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Boas

Práticas
ABC

NOVO ENCANTO
fixa técnica

Construção de poço artesiano ou semi artesiano

Apresentação
Núcleos e Monitores (Triênio 2012-2014) Rorepere perupid molupta tusdandae ex et as acest, quiandus nimus dolorume eaquam quos sam, enditatur? Os ex eaquisi
Núcleo Natal – 10a região – Monitor Lucas Generoso auditia eseque sequam faccat.
N. Monte Alegre – 9a região – Monitor Humberto Castro Um faci secupti andicium nonsequ amusam harum a veliquis si officia tianimusapel il ium aut int, quo iur, quunt faccus
N. Alto das Cordilheiras – 3a região – Monitor: Athur Lima exerumqui ommo blante dolor aliquosae nectas et unto dolupta spisser oritatur, am sequam qui dem ut eles alita dolo eat fugia
Núcleo Núcleo Imaculada Concepcion - 1ª Reg. Europa – Monitora: Reyes dolorepudit veles rehenditate labo. Ut rem atae volo eos abo. Siminct atibus et parchitat exerio. Omnis et ut evel et, nes de mos
Núcleo Arco Iris - 9a região - Monitora Rita Baratieri mi, odiscip santenist, te volupietum in con corum aut officae cum eat eturepudit, optis sitio dolut aborehe ndaectis dolupit om-
Núcleo Augusto Cangulê – 14a região - Monitor Keid Nolan Souza nistis volor aliate dem accabo. Endae dolupid igenderum ad quam, siti quam hilic temqui ad molendis sintia cus eariand icienese
Núcleo Luz Abençoada - 9a região - Monitor Yan Galvão Oberlaender de Almeida sa volor amus que et laborro quist, sit, ea nis mos aut laborit aspeliquis natiumq uatios mi, sinum ea conet eossum si doluptae
N. Rainha da Luz - 8a região - Monitor Leandro Moura offictempe vendell accus.
Sede Geral – Brasília - Monitora Paola Silveira Onsed quist ipicabo. Em cume denihic ienias molutat ex et rem re cus erum quo im exerupti di de volupta tibus.
Núcleo Rei Canaã – 14a região – Belém - Monitora Julia Cohen Aceat quia dolupis qui volupta sendaecte vel molum haritaq uiamus autem facia dit asime veribus quae commodi taturestia
Núcleo Rainha das Aguas - 3a região - Monitor Paulo Fernando Junqueira solupta nam, ilignim delicipsame maio est ut omnist omnitatio veruntia dolorest lit optatque dent, nusam, aut et, optaturia
Núcleo Coroa Divina – 9a região - Monitor Thiago prenditatia cumquas atemoluptas videbis doluptatem consed quo officatatiis eos doluptatur minus endandunt inctis alis dolupta
Núcleo Luz de Maria - Monitor Miguel Salum tempor molut et offic tem facestrum eaque rerferf eratio vid milliatem etus.
Nucleo São Cosmo e São Damião – 9a região - MonitorMario Bastos Um quis repelectur modi cum nos apis ullautes exeris consequi accus, sequi ut underspis eictur, conse volutem est, volorupta-
Núcleo Canário Verde – 8a. Região - Monitor João Gabriel tem ipsandit mintur?
Núcleo Gaspar (redenovoencanto em 09/12/2014) - Monitora Waleria Itas et alit et aut doluptatur?
Novo Encanto 3a. Região - Coordenadora Sara Abes Bercia dolupiderum laceproviti corepta doluptas quiamus atem quatem rehent pro quam, ni qui corumquatia aperector maxi-
Núcleo Estrela D’Álva - Colaboração de Carolina de Moura e Nycolas da equipe de monitor mus, officid quis sit quiaspe rroviduscil maximuscit, sitioss equatem res moditat enimet fugitam, eum quaspercium sam untiun-
Leandro Pelizzoni) – 9a região totas arum hiciat.
Núcleo Príncipe Ram – 14a região – Monitora: Sabrina Fortes Doloria dolupti orerspero eturitatiis re pratquae aditios digname cusdam core laut que nos et eumet volut eum quibus ide mo-
Núcleo Princesa Mariana – 10a região – Monitora: dipsu ndignim poriost ruptaturibus sunto cus maio dolor adis experro etusa quo volupta pores ad estio optatur autem aut rem
13a região – Monitordo triênio 2012/2015: Júlio César Fonseca Linhares quasitia nonse rest, quossusae. Magnihicium rehendem et aditatis quo veratem sunt re, quat.
Nucleo Menino Rei – 12a região – Monitora no triênio Taísa Siqueira Hari aut quid qui odior sa nihil ium quiduntem repeliquatio eos sam, tem aut apienissum corecescit fuga. Aborro mi, cus
Atividade Nucleo Jardim do Norte – 2a região – Monitora: Nívea Teófilo rerupta nest fugitatius, ut arum, explis et eum hillupita se vendae cuptateste res et volo demolor eperumq uiaecus, susciissus eius.
Núcleo Tucunacá - 11a Região- Monitora Marcia Fernandes In nos exerum lati ut vel ium qui cumet que exceatem ut re, ipsusaniet veliquia voluptur alique nonsequi delestio dolorem ra
Núcleo Menino Deus - 2a Região - Monitor Mario Evangelista nis con nonem imus mi, quidelis aut la ad eosae posamenis ut ex eos doluptiatus ea poreiur?
Realização de alguns trabalhos ou projetos de conservação Recuperação
Construção de poço artesiano ou semi artesiano de nascentes e matas ciliares no terreno

Água 5
Caixas d’água e cisternas

O Nucleo Natal realizou as análises das águas do Núcleo em parceria com o IFRN - Instituto Federal do Rio Grande
do Norte. As amostras foram coletadas nos locais necessários e encaminhadas ao laboratório do IFRN.

ÁGUA
Água é Vida - esta verdade é mais fácil de se reconhecer, quando sabemos que sem água não há vida.
A Água é o elemento Sagrado da Vida - esta verdade só podemos reconhecer pela espiritualidade. Com nosso desen-
volvimento espiritual, podemos reconhecer que a Vida é Sagrada, que a Água é Sagrada.
E com desenvolvimento espiritual temos condições de viver cada vez mais de acordo com esse reconhecimento, No N. Monte Alegre/PR a análise da Água do poço semi artesiano é realizada pelo Centro de Pesquisa e Processamento de
respeitando a Água, respeitando a Vida. Cada vez mais podemos ir tendo atitudes diárias do uso adequado da Água, Alimentos da Universidade Federal do Paraná – CEPPA, sendo que a coleta da amostra para análise é realizada pela moni-
preservando o precioso líquido, demonstrando nosso compromisso com a continuidade de nossa própria Vida. toria com orientação do CEPPA;
Na União do Vegetal, a Água é essencial, porque presente no Vegetal, no Chá Hoasca, poderoso instrumento que ser- Inicialmente os parâmetros microbiológicos analisados são: contagem de coliformes totais, contagem de Escherichia coli
ve à nossa evolução espiritual. A água é necessária no plantio de Mariri e Chacrona, as Plantas Sagradas que compõem e contagem de bactérias heterotróficas;
o Vegetal. Além de outros usos da água na manutenção do funcionamento material do Centro Espírita Beneficente A Lei utilizada para orientar este trabalho é a Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde que “Dispõe sobre os procedi-
União do Vegetal. mentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade”.
As Diretrizes Ambientais do Centro – o ABC - tem três grandes temas: Água, Biodiversidade e Cultura. É bem repre-
sentativo que o primeiro indicativo seja a Água. Dela se fazem os outros dois. Com a Água, podemos viver, respeitar e
desenvolver a Biodiversidade e a Cultura Caianinha.
As Diretrizes Ambientais do Centro já circulava entre nós, como idéia. Teve a sistematização e a implementação
iniciadas durante o Festival Água no 3º. Milênio, realizado pela Associação Novo Encanto. A inspiração veio da Água.
A Água nos trouxe esse indicativo de que devemos e como podemos renovar nosso olhar à Natureza, sermos cada vez No N. Alto das Cordilheiras a análise da água da mina é realizada a cada 6 meses. Com base nos resultados mais recentes,
mais coerentes com os ensinos da União do Vegetal no respeito a si mesmo e ao que nos cerca, a humanidade, a Natu- o foco maior é na recuperação da mina e manutenção das instalações.
reza, a Terra. Foram feitas as análises mais básicas que são as microbiológicas e físico químicas. É importante a forma de fazer a coleta
Cada um de nós pode ser como uma gota d´água que se soma a outras gotas d´água, formando uma corrente líquida das amostras e os locais, sendo que no caso, foi analisada na entrada da caixa, saída da caixa, e saída da torneira.
A análise
de União, pelo Bem de todos. Esta é a responsabilidade de cada um. Por isso, dedico a todos nós que compartilhamos da saída da torneira é que estava pior, pois passava por um filtro que tinha pouca manutenção. Neste caso era melhor ficar
este importante trabalho, o poema-símbolo do Festival Água no 3º. Milênio, de minha autoria: sem o filtro e o mesmo foi retirado. Ainda estão implementando as melhorias;
GOTA DE VIDA Com base nos resultados, para solução imediata implantaram um clorador, na entrada na caixa, pois a água estava com
quantidade de bactérias heterotróficas acima da permitido pela legislação do estado. A partir disso foi feito um plano de ges-
Uma gota d´água pingou tão mais sistêmico, pensando em vários aspectos em relação a água (água, esgoto e plantio), nisso inclui, a troca das caixas,
Na palma de minha mão. plantio de árvores na mina e instalação de um filtro antes do clorador.
Agora posso dizer, sem medo de errar: O plantio de árvores, está de acordo com a adequação da legislação (50 metros de raio de árvores nativas das minas).
A Vida cabe na palma de minha mão. As árvores promovem sombra na mina, diminuindo o calor e desacelera o crescimento de bactérias, além de aumentar a
Marisa Mendes Machado infiltração de água na área. São especialmente indicadas as plantas nativas.
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Com relação ao clorador, o Núcleo Imaculada Concepcion – Espanha, utilizou um filtro de raios ultravioletas, total- Construção de poço artesiano ou semi artesiano
mente inofensivo para a saúde.
Da saída da fonte ao depósito de armazenagem passando pelo filtro não ficaram vestígios de vírus nem bactérias que
vivem na água. As análises foram realizadas em laboratórios privados e estão dentro dos parâmetros da lei;
LINK com informações sobre o APARELHO DE FILTRAGEM DA ÁGUA POR RAIOS ULTRAVIOLETAS do Nú- No Núcleo Luz Abençoada foi trabalhado
cleo Imaculada Conceição (Espanha) um filtro de água para aproveitamento da
água do córrego que nasce no terreno.

http://esterilizacionaguaultravioleta.fadecen.com/index.php/agua-potable-esterilizacion-ultravioleta/potabilizacion-domestica/

Coleta do óleo usado na cozinha

No Núcleo Arco Iris/SC é feita a coleta do óleo de cozinha, que é encaminhado a algumas senhoras da comunidade, Realização de alguns trabalhos ou projetos de conservação Recuperação
que preparam o sabão caseiro, sendo que a cada 2 litros de óleo entregues, as pessoas recebem dois pedações de sabão
ecológico.
de nascentes e matas ciliares no terreno
Já no Núcleo Augusto Cangulê/PA, o óleo utilizado em frituras é coletado em garrafas pet e direcionado para os
trabalhos em oficinas de produção de sabão, com pessoas da própria irmandade que fazem parte da equipe do plantio.
O N. Rainha da Luz/GO trabalha para evitar o assoreamento da represa que irriga o plantio. Utiliza Plantio de
gramíneas, entre essas, 2 espécies de bambu: guadua angustifolia e bambu gigante, cuja massa de raízes superficiais
podem evitar que a enxurrada vinda ladeira abaixo carreie terra fértil para a represa, causando assoreamento e pro-
liferação de plantas aquáticas em excesso. Com isso preserva a represa evitando assoreamento e mortalidade da vida
subaquática, por excesso de plantas aquáticas que poderiam consumir muito oxigênio.

O N. Augusto Cangulê/PA está fazendo a recomposição florestal de duas áreas, uma no terreno da sede do núcleo
aonde passa um igarapé, com mudas produzidas pela equipe de plantio e outra em parceria com o voluntariado
da Vale do Rio doce (empresa de exploração de minério de ferro), quem doa mudas florestais e voluntários para a
execução da atividade de recuperação de APPs.

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Algum trabalho de adequação dos encanamentos Segundo a monitora, o porta copos é um trabalho artesanal. “tivemos que desmontar os escorredores de copos que
compramos prontos, para caber os copos sem um ficar apertando o outro. Colocamos ainda uma canaleta, exigência
(pias, torneiras, registros) das enfermeiras da irmandade, para um copo quando lavado, não escorrer no que está abaixo.
Nosso porta copos é móvel, possui “rodinhas”e pode ser levado para o refeitório, para a casa de preparo e onde se
fizer necessário.

Na Sede Geral/DF visando economia e consciência a respeito da água, a monitoria lançou a campanha “FOCA NA
ÁGUA”

Véi, na boa...

FOCA NA
ECOLOGIA!

O N. Rei Canaã/PA também desenvolveu o projeto de copos duráveis, com objetivo de sensibilização para redução
de descartáveis no terreno, buscando também o cuidado com a higiene e instalou o copário com a identificação dos
usuários.

Fazem parte da campanha a aquisição de copos duráveis pelos seguintes motivos: Fizeram uma conversa com as crianças e também apresentação na reunião de diretoria, sobre as vantagens de
copo.

1) Cada pessoa pode ser responsável 3) Minimizar a contaminação de
pelo seu copo, inclusive pela higiene; doenças transmissíveis: gripe, in-
flamação de garganta, herpes, etc.
2) Aliviar o trabalho da Ogã e sua Cada copo tem um adesivo vinílico a
equipe, que ficavam o dia inteiro la- prova d’água, com o nome em ordem
vando copos deixados pela irman- alfabética e numérica para melhor
dade nas pias; localização do mesmo num PORTA
COPOS

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Instalação de vasos sanitários de baixo consumo?
O N. Rainha das Aguas/MG construiu um Sistema de Tratamento de Águas Cinzas, utilizando técnicas de tratamento de
água residual, seguindo princípios da permacultura, para tratamento dos efluentes (águas cinzas), produzidos nas pias da
cozinha do Núcleo.
O N. Arco Iris/SC recalca água do riacho e abastece as caixas dos sanitários. Utilizaram pedra, brita, areia, tambor de 200litros e canos, reaproveitaram uma antiga caixa dágua, além do plantio de
Segundo http://pt.wikipedia.org/ plantas ornamentais no local . A brita, areia e terra foram colocadas em camadas de 10 cm. Deixaram um espaço de 40 cm
wiki/Vaso_sanitário, “A quantidade da borda de cima até a superfície do leito filtrante ( brita, areia e terra) para o acúmulo de água que pode ocorrer quando a
de água utilizada para a descarga dos demanda de água for maior que o tempo de filtragem. A saída d’água é feita pelo fundo do reservatório, sendo destinada a
vasos sanitários representa um par- um tambor para utilização na irrigação do jardim.
cela significativa da água usada nas Atividade (detalhamento): seguimos o modelo descrito por Evandro Sanguinetto em sua Dissertação de mestrado sub-
residências, condomínios e empre- metida ao Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Design ecológico: projetando e construin-
sas. Os modelos mais antigos onde do tecnologias vivas para o tratamento de efluentes domésticos com reúso das águas, universidade federal de itajubá – unifei,
a válvula de descarga era afixadas na agosto de 2010.
parede consumiam em média de 12
a 15 litros de água por descarga. Em
2003 um acordo entre os fabricantes
de vasos sanitários brasileiros permi-
tiu que um novo modelo, com caixa
acoplada, fosse adotado. O modelo
com caixa acoplada possui um gasto
fixo de 6 litros por descarga, norma-
tizado pela NBR 15.097/04, permi-
tindo uma economia sensível de água
em relação aos modelos mais antigos.
Existem modelos de vasos sanitários
ainda mais econômicos em relação
ao consumo de água, como os vasos
sanitários de descarga dupla (3 litros
para dejetos líquidos e 6 litros para
dejetos sólidos) e sanitários à vácuo
(1,2 a 1,5 litros de água por descarga)
que utilizam ar (vácuo) para sugar
os dejetos. Os sanitários a vácuo são
utilizados principalmente em aviões
onde o custo da água transportada é
particularmente elevado e também
em instalações experimentais para o Ver no link - http://www.slideshare.net/EvandroSanguinetto/mestrado-design-ecolgico-projetando-e-construindo-com-a-natureza-verso-
uso eficiente da água.” -13-ps-banca-cor-final

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Construção de poço artesiano ou semi artesiano

O Núcleo rainha da
luz também tratou e
reutilizou a água cinza
com Sistema de zona
de raízes com fluxo
sub superficial.

Após o insucesso
do sistema de raízes
com fluxo superficial,
onde houve a prolife-
ração de mosquitos e
mau cheiro, o sistema
foi adaptado. Agora a
água não fica exposta
evitando aqueles pro-
blemas. A água foi en-
tão direcionada para
bananeiras.

Chegaram a uma
destinação correta p/
agua cinza, porém este
sistema se demonstrou
inadequado para o re-
gime intermitente de O N. Coroa Divina/PR construiu o sistema de trata- ligam a cozinha até a caixa. Ao fundo foi colocado brita.
uso de água nos núcle- mento da água cinza por zonas de raízes com a água Posteriormente o buraco foi coberto com a terra, e na
os da UDV. Após este eliminada das pias da cozinha. superfície foram plantadas vegetação que tem a capaci-
caso, foi feita a cons- Utilizam tijolos, cimento, brita, canos de PVC e mu- dade de decompor os materiais despejados na estação.
trução de um círcu- das de plantas diversas. A estação está em funcionamento até hoje, fazendo
lo de bananeiras com Foi feito buraco de 2 m de profundidade e constru- com que as águas da cozinha não sejam eliminadas sem
melhores resultados. ída a caixa de alvenaria com as conexões em PVC, que um tratamento adequado.

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O N. Luz de Maria implantou o círculo de bananei- A execução é divertida e é recomendável o envolvi-
O Núcleo planejou ou construiu fossa ecológica?
ras, que recebe a água de pia (água cinza). Este sistema é mento de crianças e jovens, promovendo Educação Am-
bem fácil de fazer, faz o saneamento ecológico produti- biental.
vo, (trata o efluente e produz bananas). Também permite Este implantado e funcionando no Núcleo Luz de Ma-
agregar Plantas Medicinais e outras plantas que forem ria produziu em meses, 6 cachos e aproximadamente 50 O N. São Cosmo e São Damião/PR faz o tratamento de cascalho rolado de rio com 40 cm de altura com manta têx-
oportunas. dúzias de banana. efluentes pelo sistema de zona de raízes. O Tratamento dos til (Bidin) e areia com 20 cm. O sistema é regulado por um
O custo é mínimo, basicamente o encanamento que efluentes dos WC são encaminhados para fossa séptica de regulador de nível de água que serve para regular a altura
http://www.setelombas.com.br/2006/10/circulo-de-bananeiras/ aproximadamente 4,0 m. x 2,0 m. x 2,0 m e posteriormente necessária em diversos momentos da instalação das plantas.
direciona a água da pia até o círculo e as mudas de ba-
naneira. para zona de raízes (R.Z). Foram plantadas plantas macrófitas diversas da região entre
O sistema para tratamento das águas cinza também rea- as quais taboa e papiro anão.
lizado pelo Núcleo é desviado e enviado diretamente para A metodologia de tratamento pela zona de raízes é explica-
Zona de Raízes. da pelo prolongamento das raízes até o nível do controle da
O Sistema Zona de Raízes foi executado com fluxo hori- altura da água na região dos cascalhos, por onde passam os
zontal com lona plástica impermeabilizante com profundi- efluentes, cujas raízes absorvem os poluentes.
dade de 0,70 m, 5m de comprimento e 3m de largura. Tanto A eficiência desse sistema é de 50-80% pela fossa séptica,
- Um buraco redondo no centro e as bordas salientes forma- na entrada como a saída dos efluentes na Zona de Raízes pelo tempo de detenção dessas águas de 15 em 15 dias (ses-
das pela terra retirada do buraco. (buraco até 1,5m de diâmetro por canalização em PVC de 100 mm, passando por área de sões da União) e o restante pelo sistema de Zona de Raízes.
e 0,5m de borda, totalizando 2,0m de diâmetro)
- Direciona-se o tubo da água da pia para o centro do círculo
(buraco);
- Planta-se as bananeiras na borda salientes (No N. Luz de Ma-
ria tem 9 mudas);
- No fundo do buraco são colocados galhos e troncos médios O Núcleo Canário Verde construiu a fossa em 2008 para atender a casa do zelador do núcleo. Esse ano de 2014, fizemos
de plantas e madeira residual; uma para atender os banheiros do núcleo.
- Sobre a os galhos e troncos, dispõe-se a matéria orgânica
(folhas).
- Se possível, adubar a terra da borda saliente. Nos espaços
entre as bananeiras é possível colocar outras plantas, como as
medicinais, temperos, aromáticas, etc.

