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“A propósito, a 2ª Turma do eg. STJ, no julgamento do
RESP nº 337.965/MG entendeu que o corte no
fornecimento de água, em decorrência de mora, além
de não malferir o Código do Consumidor, é permitido
pela Lei nº 8.987/95. Portanto, se em relação regida
por concessionárias de serviços públicos regulados
pelo princípio da continuidade, é possível o corte no
fornecimento, quiçá dentro de um Condomínio
residencial. “(Ap. n. 1.0188.02.001/001(1)- 5/001(1) –
T. Recursais – TJMG – Relator : Unias Silva – julgado
em 23.03.2006).
Ora, permitir que quem não contribua continue candidamente a utilizar da água,
a descumprir o que foi expressamente acordado é ir de encontro aos propósitos
legais, ambientais e filosóficos mencionados. É dar prevalência ao interesse
individual em prejuízo do interesse coletivo, notadamente, em se tratando de
uma comunidade restrita de um Condomínio, onde as condições econômicas
estão, de um modo geral, num mesmo patamar, não justificando medidas
protecionistas a uns em detrimento de todos.
CONCLUSÃO:
Desde dado prévio aviso a fim de assegurar ao condômino possibilidade de
sanar seu inadimplemento ou exercitar seu direito de defesa, a suspensão do
fornecimento de água ao condômino inadimplente com as despesas
condominiais é medida legítima e reconhecida pela doutrina e jurisprudência.
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