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1. INTRODUÇÃO
Edneia Alves Pacheco, Licenciada em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci –
*
UNIASSELVI. E-mail:edneiapacheco@hotmail.com.
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Juliano Ciebre dos Santos, Licenciado em Informática pela Fundação Santo André (FSA, Santo André-SP, 2004),
Especialista em Informática aplicada à Educação e Mestre em Educação Desenvolvimento e Tecnologias pela
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, São Leopoldo-RS, 2008). Atualmente docente do ensino
superior na Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT, Rua Jequitibá, nº 40, Jardim Aeroporto.
Cep.: 78520-000. E-mail: jciebres@gmail.com.
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confiança, afeto, pois é neste momento que a direção espacial, lateralidade e motor vão sendo
estimulados e concretizados ao longo dos anos escolares, assim como os pais, que devem dar
apoio aos seus filhos, aliando-se a escola para que a criança na sua fase escolar possa se
desenvolver corretamente.
2. DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento motor consiste em uma serie de mudanças que ocorrem ao longo do ciclo
vital, onde o crescimento é construído durante a interação da criança com o mundo, fruto das
disposições do individuo para a ação, do contexto físico e sócio cultural onde o individuo esta
inserido. “Ao crescimento físico, os fatores externos têm uma capacidade de influência
indubitável, mas limitada”. (COLL, 1995, p, 31).
O desenvolvimento motor da criança se dá desde seus primeiros anos de vida, mesmo sendo
movimentos não controlados. Com o passar da maturidade, a cada etapa de crescimento da
criança e notável o seu desenvolvimento devido ao processo de controle corporal: A Céfalo
Caudal e a Próximo Distal. De acordo com Coll (1995, p, 40), a Céfalo Caudal é o
desenvolvimento corporal superior, ou seja, as que estão mais próximas da cabeça, onde
posteriormente acontecerá o desenvolvimento corporal inferior.
Segundo o autor acima citado, A Próximo Distal, é o desenvolvimento corporal pacifico dos
membros que fazem parte de uma linha imaginaria dividida próximo ao eixo corporal, primeiro
a criança desenvolve os membros, depois cotovelos, pulsos e por ultimo os dedos, por isso
devido a este desenvolvimento, principalmente em fase pré-escolar e notável as garatujas,
primeiro as garatuja desordenadas, depois em ziguezague, e por fim as garatujas em círculos,
onde esses dois processos afetaram tato a motricidade grossa (grandes músculos), quanto à
motricidade fina (pequenos músculos).
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Durante todo o processo de desenvolvimento psicomotor, os progressos motores estão
aparentemente contraditórios entre si, onde são a independência e a coordenação motora.
Segundo autor citado acima (op.cit), a coordenação motora viabiliza movimentos mais
complexos, permitindo executar movimentos sem depositar tanta atenção, como vestir uma
camiseta olhando-se no espelho, escrever enquanto fala ao telefone estes são alguns dos
exemplos.
O conhecimento é sempre mais rico devido ás possibilidades de ações, de acordo com essa
interpretação todo conhecimento é caminho que conduzem ao desenvolvimento, inteligência e
compreensão.
Quando se estuda a educação pelo movimento, ela busca ampliar, bem como conhecer as etapas
em que as crianças estão se desenvolvendo, e as possibilidades de expressão por meio deste
corpo. O desenvolvimento da criança e as suas expressões são necessários para as suas reações,
sejam elas reflexivas, voluntárias, espontâneas, ou aprendidas diariamente.
A interação social com outras pessoas e, de modo especifica a participação nas suas
situações interativas, nas quais recebemos o suporte e a ajuda explicita de membros
mais especializados e componentes do grupo social constituem fatores decisivos para
explicar o desenvolvimento humano. (COLL, 1999, p. 85).
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Ressalta-se que a participação do meio social para o desenvolvimento motor da criança,
contribui expressivamente, pois diversas situações em que a criança é colocada, torna-se ela
sociável, onde o meio é o suporte para a aquisição deste conhecimento de forma aberta, sendo
o meio segundo aliado para este desenvolvimento.