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O monitor do Núcleo Augusto Cangulê disse que por te- 5 x, terão 30 lts de agua por sócio x 140 sócios, serão 4.200 lts x José Vicente Marín explica a respeito da lista de material e amarrações na metade inferior da gaiola e também para
rem suas instalações ocupando uma área nas proximidades 2 dias (caso tenham atividades sabado e domingo usarão só na orçamento do reservatório completar a tampa;
de uma APP, trouxeram a proposta para reuniões com a dire- descarga 8.400 lts ( esse calculo é uma estimativa se!! Caso!! ) • Cimento Portland CPII-Z (com adição de material • Arame recozido. Nós esquecemos deste detalhe e fi-
ção do Núcleo. A Novo Encanto em parceria com a equipe do Sabem que nem todos usam o banheiro e que só tem realmen- pozolânico): zemos com o galvanizado que é mais fraco e dá mais trabalho
Plantio apresentou dados práticos da realidade do escoamento te 140 sócios nas dependências do núcleo quando próximo do Empregado em obras civis em geral, subterrâneas, maríti- para montagem, mas sem prejuízo para a resistência final do
do esgoto, procurando conscientizar os sócios da necessida- horário da sessão...mais levam em consideração os filhos e ne- mas e industriais. E para produção de argamassas, concre- reservatório;
de da adequação dos sistemas de escoamento do esgoto, tanto tos de socios. to simples, armado e protendido, elementos pré-moldados • Toda a tubulação listada e orçada é só aquela sufi-
e artefatos de cimento. O concreto feito com este produto é ciente para fazer as esperas no reservatório. Não listamos
de água cinza, quanto da negra e assim está em andamento a A partir desse resultado fizeram um sistema de 8m de com-
mais impermeável e por isso mais durável. Utilizamos este as ligações do reservatório até a canaleta de ferrocimento
construção de sistemas de tratamento de esgoto. primento, por 2m de largura e 1m de profundidade, obtendo
cimento por suas características ligadas a água. Recomendo que faremos no chão para coletar a água do telhado, nem
A técnica utilizada são as Bacias de Evapotranspiração um sistema que poderá receber até 16.000 m³ de água por final em Brasília utilizar o Tocantins que é a fábrica que coloca o tão pouco da caixa de filtragem a ser construída. Então cada
(BET) bem conhecida no mundo da agroecologia, assim como de semana. CPII-Z na praça. Os demais são CPII-F que não é tão bom deve orçar a sua de acordo com suas especificidades.
na permacultura. O Núcleo possui 140 sócios , cada sócio pre- Este sistema tem como princípio a decomposição de dejetos para obras com água. Assim, os Núcleos de outras localida- • Procuramos comprar tudo o que pudemos no Juca,
cisa de 2m³ de bacia e para tal precisam de uma (bet) com e sua mineralização tornando assim um filtro biológico, sendo des, recomendo procurarem no saco de cimento a nomen- um comerciante do Barreiro (povoado próximo) fortalecen-
70m³, no entanto levando em consideração que o uso do siste- assim, todo excesso de água sairá do sistema filtrado podendo clatura CPII-Z; do os laços e deixando o dinheiro no desenvolvimento local.
ma será intensificado nos finais de semana, fizeram o cálculo retornar ao meio ou ser reutilizado em irrigação de plantas. • Areia precisa ser lavada e média; A tela da Gerdau foi a exceção;
de litros de água utilizado no final de semana por cada sócio. No caso deste Núcleo, farão um sistema de irrigação em curva • A Tela de ferro 4.2mm 15X15, altura de 2,45m só • Compramos ferramentas como torqueses e algumas
Consideraram que se cada sócio utilizar a descarga de 6,0 lts, de nível para o chacronal que será interligado ao sistema. vende o rolo com 60 metros. O local mais barato que encon- colheres de pedreiro. Trouxemos arco de serra de casa, pois
tramos foi na Gerdau, por R$985,00. Para o reservatório uti- adiamos a compra de um cortador de vergalhão que é uma
lizamos apenas 1/3 do rolo, ou seja, 20 metros. Observar que boa opção para quem trabalhar com a malha 4.2 pronta como
tenho conhecimento que existe, aqui em Brasília, quem faça a nossa. No mais, enxadas, pás, carrinhos de mão, peneiras e
a tela 4.2 soldada nas medidas que quisermos. Talvez seja braços bem dispostos;
mais barato, mas não tenho os contatos. Não tivemos tempo • O nosso reservatório foi cheio no dia seguinte à sua
de pesquisar. Outra possibilidade é fazer na mão amarrando conclusão. Da metade para baixo teve vários vazamentos e,
Construiu um ou mais reservatórios para captação com arame, o que na minha opinião não compensa, pois o hoje, após 23 dias de cura, ainda está com um pequeno mas
da água da chuva? custo/benefício não é vantajoso, já fiz as contas; rumando para a impermeabilização total. Esperaremos até
• A tela de viveiro de passarinho pode ser comprada ao completar 30 dias. Caso não tenha parado, conforme orien-
metro, mas nós optamos pelo rolo, por ser mais vantajoso. tação do André Soares (Instituto de Permacultura do Cer-
Quando fizermos a tampa, teremos utilizado 40 metros do rado) iremos fazer uma nata de cimento e cola branca para
rolo; selar o pequeno vazamento;
• O vergalhão 4.2 em barra serve para fazer aquelas • Após os 30 dias nós faremos a tampa”
O N. Gaspar Está em fase de construção de uma cisterna nas duas (35 e 52).
que está sendo construída com Placas e capacidade de 35 Se não quiserem fazer como nós no Gaspar, sugiro que
mil litros. entre no site da Fundação Banco do Brasil e procure no
Fizeram uma mescla aproveitando o que tem de melhor Banco de Tecnologias Sociais, da Fundação Banco do Bra-
na tecnologia social de uma Cisterna de Placa Calçadão de sil”
52 mil litros.
Nós no Gaspar fizemos uma adequação e juntamos a tec- Ver vídeo no youtube “Oficina de construção de cisterna de
placas para produção” da cisterna de 35 mil litros.
nologia/metodologia de confecção das placas que é comum

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A Sede Geral desenvolveu implantou o reservatório para captação da água da chuva, dentro do projeto “água presente” Implantação do projeto
A área de implantação do projeto foi a seguinte:

O referido projeto, 1 -Demarcação da área do reservatório 2 - Limpeza do terreno para escava- 3 - Escavação do reservatório
desenvolvido em 2012, ção do reservatório
Relatório do Projeto ÁGUA PRESENTE firmado em parce-
ria entre a Associação
CAPTAÇÃO E ARMAZENAMENTO Novo Encanto e a Pre-
DE ÁGUAS PLUVIAIS sidência da Sede Geral,
NA SEDE GERAL com base no Termo
Cooperação Técnica,
teve como objetivo
implantar um sistema
de captação e arma-
zenamento de águas
4 - Impermeabilização do reservató- 5 - Colocação da cerca ao redor 6 - Instalação das tubulações
pluviais na Sede Geral,
de modo a proporcio- rio com lona dupla face de 200 micras do reservatório
nar (i) a perenização
da irrigação no plantio
de Mariri e Chacrona,
(ii) o atendimento à ir-
mandade local e aos vi-
sitantes de forma equi-
librada, bem como,
(iii) a manutenção da
irrigação do jardim da
Sede Geral. 7 - Instalação das calhas 8 - Inauguração
Os recursos financei-
ros para implantação
do projeto foram arre-
cadados pela monitoria
MONITORIA DA NOVO ENCANTO . SEDE GERAL
local da Novo Encanto,
DEZEMBRO . 2012 por meio de doações,
e pela Presidência da
Sede Geral.

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Os pratos e talheres são ensaboados todos de uma vez, com
a água acumulada, usando água corrente somente para
enxaguar?
RECEITAS
A fabricação dos produtos de limpeza ecológicos de qualidade é vista como uma boa oportunidade de renda para os
aprendiz es. Durante as oficinas são preparados os seguintes produtos: Sabão em Barra, Sabão Líquido e Desinfetante
para Banheiro.
O núcleo estrela Dalva, relata que em épocas de escassez de água utiliza um método simples, com uso de 3 bacias e equi-
pe de 3 pessoas, designada pela ogã.
- Uma pessoa retira os restos de alimentos, caso algum irmão não o tenha feito e coloca na primeira bacia com água e
sabão, onde é feita a primeira lavada e colocada na segunda bacia, com água limpa, onde é feita o primeiro enxague e co-
locado na terceira onde é feito o enxague definitivo com água da torneira. SABÃO SABÃO DE ERVAS
O Sabão Caseiro tem como ingredientes bá- • 5 Kg de gordura
sicos: • 2,5 Kg de sebo derretido
• Gordura • 2,5 Kg de óleo de cozinha (usado), banha ou
• Soda Cáustica gordura de galinha derretida.
• Água • 1 Kg de soda
Sara Abes desenvolveu um projeto de fabricação dos Produtos ecológicos para limpeza e higiene e disponibiliza as re- A gordura pode ser sebo de gado, banha ou • 4 litros de álcool
ceitas testadas, experimentadas em oficinas dentro dos Núcleos, cujos objetivos é sensibilizar o público participante para gordura de aves, que dá um sabão de boa qua- • 4 litros de água ou suco de ervas (tanchagem,
as boas práticas, tais como: lidade, desde que misturada à outra. Abacate, babosa, capuchinha, trapoeraba, confrei, calên-
quando está sobrando, também pode ser usado dula, macaé, eucalipto)
como base gordurosa. Pode-se também aprovei-
tar sobras de gordura da cozinha. Antes do uso,
elas devem ser lavadas assim: Modo de Fazer
- Reciclar e reutilizar o óleo de cozinha usado, para pro-
Triturar as ervas e coar. Esquentar o sebo junto
duzir sabão de baixo custo, evitando que o óleo fosse Modo de Fazer com o óleo. Misturar, fora do fogo, o álcool no
jogado no ralo da pia, poluindo a água. 1 parte de água sebo quente. Misturar a soda com água ou suco
- Reciclar e reutilizar as frutas, tais como abacates, 1 parte de gordura. de ervas em recipiente não corrosivo. Acres-
mamão e outras, para produzir sabão de baixo custo, Levar ao fogo para ferver. Tirar do fogo, mexer centar o sebo com o óleo nesta mesma mistura.
bem e acrescentar 1 litro de água fria para cada Misturar bem até espumar. Colocar nas formas.
evitando as perdas excessivas dessas frutas, principal-
litro quente. As substâncias estranhas ficarão Deixar esfriar e estará pronto para cortar.
mente em locais onde elas estão sendo colhidas direta- depositadas no fundo do recipiente. Quando
mente. fria, a gordura ficará solidificada, podendo ser
- Incentivar os participantes na produção de produtos removida. Se estiver muito suja, deve-se repetir
a operação. Este processo é bom porque ajuda a LEMBRETE
de limpeza de qualidade e na formação de cooperativas Algumas receitas desenvolvidas são do Centro Eco-
tirar o sal da gordura das frituras.
e/ou associações de classe, com a finalidade de produ- A Soda é um mineral, encontrado na natu-
lógico
Alerta: Siga corretamente as proporções e orientações
zir materiais de limpezas ecológicos e gerar renda. reza em diferentes estados de pureza. Deve ser das receitas.
A soda cáustica deve ser manuseada com cuidado
manuseada com cuidado para não queimar as para não queimar as mãos (e outras partes do corpo)
mãos nem ser aspirado. E sempre bom usar soda nem ser aspirada.
de boa qualidade para produzir um bom sabão.
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SABÃO FRIO SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA
• 12 litros de água • 2 litros de água
• 1Kg de farinha de milho • 1 sabão caseiro ralado SABÃO NEUTRO OU SABÃO DE ALCOOL
• 1Kg de soda • 1 colher de Óleo de Rícino • 4 Kg de Gordura Animal
• 4Kg de sebo cozido • 1 colher de Açúcar • 2 latas de Óleo de Soja
• 1 Kg de Soda
Modo de Fazer Modo de Fazer • 3 litros de Água morna
Derreter o sebo num tacho ou recipiente grande. Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar. • 5 litros de Álcool
Dissolver a farinha de milho em 6 litros de água. Dis-
solver a soda nos outros 6 litros de água. Misturar Modo de Fazer
tudo e mexer por 40 minutos. Colocar em formas, Derreter a gordura. Acrescentar o óleo de soja. Esperar esfriar
deixar secar e cortar. um pouco. Juntar o álcool, a soda (dissolvida em um pouco de
água) e o restante da água.
SABÃO DE ABACATE AMACIANTE DE ROUPAS Pode-se substituir as duas latas de óleo de soja por 1 Kg de gor-
• 5 Kg de massa de abacate • 5 litros de Água dura animal. O álcool pode ser substituído por cachaça. Não se
• 1/2 Kg de sebo derretido ou banha • 4 colheres de Glicerina deve usar vasilhas de alumínio.
• 400 g de soda comercial • 1 Sabonete ralado A água que será utilizada no sabão pode ser suco ou chá das se-
• 150 g de breu (encontrado em ferragens ou casas • 2 colheres de sopa de Leite de Rosas guintes plantas: folha de mamão; raiz de guanxuma, eucalipto ci-
de produtos químicos)
dró, hortelã, bardana, tanchagem e babosa.
Modo de Fazer
Se você quiser:
Modo de Fazer Ferver 1 litro de água com o sabonete ralado até dissol-
Sabão para limpeza (roupa, cozinha, etc.) use folha de mamão e
Colher o abacate com cuidado para não machucá- ver. Acrescentar mais 4 litros de água fria, as 4 colheres
raiz de guanxuma.
-lo e guardá-lo à sombra, até que fique maduro. Após de glicerina e as 2 colheres de Leite de Rosas. Mexer bem
Sabão desinfetante para limpeza de utensílios (tachos, jarros, ou-
maduro, cortar o abacate ao meio e separar o caroço até misturar e depois engarrafar.
tros vasilhames, estrebaria, etc.), use: eucalipto cidró, hortelã, pró-
e a casca da massa. Colocar toda a massa numa va-
polis (2 colheres de tintura).
silha bem limpa e acrescentar a soda, sebo ou banha
Pode também ser usado como sabonete:
e o breu. Mexer por uma hora. Colocar numa caixa
• Sabão medicinal para queda de cabelo e problemas de pele, use:
forrada com plástico e deixar 24 horas para secar (de-
SABÃO DE CINZA bardana e calêndula
pendendo da umidade do ar, algumas vezes é necessá-
• 5 Kg de Sebo • Escurecer cabelo, use: babosa
rio deixar mais tempo). Cortar em barras. Para maior
• 2,5 Kg de Cinzas • Clarear cabelo, use: camomila
consistência, acrescentar 2 a 3 colheres de sopa de fa-
• 5 litros de Água • Para uso diário na higiene pessoal, escolha entre: babosa, pró-
rinha de milho ou cinzas.
• 0,5 Kg de Soda Cáustica polis, bardana, camomila ou tanchagem
Você pode também fazer esta receita e depois juntar 500gr do
DESINFETANTE PARA BANHEIRO sabão pronto ralado com 1/2 copo de suco de uma destas plantas,
Modo de Fazer
• 1 litro de Álcool (de preferência 70º) Derreter o sebo em fogo lento até ficar uniforme. Fer- levar ao fogo até derreter, colocar em forma, deixar esfriar e cortar
• 4 litros de água ver as cinzas juntamente com a água por 4 horas. Deixe em pedacinhos.
• 1 Sabão Caseiro a cinza assentar e use somente a água para juntar com o
• Folhas de Eucalipto sebo. Mexer bem. Juntar devagar a soda, já fora do fogo,
e mexer bem até dissolver. Colocar em formas.
Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por A cinza tem um alto poder de branquear. Para clarear
2 dias. Ferver 1 litro de água com o sabão ralado, até toalhas de prato, colocá-las de molho, ensaboadas, em
dissolver. Juntar a água e a essência de eucalipto. En- um balde com uma “trouxinha” de cinzas. Lavar nor- Fonte: CENTRO ECOLÓGICO. Ecologia no Dia a Dia. Março de 2000, p.4-7
26 garrafar. malmente no dia seguinte. Caixa Postal 21 – CEP 95.240-000 Ipê – RS fone/fax (54) 504-5573 centro.ecologico@nol.com.br. 27
Realização de alguns trabalhos ou projetos de conservação Recuperação
Construção de poço artesiano ou semi artesiano de nascentes e matas ciliares no terreno

Biodiversidade
28 29
O mariri e chacrona utilizados levam em consideração sua manu-
A lenha utilizada está em conformidade com os requisitos legais? tenção e utilização a longo prazo? (Mariri: 505 pés plantados por Núcleo;
chacrona: 158 pés plantados por Núcleo).

Segundo a Cartilha de Procedimentos do departamento de plantio da UDV de 2011, Segundo o M. José Onofre – N. Gaspar - Consulta Por E-mail em 22/12/2014:
“A melhor forma de aquisição de lenha é através de empresa que tenha documento de certificação quanto a origem lícita “O que levamos em conta é o ISV, ou seja, o Índice de Sustentabilidade do Vegetal, que nos dá um parâmetro bom para um
e lenha garantida para uso. Núcleo se tornar auto-suficiente em plantio de mariri e chacrona. A média do ISV nacional, é de 2 : 1 e 1 : 2, respectivamen-
A lenha certificada é aquela que além da nota fiscal, deve ser garantida quanto ao transporte, já que o local onde esteja te, ou seja, dois pés de mariri por sócio e um pé de chacrona por cada dois sócios do Núcleo/ano.
acontecendo o corte das árvores, possua licença dos órgãos ambientais (Federal, Estadual ou Municipal). A lenha garan- Então, um Núcleo que contenha 100 sócios, deverá ter plantados 200 pés de mariri maduros e 50 pés de chacrona maduros.
tida é aquela proveniente de árvore cuja espécie seja bem calorífica, ou seja, quando for queimada nas fornalhas, apresen- Sendo que a média nacional de idade do mariri é de 07 anos e da chacrona é de 03 anos, para ambos estarem maduros. Esta
tará boa combustão, reduzindo a quantidade da lenha consumida no preparo, e ainda, bom rendimento na quantidade de média de plantio de mariri e chacrona, dará para atender um Núcleo, que se tornará auto-suficiente.
vegetal preparado. O ISV foi elaborado na Região Sul, sendo que com aquele número de pés de mariri e chacrona plantados pelos Núcleos em
Podemos entender também como lenha garantida, aquela que não apresenta emissão de fumaça, muita cinza e também referência ao número de sócios, tornará os mesmos auto-suficientes.
pouca brasa, quando de sua queima total. Fatores importantes para preparo de vegetal, mantendo a labareda forte e cons-
tante e bom rendimento de brasas, para manter a caloria dentro da fornalha.”
O M. José Onofre/ N. Gaspar, relata que “Se o plantio do fornecedor da lenha estiver legalizada junto aos órgão am-
bientais e fiscalizadores, sejam eles, Federal, Estadual ou Municipal e, se a lenha é guiada através de Guia florestal e que
contenha Nota Fiscal, a mesma estará dentro dos requisitos legais para consumo”.

No Núcleo castelo de Marfim é utilizada como lenha restos de construção, pois no momento a cidade passa por constan-
Tem que mandar uma foto de Mariri e Chacrona
te processo de crescimento e sobra muita madeira derivado das caixarias de construção.
O Núcleo tem plantio próprio de lenha. Um técnico da SEMA (secretaria estadual de meio ambiente do estado do Pará)
foi ao Núcleo, e informou que como a lenha utilizada é da própria área e o consumo dessa lenha é para produzir produto
para rituais próprios e não para venda, não haveria necessidade de cadastrar o núcleo como consumidor. Porém é bom
observar que cada estado tem sua autonomia dentro da lei ambiental.

30 31
mento para manejar sua biodiversidade local e tornar seu ambiente mais produtivo.
Tanto a recuperação de áreas degradadas quanto o plantio de mariri e chacrona com sistemas agroflorestais têm se
O Núcleo adota práticas/ações agroflorestais? mostrado excelentes práticas dentro dos núcleos da UDV, sendo que algumas experiências avançadas nesse sentido
são encontradas, como o caso dos núcleos Nucleo Castelo de Marfim, Santarém-PA, que em 10 anos, aproximadamente 3ha
hoje são cobertos com floresta de espécies arbóreas da amazônia e cerrado servindo, além das suas flores e frutos, da sombra
e seus efeitos positivos na amenização do clima local, e da beleza, dão a condição florestal que o mariri e a chacrona exigem
CONTRIBUIÇÃO SOBRE AGROFLORESTAS PARA O BANCO DE IDEIAS para se desenvolver.
Carolina Mângia Marcondes de Moura (carolina.moura@icmbio.gov.br) O Núcleo Estrela D´Alva, em Florianópolis/SC, iniciou o trabalho de agrofloresta em 2008 em sua área de plantio e desde
2011 na sede do núcleo, uma área de aproximadamente 1ha coberta por gramínea e com solo bem pobre em matéria or-
gânica e seco vem sendo recuperada com a implantação de módulos agroflorestais compostos de pelo menos uma espécie
A Novo Encanto desde sua criação como Associação de desenvolvimento ecológico vinculada com o Centro Espírita arbórea florestal da mata atlântica, uma muda de mariri e espécies adubadoras dentre as quais feijão-guandu, mucuna,
Beneficiente União do Vegetal têm dentre seus objetivos a preservação de ecossistemas naturais, assim o seringal Novo crotalária e margaridão (Tithonia grandiflora) que servirão para competir por luz com as gramíneas que cobrem o terreno
Encanto foi adquirido para que o ambiente florestal, habitat natural do mariri e chacrona, seja preservado da devastação no primeiro ano, sombreando as gramíneas e acelerando assim a sucessão ecológica que ocorre naturalmente, ao facilitar o
que vinha e vem ocorrendo em todo seu entorno e para que este ambiente preservado sirva de inspiração e instrumento de crescimento das espécies florestais que são plantadas no módulo. Em alguns módulos além destas foram plantadas também
conscientização das pessoas, com atividades focadas no auto-conhecimento, na religação do ser humano com a natureza, espécie frutífera e Leucena sp, espécie arbórea e adubadora de crescimento rápido.
no movimento em prol da vida e da Paz e na vivência de experiências da Natureza em seus encantos.
Combinar a implantação de projetos de conservação do meio ambiente com atividades de conscientização de um número
cada vez maior de pessoas quanto à seriedade da crise que estamos vivendo, assim como os caminhos de sua superação é a) O Núcleo estrela D’Álva apresenta um “passo a passo” para a criação dos módulos Agroflorestais desenvolvidos
um dos princípios constante na Carta de Princípios da Novo Encanto e nesse contexto as agroflorestas ou sistemas agro- naquele Núcleo
florestais podem ser entendidos como um excelente meio ou instrumento para aliar conservação da biodiversidade, cons- (Colaboração de Carolina de Moura e Nycolas da equipe de monitor Leandro Pelizzoni)
cientização das pessoas em relação ao nosso lugar e função na natureza e a superação de dificuldades, tais como a produção Os módulos são pequenos e simples, cada um tem aproximadamente 1,5m x 2m e dentro dele é plantado uma árvore
sustentada de mariri, chacrona, lenha, frutos e um ambiente agradável, com simplicidade. suporte para o mariri, e uma ou duas frutíferas, além das plantas adubadoras. A vantagem de o módulo ser de tamanho
Agroflorestas ou sistemas agroflorestais são uma expressão da vida que se modifica em conjunto, uma expressão de co- reduzido é que 3 pessoas conseguem realizar mais de um módulo durante uma manhã de mutirão.
munidades que coevoluem, temos a seguinte definição no Manual Agroflorestal da Mata Atlantica (May et al, 2008): Os Sis- Como o solo neste caso é muito duro, pedregoso, seco e pobre em matéria orgânica foram realizados os seguintes passos
temas agroflorestais (SAFs) são sistemas de uso da terra nos quais espécies perenes lenhosas (árvores, arbustos, palmeiras para preparação de cada módulo, antes do plantio das mudas e sementes:
e bambus) são intencionalmente utilizadas e manejadas em associação com cultivos agrícolas. Um determinado consórcio 1. Retirar a terra de cada módulo (cavar 1m de profundidade) separando de um lado a camada mais superficial (em geral
pode ser chamado de agroflorestal na condição de ter, entre as espécies componentes do consórcio, pelo menos uma espécie 15-20cm), onde estão as raízes das gramíneas que cobriam a área - o horizonte A, que foram identificados vendo além das
tipicamente florestal, ou seja, uma espécie nativa ou aclimatada, de porte arborescente ou arbustivo, encontrada num estado raízes, que a cor da terra é mais escura nessa camada, por ter mais matéria orgânica. Do outro lado foram separadas a terra
natural ou espontâneo em florestas ou capoeiras (florestas secundárias). da camada de baixo, que no caso é bem arenosa (cor mais clara), pobre em matéria orgânica - chamada horizonte B.
Na União do Vegetal precisamos ser auto-sustentados em relação a produção de mariri e chacrona para preparação do chá 2. Colocar de volta, porém ao fundo do módulo, é colocada a camada horizonte A, juntamente com as raízes presentes.
Hoasca, sagrado. Assim nossa religião tem uma base ecológica, pois os ambientes florestais são necessários para o desenvol- Como ficarão no fundo, essas raízes ou brotos de gramíneas não conseguirão brotar novamente e servirão como matéria
vimento do mariri e da chacrona, e não é possível fazer uma floresta apenas com essas duas espécies, pois não é assim que orgânica para o módulo.
a natureza faz. Ao constatar que precisamos de outras tantas espécies e de um ambiente saudável para produzir o mariri e a 3. Trazer aproximadamente dois carrinhos de mão de composto. Utilizamos principalmente o composto da composteira
chacrona nos tornamos plantadores de árvores também ou plantadores de agroflorestas. do Núcleo. Pode-se utilizar húmus ou terra preta também, misturando com a terra do horizonte B.
Nesse sentido a atividade ecológica de plantio de árvores e outras formas de vida vegetal combinadas em um sistema 4. Colocar essa terra com composto e/ou húmus no módulo.
agroflorestal é uma pratica simples, mas que transforma intensamente o ambiente local, tornando-o mais produtivo, mais 5. Plantio de uma ou duas mudas de árvores florestais que sirvam de suporte para o mariri, e neste caso as espécies mais
biodiverso, mais agradável, mais fértil e auxilia em processos ecológicos amplos como regulação do clima, em uma escala utilizadas com essa finalidade são: pau- jacaré (Piptadenia gonoacantha), goiabeira (Psidium guajava), pau-viola ou tuca-
local ou regional, abrigo e habitat de espécies silvestres e proteção de recursos hídricos. Tudo isso brota da atividade agro- neira (Citharexylum myrianthum), jacarandá (Jacaranda puberula). Em geral posicionamos essas mudas na região central
florestal, que por envolver tantas funções requer observação atenta da natureza para ser planejada, pois quem ensina como do módulo.
fazer - o que, quando e onde plantar as diferentes espécies - é sempre a Natureza. 6. Plantio do mariri deve ficar à uma distância entre a 0,5m à 1m da muda ou árvore que servirá de suporte para o mesmo,
Dessa maneira com dedicação e união esse trabalho pode ser continuamente aprimorado e cada região gerar conheci-

