguinte forma: “Saudações nas Três
Pontas do Sagrado Triângulo” e ao final, no encerramento do
documento: “votos de Paz Profunda”.

Salutem Punctis Trianguli – é a saudação Rosacruz mais utili-


zada nas correspondências. Em português ela poderá ser
substituída pela frase Saudações nas Três Pontas do Sagrado
Triângulo.

O Philosuphus se identifica acrescentando em sua assinatura


o símbolo alfa “α “a primeira letra do alfabeto grego que se as-
semelha a nossa letra “a”. Os gregos utilizavam a expressão
“do alfha ao ômega” ( Ω ) para simbolizar o início e o fim de
todas as coisas.

O Adeptus Minor se identifica acrescentando em sua assinatura


as letras Fr. A.M. (Frater Adeptus Minor) ou Sr.A.M. (Soror
Adeptus Minor)

O Adeptus Major se identifica acrescentando em sua assina-


tura as letras Fr. A. M+ (Frater Adeptus Major) ou Sr. A.M+ (So-
ror Adeptus Major), note que acrescentou o sinal de + ao nome
sem que no anterior “Adeptus Minor” não haja necessidade da
utilização do sinal (-).

No terceiro ciclo, o rosacruz se identifica acrescentando em sua


assinatura as letras Fr. A. (7) ou (8) ou (9) conforme o grau que
esteja cursando. A saudação Paz Profunda é trocada entre os
rosacruzes quando se encontram e assim que se dão aos mãos

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e caso não haja o toque de mão a saudação e mencionada le-


vantando-se a mão direita na altura do ombro com a palma
aberta e os dedos esticados apontados para o céu.

No Grau 10 de Illuminati o rosacruz se identifica levantando a


mão direita somente dedo indicador levantado formando a letra
“I” (i) e a mão esquerda para cima somente o polegar e o indi-
cador abertos apontados um para o lado e o outro para cima
formando a letra “L” (l) sendo ambas as letras “i” e “l” as iniciais
de “Illuminati”. Em suas correspondências colocará a frente do
seu nome a letra Fr com três pontinhos invertidos, formando
um triângulo com o vértice para baixo (‘.’)

No Grau 11 de Alchimicus o rosacruz fará a sua identificação


através do formato do “oruborus” ou “oroborus”, este sinal é
feito juntando-se os dedos polegar e indicador da mão direita
com os dedos polegar e indicador formando um círculo. Outra
forma de identificação é demonstrar com as mãos cada um dos
quatro elementos, esse ensinamento está no texto que o aluno
receber agora.

Saudações do Mestre Incógnito da sua Classe

Nós, da Societatis Rosacrucis in Anglia (SRIA), divulgado atra-


vés do convênio com o Instituto Brasileiro de Estudos Maçôni-
cos os recebemos com grande alegria em nossa comunidade.
É nosso desejo sincero que o nosso relacionamento com essa
nova classe aprendizes que se inicia, reflita o verdadeiro espí-
rito de fraternidade e que juntos, com a ajuda do Grande Arqui-
teto do Universo, possamos com tranquilidade estudar e com-
preender os primeiros princípios dos ensinamentos da Rosa-
cruz.
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GRAU ONZE – ALCHIMICUS


Começa aqui os ensinamentos do Grau Dez de “ALCHIMI-
CUS”, ele compreende os estudos esotéricos superiores ou
“mistérios maiores” e representa o início e o fim de um ciclo, o
quinto.

Ao final desta apostila o aluno receberá as questões de exame


e desta vez deverá responder por dissertação sobre cada um
dos temas abordados durante este aprendizado.

Antes de iniciar a leitura desta apostila é necessário que o


aluno se submeta ao juramento que está logo abaixo, sem ter

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concluído o juramento o aluno não terá a mente aberta para


compreender os mistérios da alquimia. Qualquer um que tiver
acesso a este estudo, profano ou iniciado, que não tiver jurado
segundo a fórmula antiga, nada conhecerá desses mistérios.

Juramento:
"Eu te faço jurar pelos céus, pela terra, pela luz e pe-
las trevas;
Eu te faço jurar pelo fogo, pelo ar, pela terra e pela
água;
Eu te faço jurar pelo mais alto dos céus, pelas pro-
fundezas da terra
e pelo abismo do tártaro;
Eu te faço jurar por Mercúrio e por Anubis, pelo ru-
gido do dragão Kerkorubos
e pelo latido do cão tricéfalo, Cérbero, guardião do
inferno;
Eu te conjuro pelas três Parcas, pelas três fúrias e
pela espada
a não revelar a pessoa alguma nossas teorias e téc-
nicas"

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Vamos a Aula
Os Três fundamentos que são a base dos objetivos dos alquimistas, ei-
los:

1. Transformar os metais chamados inferiores (principalmente o


mercúrio e o chumbo) em ouro e prata, metais tidos como superi-
ores;
2. Preparar uma panaceia que cure as enfermidades humanas, con-
serve e devolva a juventude e prolongue a vida - a Medicina Uni-
versal ou o Elixir da Longa Vida;
3. Conseguir a transformação espiritual do alquimista, de homem ca-
ído em criatura perfeita.

Parte Um – Conhecimento Específico sobre alquimia.

A palavra alquimia, Al-Khemy, vem do árabe e quer dizer "a química".

A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida é na reali-


dade coisa minúscula diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a
busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria, dos grandes co-
nhecimentos e o estudante de alquimia é um andarilho a percorrer as estradas
da vida. O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a
simplicidade do nada absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tec-
nologias atuais jamais conseguirão, pois a Alquimia está pautada na energia
espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito tempo perdeu
este caminho. A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de
ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos até começarmos a perceber
que nada sabemos, vamos então começar imediatamente pois o prêmio para
os que conseguirem é o mais alto de todos.

Os quatro elementos. O quinto Elemento. A quintessência.

E papel de todo alquimista ter pleno domínio dos cinco elementos.


O número cinco sempre foi representado como místico, magico e
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essencialmente humano. Basta se lembrar que cinco são os senti-


dos, cinco os dedos da mão e do pé, cinco representa o homem
como estrela, com os braços e pernas abertos dentro do penta-
grama. Lorena de Mantheia (O Ocultismo Sem Mistérios) explica
que "O número cinco tira seu simbolismo do fato de ser: por um
lado a soma do primeiro número par e do primeiro número ímpar
(2+3) e, por outro lado, de estar no meio dos nove primeiros núme-
ros". "E ainda o símbolo do homem (braços abertos, o homem pa-
rece disposto em cinco partes em forma de cruz: os dois braços, o
busto, o centro - abrigo do coração - a cabeça, as duas pernas).
Símbolo igualmente do Universo: dois eixos, um vertical, outro hori-
zontal, passando por um mesmo centro." Além disso, cinco são os
elementos: o éter (elemento imaterial), ar, terra, água e fogo (ele-
mentos materiais). O fato de o éter estar acima dos demais elemen-
tos significa que rege os demais, na realização da mágica.

O Pentagrama

Estrela de cinco pontas, formada por cinco linhas num traço único;
na Antiguidade visto também como penetração quíntupla da pri-
meira letra do alfabeto grego, como pentalfa. Em consonância com
o número cinco, inicialmente símbolo da harmonia cósmica. O pen-
tagrama, utilizado pelos pitagóricos como sinal de saúde e de salva-
ção, tornou-se símbolo médico. No exército bizantino o pentalfa
(=pentagrama) sobre os escudos servia como uma espécie de em-
blema de vitória. O pentagrama refere-se aos cinco elementos: éter,
único elemento que e imaterial e serve para harmonizar os outros
quatro, materiais, que são o ar, o fogo, a terra e a água.

Segundo Eliphas Levi, se invertido o pentagrama, o caminho seria


involutivo, em busca do nada, da mentira etc., no qual não se pode
concordar, uma vez que o melhor entendimento para a referida in-
versão e a aceitação dos aspectos "negativos" do ser, sem o qual a
pessoa continua dividida entre uma parte de si "que gosta" e a ou-
tra parte, "que não gosta". O primeiro passo e aceitar esta parte "de
que não gosta". Por outro lado, pelo simples fato de esta parte ter
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sido sempre reprimida, representa um alto poder magico que pode


transformar a vida do mago na ascensão pelo caminho da matéria.

O alquimista e estudante de hermetismo aprenderão que os quatro


elementos são regidos pelo quinto, éter. É o momento de se obser-
var como este se manifesta através dos demais.

Terra

A Terra é um elemento de polaridade feminina, associado a fertili-


dade, à matéria, à origem do homem como espécie e sua ligação
com a natureza. Os signos astrológicos da terra são touro, capricór-
nio e virgem. Como os signos podem ser cardeais (iniciar uma
ação), fixos (estabilizar o que for realizado) e mutáveis (alterar o
que foi estabilizado), Capricórnio e um signo cardeal, voltado para a
ação material; o Touro e um signo fixo, para acumular bens materi-
ais; e Virgem um signo mutável, para alterar o que aprendeu atra-
vés de suas experiências, para aperfeiçoar.

Características:

Ponto Cardeal : Norte

Sinal do Elemento : set

Príncipe Infernal : Belial

Chakra : básico

Clima : seco e frio

Cor : amarelo

Estação : inverno

Lua : lua negra

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Sentido : Tato

Símbolo: Quadrado

Ativa : fome, alegria da vida, prazer espiritual, germinação de idéias


e objetivos, fortalece o trabalho, atrai rendas , energia física e equilí-
brio.

Fogo

O fogo é um elemento de polaridade masculina, de poder transfor-


mador – ele destrói o que está desgastado para dar lugar ao novo.
Também estimula a intuição a percepção

extra-sensorial, a sexualidade, a vitalidade e o senso de liderança.


Na astrologia, os signos são Aries, cardeal, com ação para firmar
sua identidade; Leão, fixo, a fim de manter sua identidade; e Sagitá-
rio, mutável, com o escopo de alterar ideais, a fim de melhor se ex-
pressar socialmente, através de considerações filosóficas, intelectu-
ais e religiosas. A maior característica de fogo é a Intuição. Anna
Maria relata as qualidades desse elemento: "Entusiasmo, alegria,
otimismo, espontaneidade."

Características

Ponto Cardeal : Sul

Sinal do Elemento : thoum-aesh-neith

Príncipe Infernal : Satã

Chakra : Plexo Solar

Clima : Seco e Quente

Cor : Vermelho

Estação : Verão

Lua : Cheia

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Sentido : Visão

Símbolo : Triângulo

Ativa :Aumento de Energia, Agressividade, Bem-Estar físico,


Queima do que não presta.

Água

A água é um elemento de polaridade feminina, associado às muta-


ções, aos sonhos ao inconsciente e as emoções em geral. O signo
cardeal e o câncer, ligado a ação emocional; o signo fixo e o escor-
pião, no sentido de controlar as emoções; o signo mutável, peixes,
que adapta-se as situações, conforme as suas vivências e percep-
ções emocionais ou psíquicas. Sua característica e o Sentimento,
"percebe as coisas por via emocional, sentindo-se logo bem ou mal
nas situações ou com pessoas" (Anna Maria). "Para água só o sen-
timento e real. Subjetivo, íntimo e profundo.

Características

Ponto Cardeal : Oeste

Sinal do Elemento : auromoth

Príncipe Infernal : Leviatã.

Chakra : Umbilical

Clima : úmido e frio

Cor : Prata

Estação : Outono

Lua : Minguante

Sentido : Paladar
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Símbolo : Meia Lua

Ativa : Tomada de decisões , manipulação de emoções, meditação.

Ar

O signo cardeal é libra, regedor da ação social e intelectual; o signo


fixo e aquário, mantenedor das suas ideias; e o signo mutável e gê-
meos, alterador daquilo que prende social ou intelectualmente. A
característica marcante e o Pensamento, "porque elabora coisas in-
telectualmente, raciocina e relaciona-se com coisas e pessoas. E
abstrato." Tem como qualidades a objetividade, capaz de ver o
ponto de vista do outro mesmo quando zangado, por isso sabe lidar
com as decepções de forma filosófica. Boas maneiras, reflexão e
explicações" (Anna Maria).

Características

Ponto Cardeal : Leste

Sinal do Elemento : shu

Príncipe Infernal : Lúcifer.

Chakra : Cardíaco

Clima : úmido e quente

Cor : Azul

Estação : Primavera

Lua : Crescente

Sentido : Olfato

Símbolo : Círculo

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Ativa : Inteligência Clareza de ideias memória .

Os quatro elementos simbolizados pela mão do alquimista.

Abaixo estão as formas de identificação do grau de alquimista


que são feitas com as tomadas de posição com ambas as
mãos, é necessário que você pratique

Para finalizar o estudo, deve-se descrever o sinal de cada ele-


mento. O fogo é representado pelas mãos juntas na testa, com a
palma para fora, formando um triângulo no espaço vazio entre as
junções dos polegares e indicadores. O ar e representado pelas
mãos espalmadas para cima da cabeça, como se fosse Atlas segu-
rando o globo terrestre. A água, pela mesma junção da do fogo, só
que agora o triângulo e apontado para baixo, com as mãos sobre o
plexo solar. Finalmente, a terra, por uma postura similar à da letra
hebraica Aleph , ou seja, a mão direita espalmada para a frente, por
cima da cabeça, a mão esquerda, espalmada para baixo e recuada,
o pé direito situado a frente do corpo e o esquerdo, atrás.
A ARTE HERMÉTICA

A arte hermética da alquimia já nasceu em lenda e mistério. Mais de dois mil


anos antes do início da nossa era, os babilônios e os egípcios, procuravam ob-
ter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformação dos metais em
ouro:

"O chumbo transforma-se em ouro..."Procura-se a pedra de ouro...".

Nessa época, a prática da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos se-
gredos, pois era considerada como uma ciência oculta. Sob a influência dessas
ciências no Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades so-
brenaturais às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e números que eram
usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7.

Pretendia-se, na alquimia, a transformação da matéria, e isto leva a sua putre-


fação, a partir da qual se produz o "negrume". Por isso, o símbolo da alquimia,

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é o corvo, ave que aparece fazendo parte de muitos temas herméticos que os
antigos deixaram consignados em seus monumentais edifícios e catedrais. O
negrume surge devido à presença dominante de Saturno que é considerado
pela tradição astrológica e hermética como planeta maléfico e aparece em céus
escurecidos. Outro símbolo da alquimia é o ORUBORUS ou OROBORUS que
é representado por uma serpente engolindo a si mesma com o significa de que
o Alfa (começo) e o Ômega (final) estão obrigatoriamente unidos e que tudo
está regido pela “Lei do Infinito”.

Saturno preside às depurações e transformações dos metais, especialmente o


chumbo em ouro. O negrume é a fase mais longa no caminho da transforma-
ção da matéria e por isso, quando chega ao momento da consumação, é subs-
tituído por outras fases plenas de claridade e de cor. Segundo as doutrinas her-
méticas, o branco é a cor dos iniciados que conseguiram deixar de ser profa-
nos e portanto, foram capazes de abandonar as trevas e seguir em busca da
luz.Com o branco inicia-se a purificação da matéria.

Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas destinadas a invocar de


deuses e demônios favoráveis as operações químicas, por isso muitos acusa-
dos de pacto com o demônio, presos, excomungados e queimados vivos pela
inquisição da Igreja Católica. Por uma questão de sobrevivência, os manuscri-
tos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos, incompre-
ensíveis aos não iniciados.

Introdução:

O ideal alquimista não constitui a descoberta de novos fenômenos, ao contrário


do que procura cada vez mais intensamente a ciência moderna, mas sim reen-
contrar um antigo segredo, que ainda é inacessível e inexplorado para a maio-
ria. Ela não é constituída somente de um caminho material, como por exemplo
a transmutação de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia é uma
arte filosófica, uma maneira diferente de ver o mundo.

Não podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na


Terra estamos encarnados em um corpo, onde um sofre influência do outro,
pois na realidade tudo é uma coisa só, uma unidade, o ser humano. Na alqui-

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mia ocorre a transmutação da matéria e do espírito ao mesmo tempo. O alqui-


mista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto es-
pecial de observação, vendo tudo de maneira diferente. Seria como se uma
pessoa pudesse ver tanto o aspecto físico nos mínimos detalhes bem como as
energias associadas a este corpo. O alquimista estaria em contato total com o
universo, enquanto que para todos nós este contato é apenas superficial.

Na realização da Grande Obra, o alquimista consegue obter a pedra filosofal e


modificar sua aura eliminando a cobiça e a avidez. Descobre que o ouro mate-
rial não tem grande valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, o cami-
nho espiritual é infinitamente mais importante que as coisas materiais. Todos
deveriam se contentar com o básico para sobrevivência do corpo e se dedicar
por inteiro a busca de um aperfeiçoamento espiritual. Somente os homens de
coração puro e intenções elevadas serão capazes de realizar a Grande Obra.

Por isso existe um grande segredo em torno da alquimia. A ciência na atuali-


dade se especializou tanto que cada vez mais os cientistas estudam uma parte
menor de determinada área. Acreditam que com isso podem avançar muito
mais em determinada direção. Assim, perdem a visão do todo, tornando-se me-
nos conscientes da utilização de tais pesquisas, quer seja para o bem ou para
mal.

Os cientistas estão mais preocupados com a fama e dinheiro do que com o


próprio sentido da ciência. Eles podem ser comparados a empresários capita-
listas pois para a maioria o caminho é unicamente material. Quando pensam no
aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acredi-
tam. Eles são os sopradores modernos.

O alquimista é o estudante assíduo da alquimia, aquele que busca o caminho


para a iluminação. O soprador é um mercenário que só se interessa pelo ouro
que ele poderá produzir e o Adepto é o alquimista que realizou a Grande Obra,
ou seja um iluminado.

A alquimia é a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais. Tem


como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos
para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência. Os alqui-
mistas, em suas práticas de laboratório, tentavam reproduzir a pedra filosofal a

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partir da matéria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra é pos-
sível obter o controle sobre a matéria, transformando metais inferiores em ouro
e também o Elixir da Longa Vida, que é capaz de prolongar a vida indefinida-
mente.

O ouro é considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, não
perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente
até ele no interior da terra. Portanto, a transmutação é considerada um pro-
cesso natural. Os alquimistas somente aceleram este processo, realizando as
transmutações em seus laboratórios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o
mais cobiçado, não pelos alquimistas, mas pelos não iniciados, os sopradores
como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam
poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc.

Esta pedra filosofal não se constituía necessariamente de um objeto, mas sim


energia que pode ser adquirida e controlada. Este conjunto pedra e alquimista
são responsáveis dos poderes alcançados. Um não iniciado poderia possuir a
pedra e dela não desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, quando
muito transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transforma-
ção da matéria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformação do in-
divíduo constitui a Grande Obra.

No laboratório, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alqui-


mista nas várias etapas da transformação da matéria, vai gradativamente trans-
formando a própria consciência. Antes do ouro metal, o alquimista deverá en-
contrar o ouro espiritual dentro de si.

Os ideais e poderes pretendidos pelos alquimistas, nos faz correlacioná-los aos


poderes de Cristo, que foi capaz de transmutar água em vinho, multiplicar os
pães, andar sobre a água, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre di-
zia: "aquele que crê em mim, fará tudo que eu faço e ainda fará coisas maio-
res".

Os alquimistas buscavam esta pureza e compreensão espiritual, conseguindo


assim, realizar estas obras. Portanto, o exemplo de Cristo, além do exemplo
espiritual, constitui-se em um meio de descobrir o poder sobre a matéria. Mui-
tos alquimistas consideram Cristo a pedra filosofal. Encontrar a pedra filosofal

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significa descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia fí-


sica, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natu-
reza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto
se degradou na Terra. Portanto, a Grande Obra eleva o ser a mais alta perfei-
ção: purifica o corpo, ilumina o espírito, desenvolve a inteligência a um ponto
extraordinário e repara o temperamento.

