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Trabalho TCC - Formatado Rev5 - Versão Entregue PDF
Trabalho TCC - Formatado Rev5 - Versão Entregue PDF
Panambi
2015
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Panambi
2015
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Trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado em sua forma final pelo professor
orientador e pelo membro da banca examinadora
Banca examinadora
________________________________________
________________________________________
AGRADECIMENTOS
Aos meus mestres, que me fizeram aprender com os erros e acertá-los com serenidade e
sapiência, por guiarem constantemente o meu estudo sugerindo melhorias e construindo novas
formas de buscar o conhecimento aplicado.
À minha esposa Deise e ao meu filho Alan pelas horas de ausência em favor da minha
formação acadêmica e profissional e pelo amor e amizade sempre presentes.
Muito obrigado.
5
RESUMO
ABSTRACT
The objectives of this work are to develop the sequence, templates and procedures that
allow the basic design of a standard line of equipment for handling and shipping charges -
Cranes.
More specifically addresses the determination of the main components, which must
take into account the requests of vertical and horizontal movements that the equipment will
suffer, the stability of the structure, the counter shaft of the main beams and the stress and
fatigue analysis in addition to the design of steel cables, pulleys, drums, engines, brakes and
gearboxes.
From the norm NBR 8400, developed into an objective sequence from the point of
view of engineering for equipment configuration, as compared to the mechanisms the Brazilian
standard is now very advanced, it provides reference tables that aid in the classification of
mechanisms and structures used.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 13
1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 18
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 18
3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................................... 36
3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................. 36
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 88
13
INTRODUÇÃO
Porém o grande salto veio acontecer na década de 70, este amparado por decisões
políticas do governo federal, que tinha como objetivo colocar o parque industrial brasileiro ao
nível dos maiores do mundo. Neste período foram desenvolvidas as siderúrgicas em proporções
apenas comparáveis às que o Japão realizara na década anterior. Os desenvolvimentos de
hidroelétricas, de mineração, de transporte, de construção naval e de vários outros setores
básicos propiciaram uma demanda de grandes dimensões, com crescimento constante em quase
todos os diferentes setores da indústria de capital.
Nesse contexto houve a introdução das pontes rolantes, e seus ganhos de produtividade
justificavam o custo de sua implantação. Por esse motivo elas tiveram uma excelente adaptação
nos mais diversos ramos da produção industrial (automobilístico, aeronáutico, siderúrgico,
metal mecânico, entre outros). Assim os produtos que outrora haviam grandes dificuldades de
serem movimentados e manuseados passaram a não ser um problema. A utilização de pontes
rolantes que inicialmente era tímido e específico passou a ter uma grande importância dentro
da área de produção, e com isso a movimentação de material passou a tomar um rumo para o
campo logístico da produção. Na Figura 1 pode-se visualizar a implantação de pontes rolantes
em uma planta fabril visando a otimização com movimentação de peças.
Para os profissionais que atuam diretamente com esse tipo de equipamento, o seu
princípio de funcionamento é relativamente simples, porém se essa simplicidade levar uma
15
Com base nas normas citadas acima é possível determinar que o dimensionamento
adequado deve levar em contas as solicitações de movimentos verticais e horizontais que o
equipamento sofrerá, a influência do vento na estrutura, a estabilidade da estrutura, a contra
flecha das vigas principais e a análise de tensões e fadiga, além do dimensionamento de cabos
de aço, polias, tambores, rodas metálicas, rolamentos e elementos de fixação.
O cálculo de ponte não deve considerar apenas a capacidade, mas também a aplicação
e as condições de trabalho, pois tanto a norma NBR 8400, quanto as demais normas
internacionais, definem os parâmetros de cálculo que resultam em equipamentos mais ou menos
robustos, dependendo das condições de trabalho leves ou pesadas, além da frequência de uso
com alta ou baixa capacidade de carga.