32 33
utilizando mais húmus ou composto no seu berço. Posiciona-se o mariri na face norte do módulo, para que receba - Centro Mundial Agroflorestal (The World Agroforestry Centre – www.worldagroforestry.org)
mais luz. Em alguns casos é preferível deixar marcado o local em que o mariri deve ser plantado e esperar até que as - Também pode ser útil o Anexo B06 com a lista do poder calorífico de diferentes árvores
árvores suporte se desenvolvam mais, pois o mariri tem uma velocidade de crescimento superior a maior parte das
árvores que são utilizadas como suporte.
7. Plantio de uma ou duas árvores frutíferas como araças (pequeno porte), pé de pitanga, pé de acerola, abacateiro ou ba- N. Princesa Mariana – 10a região – Monitora:
naneira. Depende do porte da frutífera, temos sempre que observar como será projetada a sombra das árvores presentes no
módulo quando estas chegarem em idade adulta. Para isso deve sempre ter em vista a face norte do terreno. Nas atividades do plantio são utilizados adubos orgâni-
8. Por fim, a implantação do módulo ficou completa, enterrando as estacas de margaridão (Tithonia diversifolia), escolhen- cos produzidos por meio de compostagens constituídas
do estacas de aproximadamente 1metro, enterrando 2/3 do seu comprimento na terra, nas bordas do módulo. Em seguida, de matéria orgânica vegetal e esterco de gado.
é semeado em torno de 0,4 kg de um mix de sementes de feijão guandu (Cajanus cajans) e crotalária (Crotalaria spectabilis e Faz-se uso de consórcios vegetais para favorecer o cres-
Crotalaria juncea) e em menor quantidade, cerca de 10 sementes por módulo, de mucuna preta (Stizolobiun aterrinnumou), cimento das plantas, tais como a inserção de espécies de
cinza (Mucuna cinerium) e/ou feijão de porco (Canavalia ensiformis). No caso de ter sementes de mucuna anã (Mucuna de- plantas fixadoras de nitrogênio.
eringiana) pode semear uma maior quantidade no módulo. O período para semear esta combinação é na primavera/verão. O controle de pragas é realizado por meio de caldas
- As mucunas e o feijão de porco crescem rapidamente e devem ser capinadas juntamente com as gramíneas dali a 3 e 6 orgânicas a exemplo da calda de fumo para controle da
meses após o plantio. cochonilha.
Todas estas plantas mencionadas acima são adubadoras, porque auxiliam o solo a aumentar sua fertilidade. O margaridão
concentra nutrientes em sua rizosfera (no solo ao redor de suas raízes) e é bem eficiente em competir com as gramíneas, c) Núcleo Príncipe Ram
e inibir em poucos meses o crescimento destas em seu redor devido a sombra que faz. O feijão guandu e a crotalária são Sistema Agroflorestal (SAF) – Um projeto experimen-
plantas de adubação verde pois em suas raízes há bactérias que fixam o nitrogênio do ar, porém o feião guandu é perene, tal.
enquanto a crotalária tem um ciclo curto de 6 meses. O guandu deve ser mantido no módulo até que as árvores plantadas - Esse projeto está sendo desenvolvido pela Equipe do
próximas atinjam o seu tamanho. Plantio e tem o apoio da Novo Encanto. É um projeto
- O guandu deve ser podado a cada 2 ou 4 meses e suas folhas e galhos devem ser depositados ao redor das mudas e plan- experimental, que está servindo primeiramente como
tas em crescimento no mesmo módulo. um laboratório de aprendizagem técnica e empírica para
Entre módulos há espaços de aproximadamente 2 a 8m, onde é realizado o plantio de árvores diversas, principalmente equipe. Foi implantado em 2011. Tem uma área aproxi-
aroeira (Schinus terebinthifolia) e leucena (Leucaena spp , Leucena leucocephala), duas espécies bem rústicas que conseguem mada de 10x30 metros, onde foram plantadas: abacaxi,
persistir nessa condição inicial do solo (seco) e na competição com as gramíneas. Além destas foram plantadas também banana, mandioca, ipê, ingá e outros. Todas as espécies
vários indivíduos de paineira (Ceiba speciosa ) e araça (Psidium cattleyanum) no inicio, que também estão tolerando a con- foram plantadas com uma finalidade, tais como: fixação
dição. de nitrogênio, retenção de água, produção de alimentos e
As bananeiras e palmeiras não apresentaram um bom desenvolvimento nessas condições iniciais do solo, pois precisam de lenha. No momento, a equipe tem feito a poda e lim-
de mais água. peza da área, para o desenvolvimento das plantas.
O manejo se dá sempre que possível. Além das podas e capinas, é feita adubação com composto nos módulos, quando é - O projeto tem o planejamento de introduzir novas es-
observado que estão perdendo umidade e sempre que possível na época seca, as mudas são regadas. pécies que fixam nitrogênio, como mamona ou margari-
A capina e o arranque das gramíneas que invadem os módulos é a parte mais trabalhosa do manejo. dão (primeiro adquirir ou produzir as mudas); coleta de
Considerando essas múltiplas funções que as agroflorestas desempenham no ambiente, também destaca-se as seguintes: 30 amostras do solo, em zig-zag, no SAF e demais áreas
abrigo e habitat para fauna silvestre local, cumprindo importante função ecológica, no ecossistema local. do terreno para submeter à análise e posterior identifica-
ção da demanda de calcário e após análise, fazer a cala-
Bibliografias recomendadas: gem do SAF (com calcário dolomítico) nas faixas entre o
- Coordenação Peter Herman May, Cássio Murilo Moreira Trovatto, Organizadores Armin Deitenbach ... [et al.] Manual plantio, para não queimar as plantas.
Agroflorestal para a Mata Atlântica - Brasília : Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Agricultura Familiar,
2008.

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terra, e os recursos disponíveis localmente, ou transformar toda a propriedade, de acordo com suas condições financeiras e
a quantidade de ajuda com que você pode contar. Não esquecendo o auxílio que a natureza oferece quando começamos a
Núcleo adota práticas/ações permaculturais? colaborar com ela.
Integrando todos os aspectos da sobrevivência e da existência de comunidades humanas. A Permacultura é mais do que agricul-
tura ecológica ou orgânica, englobando economia, ética, sistemas de captação e tratamento de água, tecnologia solar e bioarquite-
Neste item apresentamos um conteúdo resumido a respeito da Permacultura , que é uma prática em sintonia com os princípios tura. É uma sistema holístico de planejamento da nossa permanência no Planeta Terra.
da NE. Os conceitos e princípios apresentados a seguir, embora introdutórios, podem contribuir para ações nos Núcleos do CEB
UDV, que geralmente constituem-se em propriedades na área rural.
Neste material foi aproveitado o texto do antigo manual de 2005. A ÉTICA DA PERMACULTURA
Observação: O manual atualizado em 2012, separou as orientações ao monitor das ações educacionais. Para realizar a Permacultura, é necessário adotar uma ética específica de sustentabilidade que proporcione um repensar dos nos-
sos hábitos de consumo e dos nossos valores, em geral. Os pontos fundamentais são definidos assim:

O QUE É PERMACULTURA? • O cuidado com o Planeta Terra - Esta é uma afirmação simples e profunda, com o intuito de guiar nossas ações para a conser-
Em poucas palavras, Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras, unindo o conheci- vação da todos os sistemas vivos, de forma a continuarem indefinidamente no futuro. lsso pressupõe uma valorização de tudo o
mento secular às descobertas da ciência moderna. Proporciona o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável que é vivo e de todos os processos naturais. Assim, também, tem valor os vegetais a água os animais, o solo e toda a complexidade
e segura para o agricultor familiar. de relações entre organismos vivos e minerais existentes na Terra.
O projeto permacultural envolve o planejamento, a implantação e a manutenção conscientes de ecossistemas produtivos que
tenham a diversidade, a estabilidade e a resistência dos ecossistemas naturais. Ele resulta na integração harmoniosa entre as pes- • O cuidado com as pessoas - o impacto do ser humano no Planeta Terra é, sem dúvida, o mais marcante. Portanto, a qualidade
soas e a paisagem, promovendo alimentação, energia e habitação entre outras necessidades materiais a não materiais, de forma da vida humana é um fator essencial no desenvolvimento de estratégias de sobrevivência. Somos bilhões, habitando 1/4 da super-
sustentável. fície terrestre. Assim, se pudermos garantir o acesso aos recursos básicos necessários à existência, reduziremos a necessidade de
consumir recursos não renováveis. Portanto, os sistemas que planejamos devem prover suas necessidades de materiais e energia e,
QUANDO SURGIU? também, as necessidades daquelas pessoas que neles habitam.
A Permacultura foi desenvolvida no começo dos anos 70 pelos australianos Bill Mollison e David Holmgren como uma síntese
das outras culturas ancestrais sobreviventes com os conhecimentos da ciência moderna. • Distribuição dos excedentes - Sabemos que um sistema bem planejado tem condições de alcançar uma produtividade altíssima,
Desde então, os inúmeros casos de sucesso na aplicação da permacultura têm provado ser uma solução viável não somente para produzindo assim um excesso de recursos. Portanto, devemos criar métodos de distribuição eqüitativos garantindo o acesso aos
a Austrália, como para todo o Planeta. Os conceitos de agricultura permanente começaram a serem expandidos como uma cultura recursos a todos que deles necessitam. Sem a intervenção de sistemas desiguais de comércio ou acumulação de riqueza de forma
permanente, envolvendo fatores sociais, econômicos e sanitários para desenvolver uma verdadeira disciplina holística de organi- moral. Qualquer pessoa, instituição ou nação que acumule riqueza ao custo do empobrecimento de outras está diminuindo a ex-
zação de sistemas. pectativa de sustentabilidade da sociedade humana.
Hoje, existem institutos de Permacultura em todos os continentes e em mais de cem nações.
•Limites no consumo - Isso requer um repensar de valores, um replanejamento dos nossos hábitos e uma redefinição dos con-
POR QUE PERMACULTURA? ceitos de qualidade de vida. Alimento saudável, água limpa e abrigo existem em abundância na natureza: basta que com ela coo-
O Planeta Terra encontra-se em um momento crítico apesar da evolução rápida das tecnologias existentes, os nossos sistemas peremos.
naturais estão em crise por toda a parte. Constata-se a degradação ambiental em diversas formas. O mundo perde bilhões de to-
neladas de solos férteis anualmente. Os desertos continuam crescendo a uma velocidade ameaçadora. O abastecimento de energia DESIGN OU DESENHO?
e água potável para o futuro próximo está ameaçado, além de outros problemas generalizados que continuam se agravando, como Nesse contexto, a tradução da palavra “design” é mais do que desenho. Design é planejamento consciente, considerando todas as
as mudanças climáticas recentes ocasionadas pelo impacto do nosso consumo excessivo de combustíveis fósseis. influências e os inter-relacionamentos que ocorrem entre os elementos de um sistema vivo.
No Brasil, a família rural é carente de informações e de recursos para sobreviver sustentavelmente, com o conseqüente êxodo Os resultados de um bom design permacultural deverão incluir:
rural que, por sua vez, tem repercussão na qualidade de vida nas zonas urbanas. A Permacultura traz soluções práticas, acessíveis •estratégias para a utilização da terra sem desperdício ou poluição;
e simples, para a pessoa do campo, que tragam segurança à família e um potencial de desenvolvimento humano sustentável. Solu- •sistemas estabelecidos para a produção de alimento saudável, possivelmente, com excesso;
ções que venham de encontro às realidades culturais, sociais e ambientais de cada região. • estauração de paisagens degradadas. resultando na preservação de espécies e habitates, principalmente os em perigo de extin-
A Permacultura se adapta a transições lentas ou rápidas. Você pode começar lentamente, utilizando urna pequena parcela de ção;
36 37
• integração, na propriedade de todos os organismos vivos em um ambiente de integração e cooperação em ciclos naturais; da horta e as ferramentas. Um viveiro de mudas também deve ser incluído, como base para a diversificação da produção.
• mínimo consumo de energia; Zona 2 - Um pouco, mas distante da casa, esta zona envolve aqueles elementos que necessitam de manejo freqüente sem a
• captação e armazenamento de água e nutrientes, a partir do ponto mais alto da propriedade. intensidade da Zona 1. Algumas frutíferas de médio porte, galinhas e tanques pequenos de aqüicultura poderão fazer parte dessa
Zona, bem como outros animas menores (patos, gansos. Pombos, coelhos, codornas, etc.). Essa área oferece proteção à Zona 1.
PLANEJAMENTO POR SETORES Zona 3 - Já mais distante da casa, poderemos nela incluir as culturas com fins comercias, que ocupam mais espaço e não necessi-
É importante que tenhamos compreendido todas as energias externas que tenham influência dentro do nosso sítio: luz solar, tam de manejo diário. Também podemos incluir a criação de florestas de alimentos; animais de médio e grande porte com rodízio
ventos, chuvas, incêndios, poluição sonora, atmosférica, visual etc. de pastagens; produção comercial de frutos e castanhas, entre outros elementos essenciais à diversidade da produção.
Após a observação cuidadosa desses efeitos, realizamos um planejamento para direcionar ou bloquear essas energias, de acordo Zona 4 - Visitada raramente, nela poderemos incluir a produção de madeiras valiosas, açudes maiores e a produção de espécies
com as nossas necessidades. Esse planejamento é feito por setores, onde o sítio é o centro do sistema e um círculo representa os silvestres comerciais. Em regiões de floresta, o extrativismo sustentável e o manejo florestal também poderão fazer parte desta
360 graus de possível influência externa. Assim, marcamos os setores de acordo com as informações que coletamos: setor de luz Zona, bem como a recriação de florestas de alimentos em regiões que foram desmatadas.
solar no inverno e no verão setor dos ventos, setor de perigo de incêndio e assim por diante. Zona 5 – Aqui, só entraremos para aprender ou para uma coleta ocasional de sementes. É onde não interferiremos, permitindo
assim, que exista o desenvolvimento natural da floresta. Esta Zona dará as referências para a compreensão dos processos que ten-
Esses setores servirão, mais tarde, para definir o posicionamento de quebra- ventos, a posição da casa e dos abrigos dos animais, tamos incluir nas outras zonas.
entre muitos outros elementos. É importante incluir elementos de armazenamento e captação de água e nutrientes em todas as zonas, a partir do ponto mais
elevado da propriedade.
O planejamento por setores é complementado com o planejamento por Zonas.
A ECOLOGIA DA PERMACULTURA
PLANEJAMENTO POR ZONAS A Ecologia é o estudo dos sistemas naturais. Um ecossistema consiste em grupos de organismos que interagem uns com os outros
Ao contrário dos setores, as zonas dizem respeito às energias internas do sistema. Principalmente, em relação ao trabalho hu- dentro de seu ambiente natural, coexistindo para formar um sistema complexo de relações de forma a perpetuar a evolução das
mano e a movimentação de água e nutrientes. espécies e manter os mecanismos de transformação de energia de forma sustentável.
¬Planejamos todo o projeto de forma a realizar uma economia máxima de trabalho e recursos, criando pontos de utilização que Os seres humanos são parte integrante dos ecossistemas onde vivem. Portanto, se desejam sobreviver, devem aceitar o imperativo
estejam ligados aos pontos onde esses recursos estão sendo produzidos. de viver de forma integrada ao meio ambiente, repondo os recursos que retiram e alimentando os ciclos vitais de regeneração.
Assim podemos alcançar a maior eficiência energética possível, colocando aqueles elementos que necessitam de maior atenção Observe a floresta natural. Veja como, nela, todos os organismos interagem harmoniosamente, visando uma produtividade
humana mais próximos à casa. Aqueles que podem ser mantidos com pouco ou nenhum manejo, ficarão mais longe imensurável. Agora, imagine como seria se pudéssemos recriar essa harmonia com a mesma produtividade, introduzindo espécies
Também pensamos na conexão entre todos os elementos, de forma a que os produtos (ou recursos) de um elemento sejam uti- de plantas e animas que fossem úteis às necessidades humanas. Na verdade, esse trabalho é possível e necessário. Ecossistemas
lizados como insumos por outros. É a verticalização do sistema: lixo é o recurso ainda não aproveitado. cultivados podem até superar os ecossistemas naturais quanto à produtividade para os seres humanos.
Dessa forma, reduzimos ao máximo a necessidade de trabalho e, ao mesmo tempo, evitamos a poluição ou a contaminação. Ecologia cultivada é um termo muito comum, entre os permacultores. Para que possamos cultivar um ecossistema, é necessário
Podemos definir, então, as seis zonas básicas de um sistema permacultural: compreender o funcionamento de sistemas naturais, de tal forma que nossas intervenções obedeçam um critério de sustentabili-
dade, tanto com o ambiente natural de hoje como para as futuras gerações que dele dependerão.
Zona O - é a casa, o centro do sistema, a partir do qual iniciamos o nosso trabalho, pondo a casa em ordem. Na própria casa, A grande diferença entre um ecossistema natural e um cultivado é que no cultivado, existe a preservação de um grande número
e a sua volta, existem muitos espaços que podem se tornar produtivos. Peitorais de janelas, laterais de paredes, enfim, toda a ha- de espécies (e da biomassa) introduzidas para a utilização de humanos e de seus animais. A diversidade e a estabilidade permane-
bitação pode ser planejada ou modificada para que seja mais eficiente na utilização de recursos e na produção de alimento. Esse cem altas, garantindo, assim, a sobrevivência a longo prazo.
trabalho contribui para o controle da temperatura no interior da habitação, além de utilizar os microclimas criados pela existência É necessário, no entanto, que tenhamos uma visão sistêmica da nossa presença no mundo e que reconsideremos nossos conceitos
da própria estrutura. antiquados de produção, lucro, fertilidade, ciclos e recursos, que são relativos às nossas experiências individuais, as quais, por sua
Zona l - Compreende a área mais próxima da casa, que visitaremos diariamente e onde colocamos os elementos que necessitam vez, são regidas pela ética que escolhermos.
cuidado diário: a horta, as ervas culinárias, alguns animais de pequeno porte ou árvores frutíferas de uso freqüente (ex: limão).
Também é onde concentraremos a armazenagem de ferramentas e de alimentos, para utilização a longo prazo. Alguns dos princípios básicos que regem a existência de ecossistemas são:
A horta é um elemento essencial da Zona 1, pois funciona como base de sustentação da alimentação da família. Ela poderá ser
manejada com o auxílio de animais que façam o trabalho de fertilização e controle. É na Zona 1 que incluímos os elementos ne- 1 Fluxo de energia - Todas as formas de vida requerem energia para sobreviver. No Planeta Terra, a fonte primordial de energia
cessários a nossa sobrevivência elementar: água potável, espaço para a produção de composto e uma área onde lavar os produtos é o Sol. A partir dele todos os organismos vivos retiram direta (como as plantas) ou indiretamente (como os animais) sua alimen-