A pedra filosofal era gerada a partir da matéria prima primordial, além de outros
compostos, no Ovo Filosófico que é um recipiente redondo de cristal onde to-
dos estes compostos vão sendo transformados, em várias etapas, sempre utili-
zando o forno. Este processo frequentemente é comparado a uma gestação da
pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princípio,
quando só existia o caos, porém de maneira mais rápida, dando melhores con-
dições para que ocorram as transformações. Portanto, a conclusão da Grande
Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos, significa adquirir os
conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço-tempo
sagrada, diferente da do cotidiano de todos.

Origem:

A origem da alquimia se perde no tempo, sendo mais antiga do que a história


da humanidade. Seu verdadeiro início é desconhecido e envolto em obscuri-
dade e mistério. Assim, seu surgimento confunde-se com a origem e evolução
do homem sobre a Terra.

A utilização e o controle do fogo separou o animal irracional do ser humano.


Nos primórdios, não se produzia o fogo, porém ele era controlado e utilizado
para aquecer, iluminar, assar alimentos, além de servir para manejar alguns
materiais, como a madeira. Bem mais tarde conseguiu-se produzir e manufatu-
rar materiais com metal, a partir de metais encontrados na forma livre e posteri-
ormente partindo dos minérios.

Muitos associam a origem da alquimia a herança de conhecimentos de uma


antiga civilização que teria sido extinta. Na Terra, já teriam existido inúmeras
outras civilizações em diversas épocas remotas, dentre elas várias eram mais
evoluídas que a nossa. Estas civilizações tiveram uma existência cíclica, com o
nascimento, desenvolvimento e morte ocorrida provavelmente por meio de

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grandes catástrofes, como a queda de um grande meteoro, inundações, erup-


ções vulcânicas, dentre outras que acabavam por reduzir grandes civilizações
a um número ínfimo de sobreviventes ou mesmo por dizimá-las, fazendo com
que uma nova civilização brotasse das cinzas. Os conhecimentos sobre a al-
quimia estariam impregnados no inconsciente coletivo de todas as civilizações
até hoje ou poderiam ter sido transmitidos pelos poucos sobreviventes, desta
maneira a alquimia teria resistido ao tempo.

Os textos chineses antigos se referem as "ilhas dos bem aventurados" que


eram habitadas por imortais. Acreditava-se que ervas contidas nestas três ilhas
após sofrerem um preparo poderiam produzir a juventude eterna, seria como o
elixir da longa vida da alquimia.

No ocidente, o Egito é considerado o criador da alquimia. O próprio nome é de


origem árabe (Al corresponde ao artigo o), com raiz grega (elkimyâ). Kimyâ de-
riva de Khen (ou chem), que significa "o país negro", nome dado ao Egito na
antiguidade. Outros acham que se relaciona ao vocábulo grego derivado de
chyma, que se relaciona com a fundição de metais.

Os alquimistas relacionam a sua origem ao deus egípcio Tote, que os gregos


chamavam de Hermes (Hermes Trimegisto). Alguns alquimistas o considerava
como um rei antigo que realmente teria existido, sendo o primeiro sábio e in-
ventor das ciências e do alfabeto. Por causa de Hermes a alquimia também fi-
cou conhecida como arte hermética ou ciência hermética.

Os relatos mais remotos de doutrinas que utilizavam os preceitos alquímicos,


remontam de uma lenda que menciona o seu uso pelos chineses em 4.500
a.C. Ao que parece ela teria aflorado do taoísmo clássico (Tao Chia) e do tao-
ísmo popular, religioso e mágico (Tao Chiao). Porém os textos alquímicos co-
meçaram a surgir na dinastia T'ang, por volta de 600 a.C. Na China, o mais fa-
moso alquimista foi Ko Hung (cujo nome verdadeiro era Pao Pu-tzu, viveu de
249-330 d.C.) que acreditava que com a alquimia poderia superar a mortali-
dade. Atribui-se a ele a autoria de mais de cem livros sobre o assunto, dos
quais o mais famoso é "O Mestre que Preserva sua Simplicidade Primitiva".

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Teria aprendido a alquimia por volta de 220 d.C com Tso Tzu. O tratado de Ko
Hung, além da alquimia trata também da ciência da alma e das ciências natu-
rais. Sua obra trata tanto do elixir da longa vida bem como da transmutação
dos metais. Até então a alquimia chinesa era puramente espiritual e foi Ko
Hung que introduziu o materialismo, provavelmente devido a influências exter-
nas. Ela foi influenciada também pelo I Ching "O livro das Mutações". Posterior-
mente seguiu a escola dos cinco elementos, que mesmo assim permaneceu
quase que completamente mental-espiritual.

Na China a alquimia também ficou vinculada à preparação artificial do cinábrio


(minério do qual se extraía o mercúrio - sulfeto de mercúrio), que era conside-
rado uma substância talismânica associada a manutenção da saúde e a imorta-
lidade. A metalurgia, principalmente o ato da fundição, era um trabalho que de-
veria ser realizado por homens puros conhecedores dos ritos e do ofício. A
transformação espiritual era simbolizada pelo "novo nascimento", associada a
obtenção do metal a partir do minério (cinábrio e mercúrio).

A filosofia hindu de 1000 a.C. apresentava algumas semelhanças com a alqui-


mia chinesa, como por exemplo “o soma” cujo conceito assemelhava-se ao do
elixir da longa vida. No Egito a alquimia teria surgido no século III d.C. e de-
monstrava uma influência do sistema filosófico-religioso da época helenística
misturando conhecimentos médicos com metalúrgicos. A cidade de Alexandria
era o reduto dos alquimistas. O alquimista grego mais famoso foi Zózimo (sé-
culo IV), que nasceu em Panópolis e viveu em Alexandria, escreveu uma
grande quantidade de obras. Nesta época, várias mulheres dedicavam-se a al-
quimia, como por exemplo Maria, a judia, que inventou um banho térmico com
água muito utilizado nos laboratórios atualmente, o "banho-maria", Kleopatra
que possivelmente não seria a Rainha Cleópatra, Copta e Teosébia. Os persas
conheciam a medicina, magia e alquimia. A alquimia possuía um pouco da ima-
gem da população de Alexandria, era uma mistura das práticas helenísticas,
caldaicas, egípcias e judaicas.

Alexandre "o Grande" foi quem teria disseminado a alquimia durante suas con-
quistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Árabes. Os árabes, sob a
influência dos egípcios e chineses, trouxeram a alquimia para o ocidente ao re-
dor do ano de 950, inicialmente para a Espanha. Construíram-se escolas e bi-
bliotecas que atraiam inúmeros estudiosos. Conta-se que o primeiro europeu a
conhecer a alquimia foi o teólogo e matemático monge Gerbert que mais tarde
tornou-se papa, no período de 999/1003, com o nome de Silvestre II. Na Itália

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Miguel Scott, astrólogo, escreveu uma obra intitulada De Secretis em que a al-
quimia estava constantemente presente. No século X, a alquimia chinesa re-
nunciou a preparação de ouro e se concentrou mais na parte espiritual. Ao in-
vés de fazerem operações alquímicas com metais, a maioria dos alquimistas
realizavam experimentos diretamente sobre seu corpo e espírito. Esta reto-
mada a uma ciência espiritual teve como ponto culminante no século XIII com o
taoísmo budaizante, com as práticas da escola Zen.

A alquimia deixou muitas contribuições para a química, como subproduto de


seus estudos, dentre eles podemos citar: a pólvora, a porcelana, vários ácidos
(ácido sulfúrico), gases (cloro), metais (antimônio), técnicas físico-químicas
(destilação, precipitação e sublimação), além de vários equipamentos de labo-
ratório. Na China produzia-se alumínio no século II e a eletricidade era conhe-
cida pelos alquimistas de Bagdá desde o século II a.C.

Como aprender:

"Ora, lege, lege, relege, labora et invenier" (ore, lê, lê, relê, trabalhe e encontra-
rás). Esta era uma das primeiras grandes lições que o mestre alquimista ensi-
nava a seus discípulos.

A literatura alquímica produzida pelos iniciados é bastante complexa por estar


em linguagem hermética de difícil compreensão. Portanto para aqueles que
pretendem se aprofundar na alquimia, o primeiro passo é ler os livros gerais
para compreender os fundamentos e começar a familiarizar-se com a interpre-
tação dos textos herméticos. Cada livro deve ser relido até a obtenção de uma
compreensão mais profunda, sendo que as releituras devem ser intercaladas
entre os vários textos. O último livro lido ou relido mostrará o conhecimento de
todos os demais, assim como os primeiros irão ajudar a entender o último. O
estudante deve se fixar principalmente nos livros que mais lhe agrada.

Apesar de tanto estudo, a maior parte do conhecimento ainda ficará incompre-


endida e só clareará na prática diária, ou seja, fazendo experiências em labora-
tório. A paciência é uma grande virtude a ser desenvolvida, pois vários anos de
estudo teóricos e práticos são necessários para alcançar uma melhor compre-
ensão e posteriormente a conclusão da Grande Obra, sendo que no caminho

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muitos fracassos ocorrerão. A maior parte dos que se dedicam a alquimia de-
sistem e muitos, apesar de não desistirem, não a compreendem mesmo du-
rante toda uma vida. Dos poucos que conseguem concluir a Grande Obra, a
maior parte leva mais da metade de sua existência para alcançar.

A iniciação talvez seja um processo semelhante ao da criação da própria pedra


filosofal. Ela é considerada como um novo nascimento, a gênese para aquele
que recebeu a luz e agora pode direcionar-se a caminho de um novo começo,
com uma outra consciência. Constitui a morte dos conceitos errôneos e o re-
nascimento das coisas puras e verdadeiras.

A alquimia é de difícil compreensão porque seus ensinamentos referem-se, ao


mesmo tempo, às operações de laboratório e ao caminho de uma evolução psí-
quica e espiritual. Portanto os ensinamentos devem ser interpretados em todos
os aspectos. A observação mais acurada da natureza de todos os seus fenô-
menos e manifestações deve fazer parte do dia-a-dia do estudante, ou seja, ele
deve sempre estar atento as transformações, aos ciclos astrológicos (do sol, da
lua, dos planetas) e terrestres (da água e dos nutrientes) e aos pequenos deta-
lhes (dos animais, vegetais e minerais), pois todo o conhecimento alquímico,
inclusive sua linguagem, provém destas observações e sabendo interpretá-las
fica mais fácil compreender a alquimia.

A orientação de alguns alquimistas é que o estudante faça seu laboratório em


local isolado, não divulgue para ninguém sua intenção devendo ser perseve-
rante, dedicado, calmo, paciente, honesto, caridoso, acredite em Deus e princi-
palmente que consiga um capital para poder dedicar-se totalmente aos estu-
dos, incluindo além das despesas básicas, livros e equipamentos para o labo-
ratório, ou que consiga uma atividade que possibilite uma grande disponibili-
dade para a dedicação ao estudo. Cada um deve procurar o melhor caminho
para obter tempo e recursos para uma total dedicação.

O encontro com o mestre: (quando o discípulo está pronto o mestre


surge)

Apesar do estudante ter lido inúmeros livros dos iniciados, realizado experi-
mentos em laboratório e possua inteligência suficiente, ainda não será capaz
de atingir o cerne dos segredos "sozinho". A literatura hermética é uma dádiva

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para aqueles que conhecem os segredos e uma tortura para aqueles que não o
conhecem. "Ao que tem, lhe será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe
será tirado". Quando o estudioso de alquimia estiver preparado, ou seja,
quando esgotarem suas possibilidades de estudos teóricos e práticos e os co-
nhecimentos estiverem presentes em seu consciente e inconsciente, ele en-
contrará a figura de um mestre que o conduzirá ao caminho da sabedoria e ilu-
minação, tornando-o um iniciado na arte sagrada podendo assim concluir a
Grande Obra.

Este mestre pode se revelar na forma de anjo ou espírito. Poucos foram os que
encontraram um mestre vivo que lhes passasse os grandes conhecimentos,
pois os alquimistas não revelavam seus segredos nem para seus próprios fi-
lhos, somente para os puros de espírito que estiverem preparados. O estado
de semiconsciência, necessário para obter o sonho ou visão é normalmente
atingido após longas horas de concentração, meditando sobre os livros ou
quando parado no laboratório esperando e observando as transformações den-
tro dos recipientes alquímicos.

Nos relatos do encontro com um mestre, normalmente este é um homem de


meia idade, veste roupas simples, têm cabelos lisos e negros, estatura medi-
ana, magro, rosto pequeno e comprido e não tem barba. Estas são as caracte-
rísticas de Saturno, que é o "sujeito dos Sábios", o velho, o planeta mais longe
da Terra. Podendo designar também a matéria-prima.

Linguagem hermética:

Animais normalmente tem um significado especial, como por exemplo, a repre-


sentação dos quatro elementos. O unicórnio ou o veado representam a terra,
peixes a água, pássaros o ar e a salamandra o fogo. O corvo simboliza a fase
de putrefação do processo, que fica da cor negra. Enquanto que um tonel de
vinho representa a fermentação.

A caverna representa a fase de dissolução, quando a matéria se aprofunda, se


racha e se abre. Em muitos textos os metais estão representados pelos plane-
tas correspondentes (veja os sete metais) pois eram preparados elixires de ou-
tros metais, além do ouro e da prata. A balança representa o ar, a sublimação,

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as proporções naturais. A figura de um andrógino ou de Adão e Eva, represen-


tam a matéria prima, composta do mercúrio e do enxofre.

O anjo simboliza a água - "Espírito da Pedra" A matéria-prima, bem como o


próprio alquimista, podem ser representados pelo bobo, pelo peregrino ou pelo
viajante. A imagem de uma rocha, cavernas, montanhas e outras representa-
ções de grandes blocos de pedra, sob o qual encontram-se tesouros. A cena
ainda pode conter uma árvore, uma nascente, um dragão montando guarda,
mineiros trabalhando, isto tudo evoca a matéria-prima, que também é compa-
rada à virgem, pois ainda não recebeu o princípio masculino, ou com uma pros-
tituta que é capaz de receber todos os princípios masculinos, comparando as-
sim a matéria-prima com a facilidade de unir-se aos metais. Ë capaz de abrigar
dentro de si todos os metais, apesar de não ser metálica. Os alquimistas tam-
bém chamavam a matéria-prima de lobo cinzento.

Uma mendiga ou uma velha representa o aspecto desprezível e repulsivo da


matéria-prima ou raiz metálica. O leite da virgem designa o mercúrio comum ou
primeiro mercúrio por fluir sem cessar de uma coisa a outra, alimentar tudo e
passando de um ser a outro, até mesmo da vida para a morte e vice-versa. O
eixo do mundo ou o eixo do trabalho do alquimista é representado pela árvore
em que a matéria-prima constitui a raiz.

Uma luta entre o dragão alado contra o dragão áptero, de um cão com uma ca-
dela ou da salamandra com a rêmora, representam o combate entre o volátil e
o fixo, o feminino e o masculino, ou o mercúrio e o enxofre, os dois princípios
que estão contidos na matéria. Enquanto que a união entre estes dois princí-
pios é representada pelo casamento do rei e da rainha, do homem de vermelho
com a mulher de branco, do irmão com a irmã (pois eles provêm de uma
mesma matéria mãe), de Apolo e Diana, do sol e da lua ou juntar a vida à vida.
Normalmente a este casamento precede morte e tristeza.

Apanhar um pássaro significa fixar o volátil. O leão verde normalmente é asso-


ciado ao sal. A pessoa iniciável ou a substância inicial (matéria-prima) pode ser
representada pelo filho mais jovem de uma viúva (que representa Isis) ou de
um rei, um soldado que já cumpriu o serviço militar, um aprendiz de ferreiro, um
jovem pastor, o filho de um rei em idade de se casar e outros casos semelhan-
tes. O abismo, um recife e outros perigos de uma viagem representam os cui-
dados ou os perigos que o fogo conduzido inadequadamente podem causar.

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O dissolvente universal tanto é associado ao sal como ao mercúrio normal-


mente é representado por uma fonte, leão verde, água da vida ou da morte,
água ígnea, fogo aquoso, água que não molha as mãos, água benta, vento, es-
pada, lanterna, cervo, um velho, um servidor, o peregrino, o louco, mãe louca,
dragão, serpente, Diana, cão, dentre outros. Os alquimistas utilizam também al-
fabetos secretos, codificados, anagramas e criptografia. Além de simples sinais
que identificam uma operação, substância ou objeto.

Princípios:

Os quatro elementos e os três princípios:

A alquimia além do aspecto espiritual, constituí uma verdadeira ciência que tem
como finalidade compreender a matéria e o cosmo, ou seja, o microcosmo e o
macrocosmo, além de tentar reproduzir de forma mais rápida o que a natureza
leva milênios para conseguir. Como em qualquer área de conhecimento, a al-
quimia possuía uma linguagem própria. Para tentar transmitir conhecimentos
que não haviam palavras específicas para expressar eles utilizaram termos co-
nhecidos, que transmitia uma ideia rudimentar de algum evento. Assim utiliza-
vam os termos Água, Terra, Ar e Fogo para explicar os quatro elementos, cor-
relacionando-os respectivamente com os estados líquido, sólido, gasoso e a
energia. O fogo simbolizava todos os tipos de energia, inclusive a energia ima-
terial dos corpos, o "éter", ou estado "etéreo". O conceito de estado gasoso não
ficou conhecido pelo ocidente até o século XVIII com as pesquisas de Lavoi-
sier. Isto demonstra o quanto os Alquimistas estavam adiantados em relação
aos sábios de seu tempo.

Água - penetrante, dissolvente e nutritiva Terra - solidez que estabiliza a maté-


ria, suporte para o líquido Ar - gasoso, expansivo, volátil Fogo - energia que
acelera o processo, aquece, ilumina A Quintessência - Éter - equilibra e pene-
tra nos corpos, é a força viva A terra e a água constituem estados visíveis, en-
quanto o fogo e o ar são estados invisíveis.

Os quatro elementos porém não eram suficientes para expressar todas as ca-
racterísticas e assim os alquimistas adotaram os termos Enxofre, Mercúrio e o
Sal para expressar os três princípios e, da mesma maneira que os quatro ele-
mentos, não representavam as substâncias mencionadas em si, mas sim as

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suas propriedades materiais que poderiam ser retiradas ou acrescentadas as


substâncias, possivelmente por reações químicas ou transmutações.

Enxofre - princípio fixo - representa as propriedades ativas - combustibilidade,


a ação corrosiva, o poder de atacar os metais, e também o princípio ativo ou
masculino, o movimento, a forma, o quente. É considerado o embrião da pedra
e alimentado pelo mercúrio, pois está contido em seu ventre. Também é consi-
derado a energia animadora e constitui o objetivo da Grande Obra.

Mercúrio - princípio volátil - representava as propriedades passivas - maleabili-


dade, brilho, fusibilidade, a fraca tensão de vapor, o escorregadio que toma vá-
rias formas e o fugidio. Além de designar a matéria, designa também outros as-
pectos como: o princípio passivo ou feminino, o inerte, o frio. O mercúrio tam-
bém pode designar a matéria-prima, é considerado a mãe dos metais ou a
água primitiva que deu origem a todos eles. Este é o mercúrio segundo, mercú-
rio filosófico ou mercúrio duplo que contém os dois princípios, o mercúrio e o
enxofre. O primeiro mercúrio ou mercúrio comum também é chamado de dis-
solvente universal.

O mercúrio é ao mesmo tempo o caminho e o andarilho, com a Grande Obra


representando uma viagem. Estes dois princípios possuem as propriedades
contrárias e a mistura de propriedades contrárias é muito importante na alqui-
mia, ou seja, o dualismo enxofre-mercúrio de todas as coisas.

O mercúrio também é chamado de sal dos metais. Na realidade o mercúrio no


final da obra adquire a tríplice qualidade. Sal - também conhecido por arsênico
- é o meio de união entre as propriedades do Mercúrio e as do Enxofre, como
uma força de interação, muitas vezes associado a energia vital, que une a alma
ao corpo. No ser humano, o enxofre seria o corpo físico; o mercúrio, a alma e o
sal, o espírito mediador. Esse sal normalmente é relatado como sendo um fogo
aquoso ou uma água ígnea e é obtido a partir do mercúrio comum em conjun-
ção com o fogo, obtendo assim a chamada "água que não molha as mãos". As-
sim como o mercúrio, o sal também é relatado como sendo o dissolvente uni-
versal. Na verdade o fixo e o volátil nunca podem estar separados, não existe
mercúrio que não contenha o enxofre, por isso, as vezes o sal aparece com o
nome de um deles dependendo da fase da operação. O sal protege os metais
para que no processo não sejam totalmente destruídos e reste assim a se-
mente, que por seu intermédio nascerá algo novo.