18
1 JUSTIFICATIVA
a. Capacidades: de 1 t à 40 t;
b. Modelo das talhas: cabo de aço.
c. Altura de elevação: 5,0 metros
d. Aplicação: não siderúrgica.
e. Classificação das estruturas: 1,2 e 3
f. Classificação dos mecanismos: 1 Bm e 1 Am
1.3 METODOLOGIA
Serão utilizados o software Solid Works para modelamento 3D, o software Microsoft
Excel para elaboração das planilhas de cálculo, as normas ABNT NBR 9967 - Talhas com
acionamento motorizado, ABNT NBR 8400 - Cálculo de equipamento para elevação e
movimentação de cargas, ABNT NBR 9974 - Talhas de cabo de aço com acionamento
motorizado, entre outras.
A metodologia aplicada neste projeto busca através do estudo das normas vigentes
formar uma metodologia de cálculo para pontes rolantes através de planilhas de cálculo e após
essa fase dimensionar os elementos principais de uma família de pontes rolante a fim de
incrementar na linha de produtos de uma empresa do setor metal mecânico.
20
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 INTRODUÇÃO
Pórticos e semipórticos são equipamentos de uma ou duas vigas, com ou sem trave em
balanço. Possuem comando desde o piso, por botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na viga
ou móvel junto ao carro.
O pórtico (Figura 5), devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio
como o semipórtico (Figura 6), para ser montado, por isso é a solução ideal para o transporte
de materiais em espaços livres ou em prédios que não foram dimensionados para este fim.
A Norma ABNT 8400:1984 tem por objetivo fixar as diretrizes básicas para o cálculo
das partes estruturais e componentes mecânicos dos equipamentos de levantamento e
movimentação de cargas, independente do grau de complexidade e do tipo de serviço do
equipamento, considerando as combinações de solicitações, condições de resistência dos
diversos componentes e condições de estabilidade.
a. Carga Útil – Carga que é sustentada pelo gancho ou outro elemento de içamento.
b. Carga de Serviço – Carga útil acrescida da carga dos acessórios de içamento.
c. Carga permanente sobre um elemento – Soma das cargas das partes mecânicas,
estruturais e elétricas fixadas ao elemento, devidas ao peso próprio de cada parte.
d. Serviço Intermitente – Serviço em que o equipamento deve efetuar
deslocamentos da carga com numerosos períodos de parada durante as horas de
trabalho.
e. Serviço intensivo – Serviços em que o equipamento é quase permanentemente
utilizado durante as horas de trabalho, sendo os períodos de repouso muito curtos,
é o caso de equipamentos que estão incluídos em um ciclo de produção, devendo
executar um número regular de operações.
f. Turno – Período de 8 horas de trabalho.
g. Translação – Deslocamento horizontal de todo o equipamento.
h. Direção – Deslocamento horizontal do carro do equipamento.
i. Orientação - Deslocamento angular horizontal da lança do equipamento.
a. Objetivo do equipamento;
b. Classificação dos mecanismos e estruturas conforme a norma NBR 8400;
c. Tensão de alimentação
d. Ambiente de trabalho;
e. Sistemas de controle de rotação dos motores elétricos;
f. Carga útil;
g. Tipo de comando (cabine, botoeira, etc.);
h. Dispositivo de fixação da carga;
i. Vão (entre centro de trilhos)
j. Altura de elevação;
k. Velocidades;
25
A constituição geral dos cabos de aço (Figura 7) pode ser resumida em:
Na composição "Seale" existem pelo menos duas camadas adjacentes com o mesmo
número de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem alta resistência ao
desgaste.
sujeitos às especificações que os arames principais devem satisfazer. Os cabos de aço fabricados
com essa composição possuem boa resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e alta
resistência ao amassamento.
Por outro lado, ainda existem outros tipos de composições que são formadas pela
aglutinação de duas das acima citadas, como por exemplo, a composição "Warrington-Seale",
que possui as principais características de cada composição, proporcionando ao cabo alta
resistência à abrasão conjugado com alta resistência à fadiga de flexão.
