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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAES

INSTITUTO POLITÉCNICO

CURSO: ENGENHARIA ELÉTRICA

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS I

Apostila para orientação das aulas de Laboratório de Circuitos Elétricos I

Professores Organizadores
Euler Nício Cerqueira Lima
Flávio Macedo Cunha
Maria Luisa Grossi Vieira Santos

Dezembro 2007
CONTEÚDO

APRESENTAÇÃO

NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

UNIDADE 1: APRESENTAÇÃO DO LABORATÓRIO, INSTRUMENTOS DE


MEDIÇÃO, FONTES, NORMAS DE SEGURANÇA

UNIDADE 2: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DAS LEIS DE KIRCHHOFF

UNIDADE 3: ANÁLISE NODAL E ANÁLISE DE MALHAS

UNIDADE 4: APLICAÇÃO DO TEOREMA DE THEVENIN

UNIDADE 5: TRANSITÓRIO EM CIRCUITOS RL E RC SÉRIE

UNIDADE 6: TRANSITÓRIO EM CIRCUITO RLC SÉRIE

UNIDADE 7: AMPLIFICADOR OPERACIONAL E ANÁLISE NODAL

UNIDADE 8: ANÁLISE DE FONTE DE TENSÃO CONTÍNUA

UNIDADE 9: CIRCUITO EXCITADO COM FONTE ALTERNADA SENOIDAL –


ANÁLISE DA FORMA DE ONDA SENOIDAL

UNIDADE 10: VERIFICAÇÃO EXPERIMENTAL DAS LEIS DE KIRCHHOFF EM


C.A.

UNIDADE 11: CIRCUITO RLC SÉRIE – RESSONÂNCIA

UNIDADE 12: MEDIÇÃO DE POTÊNCIA E CORREÇÃO DO FATOR DE


POTÊNCIA

UNIDADE 13: TEOREMA DE THEVENIN E MÁXIMA TRANSFERÊNCIA DE


POTÊNCIA

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APRESENTAÇÃO

1. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA


Aprofundar os conceitos de circuitos elétricos aplicando-os em situações práticas, mediante
realizações de experiências em laboratório. Para tanto, utiliza-se tanto de recursos
computacionais (simulações nos softwares EWB e MATLAB) quanto de ensaios de
circuitos em bancadas. A análise crítica dos resultados obtidos é essencial em cada fase das
atividades envolvidas.

2. DESENVOLVIMENTO DAS AULAS


As aulas serão realizadas em grupos (de 3 alunos) que desenvolverão as seguintes etapas:
- efetuar os cálculos pertinentes;
- simular o circuito;
- montar o circuito proposto a partir dos dados obtidos na simulação, efetuando as
medições;
- avaliar os resultados obtidos com base na teoria em estudo e nos resultados esperados.

3. ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Ao final de cada aula, os estudantes deverão apresentar um relatório da prática realizada, o
qual deve conter os seguintes tópicos:
- Circuito proposto para experimentação com indicação dos esquemas e equipamentos de
medição.
- Memória de cálculo relativa a cada prática realizada.
- Tabela indicando resultados de cálculo, simulação e medições realizadas.
- Análise de Resultados (discutir os procedimentos adotados e analisar os resultados).

4. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
- Relatórios e participação do estudante nas aulas (envolvimento com as atividades
durante as aulas, organização do laboratório, pontualidade e desempenho) - 30 pontos.
- 1ª Prova (metade do semestre) - individual - 35 pontos.
- 2ª Prova (final do semestre) - individual - 35 pontos.

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NORMAS DE UTILIZAÇÃO DO LABORATÓRIO

1. Não é permitida a transferência de equipamentos, instrumentos e materiais entre


laboratórios.
Em caso de inviabilidade de realização de uma atividade prática por falta de
material, poderá ser feito uso de material pertencente a outro laboratório desde
que o mesmo esteja disponível e seja devolvido ao laboratório de origem tão logo
seja liberado.
O professor deverá registrar o fato no Livro de Ocorrências do laboratório de
origem.

2. Qualquer equipamento com problema deve ser deixado em cima da mesa do


professor, o qual deve anotar no Livro de Ocorrências o problema apresentado,
para que o técnico possa solucioná-lo.

3. As montagens deverão ser feitas de forma clara e cuidadosa de modo a evitar


acidentes pessoais e danos aos equipamentos. Confira as ligações elétricas e a
adequação dos equipamentos, instrumentos e dispositivos usados na montagem.

4. As montagens somente deverão ser energizadas após a conferência e autorização


do professor, no horário de aula.

5. Após a realização das práticas todos os materiais e equipamentos deverão ser


guardados em seus respectivos locais de origem, inclusive os cabos que devem ser
separados por cor e tamanho.

6. Pastas, mochilas, ou quaisquer outros materiais, não deverão ser colocados sobre
as bancadas. Condicione os seus objetos em um local apropriado indicado pelo
professor.