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Os sete metais:

Na natureza, a terra contém "sementes" que dão origem aos metais por um
processo de evolução e aperfeiçoamento. Todos os metais, com o tempo,
transformar-se-ão em ouro que contém o equilíbrio perfeito dos quatro elemen-
tos. Na alquimia não existe matéria morta e todas as substâncias, animal, ve-
getal ou mineral, são dotadas de vida e movimento, ou seja, possuem suas
energias características.

Ouro - representado pelo Sol.

Prata - representado pela Lua.

Mercúrio - representado pelo planeta Mercúrio.

Estanho - representado por Júpiter.

Chumbo - representado por Saturno, por ser considerado pesado e lento.

Cobre - representado por Vênus, maleabilidade, sossego, beleza e prazer.

Ferro - representado por Marte.

A unidade da matéria e do universo:

O mundo é como um grande organismo (macrocosmo), enquanto que o ho-


mem é um pequeno mundo (microcosmo), esta é uma das interpretações da
frase: "O que está em cima é como o que está em baixo". O próprio laboratório
do alquimista é um microcosmo onde ele tenta reproduzir de maneira mais ace-
lerada um processo semelhante ao da criação do mundo.

Toda matéria (por matéria fica entendido tudo que existe no universo, até
mesmo a energia pode estar revestida pela matéria) é constituída de uma
mesma unidade comum a todas as substâncias. A partir desta "semente" pode-
se produzir infinitas combinações e infinitas substâncias. O símbolo alquímico
do ouroboros, que é a figura de uma serpente mordendo a própria calda for-
mando um círculo, representa estas constantes transformações em que nada

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desaparece nem é criado, tudo é transformado como o princípio da conserva-


ção de energia, ou primeira lei da termodinâmica, postulado muito tempo de-
pois.

Portanto, esta unidade da matéria é única e a mesma para todas as coisas, po-
dendo combinar-se produzindo uma variedade infinita de substâncias e ener-
gias. Matéria e energia provém de uma mesma entidade. Einstein unificou a in-
terconversão entre matéria e energia, na equação E=m.c2 (E = energia libe-
rada; m = matéria transformada e c = velocidade da luz).

Os alquimistas procuram reduzir a matéria à unidade comum, que não são os


átomos, para assim poderem reestruturá-la, tornando possível a transmutação.
Esta unidade da matéria constitui tudo que existe, desde os átomos que se
combinam para formar as moléculas e estas irão formar outras substâncias
mais complexas, os organismos até os planetas que formam os sistemas e ga-
láxias. Portanto, todas as coisas possuem a mesma unidade fundamental, este
é o postulado fundamental da alquimia "Omnia in unum" (Tudo em Um).

O caos primordial que deu origem ao universo é comparado no reino mineral à


matéria-prima, que é uma massa em estado de desordem que dará origem à
pedra filosofal.

Deus - o mundo celeste e o terreno:

Tudo o que existe material ou espiritual constitui uma única unidade. O divino é
expresso como sendo "o círculo cujo centro está em toda parte e a circunferên-
cia em parte alguma". Portanto, todas as coisas surgiram do mesmo Criador, o
mundo terreno é constituído pelos mesmos componentes que o mundo celeste.

Um dos grandes problemas de compreensão dos fundamentos da alquimia


consiste na interpretação do espírito que só pode ser compreendido remon-
tando a uma memória muito antiga, da época em que todos os seres do mundo
celeste e do mundo terreno se comunicavam e o espírito circulava livremente
entre todos os seres.

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Muitos alquimistas foram grandes profetas como Nostradamos, Paracelso, den-


tre outros e todos eles acreditavam que em breve, no fim de mais um ciclo ter-
restre, haveria uma grande catástrofe que seria um novo começo para a huma-
nidade. Restaria uma consciência coletiva, a mesma que deu origem a alquimia
em outros ciclos.

O dualismo sexual:

A energia original é criada pela junção dos princípios masculino e feminino (sol
e lua). Muitos alquimistas constituem casais na busca da Grande Obra, porém
para que ocorra uma perfeita união alquímica este casal, ou seja, estas duas
metades devem ser complementares formando um único ser (como a figura al-
química do andrógino). Contudo é muito difícil encontrar um par que produza
uma união tão perfeita.

O Cosmo:

O cosmo é visto como um ser vivo sendo que seus constituintes tem espírito e
propósito definido. As estrelas exalam um campo de energia que pode ser sen-
tido e utilizado pelo homem e assim obter as transformações.

A vida:

Existe uma crença na alquimia da criação artificial de um ser humano, o ho-


múnculo ou Golem, porém estes relatos de alguns alquimistas célebres poderia
referir-se de forma figurada ao processo de fabricação da pedra filosofal, onde
o homúnculo representaria a matéria prima para a fabricação da pedra ou en-
tão uma fase da iniciação em que o homem ressurge após a morte do outro já
degradado.

Na concepção alquímica tudo o que existe é vivo, até mesmo os minerais. Os


metais vivem, crescem, reproduzem-se e evoluem. Portanto quaisquer metáfo-
ras sobre seres vivos podem estar referindo-se também ao reino mineral. A na-
tureza e todos os seus constituintes devem ser respeitados para que a harmo-
nia perfeita possa ser mantida. Esta consciência opõe-se claramente a forma
de encarar a natureza até hoje, em que esta deve ser explorada o máximo pos-
sível e ainda consideram isto a evolução da humanidade. Reaprender a ver,
sentir e ouvir a natureza, significa incorporar-se a ela, para relembrar o remoto
passado quando fazíamos parte dela integralmente.

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O amor:

Todo o conhecimento alquímico está alicerçado no amor e por isso inacessível


aos processos científicos atuais. A união pelo amor está sempre presente em
qualquer obra alquímica representando uma energia que une dois princípios ou
dois materiais, tornado-os um só. De forma figurada é descrita como o casa-
mento do Sol e da Lua, do enxofre e do mercúrio, do Rei e da Rainha, do Céu
e da Terra ou do irmão e da irmã, por terem vindo da mesma raiz ou mesma
substância.

Astrologia:

Na alquimia a astrologia exerce um papel fundamental desde a escolha do mo-


mento certo para o início da obra, da colheita dos materiais utilizados, até o
momento mais propício para o alquimista trabalhar.

Laboratório:

A prática alquímica, de maneira extremamente resumida, consiste em pegar a


prima matéria (matéria-prima primordial) eliminar as suas impurezas (morte e
renascimento), separar seus componentes (mercúrio e enxofre) e reuni-los no-
vamente (por intermédio do sal) fixando os elementos voláteis, formando assim
a pedra filosofal. Seria como "libertar o espírito por meio da matéria e a própria
matéria por meio do espírito", ou ainda, fazer do fixo, volátil e do volátil, o fixo,
onde não se pode fazer cada etapa independentemente.

O alquimista é uma peça fundamental nos experimentos e não somente um


simples observador. O experimento e o experimentador constituem uma única
coisa na alquimia. Este ponto de vista do experimentador como participante
está agora sendo retomado pela física quântica, alterando o termo observador
para participante. Portanto, mesmo tendo o conhecimento prático do processo,
se tiver perdido a pureza do espírito, a Grande Obra não poderá ser concluída.

Vários alquimistas relatam doze processos, em três etapas ou três obras, para
a realização da Grande Obra que, contudo, não correspondem literalmente aos
nomes conhecidos. São eles: Calcinação - constitui a purificação do primeiro
material pelo fogo, sem contudo diminuir seu teor de água. Solução ou dissolu-
ção - a parte sólida é dissolvida na água, porém é relatado que esta água não

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molha a mão. A água pode ser o próprio mercúrio. Esta é uma "dissolução filo-
sófica" em que o solvente mata os metais, portanto esta fase é um símbolo da
morte para os três reinos.

Separação - o mercúrio é separado do enxofre. Fornecendo um calor externo


adequado, o mercúrio que contém o enxofre interno coagula a si mesmo gra-
ças a um artificio que constitui um segredo, o secretum secretorum, que é uma
marca divisória entre a alquimia e a química. Este artifício consiste, metaforica-
mente, em capturar um raio de sol, condensá-lo, aprisioná-lo em um frasco her-
meticamente fechado e alimentá-lo com o fogo. A terra fica em baixo enquanto
o espírito sobe. Esta etapa completa a primeira obra e quando concluída corre-
tamente pode se ver a formação de uma estrela dentro do frasco.

Conjunção - o mercúrio e o enxofre são novamente unidos. Toda a operação


deve ser realizada no mesmo recipiente, sendo que nesta fase o frasco é her-
meticamente fechado.

Putrefação - o calor mata os corpos e a putrefação ocorre. Aparece uma colo-


ração escura, enegrecida. Congelamento - nesta fase aparece uma coloração
esbranquiçada, um calor brando é quem promove esta mudança. Cibação - à
matéria seca deve ser adicionado os componentes necessários para alimentá-
la.

Sublimação - fase em que o corpo torna-se espiritual e o espírito corporal, ou


seja, volatilizar o fixo e fixar o volátil, sendo que um processo depende do outro
e não é possível fixar um sem volatilizar o outro. Para esta fase é relatado uma
duração de quarenta dias. Porém, todo esse processo que se encerra com a
sublimação teve início na conjunção e constitui a segunda obra. Fermentação -
adiciona-se ouro para tornar o já existente mais ativo.

Exaltação - processo semelhante a sublimação, seria uma ressublimação.

Multiplicação - uma quantidade maior de energia é acrescida nesta etapa, po-


rém não é necessariamente a matéria que aumenta. Projeção - teste final da
pedra em seus usos normais, como a transmutação. O agente da dissolução é
convertido em paciente que sofre a operação na fase da coagulação. Por isso a
operação é comparada a brincadeira de criança de "pular carniça" em que ora
um pula o outro e ora é pulado.
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A matéria-prima:

Esta primeira matéria que dará origem a pedra filosofal constitui um dos gran-
des segredos da alquimia. Normalmente é descrita como algo desprezado, in-
ferior e sem valor. Pode ser encontrado em todos os lugares, é conhecido por
todos, é varrido para fora de casa, as crianças brincam com ele, porém possui
o poder de derrubar soberanos.

Dentre os não iniciados, cada um aposta em um tipo de material tanto do reino


animal, vegetal como mineral. Vários utilizaram minérios (especialmente os de
chumbo, o cinabre que contém enxofre e mercúrio, o stibine um raro mineral
sulfuroso, a galena que é magnética), cinzas, fezes, barro, sangue, cabelos. A
maioria deles emprega a própria terra, recolhida em local preservado. A terra
estaria impregnada de energia cósmica, com a água que contém.

Esta matéria não está somente no reino do psiquismo, como afirmava Jung, ela
tem também sua expressão no reino material através de um mineral que possui
propriedades vegetativas. Descobrir a matéria-prima não é o principal, mas sim
erguê-la a um ponto privilegiado para as operações subsequentes. Esta abor-
dagem só será conseguida quando o alquimista deixa de lado a fronteira fictícia
entre os elementos constitutivos de sua personalidade (física e espiritual) e o
universo.

Ela normalmente é relacionada ao caos da gênese, a base de todo o processo,


que tanto é material como imaterial. Para descobrir a matéria-prima mineral o
operador e o objeto, observador e o observado, devem estar unidos. Isto signi-
fica se abstrair da visão lógica e desenvolver uma visão intuitiva. Esta visão
pode aparecer após um longo período de reflexão sobre os impasses insolú-
veis da alquimia, após um estímulo externo como o barulho do vento, das on-
das do mar, do trovão e outros. Caso contrário ela permanecerá escondida por
uma roupagem ou uma casca como o ovo.

O orvalho:

O orvalho normalmente é utilizado para umedecer (banhar e nutrir) a matéria-


prima. Como se condensa lentamente e desce da atmosfera está impregnado
da energia cósmica. A melhor época de recolher o orvalho vai do equinócio de
primavera ao solstício de verão, pois possui uma maior energia. Normalmente
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é recolhido com lençóis estendidos sobre vegetação rasteira sem, no entanto,


tocá-la.

As cores da Grande Obra:

Nas várias etapas do processo a matéria vai mudando de cor, primeiro apare-
cendo uma massa enegrecida, que passa a esbranquiçada e finalmente aver-
melhada. A cor negra seria a cor da fase da putrefação, a cor branca se inicia
na fase de dissolução e a cor vermelha constitui a fase final do processo, ou
seja, a pedra filosofal. Podem também aparecer cores intermediárias como o
amarelo e mesmo as cores do arco-íris, também chamadas de cores da cauda
do pavão. A observação destas cores é muito importante para saber se a obra
está evoluindo de maneira correta. Outro indício da conclusão constitui na jun-
ção de cristais em forma de estrela na superfície do líquido, ou um som pare-
cido com o canto de cisnes.

A Temperatura:

A temperatura do forno em cada etapa do trabalho deve ser rigorosamente


controlada. O aquecimento deve ser aumentado de forma gradual e bem lenta.
A primeira etapa (putrefação) pode durar quarenta dias e a temperatura desta é
compara a do ventre ou do seio materno. Aquecendo-se muito corre o risco de
fracasso ou mesmo de explosão.

Os dois caminhos:

Via úmida:

A via úmida, como o próprio nome já indica, é realizada com água (do orvalho).
Esta via é muito lenta, podendo durar meses ou anos e oferece menores ris-
cos. As temperaturas nas várias etapas são consideravelmente menores, tendo
em vista que a água ferve a 100ºC (cem graus). O recipiente utilizado é um ba-
lão de vidro ou cristal (também chamado de ovo filosófico, por seu formato) que
suporta bem as temperaturas requeridas nesta via. Nunca se deve deixar fer-
ver, pois pode haver uma explosão devido ao aprisionamento de gases no reci-
piente hermeticamente fechado.

Via seca:

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Esta via é bem mais rápida, dura apenas sete dias, porém é bem mais perigosa
pois pode haver explosão. Tudo é feito em um cadinho, pequeno recipiente de
porcelana aberto em cima com a aparência de um copo, que resiste a altíssi-
mas temperaturas. Não há adição de água. É raramente relatada e praticada,
porém os alquimistas que a praticaram a consideram com muito mais chances
de obter sucesso.

Uma outra via seca também relatada é a diretíssima, que seria quase instantâ-
nea durando apenas três dias. Esta seria realizada a partir da emanação de um
tipo de energia na forma de raio diretamente no cadinho e no corpo do alqui-
mista. Porém seria extremamente perigosa podendo até mesmo fazer desapa-
recer o corpo do alquimista.

Conclusão:

Os sábios alquimistas deixaram escrito nos textos sagrados, afirmaram que a


obtenção do ouro resultou num fracasso pela falta de concentração e prepara-
ção espiritual daqueles que realizaram as experiências.

O significado mais puro da alquimia consiste em transmutar a própria natureza


humana e libertar as pessoas dos desejos que as afligem.

Os preceitos e axiomas alquímicos encontram-se condenados na misteriosa


"Tábua Esmeraldina"- A esmeralda era considerada como a pedra preciosa
mais formosa e mais cheia de simbolismo.

Era a flor do céu- Um dos quarenta e dois livros da doutrina hermética atribuí-
dos `a Hermes Trimegisto, no qual se recolhe a quinta essência da alquimia.

"O que está em baixo é como o que está em cima

e o que está em cima é como o que está em baixo"

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PARTE DOIS CONHECIMENTO ESPIRITUAL

Sucubus e Incubus

O Alquimista não pode desconhecer que muito da alquimia, da transfor-


mação da realidade em abstrato e vice e versa se processa enquanto
dorme, principalmente durante o sonho ou melhor dizendo dentro do so-
nho; a mente confusa do profano não consegue distinguir o trabalho de
alquimia no sonho com os pesadelos comuns. Um dos inimigos que o al-
quimista deve aprender a reconhecer e enfrentar são os Sucubus e Incu-
bus. Neles reside todo o mal pois conhecem a fraqueza humana pelo sexo
e exploram isso até levar o ser humano a loucura ou a que seja seu es-
cravo.

“É um fato de domínio público e que muitos afirmam havê-lo experimentado ou


escutado pessoas autorizadas que tenham experiência disso, que os Silvanos
e os Faunos, vulgarmente chamados íncubus, tem atormentado com frequên-
cia às mulheres e saciado suas paixões. Além disto, são tantos e de tal peso os
que afirmam que certos demônios chamados pelos Gauleses, Dusios, intenta-
ram e executaram essa animalidade que, negá-lo parece imprudência.” - Santo
Agostinho, livro 15 Cap. 23 em DE CIVITATE DEI

Ao se tratar de íncubos e súcubos, o que é mais popularmente conhecido, é o


mito como citado acima por Santo Agostinho que viveu nos longínquos séculos
IV e V da nossa era cristã.

Embora, séculos se passaram, ainda hoje, Íncubos e Súcubos são conhecidos


como demônios que atacam suas vítimas enquanto essas se encontram “dor-
mindo”. O intuito do ataque é ter relações sexuais com elas e, por meio disso,
drenar suas energias para assim se alimentarem, na maioria das vezes dei-
xando-as vivas, mas em condições muito frágeis, por esse motivo, também es-
tão relacionados aos vampiros.

Os Íncubos são demônios masculinos que atacam as mulheres, já os súcubos


são demônios femininos que atacam os homens. Numa pesquisa no Wikipedia,
temos a informação de que o prefixo in- “sobre”, da palavra íncubos, dá o signi-
ficado de alguém que está em cima de outra pessoa. De acordo com o livro “O
Martelo das Bruxas” (Malleus Maleficarum) da idade média, a palavra “succu-
bus” vem de uma alteração do antigo latim succuba significando prostituta. A
palavra é derivada do prefixo “sub-“, em latim, que significa “em baixo-por

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baixo”, e da forma verbal “cubo“, ou seja, “eu me deito”. Assim, o súcubo é al-
guém que se deita por baixo de outra pessoa, e o íncubo (do latim, in-, “sobre”)
é alguém que está em cima de outra pessoa.

Apesar de as descrições acima do “modus operandi” desses seres serem dis-


tintas entre si, segundo os relatos das vítimas, eles atacam de forma muito se-
melhante, como uma pressão muito forte sobre o peito, os imobilizando e
ainda, com intensa conotação sexual.

De aparência muito sedutora e magnética, esses demônios são descritos algu-


mas vezes com asas de morcego e também com outras características demo-
níacas, como chifres e cascos. O súcubos atraem o sexo masculino e, em al-
guns casos, o homem “apaixona-se” por ela. Mesmo fora do sonho, ela não sai
da sua mente, por esse motivo, ela permanece lentamente a sugar-lhe energia
até à sua morte por exaustão. Outras fontes dizem que o demônio irá roubar a
alma do homem através de relações sexuais. Para Dominar os sucubus e os
incubus o alquimista tem que conhecer e saber dominar a energia sexual que é
o próximo capítulo.

Após conhecer a existência dos Sucubus i Incubus, o alquimista precisa


aprender a lidar com a energia sexual. Veja abaixo:

Parte Três: Projeção Astral e transformação do abstrato em


concreto através da prática de manipulação, acumulação e ex-
pansão da energia sexual.

ENERGIA SEXUAL – Técnicas e práticas.

Este é um método de gerar e projetar energia sexual. É um meio de dirigir um


orgasmo aos planos astrais. Esta é uma catapulta para exaltar a consciência
para qualquer estado que seja. Este método foi testado pelo Mestre da Sua
Classe, por isso o texto está, em partes, descrito de forma narrativa direta e
não na terceira pessoa.