As almas de fibra em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço. Os cabos de aço
CIMAF podem ter almas de fibras naturais (AF) ou de fibras artificiais (AFA). As almas de
fibras naturais são normalmente de sisal, e as almas de fibras artificiais são geralmente de
polipropileno.
Para o caso B, conforme Figura 8, o cabo para levantar cargas quentes indicado é o
modelo 6x41Warrington-Seale, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado, IPS.
Cabe observar que nas instalações que possuam dois ou mais cabos independentes
poderão ser utilizados torção direita e esquerda simultaneamente.
Para trabalhos em atmosfera corrosiva, também é recomendado cabo de aço com alma
de aço (AACI). O fator de segurança, utilizado no cálculo de dimensionamento do cabo de aço,
vai depender da aplicação do mesmo. Na Tabela 1 mostra os fatores de segurança
recomendados pelo fabricante para algumas utilizações comuns.
2.6.1 Ponte
2.6.2 Talha
A talha pode ser montada no carro ponte e é responsável pelo movimento de elevação
da carga. Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para levantar um bloco de gancho ou
dispositivo de elevação. Para parar o movimento de elevação é utilizado um motor elétrico com
freio eletromagnético chamado de motofreio. A talha também pode ser montada sob a viga
principal da ponte com o auxílio de um Trolley para poder se deslocar na transversal da ponte,
não sendo necessário o carro ponte.
30
Esta talha consiste de uma corrente de elos a qual é movida por um motor elétrico
(Figura 9).
Consiste em uma talha de cabos de aço a qual é movida eletronicamente (Figura 10).
Consiste em uma talha de cabos de aço movida por motor elétrico a qual é suspensa
por dois apoios. Esse modelo de talha é utilizada nas pontes rolantes que são constituídas de
dupla viga (Figura 11).
2.6.5 Cabeceiras
Estão localizadas nas extremidades da viga. Nas cabeceiras estão fixadas as rodas, uma
das quais geralmente é acionada por uma caixa de engrenagem, que por sua vez é acionada por
um motor elétrico, o que permite o movimento de translação da ponte rolante. Estas rodas se
movem por sobre os trilhos que compõem o caminho de rolamento.
33
2.6.6 Trolley
O trolley (Figura 12) movimenta a talha sob a viga de um tipo específico de ponte
rolante, chamado monovia. Geralmente o movimento do trolley é realizado por um motor
elétrico que aciona uma caixa de engrenagens.
Na Figura 13 demonstra-se uma ponte rolante com vista explodida para um melhor
entendimento das partes aqui citadas.
Figura 12 – Trolley
4 – Cabeceiras;
5 – Acionamentos;
7 – Redutor;
9 – Amortecedor;
35
10 – Calha de alimentação C;
11 – Cabos de Aço;
12 – Alimentação do diferencial.
36
3 DESENVOLVIMENTO
Objeto desse trabalho, as pontes rolantes, possuem uma gama muito grande de tipos,
as quais podem ser divididas em de aplicação siderúrgica, de aplicação “não siderúrgica” e os
equipamentos denominados standards.
Para todos os equipamentos acima existe pelo menos um movimento que é comum, o
movimento vertical, o qual pode estar associado aos movimentos de translação e rotação.
Para cada movimento estará implícito um mecanismo, o qual poderá ser motorizado
ou não, dependendo do tempo necessário de execução (velocidade) e do esforço envolvido,
como por exemplo, o movimento vertical possui um mecanismo de levantamento.
Essa etapa carece de um estudo aprofundado, por se tratar de uma etapa complexa,
pois há a necessidade de prever como o equipamento será operado, isto é, qual será a frequência
de utilização e com qual fração da carga em relação a máxima será submetida. Com essas
37
Para elaboração do projeto, criou-se um fluxograma geral de projeto (Figura 14) o qual
nos fornece o passo-a-passo para o correto dimensionamento.