Ao longo de seu processo de desenvolvimento de acordo com (COLL, 1995, p.115), a criança
aprendera habilidades mais complexas, com maiores movimentos, e movimentos fundamentais
para a sua coordenação motora, como andar, correr, pular, saltar, e onde estes movimentos
servirão de maturação para as habilidades das etapas subsequentes.
A educação do movimento é um dos grandes fatores que vai com o ser humano pela vida toda,
pois segundo (RODRIGUES, 1997, p.2) é constituído dos movimentos que compõe todo o
movimento atuante pelo individuo, permitindo a criança desenvolver-se de forma correta
enfrentando as diferentes situações do dia-a-dia, portanto, é importante dar oportunidade para
as crianças desenvolver sua coordenação de forma livre, levando-as a explorar todas as
possibilidades de seu corpo, já por ela conhecida e assimiladas. A criança quando inicia a
socialização com outras pessoas, sente vontades, tem sentimentos e necessidades que são
influenciadas na medida em que o adulto proporciona condições de explorar tudo o que o cerca,
agindo de acordo com sua maturidade e necessidade, toda essa integração estimula em sua
adaptação motora, e o seu desenvolvimento psicomotor.
Para Coll (1995, p.39) a psicomotricidade e o meio de expressão e convivência que a criança já
possui, e fonte de emoções e vivencias empíricas adquiridos junto à sociedade. A importância
do desenvolvimento psicomotor na vida de uma criança em toda sua trajetória é fazer com que
tenha o controle do corpo, possibilitando extrair todas as suas capacidades, assegurando um
desenvolvimento funcional. A psicomotricidade é o desenvolvimento corporal, onde o
indivíduo comunica-se transforma, se desenvolve, onde com o passar dos anos vão se
diferenciando e aprofundando-se. O esquema corporal do individuo, ou seja, os movimentos
fazem com que ela adquira noções de seu corpo, lateralidade, e preciso que a criança
compreenda e conheça seu próprio para desenvolvê-lo e controlá-lo.
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Segundo Boulch, (1982, p.91), o grafismo torna-se certo momento um ato intencional, visando
obter um traçado, no começo a criança faz o traço sem estar interessada em reproduzir alguma
coisa.Trata-se de um jogo funcional que permite, por um lado o aperfeiçoamento de um
automatismo e por outro lado o treinamento do mecanismo de controle visuo-cinestésico.
De início os elementos gráficos não são peças para contribuir totalidade legível, e
encontrada crianças que leem seu nome completo em um texto, onde elas consideram
como representação de seu nome, mas que também pensam que seu nome esta escrito
em qualquer parte do texto. (FERREIRO, 2001, p. 11).
Segundo Coll, a estruturação do espaço esta relacionada de acordo com coordenadas, quando são
capazes de utilizar essas noções na sua práxis, Já à estruturação do tempo, ela situa algumas noções
temporais como, ontem, amanha, dia noite, mas por outro lado a estruturação do tempo é mais difícil
de assimilar, pois enquanto a estrutura espacial estiver presente, as temporais serviram apenas como
reflexos conectivos mental, por isso ela se desenvolve tardiamente.
De acordo com Lima, as trocas de letras podem ser evitadas desenvolvendo atividades que
estimule as crianças, como musicalização esquerdo-direita, cima/baixo, fino/grosso e muitas
outras, onde possibilita maior entendimento no processo da escrita e leitura. Na medida em que
a etapa é alcançada a criança é capaz de representar através de signos convencionais, figuras
geométricas, letras e de evoluir o domínio gráfico. Cujo coroamento é a escrita. No começo as
dificuldades de expressão gráfica predominam mais na área motora do que na área perceptiva.
Segundo (BOULCH, 1982, p. 90), o grafismo se torna evolutivo quando a criança percebe e
compreende as atividades simbólicas, e quando e compreendida e alcançada esta etapa, a criança
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consegue representar juntos aos símbolos, os desenhos, letras e é capaz de evoluir o grafismo,
onde coroa com a escrita. Os jogos funcionais e simbólicos possibilitam a criança inúmeras
atividades motoras, fonte de progresso; mas são situações de vida cotidiana que enriquecem seu
repertorio gestual. “Os símbolos, cujas formas mais coerentes na criança pequena se encontram
no jogo simbólico ou de imaginação”. (PIAGET, 1999, p. 78).