7. Cuide para que o laboratório e seu acervo não sejam danificados ou destruídos.
Tem sido comum práticas como escrever/rabiscar em bancadas, cadeiras e
paredes; uso inadequado de cadeiras, reclinando-as e forçando seus pés e mesmo
usando-as como meio de locomoção de forma sistemática, no caso daquelas que
possuem rodízios.

8. Não coma, beba ou fume no laboratório.

9. É terminantemente proibida a instalação ou remoção de programas bem como


alterar as configurações dos computadores. Apenas o corpo técnico do suporte de
informática poderá fazê-lo.

10. Venha para o laboratório preparado para a atividade a realizar. Isto ajuda a reduzir
erros e procedimentos desnecessários.

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11. Use roupa adequada evitando o uso de camiseta cavada, bermuda e short.
Relógios, cordões e anéis devem ser removidos para evitar conexões metálicas.
Eles também podem desfazer uma ligação quando você menos espera.

12. Se existir qualquer dúvida, pergunte ao professor ou responsável pelo laboratório.


Não tente adivinhar!

13. Lembre que a eletricidade é um bom empregado, mas um péssimo patrão!

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Unidade 1: Introdução ao Laboratório de Circuitos Elétricos

I. INTRODUÇÃO
A disciplina Laboratório de Circuitos Elétricos I tem por objetivo estudar os conceitos de
circuitos elétricos aplicados em situações práticas. Utilizam-se montagens em bancadas e
recursos computacionais. Os circuitos elétricos usados neste laboratório utilizam
componentes básicos de circuitos e protótipos tendo em vista aplicá-los em problemas
típicos da engenharia elétrica. Esta apostila deve ser utilizada como um roteiro para as aulas
no laboratório, porém não apresenta a teoria relativa a cada tema em estudo, uma vez que
os assuntos são plenamente abordados no livro texto usado na disciplina teórica. O texto da
aula deixa em aberto diversos pontos para que o estudante desenvolva sua atividade com
mais autonomia e criatividade, visando abordá-las como um problema de engenharia.

II. PRÁTICA
2.1 – Normas de segurança
No laboratório de circuitos elétricos o estudante trabalha com circuitos energizados com
tensão que pode atingir até 220V eficaz. Para tanto deverão ser observadas as seguintes
normas de segurança:
- antes de iniciar a montagem do circuito verifique que a bancada deverá estar desligada;
- montar o circuito usando cabos de cores diferentes para circuito de corrente e circuito de
tensão;
- nunca ligar o circuito sem que o professor tenha conferido e autorizado sua energização;
- não tocar nas partes vivas do circuito;
- ao concluir a experimentação, desligue o circuito, desfaça as ligações e coloque os
instrumentos e dispositivos nos locais específicos;
- analisar sempre a ordem de grandeza dos parâmetros a serem medidos de modo a aplicar
adequadamente os equipamentos.

2.2 – Instrumentos de medidas


Para cada instrumento indicado descrever: função, escalas, forma de ligação no circuito:

- amperímetro

- voltímetro

- wattímetro

- cossifímetro

- multímetro

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2.3 – Bancadas
Realizar as medições de tensões nas bancadas seguindo orientações do professor:

Tensões FF Tensões FN
AB AN
BC BN
CA CN

2.4 – Variador de tensão ca


Ligar o variador de tensão e medir a tensão de saída. Fazer um desenho esquemático do
aparelho e comentar seu princípio de funcionamento.

2.5 – Fonte cc
Analisar a operação da fonte cc e realizar medições de tensão e de corrente, considerando
as fontes em paralelo, em série e independentes.

2.6 – Gerador de sinal


Analisar a operação do gerador de sinal: formas de onda, faixa de freqüência, amplitude de
tensão.

2.7 – Osciloscópio
Analisar os principais parâmetros de controle do osciloscópio.

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Unidade 2: Verificação Experimental das Leis de Kirchhoff

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão analisadas a Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK) e a Lei das
Correntes de Kirchhoff (LCK). Este tema será abordado em circuitos de corrente
contínua, e será utilizado, juntamente com a lei de ohm, para se obter o valor da
resistência interna de um indutor. Adicionalmente pode-se observar como o indutor se
comporta frente a uma fonte contínua, em regime permanente.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Utilizando resistores de 100 e 50, uma bobina, a fonte de tensão contínua e um
voltímetro, montar o circuito abaixo e medir a tensão na bobina (ordem de
grandeza de 5 V).

2. Utilizando o valor de tensão medido anteriormente, calcular o valor da resistência


interna da bobina.

3. No novo circuito proposto a seguir, calcular a corrente que circula na bobina,


utilizando para representá-la o valor da resistência Rbobina calculada.

Circuito 2: Divisor de Corrente

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4. Montar o circuito acima proposto, medindo a corrente que circula na bobina,
comparando com o valor calculado.

5. Utilizando a lei das tensões de Kirchhoff, determinar o valor da tensão aplicada na


bobina.

6. Montar o circuito acima e medir a tensão Vx, comparando com o valor calculado.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Verificar a Lei das Tensões de Kirchhoff no circuito 1, utilizando o valor de R bobina
calculado.