Tipo Construtivo e
Capacidade
INVESTIGAÇÃO
Classificação das Estruturas
TÉCNICA
Parâmetros de Velocidades
PARÂMETROS
TABELADOS
Estimativa de Peso Próprio do
Carro e Configuração do
Carro
Dimensionamento estrutural
da Ponte Rolante
CÁLCULOS E
DIMENSIONAMENTOS
Dimensionamento do Sistema
de Elevação Principal
3.3.2 Estruturas
a. Classe de utilização.
b. Estado de carga.
1 (leve) 2 3 4 5
2 (médio) 3 4 5 6
3 (pesado) 4 5 6 6
3.3.3 Mecanismos
a. Classe de funcionamento.
b. Estado de solicitação.
Classes de funcionamento
Estados de
V0,25 V0,5 V1 V2 V3 V4 V5
solicitação
1 1 Bm 1 Bm 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m
2 1 Bm 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m 5m
3 1 Bm 1 Am 2m 3m 4m 5m 5m
Nos mecanismos que formam as pontes rolantes são três os movimentos que devem
ser considerados:
Em aplicações que exijam uma velocidade maior para movimentação rápida e outra
menor para trabalhos mais precisos, utiliza a adoção da dupla velocidade, a qual é possível com
a utilização de inversores de frequência e botoeiras com acionamento duplo.
Como a velocidade tem uma relação direta com o custo do equipamento foi definido
o estudo com três opções de velocidades máximas para o movimento de elevação do guincho,
conforme Tabela 11 (demais movimentos não serão objetos de estudos desse trabalho), dessa
forma pode-se criar uma família de produtos mais flexível à necessidade do cliente.
47
Elevação guincho
Capacidade
Máxima Mínima
1t 2,5 m/min -
1t 5,0 m/min -
1t 10,0 m/min 3,0 m/min
2t 2,5 m/min -
2t 5,0 m/min -
2t 10,0 m/min 3,0 m/min
5t 2,0 m/min -
5t 4,0 m/min -
5t 10,0 m/min 3,0 m/min
8t 2,5 m/min -
8t 3,0 m/min -
8t 6,0 m/min 1,8 m/min
8t 10,0 m/min 3,0 m/min
10 t 2,0 m/min -
10 t 5,0 m/min 1,5 m/min
10 t 10,0 m/min 3,0 m/min
15 t 1,5 m/min -
15 t 3,0 m/min 1,0 m/min
15 t 6,0 m/min 2,0 m/min
20 t 1,2 m/min -
20 t 2,5 m/min 0,8 m/min
20 t 5,0 m/min 1,5 m/min
25 t 2,0 m/min 0,6 m/min
25 t 4,0 m/min 1,2 m/min
25 t 5,0 m/min 1,5 m/min
30 t 1,5 m/min 0,5 m/min
30 t 3,0 m/min 1,0 m/min
30 t 4,5 m/min 1,5 m/min
40 t 1,2 m/min 0,4 m/min
40 t 2,5 m/min 0,8 m/min
40 t 3,2 m/min 1,0 m/min
Para o cálculo das estruturas necessita-se dos valores do peso do carro próprio e da
distância entre centro das rodas. Porém como esses valores dependem do dimensionamento da
ponte concluído deve-se arbitrar valores para que se possa efetuar os cálculos. Os valores
arbitrados, conforme Tabela 12, estão levando em consideração dados práticos aproximados de
fabricantes como a Abus e Joscil, porém como esse dado não é divulgado pelas empresas
fabricantes existe uma margem de erro. Com a realização dos projetos dos carros esses valores
deverão ser validados e havendo a necessidade de correção deverá ser revisada a tabela.
caixão (Figura 16), as quais dependendo da capacidade da ponte pode ser utilizado de uma,
modelo univiga (Figura 17), ou até duas, modelo dupla viga (Figura 18).
Número de Vigas
A
Velocidade de Elevação N
Á
Velocidade Transversal
L
Velocidade Longitudinal I
S
Peso Próprio do Carro e Talha (kgf)
E
Distância entre centros das rodas (mm)
Onde:
h é a altura da viga, em mm.
b é a base da viga, em mm.
ea é a espessura da alma, em mm.
efs é a espessura flange superior, em mm.
efi é a espessura flange inferior, em mm.
b2 é a distância entre almas, em mm.
d é a distância entre flanges, em mm.
há é a altura da alma, em mm.