Para Piaget (1999, p. 24), a linguagem da criança aparece devido as suas construções aplicadas
diariamente, através da antecipação. Antecipação de suas ações que irá praticar através do
desempenho verbal que influenciara no desenvolvimento mental através de três fatores: a
socialização que resulta na troca de experiência, afeto, significações, o pensamento organizado
devido à interação, e a ação do pensamento que se da com a linguagem, seja ela receptora ou
transmissora.
Para Coll (1995, p. 71), a linguagem por se tratar de uma comunicação, posteriormente ela
indicara intenção sobre a fala, pois através da linguagem possibilita a comunicação com outra
pessoa tanto para perguntar como para responder. O domínio da linguagem também inclui os
conhecimentos já adquiridos, os familiarizados, e os socializados, possibilitando compartilhar
conhecimentos, podendo dialogar sobre eles. A linguagem é o pré-requisito cognitivo através
dos gestos, chamando a atenção do adulto para aquilo em que a criança deseja.
Cesar Coll (1995, p.109), destaca que as funções simbólicas das crianças são empregadas através
de gestos, atividades já vistos, feitos por adultos ou crianças maiores. Os jogos funcionais são
expressos também por objetos que simultaneamente para a criança representa outros. No entanto,
segundo (PIAGET,1994, p.41), independente da maturidade os sistemas simbólicos se
desenvolve no segundo ano de vida, começo de idade escolar por volta dos 5 6 anos, e esta
evolução fica evidente na linguagem pois com a linguagem imitada a criança passa a se
desenvolver melhor. Ao longo deste desenvolvimento a criança aplica os recursos simbólicos
cada vez mais diversificados, integrando organizando, organizando as rotinas diárias do meio
onde a criança se habita, tornando-se autônomo, construindo sua identidade.
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Segundo o Ministério da Educação (2007, p. 62), o professor deve observar as crianças como
sujeito ativo na participação dos acontecimentos que estão ao seu redor, pois suas ações também
contribuem para a recriação do mundo, onde o processo desta participação torna-se interativo, a
criança não apenas recebe, mas cria e transforma. As ações das crianças para o ministério da
educação (2007, p. 62), são individuais, pois definem a sua forma de ser e estar no mundo, na
medida em que as ideias são contextualizadas. Sendo assim, a criança deve ser entendida como
simbolização do sujeito, neste sentido o conhecer a criança significa observar as suas ações
simbólicas abrindo espaço para a fala e escrita.
Para o Ministério da Educação (2007, p. 62), a linguagem da criança e atuante entre as pessoas,
e atuante a si mesma, e com isso os sistemas simbólicos intervêm na realização de formas de
pensamentos, onde estes pensamentos não seriam possíveis se formar sem esses processos de
representação.
A família tem um papel central no desenvolvimento das pessoas, não somente, porque
garante sua sobrevivência física, mas também porque é dentro dela onde se realizam
as aprendizagens básicas que serão necessárias para o desenvolvimento autônomo
dentro da sociedade. (COLL, 1995, p. 190).
Entende-se que no meio familiar a sua presença é fundamental na vida da criança, pois é a base
de crescimento maturação corporal, cognitiva e pessoal onde serão necessárias para a
participação no meio social levando a desenvolver o pensamento critico, possibilitando adquirir
novos conhecimentos, e fortalecimento das relações em um todo. Muitas vezes é possível
modificar o ambiente para que a criança adquira habilidades que ainda não possui. O meio
familiar impossibilita o desenvolvimento da aprendizagem da criança devido alguns fatores
como: Alcoolismo, ausência dos pais na vida escolar, violência domestica e até mesmo os maus
hábitos.