2. Verificar a Lei das Correntes de Kirchhoff no circuito 2.

3. Como a bobina se comporta quando o circuito é excitado por uma fonte contínua?
Se a bobina não tivesse resistência interna, fosse um indutor puro, como ela se
comportaria?

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Unidade 3: Análise Nodal e Análise de Malhas

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão analisadas duas técnicas poderosas de análise de circuitos que
facilitam a solução de circuitos mais complexos, quando comparadas com a utilização
apenas das leis de Kirchhoff e lei de Ohm, quais sejam: o método das tensões de nó e o
método das correntes de malha.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Utilizando análise de nós, obtenha as equações necessárias para encontrar V a e Vb
no circuito abaixo. Coloque as equações na forma matricial.

R1=270Ω Va R2=100Ω Vb R3=270Ω

V1=20V R4=47Ω R5=100Ω V2=15V

2. Resolva as equações acima, utilizando o MatLab.

3. Agora, utilizando análise de malhas, obtenha as equações necessárias para calcular


i1, i2 e i3 do mesmo circuito, na forma matricial.

4. Utilizando o MatLab, obtenha os valores de i1, i2 e i3.

5. Utilizando o módulo 3, montar o circuito e medir Va , Vb, i1, i2 e i3.

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6. Preencha a tabela abaixo e compare os resultados.

Dados Va Vb i1 i2 i3
Calculados
Medidos

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Com os valores de Va e Vb é possível obter as tensões e correntes em todos os
elementos do circuito? Se sim, obtenha.

2. E com os valores de i1, i2 e i3 é possível? Como?

3. O método das tensões nodais utiliza a lei das ________________ (correntes ou


tensões) de Kirchhoff para escrever as equações e obter as tensões em nós. Já o
método das correntes de malha utiliza a lei das _________________ (correntes ou
tensões) de Kirchhoff para obter as equações necessárias para determinar as
correntes de malha.

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Unidade 4: Theorema de Thévenin e de Norton

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Obter o equivalente de Thévenin ou de Norton de um circuito é extremamente útil
quando estamos preocupados apenas com o que acontece em um certo par de terminais.
Esses circuitos são bem mais simples que o circuito original, e apresentam o mesmo
comportamento que o original do ponto de vista de um par específico de terminais.
Nesta unidade o aluno irá obter o circuito equivalente de Thévenin de um circuito
desconhecido, variando a carga conectada em seus terminais.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Utilizando o módulo 4, o qual deve ter sido previamente ligado pelo professor e
deve estar devidamente “tampado”, alimentar o módulo com 25 V c.c., conectar
uma carga R1=100Ω, como mostrado na figura abaixo, e medir a tensão a que ela
fica submetida. VR1 = ___________V

Carga 1
V=25V Módulo 4 R1=100Ω

2. Em seguida, retire o resistor de 100 Ω e conecte a 2ª carga ao circuito (R 2 = 250Ω),


mantendo a mesma tensão da fonte. Medir a tensão na carga. VR2 = ___________V

3. Com as medições obtidas anteriormente, obter o equivalente de Thévenin.

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4. Utilizando o Thévenin obtido anteriormente, qual o valor esperado de tensão se um
resistor de carga igual a 47 Ω for conectado ao módulo 4?

5. Conecte o resistor e meça a tensão a que ele fica submetido, comparando com o
resultado obtido anteriormente. VR47 = ___________V

6. Utilizando o módulo 4, medir o valor da tensão de circuito aberto, ou seja, o valor


da tensão de Thévenin e comparar com o dado obtido no item 3. VTH = ________V

7. Substituir a fonte de tensão por um curto circuito e medir com o ohmímetro a


resistência de Thévenin. Comparar com o dado obtido no item 3. RTH = _______ Ω

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Com as medições realizadas nos itens 1 e 2 seria possível descobrir qual o circuito
elétrico exato representado pelo módulo 4?

2. Determinar o circuito equivalente de Norton a partir do circuito equivalente de


Thévenin.

3. Qual a vantagem de se utilizar os equivalentes de Thévenin e Norton na análise de


circuitos elétricos?

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Unidade 5: Transitório em Circuitos RL e RC Série

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão analisados o comportamento de circuitos denominados de 1ª
ordem, RL e RC série, excitados por uma fonte de tensão contínua, no estado
transitório. Define-se estado transitório como o intervalo de tempo a partir do instante
em que o circuito é energizado até entrar em regime permanente. O objetivo é analisar
o comportamento da corrente, que irá variar até se estabilizar, relacionando o seu
comportamento com o comportamento do indutor e capacitor presentes no circuito.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Circuito RC série excitado com função degrau unitário.

Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se:


t
1
C 0
V  Ri (t )  i (t )dt

onde V = u(t), é uma função degrau unitário.