Para a geometria da viga existem duas situações que deverão ser atendidas:
Verificação da flecha
y y1 y2 y3 (2)
1 3C 2 L C3 5
y P L3 Q L3 (3)
48 E I yy 2 2 8
Para uma ideia preliminar das vigas que poderão ser utilizadas, determina-se, para um
carro ideal, a reação máxima como sendo:
(4)
Onde:
Fcmáx é reação máxima no carro, em N.
Wu é a carga útil à ser levantada, em N.
Impor a condição de flecha máxima admissível, ou seja, flecha devida ao peso próprio
total do carro e carga útil a ser levantada igual a relação do vão da ponte sobre 750.
Sabendo-se que:
(5)
Onde:
fc é a flecha, devido ao peso próprio do carro e carga, em mm.
lp é o vão da ponte rolante, em mm.
ar é a distância entre rodas do carro, em mm.
E é o módulo de elasticidade do aço, em MPa.
Ix é o momento de inércia para a viga da ponte, em mm4.
55
Pode-se adotar para o momento de inércia necessário ao carro e à carga, para uma
seleção preliminar. O coeficiente 1,5 leva em consideração a flecha devida ao peso próprio da
viga selecionada, pelo método de tentativa e erro.
(6)
Onde:
Ixs é o momento de inércia estimativo para a seleção da viga da ponte.
Com a seleção preliminar da viga, pode-se então verificar a flecha total, como segue:
(7)
Onde:
fct é a flecha total estimativa na viga principal, em mm.
fc1 é a flecha devida ao carro e à carga, considerando-se a viga selecionada, em mm.
fc2 é a flecha devida ao peso próprio da viga, em mm.
fc3 é a flecha devida à cabine de comando, em mm.
Calculando-se obtêm-se:
(8)
(9)
56
(10)
Onde:
Ixv é o momento de inércia da viga selecionada e a flecha total deverá ser menor que
lp/750.
Onde:
ar é a distância entre rodas do carro, em mm.
Fcmáx é a força de reação das rodas do carro, em N.
x é a distância do ponto de apoio até a seção crítica, em mm.
a4 é a distância da linha de centro da ação da resultante no carro, (determinada entre
Ftc1 - peso próprio -, e SL - carga de serviço) à roda mais próxima do carro, em mm
(11)
Portanto:
(12)
58
Conclui-se que quando uma das rodas do carro ultrapassar a distância a4/2 da linha de
centro do vão, tem-se a seção crítica, considerando-se os carregamentos supracitados e a seção
da viga constante.
A determinação das tensões na seção crítica pode ser calculada pelos métodos
utilizados em resistência dos materiais. A análise dessas tensões conduz a definição do esforço
crítico que é submetido o equipamento, considerando os pesos próprios, a carga de trabalho e
os efeitos desses esforços conjuntos na seção.
Inicialmente calcula-se o momento causado pelo peso próprio, que inclui a própria
viga, diafragmas de reforços, trilho do carro, chapas de desgaste e demais acessórios.
(13)
(14)
(15)
(16)
59
(17)
O momento total devido ao peso próprio é a resultante do momento gerado pelas cargas
concentradas e distribuídas:
(18)
(19)
(20)
Onde:
ap é a aceleração da ponte, em m/s2.
g1 é a aceleração da gravidade, em m/s2.
(21)
Onde:
Mx é o fator de majoração que depende do grupo de classificação da estrutura,
φ é o fator que depende da velocidade de levantamento (Tabela 14)
60
φ = 1 + εo vL [Adim]
εo = 0,6 para pontes rolantes e o mínimo valor para φ é 1,15 (Tabela 15)
vL é a velocidade de levantamento em m/s.
(22)
Para o caso I de verificação, KI = 1,5, assim o gráfico das tensões fica conforme a
Figura 23.
