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Caracterização Geotécnica do Fosfogesso Produzido pelo

Complexo Industrial de Uberaba da Fosfertil


Alexandre Gonçalves Santos
Fertilizantes Fosfatados S. A., Araxá, Minas Gerais, Brasil

Paulo César Abrão


Geoconsultoria, São Paulo, São Paulo, Brasil

Marco Antônio Diniz


Fertilizantes Fosfatados S. A., Araxá, Minas Gerais, Brasil

Juliana Fonseca Moura


Fertilizantes Fosfatados S. A., Araxá, Minas Gerais, Brasil

RESUMO: A Fosfertil em todo o seu processo comercialização de fertilizantes necessita solubilizar o fósforo
e transformar a rocha fosfática insolúvel em água em fertilizantes fosfatados de modo que o nutriente fósforo
possa ser absorvido pelas plantas. Para tal operação o Complexo Industrial de Uberaba (CIU) necessita
produzir o ácido fosfórico usado nos fertilizantes transformando o concentrado de rocha fosfática em ácido
fosfórico produzindo como conseqüência o fosfogesso. Deste fosfogesso produzido em Uberaba uma parte é
comercializada como gesso com finalidade agrícola e o restante tem de ser estocado em uma pilha de grande
porte formada por meio da deposição hidráulica do próprio fosfogesso. Assim, o objetivo deste trabalho
consistiu em apresentar uma descrição das propriedades deste fosfogesso obtidas através de ensaios de
laboratório convencionais relatando todo o seu comportamento e visando um futuro programa de análises do
comportamento geotécnico para a conformação atual da pilha de gesso da Unidade Industrial de Uberaba.

PALAVRAS-CHAVE: Fosfogesso, Pilha de Gesso, e Caracterização Geotécnica.

1 INTRODUÇÃO fosfórico por filtração a vácuo e sua descarga


do filtro é efetuada por meio de um extravasor
Dentro do processo de lavra, concentração e tipo rosca sem fim, de maneira contínua, para
comercialização da rocha fosfática realizado uma moega. Nesta moega, é adicionada água da
pela Fosfertil, o Complexo Industrial de lagoa de resfriamento (recirculação) ao gesso
Uberaba (CIU) é responsável por solubilizar o extraído, formando-se uma polpa (lama de
fósforo transformando a rocha fosfática extraída gesso) com 20 a 25 % de sólidos sendo, então,
em Tapira, e insolúvel em água, no ácido bombeada para os compartimentos de gesso.
fosfórico. Assim para a operação tanto de estocagem
Para chegar ao produto final do ácido fosfó- quanto de expedição deste produto a Fosfertil
rico, usado no fertilizante, a rocha fosfática é opera uma pilha de grande porte para
beneficiada e solubilizada produzindo dois dife- armazenamento deste gesso. Esta pilha é uma
rentes tipos de rejeitos. O primeiro é o rejeito estrutura formada a partir de um dique de
tradicional resultante do processo de beneficia- partida de solo compactado sendo alteadas com
mento da rocha e inclui os rejeitos fosfáticos e gesso que é depositado hidraulicamente. Toda a
as lamas. O segundo tipo de rejeito é aquele ob- pilha apresenta um sistema de monitoramento
tido a partir do processo de solubilização da ro- geotécnico constituído de medidores de nível
cha fosfática para obtenção do ácido fosfórico e d’água e marcos superficiais para avaliação de
inclui um tipo de fosfogesso. deslocamentos e recalques.
O fosfogesso como relatado consiste de Levando-se em consideração a necessidade
subproduto resultante do processo de fabricação da operação de forma segura desta pilha de ges-
do ácido fosfórico. É separado do ácido so torna-se necessário obter as principais carac-
terísticas geotécnicas do gesso. Assim, o locação dos pontos onde foram coletadas as
presente trabalho apresentará uma descrição amostras.
geral das principais propriedades geotécnicas do
gesso obtidas através de ensaios geotécnicos
tradicionais utilizando o gesso produzido no
Complexo Industrial de Uberaba (CIU). 4
Além disto, o presente trabalho também
apresenta o fosfogesso, um material quase 3
desconhecido no Brasil, como material
geotécnico utilizado na construção de pilhas de 1
2
estocagem deste material.