A solução da equação anterior é dada por:
t
V
i (t )  e RC
R
onde RC é a constante de tempo do circuito (τ).

a) Simular um circuito de 1ª ordem RC série, utilizando um resistor de 1000 Ω, um


capacitor de 1μF, o gerador de sinal e o osciloscópio, medindo as formas de onda da
tensão da fonte e da corrente. Para simular a função degrau utilizar uma onda
quadrada.
Calcular τ para o circuito proposto.
A freqüência da onda quadrada deve ser ajustada de forma que se possa observar o
transitório na tela do osciloscópio. Dessa forma, utilizar um valor de freqüência tal que
o transitório seja superado em cada ½ período da onda, ou seja, T =10 τ, uma vez que o
regime permanente é atingido após 5 constantes de tempo.

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b) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório.

c) Como a corrente se comporta para t = 0 e para t→  ? Traçar a curva genérica de


i(t) x t.

2. Circuito RL série excitado com função degrau unitário.

Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se:


di (t )
V  Ri (t )  L
dt
onde V = u(t), é uma função degrau unitário.
A solução da equação acima é dada por:
R
V V i (t )
i (t )   e L
R R
onde L/R é a constante de tempo do circuito (τ).

a) Simular um circuito de 1ª ordem RL série, utilizando um resistor de 1000 Ω, um


indutor de 32mH, o gerador de sinal e o osciloscópio. Para simular a função degrau,
assim como no circuito RC, utilizar uma onda quadrada com freqüência adequada.
Calcular τ para o circuito proposto.

b) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório.

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c) Como a corrente se comporta para t = 0 e para t→  ? Traçar a curva genérica de
i(t) x t.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Porque utilizar T = 10τ? Interpretar o significado da constante de tempo.

2. Porque utilizar onda quadrada para esta análise?

3. Qual a razão pela qual podemos obter a forma de onda da corrente do circuito
mediante análise da forma de onda da tensão no resistor?

4. Para os circuitos RL e RC, qual o tempo de duração do transitório e quais são os


fatores que interferem neste tempo?

5. O que acontece se aumentarmos a freqüência do sinal da onda quadrada?

6. Como o capacitor e o indutor se comportam em regime permanente?

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Unidade 6: Transitório em Circuito RLC Série

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão analisados o comportamento do circuito denominado de 2ª ordem,
RLC série, excitado por uma fonte de tensão contínua, no estado transitório. O objetivo
é analisar o comportamento da corrente em 3 condições de amortecimento, quais sejam,
superamortecido, amortecimento crítico e subamortecido.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


Circuito RLC série excitado com função degrau unitário.

Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff, tem-se:


t
di(t ) 1
V  Ri(t )  L   i (t )dt
dt C0
onde V = u(t), é uma função degrau unitário.

Diferenciando a equação acima, obtém-se:


d 2 i (t ) di(t ) 1
L 2
R  i (t )  0
dt dt C

A solução da equação acima tem por raízes:


s1 = α + β
s2 = α – β

onde:
   R / 2 L é a razão de amortecimento do circuito
   R / 2 L  2  1 /  LC  refere-se à freqüência de oscilação (rad/s)

Verificam-se 3 casos, ou seja, 3 condições de amortecimento:

- Caso 1: Superamortecido
 R / 2 L  2  1 /  LC   raízes reais e distintas
A solução é dada por:

i(t )  e t c1e t  c 2 e  t 

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- Caso 2: Amortecimento Crítico
 R / 2 L  2  1 /  LC   raízes reais e iguais
A solução é dada por:
i (t )  et  c1  c 2 t 

- Caso 3: Subamortecido
 R / 2 L  2  1 /  LC   raízes complexas conjugadas
A solução é dada por:
i (t )  e t  c1 cos t  c 2 sent 

a) Determinar os valores do resistor para se obter um circuito de 2ª ordem RLC série,


nas 3 condições de amortecimento, utilizando um indutor de 32 mH e um capacitor
de 1μF.

Valores de R (Ω) Condição de Amortecimento


Amortecimento Crítico
Superamortecido
Subamortecido

b) Para cada caso, simular o circuito no EWB, utilizando o gerador de sinal e o


osciloscópio, medindo as formas de onda da tensão da fonte e da corrente. Para
simular a função degrau utilizar uma onda quadrada, com freqüência adequada.

c) Efetuar as medições do valor máximo da corrente e tempo de duração do transitório.

Condição de Freqüência Valor de Pico Tempo de duração


Amortecimento da onda de i(t) do transitório
Amortecimento Crítico
Superamortecido
Subamortecido

d) Traçar a curva genérica de i(t) x t.

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e) Montar o circuito utilizando os instrumentos e componentes do laboratório e efetuar
as medições.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Comparar o tempo de amortecimento para os 3 casos citados anteriormente.
Identificar os fatores que interferem no tempo de duração do transitório.

2. O que acontece com o máximo valor da corrente i(t) no circuito à medida que o
valor da resistência R diminui, partindo da condição de superamortecimento para a
de subamortecimento? Qual o efeito dessa diminuição da resistência sobre o tempo
necessário para o circuito RLC atingir o estado de regime permanente?

3. Destacar situações aplicadas ao controle de sistemas com as quais este estudo


apresenta similaridade.