Segundo (BOUCLH, 1982, p. 72), diariamente a relação entre pais e filhos está cada vez mais
distante, a carência de cuidados maternais, as babas substituindo os pais na vida dos filhos, onde
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é neste momento que aparece às frustrações emocionais e a mudança de personalidade. A
presença dos pais no ambiente escolar deve ser ativa, acompanhando o desenvolvimento,
manifestando interesse pelas atividades proposta pela escola, buscando melhor qualidade de
ensino. Os pais devem participar da vida escolar dos filhos, pedindo as tarefas escolares, onde
percebe as capacidades, o rendimento escolar e como cumprem, conforme sua idade e suas
habilidades já possuídas.
Pode-se analisar que a participação dos pais na vida escolar dos filhos beneficia no
desenvolvimento das atividades escolares e extraclasses, contribuindo em sua formação,
interagindo família e escola, levando o aluno a vencer suas dificuldades de aprendizagem,
obtendo maior sucesso, estimulo e motivação. A educação escolar baseia-se na formação do
individuo, em um cidadão critico, reflexivo, que venha ter consciência de seu papel na construção
ou desconstrução da sociedade em que está inserido. Sendo assim o rendimento escolar não se
resume a notas, mas a uma serie de ações que culminam em um aprendizado de qualidade.
Portanto, torna-se indispensável a compreensão familiar para analisar que as notas são
consequências e não objeto fundamental no processo educativo.
Fica evidente que a família tem não só um papel importante na vida escolar dos filhos, mas
também na sua personalidade, ajudando-os a serem pessoas criticas, capazes de saber, escutar,
criando uma vida socialmente estável. Segundo Cury (2008, p. 159), os pais precisam estimular
seus filhos a terem metas, objetivos, procurando ter sucesso no estudo, trabalho, e no meio social,
mas que também leve-os a superar o medo do insucesso, pois não há vitoria sem derrota, e acertos
sem erros. É importante ressaltar que a escola é passageira para o individuo, com a finalidade de
enriquecimento intelectual, no entanto, a família, seus costumes e hábitos são por toda a vida Os
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pais não pode confundir as suas atribuições de família, com a supervisão escolar necessária a
todo ser humano em seu desenvolvimento.
A cada uma, família e escola cabem cumprir a parte que lhe compete, mesmo que
possa haver algumas áreas de influencia e sobreposições, pois, para a escola, seus
alunos são transeuntes curriculares; para os pais, seus filhos são para sempre. (TIBA,
2008, p. 48).
Sendo assim, entende-se que tanto escola, quanto família tem responsabilidade na educação da
criança, cada qual na parte que lhe cabe, onde é incoerente que os pais atribua a escola a primeira
educação de seus filhos, sendo que esta primeira educação é de dever dos pais, pois para a escola
a criança é um ser passageiro no seu âmbito, enquanto para a família a criança e para a vida toda
devido ao vinculo familiar que e fortíssimo. O acompanhamento familiar pode evitar possíveis
reprovações e possibilitar o verdadeiro aprendizado do educando, levando-os a ter bom
relacionamento, boa convivência e admitir regras.
Segundo Tiba, (2008, p. 33), se os pais acompanhar a vida escolar dos filhos no rendimento
escolar, desde o começo do ano, certamente poderá identificar possíveis matérias em que o aluno
vai mal, e com o apoio do âmbito escolar o aluno poderá reativar seu interessa pela disciplina
que vai mal.
Seguindo a linha de pensamento de Salvador (1999, p. 184), destaca ainda que a relação entre a
escola e família é construtiva, pois, ambos precisam conhecer compartilhar e opinar nos critérios
educativos capazes de limar a discrepância que vir a ser prejudicial a criança. Na medida em que
escola e família compartilham ideias, a criança vai construindo funções educativas como
socialização, capacidade cognitiva, coordenação motora, equilíbrio, formação humana, e sua
participação social, e conforme seja a evolução da criança, escola e família deveram buscar cada
vez mais colaboração para a formação da criança.
