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CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES

Você já sabe, por exemplo, que em uma dada quantidade de água podemos
dissolver quantidades menores ou maiores de sal comum, desde que,
evidentemente, não ultrapassemos o ponto de saturação
da solução. Aliás, até pelo paladar podemos distinguir quando a água está
“menos salgada” ou “mais salgada” (tome muito cuidado, pois não se deve
“provar” qualquer solução desconhecida). “Medir as coisas” é muito importante
— em nosso dia-a-dia, no comércio, na indústria e, principalmente, na ciência.
E iniciamos este capítulo dizendo que, em particular, é importante conhecer a
quantidade de soluto existente em uma certa quantidade de solução. De fato,
diariamente lemos ou ouvimos frases do tipo:
• o teor alcoólico do vinho é 12%;
• não devemos dirigir um automóvel quando houver, em nossa corrente
sangüínea, mais de 0,2 g de álcool por litro de sangue;
• o teor normal de glicose, em nosso sangue, situa-se entre 75 e 110 mg/dL
(valores acima dessa faixa indicam tendência à diabete);
• o teor normal de cálcio no sangue situa-se entre 8,5 e 10,5 mg/dL;
• o ar contém 0,94% de argônio em volume;

De modo geral, usamos o termo concentração de uma solução para nos


referirmos a qualquer relação estabelecida entre a quantidade do soluto e a
quantidade do solvente (ou da solução). Lembrando que essas quantidades
podem ser dadas em massa (g, kg, etc.), em volume (m3, L, mL, etc.) ou em
mols, teremos então várias maneiras de expressar concentrações. É o que
vamos estudar a seguir, adotando a seguinte convenção:

• índice 1, para as quantidades relativas ao soluto;


• índice 2, para as quantidades relativas ao solvente;
• sem índice, para as quantidades relativas à própria solução.
1- CONCENTRAÇÃO COMUM, OU SIMPLESMENTE CONCENTRAÇÃO (C)

Concentração é a quantidade, em gramas, de soluto existente em 1 litro


de solução.

Perceba o significado físico dessa definição comparando os dois exemplos


seguintes:

No cotidiano, a concentração é muito usada para indicar a composição de


alimentos, medicamentos e materiais de limpeza e higiene que são líquidos.
Observe o rótulo do leite integral abaixo, que analisa a concentração de vários
nutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras totais presentes em 200 mL
da solução.

Por exemplo, em cada 200 ml do leite, tem-se 9 g de carboidratos.


Transformando para litros e fazendo os devidos cálculos conforme mostrado
abaixo, temos que a concentração de carboidratos nesse leite é de 45 g/L.
• Transformando a unidade do volume para o Sistema Internacional, ou seja, de
mL para L:

1 L ------1000 mL
v -------200 mL
v = 0,2 L
• Calculando a concentração de
carboidratos no leite:
Isso significa que em cada litro desse leite, tem-se 45 g de carboidratos.

2- CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES EM TÍTULO, PORCENTAGEM EM


MASSA E PPM
Exemplo:
3- Concentração em mols por litro ou molaridade (M)

Até aqui vimos a concentração comum e o título. Nelas aparecem massas (em
mg, g, kg, etc.) ou volumes (em mL, L, m3, etc.). Essas concentrações são
muito usadas na prática — no comércio, na
indústria, etc.

Concentração em mols por litro ou molaridade (M) da solução é a quantidade,


em mols, do soluto existente em 1 litro de solução
Exemplo do cálculo de molaridade

“Uma solução aquosa com 100 mL de volume contém 20 g de NaCl. Como


proceder para expressar a concentração dessa solução em quantidade de
matéria por volume?

Observe que o volume não está em litros. Assim, devemos fazer a seguinte
conversão de unidades:
1 L ------ 1000 mL
V ------ 100 mL
V = 0,1 L
Também é necessário descobrir o valor da massa molar do sal NaCl. Para tal, é
preciso saber os valores das massas atômicas de ambos os elementos e
realizar o cálculo da massa molar.
M (NaCl) = 1 . 23+ 1 . 35, 46
M (NaCl) = 58,46 g/mol
Agora sim podemos substituir todos os valores na fórmula e descobrir o valor
da concentração em mol/L:
4-Fração em mols ou fração molar (x)

5-Concentração molal ou molalidade (W )

Molalidade é a quantidade, em mols, de soluto existente em 1 kg de


solvente.

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