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Unidade 7: Amplificador Operacional e Análise Nodal

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


O amplificador operacional é um dispositivo largamente utilizado, o qual quando
associado a resistores pode desempenhar algumas funções importantes como: adição,
subtração, troca de sinal e multiplicação por um fator constante. Quando também são
utilizados indutores e capacitores obtêm-se circuitos integradores e diferenciadores. O
objetivo dessa prática é utilizar o amplificador operacional juntamente com resistores
para desempenhar diversas dessas funções. Não será objeto dessa prática um estudo
detalhado dos componentes eletrônicos que compõem o dispositivo, basta entender o
seu comportamento como um todo. Para tanto o aluno necessitará saber as
características de um amplificador operacional e utilizar análise nodal.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Utilizar análise de nós para encontrar a tensão de saída em função da tensão de
entrada para a configuração apresentada abaixo (circuito amplificador inversor).

2. Fazer as ligações de forma que se obtenha um circuito amplificador inversor


(Rf=10 kΩ e Rs =10 kΩ), ligando o terminal de entrada não-inversor (Vp) ao nó de
referência, como mostrado na figura acima.
3. Utilizando o gerador de sinais, aplicar uma onda senoidal de 1000 Hz e 5 V p-p na
entrada do amplificador operacional (Vs).
4. Alimentar o módulo com uma fonte simétrica de 15 V.

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5. Utilizando o osciloscópio, medir as formas de onda de entrada e de saída. Faça um
esboço das ondas e analise o resultado.

6. Agora, para a configuração amplificador-somador, utilize análise de nós para


encontrar a tensão de saída em função das tensões de entrada.

7. Fazer as ligações de forma que se obtenha um circuito amplificador somador


(Rf=10 kΩ e Ra=10kΩ e Rb=10kΩ), ligando o terminal de entrada não-inversor
(Vp) ao nó de referência, como mostrado na figura acima.
8. Alimentar o módulo com uma fonte simétrica de 15 V, e utilizar o gerador de sinais
para aplicar uma onda senoidal de 1000 Hz e 5 Vp-p em uma das entradas do

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amplificador operacional (Va) e na outra entrada (Vb), aplicar uma fonte contínua
de 5V.
9. Utilizando o osciloscópio, medir as formas de onda de entrada e de saída. Faça um
esboço das ondas e analise o resultado.

10. Por último, utilize análise de nós para encontrar a tensão de saída em função da
tensão de entrada na configuração de circuito amplificador não-inversor.

11. Fazer as ligações de forma que se obtenha um circuito amplificador inversor


(Rf=10 kΩ e Rs=10 kΩ), ligando o terminal de entrada inversor (Vn) ao resistor R s
que por sua vez é ligado ao nó de referência, como mostrado na figura acima.
12. Alimentar o módulo com uma fonte simétrica de 15 V, e utilizar o gerador de sinais
para aplicar uma onda senoidal de 1000 Hz e 5 Vp-p na entrada do amplificador
operacional (Vg).

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13. Utilizando o osciloscópio, medir as formas de onda de entrada e de saída. Faça um
esboço das ondas e analise o resultado.

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Unidade 8: Análise de Fonte de Tensão Contínua

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nas aulas anteriores foram utilizadas fontes contínuas para alimentação dos circuitos
elétricos, sendo que a alimentação dessas fontes é alternada. Esta aula tem como
objetivo entender o funcionamento dessas fontes, desde a sua entrada, que é alternada
senoidal até a sua saída contínua, identificando a função de cada componente, sendo
alguns deles já estudados (ex.: capacitor) e outros que ainda serão vistos em períodos
posteriores (ex.: transformador).

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


O desenho esquemático da fonte de tensão contínua está representado abaixo, sendo
dividido em 4 blocos:
- Bloco I: transformador
- Bloco II: ponte retificadora (diodos)
- Bloco III: capacitores
- Bloco IV: regulador de tensão

1. Alimentar o bloco I com uma tensão de 127 V, alternada, e medir a forma de onda
de saída do bloco I. Faça um esboço da forma de onda e analise-a. O que o
transformador fez? Porque ele é necessário?

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2. Conecte a saída do bloco I à entrada do bloco II e utilize novamente o osciloscópio
para obter a forma de onda de saída do bloco II. Faça um esboço da forma de onda
e analise-a. Qual a função da ponte retificadora? Porque 1 diodo apenas não
bastaria?

3. Alimente a entrada do bloco III, através da saída do bloco II e obtenha a forma de


onda de saída desse bloco utilizando o osciloscópio. Faça um esboço da forma de
onda. Qual a modificação que os capacitores introduziram no sinal? Qual a sua
função?

4. Finalmente conecte o último bloco e obtenha a forma de onda de saída da fonte


contínua; esboce-a. Qual a função do regulador de tensão?

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Escreva a função de cada componente do circuito que compõe a fonte de tensão
contínua.

2. Dê exemplos de outras fontes de tensão contínua e cite situações práticas de


utilização dessas fontes.