Conforme (COLL, 1995, p.191), no âmbito familiar a criança tem seu primeiro contato social
através da convivência entre família, o meio familiar teoricamente são as primeiras pessoas a
cuidar da criança, criando laços afetivos, obrigações entre outros, e o meio escolar não fica tão
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atrás.A escola também tem suas obrigações, a de educar, orientar, de fato escola e família devem
caminhar juntas, pois são pontes de apoio e sustentação a criança para o decorrer de seu
desenvolvimento e existência, onde, quão maior for esta parceria, maiores resultados serão
obtidos junto a criança e seu conhecimento. Os pais e a escola devem buscar as melhores
condições, traçar metas que permita a criança a desenvolver seu intelectual e social, contudo a
família deve dedicar um tempo para as crianças, dando estimulo e incentivos a ela.
Percebe-se que se escola e família propicie a criança um meio afetivo, com respeito, limites e
regras, a criança saberá passar por qualquer dificuldade que encontrara em sua trajetória, devido
ao intercambio e apoio, contudo quanto mais a criança age junto ao meio, maior será o seu
desenvolvimento, facilitando experiências gratificantes e suas limitações encaradas
positivamente. A psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e
estruturação do esquema corporal, onde o objetivo é incentivar a prática do movimento em todas
as etapas da vida de uma criança, por isso cada vez mais os educadores recomendam que os
jogos e as brincadeiras ocupem um lugar dentro da educação infantil.
A educação Infantil tem por principio o desenvolvimento das ações que venha suprir as
necessidades das crianças, A psicomotricidade na educação infantil tem por objetivo a educação
pelo movimento, e contribui para a evolução da personalidade da criança, formando conceitos.
A criança precisa exercitar tanto os movimentos fundamentais como as habilidades motoras, de
múltiplas formas, para satisfazer suas reais necessidades e interesse. (RODRIGUES, 1997, p.
26).
Percebe-se que a educação infantil contribui de forma pacifica para este desenvolvimento, por
esta razão e importante que toda criança passe por ela, pois a sua interação com outras pessoas,
e as atividades naquela fase exercitada serão de suma importância para o seu desenvolvimento.
Onde leva a criança a perceber a si mesma, descobrindo possibilidades e limitações de deu corpo,
e posteriormente, expressar-se corporalmente desenvolvendo as suas capacidades motoras.
Para Le Bouch (1982, p. 150), na pré-escola é fundamental que o ambiente propicie um clima
de segurança e confiança, onde a criança possa desenvolver suas habilidades de forma positiva.
E interessante ressaltar que, o brincar seja como recreações psicomotoras livres ou orientadas,
são sempre boas para as crianças, pois oferece a elas oportunidade de desenvolvimento corporal,
cognitivo, social e afetivo. Convém lembrar que na pré-escola o papel do professor não é
alfabetizar, mas estimular a criança nas suas funções motoras para a sua alfabetização, de acordo
com cada aluno.
Segundo (RODRIGUES, 1997, p.26), a integração dentro do jardim de infância é o começo das
descobertas para o ingresso subsequente dos anos escolares, onde a criança aprende a conviver
com modelo de outras pessoas, e que esta vivencia estimula o desenvolvimento psicognitivo
continuo da criança. Para que ocorra o desenvolvimento motor da criança no âmbito escolar de
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forma correta, os professores deverão levar em consideração três aspectos segundo (Rodrigues,
199, p.16) que é o:a) sociafetivo; b) cognitivo; c) psicomotor;
Segundo o Ministério da Educação (2007, p.87), a escola espera que a criança de 06 anos de
idade possa ser inserida inicialmente no processo de alfabetização, observando que a criança
possui condições de compreender e assimilar determinados conhecimento, que consigam
permanecer concentrados por mais tempo, ter autonomia, e entender as necessidades básicas de
sobrevivência social.
No entanto não se pode esquecer, que existe crianças umas diferentes das outras, e que a escola
deve saber lidar com essas e outras diferenças. A criança de 06 anos encontra-se no espaço de
adaptação, da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, onde o planejamento deve se
adequar a essa adaptação, nas diferenças e atividades, onde possibilite a criança movimento
espaço e tempo.