2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO
FOSFOGESSO
Figura 1. Pilha de gesso com locação dos pontos
No processo de produção de fertilizantes o amostrados.
concentrado de fosfato produzido na planta de
mineração é transportado para a planta química Através da Figura 1 pode-se correlacionar
e convertido em acido fosfórico para ser cada bloco coletado no campo com os
utilizado na fabricação de fertilizantes. Esta compartimentos dos quais os mesmos foram
conversão é realizada por meio de um processo retirados. Esta correlação pode ser verificada
de calcinação e tratamento com acido sulfúrico. através da Tabela 1.
Como resultado deste processo é formado um
fosfogesso, consistindo principalmente de Tabela 1. Localização dos blocos na pilha de gesso.
sulfato de cálcio dihidratado com água Bloco Área N.º de Registro
1 Gabião A 2.153
(CaSO4.2H2O). 2 Gabião B 2.154
O fosfogesso apresenta geralmente 3 Compartimento E 2.155
granulometria exclusiva de silte não plástico 4 Compartimento C-D 2.156
com 97% do material passando na peneira 200.
Além disto apresenta massa especifica dos De cada local foram extraídos um bloco
grãos variando de 2,3 a 2,4 g/cm3. O efluente indeformado e um saco de amostra deformada.
descarregado com o gesso para deposição por A coleta ocorreu a cerca de 50 cm abaixo da
via hidráulica tem tipicamente pH de 1,5 a 2,0. superfície atual. Sobre as amostras coletadas
Este gesso é o único entre os rejeitos que foram executados ensaios de:
apresenta dois aspectos mecânicos bastante
distintos: em primeiro momento exibe uma • Teor de umidade natural;
cimentação local e em um segundo momento • Densidade natural;
apresenta uma grande deformação sobre tensão • Granulometria com sedimentação;
constante. • Densidade real dos grãos;
• Compactação com Proctor Normal;
3 CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA • Permeabilidade com carga variável;
DO FOSFOGESSO • Adensamento oedométrico;
• Compressão triaxial.
Para determinar os parâmetros geotécnicos do
fosfogesso do Complexo Industrial de Uberaba 3.1 Ensaios de Caracterização
foi realizada uma campanha de ensaios de
laboratório. A amostragem foi feita através da Sobre cada uma das amostras foram realizados
coleta de quatro blocos de amostras ensaios de caracterização (granulometria,
indeformadas em quatro compartimentos densidade natural, índice de vazios natural e
diferentes da pilha de gesso. A Figura 1 massa específica dos grãos) utilizando as
apresenta uma vista geral da pilha com a metodologias contempladas nas normas
técnicas da ABNT.
Os resultados das análises granulométricas Em relação aos resultados apresentados na
das 4 amostras coletadas no campo estão Tabela 3 verificou-se inicialmente que as
representados na Figura 2. densidades dos grãos situam-se
aproximadamente entre 2,8 e 3,1 g/cm³. Isso
100,0 contraria a expectativa de valores em torno de
90,0
2,4 g/cm³, explicáveis não apenas pela
Porcentagem que Passa (%)