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tação. as anotações referentes ao sítio. Anote todas as espécies de plantas e animais (domésticos e silvestres). Colete amostras das
2 Ciclos de aproveitamento - Em sistemas naturais, a matéria é constantemente aproveitada. A quantidade de matéria total espécies que você não conhece, para uma futura identificação. Essas espécies irão informar muito sobre o estado em que essa
no Planeta é constante, por isso os organismos vivos dependem da utilização e da reciclagem dos materiais. Assim, quando terra se encontra.
recolhemos as folhas caídas no chão e colocamos no lixo, estamos interferindo negativamente privando o solo da matéria orgânica 6. Faça um perfil da inclinação do terreno com os diversos elementos existentes bem como as alturas respectivas.
necessária à geração de alimento para as plantas, que, por sua vez, iriam nos alimentar.
3 Cadeias alimentares - Cada organismo vivo está ligado a outros. As cadeias alimentares representam as relações de alimenta- CLIMAS E MICROCLIMAS
ção entre os seres vivos, em um determinado habitat. Uma cadeia frágil (ex.: uma lavoura de trigo) inclui poucas espécies e, assim, A superfície da Terra absorve calor e, assim, aquece de baixo para cima a atmosfera que nos cerca. Esse ar quente sobe e, nas ca-
poucas oportunidades de sobrevivência. Uma cadeia forte (ex. floresta), ao contrário, tem muitas espécies que se alimentam umas madas mais altas da atmosfera, perde calor, novamente, fazendo o ar frio descer. Esse padrão geral é o responsável pelas variações
das outras, perpetuando sua existência mesmo com a ocorrência de eventos inesperados. climáticas predominantes no Planeta.
4 Sucessão e dimensões - Imagine a floresta após uma queimada. Mesmo que o solo tenha sido desnudado de sua cobertura Os fatores climáticos influenciam profundamente a seleção das espécies e a escolha da tecnologia apropriada para cada situação.
natural, a natureza trabalha permanentemente para recuperar sua diversidade no local Novas espécies aparecem, colonizando o Além das mudanças climáticas amplas, da localização da terra em relação ao mar, da altitude e da latitude, outros fatores mais lo-
local em etapas sucessivas, com grupos de plantas diferentes até que, com o tempo, a floresta amadureça novamente. Essas plantas calizados também se relacionam uns com os outros para criarem microclimas específicos. Assim, mesmo que um sítio esteja em
são conhecidas, para fins de estudo, como espécies pioneiras (no primeiro estágio), intermediárias e de clímax. uma localidade de clima subtropical, por exemplo, podem haver locais específicos, dentro do sítio, que apresentem características
Essa colonização sucessiva, no tempo e no espaço, é conhecida como sucessão; a utilização de vários “andares” é um exemplo do clima temperado, clima tropical seco ou úmido. A identificação desses “microssítios” pode significar a diferença entre uma
da eficiência dos processos naturais, na utilização do espaço. Na realidade, elas ocorrem, constantemente, na medida em que produção sustentável e uma agricultura medíocre, dependendo da diversidade das espécies e do oportunismo do projetista em
grandes árvores vão morrendo e abrindo espaço para o reinício do processo. Na Permacultura, precisamos observar os processos aproveitar essas situações.
de sucessão natural do local para recriarmos e acelerarmos esse processo com as espécies que nos são úteis, sem negligenciar as
necessidades básicas do sistema.
5 Fatores limitantes - Muitos fenômenos influenciam no desenvolvimento de ecossistemas. Clima, temperatura, regime de
LATITUDE E ALTITUDE
A linha do equador representa o centro de uma faixa em volta do Planeta que recebe a maior quantidade de irradiação solar,
chuvas, quantidade de luz solar diária e qualidade do solo são apenas alguns dos fatores que podem limitar a diversidade e a pro-
durante o ano, isso é devido a posição do Planeta, no percurso que faz em volta do Sol.
dutividade de um sistema vivo. Dentro da Permacultura, trabalhamos para amenizar esses fatores, de forma a criar uma variedade
A medida em que nos afastamos do equador (latitude 0), a quantidade de irradiação solar diminui com o ângulo do Sol em rela-
de microclimas que permitam o cultivo de muitas espécies, mesmo que as características gerais do local sejam limitadas.
ção ao horizonte. Assim, quanto maior for a latitude, menores serão as temperaturas médias anuais.
Para efeitos de projeto, cada 100 metros de altitude acima do nível do mar equivalem a 1 grau a mais, de latitude.
LENDO A TERRA (exercício prático) Concluindo: um sítio que esteja a 15 graus de latitude e a 500 metros acima do nível do mar, será considerado como estando a 20
O primeiro passo para executar um planejamento adequado da utilização de algum espaço de terra, seja este um lote na zona graus de latitude, no cálculo das temperaturas médias.
urbana ou algumas centenas de alqueires, é uma compreensão profunda dos processos naturais existentes nesse espaço. Anotar as
espécies que nela vivem, as variações topográficas e seus impactos no microclimas, bem como os processos que estejam faltando INCLINAÇÃO
para um equilíbrio. Este fator é relativo ao grau de elevação no terreno, em relação a uma linha horizontal. Terrenos com inclinação demasiada
1. Colete o maior número de informações possível a respeito da área de terra que você vai trabalhar. Procure mapas. Índices (maior que 20 graus) são considerados, em geral, impróprios para o cultivo. Devem ser revegetados com espécies de floresta, para
de pluviosidade (chuva) fotografias antigas e modernas, o máximo de dados que puder descobrir. Ainda que, grande fonte de evitar erosão ou cuidadosamente cultivados com terraços. Terrenos muito planos causam dificuldades na drenagem e, geralmente,
informações sejam os vizinhos mais antigos, não aceite tudo como verdade absoluta, pois sua observação é que vai determinar a são pobres em diversidade de microclimas possíveis.
conclusão. Pergunte de onde vem o vento no verão o no inverno, qual a época das maiores chuvas, etc. Anote tudo em um caderno.
Procure, também, os órgãos públicos na região (EMBRAPA, IBGE, Prefeitura, etc.), que poderão, também, fornecer informações
valiosas.
ASPECTO
A direção, para a qual a inclinação do terreno estiver voltada, é definida como o aspecto do terreno: Norte, Sul, Leste ou Oeste.
2. Agora, faça um reconhecimento da terra. Ande por todos os lados, observe as diferenças entre os vários terrenos. Descubra a
Esse fator, conjuntamente com a inclinação e a latitude do local, determinam a quantidade de irradiação solar direta que o terre-
inclinação específica de cada área.
no recebe. Esse fator também sofre a influência de corpos que reflitam ou absorvam a luz (lagos, edificações, etc.). Quanto mais
3. Pegue uma trena ou utilize o tamanho do seu passo para descobrir as distâncias entre os elementos importantes existentes na
irradiação solar, mais quente. O local ideal, então, incluiria uma variedade de aspectos e inclinações, oportunizando uma maior
terra: casas, galpões, plantios, hortas, açudes etc.
diversidade de espécies e uma variedade de técnicas.
4. Marque com precisão os locais onde exista água (nascentes, córregos, poços, etc.)
Assim, dentro da análise prévia que o projetista executa antes de realizar um projeto, ele incluirá um estudo dos microclimas,
5. Agora, faça um mapa da terra, sem esquecer de incluir a orientação em relação ao Norte. Junto a esse mapa, coloque todas

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como apontado no mapa. ganismos, de forma a retirar o Nitrogênio existente na atmosfera, fixando-o no solo em forma de nódulos. O manejo dessas
Mesmo uma rocha, um muro, uma casa ou a própria vegetação modificam os microclimas a sua volta. Com essa análise, plantas poderá adiantar em muito, o processo de recuperação de solos empobrecidos. Da mesma forma, pesquisas recentes
poderemos escolher os locais para a casa e para os animais, assim como a variedade das espécies vegetais que desejamos in- demonstram que uma associação similar entre palmeiras e fungos facilitando a absorção de fósforo. A complexidade de as-
troduzir. É devido a existência de microclimas favoráveis que, em certas ocasiões, descobrimos plantas tropicais produzindo em sociações entre plantas e organismos microscópicos, no solo, ainda é um campo rico e relativamente inexplorado.
latitudes onde a geada acorre todos os anos. Plantios de cobertura - Da mesma forma que a adubação verde, os plantios de cobertura também melhoram a estrutura geral
dos solos. Além de executarem esse trabalho, os plantios poderão, também, ter outras funções, como forragem animal, alimenta-
QUEBRA -VENTOS ção humana ou mulch.
Um local aberto, exposto aos ventos, pode diminuir muito a produtividade de um sítio. Portanto. Devemos projetar quebra-ven- Esterco animal - O valor do esterco animal como adubo já é amplamente conhecido no Brasil. No entanto, a novidade é que
tos de forma a permitirem o desenvolvimento saudável das plantas. poderemos executar essa adubação, diretamente, sem a intervenção humana no transporte ou no trato, utilzando as técnicas de
Quebra-ventos deverão também, cumprir várias outras funções, como a de atrair pássaros silvestres, produzir forragem animal, tratores vivos e evitando o uso excessivo de energia.
proteger do fogo e evitar a erosão.
O quebra-vento ideal é composto por várias camadas de plantio de forma a que o vento não será totalmente interrompido no seu
ÁGUA
percurso (isso causa turbulência e pode destruir o plantio), diminuindo em tomo de 80% de sua intensidade.
Apesar de o Brasil estar em posição privilegiada em relação a quantidade das chuvas totais no Planeta, a quantidade de água
Com um planejamento adequado, poderemos posicionar os quebra-ventos de forma a melhorarem a polinização das espécies
potável disponível para a utilização direta das pessoas está diminuindo. Imagine que se toda a água existente no Planeta coubesse
produtivas que estivermos cultivando.
em uma garrafa, a quantidade de água potável ao nosso alcance não chegaria a uma gota.
É necessário planejar adequadamente o uso da água, em qualquer propriedade. Dentro do princípio básico da criação dos pon-
SOLOS tos de utilização das energias que entram em um sistema, poderemos nos valer do método “Yeomans” de modificação do terreno
A grande maioria dos solos cultivados, no mundo de hoje, estão doentes, empobrecidos pelo manuseio incorreto, contaminados para aumentar a eficiência das águas que passam pelo sítio, melhorando, assim, a qualidade do solo e a fertilidade total do sistema.
pelo uso excessivo de biocidas e improdutivos pela falta de manejo generalizada o uso excessivo de fertilizantes sintéticos também
causa problemas gerais à fertilidade do solo. O método Yeomans pode ser resumido em:
Hoje, sabemos que todos os desertos do Planeta estão aumentando, ao invadirem áreas antes produtivas. Problemas de salinidade • Construção de canais de infiltração, escavações em nível que permitem interromper o escorrimento superficial da água e fazê-la
estão impedindo o cultivo em terras que antes eram férteis. penetrar no solo. Com o tempo, essas faixas de terreno se tomam extremamente férteis além de evitar a erosão superficial;
Os desertos e as planícies salinas são exemplo vivo da nossa irresponsabilidade no manejo do solo. • Cultivo por linha chave, uma forma de cultivo do solo que aumenta a fertilidade e a capacidade de retenção de água;
Solos saudáveis são como um organismo vivo. Necessitam do nível certo de umidade e de ar para que a variedade imensa de • Construção de açudes interligados, outra forma muito econômica de armazenar água para a utilização em períodos de seca e
organismos microscópicos e animais existentes possam realizar o seu trabalho de converter matéria orgânica em húmus, a base da para a criação de sistemas de aqüicultura altamente produtivos. Além de cumprir a função de armazenamento, aumenta muito a
vida terrestre no Planeta. capacidade de produção do local, melhorando o microclima. Açudes são elementos fundamentais de qualquer projeto de sustenta-
Para que o solo mantenha-se fértil e saudável. É necessário que o manejemos de forma adequada, evitando que fique desprotegi- bilidade. Para efeito de projeto, qualquer área de terra deverá ser planejada para incluir aproximadamente 12% a 20% de submersão
do ou que seja trabalhado em excesso. Como modelo para esse manejo observamos, novamente, os ecossistemas naturais estáveis em reservatórios de água.
e seus processos de reciclagem de nutrientes. Além de melhorar a eficiência na utilização da água deveremos, também, considerar as condições de saneamento e a possível
reutilização dos efluentes produzidos na casa.
Estas são algumas das técnicas que utilizamos dentro da permacultura, para manter o solo saudável: A “água cinza” é aquela que já foi utilizada para a lavagem de roupas ou para os banhos. Essa água poderá ser direcionada à
produção vegetal, evitando a proliferação de mosquitos e outros organismos que se reproduzem em poças e que ameaçam a saúde
Adubação verde - Utilizando as plantas que chamamos de “acumuladores dinâmicos”, podemos devolver ao solo os nutrientes humana.
que já não estão mais disponíveis para as raízes superficiais. Os acumuladores dinâmicos resgatam esses nutrientes que com suas A captação da água da chuva é uma alternativa bastante viável para o suprimento de água potável. Na verdade, basta calcular a
raízes profundas, levando-as até as folhas, que os devolvem ao solo para se decomporem. Um dos acumuladores dinâmicos mais quantidade de água que o telhado capta por ano e construir um sistema de calhas e tanque que armazene parte dessa água longe
eficientes é o Confrei. da luz solar e do acesso de insetos.
Mulch - Solo descoberto é solo pobre: a cobertura do solo, conhecida como mulch pode ser de matéria orgânica morta (folhas,
galhos, etc.), como na floresta, ou pode ser viva, com o plantio de espécies benéficas rasteiras (batata doce, labe-labe). Essa cober-
tura serve para evitar a evaporação rápida da umidade do solo e protegê-lo contra a erosão além de evitar o ataque de pragas.
Leguminosas - Muitas espécies da família das leguminosas e algumas de outras famílias, trabalham em associação com microor-

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COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE CAPTAÇÃO DE UM TELHADO a.8a região – núcleos da região
Área do telhado (em m²) X Quantidade anual de chuva (em m) = m3 Curso de introdução à Permacultura e à bioconstrução - 05 a 08 de abril de 2007
O curso foi ministrado pelo Ecocentro IPEC

ÁRVORES: OS AGENTES DA MUDANÇA Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado


Um fato normalmente esquecido no planejamento dos usos da propriedade rural diz respeito a implantação das árvores na mo- “Gestão sustentável da água, “água da chuva”, sistemas de biorremediação”.
dificação dos microclimas locais, inclusive, aumentando a quantidade total de precipitação muito além da chuva que pode ser ob- “Toda forma de vida tem relação com a água”.
servada. Tal afirmação é suficiente e necessária para que tenhamos um maior cuidado com o nosso uso diário de água, evitando desper-
Com os efeitos da evapotranspiração, durante o dia, e da condensação, durante a noite, a quantidade total de água que chega ao dícios. Basicamente, existem três formas, além da economia, de gerirmos este recurso fundamental à toda vida:
solo diariamente é aumentada com até 65% devido à influência das árvores. 1) Captação de água, conforme disponibilidade pode ser:
Em áreas distantes do mar, a floresta chega a ser responsável por até 75% da chuva. Assim, se derrubamos a floresta estamos crian- - Por poço ou por curso d`água: a qualidade da água não depende apenas das nossas ações podendo haver contaminações que
do desertos. As florestas retornam dez vezes mais água ao solo do que os sistemas a solo nu e, certamente, absorvem muito mais água a influencie causada por terceiros. Seu uso, dependendo da quantidade, pode influenciar nos níveis de água subterrânea;
no momento da chuva, evitando, assim, a erosão superficial. - Por rede pública: presença de muitos elementos químicos oriundos dos processos de tratamento da água, principalmente para
Na verdade, as florestas podem ser consideradas como imensos lagos cheios de água em constante reciclagem como solo e a at- a retirada de coliformes fecais;
mosfera. - Por coleta de água da chuva: em regiões sem poluição atmosférica considerável é a melhor água disponível, sem química. As
primeiras águas são dispensadas e, além disso, existe a filtragem das primeiras quantias de água aproveitável para retirar os elemen-
OS ANIMAIS E SEUS BENEFÍCIOS tos grosseiros sujeitos de estarem presentes nos telhados. Os reservatórios utilizados no ecocentro, de ferrocimento, alcalinizam a
Dentro da permacultura, animais executam funções vitais de reciclagem de nutrientes e de trabalho mecânico. Apesar de serem água caso haja alguma acidez proveniente da atmosfera do local. Para completar, a telha cerâmica é uma boa solução por ser um
pobres conversores de energia, quando comparados às plantas, os animais são os elementos móveis de um sistema vivo e devem ser material que apresenta um certo grau de filtragem;
incluídos, seja para proverem parte da alimentação básica, seja unicamente como processadores de nutrientes.
Vamos analisar a galinha, por exemplo: é um animal de pequeno porte, com uma variedade de produtos e comportamentos, com 2) Armazenamento no solo:
certas necessidades básicas que necessitam ser supridas de dentro do sistema. Primeiro, criamos interações com outros elementos - O jeito mais barato. Possibilita a recarga dos aqüíferos e fertiliza o solo;
de forma a que as necessidades da galinha sejam supridas, então, introduzimos elementos que utilizem seus produtos. Até mesmo o - Etapas: Colocar cobertura no solo; Plantar; Fazer valas de infiltração (swales);
trabalho de ciscar, que as galinhas executam e o seu esterco podem ser utilizados diretamente com um planejamento adequado. Isso - Vantagens: paralisa processos erosivos, auxilia na fertilização do solo, auxilia em plantios com finalidades de reflorestamento
é o que chamamos de tratores vivos. ou de colheita de produtos.

Tratores vivos são técnicas de utilização do comportamento natural dos animais para limpar, arar e fertilizar a terra. Galinhas, 3) Reuso:
porcos, patos, gansos e outros animais poderão ser utilizados dessa forma, criando sistemas rotativos que economizam o trabalho - Reutilização de água servida (água cinza ou água de cozinha, banho e lavatórios) e reutilização de água negra (vaso sanitário):
da pessoa e ao mesmo tempo, beneficiam o animal e o ambiente. O IPEC faz a biorremediação destas águas por etapas em câmaras anaeróbicas e aeróbicas, assim como com a presença de plantas
aquáticas que filtram os nutrientes em excesso retirando-os da água. O efluente final é utilizado para regar plantas.
O ENSINO DA PERMACULTURA - Obs.: Embora o Ecocentro tenha como base o uso de sanitários secos (sem água), existe um conjunto convencional com a fina-
A palavra Permacultura é registrada, internacionalmente, como propriedade do Instituto de Permacultura - Austrália. Qualquer lidade de demonstrar que, mesmo nestes casos, é possível tratar a água e reutilizá-la, retroalimentando o sistema.
pessoa que admita a ética da Permacultura pode utilizá-la no seu dia-a-dia com a única restrição de que o ensino da Permacultura
(cursos de curta ou longa duração) só poderá ser ministrado por graduados do Instituto ou por aqueles formados por esses gradu-
ados. “Práticas”
1) Paisagem produtiva: Laguinho de ferrocimento – Facilitadora: Lucy Legan – Fundadora do Ecocentro IPEC.
- Descrição: Laguinho de ferrocimento em forma de ovo na frente da recepção com bombeamento trazendo circulação da água
BIBLIOGRAFIA (bomba de aquário). Bombeamento passa por “flow-forms” que são patamares de quedas d’água que recriam (pela sua forma) o
Mollison, Bill - Permaculture, A Designers Manual, Tagari Publications, Austrália,1989. movimento natural circular da água em rios.
Mollison, Bill e Slay, Reny M. - Introduction to Permaculture, Tagari Publications, 1991. -Prática: O buraco já estava pronto e a tela colocada sobre uma camada fina de areia (para regularização do fundo). Fixamos
Morrow, Rosemary - Earth Users Guide to Permaculture, Rodale, 1992. melhor a tela, fizemos a massa 1:2 (cimento + areia média com pouca água – “massa farofa”) e aplicamos uma camada sobre a tela,
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prensando a massa com a parte posterior da colher de pedreiro para saída do
ar presente na massa;
Detalhes: Não existiu o extravasor (“ladrão”) do laguinho, pois as plantas
aquáticas serão suficientes para a limpeza da água não necessitando trocá-la; O
“flow-forms”, além de embelezar, serve para re-oxigenar a água; Utilidade do la-
guinho: criar micro-clima (umidade, som, visual) na recepção.
- Por Roberto Mattar

2) Tratamento biológico: observação e discussão – Facilitador: André Soares


– Fundador do Ecocentro IPEC
Descrição: Explicação do processo de biorremediação utilizado para as águas
cinza e negra. Coleta comparativa de amostras da água de cada etapa do trata-
mento evidenciando a evolução de cada etapa;
Prática: Etapas:
a) Primeiro e segundo tanques: tratamento anaeróbico (sem oxigênio), onde boa parte dos dejetos é consumida pelos microor-
ganismos anaeróbicos, inclusive, os patógenos humanos. Produz bom fertilizante que pode ser utilizado;
b) Demais tanques: tratamento aeróbico e com a presença de plantas aquáticas que consomem os nutrientes presentes na água.
Como em cada tanque existe um nível de nutrientes maior que entra e outro menor que sai, existe uma graduação no nível de
limpeza à medida que analisamos os vários tanques, podendo ser constatado pelo desenvolvimento diferente das mesmas espécies
em diferentes tanques (diferença nos nutrientes da água);
Detalhes: A saída do sistema é interligada com um sistema de irrigação no mesmo local.
Por Tereza Moreira

3) “Swales”, valas de infiltração – Facilitador: Instrutor Marcel. A fornalha no Núcleo é de baixo consumo?
Descrição: Abertura de uma vala de infiltração no projeto “sítio sustentável”. Vala em local com pequena declividade, freando a
velocidade da água sobre a superfície do solo, servindo para o plantio agroflorestal.
Prática: Delimitação da área onde será feita a vala com estacas, lembrando que precisa ter o mesmo nível em toda a sua exten-
são, para evitar acúmulo desigual de água em algum ponto. Após a delimitação, cava-se de maneira rampada a partir do nível mais Informações disponibilizadas por M. José Onofre – N. Gaspar (Consulta Por E-mail em 22/12)
alto do terreno, formando um monte de terra solta na direção do nível mais baixo. No monte de terra, abrimos pequenas trilhas e
Alguns Núcleos que tem fornalhas econômicas:
colocamos sementes iniciando com leguminosas para a fixação do nitrogênio no solo;
O Núcleo Fortaleza, rende 100 lts. de vegetal apurado consumindo 1,5m3 de lenha de sabiá. A fornalha do Núcleo Príncipe An-
Por Guilherme
carilho rende 100 lts. de vegetal apurado com 02 m3 de lenha de eucalipto consumido. Já a fornalha do Núcleo Santana do Paraíso/
MG, seu rendimento é de 100 lts. de vegetal apurado com um gasto de 2,5 m3 de lenha de eucalipto consumido.
Conclusões Na cartilha preparada pelo Departamento de Plantio, consta além das informações da fornalha do Núcleo Fortaleza/CE, também
Participaram do curso 95 pessoas. Após a conclusão do curso do IPEC, a pedido do Mestre Central da 8ª região, naquela épo- informações da Caldeira do Núcleo Breuzim/MT e da Ecofornalha do Núcleo Sagrada Família/MT. Consta também na mesma,
ca, M. Edison Saraiva, foi criada uma lista no yahoogrupos em 2007, com o objetivo de unir os sócios interessados nas trocas informações importantes quanto a plantios de árvores diversas e também informações de aquisições de lenhas e também de outros
de idéias, informações e práticas a respeito do tema. Inicialmente, foi convidado os sócios participantes do curso com acesso a comburentes, que podem ser utilizados como substitutos da lenha nas fornalhas e caldeiras.
internet e também foi aberto para os irmãos dos grupos afins, como o plantio e a Novo Encanto. Aos poucos, foram surgindo Veja mais detalhes em:
pedidos de novas associações, sendo contabilizados 80 associados no mesmo ano. Neste tempo, foram disponibilizadas mais de - Guia de BioConstruções de Núcleos UDV
50 fotos relacionadas ao curso, exemplificando diversas técnicas aprendidas e praticadas no Ecocentro. Estão acessíveis mais de - Cartilha do plantio
100 arquivos e 51 links relacionados ao objetivo do grupo.

