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Apostila de ArcGIS 10.

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1. CONCEITOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
Neste tópico serão abordados alguns conceitos importantes relacionados com
o universo de um
Sistema de Informações Geográficas (SIG). É importante ressaltar que para
manipular corretamente o
aplicativo computacional ArcGIS® 10.2.2, será necessário, primeiramente,
entender e interpretar
corretamente alguns conceitos relacionados com o SIG.
Os assuntos abordados neste tópico serão:

os para um SIG; e

1.1 INTRODUÇÃO AO SIG.


Um Sistema de Informações Geográficas (SIG) é um conjunto de técnicas
empregadas na integração
e análise de dados provenientes das mais diversas fontes, como imagens
fornecidas por satélites,
mapas, cartas climatológicas, censos, e outros (ASPIAZÚ e BRITES, 1989). O
SIG é um sistema
auxiliado por computador para adquirir, armazenar e analisar dados
geográficos. Hoje, muitos
softwares estão disponíveis para ajudar nesta atividade.
Segundo Felgueiras (1987), um SIG é um sistema que tem por finalidade
automatizar tarefas
realizadas manualmente e facilitar a realização de análises complexas, por
meio da integração de
dados geocodificados. Os SIG’s têm como características principais a
capacidade de coletar,
armazenar e recuperar informações provenientes de fontes e formatos
distintos, além de possibilitar a
disponibilidade de programas computacionais para edição de mapas, textos e
gráficos.
Um SIG pode ser considerado um instrumento para mapear e indicar respostas
às várias questões
sobre planejamento urbano e regional, meio rural e levantamento dos recursos
renováveis,
descrevendo os mecanismos das mudanças que operam no meio ambiente e
auxiliando no
planejamento e manejo dos recursos naturais de regiões específicas
(FERREIRA, 1997).
Para exemplificar, a utilização de técnicas provenientes de um SIG constitui-se
em instrumento de
grande potencial para o estabelecimento de planos integrados de conservação
do solo e da água.
Nesse contexto, um SIG se insere como uma ferramenta capaz de manipular
as funções que
representam os processos ambientais em diversas regiões de uma forma
simples e eficiente,
permitindo economia de recursos e tempo. Estas manipulações permitem
agregar dados de

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diferentes fontes (por exemplo: imagens de satélite, mapas topográficos,
mapas de solo, etc) e
diferentes escalas. O resultado destas manipulações, geralmente, é
apresentado sob a forma de
mapas temáticos com as informações desejadas (MENDES, 1997).
O SIG tem sido chamado de um “capacitador tecnológico”, segundo Fisher e
Lindenberg (1989),
porque ele tem o potencial para ser utilizado em muitas disciplinas, que
empregam dados espaciais.
As principais são: geografia, hidrologia, cartografia, sensoriamento remoto,
fotogrametria,
agrimensura, geodésia, estatística etc.
Segundo Assad e Sano (1998), numa visão geral, podem-se identificar os
seguintes componentes
num SIG (Figura 2):

izados sob a forma de um


banco de dados
geográficos).

Projeção cartográfica: é definida como um tipo de traçado sistemático de


linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos de
latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a base para
a construção dos mapas. A representação da superfície terrestre em mapas
será sempre diferente e nunca sera verdadeira pois sempre será possível ser
modificada e nunca será isenta de distorções. Nesse sentido, as projeções
cartográficas são desenvolvidas para minimizarem as imperfeições dos mapas
e proporcionarem maior rigor científico à cartografia.