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Unidade 9: Circuito Excitado com Fonte Alternada Senoidal – Análise da
Forma de Onda Senoidal

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade será estudado a forma de onda senoidal de tensão e de corrente em
circuitos resistivos puros, RL e RC, no estado estacionário, considerando os seguintes
parâmetros: valor máximo, valor eficaz, freqüência, período e defasagem entre tensão e
corrente.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Utilizando os elementos disponíveis no laboratório, propor os seguintes circuitos
para serem analisados:
1.1 Circuito resistivo puro
1.2 Circuito RL série
1.3 Circuito RC série

2. Simular no EWB cada um dos circuitos indicados no item anterior, utilizando uma
fonte de tensão alternada senoidal dada por v(t) = 141,42cos(377t) e o osciloscópio
para medir a forma de onda da tensão aplicada (canal A), analisando:
a) Forma de onda da tensão aplicada ao circuito no canal A: medir a sua amplitude e o
seu período: V =__________ e T =___________.
- A qual valor se refere a amplitude medida, máximo ou eficaz? ____________.
- Qual a freqüência da onda de tensão aplicada? ______________.
- Como o próprio nome diz uma fonte alternada é chamada assim pois seus valores
alternam, ou seja, variam com o passar do tempo. Sendo assim, se ligarmos um
voltímetro em paralelo com a fonte de tensão que leitura ele indicará? __________.

b) Forma de onda da corrente total do circuito no canal B (explicar como podemos


obter a forma de onda da corrente):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Circuito resistivo:
Com o osciloscópio, medir a amplitude da corrente e o seu período:
I =__________ e T =___________.
- Qual a freqüência da onda de corrente? Comparar com a freqüência da onda de
tensão aplicada.

- A tensão da fonte e a corrente estão em fase ou defasadas? Caso elas estejam


defasadas, a tensão está adiantada ou atrasada da corrente? Calcular o defasamento
entre elas utilizando o osciloscópio.

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c) Usar amperímetros e voltímetros para medir a tensão da fonte e a corrente total do
circuito.

d) Faça uma tabela contendo os valores máximos e eficazes da tensão da fonte e da


corrente total.

Valor máximo Valor eficaz


Tensão de Fonte (V)
Corrente Total (A)

e) Altere a freqüência da fonte, o que ocorre com o valor da corrente, porquê?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Circuito RL série: I =__________ e T =___________.


- Qual a freqüência da onda de corrente? Comparar com a freqüência da onda de
tensão aplicada.

- A tensão da fonte e a corrente estão em fase ou defasadas? Caso elas estejam


defasadas, a tensão está adiantada ou atrasada da corrente? Calcular o defasamento
entre elas utilizando o osciloscópio.

f) Usar amperímetros e voltímetros para medir a tensão da fonte e a corrente total do


circuito.

g) Faça uma tabela contendo os valores máximos e eficazes da tensão da fonte e da


corrente total.

Valor máximo Valor eficaz


Tensão de Fonte (V)
Corrente Total (A)

h) Altere a freqüência da fonte, o que ocorre com o módulo da corrente, porquê?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Circuito RC série: I =__________ e T =___________.
- Qual a freqüência da onda de corrente? Comparar com a freqüência da onda de
tensão aplicada.

- A tensão da fonte e a corrente estão em fase ou defasadas? Caso elas estejam


defasadas, a tensão está adiantada ou atrasada da corrente? Calcular o defasamento
entre elas utilizando o osciloscópio.

i) Usar amperímetros e voltímetros para medir a tensão da fonte e a corrente total do


circuito.

j) Faça uma tabela contendo os valores máximos e eficazes da tensão da fonte e da


corrente total.

Valor máximo Valor eficaz


Tensão de Fonte (V)
Corrente Total (A)

k) Altere a freqüência da fonte, o que ocorre com o valor da corrente, porquê?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3. Escolha um dos circuitos do item 1 para verificação prática na bancada, utilizando


o varivolt, amperímetros e voltímetros.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Os amperímetros e voltímetros nos fornecem qual valor da grandeza medida
(eficaz, máximo, médio ou instantâneo)?

2. Qual o valor médio de uma forma de onda senoidal?

3. Defina o que é o valor eficaz. Em uma forma de onda senoidal, qual a relação entre
o valor máximo e o eficaz?

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4. Em alguns circuitos simulados, a tensão e a corrente estavam defasadas. O que
significa este termo?

5. Quando aumentamos a freqüência da fonte houve um comportamento distinto entre


os 3 circuitos analisados:
a) Resistivo puro: A corrente __________________________ (não alterou, aumentou
ou diminuiu?)
b) RL série: A corrente ________________________________.
c) RC série: A corrente ________________________________.

Este fato está associado ao que chamamos impedância do circuito. Desta forma
podemos concluir que a impedância de um resistor é ______________________
freqüência, a impedância de um indutor é ______________________ freqüência e a
impedância de um capacitor é ______________________ freqüência (independente,
inversamente proporcionas,diretamente proporcional).

6. Calcule a impedância de cada circuito proposto e desenhe o diagrama (triângulo)


de impedâncias respectivo. O que representa o ângulo da impedância?