As sensações físicas do sexo são causadas pela acumulação, movimento ou


liberação de Energia. O Controle é um ato de Vontade, a visualização é o meio
para a magia (k ) e a Árvore da Vida é um sistema coordenado, útil na descri-

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ção da ocorrência mágicka. Assim como em cima, também embaixo ...Uma im-
plicação de que todos os pontos do Macrocosmo são imediatamente acessíveis
através do microcosmo; i.e, a aura.

Quase toda a informação que você terá de outras realidades são transpostas
sob forma simbólica. Os parâmetros (limitações) com os quais você realmente
trabalha em suas magias(K) pessoais permaneceram fiéis a esses trabalhos
sexuais. O sistema de símbolos com o qual você trabalha e pensa determinará
a natureza de suas observações. Você poderá ter revelações e aprender mui-
tas coisas novas, mas apenas coisas que se adequem através de sua própria
janela ou sub-realidade particular. Eu considero o sistema da Árvore da Vida
extremamente útil, mas qualquer glifo completo do universo será eficiente. Es-
colha seus símbolos cuidadosamente- eles são seus pensamentos.

A Técnica Projetiva

1) Gere e acumule energia sexual.

2) Formule a energia como uma forma astral dentro de seu corpo, nítida e bri-
lhante.

3) Movimente a forma de energia para a base da espinha, materialize-a com a


sua consciência, oriente e aspire ao "local" de trabalho.

4) Libere a energia através da espinha, direcionada e consagrada pela Von-


tade.

Gerar e acumular energia não é problema algum, já que qualquer método de


estimulação sexual será suficiente. Alguns meios são mais apropriados para al-
guns tipos específicos de trabalho que outros. Todos os numerosos meios de
causar excitação que as pessoas encontraram podem ser atribuídas a Árvore
da Vida. Essas considerações devem ajudá-lo em seu trabalho. Ao inflamar a
mente com os símbolos ou ideias que caracterizam o trabalho, é possível atin-
gir o portal de qualquer dos planos astrais apenas através da técnica projetiva.
Se você deseja permanecer em um plano astral tempo o suficiente para fazer a
sua Vontade, você precisa ter afinidade com as formas desse plano, ou então
você cairá de volta em seu corpo.

Uma forma simples de engendrar essa afinidade é escrever, de seu próprio pu-
nho, todas as atribuições e correspondências que puder encontrar concernen-
tes ao plano em que deseja trabalhar. Leia essa lista cinco ou seis vezes por
dia (no mínimo) e permita que essas imagens ajam por si só em sua consciên-
cia. Execute esse exercício durante uma semana antes de iniciar o Trabalho.

Suas percepções ficarão sintonizadas às forças envolvidas, e tornar-se-ão apa-


rentes na sua vida cotidiana. Por exemplo, se você deseja trabalhar Netzach,
você aspira observar a Força Dela sob formas normalmente obscurecidas pela

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justaposição de todas as Sephirot. A Obra (ambientação, postura mental) deve


ser evocativa de Netzach em todos os aspectos. Quanto à geração de energia,
alguns meios seriam mais alinhados com Netzach que outros. Sacerdote e Sa-
cerdotisa seriam perfeitos para tal situação, enquanto para Hod seria melhor
que o Sacerdote ou a Sacerdotisa executassem o trabalho sozinhos.

Durante o congresso sexual, ou seu equivalente, a energia sexual é percebida


como sensação. O corpo animal vê o sexo meramente como uma função cor-
poral. Não é acumulada mais energia do que a necessária para desencadear
um orgasmo. Geralmente isso não é o suficiente para se trabalhar. Precisa ha-
ver controle para acumular essa energia e criar o "montante". Precisamos tam-
bém condicionar o corpo energético a lidar com um poder maior.

Para controle, você deve antes de tudo ter um grau maior de consciência. Você
deve estar acuradamente ciente de cada uma de suas sensações físicas. Onde
é o ponto de sensação máxima, sua extensão áurea, sua intensidade relativa,
sua profundidade no corpo e assim por diante. Você deve aspirar atingir a
consciência total e a habilidade de descrevê-la completa e acuradamente.
Torne-se absolutamente consciente de seus limites cenestésicos e onde a sen-
sação está localizada neles. Visualize a sensação como luz. Você deve criar
uma analogia visual para tudo o que sente. De início, luz branca é o mais ade-
quado. Não tente ainda nenhuma manipulação, apenas sinta e veja a luz. En-
tão, cubra seu corpo com essa visão. Ela deve ser mais brilhante onde a sen-
sação é mais intensa, esmaecendo nas extremidades. Essa visão deve seu
uma qualidade integral, feita sem esforço. Deve haver uma identificação total
entre visão e sensação- como quando se coloca a mão sobre a chama de uma
vela. Todo orgasmo deve ser monitorado e visualizado. Mantenha um diário,
sem, no entanto, ficar obcecado. Você terá mais chances de sucesso se isso
for feito em um espírito de diversão, apesar do fato de que este é um rito deve-
ras sagrado.

Na acumulação de energia, você deverá notar que a luz torna-se cada vez
mais brilhante e concentrada à medida que você se aproxima do êxtase. A téc-
nica aqui é alcançar o ponto de êxtase e permanecer equilibrado ali, permitindo
que o campo de energia se intensifique e se expanda. a formulação da forma
astral requer toda a concentração de seu controle. Quando concentrada e limi-
tada pela Vontade, essa forma de energia torna-se uma espécie de objeto só-
lido. Quando o controle é abandonado, torna-se uma espécie de energia ou luz
e é muito mais difícil de ser governada.

Criar uma esfera na luz branca é talvez uma das mais simples e eficazes for-
mas, já que apresenta a mesma aparência seja qual for a sua perspectiva. As
cores virão espontaneamente à medida que sua habilidade e percepção au-
mentarem. Quando você for competente na técnica, você poderá moldar essa

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forma de qualquer jeito que quiser, mas, mais útil ainda, é projetar a sua cons-
ciência nessa forma. Isso é feito enquanto a energia está sendo concentrada
no campo do deleite pré-orgásmico.

As sensações construídas com a continuação da estimulação.. A energia é li-


mita-se a área genital. A acumulação ali na verdade restringirá a corrente de
certa forma como ao colocar um carregador de baterias em uma bateria com-
pletamente carregada- nenhum lucro. Nós, portanto, movemos a esfera de luz
para a base da espinha e a mantemos ali. O posicionamento permite que mais
energia seja gerada, fluindo do chakra Sexual (mudhalahara) através dos geni-
tais, e devidamente fixa a esfera para a eventual liberação de energia através
da coluna. É na base da espinha que transferimos a consciência para a forma
astral. Mas apenas a inspiração pode guiar o magista. Você deve estar absolu-
tamente certo daquilo que aspira, pois quando a flecha é solta corre direta-
mente para seu alvo.

Mesmo enquanto você começa a formular as sensações, é melhor que marque


o local de sua aspiração. Aqui retornamos ao conceito de Macro/microcosmo.
Formule a Árvore da Vida em sua aura de modo que Kether fique posto sobre o
Chakra da Coroa e Malkuth na base da espinha. Isso fornece um mapa astral,
especialmente útil ao se trabalhar com caminhos não diretamente posicionados
no pilar do meio. Então, se eu desejo trabalhar em Chesed, devo fixar uma es-
trela azul no ombro direito, guarnecida pelo sigilo de Júpiter. Isso é fixado na
aura para persistir de sua própria maneira.

Ao transferir a consciência para a base da espinha, nossa perspectiva muda ra-


dicalmente. É comum vivenciar a experiência de estar num campo de estrelas
ou numa estrela em si. Sua percepção de seu corpo físico permanecerá, mas
de outra forma. O sigilo que você estabeleceu (como no exemplo acima) está
agora a uma vasta distância de você, provavelmente longe do alcance de vista,
mas sua aspiração o leva a ele assim como a agulha de uma bússola aponta o
Norte.

O orgasmo agora chega a um ponto inevitável. Apenas mantendo a forma as-


tral você conseguirá prolongar esse estado. Você deve manter-se equilibrado
no próprio limiar, escorregando, mas lutando por permanecer ali, pois o deleite
aumenta mais e mais. O corpo animal derrama energia abundantemente sobre
os genitais, ameaçando desencadear o orgasmo. No aprendizado, será mais
fácil para você e seu parceiro revezarem entre ser o ativo e o passivo, permi-
tindo que o parceiro ativo controle os movimentos. Segure-se firme ao ápice! á
medida que sua habilidade em prolongar este estado aumenta, maior será a
duração e intensidade de seus orgasmos. As formas astrais que você cria se-
rão como objetos discretos.

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O carregamento de energia sexual também poderá ser feito de forma individual


sem a necessidade de um parceiro, recomenda-se inclusive que as primeiras
experiências sejam realizadas de forma isolada pois, muitas vezes, um parceiro
inadequado não permitirá que o alquimista equilibre a energia sexual de forma
correta e quase sempre impedira de atingir o auge necessário para a execução
das tarefas alquímicas.

Quando o magista concebe força suficiente para o trabalho, há apenas a ne-


cessidade de recordar a imagem do sigilo (sigilo aqui temo significado de um
símbolo ou a imagem daquilo que se deseja ardentemente) e relaxar o con-
trole. A energia é acumulada através do deleite e é liberada através do deleite
também. O deleite é ofuscante, violento em sua ação. A força do orgasmo pro-
jeta a forma astral, na qual a consciência foi colocada, para o sigilo. A experiên-
cia pode parecer estranha no início, apesar de agradável. A sensação física
através do corpo é sentida plenamente, mas há também uma sensação de pre-
cipitar-se através do espaço. Você pode ver também a energia mover-se atra-
vés de seu corpo como se você estivesse fora dele. Se isso não é confuso o
bastante, é comum ter visões ao trabalhar com os chakras superiores. En-
quanto isso acontece, não há confusão: as percepções, enquanto distintas e
separadas, são também integradas.

Este é o método básico de projeção. É o suficiente para levá-lo para qualquer


coordenada astral que escolha, mas isso não confere o alcance de nenhum
plano. Isso é estritamente uma questão de Conhecimento, experiência prática,
e, mais importantemente, a habilidade de fazer sua Vontade lá.

Antes de proceder com as escolhas de ação nos planos, um pouco mais deve
ser dito sobre a técnica.

Neste aprendizado, tome seu tempo e não tente apressar-se para chegar ao
próximo passo. Trabalhe sobre um aspecto de cada vez, apenas acrescen-
tando o próximo quando estiver realmente competente. As sensações físicas
lhe garantirão o conhecimento certo de seu progresso. Elas mover-se-ão pelo
seu corpo, e o que você apenas sentira nos quadris será sentido em outros lu-
gares. Por exemplo, não há como confundir um orgasmo vindo do chakra do
coração. A intensidade de seus orgasmos será devastadora.

Essa prolongação do estado pré-orgásmico não pode ser suficientemente enfa-


tizada. é nesse mesmo ápice que a energia é erigida. Você deve ser capaz de
prolongar esse estado no mínimo por 20-30 segundos. Se liberada muito cedo,
você não terá ímpeto suficiente para atingir os centros mais altos.

Antes que seu controle esteja perfeitamente estabelecido, você poderá achar
que seu orgasmo perde-se ocasionalmente. A energia foi reabsorvida pela
aura. É quase como se ela tivesse sido arrebatada de seu alcance. Após um

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breve descanso, você pode começar novamente. Se isso se tornar um pro-


blema recorrente, pode ser que seu controle exceda a habilidade do corpo
energético de lidar com a energia que surge. Prática contínua resolverá esse
problema assim como exercícios permitem que o levantador de pesos levante
mais peso. Às vezes você pode simplesmente errar o alvo, ou perdê-lo, por
falta de concentração adequada, ao tentar manter as formas astrais. Por isso, a
familiaridade total com os chakras e a Árvore da Vida é a única solução. A visu-
alização da forma de energia, dos chakras, e da árvore da Vida deve ser com-
pletamente automática e sem esforço. Você deve guardar a sua concentração
para o trabalho em si. Se isso não ocorrer, faça uma pausa a partir da aplica-
ção e utilize técnicas meditativas para fortalecer sua base.

A forma de energia é a base da técnica. Comece a construí-la assim que suas


sensações começarem a surgir. Durante os estágios iniciais, é meramente uma
cintilação. Não há porque tentar apressar o processo ou consolidá-lo antes que
esteja suficientemente intenso para fazê-lo. A experiência é o único guia verda-
deiro. Os 20-30 segundos ou mais de deleite pre-orgasmico são onde a verda-
deira necessidade é definir e concentrar a energia.

Ao mover a forma de energia para a base ganhamos tempo para trabalhar e


também mais energia. Na prática, essa forma astral pode tornar-se tão grande
a ponto de circundar completamente os chakras inferiores. Isso permite um
controle melhor para atá-la em um corpo mais discreto. Abandoná-la indistinta-
mente normalmente leva a uma corrente mais generalizada, que não é real-
mente canalizada pela espinha. Esses resultados em uma mera superfície car-
regam a aura ao invés de se um brilho focado. A movimentação dessa energia
é baseada na identificação da visão e sensação. É muito mais fácil construir
uma forma astral do que algo tênue como a sensação. Essa é uma chave, lem-
bre-se bem disso.

Quanto a transferir sua consciência- Vontade de estar lá. Ao estar completa-


mente consciente das sensações e suas analogias visuais, e extrair a informa-
ção sensorial, você estará lá. Sua consciência estará onde suas percepções
estiverem centradas. Isto também é uma chave. Você sentirá seu corpo físico
através do seu corpo astral. Porque sua consciência está envolta em uma es-
fera de sensação, quando a sensação de energia se mover, sua consciência
também se moverá.

Uma variante da técnica projetiva é a invocação. A Invocação de uma entidade


ou forma Deus/a permite ao magista o acesso a um poder maior ou mais refi-
nado do que é normalmente possível. Como no método projetivo, é melhor gas-
tar uma grande quantidade de esforço antes do trabalho, impregnando-se das
ideias e sentimentos associados com a força que deseja invocar. Medite sobre
o sigilo dessa força constantemente até que sua visualização seja sólida e bri-

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lhante; você deve conseguir fazê-lo sem esforços. Devidamente feito, esse tra-
balho preparatório constitui uma variedade de invocações em si. A quantidade
de tempo necessária para essas preparações depende de seu próprio nível de
compreensão e experiência. Agrupe os conceitos de Divindade de formas dife-
rentes; tente encontrar novas associações e ideias. A forma ritual utilizada deve
ser planejada e executada um todo que e não uma coleção de pedaços e par-
tes. Não deve haver um ponto onde uma parte acabe e a outra comece. Qual-
quer brutalidade em um ritual tende a tirar a concentração. Qualquer oratória
deve ser memorizada ao invés de lida, mas é melhor estar tão familiarizado
com o assunto que flua naturalmente, sem esforços. A Suprema invocação se
dá durante o orgasmo.

Durante a acumulação de energia e construção da forma astral, um sigilo é co-


locado no Chakra cardíaco que é usado como um templo astral. A técnica di-
fere aqui; onde aquela esfera de luz, materializada pelo magista, não é liberada
como uma força projetiva. No momento da liberação da base da espinha, a
forma astral é movimentada lentamente para cima, de forma que a energia não
é dissipada. A forma é mantida como uma esfera brilhante e nítida. A sensação
é análoga ao orgasmo mas mantida como uma fonte enquanto move-se para
cima. Deve levar alguns segundos para chegar ao Chakra Cardíaco. Quando o
Chakra Cardíaco tiver sido alcançado, a esfera de luz, a consciência do ma-
gista e o sigilo se fundem. Nesse ponto, o sigilo fica carregado. Se tudo tiver
sido feito corretamente, com uma devastadora aspiração ao Deus/a, essa força
certamente se fundirá com o Sigilo. A energia é posta no Chakra Cardíaco
como uma Estrela, irradiando a aura. Essa energia é consagrada para e pela
presença da força invocada, permitindo ao magista controlá-la como necessá-
rio. Por ter a forma de uma Estrela, a força deverá subsistir por bastante tempo,
mesmo que sensações corporais tenham diminuído em alguns minutos. Você
pode livremente comunicar-se com o/a Deus/a durante esse período que du-
rará enquanto seus poderes de concentração persistirem.

Se a mente divagar, o contato será perdido. Você deve saber o que fazer e
como fazê-lo. Pode ser pedido que você desenhe sigilos(astralmente), ou então
que prove sua autoridade de controlar a força invocada. Certamente não é hora
para perder a convicção ou ficar inseguro daquilo que procura. Não fique muito
desapontado se de início você se eleve à beira dos portais, só para depois cair
de volta em seu corpo. Você pode tentar isso como uma técnica, praticada
como uma energia trabalhando sem invocações. O efeito então será o de car-
regar a aura com a energia de Tipheret. Isso vitalizará a aura enquanto a forma
de energia é lentamente reabsorvida. Fornecerá uma sensação de saúde e vi-
gor; você poderá vir a receber comunicação de seu Sagrado Anjo Guardião.
Essa técnica pode ser aplicada durante relações sexuais normais, sem prepa-
ração intensiva ou ritual.

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A função da Árvore da Vida em tudo isso é fornecer uma estrutura coerente,


um mapa do astral. Não confunda o mapa com a realidade. As Sephirot estão
em todas as coisas, em toda parte e em parte alguma. O que estamos real-
mente fazendo é concentrarmo-nos em um centro, ou uma ideia, para a exclu-
são de todas as outras. Os chakras são centros funcionais das Sephirot- não
Sephirot em si. Esses são pontos importantes a serem lembrados.

Sete Chakras

Para os propósitos de nosso trabalho, preocupamo-nos apenas com os sete


maiores centros de energia no corpo. Há muitos outros, de menor importância,
e você pode querer experimentá-los quando tiver dominado os sete.

A espinha dorsal é o caminho maior para a movimentação da energia através


do corpo/aura. Equivale ao pilar do meio da Árvore da Vida. Os chakras maio-
res são alinhados com o pilar do meio, apesar de não estarem nele em todos
os casos. Os chakras usados neste sistema são:

Coroa: No topo do crânio e um pouco acima dele.

Terceiro olho: Centrado na testa, logo acima das sobrancelhas.

Garganta: Na cavidade da garganta.

Coração: No centro do peito.

Umbigo: Logo acima ou centrado no umbigo

Sexual: Entre o umbigo e o púbis.

Base da espinha: No final do cóccix.

Os chakras da Base da Espinha e da Coroa são alinhados com a espinha dor-


sal. Os outros são posicionados na parte frontal do corpo, incrustados aproxi-
madamente na metade da superfície da pele. São ligados à espinha como flo-
res a seus caules. Manter uma boa postura ajuda a energia a fluir de sua aura
e alinha os chakras.

A Base da Espinha é o ponto do despertar da energia. É atribuída à Malkuth e


representa o polo da Terra da polaridade do Espírito da Terra. É muito impor-
tante pois nos dá um "tiro direto" para a Coroa.

O Chakra Sexual é atribuído a Yesod e processa a energia para o nosso traba-


lho. Muito frequentemente, a força mágicka é confundida com desejo sexual,
então é comum que se desperdice energia que poderia ser aplicada em domí-
nios mais espirituais. Basicamente, é uma questão de transmutação, já que a
energia bruta pode ser processada para qualquer propósito que desejarmos.
Esse chakra fornece a energia dos genitais. Ao consolidar essa energia em

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uma forma astral e mov6e-la para a Base da espinha, podemos "enganar" o


Chakra Sexual para nos dê mais energia do que o habitual. O Chakra Sexual é,
é claro, ligado à espinha, mas mover a energia diretamente para a Base da Es-
pinha contorna os genitais- fazendo a magia sexual inoperante. Se a energia é
movida primeiro para os genitais, ela não fluirá de volta para a espinha através
do chakra- análogo à eletricidade nesse caso. Ela não pode fluir contra a cor-
rente.