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Datum (plural data), do latim dado, detalhe, pormenor em cartografia refere-se
ao modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra ao nível
do mar utilizado pelos cartógrafos numa dada carta ou mapa. Dado existirem
vários data em utilização simultânea, na legenda das cartas está indicado qual
o datum utilizado. De uma forma muito simplificada, datum providencia o ponto
de referência a partir do qual a representação gráfica
dos paralelos e meridianos, e consequentemente do todo o resto que for
desenhado na carta, está relacionado e é proporcionado.
A diferença entre os data são baseadas em modelos matemáticos distintos da
forma e dimensões da Terra e do fator adicional da projeção, seja por razões
históricas, seja para garantir uma representação gráfica mais proporcionada;
tomando como exemplo o Japão, onde usam um ponto da projeção que não
está no centro da terra, mas em algum lugar sob o Japão, isto permite numa
menor distorção numa projeção de uma esfera sobre plano quando o Japão é
representado, mas no entanto o uso dessa projeção para osEstados
Unidos resultaria em um mapa muito estranho.
A importância do datum prende-se à necessidade de projetar um corpo curvo e
a 3 dimensões (a Terra), num plano a duas dimensões mantendo no entanto os
cruzamentos em ângulos retos dos meridianos e paralelos (o mapa). A primeira
abordagem de sucesso foi a famosa projeção de Mercator, em que a Terra é
transformada num cilindro que toca a terra na linha do equador (latitude 0º 0'
0"). Posteriormente surgiram outras em que um cone intercepta a Terra em
duas latitudes com pontos acima do pólo, e outra ainda é um cilindro tocando
na Terra numa determinada latitude ou longitude. Todas estas projeções criam
representações gráficas diferentes, ou seja, data diferentes.
A maioria de mapas dos serviços cartográficos nos EUA utilizam o datum
CONUS NAD-27 que usa os modelos matemáticos e uma projeção de cones
de Clarke de 1866. Mapas posteriores utilizam o datum NAD-83 e usam a
projeção UTM do centro da terra. Esta projeção a partir do centro da Terra
gerou a parte universal do UTM.
A projeção UTM (Universal Transverse Mercator) toca a Terra em várias
longitudes denominadas Meridianos Centrais e usa um ponto de projeção no
centro da Terra. O modelo matemático (datum) é WGS-84 que define
um elipsoide. O datum WGS84 foi criado a partir do datum de Clarke de 1866
usado pela maioria dos mapas USGS. O datum WGS84(e o virtualmente
idêntico NAD-83) especificam que a terra é mais achatada, de modo que uma
medida do número de metros do equador para o norte é mais ou menos 200m
maior do que aquele medido com o modelo de 1866 de Clarke para pontos
nos EUA.

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Conforme IBGE, atualmente o Brasil adota o DATUM SIRGAS 2000.
Caracterização do SIRGAS2000 - Sistema Geodésico de Referência:
Sistema de Referência Terrestre Internacional – ITRS (International Terrestrial
Reference System)
Figura geométrica da superfície terrestre:
Elipsóide do Sistema Geodésico de Referência de 1980 (Geodetic Reference
System 1980 – GRS80)
- Semi-eixo maior a = 6.378.137m
- Achatamento f = 1/298,257222101
Origem: Centro de massa da Terra
Orientação: Pólos e meridiano de referência consistentes em ±0,005” com as
direções definidas pelo BIH
(Bureau International de l’Heure)
Época de referência das coordenadas:
2000,4

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CRIAR UM PROJETO

– FILE-SAVES AS...

Estamos criando um projeto para trabalhar.

Crie uma pasta na sua unidade C e coloque o nome do seu arquivo, o meu
ficará PROJETO01.

 Abrir o programa e georeferenciar:

Botão direito em LAYERS:

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Clicar em PROPERTIES

Clicar na aba –Coordinate System: Escolher a cordenada para se


trabalhar: usualmente o tipo de projeção –UTM-SOUTH AMERICA

O sistema de coordenadas é SIRGAS2000

Como iremos trabalhar com uma área no Espírito Santo zona é 24S, o S
significa hemisfério sul.

SIRGAS2000 UTM ZONA 24S

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Selecionar, APLICAR e após OK.

Nosso projeto está referenciado.

 Criação de ponto, linha e polígono. (Arquivos SHP)


 CRIAÇÃO DE PONTO

Vamos criar um ponto de georreferenciamento da localização da pedreira, esse


modelo de ponto serve para outras finalidades também, um exemplo é a
especificação de um local no globo terrestre.