Para o Ministério da Educação (2007, p. 87), é importante que não haja rupturas na passagem da
educação infantil, pois e o caminho do desenvolvimento da criança, nos aspectos social, escolar
e familiar. É de grande valia que o professor veja seu aluno como ser em desenvolvimento, onde
influencia e são influenciados pelo ambiente no qual esta inserido.Contudo, na fase da pré escola
a coordenação das crianças são treinadas com varias atividades de acordo com a idade, onde são
importantes para o desenvolvimento de seu corpo, desenvolver suas habilidades físicas, motoras
e cognitiva, e o desenvolvimento dos sentidos.
Os professores devem estar atentos as reais necessidades e dificuldades das crianças buscando
soluções cabíveis, e até mesmo ajuda de profissionais que competem a tal caso.
Segundo SMOLKA (2006, p.26) fica claro que toda criança que passa pela educação, tem noções
básicas de letras, números, regras, que deverão ser concretizadas ao longo do processo educativo.
Contudo, o meio escolar beneficia a criança a estimula a curiosidade e de ter em mente a
participação socioafetiva junto aos adultos, porém, não se deve esquecer que mesmo com todo
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crescimento social, cognitivo, o pensamento da criança ainda não e concreto pois suas atitudes,
pensamentos e ações dependera de suas limitações.
Toda fase da escrita alfabética, tem o objetivo de diferenciar os tons sonoros através da grafia,
que posteriormente pode produzir defasagem devida que a escrita evolui bem mais lento que a
fala, e também um caráter espacial, pois na medida em que a linguagem vai sendo aprofundada,
a escrita vai sendo desenvolvida dependendo de estímulos, procurando sistematizar o que esta
aprendendo.
Ressalta-se que alfabetizar é levar a criança a conhecer sua própria escrita decifrando-a e
aplicando os conhecimentos linguísticos para sua própria identidade, e para escrita de como ela
funciona. O alfabetizar interfere positivamente da dimensão da escrita, e em todos os aspectos,
na caligrafia, posição de letras e também para a compreensão ao escrever. A alfabetização
efetivamente realiza através da leitura e escrita correta, sendo que a linguagem oferece à criança
a possibilidade de interiorizar as ações e informações, nesta fase o professor é o maior mediador
neste processo, já que estimula o educando a construir a construir individualmente e
coletivamente sua aprendizagem.
Em sentido mais amplo, a alfabetização tem outros objetivos além, de decifrar a escrita,
sobre tudo na escola, saber escrever corretamente e um deles.A escrita não deve ser
vista apenas como um ato individual, mas precisara esta engajada nos usos sociais que
envolve uma forma especial de expressão de uma cultura, sem duvida alguma um bom
professor terá sempre essa preocupação em mente em todos os momentos da vida
escolar. (CAGLIARI, 1998, p. 113)
Portanto o ato de ler e escrever não se resume apenas no seu conhecimento pessoal, mas de toda
sociedade, pois com intermédio do professor a criança poderá assimilar este conhecimento de
leitura e escrita, interpretando, conhecendo, e expressando o pensamento da criança, para que
ela possa ter um relevante papel no processo de sua escolarização.
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conseguem escrever seu próprio nome, ou palavras, mesmo não sendo na mesma
direcionalidades.
O fato de que aos 5 e 6 anos, as crianças já é capaz em geral de fazer os traços da escrita,
não significa nem que até essa idade não possa fazer nada em relação ao treinamento
para a escrita, nem que tal treinamento tenha que ser introduzido necessariamente aos
5-6 anos, pois o controle fino ainda não esta bem estabelecido em muitas crianças, e
porque alem disso escrever não implica somente em não fazer traços de uma
determinada forma, mas estabelecer certas relações complexas entre traço, gráfico e
significado, relações que não tem obrigatoriamente que amadurecer ao mesmo ritmo
que o controle motor.( COLL, 1995, p.115)
Então, se pode entender que o desenvolvimento motor não interfere na fase de desenvolvimento
da escrita, pois ambos podem ser estimulados, mas não amadurecem no mesmo ritmo, por isto
ate certa idade e notável que crianças escrevem de tudo, porém quando pedido para que mostrem
por exemplo o lado direito ou esquerdo do corpo ficam em duvidas ou até mesmo confundem.