Grupos Mx
1 1
2 1
3 1
4 1,06
5 1,12
6 1,20
A escolha do cabo de aço deve assegurar uma vida satisfatória do mesmo. O método
apresentado na norma NBR 8400 é aplicável para cabos formado por mais de 100 fios e com
resistência a ruptura de 1.600 N/mm² a 2.200 N/mm², polidos ou galvanizados retrefilados,
sendo fabricados com alma de aço ou fibra.
(23)
63
O esforço de tração máximo T que atua sobre o cabo no caso 1 (serviço normal sem
vento) é determinado a partir do esforço estático (incluindo os pesos próprios do cabo e moitão),
o qual deve se adicionar o esforço resultante do atrito nas polias e as forças de aceleração (caso
sejam superiores a 10% das cargas verticais).
(24)
(25)
65
Onde:
Tc - É o esforço máximo de tração dos cabos de aço (daN)
ηc - Rendimento mecânico do sistema de cabeamento
SL - Carga de serviço (carga útil + peso próprio dos acessórios)
ηp - Rendimento mecânico do mancal da polia (0,99 mancais de rolamento)
np - Número de polias em rotação a contar a equalizadora
Grupo de
Cabo Normal Cabo não rotativo
Mecanismos
1 Bm 0,265 0,280
1 Am 0,280 0,300
2m 0,300 0,335
3m 0,335 0,375
4m 0,375 0,425
5m 0,425 0,475
Diâmetro Tabela
Classe Alma
mm pol
4,76 3/16" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
6,35 1/4" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
7,94 5/16" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
9,53 3/8" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
11,10 7/16" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
12,70 1/2" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
14,30 9/16" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
15,90 5/8" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
19,10 3/4" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
22,20 7/8" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
25,40 1" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
28,60 1.1/8" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
31,80 1.1/4" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
34,90 1.3/8" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
38,00 1.1/2" 6 x 25 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
4,76 3/16" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
6,35 1/4" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
7,94 5/16" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
9,53 3/8" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
11,10 7/16" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
12,70 1/2" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
14,30 9/16" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
15,90 5/8" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
19,10 3/4" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
22,20 7/8" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
25,40 1" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
28,60 1.1/8" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
31,80 1.1/4" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
34,90 1.3/8" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
38,00 1.1/2" 6 x 41 Alma de Fibra I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
4,76 3/16" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
6,35 1/4" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
7,94 5/16" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
9,53 3/8" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
11,10 7/16" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
12,70 1/2" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
14,30 9/16" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
15,90 5/8" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
19,10 3/4" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
22,20 7/8" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
25,40 1" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
28,60 1.1/8" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
31,80 1.1/4" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
34,90 1.3/8" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
38,00 1.1/2" 6 x 41 Alma de Aço I.P.S (Resistência 1.770 N/mm²)
(28)
W = 1 para tambor
O total WT, obtido sobre os enrolamentos onde passa efetivamente o cabo, fornece os
valores de H2 conforme a Tabela 20.
Tabela 19 – Valores de H1
Tabela 20 – Valores de H2
Wt H2
≤ 1
6à9 1,12
≥ 10 1,25
Fonte: NBR 8400 (1984)
(29)
(30)
(31)
(32)
Onde:
lt é o comprimento do tambor, em mm
nrt é o número total de ranhuras do tambor
69
De forma preliminar adota-se a1 = 100 mm para a2 = 150 mm. Esses valores deverão
ser verificados após a configuração final do equipamento, analisando-se o ângulo de entrada do
cabo de aço no ranhuramento, conforme a norma NBR 8400.
(33)
A potência mecânica calculada implica na seleção do motor, sendo que uma análise
mais aprofundada do sistema definirá o número de polos do motor.
O freio pode é determinado pelo momento de frenagem e o seu modelo pode ser
escolhido pelo sistema acoplado internamente no motor (motofreio) ou um sistema
independente (freio à disco).