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O Núcleo emprega técnicas de bioconstrução? Realiza-se no Núcleo a coleta seletiva e destinação adequada do lixo?

O irmão Fábio, atualmente sócio no Núcleo alto das Cordilheiras (3a. Região), é arquiteto e bioconstrutor e propôs o a) Colaboração de Miguel Salum, Em 19 de outubro de 2012 na redenovoencanto:
grupo de trabalho para organizar o tema bioconstruções para o âmbito da CEBUDV. Ele coordenou e organizou o Guia de
BioConstruções de Núcleos UDV. O referido guia está em processo de aprovação pelo CONAGE e Diretoria Geral da UDV, Embora a PNRS (lei 12.305/2010) esteja aprovada e regula- da e servir como peso de porta.
porém já foi disponibilizado na lista redenovoencanto para consultas. mentada, a maior parte da sua viabilização prática ou a solução Um “papa-pilhas” de PET (residencial), pode juntar/armaze-
Relatamos aqui algumas experiências neste indicador da Biodiversidade de âmbito nacional, tem ainda um oceano a ser cruzado a nado. nar pilhas descartadas/produzidas numa residência no período
Na forma da lei: “O Gerador é Sempre responsável pelo seu de 5 anos.
a) O N. Rainha da Luz realizou a Oficina de bioconstrução com objetivo de construir um depósito para armazenar o ma- Resíduo”. A PNRS trouxe como novidade a “Responsabilidade Em quantidades maiores (empresa/condomínio, etc.) podem
terial reciclável proveniente da separação seletiva dos resíduos do Núcleo. Compartilhada” entre a Indústria, Comércio e Consumidor. ser armazenadas numa bombona plástica de 100 ou 200L (com
Foi utilizado bambu, cuja colheita das varas foi feita na época de lua minguante/nova e na secagem, as varas ficam em pé e Ainda se faz necessária a regulamentação do que cabe/caberá tampa e anel de vedação)
na sombra. O tratamento do bambu foi feito com fogo e na construção do depósito foram utilizados encaixes. como responsabilidade de cada Todos os organismos produ-
Aproveitaram essa oficina para ser também uma atividade didática e tratar da importância da destinação adequada dos um nesta logística reversa. zem resíduos, porém os que
resíduos produzidos no Nucleo e do uso de material renovável sempre que possível. Pilhas e baterias são Resídu- fazem esta “logística reversa”
Foi construído o depósito com material renovável, onde hoje é guardado o material da coleta seletiva. Este está sendo doa- os Perigosos (Classe I) altamente com perfeição são os Reinos
do para a Associação de Combate ao Câncer, que providencia sua retirada local, resolvendo o problema logístico que tinham contaminantes do solo e lençol se Vegetal e Mineral (quando
com o transporte e destinação correta dos resíduos. descartadas sem cuidado no am- NÓS não atrapalhamos). Tam-
biente. Sua Destinação Final obri- bém por isto que são eles cha-
gatória é Aterro Industrial (Clas- mados e devem ser reconheci-
se I) (não é o mesmo que Aterro dos como Reinos Superiores!
Sanitário para classe II). Este tipo A grande “sacada” deles e não
de aterro (industrial) são raros no cobram Royalties pela idéia, é
Brasil e existentes só praticamente a RETROALIMENTAÇÃO, ou
no Sudeste e Sul do Brasil (paga-se seja, fazer com que este sistema
por kg + transporte, para depositar funcione na forma circular (o
lá e a responsabilidade do gerador/ fim encontra-se com o início) e
nós continua por 30 anos). não na forma linear (o fim é o
A via mais prática de destinação ponto mais distante do início),
para um pequeno gerador domés- por isto mesmo que o símbolo
tico ou comercial é através destas da Reciclagem é um círculo em
empresas ou órgãos públicos que movimento. Imagem google
fazem o recolhimento, como programa ambiental. Daí cabe cada A deposição em Aterro Industrial é/será uma solução LEGAL,
um pesquisar localmente uma alternativa de solução e certificar- porém não é ainda uma solução IDEAL, porque não é retroali-
-se de que tal destinação adequada está realmente sendo feita. mentadora do sistema, portanto é linear. Cabe a nós buscarmos
Até que seja encontrada esta solução definitiva, é recomen- a solução circular.
dado armazenar de forma segura num “papa-pilhas” feito com GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
simplicidade numa garrafa PET (2L), inclusive pode ser adorna- NÚCLEOS CEBUDV

48 49
OBJETIVO ESPECÍFICO
LEGISLAÇÃO Entre as inovações da PNRS está a criação do conceito Dar Destinação Final ou Tratamento adequados aos Resíduos Gerados nos Núcleo da UDV
POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE LEI de RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA em re-
6938 de 31 de agosto de 1981 lação à Destinação dos Resíduos ou Logística Reversa e RESÍDUO CLASSE DESTINAÇÃO FINAL/TRATAMENTO
1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas a implantação da Coleta seletiva. Isto significa que cada Pilhas e baterias I perigosos Aterro Industrial
neste artigo é o poluidor obrigado, independentemente integrante da Cadeia produtiva: Produtor, fabricante,
Sólidos Contaminados com óleo, I perigosos Coprocessamento ou Aterro Industrial
da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos distribuidor, transportador, comerciante e até o consumi-
graxa, tintas ou solventes.
causados ao meio ambiente e terceiros, afetados por sua dor, são responsáveis, junto com os titulares da limpeza
atividade. urbana e manejo dos Resíduos Sólidos, pelo Ciclo de Vida Lâmpadas Fluorescentes I perigosos Tratamento por descontaminação
Comentário: Esta é a parte da legislação que caracteriza a Completo dos Produtos, que vai desde a obtenção ou ex- Óleo de cozinha II A (não inertes) Produção de sabão ou Biodiesel
figura do “Poluidor Pagador”. tração da matéria-prima ou insumos, passando pelo Pro- Resíduo Comum não reciclável II A (não inertes) Aterro Sanitário público
LEI DE CRIMES AMBIENTAIS LEI 9605 de 12 feve- cesso Produtivo, até a Disposição Final. Orgânicos II A (não inertes) Compostagem
reiro de 1998 Comentário: Embora a regulamentação e ordenação desta Recicláveis II B (inertes) Reciclagem
Art. 56 – Produzir, processar, embalar, importar, ex- atuação desta Responsabilidade Compartilhada esteja ainda
portar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, a ser implementada, o que dificulta a atuação da fiscalização CERTIFICAÇÃO alguma empresa recicladora (Biodiesel);
guardar, ter em depósito ou usar produtos ou substância pública, cabe a nós, até como atitude institucional exemplar, Principalmente os RESÍDUOS PERIGOSOS, devem ser Plásticos, Papéis e Metais: Venda direta a empresa recicla-
tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio a iniciativa de praticar o Gerenciamento dos Resíduos que destinados de forma CERTIFICADA, pois somente este dora ou doação a catadores (dar preferência a cooperados);
ambiente em desacordo com as exigências estabelecidas não seja por força da lei dos homens e sim, pela Lei Superior documento prova perante as autoridades a Destinação Ade- Orgânicos: Destinar à Compostagem no próprio núcleo
em leis ou em seus regulamentos: do Amor e Respeito que devemos ao Meio Ambiente. quada dos Resíduos. (insumo para plantio).
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa. DECRETO 7.404 de 23 de dezembro de 2010 CDF – Certificado de Destinação Final de Resíduos. Do-
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídi- Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, cumento obrigatório e fornecido pela empresa responsável LOGÍSTICA
cas não exclui a das pessoas físicas, autoras e co-autoras. que institui a PNRS, cria o Comitê Interministerial da pela Destinação Final ou Tratamento do Resíduo. Deverá ser organizada ou contratada uma remoção perió-
Comentário: A lei não fala em quantidades ou volumes, Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orien- dica e permanente, para evitar excesso de acúmulo de mate-
portanto “na forma da lei” uma única pilha (Resíduo Peri- tador para a Implantação dos Sistemas de Logística Re- SEGREGAÇÃO – LOGÍSTICA – DESTINAÇÃO rial no Abrigo Temporário.
goso classe I) descartada de forma inadequada no terreno versa, e dá outras providências. MUITO IMPORTANTE: O processo de organização para
do Núcleo, está incorrendo em crime ambiental, portanto, Dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Implantação do Gerenciamento dos Resíduos deve começar SEGREGAÇÃO
sujeito o Núcleo (pessoa jurídica) e ou o Presidente (pessoa Relativos às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte pela resolução da DESTINAÇÃO, na seqüência a LOGÍSTI- • Providenciar os containeres para os pontos de geração,
física) e ou o monitor NE (pessoa física) responder pelo ato. Art. 60. As microempresas e empresas de pequeno porte, CA e por último, a SEGREGAÇÃO. identificados por cor e tipo de resíduos (distribuir unidades
POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI que gerem apenas resíduos sólidos domiciliares ou equipara- ou conjuntos o mais próximo possível dos locais de geração
12.305 de 2 agosto de 2010 dos pelo poder público municipal, nos termos do parágrafo DESTINAÇÕES FINAIS OU TRATAMENTO dos resíduos);
A PNRS reúne Princípios, Instrumentos, Objetivos e único do art. 13 da Lei no 12.305, de 2010, estão dispensadas Pilhas e Baterias: Aterro Industrial (pesquisar alternati- • A qualidade, atratividade e clareza das placas orientativas
Diretrizes para a Gestão dos Resíduos Sólidos e tramitou de apresentar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos. va local ou regional); são fundamentais para um bom funcionamento do sistema
no Congresso Nacional por mais de 20 anos até ser apro- Lâmpadas Fluorescentes: Descontaminação (pesquisar al- (utilizar-se de imagens).
vada em 2010. Ela estabelece a integração dos municípios OBJETIVO ternativa local ou regional); • Providenciar local fixo para construir um Abrigo Tempo-
e RESPONSABILIZA TODA A SOCIEDADE PELA GE- Respeitar o Meio Ambiente e Cumprir a Lei, Gerenciando Contaminados: Coprocessamento ou Aterro Industrial rário (fácil acesso de veículos);
RAÇÃO DOS RESÍDUOS. os Resíduos Gerados nos Núcleos da UDV. (pesquisar alternativa local ou regional); • O zelador do núcleo deverá ser instruído a:
Óleo de cozinha Usado: Produzir sabão ou vender/doar a a) transportar, separar e acondicionar os resíduos dos con-

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taineres para o Abrigo Temporário; óleo, graxa, tinta ou solventes).
b) dar manutenção na Compostagem; Comentário: Distribuir a outras pessoas (voluntários) as IMPLANTAÇÃO (PASSO-A-PASSO)
c) acondicionar os resíduos perigosos de forma segura, para tarefas de rotina atribuídas aqui ao Zelador. Por experiência
• Estudo do Projeto e da legislação aplicável;
que não quebre (lâmpadas) espalhem ou entre em contato com prática foi visto que não funciona, pois exige a cada turno um
o solo (pilhas e baterias) ou derramem (contaminados com treinamento da(s) pessoa(s) e retrabalhos para o monitor. • Reunião para a Apresentação do Projeto (Direção, Representante, Presidente e Zelador);
• Divulgação para a Irmandade (Apresentação do Projeto e Conceito 5R’s);
Padrão de Referência de Cores • Trabalho de Educação Ambiental com as crianças (fiscal mirim e conceitos básicos);
Azul Papel / papelão
• Instalação dos Equipamentos (containeres, placas, cartazes, informativos, etc.);
Vermelho Plástico
Verde Vidro • Construir a Composteira e ou Minhoqueira (atividade de grupo e Educação Ambiental)
Amarelo Metal • Práticas com o zelador.
Preto Madeira Comentário: recomenda-se a implantação gradual do Gerenciamento, iniciando o processo com os resíduos que
Laranja Resíduos perigosos
já se tem uma DESTINAÇÃO habitual e facilitada e na medida em que forem sendo resolvidas as demais destina-
Branco Resíduos ambulatoriais e de Serviços de Saúde
Marrom Resíduos orgânicos ções, amplia-se o gerenciamento até mesmo com os resíduos provenientes das residências dos sócios.
Cinza Resíduo não reciclável ou misturado, ou contamina-
do não passível de separação
REFORÇO HABITUAL
• Início do Mutirão, Reunião de Diretoria e Minuto Ambiental em Sessão;
• Monitoramento e Reavaliação Permanente;
• Readequação quando necessária.
Comentário: Trata-se de uma mudança de hábito e este é um árduo trabalho de curto, médio e longo prazo, por-
tanto para sucesso e continuidade além do momento de implantação do gerenciamento, é fundamental a atuação
do monitor NE e seus auxiliares, reforçando, relembrando, reanimando os irmãos à prática simples de dispor os
resíduos nos containeres respectivos. Em momentos mais críticos, pedir auxílio do MR ou Presidente para reforçar
o pedido.

CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO
• Aquisição dos Containeres (pesquisar preços locais);
• Placas (ver kit anexo),
• Abrigos (big bags e latões);
• Composteira (instruções em anexo).

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RECEITAS Conceito 5 R’s: Respeitar, Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Nucleo Arvoredo
• Origem (venda de recicláveis e venda de subprodutos como o sabão);
• Aplicação: Manutenção do Sistema, utensílios, ferramentas e Educação Ambiental
O Núcleo Arvoredo vem sendo trabalhado, com a separação dos resíduos dando destino menos impactante ao meio
DEFINIÇÕES E CONCEITOS ambiente e fazendo com que o destino de alguns resíduos reverte-se em crédito em casa de material de construção, ou ven-
Classificação de Resíduos Sólidos (NBR 10.004/2004) da à cooperativa ou empresa de reciclagem. Assim, reconhece-se que o recurso financeiro desta ação componentes ainda
é pequeno, no entanto, o que importa é a educação feita com respeito ao ambiente a à natureza. Este setor é trabalhado da
Para os efeitos desta Norma, os resíduos são classificados em: seguinte maneira:
a) resíduos classe I - Perigosos; • Orgânicos: As sobras e resíduos da alimentação no Núcleo, Recolhido em recipiente próprio (cesto de cor marrom), são
b) resíduos classe II – Não perigosos; destinadas, sempre após alguma atividade no Núcleo, a uma área específica e destinada para compostagem.
– resíduos classe II A – Não inertes. (reage)
– resíduos classe II B – Inertes. (não reage) • Papel: Papéis molhados, guardanapos usados, papelão são recolhidos em recipiente próprio (cesto de cor azul), ensaca-
dos e destinados ao serviço de limpeza pública. Ressalta-se que os papéis utilizados nos banheiros também são recolhidos
Resíduos Perigosos: São aqueles que apresentam periculosidade para as pessoas e para o meio ambiente. após as atividades no Núcleo, ensacados separadamente e destinados ao serviço de limpeza pública com a finalidade de faci-
litar o trabalho das cooperativas;
Resíduos Não Perigosos: São aqueles que não apresentam periculosidade para as pessoas e para o meio ambiente.
• Plástico: Os plásticos comuns são recolhidos em recipiente próprio (cesto de cor vermelha) ensacados e destinados ao
Inerte: Estado físico em que o sólido não reage em contato com o ar ou outras substâncias. serviço de limpeza pública. Foi solicitado em reunião de diretoria que a irmandade separe e leve as garrafas e potes (Pets)
descartadas em suas residências para o Núcleo, onde serão separadas e depositadas em bags específicos com destino à coo-
Resíduos Sólidos: São todos os resíduos produzidos pelas atividades humanas ou não humanas em estado sólido ou semi-só- perativa ou empresa de reciclagem;
lido.
• Tetra Pack: As caixinhas de leite e suco são desenformadas e depositadas em bags específicos com destino à cooperativa
Abrigo Temporário: É um local coberto no núcleo, destinado a armazenar de forma organizada e separado por tipo de resíduo, ou empresa de reciclagem. Foi solicitado em reunião de diretoria que a irmandade separe, lave e leve as tetra packs vazias,
garantindo a integridade e não contaminação dos resíduos, aguardando o momento da sua remoção externa. utilizadas em suas residências para o Núcleo, onde serão separadas e depositadas em bags específicos. O recurso financeiro
desta ação também pode ser através de troca por telhas ou venda do resíduo;
Destinação Final: É o local para onde se completa o ciclo de vida do resíduo, seja para deposição em Aterro Sanitário ou In-
dustrial, bem como para reutilização ou reciclagem dos mesmos. • Metal: Latas, palhas de aço, panelas quebradas e outros metais são recolhidos em recipiente próprio (cesto de cor amare-
lo), com destino à cooperativa ou empresa de reciclagem;
Tratamento: Processos físicos e ou químicos em que o resíduo perigoso é submetido para reduzir ou eliminar sua periculosi-
dade para as pessoas ou meio ambiente. •Vidro: Vidros quebrados são recolhidos em recipiente próprio (cesto de cor verde). Colocados envolto em papelão, en-
sacado e destinado ao serviço de limpeza pública. As garrafas de vidro estão sendo depositadas e acondicionadas em local
Logística: Recursos de veículos, equipamentos e informações para a execução da atividade de Gerenciamento de Resíduos. provisório. Ainda não tem destino definido;

Segregação: Separação ou isolamento dos resíduos. • Pilhas: As pilhas e baterias são recebidas pelas pessoas da Novo Encanto, depositadas num pequeno recipiente a ser des-
cartado em local apropriado, como posto de recolhimento em supermercados e/ou no banco Santander;
Composteira: É um conjunto de técnicas com o objetivo de transformar de forma controlada materiais orgânicos (folhas, cas-
cas, restos de alimentos, etc.) em adubo para as plantas. • Óleo: Foi solicitado em reunião de diretoria para que a irmandade leve o óleo residual utilizado na cozinha de suas resi-
dências para o Núcleo. Este produto será depositado em vasilhame específico, separado em gordura e óleo e recolhido por
uma empresa especializada que transformará em crédito para ser utilizado em casa de Material de construção. Este produto
será destinado na fabricação de tintas da Maxivinil.

54 55
• Fabricação da casinha dos resíduos, ainda sem nome. Trata-se de uma casinha volante, lúdica, que possui orifícios e
compartimentos internos estrategicamente posicionados para receber cada tipo de resíduo sólido, como: Pet, Tetra pack,
latinha de metal, garrafas de vidro, vidro quebrado, pilhas, tampinhas plásticas de garrafas, papelão, lâmpadas e papel seco,
depositado pela própria pessoa. Pode ser um bom instrumento de educação, pois, as crianças separam e destinam o resíduo
numa brincadeira, policiando os adultos. Os resíduos depositados são recolhidos periodicamente e destinados adequadamente
dando publicidade do resultado obtido à irmandade. Este projeto pode se estender às escolas públicas e particulares com uma
estrutura de coleta periódica com veículo específico adaptado à esta finalidade. Ressalta-se a necessidade de uma boa parceria
com os catadores e cooperativas;
• Compra de novos cestos coloridos para receber os resíduos sólidos, orgânicos e inorgânicos. Os cestos atualmente usados
serão revitalizados, pintados e distribuídos no Núcleo;

•Ambientação na área das crianças com construção de um parque para crianças utilizando pneus de trator coloridos, cerca
com ripas de madeira, bancos de resto de construção e delimitação orgânica da área de areia.

•Fabricação de um local (recipiente) para receber os resíduos orgânicos a fim de coletar o biofertilizante;

•Projeto em avaliação: Educação ambiental e Captação de resíduo orgânico na casa das famílias do Núcleo Arvoredo com o
objetivo de aumentar a quantidade de resíduos orgânicos na compostagem, realizado de maneira gradativa. Distribuição de um
(01) galão hermético com capacidade para 5 ou 10 litros a três (03) famílias heterogêneas, estrategicamente selecionada. Estas
famílias vêm depositando os resíduos orgânicos neste galão durante os dias da semana com o compromisso de levá-lo ao Nú-
cleo nos dias de Sessão. Este resíduo será depositado na área de compostagem. Num cálculo médio, podemos atingir 500Kg de
composto em 01 (um) mês.

