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Momento de Inércia de uma Esfera

Introdução

O objetivo desta experiência é determinar o


momento de inércia de uma esfera em relação a um
eixo que passa pelo seu centro de massa e
comparar o valor determinado com aquele previsto
pela teoria, usando os seguintes materiais:
Corpo básico, armadores, esfera,
manivela, sistema de medição de inclinações,
balança, escala milimetrada, grampo, paquímetro,
cordão, papel ofício, papel carbono e fita durex.

Montagem
Procedimentos e Análises

Inicializamos o experimento colocando o corpo


básico na posição horizontal fixando-o com um
grampo e estalamos a balança para medir a massa
da esfera e com o paquímetro medimos o diâmetro
da mesma, nivelamos a pista zerando a inclinação
no transferidor de modo que quando colocarmos a
esfera sobre ela, ela se movimente com movimento
uniforme.
Inclinamos o plano da pista em um ângulo de
140 conferindo no transferidor através de um
prumo(cordão de nylon com uma esfera na ponta),
marcamos também o ponto inicial de saída da
esfera da pista no chão, usando o mesmo prumo e
colocando papel ofício com papel carbono no chão.
Tiramos a altura do primeiro lançamento e
anotamos na tabela I-A, em seguida colocamos a
esfera no ponto mais alto da pista e à abandonamos
cinco vezes, marcando o ponto médio em que ela
bate no chão e tiramos o alcance da esfera medindo
da projeção do ponto mais baixo da pista até onde
ela alcançou, repetindo o mesmo prosseço
aumentando de 4 em 40 até os 260, e por fim
anotamos o comprimento da pista.

Medidas / Tabelas

Massa da esfera m=43.0g


Diâmetro da esfera d=22.0mm

Tabela I-A
 (0) 14.0 18.0 22.0 26.0
H (m) 1.25 1.18 1.10 1.06
L (m) 0.472 0.507 0.522 0.546

Tabela II-A
 (0) 18.0 22.0 26.0
Vcm (m/s) 1.17 1.32 1.51
h (m) 0.12 0.14 0.17

Comprimento da pista x= 39,0cm ou x =


0,39m
O cálculo da velocidade do centro de massa da
esfera em relação a cada ângulo de lançamento e o
cálculo da altura do início da pista em relação ao
seu ponto mais baixo estão em anexo, e seus
resultados estão na tabela II-A :

A expressão para o momento de inércia da


esfera e a seguinte:

Como: Vcm = wr
Pela conservação de energia temos:
Emf = Emi
1/2mv2cm + 1/2Iw2 = mgh
I = (2mgh-mv2cm). R2/v2cm
 2 gh  2
I=  2
 1mR
 v cm 

Para determinar o momento de inércia da esfera


em cada ângulo utilizamos a expressão anterior,
anotando na tabela abaixo e os devidos cálculos
estão em anexo:

Tabela III
I(kg.m2) 3.74 x 10-6 2.99 x 10-6 2.40 x 10-6
A expressão do momento de inércia da esfera
pelo desvio médio e pelo desvio padrão e:

 Desvio médio
n
1 1 n
Ix = [ I 2  ( I ) 2 ]
n  1 i 1 n i 1

n
( I ) 2 = 83.3569 x 10-12
i 1
n


i 1
I2 = 28.6877 x 10-12
Iméd = 3.04 x 10-6
Jogando estes dados no fórmula temos que Ix =
0.7
I = (3.0 +- 0.7) x 10-6