O Chakra Umbilical é um centro funcional tanto para Hod quanto para Netzach.
Em seu modo receptivo é atribuído à Netzach. Ë quando sentimos o campo
emotivo à nossa volta. É interessante notar que em nossa língua afirmar isso
com termos tais como "me embrulha o estômago"; "frio na barriga"; etc.
Quando projetando para Netzasch, devemos utilizar o lado esquerdo do corpo
ao invés do chakra em si- movendo primeiro para o chakra, depois para o lugar
correspondente na Árvore, quase sempre o quadril esquerdo. Hod é funcional
através do Chakra Umbilical de uma maneira mais assertiva. É aonde podemos
projetar formas de energia tais como escudos psíquicos, duplos astrais e a
Vontade pura. Castanheda escreve sobre isso,”... e eu experimentei a projeção
da Vontade desta maneira, a ponto de salvar minha vida ao escalar uma ro-
cha..”.Em qualquer grau, ao viajar para Hod, nós podemos projetar a consciên-
cia para o chakra umbilical e então para o lado direito do corpo.

O Chakra Cardíaco é atribuído à Tipheret. É aonde invocamos a força Deus/a e


é também associado ao Sagrado Anjo Guardião. Pode também ser usado para
técnicas projetivas, apesar de que, na maioria dos casos, o trabalho aqui con-
cerne invocações.

O Chakra da garganta responde a Geburah-Chesed; novamente, um par funci-


onal. Esse centro é útil para tipos oraculares de trabalho e alguns dizem que é
aonde a Vontade é projetada. Esse chakra pode também ser usado para a pro-
jeção da consciência.

O Terceiro Olho envolve Binah-Chokmah, como um par funcional. As funções


para mim são muito difíceis de serem desassociadas, ao menos em meu atual
estado de compreensão. O Terceiro Olho é muito útil para o aprendizado e
rende visões das mais variadas e espetaculares naturezas. Há geralmente tal
riqueza de visão que torna-se difícil trazer tudo de volta. Essas visões frequen-
temente tomam a forma de sigilos ou símbolos que requerem meditação para
serem solucionados. Com a prática, torna-se mais fácil focalizar o que é impor-
tante para você num dado momento.

O Chakra da Coroa é associado com Kether. O trabalho aqui é de uma natu-


reza totalmente diferente. Parece não haver ponto algum de referência.

O que eu ressaltei foi apenas o básico superficial. Se você não está acostu-
mado com os chakras, é preciso alguma leitura complementar. Meu propósito

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aqui é meramente apontar como uso estes chakras, já que há certa diversidade
na literatura. Não tenho dúvidas de que eu poderia projetar minha Vontade
através do meu dedão do pé; não há porque perder-se em controvérsias dog-
máticas. O ponto principal é ser consistente em sua própria estrutura.

A Árvore da Vida na Aura

Ao trabalhar nos planos sutis, precisa haver uma ideia bem clara de onde de-
seja-se trabalhar. É claro que "onde" é apenas um modo de falar. Duvido seria-
mente que os astronautas um dia chegarão a Yesod, não importa quantas ve-
zes voem para a lua. Mas "onde" é um conceito útil e nosso intento cria a
nossa realidade. A Árvore da Vida e os 22 caminhos dão nos um proveitoso ar-
ranjo de "ondes", permitindo-nos manter uma separação de ideias e inter-rela-
cionar essas ideias em um nível completo. É um tanto estranho que a proporci-
onalidade da Árvore não se justaponha perfeitamente no corpo humano, mas
este é apenas um contratempo menor. Ao menos temos o pilar do meio e sete
divisões que correspondem basicamente às posições dos chakras. Ao contruir
a Árvore na Aura, é melhor começar pelo pilar do meio ou espinha dorsal. Na
prática, isso ajudará a ungir os chakras com algum tipo de irritante menor,
como bálsamo de tigre ou óleo de canela para fixar a posição de uma forma
efetiva. é mais fácil começar com apenas algumas áreas, e ficar relaxado e fa-
miliarizado com elas antes de adicionar outras. Comece pela base da espinha
e visualize esse centro como uma esfera cintilante. Quando você conseguir
vêla/senti-la muito bem, vá para o Chakra Sexual e então unte-o . Veja ambos,
e o caminho que os liga, na luz, e então vá para o pilar do meio até que con-
siga ver/sentir todos eles. Esse é um exercício importante, e se você nunca o fe
antes, lhe demorará muitas outras vezes parta conseguir fazê-lo, antes de ten-
tar as visualizações envolvidas nessas magias (k) sexuais. Quando for capaz
de ver os chakras e a espinha dorsal facilmente e sem esforços, você pode ten-
tar a Árvore em si (não espere conseguir fazer tudo isso de uma só vez).

A Árvore é mais difícil, em parte por causa do alinhamento imperfeito, mas


ainda assim é possível superar isso sem maiores complicações. A complexi-
dade da Árvore da Vida é o problema real. Você deve ser capaz de visualizar a
figura inteira antes de tentar sobrepô-la ao seu corpo.

As Sephirot nos pilares laterais devem estar no mesmo plano que o chakra cor-
respondente. Iluminamos essas sephirot como fizemos com os chakras.
Quando você conseguir ver as Sephirot, acrescente os caminhos. Não é neces-
sário marcar os caminhos ou Sephirot com sigilos, a não ser aquele(s) que
você pretende utilizar. Ao trabalhar com o pilar do meio, formular a Árvore da
Vida é verdadeiramente estranho e o desperdício de seus esforços. Com um
pouco de prática, você conseguirá visualizar a Árvore simplesmente olhando in-
ternamente.

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Ao projetar energia para um caminho ou Sephira particular, o uso do sigilo é


extremamente recomendado. Isso, em essência, cria um portal astral. Uso sigi-
los planetários ou formas lineares, exceto para as Supernais. Acima do
Abismo, os chakras são o suficiente. Para os caminhos, a letra hebraica corres-
pondente é bastante eficaz. Ao projetar os caminhos, o centro do caminho é o
alvo.

Esses portais astrais criam uma entrada/saída definida para outras realidades.
Se deixar os outros planos adentrarem Malkuth, isso acarretará a destruição
dos assuntos de seu cotidiano. Esteja "lá" quando estiver "lá", mas esteja com-
pletamente "aqui" quando estiver aqui.

O meio de viajar consiste em projetar para o chakra mais próximo abaixo do


caminho desejado e então para o caminho. Isso permite a rota mais curta na
Árvore. Sua energia fluirá mais facilmente através da espinha. Tentar cortar ca-
minho através de su corpo fará com que se perca.

É possível acessar pontos que não estejam na Árvore. Isso não é recomen-
dado até que você tenha o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo
Guardião. A razão para isso é que, ao trabalhar em qualquer plano em particu-
lar, há uma tendência de se estabelecer um desequilíbrio devido à influência
daquele plano. Já é difícil o suficiente com as energias mais ordenadas dos
planos Sephiroticos, mas com as outras? ... A entrada-saída é através de Da-
ath, que na aura localiza-se na nuca. Eu já vi Daath ser atribuída ao chakra da
garganta- isso não foi de forma alguma o que experienciei. Em qualquer
evento, seu Anjo tentará evitar a sua passagem através dela se você não tiver
completado a operação do SAG. Faz o que tu queres, mas considere isso cui-
dadosamente...

O Disco

Os efeitos físicos desses trabalhos diferem enormemente da resposta pura-


mente animal. Isso dá uma certa inclinação ao trabalho que pode levar a busca
da sensação. Não há necessidade alguma para disfarçar gratificação sexual
como arte Mágicka. No aprendizado, esse método é melhor aplicado a todas as
suas atividades sexuais. Dessa forma, seu controle das energias torna-se certo
e previsível. Seria absurdo fazer um ritual toda vez que voc6e fizer sexo. Não
invoque a não ser que você esteja absolutamente sério. Ao projetar como prá-
tica, simplesmente erga-se até o chakra e caia de volta. Ainda assim, você re-
ceberá percepções dos planos que São válidas e significativas. Isso tudo leva a
uma percepção diferente do que o sexo é; uma percepção que talvez seja mais
honesta e expansiva do que nossa cultura ensina. Ainda assim, o trabalho
pode ser profanado pela atitude de quem o executa. O Gozo é o estado natural
da harmonia. Entre o Pomposo e o Libertino há um estado de inocência.

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O primeiro efeito a ser notado será uma maior intensidade e duração do or-
gasmo. Esse nível aumenta gradativamente. Você não deve esperar ficar estu-
pefato com toda experiência. Parece haver um limite para o êxtase, mas o fator
do infinito é aproximado por graus.

A mobilidade da sensação é a grande diferença em relação ao sexo puramente


animal. Não há lugar na sua aura que não possa ser o sítio do orgasmo. Isso
manifesta-se de formas diferentes.

Uma forma linear é frequentemente sentida da ponta dos pés até a coroa, ali-
nhada com a espinha. Isso desenvolve-se do desprendimento da forma astral
que energiza o pilar do meio. O Raio Relampejante pode ser confinado a qual-
quer parte da linha; no trabalho real, restrito à espinha dorsal.

Deve originar-se da base da espinha, como previamente explicado, mas deve


ser direcionado para cima, para baixo, ou para ambos. A extensão do Raio Re-
lampejante é projetada através do chakra. Em ambos os casos, ó orgasmo é
sentido como uma espécie de fluxo rápido. Se liberado de uma vez só, é como
uma faísca. Se liberado gradativamente, você pode vir a conseguir controlar a
velocidade de modo que o orgasmo preencha a espinha e o chakra com uma
sensação contínua- como a água que flui de um cano.Direcionar o orgasmo
para aura carregará a aura, envolvendo o magista na energia colorida pelo
chakra da qual é projetada. Dessa forma, a energia não se perde, e por esses
meios o vazio de energia pode ser evitado.

Considerando-se as grandes quantidades de energia direcionadas para a sexu-


alidade, a questão do esvaziamento energético torna-se uma preocupação bem
real. Discernimento quanto à dieta e saúde ajudará a manter sua energia vital.
Ainda assim, é melhor que que nenhuma energia seja desperdiçada se isso pu-
der ser evitado.

Projetar a energia além da aura, para o espaço físico, é útil como um meio de
energizar um talismã ou um objeto físico. Pode também ser usado como uma
doação de energia para outra pessoa. O Chakra Umbilical é adequado para ob-
jetos inanimados, o Chakra Cardíaco para pessoas.

Outro tipo de sensação é associado com o modo de invocação. O orgasmo


como uma forma distinta pode ser movido para qualquer parte do corpo. Isso
dá uma maior duração ao orgasmo, irradiando de um ponto distinto. Toda a
sensação é contida naquela forma. Não haverá sensação de orgasmo em ne-
nhum outro lugar. Com a prática, essa forma pode ser movida de acordo com a
vontade. É possível movê-la da base da espinha, liberada como uma força pro-
jetiva e reunida novamente no Chakra Cardíaco como uma Estrela. O único
motivo para fazê-lo seria o gozo da sensação, e isso é já é o suficiente.

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Na sua prática real, eu recomendaria simplesmente tentar mover a energia


através da espinha o mais alto possível. Ela sairá por variados chakras indistin-
tamente; qual chakra em particular depende da altura a qual você consegue
elevar a energia. Uma vez que você for capaz de elevar consistentemente a um
ponto em particular ou chakra, a movimentação mais lenta de uma distinta
forma de energia será mais fácil de ser realizada.

Essa disciplina, para ser bem sucedida, deve criar uma extensa percepção de
Magia (k)/ Misticismo/Sexo Magia (k ) é um caminho de vida. Para que qual-
quer operação seja bem sucedida, deve haver uma completa harmonia entre o
eu interior e exterior do magista (o self indefinido- não o ego). Enquanto toma-
mos nosso prazer onde, quando e com quem quisermos, a sutil diferença entre
profanação e sacramento deve ser entendida. Posso apenas descrevê-la como
inocência iluminada.

Trabalhar dessa forma envolve a formula da Grande Obra. Essa é a verdadeira


e maior expressão de todo o nosso trabalho. A inabilidade de atingir qualquer
um dos chakras mostra um defeito nas percepções do magista.

Você pode tentar adentrar os portões à força, mas diplomacia é a melhor


forma. Não há Deus/a para negar-lhe nada. Energia flui pelo seu corpo, através
de todos os chakras, o tempo todo. Se não fosse dessa forma, seu corpo mor-
reria. Quando falamos de um chakra bloqueado, é a nossa própria percepção
desse aspecto de nós mesmos que está bloqueada. a barreira é posta dentro
de nós por nós mesmos. O trabalho envolve muito mais que uma mera canali-
zação de energias.

O trabalho apresentado aqui é puramente uma questão de minha própria expe-


riência. Por essa razão, há uma inclinação a se trabalhar como um casal hete-
rossexual. Trabalhar com os métodos do VIII grau apenas é não somente vá-
lido, mas pode ser mais fácil em questão de aprendizado, especialmente nos
estágios iniciais. Não vejo razão para acreditar que outros arranjos não seriam
eficazes. É tudo. Agarre a essência do trabalho e molde-a de acordo com sua
Vontade. Não há fim para esse trabalho, mas se você chegar a esse ponto,
você não precisará de ninguém para lhe apontar o caminho adiante.

Finalmente, restou dizer que o trabalho ideal de acumulação da energia sexual


deve ser aquele que proporciona entre 30 a 45 minutos de concentração sem
que o adepto atinja o clímax (gozo), prolongando o período pré-orgasmico
nessa faixa de duração; para isso se faz necessário que a prática se dê em um
local calmo e seguro da interrupção de estranhos; o alquimista notará que a mí-
nima perturbação durante essa prática reduzira o período pré-orgasmico a al-
guns minutos, pondo todo o trabalho a perder. O melhor lugar para a prática é
o Sanctum do Lar, verdadeiro laboratório e abrigo seguro para todas as práti-

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cas rosacruzes. Na acumulação de energia sexual em dupla ou individual o al-


quimista poderá valer-se de estímulos externos tais como imagens sexuais que
o agradem e durante a prática irá intercalar essas imagens com a imagem do
objetivo, daquilo que deseja transformar, transmutar, algo que é abstrato para
que se torne material.; É a realização do objetivo que o alquimista atinge desta
forma e com essa prática.

EXERCÍCIO PRÁTICO: Após estas instruções o aluno deverá efetuar as práti-


cas conforme ensinadas no texto acima, seguindo o seguinte critério:

1. Estimulação mental e genital para acumular energia sexual;


2. Deslocamento da energia sexual para a base da espinha dorsal;
3. Retenção da energia sexual acumulada pelo maior tempo possível,
desde que atinja entre 30 e 45 minutos;
4. Expansão da energia sexual para o Cosmos objetivando a transforma-
ção do pensamento abstrato em concreto ou seja a materialização dos
seus desejos.
5. Após a experimentação o alquimista deverá fazer um relatório sobre os
resultados incluindo as dúvidas, sucessos e fracassos na experiência.
Os 12 (doze) primeiros relatórios servirão para avaliar o desempenho do
aluno e para a conclusão do curso no grau de Alchimicus.

PARTE QUATRO – A ALQUIMIA PELO MUNDO

Vamos estudar mais um pouco sobre a alquimia pelo mundo,


iremos falar mais um pouco sobre o Egito, a China. Aeuropa,
os Árabes e desta vez estudaremos os efeitos da alquimia na
maçonaria.

ALQUIMIA NO EGITO

Ainda hoje, muitos acreditam que o pensamento racional foi o grande


responsável pelo desenvolvimento de todo conhecimento científico até então
acumulado. A observação e os experimentos auxiliaram o homem a
desvendar grandes incógnitas da natureza. Nesse sentido, costuma-se
observar as ciências naturais (Biologia, Física e Química) como as grandes
beneficiárias de todas estas ações promovidas pelo interesse humano.

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No entanto, as crenças e o pensamento religioso não se afastaram por


completo no desenvolvimento das ciências. Uma prova cabal dessa idéia
pode ser contemplada quando focamos nossa atenção para um misterioso
grupo de estudiosos: os alquimistas. Os relatos sobre esses “cientistas” dizem
que seus interesses pela manipulação de materiais químicos e orgânicos
rondavam a busca incessante pelo elixir da vida eterna e pelas
transformações dos metais em ouro.

Tendo seu auge entre os séculos XIV e XVI, a alquimia teve suas origens no
Egito Antigo. Na cidade de Alexandria, centro de conhecimento erigido pelo
imperador Alexandre, reuniam-se escritos de uma antiga técnica egípcia
chamada kyniâ. Essa técnica egípcia envolvia o domínio dos processos
químicos de embalsamamento e a manipulação de metais. Entrando em
contato com a sabedoria grega, a kymiâ passou a considerar que toda matéria
era constituída por quatro elementos básicos: terra, ar, água e fogo.

Durante a dominação romana sobre o Egito, a alquimia passou a ser


condenada pelas autoridades imperiais. Com a oficialização do cristianismo,
ordenada pelo imperador Constantino, em 330, um grupo de hereges ligados
à prática da alquimia foram perseguidos pelas autoridades romanas.
Conhecidos como nestorianos, esses praticantes da alquimia refugiaram-se
da perseguição religiosa na Pérsia. Naquela época, muitos persas se
interessaram pelo domínio dessas técnicas.

A expansão islâmica também foi de grande importância na preservação e


ampliação dos conhecimentos alquímicos. O Alcorão, livro sagrado dos
muçulmanos, previa que o conhecimento da natureza era uma forma
louvável de aproximação com Alá. Por isso, muitos árabes desenvolveram
estudos envolvendo elementos químicos e metais preciosos. Enquanto esse
tipo de conhecimento desenvolvia-se no mundo islâmico, a Europa Medieval
pouco sabia sobre esses estudos.

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Com o movimento cruzadista, na Baixa Idade Média, a alquimia entrou em


contato com os europeus. A sua busca pela vida eterna, proposta por alguns
alquimistas, entrou em choque com o pensamento religioso da época. Este
tipo de ousadia era visto como uma ofensa à ideia de que somente Deus
poderia conceder a dádiva da vida eterna. Dessa forma, para evitar possíveis
perseguições ou terem seus conhecimentos desvendados, os alquimistas
costumavam utilizar uma complexa simbologia que guardava os processos e
experimentos por eles desenvolvidos.

Mesmo sendo mal vista pela Igreja, a alquimia foi uma atividade comum
entre alguns clérigos. Roger Bacon e São Tomas de Aquino redigiram alguns
experimentos onde relatavam a obtenção de ouro através de outras
substâncias e a criação de um homem mecânico. Durante o século XVI, a
alquimia começava a ganhar uma nova compreensão. O filósofo britânico
Francis Bacon (1561 – 1626), já acreditava que a alquimia poderia
desenvolver outros promissores tipos de conhecimento científico.

No século XVII, Robert Boyle começou a lançar alguns dos pontos que
fundaria o nascimento de uma nova ciência: a química. Aparentemente suas
idéias procuravam afastar-se do lado místico da alquimia. No entanto, o
próprio Boyle acreditava que um metal poderia ser transmutado. Isaac
Newton (1643-1727) foi outro grande cientista interessado pela alquimia. O
encontro da “pedra filosofal” ocupou vários de seus estudos.

Ao longo do século XVII, a popularização do conhecimento científico


ganhou espaço frente os códigos e segredos da alquimia. Além disso, a
separação entre fé e razão, defendida pelo pensamento iluminista, fez com
que os conhecimentos alquímicos fossem vistos como mera invencionice.

Mesmo dotada de crenças que perseguiam a vida eterna e o conforto


material, a alquimia não pôde ser colocada para fora da história do
desenvolvimento das ciências. Muitos dos instrumentos utilizados nos
processos químicos e o estudo de alguns elementos foram elaborados graças

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ao espírito empreendedor dos alquimistas. Além disso, a tese de


transformação dos elementos químicos foi comprovada por diversos estudos
desenvolvidos durante o século XX.

A Alquimia Árabe

A Europa entrou em contato com a alquimia através das invasões árabes


na península ibérica. Os árabes fundaram universidades e ricas bibliotecas
(que entre os séculos VIII e XIII emitiram as bases teóricas da alquimia), as
quais foram destruídas nas Cruzadas. A química árabe aperfeiçoou as artes
de destilação e de extração por gorduras, a fabricação de sabão, as ligas
metálicas e a medicina farmacêutica.