CATALOG-clicar da pasta criada onde está o projeto-clicar com o botão


direito na área branca ao lado da pasta do projeto

NEW-SHAPEFILE....

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Coloque o nome do ponto, e sua classificação em feature type que é point.

Próximo passo é georeferenciar o ponto: EDIT-Coordenadas planas-UTM-


SOUTH AMERICA-SIRGAS2000 UTM ZONE 24S

Para começar a edição deve ir em EDITOR-STARRT EDITING.

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Para começar editar deve-se ir em CREAT FEATURE-CLICAR PONTO
LOCALIZAÇÃO PEDREIRA-POINT

Apertar o botão F6 do teclado ou botão direito ABSOLUTE X, Y f6

Colocar as coordenadas X e Y do nosso ponto. Como estamos trabalhando em


UTM, então jogaremos coordenadas UTM.

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Após criado o ponto clicar em EDITOR- STOP EDITING.

Para a configuração do ponto é só clicar sobre o símbolo abaixo do arquivo shp


(Ponto de localização) criado. Ele é encontrado em layers.

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Você também pode configurar melhor as especificações do seu ponto criando
uma tabela de atributos, onde mostrará sua coordenadas e outras
características. Quando trabalhamos com polígonos e linhas a tabela de
atributos mostra o comprimento das linhas e os polígonos a área e perímetro.

Para abrir a tabela de atributos é com o botão direito no shape PONTO DE


LOCALIZAÇÃO e após clicar em OPEN ATTRIBUTE TABLE.

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ADD FIELD, essa opção cria uma coluna nas especificações do shape. Com
essa coluna você poderá atribuir a especificação desejada. A coluna tem a
opção de criar texto ou formato de DOUBLE, este formato é o que gera
automaticamente as coordenadas do ponto, comprimento de linha e área de
polígono.

Para gerar as especificações basta clicar com botão direito na coluna criada e
depois gerar geometria. Na janela aberta é só escolher o que deseja gerar.

Este tipo de criação de shape funciona tanto para ponto, quanto para linha e
polígono. Uma observação importante é quando criar o polígono você deve ir
primeiro em editor –options-general-stcks move tollrance- na parte onde está

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PIXELS deve-se colocar (10). Podemos também separar polígonos que vem
juntos, por exemplo, os polígonos do DNPM, estes vem todos juntos numa só
arquivo shape. Temos então a possibilidade de separalos, selecionando uma,
depois clicando com o botão direito no arquivo dele em layers-DATA-
EXPORTAR DATA- selecionar-THE DATA FRAME- escolher o nome para
salvar o nome do arquivo e depois clicar em YES.

 Criação de BUFFER

Com os linhas já criadas temos uma opção de criar o buffer. Essa ferramenta
cria um contorno nas linhas com a metragem desejada.

Primeiro selecione a linha que deseja criar o buffer.

Depois clicar em editor e depois em buffer.

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Após na janela que se abre escolhe a distancia e depois clique em OK.

 CRIAR CURVA DE NÍVEL APARTIR DE IMAGEM SRTM.

A Embrapa e a Nasa disponibiliza imagens STRM, a nasa do mundo todo, já a


embrapa somente do Brasil. As imagens SRTM são imagens do relevo digital
de elevação da terra.

Para criar as curvas de nível vamos utilizar essa cota Z que a imagem traz.

Abrimos a imagem desejada da área em Add data- escolhe o arquivo.

Com a imagem aberta vamos em ARCTOOLBOX-3D ANALYST- RASTER


SURFACE- CONTOUR. Nas especificações que aparece você pode escolher a
distância das cotas das curvas de nível.

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As curvas devem ser criadas dentro da pasta onde está a imagem SRTM pois
o programa não cria fora desta pasta, depois você pode até trocar de lugar. A
criação de curva de nível demora alguns minutos.

Como foi criada curvas de toda a imagem fica difícil de se trabalhar e de forma
pesada no programa. É aconselhado cortar um polígono com as curvas de
onde se quer trabalhar, somente da sua área de interesse.

 CORTA CURVA DE NÍVEL.