 Desvio padrão

Im = 0.7/31/2 = 0.40
I = (3.0 +- 0.4) x 10-6

Com o momento de inércia do anel, podemos


achar o momento de inércia do disco:

dI disco = manel *r`²  dIdisco = r`² dm   r`2dm


mdisc   r2
dm   r2.dr`
dm = mdisc/r2 x  r2.dr`
r
logo Idisc =  r`3dr` 0
r
r

Idisc = 2mdisc/r x  r` dr`  2mdisc/r x r /4 |0


2
0
3 2 `4

Idisc = mdisc.r2/2

Para a esfera, temos disf = 1/2r2dm

Iesf =   r2/2dm
Mesf  (4/3)  r3.
Mdisc = dm =  r2 dx

Dm = (3/4)mesf/ r3dx
Temos que expressar dx em função de r2 = r2-x2

I = (1/2)(3/4) mesf/ R3  r2.dx  (3/8) mesf/ r3 


r2.r2dx
r
r2 = R2-x2  Iesf = (3/8) mesf/ R3  r
(R2-x2). (R2-
x2)dx
2r 2r

0 (R2-x2)2dx  Iesf = (3/8) mesf/ R3  R4- 2R2x2


0

+x2 dx
 R4dx +  2R2.R2 +  x4dx
r
3 4 2 3 5
Iesf = (3/8) mesf/ R (R x- 2R (x /3) +x /5|-r)
(R4 . R –2R2(R3/3) +R5/5) – (R4 - R –2R2-(R3/3) +(-
R5/5))
Iesf =(3/8) mesf/ R3 . (16R5/15)
Iesf = 2/5 mR2
O valor teórico para o momento de inércia é:

Iteo = 2/5 mR2

Iteo = (2/5) x 0.043 x 0.011 = 2.081 x 10-6

Conclusão

O valor médio obtido no experimento para o


momento de inércia não é compatível com o valor
teórico pois o teórico é 2.081 x 10-6 e o médio é
3.04 x 10-6, para esse experimento a teoria do
desvio padrão e mais adequada pois tem uma
melhor precisão, calculamos o erro percentual 44%
que foi bastante elevado porque devíamos ter
coletado algum dos dados errado no dia do
experimento,
Existem erros sistemáticos importantes no nosso
experimento por exemplo, a esfera pode não ser
totalmente esférica, existir algum deslizamento, e
também na medição de inclinação da pista.
Concluímos também que os nossos procedimentos
nesta experiência , podem também serem
utilizados, em corpos com outras formas, desde que
o corpo role , e não deslize, ou seja tenha
movimento de rotação em relação ao eixo que passa
pelo seu centro de massa, podemos apresentar
como exemplo ,um cilindro.
Por fim concluímos que se continuássemos
aumentando a inclinação da pista, temos cada vez
mais ,a componente x da velocidade maior do que a
componente y, e isto implica que o alcance da
esfera seria reduzido.

ANEXO

 Cálculo da velocidade do centro de massa:

L g
Vcm  x
cos  2( H  Ltg

9.81
Vcm18= 0.507/cos180 x 2(1.18  0.507 xtg18)

Vcm18= 1.17m/s
9.81
Vcm22= 0.522/cos220 x 2(1.10  0.522 xtg 22)

Vcm22= 1.32m/s

9.81
Vcm26= 0.546/cos260 x 2(1.06  0.546 xtg 26)

Vcm26= 1.51m/s

 Cálculo da altura h do início da pista em


relação a seu ponto mais baixo:

h= xsen 

h = 0.39 x sen180 = 0.12

h = 0.39 x sen220 = 0.14

h = 0.39 x sen260 = 0.17

 Cálculo do momento de inércia da esfera


para cada ângulo:

 2 gh  2
I=  2
 1mR
 v cm 

 2 x9.81x 0.12 
Iexp18 = 

 1.17 2
 1
0.043x0.011

2

Iexp18 = 3.74 x 10-6

 2 x9.81x0.14 
Iexp22 = 

 1.32 2
 1
0.043x0.011

2

Iexp22 = 2.99 x 10-6


 2 x9.81x 0.17 
Iexp26 = 

 1 .51 2
 1
0.043x0.011

2

Iexp26 = 2.40 x 10-6

 Erro percentual
Ep = (3.0 – 2.081)/2.081 = 0.44 = 44%

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