Os primeiros textos traduzidos do grego para o árabe foram os textos de


alquimia, dizia o sábio Ibn Al Nadim, no século X. Al Nazi é o primeiro al-
quimista cuja obra e vida foram descritas por outros autores credíveis.

Dispositivos novos ou aperfeiçoados são introduzidos: o “banho-maria”


(banhos de ar quente), os cadinhos perfurados permitindo a separação
por fusão, as diferentes retortas de destilação, de sublimação. A classifica-
ção das substâncias é variável de um autor para outro. Exemplos:

Ouro é nobre, pois resiste ao fogo, à umidade e ao enterramento sob a


terra;

Cânfora, enxofre, arsênico, mercúrio e amoníaco fazem parte dos espíri-


tos, pois são voláteis;

O vidro se enquadra nos metais, pois é susceptível de fusão.

As operações alquímicas eram longas, duravam horas e até dias, mas tra-
tava-se de reproduzir no laboratório, na “matriz artificial” que constitui
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um alambique bem fechado, um processo que, na natureza, se mede em


séculos.

A Alquimia Cristã

No mundo islâmico, os alquimistas eram alvos de gracejos já que os escri-


tos alquímicos eram cheios de símbolos e era impossível saber se um au-
tor compreendia o que ele escrevia. Quando os textos foram traduzidos
em latim, por volta do século XII, os sábios cristãos estavam divididos en-
tre o nobre desejo de melhor combater o inimigo infiel e a curiosidade de-
voradora pelos saberes.

A alquimia cristã, como a alquimia árabe, toma questão de avaliação. Sa-


ber quem era alquimista medieval, era a primeira dificuldade presente na
alquimia cristã devido a sua situação anônima.

Enquanto os árabes possuíam apenas ácidos fracos e soluções de sais cor-


rosivos, os alquimistas europeus aprenderam a preparar e condensar áci-
dos forte, no século XVI. Primeiro o ácido nítrico, depois o ácido clorídrico,
em seguida o ácido sulfúrico até chegar a água régia que dissolve até o
ouro.

A Alquimia Chinesa

Para os alquimistas chineses, o principal objetivo era atingir a imortali-


dade. Para eles, a não reatividade do ouro era inalterável e, por isso, imor-
tal. Tentavam manufaturar o ouro e esperava-se que, dessa forma, pode-
ria ser preparada uma “pílula da imortalidade”. Acreditava-se também

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que, ingerindo os alimentos em pratos feitos com esse ouro, seria possível
alcançar a tão sonhada longevidade.

Os alquimistas chineses criaram elixires à base de enxofre, arsênico, mer-


cúrio, e não obtiveram sucesso em sua busca. Joseph Needham fez uma
lista de imperadores cuja morte se pode pensar ter sido causada pelo en-
venenamento causado pelo consumo desses elixires. Dessa forma, a alqui-
mia chinesa foi perdendo força e acabando desaparecendo com a ascen-
são do Budismo.

ALQUIMIA NA MAÇONARIA

Podemos afirmar que o maçom tem contato com a Alquimia nos primei-
ros momentos em que, como candidato, tem contato com a Ordem. A Câ-
mara de Reflexões indiscutivelmente é um legado alquimista, a sua "deco-
ração" com os elementos água, enxofre e sal, que acrescida do mercúrio
são substâncias que constituem a Prima Matéria da Alquimia. A Alquimia é
estudada sob três aspectos diversos, suscetíveis de interpretações distin-
tas, e que são: o cósmico, o humano e o terrestre. Elas são representadas
pelas três propriedades alquímicas: enxofre, mercúrio e sal. Muitos auto-
res afirmam que há três, sete, dez e doze procedimentos respectiva-
mente, porém, todos concordam em que há apenas um único objetivo na
Alquimia, que é a transmutação em ouro dos metais mais grosseiros. Po-
rém, este é apenas um dos aspectos da Alquimia, o terrestre ou pura-
mente material, pois, compreendemos logicamente que o mesmo pro-
cesso seja executado nas entranhas da Terra. Contudo além desta inter-
pretação, há na Alquimia um significado simbólico, psíquico e espiritual.

Como vimos o alquimista procura simbolicamente ouro, isto nada mais é


do que o maçom procura, através da sua opus, transformar a pedra bruta

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em pedra polida, e que é o aprimoramento moral e espiritual do maçom.


Enquanto o alquimista cabalista muitas vezes procura a realização do ouro
material, o alquimista ocultista, desdenhando o ouro das minas, volta toda
a sua atenção e concentra todos os seus esforços na Divina Trindade do
homem que, quando, finalmente se fundem, formam apenas um.

Os planos espiritual, mental, psíquico e físico da existência humana são


comparados, em Alquimia, aos quatro elementos: fogo, ar, água e terra, e
cada um deles é suscetível de uma constituição tripla, a saber: fixa, variá-
vel e volúvel. Aqui temos também um outro elo entre a Maçonaria e a Al-
quimia, mas precisamente nas três viagens que o recipiendário é obrigado
a fazer acrescido da prova da Terra que simbolicamente, é a Câmara de
Reflexões, a que nos referimos' anteriormente.

A Maçonaria vê na prova do AR (primeira viagem com seus ruídos e tro-


vões) a representação do segundo elemento primordial que com seus me-
teoros e contínuas flutuações é o emblema da vida, sujeito as contraditó-
rias variações. Na Alquimia o AR é trabalhado através da operação subli-
matio. Ela transforma o material em ar por meio de sua elevação e volatili-
zação. O termo "sublimatio" vem do Latim Sublimis, que significa elevado.
Isso indica que o aspecto essencial do Sublimatio é um processo de eleva-
ção por intermédio do qual uma substância inferior se traduz numa forma
superior mediante um movimento ascendente.

Na Maçonaria a água é o oceano e este é um símbolo do povo, a cujos ser-


viços dedicam-se os verdadeiros maçons. Os homens são as gotas do vasto
oceano da humanidade, de que as nações são partes.

Na Alquimia a água é a Prima Matéria, ideia que os alquimistas herdaram


dos pré-Sócrates. Pensam os alquimistas que uma substância não poderia
ser transformada sem antes ter sido reduzida à Prima Matéria. A água é

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trabalhada através da operação Solutio, esta provoca o desaparecimento


de uma forma e o surgimento de uma nova forma regenerada. No poema
abaixo, escrito por Lao Tse, a Maçonaria fala a mesma linguagem que a Al-
quimia, quando tratam de água:

"O menor dos homens é como a água.

A água a todas as coisas beneficia

E com elas não compete.

Ocupa os (humildes) locais visto por todos com desdém

Nos quais se assemelha ao Tao

Em sua morada (o Sábio) ama a (humilde) terra

Em seu coração ama a profundidade

Em suas relações com os outros, ama a gentileza

Em suas palavras, ama a sinceridade

No governo ama a paz

No trabalho, ama a habilidade

Em suas ações ama a oportunidade

Porquanto não quere-la

Vê-se livre de reparos."

O quarto elemento, o fogo, também une os propósitos dos dois colégios.


Para a Maçonaria o fogo cujas chamas sempre simbolizam aspiração, fer-
vor e zelo deve lembrar ao iniciado que este deve aspirar a excelência e a
verdadeira glória e trabalhar com dedicação nas causas empenhadas, prin-
cipalmente as do povo, da pátria e da ordem.

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Para o alquimista o fogo é tratado na operação calcinatio. Eis porque toda


imagem que contém o fogo Livre queimando ou afetando substâncias se
relaciona com a calcinatio. O fogo da calcinatio é um fogo purgador, em-
branquecedor. Atua sobre a matéria negra, a nigredo, tomando-a branca.
Diz Basil Valentine: "Deves saber que isso (a calcinatio) é o único meio cor-
reto e legítimo de purificar nossa substância." Isso a vincula ao simbolismo
do purgatório. A doutrina do purgatório é a versão teológica da calcinatio
projetada na vida depois da morte.

Morte, um tema muito caro para os maçons e alquimistas. Na Maçonaria a


morte é tratada de forma muito especial, na Lenda de Hiram que perpassa
vários graus da Escada de Jacó. O maçom conhece muito bem estas pala-
vras:... o pó volte a Terra e o espírito volte a Deus que o deu...

Para o alquimista a morte também é um processo, uma continuação que


faz parte do trabalho da coagulatio. Esta pertence ao elemento Terra, e
costuma ser seguida por outros processos, em geral pela mortificatio e
pela putrefactio. Aquilo que se concretizou plenamente ora se acha su-
jeito à transformação. Tornou-se uma tribulação, que chama à transcen-
dência. Eis como podemos entender as palavras do apóstolo Paulo ao vin-
cular o corpo e a carne à morte: "Quem me libertará do corpo desta
morte?... Porque, se vivemos na carne, morreremos; mas se por meio do
espírito, mortificarmos os feitos do corpo, viveremos... Porque aquele que
vive segundo a carne inclina-se para as coisas da carne. A inclinação da
carne é a morte; mas a inclinação do espírito é a vida e paz”.

A identificação do corpo e da carne com a morte deve-se ao fato de que


tudo aquilo que nasce no plano espaço-temporal deve submeter-se às li-
mitações dessa existência, que incluem um fim a morte. Esse é o preço do
ser real. Uma vez plenamente coagulado ou encarnado, o conteúdo torna-
se sem vida, sem maiores possibilidades de crescimento. Emerson ex-
prime essa ideia: "Somente a vida é benefício, e não a ter vivido. A força

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cessa no instante do repouso; ela reside no momento da transição de um


estado passado para um novo, na voragem do abismo, no arremesso con-
tra o alvo. Eis um fato que o mundo abomina. O fato de a alma vir a ser
porquanto isso degrada o passado, tornando todos os bens em pobreza,
toda reputação em vergonha, confundindo o santo com o velhaco, var-
rendo Jesus e Judas para longe, sem distinção.” Realizada a plena coagula-
tio, vem a putrefactio. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará
a corrupção; mas o que semeia no espírito do espírito ceifará a vida
eterna. Um texto alquímico trata do mesmo tema: o leão, o sol inferior
pela carne se corrompe... Assim, o leão tem corrompida a natureza por
meio da sua carne, que segue os ritmos da lua, e é eclipsada. Porque a lua
é a sombra do sol, e com o corpo corruptíveis é consumida; e, por meio da
destruição da lua, o leão é eclipsado com auxílio da umidade de mercúrio;
o eclipse não obstante, é transmutado tomando-se útil e de melhor natu-
reza, e ainda mais perfeito do que o primeiro.

Em vários graus da Maçonaria o crânio é uma peça importante tanto na


representação do grau como na ornamentação do templo para o ritual do
grau. Pois bem, na alquimia o crânio como “momento mori” é um em-
blema da operação da mortificatio. Ele produz reflexões a respeito da
mortalidade pessoal de cada um e serve como pedra de toque para os va-
lores falsos e verdadeiros. Refletir sobre a morte pode nos levar a encarar
a vida sob perspectiva da eternidade e, desse modo, a negra cabeça da
morte pode transformar-se em ouro. Com efeito, a origem e o cresci-
mento da consciência parecem estar vinculados de maneira peculiar à ex-
periência da morte. Talvez o primeiro par de opostos a penetrar na consci-
ência em vias de despertar dos seres humanos primitivos tenha sido o
contraste entre o vivo e o morto. E provável que somente a criatura mor-
tal seja capaz de ter consciência. Nossa mortalidade é nossa fraqueza mais
importante e derradeira. E essa fraqueza, segundo C. G. Jung, foi o ele-
mento que colocou Jó em vantagem diante de IAHWEH.

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Esta palavra é muito significativa em alguns graus da Escola Filosófica da


Maçonaria (REAA). IAHWEH é o nome da Divindade expressa no Antigo
Testamento do Livro Sagrado. Para o alquimista IAHWEH redime e purifica
pelo fogo sagrado, daqueles que passaram pela calcinatio: "Não temas,
porque eu te resgatei, eu te chamei pelo teu nome, és meu. Quando pas-
sares pelo mar, estarei contigo; quando passares pelos rios eles não te
submergirão. Quando passares pelo fogo, a chama não te atingirá e não te
queimarás. Pois eu sou IAHWEH, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador.

O Juízo final pelo fogo corresponde à provação pelo que testa a pureza
dos metais e lhes retira todas as impurezas. Há inúmeras passagens do An-
tigo Testamento que usam metáforas para descrever os testes que
IAHWEH submete seu povo eleito. Por exemplo, IAHWEH diz: "Voltarei mi-
nha mão contra ti, purificarei as tuas escórias no cadinho, removerei todas
as impurezas." (Isa., 1:24,25)

"E eis que te pus na fogueira como a prata, testando-te no cadinho da afli-
ção. Por causa de mim mesmo e só por mim mesmo, agi - deveria meu
nome ser profanado? Jamais darei minha glória a outro." (Isa.,48;10,11)

"Eu os levarei ao fogo, e os purificarei como se purifica a prata, e os testa-


rei como se testa o ouro. Eles invocarão meu nome e eu escutarei, respon-
dendo: Eis o meu povo; e todos dirão IAHWEH é meu Deus.” (Zacarias
13:9)

O fogo purifica e santifica a matéria bruta e corrompida, os maçons e al-


quimistas sabem disso, no entanto, o fogo da Senda Sinistra mata e re-
gride a evolução que o ser procura na sua existência. Este fogo nada mais
é do que a luxúria, a inveja e ira. Nesta categoria temos a ira que moveu
Nabucodonosor, ao destruir o Templo de Salomão. Ele personifica o mo-
tivo do poder, a autoridade arbitrária do ego inflamado, que passa pela

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calcinatio quando suas pretensões irresistíveis são frustradas pela pre-


sença da autoridade transpessoal. Nabucodonosor corresponde ao rei al-
químico, que serve de alimento ao lobo e depois é calcinado

Conclusão:

A Maçonaria e os maçons com as suas alegorias de construção, como fer-


ramentas: trolha, esquadro, compasso, régua, maço, cinzel; materiais
como tríplice argamassa, de forma alguma querem dar a entender que
queiram construir algum prédio material - quando assim o querem contra-
tam uma firma especializada - mas sim a construção de um Templo Espiri-
tual à Divindade Maior, o Grande Arquiteto do Universo. É a procura do
autoconhecimento para purificar o ente de cada obreiro, e a partir daí
construir a morada do Espírito Santo como falam os cristãos. Essa constru-
ção maçônica percorre vários patamares (Escada de Jacó) e à medida que
o maçom vai galgando os seus degraus (os graus maçônicos) ele tem um
compromisso com a Lei do Karma de estar mais santificado que no pata-
mar anterior. Da mesma forma o alquimista no seu trabalho de manipula-
ção das substâncias não quer dizer que ele queira conseguir ouro material.
Alquimia é a ciência pela qual as coisas podem não ser decompostas e re-
compostas (como se faz em química), mas também sua natureza essencial
pode ser transformada e elevada ao mais alto grau ou ser transmutada em
outra.

A química trata apenas da matéria morta, enquanto a Alquimia emprega a


vida como fator. Todas as coisas têm natureza tríplice, da qual sua forma
material e objetiva é sua manifestação inferior. Assim é que, por exemplo,
há ouro espiritual, imaterial; ouro astral etéreo, fluído e invisível, e ouro
terrestre, sólido, material e visível. Os dois primeiros são, digamos assim,
o espírito e a alma do último e, empregando os poderes espirituais da

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alma, podemos produzir mudanças nele, a fim de que se, tornem visíveis
no estado objetivo.

Certas manifestações exteriores podem ajudar aos poderes da alma em


sua operação. Porém, sem os segundos, as manipulações serão total-
mente inúteis. Portanto, os procedimentos alquímicos podem ser utiliza-
dos com êxito unicamente por aquele que é o alquimista nato ou por edu-
cação. Sendo todas as coisas de natureza tríplice, a Alquimia também
apresenta um aspecto triplo. No aspecto superior, ensina a regeneração
do homem espiritual, a purificação da mente e da vontade, o enobreci-
mento de todas as faculdades anímicas. No aspecto mais inferior trata das
substâncias físicas e, abandonando o reino da alma viva e desvenda maté-
ria morta. Termina na química de nossos dias. A Alquimia é um exercício
do poder mágico da livre vontade espiritual do homem e, por esta razão,
pode ser praticada apenas por aqueles que renascem espiritualmente.

Por último, passarei a palavra final aos alquimistas, ao citar, in toto, seu
texto mais sagrado. A Tábua da Esmeralda de Hermes. Via-se esse texto
“como uma espécie de revelação sobrenatural aos filhos de Hermes, feita
pelo patrono e sua Divina Arte”. De acordo com a lenda, a tábua da Esme-
ralda foi encontrada no túmulo de Hermes Trismegistus, por Alexandre o
Grande, ou, em outra versão, por Sara, a esposa de Abraão. A princípio, só
se conhecia o texto em latim, mas, em 1923, Holmyard descobriu uma
versão árabe. É provável que um texto anterior tenha sido escrito em
grego e, segundo Jung tinha origem alexandrina. Os alquimistas o trata-
vam com veneração ímpar, gravando suas afirmativas nas paredes do la-
boratório e citando-o constantemente em seus trabalhos. Trata-se do epí-
tome críptico do “opus alquímica”, uma receita para segunda criação do
mundo, o unus mundus.

A TÁBUA DA ESMERALDA DE HERMES


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1. Verdadeiro, sem enganos, certo e digníssimo de crédito.

2. Aquilo que está embaixo é igual àquilo que está em cima, e àquilo que
está em cima é igual àquilo que está em baixo, para realizar os milagres de
uma só coisa.

3. E, assim como todas as coisas se originam de uma só, pela mediação


dessa coisa, assim também todas as coisas vieram dessa coisa, por meio
da adaptação.

4. Seu pai é o sol; sua mãe, a lua; o vento a carregou em seu ventre; sua
ama é a terra.

5. Eis o pai de tudo, a complementação de todo o mundo.

6. Sua força é completa se for voltada para dentro (ou na direção) da


terra.

7. Separa a terra do fogo, o sutil do denso, com delicadeza e com grande


ingenuidade.

8. Ela ascendeu da terra para o céu, e desce outra vez para a terra, e re-
cebe o poder do que está em cima e do que está embaixo. E, assim, terás
a glória de todo o mundo. Desse modo, toda a treva fugirá de ti.

9. Eis o forte poder da força absoluta; porque ela vence toda coisa sutil e
penetra todo sólido.

10. E assim o mundo foi criado.

11. Daqui as prodigiosas adaptações, à feição das quais ela é.

12. E assim sou chamado HERMES TRISMEGISTUS, tendo as três partes da


filosofia de todo o mundo.

13. Aquilo que eu disse acerca da operação do sol está terminado.

ALQUIMISTAS FAMOSOS

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NICOLAS FLAMEL nasceu em 1330 em Pontoise e trabalhou


como bibliotecário. Aos vinte e oito anos comprou um antigo livro de
autoria de Abraham, o Judeu, com textos e desenhos estranhos que
o deixaram curioso.

Durante anos o estudou, passando a conhecer a Grande Obra, sem


no entanto saber qual era a Matéria Prima. Casando-se com uma
viúva de boa situação financeira, pode dedicar-se totalmente aos
estudos, percorrendo o Caminho de Santiago de Compostela e en-
contrando um mestre que lhe transmitiu o conhecimento necessário
para identificar a matéria prima. Este mestre lhe deu a chave para
decifrar um misterioso manuscrito feito numa casca de árvore, que
vinha torturando Flamel durante anos. No ano de 1380 diz-se que
ele conseguiu produzir prata, e cerca de 10 anos depois ele manti-
nha uma extensa obra de caridade com hospitais, cemitérios, abri-
gos para viajantes que custavam uma fortuna em manutenção.
Mesmo gastando esta fortuna, continuava a morar numa casa hu-
milde e sua figura não chamava atenção quer pelas roupas ou com-
portamento. Ainda assim, os donativos enormes atraíram fiscais do
tesouro do Rei Carlos V, que inclusive em 1379 proibiu toda e qual-
quer pratica alquímica no reino. Conta-se que Flammel nunca men-
tiu ao fiscal do Rei, e sua sinceridade fez com que este não só o
poupasse como se tornasse o depositário de escritos e uma amos-
tra da Pedra Filosofal.