(34)
(35)
(36)
(37)
(38)
Onde:
Q - Peso da carga (t)
V1 - Velocidade de subida da carga (m/min)
71
Tabela 21 – Fator K
(40)
Onde:
PT1 – Potência térmica mínima do redutor
PT – Potência de levantamento carga nominal
K – Fator K
S – Fator S
R – Fator R
(41)
Onde:
T2R,eq – Momento redutor requerido equivalente
T2R – Momento redutor requerido carga de levantamento 1/3 da carga
n2R – Relação entre o momento nominal e 1/3 da carga pelo estado de solicitação
selecionado
73
Grupo do mecanismo: 1 Bm
74
Parâmetros de velocidades
Verificação da flecha
Após a simulação das vigas principais para as capacidades objeto desse trabalho,
obteve-se a Tabela 22.
76
Viga da Ponte
Capacidade Vão Livres Alma Aba Inferior Aba Superior Peso Total Peso/metro
Modelo
Altura Espessura Largura Espessura Largura Espessura (kg) (kg)
até 7,5 m Univiga 450,00 3,35 250,00 6,30 250,00 3,35 320,00 42,67
até 10,0 m Univiga 550,00 3,35 300,00 6,30 300,00 4,75 551,00 55,10
1 ton
até 15,0 m Univiga 850,00 4,75 300,00 6,30 300,00 4,75 1343,00 89,53
até 20,0 m Univiga 1100,00 4,75 350,00 6,30 350,00 6,30 2339,00 116,95
até 7,5 m Univiga 450,00 3,35 250,00 6,30 250,00 3,35 320,00 42,67
até 10,0 m Univiga 550,00 3,35 300,00 6,30 300,00 4,75 551,00 55,10
2 ton
até 15,0 m Univiga 850,00 4,75 300,00 6,30 300,00 4,75 1343,00 89,53
até 20,0 m Univiga 1100,00 4,75 350,00 6,30 350,00 6,30 2339,00 116,95
até 7,5 m Univiga 450,00 4,75 280,00 8,00 280,00 8,00 515,00 68,67
até 10,0 m Univiga 550,00 4,75 280,00 12,50 280,00 9,50 894,00 89,40
5 ton
até 15,0 m Univiga 850,00 4,75 300,00 9,50 300,00 8,00 1569,00 104,60
até 20,0 m Univiga 1100,00 4,75 350,00 9,50 350,00 8,00 2697,00 134,85
até 7,5 m Univiga 550,00 4,75 280,00 8,00 280,00 8,00 571,00 76,13
até 10,0 m Univiga 700,00 4,75 280,00 9,50 280,00 9,50 940,00 94,00
8 ton
até 15,0 m Univiga 900,00 6,30 280,00 12,50 280,00 12,50 2160,00 144,00
até 20,0 m Univiga 1200,00 6,30 350,00 9,50 350,00 9,50 3418,00 170,90
até 7,5 m Univiga 500,00 6,30 300,00 12,50 300,00 12,50 812,00 108,27
até 10,0 m Univiga 800,00 4,75 280,00 9,50 280,00 8,00 1015,00 101,50
10 ton
até 15,0 m Univiga 1100,00 6,30 280,00 12,50 280,00 12,50 2308,00 153,87
até 20,0 m Univiga 1200,00 6,30 400,00 12,50 400,00 12,50 3944,00 197,20
até 7,5 m Duplaviga 500,00 4,75 280,00 9,50 280,00 9,50 1186,00 158,13
até 10,0 m Duplaviga 700,00 4,75 280,00 8,00 280,00 8,00 1747,00 174,70
15 ton
até 15,0 m Duplaviga 950,00 4,75 280,00 9,50 280,00 9,50 3557,00 237,13
até 20,0 m Duplaviga 1150,00 6,30 350,00 9,50 350,00 9,50 6638,00 331,90
até 7,5 m Duplaviga 550,00 4,75 280,00 9,50 280,00 9,50 1242,00 165,60
até 10,0 m Duplaviga 700,00 4,75 350,00 8,00 350,00 9,50 2006,00 200,60
20 ton
até 15,0 m Duplaviga 1000,00 4,75 300,00 9,50 300,00 12,50 4015,00 267,67
até 20,0 m Duplaviga 1150,00 6,30 350,00 12,50 350,00 12,50 7297,00 364,85