ARCTOOBOX-ANALYSIS TOOLS-EXTRACT-CLIP

Agora a curva de nível está cortada e fácil de trabalhar.

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 Suavizar curvas de nível.

Percebemos que as curvas geradas estão pontiagudas e sem contorno. O


programa tem uma opção de suavizar as curvas com uma tolerância aceitável.

ARCTOOBOX-CARTOGRAPHY TOOL-GENERALIZATION-SMOOTHLINE

A tolerância máxima é de 25 metros.

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 GEOREFERENCIAMENTO DE IMAGEM DO GOOGLE.

Para georeferenciar uma imagem do google Earth primeiro devemos criar um


shape de polígono no ArcGis, depois transformalo em kml e após abrir ele no
google Earth. O google Earth só abre arquivo em extensão kml. Após abrir o
arquivo salvamos a imagem e abrimos a mesma no ArcGis. Depois juntamos o
polígono criado no ArcGis com o polígono criado na imagem do google Earth.
Usamos a ferramenta.

Para gerar o KML você deve ir em ARCTOOLBOX-CONVERSION TOOLS-TO


KML-LAYER TO KML.

Após criado o seu arquivo KML é só abri-lo no google Earth e seguir o próximo
passo.

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Para abrir o arquivo KML no google o posicionar a imagem de forma correta
primeiro temos que tirar a elevação em 3D, FERRAMENTAS-OPÇÕES. Ela
varia de 0,01 até 3, a opção 0,01 deve ser a escolhida. Lembrando sempre que
estamos trabalhando em UTM, portanto identificar isso também.

A navegação deve ser também selecionada. NÃO INICIAR


AUTOMATICAMENTE AO APLICAR O ZOOM. “Observação” a imagem deve
estar com o norte na vertical alinhado.

Após feito isso basta apenas salvar o arquivo de imagem na opção ARQUIVO-
SALVAR-SALVAR IMAGEM.

Agora basta abrir a imagem no ArcGis e juntar os vértices da imagem com o do


polígono.

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Na barra de georeferenciamento ADD CONTRAL POINTS. Basta agora clicar
no vértice do polígono da imagem e após o polígono georeferenciado criado
no ArcGis.

Fazer isso para todos os vértices até que fiquem alinhados.

Para juntar os vértices é só ir na opção georeferencing-update georeferencing.


Agora já temos uma imagem do Google Earth georeferenciada.

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 CRIAÇÃO DE PONTOS EM COORDENADAS Z e interpolação
desses pontos para gerar curvas de nível.

Para colocar a coordenada z de um ponto basta abrir a tabela de atributos e


acrescentar uma coluna em formato DOUBLE, essa será a coluna onde
colocaremos a cota z.

Para ativar o campo de edição na coluna deve está com o shape em start
edição.

Colocando todas as cotas em cada ponto podemos criar um arquivo em TIN


3D, e após criar a interpolação das curvas de nível.

A opção que cria o tim é a Create TIN From Feutures, para ativar esta opção
deverá ir em customize-customize mode, abrir a aba commands selecionar a
ferramenta CREATE TIN FROM FEATURES e arrastar até a barra de tarefas.

Com a ferramenta ativa agora podemos trabalhar.

Clique em CREATE TIN FROM FEATURES

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Escolha o shape que deseja criar o TIN depois em HEIGHT SOURCE escolha
a camada da tabela de atributos onde está suas cotas. Coloque um local
desejado para salvar e dê OK.

 CRIAÇÃO DE MAPA

Vamos primeiro configurar a página para a criação do mapa.

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Em page and print setup você escolhe o tamanho e posição do seu mapa.

Clique em LAYOUT VIEW para iniciar a preparação do seu mapa

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Na parte superior em INSERT você encontra texto para ser inserido, seta
norte, legenda e escala . Esses elementos devem se adequar ao tipo de mapa
escolhido.

Adicionar grade no mapa

Em new grids você pode adicionar a grade de coordenadas em seu mapa.

LEMBRETE: Devemos praticar periodicamente para não esquecer os


comandos do ArcGis.

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