Há aproveitamento do material orgânico descartado em forma de


composto orgânico (compostagem/minhocário)?

a) Orientação do estrela Dalva/SC

56 57
b) Núcleo Príncipe Ram
b1. Composteira. • O Biogeo deve ser mexido todos os dias pelo menos três vezes. Mas quando vai ser utilizado, no dia anterior deve-se me-
- Os resíduos orgânicos são destinados à composteira do Núcleo onde a equipe do Plan- xer apenas pela manhã e depois deixar em repouso durante o resto do dia para que se possa tirar apenas a parte líquida que
tio produz com frequência composto orgânico. é o que será utilizado.
- A cada mutirão do Núcleo, o resíduo orgânico é coletado e depositado em uma caixa. • No plantio o Biogeo deve ser aplicado nas horas mais frescas do dia, isso tanto para folha quanto para solo. Se o plantio
Em seguida é aberta uma trincheira no terreno e depositado esse resíduo. Esse material estiver limpo não se deve usar o Biogeo.
também é enriquecido com bagaço de mariri e esterco coletado na vizinhança do Núcleo. • Se as plantas estiverem floridas não deve ser aplicado o Biogeo, pois os insetos que são responsáveis pela polinização
A cada 15 dias a trincheira é revolvida. E sequencialmente esse trabalho vem sendo de- podem fugir.
senvolvido. • A caixa contendo o Biogeo deve ser mantida sempre destampada e no sol. É importante que seja abrigado da chuva quan-
do esta aparecer.
Como fazer um biofertilizante? • O Biogeo pode durar até mesmo anos e para mantê-lo vivo é preciso estar sempre cuidando dele com restos de frutas e
Os biofertilizantes são preparados biológicos que são usados como adubo foliar ou no verduras, e acrescentando água.
solo, para ativação celular e nutricional das plantas. Este é constituído de rumem de boi • Para pulverizar a terra coloca-se 18L de água e 2L de Biogeo. E para usar diretamente nas folhas, diluir 250ml de Biogeo
(esterco verde – novo), rocha fosfatada, matéria orgânica, cinza e restos de frutas e legu- em 20lts de água.
mes não cozidos, sendo este derradeiro aplicados no inicio e periodicamente para ali- Uma dica muito interessante é que sementes podem ser inoculadas com o Biogeo e assim germinam muito mais rápido e
mentar as bactérias. vigorosas. Para a inoculação das sementes deve ser feito o seguinte processo: deixar a semente de molho por 2 minutos (so-
O Biogeo é uma criação de microrganismos que quando colocados sobre a terra de- mente 2 minutos) no Biogeo puro. A quantidade de Biogeo utilizada deve ser o suficiente para cobri-las. Depois é só plantar!
volvem a vida para ela e aceleram a decomposição do mato que foi roçado. Já nas folhas O Biogeo pode ser colocado no plantio todo mês até que a vida retorne a terra, ficando mais fofa, úmida e apareçam plantas
das plantas, o Biogeo funciona como um revitalizante aumentando a sua capacidade de espontâneas e bichos num ambiente semelhante ao da floresta.
buscar nutrientes na terra.

Preparo do Biogeo:
• 30% de esterco verde para 70% de água. Caso não tenha o esterco verde[1], pode ser
usado 20% de capim de bucho de boi e 80% de água. Misturar bem.
• Depois, acrescentar 10 a 20L de serrapilheira da mata (de preferência, tirar as folhas
secas de cima e pegar a terra gorda, úmida e com mofo) para 400L de Biogeo.
• Assim que começar a fermentar, tratar com restos orgânicos (cascas de verduras,
frutas, legumes, etc.). Esses restos orgânicos não podem estar temperados ou cozidos;
• Para que o pH não aumente muito é bom adicionar um pouco de laranja ou limão
para controlar esta elevação;
• Adicionar 100g de farinha de rocha ou pó de pedra para cada 100 litros de Biogeo.
Esterco verde é aquele ainda fresco sem estar duro e seco.
Alguns cuidados que devemos ter com o Biogeo
• O Biogeo quando é feito pela primeira vez fica pronto em torno de 45 dias. A melhor
maneira de saber se já está pronto são as moscas e marimbondos que começam a rodear
a caixa. Além disso, pode-se ver a sua imagem refletindo na água como se fosse um es-
pelho.

58 59
No Núcleo existe viveiro de mudas?
c) Núcleo Augusto Cangulê
Está sendo produzido compostagem e reutilizado todo o resíduo orgânico que sobra da cozinha, preparo de vegetal.
1- Uso do sistema de trincheira no meio da área florestal do núcleo a) O N. Rainha das Aguas construiu uma Estufa Ecológica
- foi construído uma trincheira de 1m de largura, 0.50 m de profundidade e comprimento conforme a quantidade de material Em parceiria com o Departamento de plantio, utilizando técnicas de Bioconstrução para construção de uma estufa ecoló-
existente, gica, diminuindo os custos e impactos ambientais, devido aos materiais utilizados.
- O bagaço do mariri é usado como base para a compostagem ( mas pode ser outros matérias). O trabalho foi Realizado conforme descrito no material elaborado pelo Centro paranaense de Referência em Agroecologia
- São utilizadas divesas trincheiras, com comprimento de 2,5 a 3,00 metros no máximo, com profundidade de 0.50cm e largura “ Estufa Ecológica uso do Bambu em Bioconstruções / JulioCarlos Bittencour Veiga; Nailton de Lima; Valtair Martins deO-
de 1.00m e as pilhas ficam mais ou menos assim: liveira. - Curitiba: CPRA, 2011.”
1ª- 35cm de bagaço de mariri
2ª- folha seca ou capim seco* (fazer uma cobertura apenas para servir de proteção para colocar os restos de alimento).
3ª- sobras de alimento da cozinha acumulados durante o final de semana podem ser misturados crus e cozidos com exceção Colocar numa caixa própria:
sobras de carnes**. Foram utilizando os materiais
4ª- esterco de bovino ou ovinos e caprinos, ou de aviário sendo dois carrinhos de mão; descritos abaixo com algumas
5ª calcário ou cinza retirado da fornalha sendo no caso da cinza um carrinho de mão; já o calcário 1kg por camada; adaptações , são eles:
6ª repetir as sequencias das camadas. 14 toras ou vigas de 1,0 x 0,15m,
* a camada de folha e capim servirá para que o sal, o oléo e os condimentos existentes na alimentação não escorram para a para apoiar os pés-direitos de bam-
camada de mariri com o processo de irrigação, que será feito nos primeiros 21 dias do processo de fermentação e formação de bu;
bactérias e fungos serão produzidos. - 34 torinhas ou vigotas de 0,9m
** as sobras de carnes não é muito conveniente neste processo pois apodrecerão causando mau cheiro isso incomodará quem x 0,10m, para apoiar os arcos de
for fazer o processo de reviração das camadas após o 21º dia. Neste caso as carnes podem ser incineradas e/ou feito alimentos para bambu da cobertura;
porcos e cães de alguém da irmandade. - 34 (ou mais) colmos ou varas
Este processo dura em torno de 70 dias, se o bagaço do mariri tenha sido triturado e o processo de reviração da leira a cada sete de bambu de 7,5m x 0,06m, para os
dias tenha sido feito normal. arcos da cobertura (com as pontas
finas);
- 18 (ou mais) peças de bambu
d. No Nucleo Menino Rei de 3,0m x 0,12m, ou mais largas,
para os pés-direitos e suportes de
É feito dois tipos de compostagem com o lixo orgânico, uma só com alimento cru e cascas, restos de podas etc. e outra com portas;
alimentos cozidos, temperados (restos de comida, que demora mais um pouco). Existem dois minhocários e uma hortinha me- - 05 (ou mais) peças de bambu de
0,30m), para fazer tabiques ou cavilhas, com broca de 8mm;
dicinal em espiral. É o que conseguimos fazer no terreno que é pequeno. 4,5m x 0,10m, para as linhas das tesouras (travessas no sentido da
- 30 m de ripa de 1 pol x 2 pol e 30 m de matajunta ou sarrafo,
largura);
para fixação do plástico da cobertura, cortinas e sombrite;
- 08 varas (ou mais) de bambu de 4,0m (ou 2 com o compri-
- Filme agrícola AD 8,0m x 150 micra p/ estufa, com 20m de
mento da estufa) x 0,10m, para as travessas longitudinais (laterais);
comprimento;
- 04 (ou mais) varas de bambu de 4,0m x 0,10m, para a cume-
- Filme agrícola AD 2,0m x 100 micra p/ cortina, com 25m de
eira;
comprimento;
- 05 (ou mais) peças de bambu de 1,5m x 0,10m para o pendural
- Faixa de fixação 0,20mm x 0,20m em plástico, com 40 m de
(pontalete) da tesoura e 20 peças de 3,0m x 0,05m, para travamen-
comprimento (para revestir as pontas dos arcos);
to das tesouras, linhas laterais e cumeeira;
- 12 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizada, com 1,0m de
- Bambus com entrenó longo, parede grossa (diâmetro de 0,20-
60 comprimento; 61
- 60 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”; - 40 arruelas lisa 5/16”galvanizadas.
- 1 barra de ferro de construção de 4,2 mm (12m); Atividade (detalhamento): seguimos o modelo proposto na no d) Núcleo Augusto Cangulê
- 60 arruelas lisas 5/16”galvanizadas; material citado acima com algumas adaptações devido as condições Núcleo Augusto Cangulê é aproveitada a sombras da própria floresta, utilizando os espaços vazios, reutilizando também va-
- 2 rolos ou 500 g de fio torcido de Poliamida, com espessura locais e do terreno . silhames de plástico para plantio de mudas como : saco de arroz, feijão, açúcar, caixa de leite, copos descartáveis, latas de tinta,
210/072 baldes velhos, etc.
e 210/096 (ou 210/144); Resultados/desdobramentos:
- 5 parafusos de telha de 6mm, com arruelas e porcas, para pendu- A construção da Estufa Ecológica proporcionou a todos nos do
rar os pontaletes. Núcleo Rainha das Águas a possibilidade de implantar uma técnica
de Bioconstrução e atender as necessidades da construção de uma No Núcleo existe uma horta ou espiral de ervas orgânicos?
Para as portas e janelas serão necessários: estufa na área do plantio.
- 05 peças de barra rosqueada 5/16” galvanizadas, com 1,0m de A utilização do Bambu além dos benefícios na utilização de um
comprimento; material natural também trouxe uma economia considerável se com-
- 40 porcas sextavadas galvanizadas 5/16”; parado a construção de uma estufa convencional. a) Núcleo Rainha das águas

b) N. Rainha da luz - 8a região

b) Núcleo Coroa Divina


c) Nucleo Príncipe Ram No N. Coroa Divina foi trabalhado um espiral de ervas, cujo plantio é feito com as
Nucleo Príncipe Ram, o viveiro é mantido pela equipe do plantio da seguinte crianças.
forma: pela doação de empresas como a Embrapa, que fornece mudas e sementes
de espécies florestais e lenhosas; pela doação de espécies dos nove vegetais (9 ve- A espiral foi construída com tijolos, terra, composto orgânico e mudas de plantas.
getal), pelos demais Núcleos da região e produção de mudas de chacrona e outras
espécies pela própria equipe. Pericodicamente, essas mudas são plantadas e pas- Na dinâmica, durante a construção da espiral, foi falado a respeito de permacultura,
sam por manutenção no viveiro. sobre o funcionamento da espiral e de como é realizado o plantio.
O terreno está sendo reflorestado com espécies florestais, lenhosas, frutíferas, Para construir a espiral, primeiro se fez um marco central no chão, desse marco foi
nove vegetal, mariri e chacrona, atráves dos trabalhos do plantio e da Novo En- feito um raio de 1m. Após isso foi cavado um círculo de palmo de profundidade na
canto nos primeiros e terceiros finais de semana do mês. terra e colocado os tijolos em espiral do centro para a borda. Após foi preenchido de
terra, misturado a matéria rgânica na superfície, onde as crianças realizaram o plantio
62 de temperos, medicinais e flores e já em uso pela irmandade. 63
01. Encontre um recipiente (pode ser uma bacia de plástico ou o que houver mais
fácil em casa) e faça furinhos no fundo para escoar o excesso de água. Depois forre
o fundo do recipiente para evitar o entupimento dos furinhos. Use pedaços de
isopor (para aproveitar os restos de embalagens de eletrodomésticos etc.) ou brita.

No Núcleo existe um pomar orgânico?


c) Núcleo Menino Rei
03. Cubra os pedaços de isopor com 04. Coloque a terra sobre a tela de 05. sobre a terra desenhe o espiral
uma tela mosqueteiro, ou, se tiver mosqueteiro e encha o recipiente (como um caracol) do tamanho que
usado a brita, cubra com areia. até a tampa. desejar.
N. coroa divina a equipe da Novo Encanto preparou o leito para as mudas frutíferas, programou com as crianças uma roda de con-
versa da importância de se plantar árvores e fizeram juntos o plantio.
As mudas foram solicitadas ao Horto Municipal, os leitos abertos nas dimensões 30 cm x 30 cm x 30 cm e com as crianças adubaram
os leitos e plantaram as mudas, que crescem bem com adubações frequentes.
06. Corte os pedaços de bambu. Finque 07. Coloque outro pedaço de bambu 08. Continue colocando os pedaços
dois em cada uma das extremidades de tamanho intermediário no meio de bambu um a um. Lembrando que
do seu desenho. O externo sendo mais do caminho. Lembrando que a cada pedaço deve ser um pouquinho
baixo e o interno sendo o mais alto. base de todos os bambus deve ter maior que o outro para dar o efeito
a mesma profundidade. espiral.

01. Encontre um recipiente (pode ser uma bacia de plástico ou o que houver mais
fácil em casa) e faça furinhos no fundo para escoar o excesso de água. Depois forre
o fundo do recipiente para evitar o entupimento dos furinhos. Use pedaços de Há trabalhos de conservação em Áreas de Preservação Permanente (APPs)
isopor (para aproveitar os restos de embalagens de eletrodomésticos etc.) ou brita.
caso existentes nas proximidades do Núcleo?
09. Terminado o espiral com o 10. Estando o espiral seguro, Associação Beneficente
bambu, amarre bem com barbante, coloque a terra dentro dele e plante Casa da União

sisal ou cordinha similar. as sementes ou mudas.

03. Cubra os pedaços de isopor com 04. Coloque a terra sobre a tela de 05. sobre a terra desenhe o espiral
Leonel Generoso sugere ver o Decreto Presidencial que faz a regularização dos imóveis rurais, a partir do Cadastro Ambiental Rural
uma tela mosqueteiro, ou, se tiver
usado a brita, cubra com areia.
mosqueteiro e encha o recipiente
até a tampa.
(como um caracol) do tamanho que
desejar.
- CAR, com o artigo 19, todo a respeito do que fazer e não fazer nas APPs. Segundo o André Lima, pelo novo Código Florestal e pela
lei que regulou as competências comuns e concorrentes de União, Estados e Municípios, os estados e municípios podem regulamentar
com diferenças, podendo ser mais restritivos. Mas no geral, as orientações são essas. Segue o link:

d) Núcleo Principe Ram


No
dois N. Príncipe Ram, adeNovo
06. Corte os pedaços de bambu. Finque
em cada uma das extremidades
07. Coloque outro pedaço de bambu
Encantonojuntamente
tamanho intermediário
08. Continue colocando os pedaços
meio de bambu umo aLembrando
a um. equipequedo Plantio e OE iniciou a implantação da horta orgânica com as crianças. O http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7830.htm
do seu desenho. O externo sendo mais do caminho. Lembrando que a cada pedaço deve ser um pouquinho
trabalho foi iniciado
baixo e o interno sendo o mais alto.com odeplantio
base das deve
todos os bambus sementes, noo outro
ter maior que berçário de mudas.
para dar o efeito
a mesma profundidade. espiral.
Veja também um “Guia de Aplicação da nova Lei Florestal em Propriedades Rurais”, produzido pelo Imaflora. Segue o link:

http://www.imaflora.org/downloads/biblioteca/52d7c3a819c3e_Guia_Aplicao_Nova_Lei_Florestal.pdf

09. Terminado o espiral com o 10. Estando o espiral seguro, Associação Beneficente
bambu, amarre bem com barbante, coloque a terra dentro dele e plante Casa da União

sisal ou cordinha similar. as sementes ou mudas.

64 65
Construção de poço artesiano ou semi artesiano Realização de alguns trabalhos ou projetos de conservação Recuperação
de nascentes e matas ciliares no terreno

66
Cultura 67
São realizadas atividades de Educação Ambiental para crianças,
jovens e adultos no Núcleo?

Atividade do Nucleo Jardim do Norte em parceria com outros departamentos do Núcleo com objetivos de ressaltar a im-
portância do dia internacional do meio ambiente e despertar para a consciência ecológica.
Cultura Fizeram a explanação sobre o Dia Internacional do Meio Ambiente e sua importância no calendário ecológico, palestras
sobre reciclagem de lixo exposição de materiais reciclados (porta-lápis, potes de vidro etc) e a execução do projeto da horta
Na continuidade da Água e da Biodiversidade vem a Cultura. Para falar de cultura neste âmbito, se faz necessário nos reportar vertical confeccionada com garrafas PET`’s. Foram utilizados Garrafas PET’s vazias, corda de varal, ferro de solda, terra preta
à nossa ancestralidade espiritual. e mudas.
Essa nossa história começou no reinado do Rei Inca, onde tinha uma Mulher Misteriosa que aconselhava o Rei a ser vitorioso, Na atividade foram fixados cartazes nas entradas dos banheiros, corredores e ginásio. Nos banheiros foram fixados car-
e assim seu reinado prosperava. tazes relacionados ao uso racional da água. Foi realizada uma dinâmica de perguntas e respostas relacionadas aos temas em
Aqui prosperidade e vitorioso são palavras-chave que identificamos para a formação da nossa possível Cultura na União do questão. Aqueles que respondiam corretamente as perguntas ganhavam um kit. Foram distribuídos 3 kits.
Vegetal.
Se o Rei era vitorioso e o reinado prosperava, isso nos faz crer que havia dignidade, com abundancia de alimento, água e es-
piritualidade.
Na continuidade da história, chegamos ao Reinado de Salomão. Existe um dito que não existiu rei mais rico que Salomão, que
uniu os mistérios do vegetal, fez um Mestre Superior e deixou pra humanidade um tesouro, que é o Vegetal. Aqui a Espiritu-
alidade se torna mais evidente.
Na sequencia da história, chegamos ao povo Inca, também rico e próspero. No Império dos Incas, havia casa, alimento para
todos, água limpa, saúde e harmonia com a Natureza. Ainda nos dias de hoje existem comunidades à beira do Lago Titicaca, que
cultivam a batata. Em depoimento, uma senhora residente no local disse que os Incas , por terem domesticado a batata, deve-
riam ser reverenciados por toda a humanidade, pois é um alimento que serve como a primeira alimentação dos humanos ainda
bebês, a conhecida papinha, que vem da palavra papa - batata em espanhol, e por ser também o último alimento dos idosos. Hoje
a batata está em mais de 120 países. Muito se pode dizer sobre a riqueza dos Incas, existe ampla bibliografia sobre este povo, e o
grande presente que recebemos do Grande Mestre é sabermos, de fonte segura, de onde surgiu esse povo.
E na linha do tempo chegamos ao Mestre Gabriel, que com seu exemplo de uma vida simples nos mostra a verdadeira riqueza,
o tesouro de Salomão; o conhecimento. Nos trouxe essa bela e inspiradora história, sinalizando o caminho da prosperidade e da
evolução espiritual. É sensível a melhora da nossa qualidade de vida depois que chegamos à União do Vegetal. Neste convívio
de profundas transformações pessoais e coletivas, desenvolvemos um modo de vida, a Cultura própria dos Caianinhos, que se
manifesta através do respeito pelas florestas, no interesse crescente pelas plantas medicinais e sagradas, no uso correto da palavra
, conhecendo seus mistérios e desembaraçando nossas vidas, nas mensagens dos diferentes ritmos musicais, nos reconhecendo
Acesse o Caderno de permacultura para crianças:
como irmãos, no poder que existe quando nos unimos para realizar e vencer desafios na missão de contribuir para a Paz. Em
comum temos a doutrina que orienta nossos passos para sermos vitoriosos. Uma prática de vida capaz de nos religar aos ances- http://www.4shared.com/file/huFzRqS0ce/C01b1_-_Caderno_Permacultura_p.html
trais, construindo a nossa cultura regida pelo símbolo da União: Luz, Paz e Amor.
“DISPONIBILIZADO POR VIVETTE APPOLINÁRIO, COORDENADORA DA 12a REGIÃO NO TRIÊNIO 2012-2015
Paola Simoni Silveira

68 69
O Núcleo Menino Rei com o objetivos de trabalhar pela conscientização ambiental com crianças, jovens e adultos do Dinâmica do despertar na Praça da Serenidade. Essa praça foi construída para realização de atividades culturais
Núcleo, trabalharam com artesanato envolvendo reutilização. e de educação ambiental.
São Atividades normalmente usadas em datas comemorativas como natal, páscoa, alguma festa no Núcleo (luau dos
jovens por exemplo). Além disso já foram feitas excursões a um aterro sanitário e ao cinema, para ver o filme: “lixo
extraordinário”, A conscientização da importância do cuidado com o meio também é recorrentemente citada ao final de
sessões e muita coisa é expressa no mural da NE, além de frequentes postagens no grupo de e-mails e do Facebook trabalhando
temas referentes ao cuidado com a natureza e propondo possíveis novas ações no Núcleo.

Roda de conversa sobre os Santos curandeiros e banho de ervas medicinais.

No Núcleo príncipe Ram além das atividades de educação para a comunidade da qual crianças e jovens do Núcleo participam,
outras atividades são realizadas em datas comemorativas, como: meio ambiente, dia da árvore, São Cosmo e São Damião e ou-
tras. As atividades são planejadas previamente pela equipe e os materiais didáticos e técnicos são levados por cada um da equipe
ou é custeado pela Novo Encanto, quando necessário.

O Núcleo Augusto Cangulê fazem palestras sobre meio ambiente nas datas importantes para lembrar o dia da árvore, onde
fizeram trabalhos no bosque de identificação dos nove vegetal e iniciaram a construção de uma trilha ecológica.
Complementaram com o canteiros de ervas medicinais com os pequenos e plantio de hortas em pequenos espaços.

70 71
A direção do Núcleo participa das atividades de Educação Ambiental? A direção do Núcleo apoia e/ou participa as ações da Novo Encanto?

No N. Menino Rei a direção participa se associando à Novo Encanto e como espelho para a irmandade, conversam com as pes- No Núcleo Menino Rei – A direção não só é, em sua maioria, sócia da NE como também os Mestres falam, reiteram e
soas e apoiam as empreitadas da monitoria. Costumam fazer parte de uma aproximação pessoal, de amizade pedindo auxílio e a reforçam a importância do trabalho da Novo Encanto na Terra. Um exemplo que visto da participação da direção e da ir-
irmandade atende, pois são comprometidos com a UDV e gostam da ideia de servir. mandade no envolvimento da Novo Encanto é no mural: onde constantemente o Mestre Representante, e outros membros
da direção e da da irmandade escrevem poemas, preferencialmente relacionados à natureza. Com relação a TODOS os
eventos e atividades extras proposta. os Mestres e boa parte do corpo do conselho estavam presentes, quando era voltada
para crianças ou jovens, davam um jeito dos filhos participarem

Núcleo Príncipe Ram a direção do Núcleo participa ativamente das atividades da Novo Encanto. Inclusive, com exceção de pou-
quíssimos que não têm condições financeiras, a maioria é sócio da NE. Primeiro, planejam e executam as ações conjuntamente
com os departamentos NE, OE, Plantio e Beneficência e todos os monitores são da Direção. Segundo, que é uma cultura do MR
e QM do Núcleo, desde o início de sua formação, a direção participar e apoia todas as atividades do Núcleo. Isso é uma marca do São realizadas atividades de Educação Ambiental com as populações
Núcleo e tem dado muito certo, pois os trabalhos acontecem com mais força e os demais discípulos confiam e se integram. Isso
também ocorre nos trabalhos da Ogã e Presidência. do entorno dos núcleos?