Durante sua vida escreveu "O Livro das Figuras Hieroglíficas" em


1399, "O Sumário Filosófico" em 1409 e "Saltério Químico" em
1414. Houve outro período em que Flammel começou a atrair a
atenção da corte, pois aos 60 anos ele e sua esposa conservavam
aparência jovem e saúde, mas há um relato de que tenha falecido
em 1417.

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Oração de Nicolas Flamel

Deus todo-poderoso, eterno, pai da luz, de quem provém todos os


bens e todos os bens perfeitos,

imploro vossa misericórdia infinita;

deixai-me conhecer vossa sabedoria eterna;

aquela que circunda vosso trono, que criou e fez,

que conduz e conserva tudo.

Dignai-vos enviá-la do céu a mim, de vosso santuário,

e do trono de vossa glória, a fim de que ela esteja

em mim e opere em mim; é ela que é a senhora de todas as artes


celestes e ocultas, que possui a ciência

e a inteligência de todas as coisas.

Faz com que ela me acompanhe em todas as minhas obras que,


por seu espírito, eu tenha a verdadeira inteligência, que eu proceda
infalivelmente na nobre arte à qual estou consagrado, na busca de
miraculosa pedra dos sábios que ocultastes ao mundo, mas que
tendes o hábito de descobrir ao menos a

vossos eleitos.

Que essa grande obra que tenho a fazer cá embaixo

seja começada, continuadas e concluídas ditosamente por mim;


que, contente, goze-a para sempre. Imploro-vos, por Jesus Cristo, a
pedra celeste, angular, miraculosa e estabelecida por toda eterni-
dade, que comanda e reina convosco.

PARACELSO
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(Aureolus Phillippus Teophrastus Bombast von Hohenheim) nasceu


em 1493 nas montanhas da Suíça, filho de um médico que mais
tarde lhe ensinou a profissão. O conhecimento do Ocultismo esteve
sempre em sua família, pois seu avô Georg Bombast von Hohe-
nhein foi Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João, su-
cessora da Ordem dos Cavaleiros Templários. Os conhecimentos
alquímicos e médicos fizeram parte de sua formação profissional.
Fez cursos nas Universidades da Alemanha, Áustria, França e Itá-
lia, estudando Medicina em Viena com Nicolo e em Ferrara, com
Trithemius (alquimista e célebre abade do convento de São Jorge,
em Wurzburg) e obtendo seu grau de doutor em 1515. Entre 1517 e
1524 viajou com exércitos como médico, e nas jornadas pelo Ori-
ente acumulou novos conhecimentos alquímicos. A Alquimia, para
ele, não tinha o intuito de transformar metais em ouro, mas sim ser-
vir como instrumento auxiliar no restabelecimento da saúde, sendo
utilizada como base para o preparo dos medicamentos minerais,
através de técnicas alquímicas de separação e purificação.

Paracelso combateu os princípios da medicina da época, obscuros,


misto de magia e crendices, e propôs o uso de elementos químicos
para produzir medicamentos. Seu pensamento antecipou a crença
do princípio vital energético (mais tarde associado à ideia de alma),
os princípios da homeopatia, farmacologia, medicina psicossomá-
tica e psicologia. Estas ideias chocaram a comunidade universitária
da época, e ele ganhou o título de médico maldito, o que lhe trouxe
dificuldades financeiras graves. Há relatos de que faleceu em 1541,
porém depois ao seu ser exumado seu corpo foi encontrado o osso
pélvico de um corpo de mulher, o que sugere que poderia ter sido
trocado, ou dissimulou uma fuga.

ROGER BACON

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Nascido em 1214 na Inglaterra, estudou em Oxford, e foi professor


de Filosofia. A um dado ponto, decidiu abandonar a carreira univer-
sitária para se tornar monge franciscano, e no retiro dos mosteiros
produziu grande quantidade de pesquisa científica e escritos de al-
tíssima qualidade, graças à paz e concentração que o ambiente lhe
proporcionava: trabalhou na correção do calendário Juliano, aperfei-
çoou instrumentos ópticos e telescópios, mas seu constante questi-
onamento filosófico e vínculos com sociedades de estudos herméti-
cos como a Ordem Rosae Crucis o indispôs com a Ordem, que o
manteve prisioneiro, sendo que o Papa Clemente IV ordenou pes-
soalmente a sua soltura. Após a morte do Papa, ele foi novamente
perseguido e preso, vindo a morrer em 1294. Os anos de cárcere
foram incrivelmente frutíferos, escreveu sua maior obra, uma enci-
clopédia chamada Opus Majus, que ficou perdida até 1733, quando
foi publicada. Os textos alquímicos de sua autoria foram publicados
no séc. XVII reunidos sob o nome de Tesouro Alquímico de Roger
Bacon, contendo os seguintes livros: Alquimia Maior, O Espelho da
Alquimia, Sobre o Leão Verde, Breviário do dom de Deus, Os Se-
gredos dos Segredos.

RAIMUNDO LULIO

Ou Ramón Llull, mais conhecido como Raimundo Lulio (Dr. Ilumina-


ção), foi discípulo de Arnoldo de Vilanova. Nasceu em Palma de
Maiorca em 1234. Durante os primeiros 30 anos levou uma vida dis-
soluta e vazia. A morte da mulher amada comoveu-o profunda-
mente.

A Raimundo Lulio molestava a negação da imortalidade do homem


e dedicou-se apaixonadamente a refutar aos Averrores, despren-
dendo o mesmo entusiasmo na conversão dos maometanos. Mor-
reu no ano de 1315.

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O teólogo acreditava na Astrologia; ensinou em Palma de Mallorca,


Paris e Montpellier, e sua doutrina está tão identificada com os ensi-
namentos Gnósticos e árabes, que pode ser considerado como um
dos profetas da Arte Alquimista. Do mesmo modo que seu colega
Arnoldo de Vilanova, acreditava na efetividade da Pedra Filosofal.

Raimundo Lulio, em seu livro Clavículas, diz: “Por isso os aconselho


que não obreis com o Sol (homem) e com a Lua (mulher) senão de-
pois de havê-los levado a sua matéria prima (energia sexual) que é
o enxofre e o mercúrio dos filósofos. Ó filhos meus! Aprendei a
servi-vos dessa matéria venerável, porque os advirto sob a fé de ju-
ramento, de que se não sacais o mercúrio desses metais, trabalha-
reis como o cego na obscuridade e na dúvida. Por isso, ó filhos
meus! Os conjuros a que marcheis até a Luz com os olhos abertos
e não caiais como cegos no Abismo”.

BASILIO VALENTIN

Segundo a tradição, foi um dos maiores Alquimistas de todos os


tempos. Foi Beneditino alemão, viveu em Erfust em princípios do
século 15; alcançou sua máxima difusão dois séculos mais tarde ao
ser impressa sua obra As Doze Chaves, todavia muitos historiado-
res consideram mítico a este personagem.

“O primeiro agente magnético empregado para preparar o dissol-


vente que alguns chamaram Alkaest, recebe o nome de Leão
Verde, devido não tanto à sua coloração senão pelo fato de não ha-
ver adquirido todavia os característicos minerais, que distingue qui-
micamente o estado adulto do estado nascente.” (Basílio Valentino)

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É o embrião de nossa Pedra de nosso Elixir; alguns adeptos, entre


eles Basílio Valentin, o chamaram Vitríolo Verde, para expressar
sua natureza quente, ardente e salina.

“Nossa água toma o nome de todas as folhas das árvores, das pró-
prias árvores e de tudo o que apresenta a cor verde, a fim de enga-
nar aos insensatos” – disse o Mestre Arnoldo de Vilanova.

Basílio Valentin dá o seguinte conselho: “Dissolva e alimente o ver-


dadeiro Leão com o sangue do Leão Verde, pois o sangue fixo do
Leão Vermelho é feito do sangue volátil do Verde, porque ambos
são da mesma natureza” (O Mistério das Catedrais). Em seu livro
Azoth descreve de forma cifrada os meios para a produção da Pe-
dra Secreta. Pela forma que se expressa, deduz-se que se trata da
fórmula do Vitriolo (Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Oc-
cultum Lapidem – VITRIOL).

Essa frase quer dizer: Investiga o interior da Terra, a qual retifi-


cando, encontrarás a pedra secreta. Em seu livro Testamentum, Ba-
sílio Valentin assinala as excelentes propriedades e as raras virtu-
des do Vitriolo: “É um notável e importante mineral a que nenhum
outro na natureza poderia ser comparado, porque o Vitríolo se fami-
liariza com todos os demais metais mais que todas as demais coi-
sas. Alia-se intimamente com ele, pois de todos os demais metais
pode obter-se um Vitríolo ou cristal, já que se conhecem como uma
só e a mesma coisa.

O Vitríolo é preferível aos outros minerais e deve conceder-se-lhe o


primeiro lugar depois dos metais. Pois embora todos os metais e
minerais estejam dotados de grandes virtudes, o Vitríolo é o único
suficiente para fazer-se a Bendita Pedra, o que nenhum outro no
mundo poderia conseguir por si só. A este propósito digo que é pre-
ciso que imprimas vivamente este argumento em teu espírito, que

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dirijas por inteiro teus pensamentos ao Vitríolo metálico e que re-


corde que confiei-te este conhecimento, de que se pode de Marte
(homem) e Vênus (mulher) fazer um magnífico Vitríolo, no qual os
três princípios se encontrem e que servem para o nascimento e pro-
dução de nossa Pedra” (Moradas Filosofais. Págs. 483 e 484).

CORNÉLIO AGRIPPA

Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim, nasceu em Colônia, em


1486, e faleceu em Grenoble, em 1535. Estudou em quatro faculda-
des, aprendendo idiomas, direito e ciências ocultas.

Fundou em Paris uma sociedade secreta juntamente com alguns jo-


vens franceses, que se estendeu pela França, Itália, Alemanha e In-
glaterra. Escreveu livros sobre a história da Igreja e biografias. Uma
de suas obras é Os Sete Conceitos, livro eminentemente gnóstico.
Em sua opinião há sete anjos que correspondem aos sete planetas
e cada um deles governa como segunda causalidade, ao longo de
uma época calculada segundo critério cabalístico, por ordem de
Deus – primeira causalidade.

Estes sete conceitos dos quais fala Agrippa são as sete esferas vin-
culadas a sete planetas e simboliza sete princípios, sete estados di-
ferentes da matéria e do espírito, sete mundos diversos de cada ho-
mem e cada humanidade, que é obrigada a evoluir dentro de um
sistema solar.

Os sete Gênios ou sete Deuses Cosmogônicos significam os Espíri-


tos Superiores dirigentes de todas as esferas, e são os sete Devas
da Índia, os sete Amsha-pands da Pérsia, os sete grandes Anjos da
Caldeia, os sete Anjos do Apocalipse Cristão. Manifestam-se tam-
bém na constituição do homem, que é triplo em sua essência porém

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sétuplo em sua evolução. Escreveu um livro contra feitiçaria. Co-


nheceu Magia, Cabala e Astrologia, bem como a transmutação dos
metais mediante a Pedra Filosofal, a qual chamava Alento de Deus
Petrificado e a considerava encarnação de todas as almas pene-
trantes do mundo.

Agrippa disse que não é fora de nós onde devemos buscar o princí-
pio das grandes obras, pois em nós habita um Espírito que muito
bem pode realizar aquilo de que são capazes os matemáticos, ma-
gos, alquimistas. Seguindo a doutrina de seu amigo e promotor Tri-
themus, acreditava que o espírito que habita em nós é a Alma-Espí-
rito-Universal que anima a todos os corpos.

CONDE DE SAINT GERMAIN

Saint Germain é o Senhor do Raio Violeta, que é a mistura harmoni-


osa do Azul do Cristo com o Vermelho de Samael É um dos alqui-
mistas mais conhecidos. Não somente dava-se ao luxo de fabricar
ouro, pois dizia que isso qualquer alquimista sabia, por isso preferia
fabricar pedras preciosas.

Segundo o VM Samael Aun Weor, este alquimista é na verdade o


Mestre RAKOCZI, Roger Bacon, Francis Bacon. Este Mestre per-
tence ao raio de Júpiter e juntamente com outros Mestres está atu-
almente vivendo em Shamballa, santuário do Tibet oriental, em es-
tado de jinas; possui o mesmo corpo físico com o qual foi conhecido
durante os séculos 17, 18 e 19, em todas as cortes da Europa. Este
Mestre venceu a morte.

É um Mestre realizado com a MAGIA SEXUAL, rejuvenescendo à


vontade; desaparecia e aparecia instantaneamente quando menos

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se esperava. Fazia-se passar por morto, entrando no sepulcro, para


logo escapar com seu corpo em estado de Jinas.

Saint Germain tem o dom das línguas. Fala corretamente todos os


idiomas do mundo; foi conselheiro de reis e sábios; lia cartas fecha-
das; transmutava o chumbo em ouro e o carvão em diamantes; di-
zia ter mais de 3 mil anos. Trabalhou intensamente com o Arcano
AZF, ou seja, a Magia Sexual, e a isso deve seus poderes, rece-
bendo o Elixir da longa vida. Foi Mestre de Cagliostro.

CAGLIOSTRO

Foi o melhor discípulo de Saint Germain, viveu na época de Jesus


Cristo, amigo de Cleópatra, no Egito, e trabalhou para Catarina de
Medici.

Esse Mestre foi conhecido em diversos lugares do mundo, usando


um nome num país e às vezes mudava-o em outro país. Foi conhe-
cido com os nomes de Tischio, Milissa, Belmonte, Marquês Danna,
Conde Fênix, Marquês Pellegrine, Marquês Bálsamo, Mésmer, Ha-
rut e Conde Cagliostro, segundo consta no famoso processo sobre
O Colar da Rainha, título de uma obra de Alexandre Dumas.

Foi Alquimista, transmutava o chumbo em ouro e fabricava diaman-


tes legítimos. Com sua ciência da Pedra Filosofal, salvou a vida do
Príncipe Bispo de Estrasburgo, Cardeal Rohan. Teve muitos discí-
pulos alquimistas em Estrasburgo.

Pelo escândalo sobre o Colar da Rainha, em 15 agosto de 1785 foi


detido juntamente com o Cardeal Rohan e encerrados ambos na
Bastilha. O escândalo foi de tal magnitude que o povo indispôs-se

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contra Maria Antonieta e Luís XVI, sendo uma causa a mais para a
destruição da Monarquia.

Depois de espetacular processo, em 31 de maio de 1786, Caglios-


tro e o Cardeal foram considerados inocentes e postos em liber-
dade. Uma procissão de 5 mil pessoas acompanhou o Mago até
Boulogne e permaneceu devotamente de joelhos enquanto o barco
que o conduzia à Inglaterra afastava-se.

De Londres pronunciou a grande maldição contra seus perseguido-


res e anunciou a destruição da Bastilha, feito que se cumpriu em 14
de julho de 1789, quando ele estava vivendo em Roma.

A Inquisição romana condenou-o à morte, pena que foi comutada


para prisão perpétua na fortaleza de San Leo, porém o enigmático
Conde Cagliostro desapareceu da prisão misteriosamente; nem a
prisão nem a morte puderam contra ele; todavia vive em seu
mesmo corpo físico, porque quando um Mestre “tragou terra” no se-
pulcro – segundo a simbologia esotérica – é senhor dos vivos e dos
mortos.

Ninguém pode chegar a essas alturas Iniciáticas sem a prática se-


creta da Magia Sexual. Muitos foram os sofrimentos dos Grandes
Iniciados antigos e foram muitos os que pereceram nas provas se-
cretas quando aspiravam o Segredo Supremo do Grande Arcano.
Porém atualmente, o Venerável Mestre Samael Aun Weor entregou
publicamente – pois já é o momento – o Arcano AZF, para que a
humanidade possa livrar-se da Roda do Samsara.

FULCANELLI

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As obras de Fulcanelli eram livros de cabeceira do VM Samael Aun


Weor É um mestre Alquimista dos tempos atuais. A obra A Rebelião
dos Bruxos, escrita por Jacques Bergier e Louis Pawels é um golpe
à consciência das grandes multidões ávidas para conhecer o que
há além de nossos sentidos físicos e qual é esse conhecimento que
permanece oculto e velado.

Nesta obra começa a abrir-se o véu das antiquíssimas e avançadas


civilizações que desapareceram, muitas delas deixando para a pos-
teridade apenas lendas ou ruínas destruídas e que intrigaram os
que vêem além da letra morta; porém, o que nossa civilização her-
dou é apenas simbolismo, tocando às Escolas Iniciáticas e aos
Grandes Mestres fazer a revelação do mesmo.

Na Rebelião dos Bruxos começa-se a conhecer esse misticismo


enigmático e oculto dos antigos alquimistas; a leitura deste livro ini-
cia a busca das obras dos mestres Fulcanelli e Lobsang Rampa,
ambas fontes de luz na obscuridade do conhecimento.

O Mestre Fulcanelli afirma: “A Alquimia, remontando-se do concreto


ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o
campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e
realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Cria-
dor, da Ciência e da Religião.

A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si


mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um
trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de
maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao
controle da experiência.”

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Esse insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos


amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocul-
tamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a
esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel
a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Ino-
cência” (Moradas Filosofais, pág. 22).

“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça


rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indica-
ção expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Ma-
téria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxo-
fre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é sufi-
cientemente eloquente para ministrarmos a explicação.” (Moradas
Filosóficas, pág. 233).

Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a


Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra,
sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo
Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Gré-
cia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.

Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora


das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Ma-
téria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico
(o Véu de Isis), não é mais que a personificação da Substância Pri-
mitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Cria-
dor de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a
Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital.

Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às


vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Je-
sus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal

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como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”.


(Mistérios das Catedrais, pág. 85).

Afirma esse grande Mestre Alquimista: “Tudo quanto buscam os sá-


bios está no Mercúrio (Energia Sexual) ou melhor, na Pedra (sexo);
a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se co-
menta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio to-
mado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a
lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara).

Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão


bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial ou
habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso
Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado;
sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primei-
ros obstáculos e extraíram Água Viva da Antiga Fonte, possuem a
Chave capaz de abrir as portas do Laboratório Hermético” (Moradas
Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302).

CURA À DISTÂNCIA

As técnicas de cura dos rosacruzes são milenares e foram muito uti-


lizadas pelos sacerdotes egípcios na época dos faráos; Jesus, o
Cristo teria aprendido com os “Essêrnios” (homens de branco) es-
sas técnicas e utilizados delas abertamente para a cura dos enfer-
mos e libertação dos endemoniados.

Alguns avisos importantes antes de aplicar essa técnica:

1. Em alguns países é crime a pratica de cura por pessoas não


habilitadas na área da saúde, portanto tome cuidado com a le-
gislação do seu país; no Brasil existem os crimes de curandei-
rismo e charlatanismo, além do crime de exercício irregular de
profissão, fique atento a isso;

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2. Não é permitido cobrar nenhum valor em gênero ou espécie


para aplicar essas técnicas;
3. Não é permitido prescrever nenhum tipo de remédio, seja alo-
patia ou homeopatia, remédios caseiros ou fitoterápicos junto
a essa técnica;
4. Não é permitido divulgar essa prática por nenhum meio;
5. Pode-se atender de forma individual ou coletiva;
6. Pode-se atender de forma presencial ou à distância;
7. Não é permitido a utilização desta técnica para causar a morte
de pessoas que estejam em estado terminal, ainda que haja a
solicitação delas, sendo que no Brasil não há autorização para
a “eutanásia” que é considerada crime de homicídio.
8. É permitido essa prática para curar os males também do espí-
rito tais como perturbações espirituais, possessões etc.