até 7,5 m Duplaviga 600,00 4,75 300,00 9,50 300,00 9,50 1432,00 190,93
até 10,0 m Duplaviga 750,00 4,75 350,00 9,50 350,00 8,00 2231,00 223,10
25 ton
até 15,0 m Duplaviga 1000,00 6,30 350,00 12,50 350,00 9,50 4781,00 318,73
até 20,0 m Duplaviga 1200,00 6,30 400,00 12,50 400,00 12,50 8232,00 411,60
até 7,5 m Duplaviga 600,00 4,75 300,00 12,50 300,00 9,50 1538,00 205,07
até 10,0 m Duplaviga 800,00 6,30 350,00 9,50 350,00 9,50 2627,00 262,70
30 ton
até 15,0 m Duplaviga 1050,00 6,30 350,00 12,50 350,00 9,50 5140,00 342,67
até 20,0 m Duplaviga 1250,00 6,30 450,00 12,50 450,00 12,50 8888,00 444,40
até 7,5 m Duplaviga 650,00 6,30 330,00 12,50 330,00 9,50 1819,00 242,53
até 10,0 m Duplaviga 850,00 6,30 350,00 12,50 350,00 9,50 3023,00 302,30
40 ton
até 15,0 m Duplaviga 1150,00 6,30 400,00 12,50 400,00 9,50 5785,00 385,67
até 20,0 m Duplaviga 1300,00 8,00 500,00 12,50 500,00 12,50 10456,00 522,80
SL - Carga de serviço (carga útil + peso próprio dos acessórios): 19.686 daN
Relação de cabos: 2
Potência de Levantamento
Q - Peso da carga: 2 t
Figura 29 – Motofreio
Seleção do gancho
Tamanho do Gancho: 1
Gancho
Capacidade
Tipo Classe Código Peso (kg)
1t Simples DIN 15401 140000VS 3,20
2t Simples DIN 15401 140000VS 3,20
5t Simples DIN 15401 140000VS 3,20
8t Simples DIN 15401 140001VS 4,50
10 t Simples DIN 15401 140002VS 6,30
15 t Simples DIN 15401 140004VS 8,80
20 t Simples DIN 15401 140004VS 8,80
25 t Simples DIN 15401 140005VS 15,00
30 t Simples DIN 15401 140406VS 24,00
40 t Simples DIN 15401 140408VS 38,00
CONCLUSÕES
Como o projeto de uma ponte rolante contempla uma quantidade muito grande de
componentes, e o objetivo do trabalho não era o total detalhamento, mas sim uma configuração
macro, para ser utilizado como base (ponto de partida), alguns itens não foram abordados, tais
como:
- acoplamentos;
- eixos;
- rolamentos;
- vigas testeiras, que são vigas onde apoiam-se as vigas principais;
- clip de fixação do cabo de aço no tambor;
- passadiço;
- estudo ergonométrico;
- canaletas e dutos de passagem para os cabos elétricos;
- sistema de energização (carro e ponte);
- fixações dos trilhos nas vigas e no caminho de rolamento;
- ensaios dinâmico e estático;
- chaves limites fim de curso;
- diagramas unifilares e sistemas elétricos.
Por fim, este trabalho possibilita a criação de uma família pontes rolantes com
parâmetro definidos para ser incrementado no mix de produtos de uma empresa fabricante.
88
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[01] CMAA 70/83, Specification for Eletric Overhead Traveling Cranes, Association of Iron
and Steel Engineers, Pittsburg, 1983.
[09] NBR 9967, Talhas com acionamento motorizado. ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas, São Paulo, 1987.
[10] NBR 9974, Talhas de cabo de aço com acionamento motorizado. ABNT - Associação
Brasileira de Normas Técnicas, São Paulo, 1987.