Atividade realizada pelo N. Jardim do Norte no dia do bem verde na Escola Municipal Presidente João Goulart, no
bairro Santa Etelvina

No Núcleo Augusto Cangulê ocorre participação direta do quadro de mestre e corpo do conselho nas atividades da novo en-
canto e tem incentivado a irmandade a participar efetivamente deste trabalho ex:
No dia 1º de dezembro do ano passado fizemos a atividade do dia “V” (VERDE), juntamente com a Vale do Rio Doce plantamos
500 árvores na recomposição florestal de uma APP, onde estamos iniciando um novo NUCLEO da UDV.

72 73
Seringal Novo Encanto
Preservação Ambiental
I Feira Novo Encanto: Horizontes para uma vida sustentável -8a região
O Seringal Novo Encanto compreende
uma área de 8.125 hectares localizada no Amazônia, da pesca e da agricultura de
A I Feira Novo Encanto teve como horizonte um DF sustentável, iniciativa da Associação Novo Encanto de Desenvolvimen- município de Lábrea, no Estado do
Amazonas, tendo sua divisa ao sul com o
subsitência, sem impacto ao meio
ambiente.
to Ecológico, em Brasília, em parceria com órgãos do setor público e Organizações Não-Governamentais, divulgou atividades Estado do Acre. O Seringal é gerenciado por um
funcionário da Associação Novo Encanto,
realizadas pela associação com o objetivo de disseminar o impacto positivo de práticas, técnicas e tecnologias ecologicamente com sua sede situada às margens do rio
orientadas no combate à degradação ambiental e à promoção do ser humano. Iquiri. Possui 98% de sua área de floresta
preservada, e 2% de área em pasto, com
Realizada 2011, no Parque Nacional de Brasília-DF, a I Feira contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da 6 nascentes, 12 igarapés e 381 espécies

Carta de Princípios
vegetais identificadas.
Biodiversidade, do Ministério do Meio Ambiente, do Governo Federal e do Conselho Nacional de Justiça. Os visitantes foram O Seringal tem sua drenagem principal

guiados através de 7 estações, organizadas em diferentes temáticas, tendo como pano de fundo soluções para uma cidade sus- feita pelo Rio Iquiri, um rio de águas

tentável.
brancas que após deixar a área do
Seringal, desemboca no rio Ituxi, entre Novo Encanto
Seus primeiros registros datam de frondosas Samaúmas.
Ao todo foram mais de 500 pessoas participantes, que ao final do circuito das estações preencheram formulários de avaliação 1901 quando era um centro de As áreas alagáveis dos rios de águas
convergência cultural e econômica da brancas são consideradas mais férteis,
e sugestões. Ficou registrado o apoio massivo à iniciativa, a satisfação com a qualidade das informações recebidas e o estímulo região. Porém, com o final do ciclo da por serem ricas de material em
para que fosse replicada em locais como escolas, e ampliado o público alvo. borracha a região sofreu o mesmo
processo de decadência da maioria dos
suspensão. No Seringal também passam
águas escuras, representadas pelo 11 . At u a r p e l a t o m a d a d e na sua prática, na medida em que
Maiores informações sobre a I Feira podem ser vistas nos seguintes links: seringais da Amazônia. Igarapé Preto. consciência de que o único estabelece laços de União com
Atualmente as famílias que lá Provavelmente domínio que nos cabe exercer todos aqueles que compartilham
habitam, sobrevivem da extração do suas águas sobre a natureza é o processo desta mesma aspiração. É desta
látex, da colheita da Castanha-da- correspondem a gradual de autoconhecimento e mesma União que vem brotando
http://www.youtube.com/watch?v=BRsIra3rdOE&feature=player_embedded dos rios que auto-disciplina sobre a natureza a força que há de conduzir as
tem origem na humana: o domínio de si. pessoas e os movimentos que
própria bacia trabalham em prol da VIDA e da
Objetivo Geral amazônica,
22. Trabalhar pela substituição de PAZ, à realização de seus
coberta por
Incentivar a adoção de práticas, técnicas e tecnologias sustentáveis que promovam ações locais inovadoras de empreendedo- floresta e por
uma rela ção de consumo objetivos.
agressiva da Natureza por uma
rismo socioeconômico e ambiental dirigidas ao desenvolvimento de conhecimento aplicado à construção da sustentabilidade no isso apresentam
essas caracte- relação de comunhão. E nesta 44. Combinar a implantação de
país, por meio de diálogos institucionais. rísticas. comum-união tornarmo-nos UM projetos de conservação do meio
com ela. ambiente com atividades de
conscientização de um número
33. O ser humano expressa o seu cada vez maior de pessoas,
grau de integração na Natureza, quanto à seriedade da crise que
estamos vivendo, assim como dos
Metodologia caminhos de sua superação.

Estações 55. A responsabilidade que se põe


A I FEIRA NOVO ENCANTO: HORIZONTES PARA UMA VIDA SUSTENTÁVEL foi estruturada em 8 estações temá- • Estação 1 – Novo Encanto – Apresentação do histórico insti- para cada ser humano hoje é de

ticas, coordenadas por monitores capacitados, especialistas e pessoas com reconhecida experiência profissional na área a tucional da Associação, Carta de Princípios, atividades e princi- uma transformação profunda de
nossa relação com o planeta terra.
fornecer informações demandadas pelos visitantes, a saber: pais projetos em desenvolvimento, em todos os estados do Brasil. Para que esta transformação
ocorra, é preciso reencontrar a
experiência da Natureza em seus
encantos.

74 75
Permacultura
Cultura permanente

Sistemas Agroflorestais
Sintonia com a natureza

Permacultura
Cultura permanente

Tecnologias em bioconstrução
O impacto que a construção civil causa é um dos principais meios de degradação ao meio ambiente, sendo
responsável pela grande parte do consumo de recursos naturais.

Como alternativa, as construções ecológicas apresentam técnicas de baixo custo econômico e ambiental e
com alto nível de eficiência, considerando beleza e conforto.

Adobe – Técnica de construção milenar onde se


fabrica o tijolo cru usando um barro argiloso
preparado com uma massa que tenha liga e os
tijolos são feitos em formas de madeira em
diferentes tamanhos sendo os mais comuns
40x20x15. É usado ainda hoje no interior do Brasil e
em todo mundo, onde pode-se observar construções
centenárias que permanecem intactas provando a
eficiência desta técnica.

• Estação 2 – Permacultura – Soluções propostas pelo desing


permacultural para o planejamento, a implantação e a manuten-
ção de ecossistemas cultivados nos campos e nas cidades. Superadobe – Técnica de construção desenvolvida
na Califórnia, que utiliza sacos de polipropileno
preenchidos com subsolo do local e socados até
ficarem bem compactados. Simples e de fácil
aprendizado, com baixo custo, dispensa muitas vezes
pilares para a compor a estrutura e pode ser usado
qualquer tipo de solo. As habitações construídas têm
a característica de manterem níveis de temperatura e
umidade constantes, onde a terra é um isolante
natural.
• Estação 3 – Sistemas Agroflorestais – Demonstração de sis-
temas agroflorestais sucessionais como alternativa viável para
recuperação de áreas degradadas e reposição florestal de áreas
já desmatadas, permitindo a produção de cultivos alimentares e
florestais em uma mesma área.

76 77
Foram distribuídos a cada participante uma “Caixa de Subsídios para Saber Mais”, com transmissão clara, ob-
• Estação 2 – Permacultura – Soluções propostas pelo desing permacultural para o planejamento, a implantação e a jetiva e concisa de material ilustrativo, conceitos, informações importantes e links, num conjunto de lâminas em
manutenção de ecossistemas cultivados nos campos e nas cidades. papel reciclato, com a síntese de cada estação, para quando o visitante estiver buscando e quiser estudar, consultar,
ou encontrar novas e maiores informações.

Sistemas Agroflorestais • Estação 3 – Sistemas Agroflorestais – Família Verde Produtos Sustentáveis


Demonstração de sistemas agroflorestais
N. Estrela Dalva – 9a região – trilha interpretativa ambiental
Sintonia com a natureza Consciência ecológica Consumo inteligente

Tendo a biodiversidade como princípio e o manejo adequado


através da observação, podemos plantar florestas abundantes
sucessionais como alternativa viável para Os alimentos podem ser classificados em quatro categorias Baixo impacto ambiental e social

recuperação de áreas degradadas e repo-


de acordo com o grau de vitalidade:
em pouco tempo. antes, durante e após a produção.
A utilização de alimentos bioestáticos é o resultado

A trilha é montada em ações na comunidade dentro do “dia do bem” ou da “jornada


ALIMENTOS QUE GERAM A VIDA: BIOGÊNICOS
- São os germes, os brotos dos de hábitos sociais.
grãos das leguminosas, das ervas Seu consumo assegura o funcionamento mínimo de

sição florestal de áreas já desmatadas, per-


e das hortaliças. Os brotos são nosso organismo, mas provoca o envelhecimento
as melhores opções para termos das células, pois não fornece as substâncias vivas

da saúde”. É utilizada uma sala de aula, pra facilitar o processo, pois a pessoa deverá
verduras frescas em casa ou no necessárias à regeneração.
apartamento, sem precisar Utilizando, entretanto, alimentos frescos recém

mitindo a produção de cultivos alimenta-


adubo, canteiro ou mesmo de cozidos acompanhados de biogênicos e bioativos,
terra. São fontes inestimáveis de vitaminas A, B, C, conseguimos reverter em grande medida seus
D, E, G, K, U, aminoácidos, sais minerais e malefícios. A desvantagem maior seria para as

entrar na trilha de olhos vedados, sem ter visto o ambiente e conduzida por um “anjo”.
carboidratos. pessoas que nunca utilizam alimentos crus na
proporção de 50% na ingestão diária.

res e florestais em uma mesma área.


ALIMENTOS QUE ATIVAM A VIDA : Devemos ter sempre claro que o problema não é o
BIOATIVOS- São as frutas, consumo do bioestático, mas a ausência de

O “anjo” é representados por jovens, que acompanham a pessoa de olhos vedados,


ervas, hortaliças, leguminosas, biogênicos e bioativos.
nozes (oleaginosas), grãos e
cereais que já estão maduros e ALIMENTOS QUE DESTROEM A VIDA:
Plantio com 7 anos são consumidos em perfeito BIOCÍDICOS - São os
estado, crus ou deixados de produtos que predominam na

para que não se desvie do trajeto. O anjo promove algum sons, respingos de água, pul-
molho. Seu consumo traz alimentação moderna. São
vitalidade e saúde em qualquer idade. aqueles cuja força vital foi

• Estação 4 – Práticas Urbanas Susten-


O suco verde (suco de clorofila) é um alimento destruída por processos físicos
bioativo altamente recomendável. Do ponto de ou químicos de refinação,
conservação ou preparo.

verização com aromas de óleos essenciais, etc.


vista químico a clorofila tem quase todos os
componentes do sangue Os "alimentos" biocídicos foram inventados pelo
homem para sua própria perda. Eles envenenam,

táveis - Apresentação de práticas, técnicas


ALIMENTOS QUE DIMINUEM A VIDA : pouco a pouco, as células com as substâncias
BIOESTÁTICOS - São os alimentos nocivas que contém.

O ambiente é organizado colocando-se lona plástica no chão e duas mesas grandes


cuja força vital foi reduzida pelo Dentre os piores "alimentos" do mundo,
tempo através do armazenamento, poderíamos destacar todos os enlatados, o açúcar

e tecnologias ecológicas e sociais para re-


Produção de alimentos orgânicos pelo frio através da refrigeração branco e seus derivados, a gelatina, a margarina, o
ou congelamento, ou ainda pelo chocolate e seus derivados, molhos e massas de
diversificados, para consumo ou como tomate, carne vermelha e de aves, as frituras, os
calor através do cozimento.

(pode juntar carteiras). Ao longo da mesa é adaptada uma corda na qual a pessoa segu-
fonte de renda. Os alimentos de origem animal, em sua maioria picolés e os sorvetes.
são bioestáticos.

duzir o impacto negativo da ocupação do


ra enquanto percorre a trilha. Um lado fica o ambiente artificial e no outro o ambiente natural. Sobre a mesa são colocados
espaço urbano;
objetos para que a pessoa de olhos fechados, e segurando com uma das mãos na corda e com a outra mão ela tateia os objetos.
• Estação 5 – Família Verde – Demonstração de produ- • Estação 6 – Produtos Sustentáveis – Demonstração de produtos No chão ela pisa por sobre outros objetos, sentindo sua textura, umidade, temperatura, etc.
tos de uso comum com baixo impacto ambiental e tec- processados, produtos in natura, produtos de limpeza, roupas, uten- O ambiente artificial - a pessoa pisa sobre copos descartáveis, garrafas pet e outros objetos plásticos e papeis. Na mesa ela
nologias caseiras de custo mínimo e valor máximo para sílios, artesanatos, entre outros recomendáveis para o exercício do pega em peças de computador, telefone, plásticos e tudo que lembre lixo. O anjo no ambiente artificial, abre uma lata de lixo,
as famílias, além dos 10 mais sujos e nocivos à saúde das consumo solidário e consciente. com cheiro desagradável e faz barulho amassando garrafas pet ou batendo com objetos metálicos. A musica ligada para este
gôndolas de supermercados. ambiente é um som de businas, barulho de trânsito e de motosserra.
O ambiente natural - a pessoa anda sobre grama, terra de mato, musgos, areia, pedras... e por sobre a mesa ela toca em fru-
• Estação 7 – Ong’s Parceiras – Apresentação de Organizações Não-governamentais (Projeto Minhocasa, Trilha Mundos, IPO- tas, folhas, flores, e bacia com água, com fonte... O anjo neste ambiente, esmaga casca de laranja para sentir o aroma, deslisa
EMA) que divulgaram seus produtos e serviços e suas respostas às demandas sociais recebidas, bem como suas áreas de atuação ramos de plantas como se tivesse passeando na mata e aciona spray com óleos essenciais. A música no ambiente natural é de
socioeconômica e ambiental. pássaros cantando e sons de cachoeiras e mar.
Ao concluir a trilha, a pessoa é colocada diante de um espelho, o anjo
Atendimento às pessoas retira a venda de seus olhos, e ela se vê. No espelho está escrito “de quem
As estações foram dispostas em um circuito, formando um grande e dinâmico caminho através do qual os visitantes foram é a responsabilidade?”
guiados em grupos de 40 pessoas. Durante todo o trajeto não há palavras, nem falas, apenas a ação do anjo que
Num dia, foram atendidos diversos grupos, num percurso aproximado de 1 hora e 20 minutos. auxilia a pessoa a se manter na trilha e promove sons ou aromas para ampliar
O público, na sua maioria, é formador de opinião: professores, universitários, pesquisadores, ambientalistas, empresários. Ou a percepção através dos sentidos. Porém ao concluir o trajeto, convidamos
seja, pessoas com capacidade de serem multiplicadores e potenciais investidores em novas tecnologias sustentáveis. a pessoa a sentar e oferecemos se quer escolher uma carta do caminho sa-
Recursos Pedagógicos grado, que lhe é lida complementando o sentido de sacralidade da natureza.
Em cada estação os visitantes receberam orientações e informações através de exposição oral e mini-palestras coordenadas por
monitores capacitados, especialistas e pessoas com reconhecida experiência profissional nas respectivas áreas temáticas.
Foram dispostos conteúdos conceituais, dados técnicos, experiências práticas e metodologias aplicadas em casos concretos, Por Iara Reinke (auxiliar da monitoria)
além de produtos e serviços através de banners, maquetes, vídeos, folders, fotografias e demais recursos pedagógicos.

78 79
Trilha interpretative em ambiente externo - Núcleo arco iris Depois do Fogo grandes transformações: o homem mudou seus hábitos, passou a dominar a natureza, e os
animais selvagens.
Em encontros de jovens da região A humanidade torna seus hábitos mais refinados e aumentam suas necessidades. Com mais necessidades, au-
Responsável: Rita de Cassia Baratieri N: Arco Íris mentam as formas de apropriação dos recursos naturais. Com o tempo o homem se sente superior a natureza.
Projeto: A Trilha da Vida: Redescobrindo o Elo Sagrado Então, ao final da trilha são apresentados o lixo descartável, o lixo eletrônico e a pergunta: o que estamos dei-
A trilha foi montada em alguns encontros de jovens local e regional. xando?
A trilha dos sentidos revela um labirinto a ser percorrido dentro da área verde. Quando o participante faz a trajetória segue
Objetivos desvendando gradativamente a história de como o homem foi se apropriando da natureza ao longo do tempo. Nesse sentido
Desenvolver experimento socioambiental, que visa situar a participação do ser humano nas grandes transformações ocorridas será ofertado momentos de intensa vivencia da pessoa consigo mesmo e com a água, fogo, ar, terra.
no meio ambiente e sensibilizar para as inter-relações com meio ambiente e o desenvolvimento da sociedade envolvendo aspec- O trajeto assemelha-se a construção de um grande labirinto. Deve ser preparado cuidadosamente, de modo a conduzir os
tos físicos, biológicos, sociais e cultural, revendo assim os conceitos de hierearquia do homem sobre a natureza. participantes para desvendar gradativamente a sensibilidade do tato, olfato, degustação, audição. Perceber com a contação
da história vivencial como o ser humano ao longo do tempo apropriou-se dos recursos naturais.
Metodologia Este experimento é acessível para crianças até idosos. Todos podem redescobrir o encantamento que a biodiversidade da
O programa propõe experimento sensível numa área verde onde é realizada a Trilha dos Sentidos, que busca despertar o sen- região propicia a vida.
timento de pertencimento social e ambiental. Tal vivência proporciona aos participantes o contato direto com dimensões que A trilha dos sentidos abre espaço para a escuta ativa, promovendo um trabalho cooperativo e prazeiroso. Tal experimento
compõe o ser humano, acessa percepções adormecida diante da história e das relações com o mundo. é desenvolvido com grupos de 20 pessoas (vinte) e no máximo 25 participantes, com duração de três horas. Uma rápida
Educação ambiental aqui proposta na forma vivencial, coloca em foco o estudo da percepção, visando: explanação, prepara os participantes para fazerem o trajeto na trilha. Ao final, a conclusão é com silêncio e diálogos indivi-
• Aplicar novas formas de ensinar e aprender com a natureza; duais, bem como a escuta em grupo.
• Ampliar a percepção dos sentidos diante da natureza;
• Desenvolver a consciência da natureza por
meio de um trabalho individual dentro do con-
texto coletivo;
Nucleo Príncipe Ram
A linha temática trata de metodologias socio-
ambiental, incluindo o homem como parte da Trilha Ecológica, para fins pedagógicos: Periodicamente, a Novo Encanto realiza
natureza. Assim nosso intuito está em compre- ações de educação ambiental com as crianças, jovens e sócios do Núcleo, assim como,
ender as inter-relações, entre homem, comuni- com a comunidade do entorno, por meios de parcerias com os departamentos de Be-
dade, contato com os recursos naturais. neficência, Plantio e OE.
Necessário: Vedar os olhos de cada participan- - A trilha ecológica foi implantada no Núcleo em 2011, e foi denominada como Tri-
tes. Com 200 metros de cordas, o participante lha Pau Brasil, por quê? No início daquele ano, o departamento de meio ambiente dos
faz um trajeto onde a cada 50 metros recebe- Correios doou a Novo Encanto mudas de Pau Brasil, por meio de um projeto socio-
rá estímulos para o sentido do corpo humano: ambiental. Nesse mesmo período, a Novo Encanto e a Monitoria do Plantio estavam
visão, olfato, tato, gustação,audição. Para cada implantando a trilha e assim, juntamente com crianças, fizemos o plantio de Pau Brasil,
sentido são colocados materiais que o estimule. assim como de outras espécies amazônicas (andiroba, castanheira, cupuaçuzeiro, etc).
Pode ser feito por épocas: Antes do Fogo não Ao longo da trilha, também está plantado o chacronal do Núcleo, onde usamos técnicas
existia alimento cozido. A vida era em cavernas, de biofertilização do solo, com a introdução de biomassa.
o homem respeitava a natureza, temia o som do - Nas atividades da trilha, desenvolvemos performances lúdicas, com a aparição do
trovão, o escuro, os animais selvagens e reveren- Curupira no meio da aula-passeio, para dialogar com o público-alvo e despertar a cons-
ciava água e a terra. ciência ambiental dos participantes, conforme o tema desenvolvido naquela atividade. Essa atividade tem resultado bons efeitos
nas crianças, que relatam entusiasmados aos pais a experiência vivida.
80 81
Esse Núcleo realiza atividades de sensibilização (encontros, festivais,
Projeto Beneficente - Natal Ecológico: Vivências lú- Separação seletiva do lixo em orgânico e inorgânico.
dicas na Trilha Pau Brasil – diálogo com o Curupira, etc.) que unam arte e meio ambiente?
- O Núcleo separa o lixo em duas categorias: inorgânico,
experimentação musical, com instrumento da natureza. cujo resíduo é destinado ao aterro do município.
- E pontualmente separamos pets, garrafas de vidro e óleo
de cozinha, para o desenvolvimento de atividades de edu-
cação ambiental e realização de oficinas com a comunidade Festival Água no 3º. Milênio
do entorno. Entre as diferentes oficianas destaca-se a con-
fecção de Pufs com pets e sabão. O Festival Água no 3º Milênio, iniciado na estância hi- Festival em Caxambu
dromineral de Caxambu, MG, é realizado em várias cidades A primeira edição do Festival Água no 3o. Milênio foi em
brasileiras e também em Madri, Espanha. Trata-se de um novembro do ano 2000, quando a Água já era anunciado
projeto de cidadania, coordenado pela Novo Encanto e exe- como sendo o OURO DO NOVO MILÊNIO, ou seja, o BEM
cutado em parceria com o Poder Público e a sociedade civil. mais precioso à humanidade quando já era divulgada a escas-
http://artesanatobrasil.net/puff-de-garrafas-pet- Tem o lema “Água pela Paz”. Associa arte e ecologia com o
-aprenda-como-fazer-e-ganhe-dinheiro/ sez de água potável em algumas regiões da Terra. Essa é a ori-
objetivo de sensibilizar e educar, tendo em vista a preser- gem do nome
vação do meio am- do projeto.
biente, especial- Trouxe o lema
mente, da Água. “Água pela Paz”,
Realiza-se em ci- apresentando-
clos - como a Água -se como uma
- sendo que ao final contribuição à
de cada edição um prevenção de
novo ciclo se inicia. possíveis confli-
Isso significa: ações tos por causa do
contínuas da Novo acesso à água,
Encanto e dos par- através do es-
ceiros realizadas clarecimento e
durante um perío- conversação das
do são apresentadas partes.
durante o Festival, Desde o iní-
que se torna um ce- cio, o projeto
nário das apresenta- teve a coorde-
ções, uma celebra- nação da Novo
ção dos resultados Encanto, mobi-
obtidos. lizando em tor-
Também é uma oportunidade de se estabelecerem novas no do tema “Água” os diversos parceiros na cidade, tanto do
metas de ações preservacionistas. Poder Público (Prefeitura Municipal, Câmara dos Vereado-
Desta forma, o Festival pode ser um Fórum, onde sejam res, Órgãos locais do Governo do Estado de Minas Gerais e
estabelecidas agendas comuns pelo Bem comum da socie- outros) como da sociedade civil (associações, igrejas, escolas,
dade. voluntários artistas, educadores, jovens, etc).