A prática será mais bem sucedida caso o praticante adote as se-


guintes posturas:

1. Não consumir qualquer tipo de carne (branca ou vermelha) no


dia em que fará a cura;
2. Não ingerir bebida alcoólica no dia da prática;
3. Não consumir açúcar antes da prática;
4. Banhar-se ou lavar as mãos meia hora antes.
5. Não fumar pelo menos 6 horas antes da prática;
6. Ingerir um litro de água pura na temperatura natural duas ho-
ras antes da prática de cura;
7. Vestir-se com o traje rosacruz completo no momento da cura;
8. Não manter perto de si nenhum aparelho eletrônico no mo-
mento da prática;
9. Deixar uma vela grande branca (acesa em local próximo e se-
guro) durante a cura;
10. Manter-se sentado ou deitado para a prática da cura;

Os enfermos que irão ser submetidos a prática da cura terão melhor


e maior proveito caso sigam esses preceitos abaixo:

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1. Não consumir qualquer tipo de carne (branca ou vermelha) no


dia em que fará a cura; também deve evitar qualquer tipo de alimen-
tação duas horas antes de receber a cura;

2. Não ingerir bebida alcoólica no dia da prática;

3. Não consumir açúcar antes da prática;

4. Banhar-se ou lavar as mãos meia hora antes.

5. Não fumar pelo menos 6 horas antes da prática;

6. Ingerir um litro de água pura na temperatura natural duas ho-


ras antes da prática de cura;

7. Vestir-se com o traje branco;

8. Não manter perto de si nenhum aparelho eletrônico no mo-


mento da prática;

9. Deixar uma vela grande branca (acesa em local próximo e se-


guro) durante a cura;

10. Manter-se sentado ou deitado para a prática da cura;

Como proceder a prática da cura

O alquimista deverá se preparar conforme explicado nos pará-


grafos acima; o paciente poderá saber ou não que será tratado;
o alquimista fará a prática de relaxamento em si; após o relaxa-
mento fará o desdobramento e a viagem astral até o local onde
o paciente se encontra; no local se posicionará com os braços
estendidos sobre o corpo do paciente e as mãos abertas com
as palmas voltadas para baixo; localizará o cordão de prata do
paciente e o imantará com fluxo magnético na cor azul; depois
localizará os sete grandes chakras do paciente e os fara rodar
no sentido horário, imantará cada um dos chakras conforma a
cor respectivo (as cores já foram ensinadas em graus anterio-

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res); o tempo previsto para cada exercício de cura é de no má-


ximo 10 (dez) minutos. Quando o paciente tiver ciência que
passará pela sessão de cura à distância deverá ser orientado
quanto ao horário do exercício e os preparativos que deverá ter
antes da prática. O paciente poderá entrar em contato com o
praticante logo após o exercício ou no dia seguinte; vale a
pena orientar o paciente que poderá sentir calafrios ou mesmo
ter um pouco de febre (leve) durante e após a cura; Esse exer-
cício poderá ser repetido diariamente, sempre no mesmo horá-
rio, até que se alcance a cura total ou o estado geral do paci-
ente demonstre melhoras significativas. O alquimista não dever
suspender a medicação que porventura o paciente esteja to-
mando sob recomendação médica.

Pacientes presenciais

O alquimista poderá atender pacientes presenciais em sua resi-


dência ou se deslocar até a residência deles. Os preparativos
são os mesmos para os que estão à distância, porem no local
em que fará o atendimento deverá existir uma cama, maca ou
cadeira confortável para que o paciente tome posição; geral-
mente nos casos presenciais o alquimista estará em pé mas
nada impede que permaneça sentado desde que a posição o
permita estender os braços e as mãos sobre o corpo do paci-
ente. Nos casos presenciais deve-se evitar ao máximo tocar em
qualquer parte do corpo do paciente, isso evita possíveis inter-
pretações errôneas a respeito do tratamento e da pessoa do
praticante. Ao atender menores de idade tenha sempre a autori-
zação e a presença do responsável, em geral a legislação é
muito rígida quando se trata desses menores. Ao atender ca-
sais peça sempre que o outro cônjuge esteja ao lado, isso evita
qualquer distorção quanto a sua atitude. Evite aconselhar.
Você não é conselheiro mas sim um alquimista, não tente mu-
dar a forma de viver, alimentar, pensar, vestir ou qualquer outra
postura do paciente.

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Importante: Jamais se comprometa com os resultados, ou seja,


nunca garanta que o paciente será curado e também não se
frustre ou se decepcione caso não o cure, lembre-se que a
cada qual será dado conforme a fé que tem; portanto, faça a
sua parte e não se preocupe com o resultado deixe que o Cós-
mico se encarregue disso conforme o merecimento de cada um
dos seus pacientes.

Evite aplicar as técnicas de cura em local aberto ao público,


pois você poderá ser mal interpretado. Lógico que se for um
caso de urgência não poderá se preocupar com pessoas que
estejam por parte, faça sempre a sua parte, dê sempre o melhor
de si sem pensar em si.

Relatórios: Faça relatórios periódicos ao seu Orientador é im-


portante que ele saiba da suas atividades, assim poderá ajudá-
lo a melhorar cada vez mais.

REUNIÃO PSÍQUICA

Para atingir o grau da perfeição, que é o Grau 12, de Artesão, o


adepto que já atingiu o grau de alchimicus deverá participar
das reuniões psíquicas. O grau 12 é conferido para o membro
do Grau 11 que passou pelo estágio probatório entregando o
relatório dos exercícios e que tenha participado das 12 (doze)
iniciações que acontecem após o grau 11. Para isso deverá uti-
lizar os ensinamentos que obteve nos graus inferior, principal-
mente as técnicas de entrar na “mansão da alma” ou no “sanc-
tum celestial”, são necessários os conhecimentos sobre o
sono, o sonho, a projeção astral e por último e indispensável o
conhecimento sobre a utilização da energia sexual que apren-
deu neste módulo.

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As reuniões psíquicas ocorrem todas as 5ª. feiras as 23h:00min


em ponto (horário de Brasília para os membros do Brasil e de-
mais países da América do Sul.) A duração da reunião é de 30
(trinta) minutos para o primeiro estágio (consciente) e varia de
uma a seis horas no estágio inconsciente.

Os preparativos para a reunião são os seguintes e devem ser


seguidos rigidamente à risca, sob pena de ser impedido de par-
ticipar da reunião enquanto não se adaptar a essas regras:

1. Não haverá consumo de carne (nem branca e nem verme-


lha) durante o dia até o horário da reunião;
2. Não haverá a ingestão de açúcar durante o dia. (permite-
se a frutose desde que consumida através das frutas ou
sucos;
3. Não haverá a ingestão de nenhum alimento industriali-
zado com ou sem conservantes;
4. Não fará uso de álcool de espécie alguma e nenhuma do-
sagem;
5. Não fará uso de tabaco e seus derivados;
6. O acúmulo de energia sexual será de forma individual;
7. Fara a ingestão de – pelo menos – dois litros de água
pura durante o dia;
8. Não fará uso de refrigerantes em nenhuma modalidade
(diet, light etc);
9. Não terá nenhuma atividade física durante o dia;

No dia e horário determinado, o alquimista (grau 11) deverá


providenciar que esteja devidamente deitado em seu quarto, la-
boratório ou sanctum do lar, de forma que o ambiente esteja to-
talmente isolado de interferências exteriores. A posição deve
ser confortável sem que seja necessário se ajustar ao leito
após o início da reunião psíquica.

Ao se preparar para a reunião, momentos antes, o alquimistas


seguira essas orientações:

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1. Deverá estar devidamente trajado, pelo menos uma hora


antes, com as vestes brancas e o avental da ordem; (caso
não os tenha será necessário providenciá-los junto ao
seu orientador.)
2. Tomará um gole de água antes de se deitar;
3. Fará uma oração mística de sua escolha;
4. Estará completamente nu, sem metais ou adornos (brin-
cos, correntes, pircings etc);
5. Terá ido ao banheiro minutos antes para as necessidades
fisiológicas normais;
6. Manterá um copo de vidro com água natural ao lado da
cama, recomenda-se que seja coberto por tampa ou pano.
7. Manterá o incenso de rosa musgosa ou rosa branca
acesso (apenas um é o suficiente);
8. Uma vela branca grande (7 dias) acesa em honra ao seu
guardião; (cuidado ao deixar velas acesas, certifique-se
de que o local é firme e não esteja sujeito a combustão;
prefira um prato de louça; a vela poderá ficar no solo e
não deverá ter nenhum material inflamável perto (corti-
nas, lençóis, madeira, líquidos inflamáveis etc)
9. Cobrir-se-á com um lençol ou coberta totalmente branca;
caso utilize forro para a cama também deverá ser na cor
branca assim como a fronha do travesseiro.
10. É necessário deixar um imã em baixo do travesseiro;
assim garante-se maior estabilidade no retorno ao corpo
físico; o ideal é um superimã (mais potente); caso tenha
dificuldade em obtê-lo consulte o seu orientador onde po-
derá adquiri-lo. É necessário que o alquimista tenha tido
contato prévio de pelo menos 24 horas com o imã antes
de utiliza-lo para esse fim.
11. Não deve haver nenhum aparelho eletrônico no
quarto (computador, celular, tablete, impressora, tv etc)
caso não seja possível retirá-los providencie para que
seja interrompida a fonte de energia (desligando da to-
mada) evitando assim o surgimento de campo magnético
estranho ao experimento;

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12. Ao despertar deverá ingerir a água que está no


copo;
13. Ao final deverá fazer uma oração de agradecimento
pela reunião e pelos ensinamentos mesmo que não se re-
corde deles;
14. É normal permanecer dormindo até o dia seguinte
após a reunião.

O local da reunião será na Catedral da Alma ou Mansão das Al-


mas, no Sanctum Celestial. Estarão presentes os Artesãos e os
Alquimistas. O Artesão mais antigo tomará assento no Oriente
e será responsável pela presidência dos trabalhos. O ingresso
ao templo se fará pela porta frontal e o adepto deverá fornecer
o sinal de passe do grau de alquimista ou (se for o caso) de ar-
tesão. Para o alquimista o sinal é o de identificação com as
mãos formando o “oruborus” (como já foi ensinado) e a pala-
vra de passe que será dita ao ouvido do “guardião do templo”
será VITRIOL.

Não haverá toque de mão entre o adepto e o guardião. Caso


isso ocorra, o adepto será remetido de volta ao seu corpo fí-
sico e não poderá participar daquela reunião naquele dia de-
vendo retornar na próxima. O guardião do templo utiliza o to-
que na mão ou no ombro ou na cabeça do adepto sempre que
pretende impedi-lo de participar da reunião; o motivo desse im-
pedimento não está sujeito a discussões e deve ser cumprido
de forma resignada imediatamente.

O adepto que insistir em forçar a entrada ao templo cósmico


poderá ser atingido em seu cordão de prata o que causará ime-
diato abalo em seu corpo físico (como se fosse uma queda) e
poderá ocasionar alguma sequela física, portanto caso seja im-
pedido de ingressar ao templo jamais insista.

Uma vez dentro do templo o alquimista será convidado a sen-


tar-se em um determinado local ou poderá permanecer flutu-
ando junto aos demais participantes.

Durante o período de reunião o alquimista receberá instruções


através de contato telepático e poderá interpretar como se
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fosse uma voz com um timbre diferenciado (uma voz humana


porém diferente, geralmente mais grave do que a normal);

Muitas vezes essas instruções serão interpretadas como se


fossem sonhos;

Ao final do período da reunião que para os alquimistas inician-


tes será de no máximo 30 minutos terrestres, o adepto será de-
volvido ao seu corpo físico de modo suave e poderá ou não
despertar no momento do retorno. Caso desperte não deverá
levantar-se bruscamente mas sim vagarosamente até que
possa se levantar de forma normal. Deverá preencher um rela-
tório com tudo o que presenciou ou daquilo que se recorda;

Em toda reunião é apresentado um símbolo ou uma palavra


(por exemplo: AMOR) que deverá ser descrita pelo adepto no
seu relatório, desta forma o orientador poderá avaliar o grau
em que cada qual se encontra.

Não é permitido ao adepto levar consigo para a entrada do


tempo nenhuma outra pessoa por mais próxima que esteja, por
exemplo: esposa, filhos, mãe, pai, noiva etc. Ainda que esteja
no mesmo ambiente que essas pessoas; Quebrar essa regra
poderá causar danos ao corpo físico do adepto e da pessoa
que esteja ao lado dele na porta do templo;

Não é obrigatório que o adepto participe de todas as reuniões


psíquicas, porem recomenda-se ao menos uma reunião men-
sal; quanto maior o número de reuniões que participar maior
será o conhecimento adquirido e mais rapidamente atingira os
seus objetivos sejam eles físicos (materiais) ou espirituais.

Uma vez fora do corpo é terminantemente proibido atentar con-


tra a própria vida tentando “cortar o cordão de prata” uma
única tentativa dessa poderá condená-lo a não mais retornar ao
templo durante a presente existência ou até mesmo que seja
ferido no corpo físico com uma paralisia total ou parcial e ainda
que sua mente seja bloqueada para futuros encontros psíqui-
cos. Esse é o preço. É uma Lei Cósmica, portanto imutável e da
qual não há nenhum recurso possível.

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PALAVRAS DE ENCERRAMENTO DO MESTRE DA SUA CLASSE

Caro Aluno, através do seu sacrifício pessoal conseguiu chegar ao final


deste curso Rosacruz, agora você é considerado um Rosacruz no Grau de
Alquimista, parabéns. Saiba que bem poucos alunos atingiram esse obje-
tivo, pois enquanto você estudava e se dedicava muitos desistiram e fica-
ram pelo caminho (que aliás não foi nada fácil), mas agora você terá as
suas recompensas, dentre elas, além do fato de ter conhecido a alquimia, to-
mou posso do poder de criação, de desdobramento e projeção astral, domi-
nando o poder da energia sexual, dominando também as técnicas da cura à
distância (ou presencial) e com isso poderá fazer o bem a um incontável
número de pessoas, tudo isso dependerá de você, caso realmente queira se-
guir este caminho, que repito, não é nada fácil. Agora você poderá reunir-se
psiquicamente com outros tantos alunos iguais a você que superaram os
obstáculos e chegaram até aqui; conhecerá os mestres do grau de Artesão e
poderá se tornar um deles em breve, repito, sempre através do seu esforço e
dedicação. O próximo passo é o período das iniciações rosacruzes as quais
você desconhece e que nós não tornamos públicas justamente para oculta-
las ao meramente curioso. São doze iniciações místicas para as quais você
dedicará mais um ano de estudos. Ao final será consagrado no Grau 12 de
Artesão e subirá mais um degrau na Escada Mística de Jacó que o levará ao
máximo do plano astral que poderá ser atingido nesta existência por nós
humanos. Siga sempre em frente que a Luz o acompanhará. Lembre-se que
o caminho é difícil e a porta é estreita. Para cada escolha uma renúncia.
Pense bem nisso. Reflexão, essa é a palavra que abre todas as portas do in-
consciente.

QUESTÕES:
a) Não será aceita resposta “copiada e colada do texto” o
aluno deverá comprovar que leu, estudou e compreendeu
toda a matéria respondendo com suas próprias palavras;
b) Respostas idênticas ao texto serão canceladas automati-
camente na hora da correção;

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c) Além de responder ao questionário, o aluno deverá enviar


os 12 (relatórios) sobre a experiência da aplicação da
energia sexual utilizada pelos alquimistas. Cada relatório
deverá conter a data da realização e os resultados; o
aluno receberá juntamente a folha de questões uma outra
para servir como modelo para o relatório.
d) Entre um experimento e outro o aluno deverá observar o
tempo de descanso de 7 (sete) dias consecutivos, por-
tanto levará 84 (oitenta e quatro) dias para a conclusão
desses exercícios, o que equivale a 12 (doze) semanas
ou em média 3 (três) meses. Durante o período de des-
canso deverá traçar seus objetivos para tê-los em mente
no momento do experimento.
e) Deverá enviar pelo menos 04 (quatro) relatórios sobre a
reunião psíquica.
PERGUNTAS:

1. Fale sobre os três fundamentos dos alquimistas.


2. Qual a origem da palavra alquimia e o que significa?
3. Quais os números que eram utilizados como amuletos?
4. Fale sobre os dois símbolos que representam a alquimia
e o que cada um significa.
5. Qual é a cor dos iniciados e por que?
6. Como os alquimistas invocavam deuses e demônios?
7. Qual a diferença entre o alquimista e o soprador?
8. Quais poderes a Pedra Fiolosofal conferia a quem a des-
cobrisse? Como era constituída?
9. O que é o ovo filosófico?
10. É possível estabelecer a data do surgimento da alqui-
mia? Por que?
11. O que era a “ilha dos bem aventurados” para os alqui-
mistas chineses?
12. Para o ocidente qual país é responsável pelo surgi-
mento da alquimia?
13. O que era “o soma”?
14. Como Alexandre o Grande levou o conhecimento da al-
quimia para outros povos?
15. Qual a técnica para aprender alquimia? Explique.

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16. A alquimia é de difícil compreensão, por que?


17. Onde deverá ser o laboratório do alquimista?
18. O que representavam o unicórnio ou o veado?
19. E a caverna?
20. E o anjo?
21. Uma mendiga ou velha?
22. A luta entre dragões?
23. O que é o dissolvente universal?
24. Fale sobre os quatro elementos e os três princípios.
25. Fale sobre o quinto elemento.
26. Dê pelo menos uma característica de cada um dos qua-
tro elementos.
27. Explique porque o mercúrio é ao mesmo tempo o cami-
nho e o andarilho.
28. Explique, a comparação, no ser humano para o enxofre,
o mercúrio e o sal.
29. O que é o caso primordial e ao que podemos compara-
lo?
30. Como podermos criar a energia sexual original?
31. O Cosmo é visto como um ser vivo. Explique essa frase.
32. O que é o GOLEM?
33. Explique por que a alquimia é inacessível aos processos
científicos atuais?
34. Quais são os 12 processos da alquimia citado por vários
alquimistas?
35. Quais são as cores da Grande Obra?
36. Quais são os dois caminhos que o alquimista poderá
escolher? Explique cada um deles com seus pontos posi-
tivos e negativos. Qual deles você escolherá para a sua
vida de alquimista?
37. Explique Sucubus e Incubus.
38. Como gerar e acumular energia sexual? Explique.
39. Explique o modo em dupla e o modo individual.
40. Você já estudou os chakras em outro grau, agora que-
remos saber quais são os sete principais.
41. Para que mover o orgasmo para outra parte do corpo?

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42. Quanto tempo é o ideal para acumulação de energia se-


xual?
43. Compare os planos espiritual, mental e psíquico e físico
com os quatro elementos que você já estudou.
44. Explique o fogo que purifica e o fogo que mata.
45. Depois de estudar a biografia dos alquimistas famosos
escolha um deles como sendo o seu Mestre Inspirador
(todo alquimista deve ter pelo menos um) e explique o por-
que da sua escolha.
46. Explique o que é VITRIOL.

Fim das Questões da Apostila ONZE

Observação sobre o questionário: 1. Se você recebeu o seu curso em for-


mato Arquivo PDF, terá recebido um anexo em Word contendo estas mes-
mas questões, responda no Word e envie através de e-mail para secreta-
ria@ibemac.com.br 2. Se recebeu o curso no formato impresso, note que
deverá fazer uma cópia da página de questões respondida e enviar pelo
correio para a secretaria do IBEMAC. 3. Sem as respostas não é possível
obter o Certificado de Conclusão do Curso.

Direitos autorais: É proibido qualquer forma de reprodução desta obra sem


autorização expressa do autor. Os direitos autorais desta edição foram
transferidos legalmente para o Instituto Brasileiro de Estudos Maçônicos
em conformidade com a Lei de Direitos Autorais. Registro na Fundação Bi-
blioteca Nacional.

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INFORME PUBLICITÁRIO: Os objetos e vestes utilizados pelos Rosacruzes


podem ser encontrados no IBEMAC que os comercializa legalmente den-
tro do Brasil. Caso tenha interesse em algum objeto (anel, cruz rosacruz
para lapela ou mesa, avental e faixa do grau, castiçal para velas etc.) entre
em contato com a secretaria@ibemac.com.br ou com o Mestre da Sua
Classe.

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