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09 - Apostila-de-Direito-Processual-Penal-Militar-1 PDF
09 - Apostila-de-Direito-Processual-Penal-Militar-1 PDF
Não pode o Estado nem o indivíduo prescindir das regras processuais trazidas
pelo diploma legal acima, o qual rege os procedimentos a serem seguidos pela justiça
Militar da União, que cuida do processo dos militares das Forças Armadas, e pela
justiça dos Estados, que cuida dos militares estaduais.
Pode se observar que o processo penal militar difere do processo penal comum
no que refere aos procedimentos de Polícia Judiciário, e aos processos ordinários (Art.
384 a 450) e especiais de Deserção e Insubmissão (Art. 451 a 464).
Do juiz natural – Ninguém será processado nem julgado por tribunal de exceção, pois
conforme Art. 5º, LIII da Constituição Federal (CF), não haverá juízo ou tribunal de
exceção. Apenas o juiz, como autoridade, competente poderá realizar o devido processo
para no fim sentenciar o caso.
Da iniciativa das partes e do impulso oficial – o juiz não pode dar início ao processo
sem a provocação da parte legítima.
Da inadmissibilidade das provas ilícitas – (CF, Art. 5º, LVI) são ilícitas as provas
obtidas mediante a prática de algum ilícito, seja penal, civil ou administrativo, da parte
daquele encarregado de produzi-las.
a) Apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos
à jurisdição militar, e sua autoria;
b) Prestar aos órgãos e juízes da justiça militar e aos membros do Ministério
Público as informações necessárias à instrução e julgamentos dos processos, bem como
realizar as diligências que por eles lhe foram requisitadas;
c) Cumprir os mandados de prisão expedidos pela justiça militar;
d) Representar as autoridades judiciárias militares acerca da prisão preventiva
e da insanidade mental do indiciado;
e) Cumprir as determinações da justiça militar relativas aos presos sob sua
guarda e responsabilidade;
f) Solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à
elucidação das infrações penais, que estejam a seu cargo;
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas
seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições:
...
1. Conceito
Conforme o texto da Art. 5º, LVII da CF, “ninguém será considerado culpado
até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória1”. Com isso, podemos afirmar
que a prisão em flagrante delito tem caráter provisório e só se justificará se houver as
hipóteses em que a prisão for necessária para preservar a instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal, caso contrário ocorrerá afronta à Constituição
Federal, implicando em antecipação de pena.
A prisão em flagrante delito, como dito antes, é aquela realizada contra alguém
que está cometendo uma infração penal tipificada no diploma legal. Prender alguém em
flagrante delito é capturar essa pessoa, obedecendo aos requisitos trazidos pela Art.244
do Código de Processo Penal Militar (CPPM). Considera-se em flagrante delito aquele
que:
Ø Está cometendo o crime;
Ø Acaba de cometê-lo;
Ø É perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o
seu autor;
Ø É encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que
façam presumir a sua participação no fato delituoso.
A doutrina nos ensina que existem nesta esteira os seguintes tipos de flagrantes:
Art. 250. Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito
à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil,
ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em que
ocorrer a prisão.
O Art. 250 do CPPM deixa claro quanto a possibilita da autoridade civil lavrar
auto de prisão em flagrante quando a prisão for efetuada em lugar não sujeito à
administração militar.
Art. 250. Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito
à administração militar, o auto poderá ser lavrado por autoridade civil,
ou pelo Comandante ou Oficial de Dia, de serviço ou de quarto, ou
autoridade correspondente da Administração Militar do lugar mais
próxima daquele em que ocorrer a prisão.
Art. 250. Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito
à administração militar, caberá o auto ser lavrado por autoridade civil,
ou pelo Comandante ou Oficial de Dia, de serviço ou de quarto, ou
autoridade correspondente da Administração Militar do lugar mais
próxima daquele em que ocorrer a prisão.
O diploma legal tem como regra, para a lavratura do auto de prisão em flagrante
delito de crimes militares, o preconizado no Art. 245, remetendo a competência às
autoridades ali esculpidas, trazendo no Art. 250, como exceção, outras autoridades que
no impedimento das primeiras, poderão lavrar o respectivo auto de prisão em flagrante.
Com o exposto percebe-se que havendo quartel no lugar que ocorrer qualquer
prisão em flagrante delito por crime militar não caberá a exceção aqui discutida, nem
para a autoridade civil nem para a autoridade militar, sendo competente para tal o
Comandante ou o oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou autoridade correspondente,
ou à autoridade judiciária, conforme Art. 245 do CPPM:
Outros direitos são garantidos ao preso tais como o direito à identificação dos
responsáveis por sua prisão e por seu interrogatório. Tais direitos também encontram
amparo constitucional previsto no Art5º, LXIV, da Constituição Federal: “o preso tem
direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial”.