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Apresentou-se como uma ação na so- Resultados foram conquistados, entre eles, administração
mais adequada do Parque, o reflorestamento às margens de Atividade: Realização da 9ª Edição do Festival Água no Terceiro Milênio – Poci-
ciedade em geral, como uma festa popu- nascentes e córregos, a inclusão do tema ambiental no currí-
lar, onde o público podia ter acesso gra- culo escolar municipal, incentivo à agricultura orgânica sem nhos - N. Rainha das Àguas
tuito à programação de arte e ecologia contaminação do lençol freático, cuidado com o lixo.
De Caxambu, o Festival se estendeu - pela ordem cronológi- São parceiros na atividade o De-
– daí o nome Festival. ca - a Caldas/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Madrid/ partamento de plantio do Núcleo, Prefeitura
Espanha, Poços de Caldas. Outras cidades vem manifestando Municipal de Caldas, Casa da Cultura de Cal-
Estabeleceu-se um fórum ecológico de decisões conjuntas.
interesse pelo projeto. das, Supermercado São José.
A histórica primeira edição teve dimensão internacional, pela
Por ser um projeto basicamente simples, realizado com par- Objetivos: Ampliar a consciência acerca da
importância do tema e a repercussão pela internet e mídia em
cerias, e mobilização de voluntariado, pode se expandir aonde importância da água e dos recursos hídricos a
geral. Compareceram autoridades da Organização dos Estados
houver equipes da Novo Encanto com condições de coordená- valorização da identidade cultural da região.
Americanos, o projeto do Aqüífero Guarani com representan-
-lo Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas:
tes do Brasil e outros países, artistas de diversos países.
Produção de um vídeo educativo sobre um
Mas as edições seguintes naquela cidade – até o ano de 2007
riacho no Bairro da Pedra Branca em Caldas
- foram realizadas em dimensões mais modestas, mais locais.
intitulado “ Riacho Novo Encanto – Um Sinal”
Trabalhou-se mais conquistando-se parceiros locais, moti- Ver vídeo histórico e objetivos em: (seria bom indicar um endereço paa assistir o
vando-os a desenvolverem ações ambientais em geral, especial-
http://www.youtube.com/watch?v=HmfF8qgWSGk&hl=pt&gl=BR video); palestra para professores e alunos na
mente da preservação do Parque de Água Mineral, o tesouro
EE Vicente Landi Junior; Abertura do Evento
daquela cidade.
na Casa da Cultura de Caldas com apresenta-
ção do vídeo, exposição de fotos sobre as águas
e exposição de quadros da pintora local Olga
Landi; plantio de árvores em áreas de nas-
centes e mata ciliar; apresentação de grupo
de dança Equilíbrios, roda de conversa sobre
o tema águas em Caldas, show musical com
artistas Fernando Guimarães, João Bá e con-
vidados; caminhada ecológica do Balneário
de Caldas em Pocinhos do Rio Verde a cascata
Antônio Monteiro com apresentação do grupo
Caixeiras da Guia.
Atividade (detalhamento):
Produção de um vídeo educativo sobre um
riacho no Bairro da Pedra Branca em Caldas
intitulado “ Riacho Novo Encanto – Um Sinal”
– O vídeo foi elaborado durante o mês de ou-
tubro de 2014 incluindo visita a campo para
coleta de imagens, elaboração de texto, produ-
ção e edição do vídeo que foi apresentado em
escola, na abertura do Festival e disponibiliza-
do na internet, ver abaixo:
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Resultados/desdobramentos (com fotografias): Festival em Brasília Abordagens lúdicas conceituam bacia hidrográfica, com-
O Festival tem se consolidado em Caldas como parte do calendário anual de eventos da cidade, oferecendo a comu- parando com as bacias de casa e possíveis caminhos da água
nidade local de forma gratuita a oportunidade de acesso a atividades culturais e educacionais, incluindo a produção de Em Brasília, os resultados mais expressivos são: da chuva em contato com a terra em função da vegetação
material educativo como o vídeo produzido este ano, apresentações artísticas, recuperação de áreas de APPS, palestras e a conquista de parceiros público – por ser a Capi- (ou da sua ausência) e em função do relevo. Amostras do
outras atividades, que chamam a atenção da sociedade sobre a importância da água para a sobrevivência da humanidade tal Federal – e receptividade das escolas. carreamento do solo e lixo, que se ficar exposto prejudica
Durante os dias do evento são realizadas várias os rios, assim como o questionamento de para onde vão os
atividades ambientais e culturais em diversos pontos do DF dejetos humanos junto da água? Além das relações da água
e no entorno, especialmente envolvendo estudantes das es- entre as áreas rurais e as cidades, unindo-os pelos maus e
colas públicas da cidade. bons hábitos.
As atividades de educação ambiental nas escolas são, en- Atividades de educação ambiental no Parque Nacional de
tre outras: exibição de vídeos ambientais, trilhas de sensibi- Brasília geraram atividades de recuperação de nascente com
lização, dinâmicas ambientais, rodas de prosa, oficinas de 30 alunos de Escola pública de Planaltina de Goiás, publi-
poesia, apresentações artísticas e recreação em parceria com cada no Jornal Correio Braziliense, seguidas de passeio de
o Parque Nacional de barco pelo Lago Paranoá e conversa a respeito de ecologia
Brasília, de Brasília. A de ecossistemas aquáticos.
ênfase continua sendo Exibição do filme “Pla-
palestras, oficinas e vi- neta Sagrado” e outras ati-
vências. vidades como agroflores-
Dentre as palestras tas e fossa ecológica foram
destacam-se a do Prof. desenvolvidas pela Esta-
Demetrios Christofidis ção Florescer, no Núcleo
“A Mensagem da Água”, Rural Alexandre Gusmão,
baseada nas pesquisas em Brazlândia.
Ainda na área rural, as
Sarau Ecológico na Praça da Serenidade de Massaro Emoto so-
bre os efeitos dos sons monitorias da Novo En-
nos cristais da água. O canto dos Núcleos do DF
Realizamos diversos trabalhos nesse sentido, porém são apenas no âmbito do Núcleo Principe Ram, como Sarais Ecológicos
professor desenvolveu desenvolveram atividades
realizados na Praça da Serenidade, com apresentação institucional da Novo Encanto. A Novo Encanto conta com o apoio de
a aplicação da pesquisa de construção inicial de
vários sócios, que são artistas e músicos profissionais.
na educação. cisternas de captação de
As palestras e outras água da chuva, plantios de
atividades ecológicas vegetação ciliar, ervas, ár-
são envolvidas com a arte e a sensibilização. Assim, pales- vores nativas e frutíferas, e atividades culturais de música,
tras, reuniões, mesas redondas, vídeos ambientais, etc., são poesia, exposições.
precedidos por apresentações de música e poesia, dinâmicas Em alguns momentos, o tema destinação de lixo foi de-
lúdicas. Exposições de artes plásticas e artesanato integram senvolvido pela equipe de jovens da Novo Encanto, inclusive
o ambiente. a passeata intitulada “Cuidando do Lixo e das Águas”. En-
As vivências de educação ambiental sobre bacia hidro- quanto caminhavam, os participantes iam recolhendo o lixo
gráfica e ciclo da água, uso de maquetes proporcionando encontrado nas ruas e estimulando as pessoas a não jogarem
a inserção dos conceitos básicos e possíveis conflitos de resíduos em locais públicos, e a procurarem dar aos mesmos
usos numa bacia hidrográfica, mostram que todos perdem destinação adequada.
e ganham com os hábitos praticados, evidenciando para as O tema lixo eletrônico e a relação com o tema água, teve a
crianças que todos estamos ligados pela água. parceria com a ONG Programando o Futuro, participando
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do evento na Escola Classe 210 Norte mostrando, como esse tipo de material
pode ser reutilizado. Houve oficinas de separação de resíduos sólidos e orgâni- Há incentivo às campanhas de coleta seletiva e adequada
co, construção de brinquedos com material reciclado e encenação do ciclo da destinação de lixo?
água. Na mesma escolar, outra atividade relacionada foi O Caminho do Lixo e
Atividade lúdica: Água na vida da gente.
As oficina de Compostagem, ensinando a transformar lixo orgânico (restos
de comida, cascas de frutas, etc.) em adubo para jardins, hortas e plantações, foram Núcleo Menino Rei
precedida de palestra sobre resíduos sólidos.
Em parceria com as Monitorias da Associação Novo Encanto no DF, deu-se início à Objetivos: trabalhar pela conscientização ambiental com crianças, jovens e adultos do núcleo, mais específicamente com
campanha “Fabricação de Sabão a partir de Óleo de Cozinha Usado”, para estimular as relação à produção e ao descarte de lixo e material reciclável.
pessoas a recolherem o óleo usado, para evitar o descarte no ralo da pia, o que causa
grande poluição na água dos rios. Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: Palavra, mural da NE.
Durante eventos nas comunidades e escolas e que contavam com de autoridades autoridades do poder público, alguns apro-
veitaram para apresentar reivindicações da comunidade, como caminhão para recolhimento de lixo na área da Lagoa e adjacên- Atividade (detalhamento): costumava pedir p/ falar no finalzinho da sessão ou depois do ponto da meia noite. Ao longo
cias, transporte coletivo, e maior fiscalização por parte da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo em relação à quantidade de do dia quando vejo muita separação de materiais errada ou material sujo nas lixeiras, costumo chamar a atenção de quem
poços artesianos que estão sendo construídos próximos à Lagoa. estiver próximo (como um aviso para todos) para a limpeza dos materiais e apelando para a boa vontade com a pessoa
Durante os anos de realização em Brasília, parcerias foram sendo estabelecidas. que vai levar os materiais no carro depois. Como no início havia rodízio no transporte do material, as pessoas se conscien-
No âmbito da educação escolar, destaca-se a parceria com a Escola da Natureza, tizavam mais rápido. Hoje sempre coloco flyers explicativos no mural, e quando vejo novidade envio pela rede eletrônica
Centro de Referência de Educação Ambiental da Secretaria de Educação do Distrito (e-mail e face).
Federal.
Houve também a colaboração da Prefeitura Municipal, Secretaria de Educação, Se-
cretaria de Meio Ambiente e Turismo, Secretaria de Agricultura e Associação de Mo-
radores da Lagoa Formosa, uma Área de Proteção Ambiental, bem como a participa-
ção da chefia de Gabinete da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do
Ministério do Meio Ambiente – SRHU/MMA. Existem ações integradas, por parte da monitoria da Novo Encanto,
O Poder Legislativo vem também sendo parceiro do Festival. A abertura oficial de
algumas edições aconteceu na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em Sessões Solenes.
com o DMD na documentação dos trabalhos, na produção de materiais
E em 25.02.2013, a Câmara aprovou a Lei 5.033, que inclui o Festival no calendário oficial de eventos do DF. educativos, filmes vídeos,etc.?

Nucleo Príncipe Ram


Temos dois vídeos produzidos pelo DMD e Novo Encanto de um trabalho realizado com as crianças (culminância da
oficina de arte flores do jardim) e um jornal Econews produzido pelos jovens.

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Existem ações junto ao Ensino Religioso, promovendo a educação Núcleo Menino Rei
social, ambiental e espiritual de crianças e jovens? Parceiros na atividade: Equipe de Orientação Espiritual
Local: Terreno do núcleo
Objetivos: Com a reciclagem, a reutilização e o uso de elementos da natureza, executar em parceria com a equi-
pe de Orientação espiritual, atividades que favoreçam a reflexão das crianças e jovens do núcleo.
Núcleo Tucunacá Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: folhas, pedras e tinta
Atividade (detalhamento): Recentemente fizemos junto com a orientação espiritual mandalas e pintura de folhas para
Atividade com as crianças – novo encanto e departamento de orientação espiritual decorar o núcleo. Trabalhamos nesse dia a transformação: como podemos dar novos sentidos para o uso das coisas, novos
Público: crianças que freqüentam à casinha (pode ser a partir de 3 anos) usos e assim como podemos transformar coisas e objetos, podemos transformar os sentimentos, a compreensão quando
Atividade: Expedição ao plantio (em comemoração ao dia mundial do meio ambiente) estamos transformando coisas a nossa volta.
Material necessário: tênis, calça ou short cumprido, água (podemos providenciar um garrafão), boné, câmera fotográfica,
caderninho de anotações (para os que já sabem escrever/desenhar) , repelente.
Lanche: salada de frutas
Coordenadores (monitoria e equipe da Novo Encanto e Equipe do Dpto. de Orientação Espiritual)
Atividade: Ainda no Núcleo conversar com as crianças sobre o que é meio ambiente (os elementos que o compõem e a impor-
tância para nós: água, vegetação, ar, solo, a vegetação e o homem)
Explicar que faremos a visita a um lugar aonde tem uma vegetação sagrada (mariri e chacrona) e aonde eles vão poder fotogra- Núcleo Augusto Cangulê
far o que achar mais interessante.
No Plantio fazer uma dinâmica com as crianças: em círculo e de olhos fechados, pedir para que elas usem os sentidos para Estamos trabalhando de forma direta com a OE e Depto.de Plantio. Colocamos na equipe do OE membros da NE que
perceber a natureza primeiro o olfato (que cheiro elas sentem), depois a audição (o que ouvem) , depois pedir para abrir os olhos executa atividades lúdicas de educação ambiental conforme o trabalho executado pelo OE.
e elas observarem o lugar Ex: dia de são cosme e são damião produzimos canteiro de ervas medicinas e fizemos a dinâmica da arvore da amizade
Em seguida seguir a trilha do plantio para que as crianças observem como chega a água às plantas e como ela é vital para a com os pequininos...
vegetação também (aqui abordar o cuidado que precisamos ter com a água).
O guia (os guias) deve (m) orientar para os momentos da fotografia para que o grupo não se disperse.
Ao concluir a trilha levar as crianças para o Núcleo e degustar um lanchinho e conversar sobre o passeio.
Existem ações integradas da monitoria da Novo Encanto com o plantio?

Nucleo Augusto Cangulê

“Todo trabalho da novo encanto tem ligação direta com a monitoria local do plantio deste NUCLEO.
- Compostagem
- Minhocário
- Produção de mudas
- Orientação sobre controle de queimadas (construção de aceiros nos terrenos do plantio.
- Palestra sobre acdentes com animais peçonhentos.

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Existem ações integradas da Novo Encanto com obras assistenciais Existe nesse Núcleo um MURAL da Novo Encanto, e, em caso positivo,
do Centro e oDepartamento de BENEFICÊNCIA? sua atualização é, no mínimo, mensal?

Núcleo Rei Canaã Nucleo Rei Menino


Objetivos: O Natal Ecológico é um projeto socioambiental, que tem como principal objetivo instituir a educação ambiental Objetivos: Manter os sócios da NE informados acerca das atividades da NE. Disponibilizar materiais que possam interes-
junto às famílias que se encontram no entorno do Núcleo Rei Canãa. sar o sócio e o não sócio da NE que sejam correlatos ao desenvolvimento ecológico.
Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: plantio de mudas, trilhas interpretativas, teatral, teatro de floresta, dinâmicas, Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: Matérias de revistas, textos escritos e diagramados pelo monitor, poemas de
oficinas, apresentação de vídeos, oficinas e palestras com temas ambientais. membros da irmandade, fotografias.
Abertura do evento: palavras de boas vindas, conversa sobre o significado do natal, apresentação cultural visando o lazer e Atividade (detalhamento): A atualização é normalmente mensal, costumo colocar imagens interessantes, textos reflexi-
integração dos participantes, apresentação do teatro de floresta usando os personagens do folclórico Amazônico, trilhas inter- vos, muitas vezes retirados de uma revista muito interessante que temos em BH, a “Ecológico”. Costumo colocar charges
pretativas, doação de brinquedos e cestas básicas para famílias participantes do projeto. contendo críticas ao descuido ambiental, Também procuro sempre alimentar a parte do mural que trata o “ecolucro” em que
Resultados/desdobramentos (com fotografia): coloco um exemplo curto de empresa que cresce fazendo o possível para ser responsável ambiental e socialmente. Também
Despertar a sensibilização da comunidade para importância das unidades conservação através de atividades ecológicas e coloco as notícias da N.E. (quando chega uma carta para todos ou quando há expedição). Percebo que a visibilidade é maior
educativas, estimulando e promovendo um novo olhar sobre o Patrimônio ambiental e cultural. quando há referência à hábitos saudáveis de alimentação, chás medicinais etc.; sempre que o poema do “ponto da poesia”
muda e é de alguém do núcleo (quando não recebo nenhum, procuro algum na internet, ou convido alguém para escrever
ao longo da escala de trabalho); e quando abrem inscrições para as Expedições.

Núcleo Augusto Cangulê

“Aqui no NÚCLEO AUGUSTO CANGULÊ a novo encanto realiza há 6 anos o natal ecológico com a arrecadação de alimen-
tos, brinquedo e roupas na comunidade para doar para pessoas carentes do bairro onde fica localizado o NÚCLEO.

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Existe nesse Núcleo campanhas de coleta de MATERIAIS RECICLÁVEIS Existe no Núcleo campanhas de incentivo ao uso de SACOLAS ECO-
para reuso interno ou em oficinas de reciclagem? LÓGICAS nas compras em supermercados?

Nucleo Rei Menino Núcleo Rei Menino

Objetivos: Utilizar “lixo” produzido no próprio núcleo e nas casas dos irmão para atividades, oficinas etc. Objetivos: Campanha para preferência de uso de sacolas retornáveis nas compras de super mercado.
Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: PETs, Caixinhas de leite e suco, vidros de conserva papéis etc. Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: Palavra, mural da NE, lista eletrônica, sorteios.
Atividade (detalhamento): Sempre que há alguma atividade pré-programada. Em caso de festa costuma ser comum fazermos Atividade (detalhamento): Essa campanha já foi feita há mais tempo (na época em que a lei da sacola estava para para
campanhas de coleta de MATERIAIS RECICLÁVEIS para reuso interno ou em oficinas de reciclagem, para elaboração de peças ser instaurada, e durante o vigor dela), hoje está um pouco fora de uso. Para tanto foram usados infográficos e matérias
decorativas. Ex.: Luau dos jovens, Natal, festa junina. Isso também acontece quando há atividade de orientação espiritual pre- retirados de jornais, revistas e internet para explicar a importância da substituição das sacolas plásticas. Esses materiais eram
viamente anunciada aos pais. A “campanha” na verdade são pedidos feitos na rede eletrônica e em sessão de contribuição dos afixados no mural e circulavam nas redes eletrônicas da irmandade. Quando foram feitos eventos no núcleo nesse período
materiais a serem reutilizados. eu procurava sortear uma sacola ecológica com alguns brindes dentro.

É estimulado pela direção do Núcleo o uso de ALIMENTAÇÃO MAIS


SAÚDÁVEL nos lanches e refeições?
Núcleo Rei Canaã
Objetivos: Fomentar a coleta seletiva no âmbito do núcleo,
incentivar práticas de consumo sustentáve, entre as crianças, Núcleo Rei Menino
jovens e adultos e promover a destinação adequada dos resídu-
os sólidos.

Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: Lápis de cor, li- Objetivos: Auxiliar na conscientização para preferência de uso de alimentos mais benéficos ao corpo.
xeiras de papel, tesoura, cola, pincel, etc. Foi feita a dinâmica Materiais, dinâmicas e técnicas utilizadas: Palavra, mural da NE, lista eletrônica.
“Conhecendo Seu Lixo”. Foi contada uma história sobre a Atividade (detalhamento): Afixação no mural da NE de flyers explicativos e matérias de jornais e revistas que tratam dos
origem das coisa(*), que fala do lixo, seu destino final, e o tem- temas alimentação, saúde, responsabilidade nas escolhas etc. É costumeiro também o envio de vídeos e textos explicativos
po de decomposição dos resíduos sólidos na natureza. que expõe temas como: uso de alimentos trangênicos, ou de alimentos que usem ingredientes transgênicos; sobre o perigo
Atividade (detalhamento): Foi feito pelas crianças e jovens do junk e do fast food de refrigerantes e até do uso de detergentes (que contaminam os utensílios de cozinha). costumo
um painel mostrando o tempo de decomposição que esses resí- compartilhar a informação. O DEMEC também contribui nesse trabalho. Em 2013, por exemplo, tivemos uma palestra da
duos sólidos demoram para se decompor quando são descarta- C. Ana do N. Rei Salomão, que trabalha com vigilância Sanitária. Além de boas práticas de higiene na cozinha, o cuidado
dos no meio ambiente. com a escolha, a higienização e o armazenamento foram muito trabalhados
Resultados/desdobramentos Resultados/desdobramentos (com fotografias):
 O fato do M. Representante do núcleo e de alguns membros da irman-
Iniciado a coleta seletiva no berçário e espaço de convivência dade serem vegetarianos já torna a escolha do cardápio mais cuidadosa no núcleo. Pedidos por coisas saudáveis e gostosas
das crianças do Núcleo Rei Canaã. especificadas e individuais também ajudam nesse cuidado. A palestra da C. Ana também proporcionou mudanças na di-
nâmica do lanche, por exemplo: hoje colocamos alcool em gel na mesa e as conselheiras sempre lembram a irmandade de
procurarem lavar as mãos antes de se servir.

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Nucleo Estrela dalva
Palestras a respeito do consumo consciente no Núcleo estrela Dalva em triênios anteriores, levou os irmãos em reunião
de diretoria decidirem pelo não uso de refrigerantes no âmbito.

Acessar Slides da palestra em:


http://www.4shared.com/file/huFzRqS0ce/C01b1_-_Caderno_Permacultura_p.html?

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