80,0
70,0 constituição mineralógica, como resultados de
60,0
50,0
ensaios anteriores.
40,0 Bloco 1
A explicação mais provável para essa
30,0
Bloco 2 discrepância reside no método de execução do
20,0
10,0
Bloco 3
Bloco 4
ensaio. De acordo com a ABNT, o material foi
0,0
0,001 0,01 0,1 1 10 100
seco à temperatura de 110ºC. No caso do gesso,
Diâm etro (m m ) a aplicação de temperatura tão alta pode
acarretar perda de água de hidratação, o que
Figura 2. Curvas granulométricas das amostras de gesso. pode levar a falseamento dos resultados.
Observa-se que os teores de umidade situam-
Conforme se observa na Figura 2, o gesso se acima de 50%, exceto no que se relaciona à
tem a quase totalidade dos grãos abaixo da amostra 2.156 (localizada no compartimento C-
peneira n.º 200 (0,075 mm). Do material que D), onde a umidade foi de apenas 22%. Os
passa, a maior parte enquadrar-se-ia na teores de umidades naturais situaram-se
categoria de argila. No presente caso, o material próximos às umidades ótimas de compactação
não se constitui realmente em argila, já que a do gesso, entre 50 e 60%.
sua constituição mineralógica é diferente, não
apresentando inclusive a propriedade de 3.2 Ensaios de Compactação com Proctor
plasticidade, característica de argilas. De Normal
maneira geral, observa-se que os percentuais de
finos abaixo de 0,005 mm variam de 50 a 80%. Além dos ensaios básicos de caracterização
Com base nesta observação e visando uma foram realizados também ensaios de
otimização do programa experimental de compactação utilizando as metodologias
laboratório para realização dos ensaios triaxiais contempladas na norma técnica da ABNT
o gesso foi dividido em dois grupos distintos de NBR-7182. Os resultados dos ensaios de
amostras: compactação acham-se resumidos na Tabela 3,
abaixo.
a) amostra 2.153, com 80% de finos, que foi
denominado gesso fino; Tabela 3 – Resultados de ensaios sobre amostras de
b) amostra 2.155, com 50% de finos, que foi gesso.
denominado gesso grosso. Bloco ρdmáx (g/cm³) hot (%) GC (%)
1 1,021 53,6 74,9
Os resultados dos ensaios para determinação 2 1,034 50,5 78,7
3 1,017 57,2 75,9
da massa específica dos grãos, teor de umidade
4 1,042 55,2 78,1
natural e densidade natural do gesso acham-se Todos os resultados de ensaios acima referem-se a teores
resumidos na Tabela 2, abaixo. de umidade determinados em estuga a 110ºC (ABNT)

Tabela 2 – Resultados dos ensaios sobre amostras de Levando-se em consideração que o depósito
gesso. forma-se predominantemente por deposição
Bloco ρdnat (g/cm³) hnat (%) enat ρs (g/cm³) hidráulica, pode-se desta forma explicar os
1 0,765 62,2 2,908 2,990
2 0,814 54,4 2,785 3,081
baixos valores de densidades secas
3 0,772 58,2 2,649 2,817 determinados situando-se entre 75 a 80% da
4 0,814 22,9 2,794 3,088 densidade máxima do ensaio Proctor normal.
Todos os resultados de ensaios acima referem-se a teores
de umidade determinados em estuga a 110ºC (ABNT)
3.3 Ensaios de Permeabilidade de Carga amostras um ensaio de adensamento edométrico
Variável em corpos de prova talhados dos blocos
indeformados, ficando com seu eixo vertical no
Para cada bloco amostrado foram executados sentido topo/base dos blocos.
dois ensaios de permeabilidade em O adensamento foi feito submetendo os
permeâmetro de carga variável, sendo um corpos de prova às suas respectivas tensões
ensaio com corpo de prova moldado com seu normais de ensaio, deixando adensar durante
eixo vertical coincidindo com o sentido das vinte e quatro horas, fazendo medidas das
camadas horizontais. Os corpos de prova foram deformações verticais em função do tempo. O
talhados dos blocos indeformados e esculpidos carregamento foi feito em estágios de pressão
com dimensões de 10,16 cm de diâmetro e com duração de vinte e quatro horas, iniciando
altura aproximada de 15,00 cm e montados com 12,5 kPa e dobrando a pressão em cada
dentro de um permeâmetro de carga variável. novo estágio, até atingir uma pressão máxima
Depois de montado, o corpo de prova foi para definição da reta de compressão virgem.
submetido a saturação por meio de uma coluna O descarregamento foi feito em cinco
d’água percolando da base para o topo, até o estágios com duração de uma a duas horas cada
afloramento de água na válvula superior do um, de acordo com a estabilização das
permeâmetro. Em seguida o fluxo de percolação expansões. As Figuras 3 e 4 apresentam as
foi invertido, dando início a medida da curvas pressões versus índices de vazios para as
permeabilidade. Nas fases de saturação e amostras.
medida da permeabilidade foi utilizada água
coletada nas calhas de drenagem da pilha de 3,0

gesso. Foram feitas várias medidas, tomando 2,8


2,6
como resultado a média aritmética dos valores 2,4
Indice de Vazios

obtidos. 2,2
2,0
1,8
Tabela 2 – Resultados dos ensaios sobre amostras de 1,6
gesso. 1,4