Por outro lado o § 4º do art. 245 do CPPM exige que quando o preso for oficial o
escrivão designado também deve ser oficial, mesmo que seja de posto inferior ao
acusado.
1º Condutor;
2º Primeira Testemunha;
3º Segunda Testemunha;
4º Ofendido; (se possível deverá ser ouvido, não impedindo a autuação); e
5º Conduzido.
A ausência de testemunha não é motivo para que não seja realizada a prisão
muito menos a lavratura do auto de prisão em flagrante delito. Contudo, nestes casos,
em conformidade ao Art. 245,§ 2º do CPPM, no momento da lavratura, deverão ser
providenciadas pelo menos duas pessoas idôneas, para presenciarem o momento de
apresentação do preso e o ato formal de lavratura do auto, bem como a sua leitura
integral para o preso.
Prisão especial
Prisão de praças
Art. 247 - Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, será dada ao
preso nota de culpa assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o
nome do condutor e os das testemunhas. § 1º - Da nota de culpa o preso
passará recibo que será assinado por duas testemunhas, quando ele não
souber, não puder ou não quiser assinar.
4.6 Do relatório
Esta questão do sigilo foi julgada perante o Superior Tribunal Militar que
entendeu o cabimento do sigilo tendo em vista o interesse público sobre o privado:
Diante da decisão do STF percebe-se que o sigilo do IPM é relativo por ser
restrito à prática das investigações, logo deverá o encarregado do IPM permitir o acesso
do advogado do indiciado legalmente constituído aos autos do procedimento
investigatório.
Ainda, teria sido revogado pelo At. 7º, III, da Lei 8.906/94 que dispõe: “São
direitos do advogado: III – comunicar-se com seus clientes, pessoal ou reservadamente,
mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.
b) Ouvir o ofendido;
c) Ouvir o indiciado;
d) Ouvir testemunhas;
h) Proceder a buscas e apreensões, nos termos dos art. 172 a 184 e 185
a 189;
1º No caso...
Ø AUTUAÇÃO;
Ø PORTARIA DE INSTAURAÇÃO E ORDENS DE SERVIÇO INICIAIS;
Ø NOMEAÇÃO DO ESCRIVÃO;
Ø TERMO DE COMPROMISSO DE ESCRIVÃO;
Ø PORTARIA DE DESIGNAÇÃO DO ENCARREGADO;
Ø DESPACHOS DO ENCARREGADO;
Ø CERTIDÕES DE CUMPRIMENTOS DE DILIGÊNCIAS PRELIMINARES;
Ø TERMO DE PERGUNTAS AO OFENDIDO;
Ø TERMO DE PERGUNTAS AO INDICIADO;
Ø ASSENTADA;
Ø TERMO DE INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHAS;
Ø PERÍCIAS OU EXAMES;
Ø CROQUIS;
Ø RELATÓRIO;
Além das peças supra, comuns e essenciais a todo IPM, existem outras
relacionadas diretamente ao ato delituoso a ser apurado e diligências a serem realizadas.
Ø AUTO DE AVALIAÇÃO;
Ø AUTO DE BUSCA E APREENSÃO;
Ø AUTO DE EXAME CADAVÉRICO;
Ø AUTO DE EXAME DE CORPO DE DELITO (direto e indireto);
Ø AUTO DE EXAME DATILOSCÓPICO;
Ø AUTO DE EXAME DE EMBRIAGUÊS;
Ø AUTO DE EXAME PERICIAL (outras perícias);
Ø AUTO DE EXAME DE SANIDADE;
Ø AUTO DE EXUMAÇÃO E NECRÓPSIA;
Ø AUTO DE PRISÃO (provisória);
Ø AUTO DE RECONSTITUIÇÃO;
Ø CARTA PRECATÓRIA;
Ø TERMO DE ABERTURA DO 2º VOLUME;
Ø TERMO DE ACAREAÇÃO;
Ø TERMO DE COMPROMISSO DE PERITO;
Ø TERMO DE RECONHECIMENTO;
Ø TERMO DE RESTITUIÇÃO DE COISAS APREENDIDAS;
Ø SOLICITAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA.
1. Previsão legal
O Código Penal Militar, em seu Art. 188, apresenta ainda as hipóteses que
se assemelham ao tipo penal acima quando o militar se encontrar nas seguintes
condições:
2. Modalidades de deserção
3. Do processo de deserção
SEQÜÊNCIA DE ATOS:
a. Parte Ausência;
b. Publicação em BI;
c. Nomeação de Oficial p/ Inventário;
d. Inventário dos Bens;
e. Mandado de Diligência;
f. Termo de Diligências;
g. Parte de Deserção, 08 dias após;
h. Publicação em BI;
i. Termo de Deserção;
j. Exclusão do Serviço Ativo ou Agregação (estável);
k. Captura ou Apresentação- Reinclusão ou Reversão (estável);
l. Remessa à Autoridade judiciária competente;