29
Unidade 10: Verificação Experimental das Leis de Kirchhoff em C.A.

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão analisadas a Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK) e a Lei das
Correntes de Kirchhoff (LCK). Este tema será abordado em circuitos de corrente
alternada, envolvendo simulação no EWB, representação e montagem de diagrama
elétrico de circuito para medição de corrente e tensão, cálculo e análise de resultados.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Desenhar o diagrama de um circuito elétrico com os respectivos instrumentos de
medição (amperímetros e voltímetros), composto por um resistor de 50  em série
com uma bobina (L = 0,2 H e R int = 11,5 Ω) a qual está em paralelo com um
capacitor de 20 μF. A fonte de tensão alternada é de 100 V (rms).

2. Simular o circuito no EWB, analisando a ordem de grandeza da tensão da fonte,


tensão em cada elemento, corrente total e corrente em cada elemento.
3. Verificar as leis da tensão e corrente de Kirchhoff.

4. Calcular as tensões e correntes em todos os elementos do circuito.

5. Montar na bancada o circuito proposto, utilizando o varivolt, amperímetros e


voltímetros.
6. Realizar as medições fazendo uma tabela de dados com os valores simulados,
medidos e calculados.

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III. ANÁLISE DE RESULTADOS
Avalie a aplicação das leis de Kirchhoff em corrente alternada.

APLICAÇÃO: DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO DIFERENCIAL RESIDUAL

A Norma NBR-5410 ( NR 10) da ABNT, que trata de instalações elétricas de baixa


tensão determina que, em determinadas situações, deve ser usado o dispositivo contra
choques elétricos. Nesta aplicação será verificado a atuação deste dispositivo, mediante
utilização de um circuito que simula a existência de um curto circuito, conforme o
esquema abaixo.

Varivolt
DR Carga
100 V rms
60Hz

R
A

Se a corrente de atuação do dispositivo diferencial é de 0.003 A, calcular o valor do resistor


para que quando ocorra um curto (para a carcaça do dispositivo ou da fase para a terra), este
atue.

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Unidade 11: Circuito RLC Série - Ressonância

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Na configuração RLC série em regime permanente, vamos analisar o comportamento
do circuito considerando os seguintes aspectos: 1 – aplicação da LTK e da LCK; 2 –
cálculo de potência e fator de potência do circuito; 3 – comportamento do circuito com
variação da freqüência; 4 – ressonância. A ressonância pode ser obtida mediante
alteração dos seguintes parâmetros (em conjunto ou isoladamente): freqüência da fonte,
capacitância, indutância. A indutância será alterada mediante variação do núcleo
magnético (materiais usados FeSi e ferro) da bobina. Vamos avaliar o efeito destes
núcleos no comportamento do circuito, comparando valores previstos em cálculo com
valores obtidos nas medidas realizadas.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


Considere o circuito RLC série abaixo:

R = 100 Bobina Bobina


Varivolt

100 V rms 10F


60Hz

No circuito série a impedância é: Z = R + j XL – j Xc

Na condição de ressonância, temos:


- a corrente está em fase com a tensão;
- o circuito é puramente resistivo;
- a corrente e a potência ativa têm valor máximo;
- o fator de potência é 1;
- XL = Xc.

Seqüência para desenvolvimento da parte prática:


1. Desenhar o circuito indicando os seguintes instrumentos: voltímetro para medir
tensão total e em cada componente, amperímetro, wattímetro para medir potência
ativa total, cossifímetro.

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2. Calcular os seguintes parâmetros para o circuito apresentado: Z, I, P, FP.

3. Simular o circuito para medir V e I.


4. Montar o circuito com os instrumentos de medidas indicados no item 1.
5. Preencher a tabela abaixo:

Dados V I P FP
Calculados
Simulados
Medidos

6. Alterar o valor da indutância (experimentalmente) usando núcleo de FeSi para


obter a condição de ressonância mantendo a tensão original. Quais parâmetros
serão considerados como referência para obter ressonância? Medir os valores de I,
P e FP.

7. Repetir os mesmos procedimentos aplicados no item 7, usando núcleo de Fe.

8. Calcular os parâmetros do circuito acima na condição de ressonância: novo valor


de: XL, L, Z, I, P e FP.

III. ANÁLISE DOS RESULTADOS


1. Fazer uma tabela de dados para os resultados encontrados nos itens 6, 7, 8 do
desenvolvimento prático.

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2. Compare os valores dos parâmetros obtidos nos itens 6, 7 e 8.

3. Representar o circuito equivalente para a condição de ressonância para cada


situação apresentada nos itens 6, 7 e 8.

4. Avaliar o motivo pelo qual os resultados são diferentes: trata-se de uma questão de
leitura e margem de erro dos instrumentos bem como de valores dos componentes
ou há algum parâmetro a mais a ser considerado?