Bloco k20H (cm/s) k20V (cm/s) 1,2

1 1,93 x 10-4 8,93 x 10-5 1,0


10 100 1000 10000
-4
2 4,86 x 10 2,96 x 10-4 Pressão Vertical (kPa)

-4
3 4,17 x 10 7,23 x 10-5
-4
4 3,87 x 10 1,06 x 10-4 Figura 3. Curva de pressão versus índice de vazios e
coeficiente de adensamento para a amostra 2.153.
Como conseqüência das baixas densidades,
os coeficientes de permeabilidade resultaram 3,0

relativamente altos, sempre na faixa dos 10-4 2,8


2,6
cm/s. Observa-se também que os coeficientes 2,4
Indice de Vazios

de permeabilidade determinados para a direção 2,2


2,0
horizontal são pelo menos duas vezes 1,8
superiores aos da direção vertical, o que 1,6

também se justifica pelo método de formação 1,4


1,2
do depósito. 1,0
10 100 1000 10000
Esses valores referem-se a permeabilidade Pressão Vertical (kPa)

das amostras coletadas junto à superfície do


terreno. Para maiores profundidades, foram Figura 4. Curva de pressão versus índice de vazios e
determinados os coeficientes de permeabilidade coeficiente de adensamento para a amostra 2.155.
em conjunto com ensaios de adensamento.
As curvas pressões versus índices de vazios
3.4 Ensaios de Adensamento mostram que as amostras apresentam pressões
de pré-adensamento, na verdade virtuais,
Foi também realizado sobre cada uma das normalmente no entorno de 100 kPa. Os índices
de compressão (para pressões superiores às de outro lado, a resistência a cisalhamento é
pré-adensamento) são próximos a 110 kPa, diretamente correlacionável com a pressão
valor esse semelhante aos que se obtêm em confinante resulta daí a possibilidade de
depósitos de argila mole, muito compressíveis. associando-se as correlações, obter-se as
Isso explica os grandes recalques que se resistências a cisalhamento para diversas
observam no depósito de gesso. profundidades dentro do depósito.
3.5 Ensaios Triaxiais para Estudos de
Liquefação
3,0

Depois da análise dos resultados obtidos nos 2,5

ensaios de caracterização, compactação,

Indice de Vazios
2,0
permeabilidade e adensamento edométrico 1,5
foram selecionadas as amostras dos Blocos 01
1,0
(2.153) e 03 (2.155) para serem submetidos a
ensaios de compressão triaxial especiais para 0,5

determinação do potencial de liquefação. 0,0


10 100 1000
Resumidamente, são executados ensaios Tensão Efetiva Principal Menor (kPa)

triaxiais adensados rápidos em corpos de prova


moldados em diferentes índices de vazios. Figura 5. Resumo dos resultados de tensão efetiva menor
Procura-se trabalhar com pressões confinantes versus índice de vazios para a amostra 2.153.
suficientemente elevadas, de forma a produzir
tendência a compressão quando do aumento da 3,0

tensão axial. 2,5

Como no ensaio a drenagem do corpo de


Indice de Vazios

2,0

prova é impedida durante a aplicação da tensão 1,5

axial, ocorre o aumento da pressão neutra, que 1,0


atinge um valor máximo na fase final do ensaio.
0,5
Conforme teoria desenvolvida por Casagrande,
existe uma relação unívoca entre os índices de 0,0
10 100 1000

vazios e as correspondentes pressões Tensão Efetiva Principal m enor (kPa)

confinantes efetivas no estágio final do ensaio,


quando então ocorre o fenômeno da liquefação Figura 6. Resumo dos resultados de tensão efetiva menor
do corpo de prova. versus índice de vazios para a amostra 2.155.
Por se considerar a secagem de amostras
para determinação de teores de umidade a 60º Estas relações são apresentadas nas Figuras 7
como condição mais representativa, faz-se a e 8. Da sua comparação verifica-se que, para
apresentação dos resultados dos ensaios de uma mesma profundidade, a resistência da
liquefação convertendo-se os índices de vazios amostra de gesso grosso é substancialmente
para umidades e densidades dos grãos maior que a correspondente do gesso fino.
determinados com secagem a 60ºC.
Nas figuras 5 e 6 são apresentados os 45

resultados dos ensaios de liquefação para as 40


35
amostras 2.153 e 2.155 (gesso fino e gesso
Profundidade (m)