Neste pode notar que as crianças leem em sua forma representativa de acordo com o exposto
visto por ela, onde o texto escrito se for interpretá-lo ao modo das crianças enquanto não leem
corretamente, certamente a criança interpretara o texto de acordo com os desenhos, mesmo que
não esteja escrito o que foi interpretado.
Segundo (COLELLO, 2004, p.27) a fase pré silábica e produzida quando as crianças não
compreendem o som fonético, ela sabe que a escrita é uma forma de representação, usa letras,
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garatujas ou números por não assimilar a fala a escrita, organiza letras em quantidade, podendo
ter variação de letras, relaciona o tamanho da palavra ao objeto. Exemplo: ALSI (Elefante)
Na fase silábica conforme autor citado acima, e notável um avanço, pois a criança compreende
que o sistema é uma representação da fala, tendo uma letra para cada silaba, podendo ser usados
só consoantes ou só vogais. Exemplo: OA (bola) BL (bola)
Na fase silábica alfabética ela e mais transitória, pois a escrita segundo (Collelo op.cit), por
algumas vezes pode vir com silabas completas ou não, e o resultado e uma escrita aparentemente
inteligível. Exemplo: CVLU (cavalo) Na fase alfabética, mesmo que a criança esteja longe da
escrita correta ela já compreende o valor sonoro de cada letra, a criança escreve como fala.
Exemplo: KAVALU (cavalo)
Portanto a evolução da escrita é uma conquista constante para a criança, pois o amadurecimento
linguístico faz com que ela se desenvolva não apenas na escrita, mas nas variações quantitativas
e qualitativas em escrever, mas também a ler.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta visão as atividades motoras realizadas na vida da criança têm um papel importante,
pois a criança explora o mundo que o rodeia dentro de suas limitações, onde criam, transformam
e se desenvolvem. Para que todo esse desenvolvimento seja satisfatório dentro do
desenvolvimento motor é preciso que dois fatores estejam presentes, que e a família e a escola.
A família é a primeira base de contato que a criança tem desde seus primeiros anos de vida é
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ali que a criança encontra seus primeiros professores ensinamentos que refletira e levará para a
vida toda, é com a educação familiar que a criança adquire seus primeiros valores, hábitos e
socialização.
Uma boa convivência entre pais e filhos é de suma importância para a formação da
personalidade, do caráter e também para a aprendizagem. É fundamental para que a criança
possa se apresentar no meio escolar, sem problemas de relacionamento social, indisciplina, e
cognição, é preciso que em casa haja afeto e carinho, e que escola e família trabalhem juntos
onde a família é mediadora e altamente ativa no processo de aprendizagem da criança, através
do acompanhamento nas atividades escolares, e também integrando junto à comunidade
escolar, onde em parceria com a escola buscam trabalhar da melhor forma em função do aluno.
Família e escola são os suportes com que a criança conta para enfrentar os medos e desafios,
visto que juntas podem detectar problemas que venha a dar um déficit de aprendizagem para a
vida toda. Portanto, a psicomotricidade abrange todos os aspectos do desenvolvimento humano
na vida afetiva, no familiar, na escola que serão necessários para a vida toda da criança, na sua
integração e efetivação na sociedade.
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CAGLIARI, Carlos, Luiz. Alfabetizando sem o BA-be-bi-bo-bu, 2° edição, São Paulo, Scipione,
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e divisão social. 2°edição, Porto Alegre, Artes Medicas, 1995.
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FERREIRO, Emília. Com todas as letras. 6° edição, São Paulo, Cortez, 1997.
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PIAGET, Jean. Seis Estudos de Psicologia. 24°edição, Rio de Janeiro: Forense Universitário,
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RODRIGUES, Maria. Manual Teórico: pratica pedagógica de educação física. 6° edição, São
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SALVADOR, Coll, César. Psicologia da Educação. 3°edição, Porto Alegre, Artes Medicas,
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SMOLKA, Bustamante Luiza Ana. A criança na fase inicial da escrita:A alfabetização como
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TIBA, Içami. Disciplina: limite na medida certa, Anjos caídos, Educação: Felicidade e Cia. 3º
Edição, Rio de Janeiro: Integrare, 2008. Vol.03.
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