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Unidade 12: Medição de Potência e Correção do Fator de Potência

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Nesta unidade serão efetuados os cálculos das potências ativa, reativa e aparente de um
circuito indutivo, assim como de seu fator de potência.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


1. Desenhar o diagrama de um circuito elétrico com os respectivos instrumentos de
medição (amperímetro, voltímetro, wattímetro, varímetro e cossifímetro),
composto por uma carga indutiva formada por um resistor de 100  em série com
uma bobina (L = 0,2 H e Rint = 11,5 Ω). A fonte de tensão alternada é de 100 V
(rms).

2. Calcular a corrente total, as potências aparente, ativa, reativa e o fator de potência


do circuito. Desenhar o triângulo de potências.

3. O fator de potência do circuito está baixo, isto é, menor que 0,92 indutivo. Calcular
o valor do capacitor a ser acrescentado ao circuito para corrigir o fator de potência
para 0,92 indutivo. Como este capacitor deve ser conectado ao circuito? Porquê?
Checar se os valores de capacitor disponíveis no laboratório atendem a sua
necessidade, senão utilizar um valor aproximado.

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4. Para o circuito com o capacitor calcular a corrente total, a corrente na carga
indutiva, acorrente no capacitor, as potências aparente, ativa e reativa totais.
Desenhar o triângulo de potências e o diagrama fasorial das correntes.

5. Montar na bancada o circuito proposto, primeiramente sem o capacitor, utilizando


o varivolt, amperímetro para medir a corrente total e voltímetro para medir a tensão
na carga indutiva, wattímetro para medir potência ativa total, cossifímetro e
varímetro para medir potência reativa total.
6. Em seguida acrescentar o capacitor e realizar as medições anteriores, além de
medir as correntes na carga e no capacitor.
7. Realizar as medições fazendo uma tabela de dados com os valores medidos e
calculados, com e sem o capacitor.

III. ANÁLISE DE RESULTADOS


1. Comparar os resultados obtidos com e sem o capacitor e fazer uma análise.

2. Observe o valor da potência ativa antes e depois da colocação do capacitor. O


mesmo ocorreria se o capacitor fosse inserido em série com a carga?

3. Observe o valor da corrente antes e depois da instalação do capacitor. Relacione a


modificação no valor da mesma com a melhor utilização da energia elétrica.

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Unidade 13: Teorema de Thevenin e Máxima Transferência de Potência

I. DISCUSSÃO DO TEMA PROPOSTO


Obter o equivalente Thevenin de um circuito pode ser útil em diversas situações,
principalmente aquelas em que uma considerável parte do circuito vinculada à fonte
permanece inalterada, sendo realizadas mudanças apenas nas cargas acopladas à fonte.
O método para obtenção de um circuito equivalente Thevenin de uma fonte já foi
estudado na disciplina teórica e consiste em calcular dois parâmetros: 1 – o valor da
impedância equivalente (Zab) e, 2 – o valor da tensão da fonte equivalente (Vab). A
figura 1 apresenta o equivalente Thevenin.

Zab

Vab carga

B
Fig 1- Thevenin

O teorema da máxima transferência de potência permite obter o valor de uma carga que,
acoplada aos terminais AB, resulte em máxima potência ativa nesta carga (Fig 1). A
impedância da carga associada em série com a impedância Zab deverá ser tal que a
potência (P = V.I.cos  ) atinja o máximo valor.

II. DESENVOLVIMENTO PRÁTICO


Esta prática será realizada em duas etapas. Primeiro será obtido um equivalente de
Thevenin para um circuito dado, efetuando-se cálculos e medidas com os elementos
disponíveis no laboratório. A segunda etapa será obter uma carga que, acoplada aos
terminais AB do equivalente Thevenin, resulte em máxima transferência de potência da
fonte Thevenin para esta carga. Observe que, se não for obtido o equivalente Thevenin,
o cálculo da carga a ser ligada em AB fica bastante difícil.

Procedimentos a serem executados:


Considere o circuito apresentado na fig 2.

Fig 2 – Circuito original a ser calculado e medido

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1. Obter o equivalente Thevenin para este circuito, calculando Vab e Zab.

2. Acoplar uma carga de Z = 50 / 0°  nos terminais AB.


3. Calcular, simular e medir: Vab no circuito original da fig 2; Vab no circuito
equivalente; corrente, potência e tensão na carga Z = 50 / 0°  .

Tabela de dados
Parâmetros Vab (original) Vab (Thevenin) I P V
Calculado
Simulado
Medido

4. Calcular o valor da carga a ser acoplada aos terminais AB do circuito equivalente,


de modo a obter máxima transferência de potência da fonte para a carga. Fazer o
desenho do circuito com os instrumentos de medidas (voltímetros, amperímetros e
wattímetro) indicando a fonte Thevenin + a carga. Na montagem usar R variável
para medir e avaliar a variação da potência ativa na carga

III. ANÁLISE DOS RESULTADOS


1. Avaliar sob quais aspectos o circuito original é equivalente ao circuito Thevenin.

2. Analisar por que a tensão Vab altera quando a carga é ligada aos terminais AB.

3. Considere algumas situações práticas na engenharia em que é útil usar o


equivalente Thevenin.

4. Analisar qual é a condição para se obter máxima transferência de potência para


uma carga.

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