30

grosso). Quando se plotam as tensões 25


S=-56+4,9x(h) kPa/m
confinantes em escala logarítmica, a tendência é 20
15
dos pontos se alinharem segundo uma linha 10
S=12+2x(h) kPa/m
reta. 5
0
Mediante os resultados dos ensaios de 0 20 40 60 80 100 120 140 160

adensamento, é possível correlacionar os Su (kPa)

índices de vazios com a profundidade dentro do


depósito (Geoconsultoria, 2002). Como, por Figura 7. Relação entre a profundidade e a resistência na
liquefação para a amostra 2.153. contraria a expectativa de valores em torno de
2,4 g/cm³, explicáveis não apenas pela
Para o gesso fino as relações obtidas entre a constituição mineralógica, como resultados de
resistência a liquefação (kPa) e a profundidade ensaios anteriores.
(m) são: Os coeficientes de permeabilidade
resultaram em valores relativamente altos,
S = 12 + 2,0.h (1) sempre na faixa dos 10-4 cm/s. Este fato pode
ser explicado pelos baixos valores de
S = −56 + 4,9.h (2) densidades obtidos no depósito.
Mediante aos resultados dos ensaios de
onde: S = resistência ao cisalhamento do gesso adensamento foi possível correlacionar
(kPa) e h = profundidade dentro do depósito diretamente a resistência ao cisalhamento com a
(m). profundidade dentro do depósito. Esta
determinação tornou-se fundamental para
45
obtenção dos parâmetros de resistência ao
40 cisalhamento do gesso que serão utilizados para
35
análises de estabilidade dos taludes da pilha em
Profundidade (m)

30
25
um futuro trabalho.
20 S=1+3,92x(h) t/m2/m Além disto, o trabalho também vêm
15
apresentar o fosfogesso como material para
10
5 S=30+2x(h) t/m2/m utilização geotécnica usados na construção de
0 pilhas de estocagem de gesso pelo método de
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Su (kPa)
disposição hidráulica.

Figura 8. Relação entre a profundidade e a resistência na


liquefação para a amostra 2.155. AGRADECIMENTOS

Para o gesso fino as relações obtidas entre a Os autores gostariam de agradecer a Fosfertil e
resistência a liquefação (kPa) e a profundidade a Geoconsultoria pelo apoio técnico.
(m) são:

S = 30 + 2,0.h (3) REFERÊNCIAS

Geoconsultoria, (2002). “Pilhas Gesso –Estudos de


S = 1 + 3,92.h (4) Liquefação.” São Paulo, São Paulo, p. 6.
Geolabor (2002). “Pilhas de Gesso – Coleta de Amostras
Indeformadas e Ensaios Geotécnicos de
Laboratório.” Belo Horizonte, Minas Gerais, p. 6.
onde: S = resistência ao cisalhamento do gesso NBR 12007, Solo – Adensamento Unidimensional.
(kPa) e h = profundidade dentro do depósito NBR 7181, Solo – Análise Granulométrica.
(m). NBR 7182, Solo – Ensaio de Compactação.
NBR 6508, Solo – Massa específica dos grãos.
4 CONCLUSÕES

O trabalho vem apresentar a análise dos


resultados do programa de ensaios de
laboratório executado em amostras de gesso
coletadas na pilha que vêm sendo formada em
CIU. Com base no ensaios geotécnicos algumas
conclusões podem ser obtidas.
Com relação das densidades do grãos
verifica-se inicialmente que estas densidades
situam-se em um valor médio de 2,9 g/cm³. Isso

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